LOUIS HOFMANN? não! é apenas VICTOR PETROVIK, ele é filho de ATENA do chalé 6 e tem vinte e oito anos. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL III por ter estado SETE ANOS no acampamento, sabia? e se lá estiver certo, victor é bastante cuidadoso mas também dizem que ele é exigente. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
ㅤㅤ𝐂𝐎𝐍𝐍𝐄𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒 · 𝐏𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑𝐄𝐒𝐓 · 𝐓𝐈𝐌𝐄𝐋𝐈𝐍𝐄
· 𝐃𝐄𝐒𝐄𝐍𝐕𝐎𝐋𝐕𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 · 𝐏𝐋𝐀𝐘𝐋𝐈𝐒𝐓
ζ 𝐑𝐄𝐒𝐔𝐌𝐎 ╱ 𝐆𝐄𝐑𝐀𝐋: victor chegou ao acampamento pela primeira vez aos nove anos. sempre foi um perfeito exemplo de geniozinho aplicado, da criança de ouro e o que se espera dela: foco e ambição, disciplina e um bom apreço pelas regras. entre idas e vindas, cultivou certa imagem diplomática de quem é escolhido para aplacar o caos de uma situação problemática—de quem passa confiança e assertividade com um sorriso no rosto. ele cheira a old money, mas tem um quê de firmeza objetiva de quem cresceu como filho de um militar. até bem recentemente, exercia um papel decente equilibrando a vida de estudante e professor universitário, obcecado em um projeto arqueológico que investigava como alvo de publicação para um livro novo. isso é, equilibrava—antes dos sonhos começarem. ele não sabia o que esperar ao retornar ao acampamento, mas com certeza não era… o que quer que estivesse acontecendo ali.
receber as primeiras notícias através de um reality show foi de fato uma experiência.
victor é um dos interceptados. (muse h)
ζ stats ╱ básico.
nome completo: victor kohler petrovik.
gênero/pronomes: ele/dele, homem cis.
orientação sexual: pansexual.
nascimento: 22 de setembro.
ocupação: historiador e professor. estudante de arqueologia.
atividades —— é instrutor estratégico, membro da equipe vermelha do clube de esgrima e da azul de arco e flecha. também está no artesanato.
poder e habilidades —— seu poder é chamado de inteligência retrospectiva, onde victor basicamente é capaz de acessar os detalhes de qualquer memória com uma precisão acima da média: tudo o que aprendeu, ouviu e experienciou com atenção é armazenado no seu palácio mental para ser visitado quando bem entender. é diferente de um poder de memória absoluta (como a panmnesia, por exemplo), pois analisar e filtrar as informações é uma experiência consciente, como abrir portas e explorar o que se encontra ali dentro do palácio. o que você vê são só informações factuais ricas em detalhes. ainda existe o risco da memória empalidecer diante do véu atrelado a emoções—emoções fortes, principalmente—mas victor, no decorrer dos anos, aprendeu a filtrá-las bem o suficiente para varrer qualquer resquício de maculação. pelo menos, é claro, é o que ele acredita. suas habilidades são agilidade sobre-humana e previsão.
arma principal —— mercy, uma espada de bronze celestial. sua empunhadura é leve e o punho lembra relativamente o de uma rapieira, com padrões complexos de anéis dourados que se entrelaçam até a guarda-mão. a lâmina, delgada e feita para atravessar e infligir cortes limpos e precisos, se estende para além de três pequenas safiras profundamente entalhadas abaixo do cabo. apesar de banhada em prata, um sutil brilho dourado acompanha os dois sulcos que correm pelo fio até sua ponta, e as palavras Σὺν Ἀθηνᾷ καὶ χεῖρα κίνει estão cravadas abaixo da safira central.
embainhada, retorna ao seu estado de repouso como um anel simples de padrões espirais circundando três minúsculas safiras. ele o mantém no dedo anelar. provavelmente existe alguma piada a ser feita aqui sobre essa escolha e seu senso antiquado de dever, caso você se atreva a pensar sobre, só pra irritá-lo um pouquinho.
ζ APARÊNCIA: se você tem menos de um e oitenta e seis de altura, é bem provável que precise olhar para cima ao conversar com victor. essa é a primeira coisa que se repara ao chegar perto dele. de porte atlético e ombros largos, carrega uma postura confiante e polida, até mesmo relaxada, que lhe dá um quê de aristocrata saído de algum século passado.
cabelo loiro-claro, olhos verdes. ele se mantém sempre bem cuidado e bem vestido—desnecessariamente impecável, há quem diga (“tem a certeza de que não é filho de afrodite?”)—o que faz o contraste despenteado e ofegante de quando está treinando parecer a qualquer outro campista uma miragem meio excêntrica.
ζ PERSONALIDADE ╱ PRESENÇA: um perfeito e antiquado cavalheiro. victor tem todas as maneiras e educação de alguém que cresceu aprendendo etiqueta: é cortês, diplomático e de sorrisos fáceis quando a situação lhe exige, embora, de novo, essa superfície não interponha toda a assertividade diligente de quem foi criado sob o olhar crítico de um pai militar e conservador.
tem um dos erros fatais de todas as pessoas que se acham inteligentes demais: a arrogância; embora seja mais provável que caso veja ele insultando alguém, vá ser por trás de um daqueles elogios velados, ditos com um sorriso gentil, onde só se percebe a malícia escondida depois que a conversa já acabou. apesar disso, a confiança que ele exala não vem daí (embora você definitivamente vai achá-lo, e com razão, um mauricinho pretensioso se não for com a cara dele). sua presença em ambiente normalmente é imposta na sua tranquilidade, na habilidade de acalmar a outra pessoa, em ser aquele para quem no instinto você olha e busca por segurança e auxílio num momento de crise.
se algum dia vê-lo dizendo um palavrão, tome como dica de que a situação realmente tá feia.
‘ mbti: infj-a.
‘ alinhamento: lawful neutral good.
‘ temperamento: phlegmatic.
‘ traços positivos: compassivo, leal, sensível, centrado, cuidadoso.
‘ traços negativos: crítico, exigente, pretensioso, mesquinho (no sentido teimoso de petty, de não aceitar estar errado), obsessivo.
‘ traços neutros: franco, competitivo, idealista, ambicioso, assertivo, metódico, romântico.
ζ BIOGRAFIA.
Existe um certo senso de devoção que só quem procura por algo no qual acreditar e ter fé—fé de verdade, a fé passional, oriunda de algum propósito nobre e grandioso—talvez seja efetivamente capaz de entender. Chame de sede moral, de uma ambição que interpelaria os limites poéticos da gula e do orgulho se Victor algum dia tivesse se importado com entidades cristãs, mas ele não se lembra de um instante sequer já ter olhado para dentro e não reconhecer o sentimento espreitando de algum lugar, incrustado de qualquer que fosse o processo ontogenético que gerava um filho de Atena. Chame de vazio—talvez, sim, fosse esse o termo correto—um vazio infinitamente insatisfeito; uma sina herdada do pai fundida na bússola divina de Atena; uma eterna busca por mais: mais conhecimento, por um propósito, por algo que sempre parecia estar perto de enxergar e entender, mas quando supunha ter chegado lá, o sentimento não era o suficiente ou certo, ou lhe escapava como o resquício de um sonho, daqueles que a memória só se traduz no aperto no peito que você sente ao acordar.
No decorrer de sua vida, Victor encontrou muitas paixões onde pudesse cultivar sua dedicação e foco. Tempo não lhe faltava e tampouco o dinheiro: o pai jamais economizou na sua educação, e aquela ânsia que passou a sentir ao esperar a aprovação dele era facilmente recompensada ao descobrir que excedia em tudo aquilo que se propunha a aprender: línguas, literatura, matemática, piano e até mesmo aquelas lições de etiqueta ensinadas para quem nasceu com um sobrenome cujo poderio econômico se concentrava na herança de gerações. Marcel Petrovik era um ex-militar e um homem de poder rígido, bem reservado, cujo perfil se manifestava em cada uma das poucas palavras que usava para educar o filho. Falas ou gestos de afeto eram inexistentes. A presença do homem na propriedade Petrovik, em seus anos antes de engatar nos negócios e política, era somente isso: física. Só seria bem mais tarde que Victor entenderia que o comportamento do pai ia além de sua personalidade inflexível e conservadora. Não que isso não tenha ficado bem claro quando Marcel arranjou uma esposa. Mas essa aqui é história para outra hora, uma em que seria necessário tocar no nome de Atena e em como eles se conheceram.
Apesar de ter ganhado uma madrasta e logo em seguida uma irmã, Victor continuava a ser uma criança solitária. Embora, não, de maneira alguma isso o incomodasse. Na maior parte do tempo, pelo menos. Os livros e os estudos eram seu alimento, a prática e a sensação de dever cumprido ao receber um elogio de um professor e sentir um novo quartinho se abrindo pelos corredores do seu palácio mental, cheio de possibilidades e a capacidade infinita de saber mais, de talvez até mesmo criar algo do zero, davam cores àquela mansão nos seus dias mais vazios. Seu mundo eram suas memórias e o que armazenava nelas, com todo carinho e zelo. Foi no seu aniversário de oito anos que algo mudou, e Victor aprendeu que, bem na verdade, talvez de fato estivesse sozinho.
Veja bem: até os dias de hoje, ele é capaz de lembrar o que almoçou num fim de semana qualquer aos seus dez anos, caso você só o pergunte, mas nunca foi capaz de lembrar do rosto da mulher que viu naquele museu. Era para ser uma das primeiras viagens organizadas pela madrasta com Masha, sua nova irm��zinha, que já completava mais de um ano de idade, e bastou uma distração para que os dois terminassem sozinhos dentro de um acervo arqueológico de acesso restrito. Vinte minutos depois, o pai e a mulher disparavam sala de exposição adentro ao seguirem o som lamurioso do choro de Victor—completamente sozinho.
Duas coisas importantes aconteceram. A primeira, foi a reação completamente impassível, embora certamente irritada, do pai. Não haveria surpresa aqui, se o filho fosse a única coisa com a qual devesse se preocupar. A segunda foi um pouco monstruosa e o motivo do choque e terror de Victor: quando clamou pela irmã e contou que ela tinha sido levada por uma mulher descalça e encapuzada, Marcel e a madrasta disseram não saber de quem ele falava. Nenhum dos dois se lembrava de ter uma filha. Ninguém com quem ela já tivera contato, na verdade, se recordava da criança. Mais de uma década depois, Victor tampouco foi capaz de encontrar registros de nascimento, da internação de gravidez no hospital, fotografias… nada. Uma parte intrínseca dentro de si havia mudado naquele dia, como se com a irmã, seu senso de equilíbrio também tivesse sido roubado.
Foi aos nove anos que descobriu ser um semideus e que o episódio do museu talvez não fosse tão irracional assim. Apesar da prévia experiência sobrenatural, ele nunca tinha sido atacado por monstro algum (se não incluísse o insistente antagonismo das aranhas na sua vida), e a primeira vez decidiu exceder alguns limites da lei de Murphy. Uma mansão de políticos e ex-militares armados, coquetéis e vinho caro servidos despretensiosamente em um evento diplomático são um prato cheio para o desastre. Se Victor pudesse esquecer desse dia, ele não o faria, mas apagaria alguns detalhes embaraçosos, como os que resultaram em dois feridos no meio de um caos excêntrico que repercutiu como um mistério na mídia por semanas a fio, repleto de teorias da conspiração sobre assassinos do governo e desavenças entre rivais de espectros políticos opostos. Se alguém ali conseguisse ver através da névoa, certamente teria achado menos estranho a criança que disparava mansão afora pelos jardins, ao lado de duas pessoas e um homem com pernas de bode, do que qualquer que tenha sido o mal entendido que rolou entre os convidados.
A partir desse dia, Victor encontrou propósito dentro daquele mundo—o início de um, no mínimo; como se sua vida fosse subitamente dividida entre o antes e o depois. Não hesitaria em deixar a propriedade Petrovik para se render ao universo que se expandiu com a descoberta incontestável da existência de deuses e magia e todas as respostas e perguntas que vinham com ela. Foi assim que aquela criancinha curiosa se tornou um perfeito paladino do chalé seis após ser reclamado por Atena, o rapaz de ouro que transferia suas paixões e devoção para algo que, a partir do seu idealismo ingênuo nos primeiros anos no acampamento, foi se moldando em algo mais sólido, mais afiado.
Ele nunca descobriu o que aconteceu no museu. E ele nunca deixou de procurar. Essa fissura na sua memória e a incerteza de todos os eventos que vieram antes dela era o suficiente para colocá-lo numa espiral de insegurança. Victor aprendeu a temer o caos e o imprevisível, e se recusava a acreditar em respostas e conclusões ambíguas. Muito de quem é hoje nasce dessa sementinha severamente plantada naquela fissura. Certamente existe um antes e um depois, porém ele já não tem tanta certeza de que sequer pode acreditar na veracidade do que vem antes ao Acampamento, e isso o enlouquece. No fim do dia, quem sabe só não seja assim que a memória da maioria das outras pessoas funcione.
Entre idas e vindas no mundo mortal, onde cada vez mais o relacionamento com o pai se desgastava, Victor ingressou aos dezesseis anos em Stanford e mergulhou de cabeça no mundo acadêmico, onde com excelência concluiu o doutorado em História e iniciou os estudos em Arqueologia. Ele retornava ao Acampamento nos tempos mais sombrios e teve uma participação ativa na guerra contra Gaia, e assim que se deu início à Era de Paz, engatou de volta na vida estudantil com seu ingresso à Universidade de Nova Roma. Como historiador, Victor tem atuado tanto como estudante quanto, até bem recentemente, professor. No entanto, já fazem oito meses que qualquer confiança adquirida em sua experiência vem sendo insuficiente para conservar a vida que construiu nos últimos anos. Se não estivesse tão hiperfocado na sua pesquisa mais recente, poderia ter se dado conta dos sinais antes que atingissem seu estopim naquela maré de caos que atormentava o mundo e, nos últimos três meses, o santuário de seus sonhos e pesadelos. E agora, ele não sabia o que esperar, mas precisava de respostas, e só conseguia pensar em um lugar que poderia encontrá-las.
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As impressionantes joias da italiana Sicis
As criações da joalheira italiana Sicis se diferenciam. O brilho de cores, a riqueza de detalhes e os efeitos extravagantes resultam em imagens únicas e magnéticas. O diferencial se deve a missão de reinterpretar a antiga técnica do Micromosaico aplicando na arte do ourives a atualização dos conceitos de suas criações.
Sicis Jewels – Anel Green Ribbons em Ouro Branco, Diamantes, Safiras e…
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DESCRIÇÃO: Brinco solitário folheado a ouro, contendo pedra de strass na cor azul safira. GARANTIA: 1 ano após a data da compra PRAZO DE LIBERAÇÃO: Até 48 horas (somente dias úteis) DIMENSÕES APROXIMADAS: -comprimento: 0,4 cm -largura: 0,4 cm 🤩Adquira já suas peças! SEM limite mínimo de modelo. Você precisa ter essa peça básica do dia-a-dia, que te deixará sempre elegante.💄 Na Bio tem nosso link da loja online! Receba sua compra em sua casa! Atendemos todo Brasil e fora do Brasil (chama no whatsapp). Nosso site é seguro. É direto da fábrica (desde 1999). Ou no site, na barra Menu🔍: digite o código acima da foto que a peça aparecerá. Na nossa Bio tem o link do 🎥vídeo de como comprar no site. Sucesso! E boas vendas! Ah...na Bio tem nosso whatsapp para esclarecermos suas dúvidas. #folheados #semijoias #ouro #prata #pedraspreciosas #anel #brinco #correntes #gargantilha #pingente #acessorios #promoções #afiliados #lucrevendendojoias #Limeira #capitaldabijuteria #capitaldasemijoia #capitaldofolheado https://www.instagram.com/p/CmaTAxRNanF/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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17 anéis de noivados azuis para surpreender a sua amada
Anel de Noivado: Poésie Joias
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Anel de Noivado Wish II-Sa - Esta belíssima joia combina o azul profundo da safira com o brilho incomparável dos diamantes, em uma composição harmoniosa e minimalista. Com um design clássico, este anel é a escolha perfeita para um pedido de casamento inesquecível.
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𝖘𝖙𝖆𝖗𝖙𝖊𝖗 𝖋𝖔𝖗 @asyouwcsh
Uma coisa era clara: a linguagem de amor de Vaugh era presentes. E a linguagem de flerte também. Fosse qual fosse a situação, era certo que enviaria uma alguma joia cuidadosamente guardada em uma caixa de veludo, embalada na elegante bolsa da Goldmine &Co. Por isso sentiu-se levemente ofendido quando recebeu um dos presentes de volta... Logo o de Clio. Aparentemente, ela sequer havia aberto e visto que se tratava de um colar com um pingente em safira azuis como os olhos dela, desenhado especialmente por Vaugh e que combinava com o anel de noivado que havia dado a ela anos antes. Apesar do fim desastroso do rápido casamento ( as vezes Vaugh pensava que se tratava de algum tipo de sonho ou alucinação ), ainda mantinha muito carinho pela mulher. Por vezes pegava-se pensando nos bons momentos, as risadas compartilhadas, toques afetuosos e planos para o futuro que foram esquecidos e agora residiam apenas nas recordações dele. Será que ela também se lembrava deles? O homem suspirou, o ego ferido, o orgulho em pedaços. Não gostava de ser rejeitado e algo assim raramente acontecida, portanto não hesitou em tomar a sacola do presente e se dirigir ao seu carro, não demorando muito até chegar ao local de trabalho de Clio. Sabia que não era o ideal, mas também sabia que ela jamais o receberia em outras circunstâncias. Não costumava ir para lugares como a Golden Dust, no entanto ali estava ele, procurando os fios loiros que tanto conhecia e por sorte ela estava logo ali, próxima a entrada. “Clio.” Proferiu e não aguardou ela se virar antes de voltar a falar. “Tem estado bem?” Não era como costumava perguntar aos outros, sem se importar com a resposta. Dessa vez Vaugh estava interessado de verdade.
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acho que esse texto tá em pedacos: cerveja + fluxo de pensamento+ ferrugem de escrever (prometo nao editar)/EDITEI 3 VEZES/
Faz uns meses que tô lendo o mesmo livro, deve ser um recorde pessoal, algo perto de seis meses já. E nem literatura é, tudo que parece artigo cientifico eu classifico assim: não literário. Um livro sobre como essa idéia de que mulheres só valem o quão gostosas/bonitas são não é só um pensamento nunca pronunciado, mas também um projeto político. Pois é. Seis meses lendo um livro que nem conto como livro, que explica em detalhes como toda qualquer possibilidade de sucesso do meu gênero foi sistematicamente destruída. Imagina a consequência disso em alguém como eu. Me faltam metáforas mas me sobram fatos.
E no meio disso aqui estou olhando quantos quilates terá a safira do meu anel de casamento, logo depois de me emocionar com o tweet de um cara aleatório que pôde pagar o ovo de páscoa pra familia pela primeira vez, e um pouco antes de chorar de saudades de duas pessoas que deveriam tá perto de mim pra sempre, porque sempre acho que o mundo é um lugar melhor quando eles estão perto. Cabe coisa demais em ser alguém. Demais. Mais do que alguém que olha pros meu 1,55 m de altura poderia acreditar. Mas tem sido assim desde que eu soube que sou. Nunca me pareceu pouco viver. Sempre absurdo, nunca trivial.
Tem gente que vive como se viver fosse o natural, a escolha óbvia, o caminho institivo, e a verdade é que eu queria ser exatamente assim. Eu não, me descabelo em cada oportunidade que tenho: por alegria ou preocupação. Viver ainda me parece improvável, inexplicável, absurdo. E como uma crianca, percebo que é nisso que encontro a graça, em nao saber, em me admirar, em me perder. Já quis ser uma francesa tomando café, fria e elegante, mas eu sou latina, e meu sangue ferve. Não tem outra coisa que gostaria de ser. Bonita é a menor das minhas qualidades.
Clara
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ENTREVISTA RÁPIDA COM O SEU PERSONAGEM
@tripontos
BLOCO 1
Qual sua cor favorita? Ironicamente, azul.
E qual é seu objeto favorito com essa cor? Meu par de All Stars.
Qual a sua comida favorita em dias quentes? Japchae.
E em dias frios? Lasanha.
Sobremesa favorita? Cheesecake de frutas vermelhas.
Suco favorito? Laranja com morango.
Refrigerante favorito? De limão.
Bebida alcoólica? Rum de groselha.
Chá ou café? Chá. De hortelã.
Gosta de frutas? Qual a sua preferida? Abacaxi e morango.
O que você gosta de comer no café da manhã? Bolo.
E qual é seu lanchinho noturno favorito? Sanduíche de queijo.
BLOCO 2
Você é vaidoso? Um pouco.
Tem alguma rotina de cuidados diários? Sim, desde a adolescência.
Gosta de pintar as unhas? De que cor? Até gosto, mas não faço com frequência. Quando pinto é de preto ou azul escuro.
Usa maquiagem? Se sim, todos os dias? Não, só de vez em quando.
Qual a sua peça de roupa favorita? Um casaco preto de camurça.
Qual a sua peça íntima favorita? Uma boxer cinza.
Seus sapatos favoritos? Meus tênis brancos.
E quanto ao seu acessório favorito? O anel de safira que minha mãe de deu.
Cicatrizes? Algumas.
Qual a pior delas? Uma na lateral externa da coxa direita, que eu consegui depois de cair sobre um vaso de porcelana quando era criança.
Marcas de nascença? Tenho uma nas costas, que meu pai também tinha. Ela é mais pigmentada que minha pele e,segundo meu pai, parece o mapa dda Austrália.
Alguma doença congênita ou hereditária? Não.
BLOCO 3
Qual a última coisa que você comprou? Doces.
Qual foi o último presente que você deu? Por quê? Dei uma garrafa de hidromel para o meu tutor porque achei que ele ia gostar.
Quem foi sua primeira paixonite? Uma garota da Lufa-Lufa que sentava ao meu lado na aula de Transfiguração, no segundo ano.
Quem é sua paixonite atual? Jean…
Você já deu seu primeiro beijo? Se sim, com quantos anos? Sim, com 15 anos.
Quantos namoros você já teve? Um só.
Qual o seu gesto de carinho favorito? Andar de mãos dadas.
Pretende casar? Sim.
E quanto a ter filhos? Se acontecer, vai ser bem-vindo.
Qual o seu lugar favorito onde você está agora? (Casa, escola, trabalho) A biblioteca da escola.
Quando foi a última vez que você viajou? Nas férias de verão.
Para onde foi e quanto tempo ficou? Foi sozinho? Fui para a casa da minha família, em Whitby, Yorkshire. Fui com os cachorros.
BLOCO 4
Qual a sua maior fobia? Banshees podem ser consideradas como fobia?
Já foi mordido ou atacado por algum animal perigoso? Durante as aulas de Trato das Criaturas Mágicas, mas nenhum acidente grave.
Já ficou internado em um hospital? Sim.
Qual foi seu acidente mais sério? Caí da vassoura ano passado durante um partida de quadribol e passei três dias desacordado.
Você tem alguma mania? Roer as unhas, ranger os dentes…? Mastigar a língua.
O que você leva quando sai de casa? Minha varinha e a carteira.
O que não pode faltar na sua bolsa de jeito nenhum? Dinheiro e meus cigarros.
Dorme quantas horas por dia? Em média, seis horas.
Bebe dois litros de água todos os dias? Não...
Consegue ficar em jejum ou sente enjoo? Não, sinto enjoo.
Qual o seu meio de transporte favorito? Aparatar.
Em qual período do dia você está fazendo essa entrevista? À tarde.
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A Última Dança
O ar parecia feito de partículas de ouro e prata
Tão pesado, eu não conseguia respirar.
Os diamantes sombra ainda refletiam a luz, meu vestido brilhava
Espalhado pelo chão
Cetim em profunda escuridão, seda colorida como o alvorecer, e tafetá translúcido que deixavam as marcas ao seu ver.
Eu podia sentir, como fogo queimando minha pele, a memória, ainda tão célebre
Quando todos no salão pararam para me olhar
Mas havia apenas uma pessoa que eu queria impressionar
E quando nos encontramos
Eu vi nos seus olhos, o encanto
E foi assim a noite inteira
Até surgirem as últimas estrelas
Causamos furações
Tsunamis e explosões
O mundo ardeu em chamas
Mas não importava
Porque éramos Reis e Rainhas
Éramos brasa viva
Com nossas coroas e máscaras
O mundo se curvava
Era um sonho, era realidade
Éramos tudo, menos de verdade
Era a mais importante celebração do reino
Os cometas trovões só passavam uma vez a cada milênio
E quando ele incendiaram o mundo
Eu não imaginei que queimariam tudo
Eu perdi meus sentidos quando seu hálito encontrou a meu pescoço
Eu perdi a noção de tudo, só restava o meu corpo, ardendo em fogo e desejo
Quando eu percebi um anel prata com safiras e agathas,
preso por uma corrente fina e delicada, acompanhava o ritmo frenético do meu coração
Assim como três palavras, que agora entravam em sintonia
‘Esqueça meu nome’
Os gritos e festejos desapareceram
Suas mãos deixaram meu corpo,assim como o ardor
E o mundo se apagou
Quando a névoa se dissipou
Sai em disparada pelos corredores, os portões de ferro maciço não me deteram,
Com a visão embaçada, eu corria
E depois percebi que água de cristal dos meus olhos escorria
Eu te procurei por todo o castelo
Mas você sumirá
Junto com tudo que eu era
Junto com meu coração e minha alegria
Fraca, eu desabei nas flores, e permiti que o céu lavasse minha alma, levando minhas dores
Nem notei quando minha coroa caiu
Ou quando a lua saiu
E testemunhou a minha queda
Nem ela podia me confortar agora
Minha escuridão estava livre e furiosa, triste, solitária ,amargurada e ousada
Eu deixei ir
Me isolei em minhas penas negras manchadas pelo arco-íris
A dor tomando quem eu era
Mas meus ossos cansados cederam
Não sei quanto tempo passou
Mas quando voltei lírios lunares
Cresciam a ao meu redor
Acho que ainda há algo de bom em mim
Depois de tudo isso
Eu ainda podia ser feliz
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10 YEARS OF ONE DIRECTION
• Imagines Songs - (01/06 - 31/07)
HALF A HEART
LIAM’S PDV
Olá, S/N
São exatamente duas e quarenta e cinco da manhã e – por mais custoso que seja admitir – não consigo tira-la de meus pensamentos.
Estou te escrevendo no meio da madrugada pois – embora não seja uma prática muito comum – sei que você vai verificar seu endereço de e-mail ao acordar.
Eu a conheço como a palma de minhas mãos, querida.
Os últimos dezoito meses tem sido extremamente dolorosos, sem você ao meu lado; tenho morrido por dentro todas as vezes em que entro em meu apartamento e você não está aqui para me recepcionar.
As coisas tem estado difíceis, desde o nosso término. No entanto, tê-la encontrado na premiação do BRIT Awards, despertou dentro de mim sentimentos que lutei incessantemente para adormecer.
S/A, sem se se dar conta disso, você ainda é capaz de fazer meu coração acelerar, como da primeira vez em que nos encontramos. É surreal.
Um ano e meio após aquela fatídica noite, se quer consigo me lembrar quais foram as razões que nos levaram até a decisão de romper o relacionamento.
Rotina agitada? Falta de tempo? Imaturidade de alguma das parte?
Desculpe, querida! Mas, eu não sei dizer.
Ainda sim, em toda a minha ignorância a respeito das causas, a única coisa que sou capaz de afirmar é que falta de amor não foi um dos motivos.
A julgar pelo calor com que você me encarou naquela solenidade, me arrisco a dizer que você tem tido sérios problemas emocionais, assim como eu. Seus olhos se mantiveram tão tempestuosos, durante a festa.
Me diga, amor, como tem sido a vida sem mim?
Zayn me contou que você não tem estado muito melhor do que eu, ele até me confessou que você tem dormido todas as noites agarrada ao moletom vermelho que deixei em sua casa, na última vez que estivemos juntos.
Não o odeie por me fazer tais revelações, ele é um bom amigo e se preocupa com você. No fim das contas, Malik é uma das pessoas que mais se interessa por nossas questões ligadas ao nosso relacionamento.
Um dia desses vi seu rosto em uma dessas capas de revista e – apesar da aura triste que a envolvia – você estava deslumbrante, através daquelas lentes.
A caso, existe alguma segredo por trás de toda a sua beleza?
S/N, ainda lembro-me de ouvi-la dizer que aparência das mulheres brasileiras se assemelhavam a sua, mas, me recuso a acreditar nisso. Em minha passagem pelo país, durante o ano de 2014, não me deparei com nenhuma outra capaz de se destacar tanto quanto você.
Não sei se você se atentou a este fato, mas, ontem foi dia 8 de Agosto; nosso aniversário de namoro. Estaríamos chegando a marca dos cinco anos, se ainda estivéssemos juntos.
Eu teria a pedido em casamento, S/A.
Um reserva no seu restaurante favorito, uma volta na London Eye e eu teria me ajoelhado, na frente de todos e entregado a você um delicado anel com safiras azuis.
Você consegue se imaginar subindo ao altar comigo, querida?
É impressão minha, ou o céu de Londres tem estado mais cinza, desde que você partiu?
As vezes, me pego olhando para o alto e percebo que falta algo. Nem mesmo o colorido das flores tem sido capaz de iluminar meus dias.
Tenho amargado sensações bastante incômodas e isso têm me deixado louco.
Um dia desses, estive no café próximo ao palácio; aquele que costumávamos frequentar todos os sábados. E, devo admitir, foi uma péssima experiência. É aterrorizante me sentar na mesa mais afastada do estabelecimento e não ter você comigo para debatermos sobre algum assunto bobo.
Na melhor da hipóteses, tenho sido metade do homem que um dia fui. Fato que me deixa bastante decepcionado.
Eu sinto sua falta, S/N.
Att,
Liam James Payne.
S/N'S PDV
Boa noite, Liam.
Mas, que grata surpresa ter notícias suas.
Sei que os códigos de etiqueta exigem que eu questione seu atual estado físico e psicológico, no entanto, acredito que seu e-mail seja autoexplicativo, dispensando quaisquer informações adicionais.
Alguns de meus hábitos mudaram bastante nos últimos tempos. Como, por exemplo, o horário em que entro em minha conta do Google para checar a caixa de entrada. Devido a grandes madrugadas de insônia, esta tem se tornando uma ação noturna.
Eu sou uma péssima mentirosa, você sabe. Seria inútil tentar dizer a você que estou bem e que minha vida tem seguido em seu curso normal.
Ter lhe encontrado no BRIT Awards – de certa forma – era algo que eu esperava. Todavia, não me sentia preparada para tal. Estar na sua presença outra vez, causou em mim reações das quais não fui capaz de obter controle. Uma experiência bastante assustadora, eu diria.
Embora não seja correto, devo confessar que sinto meu ego ser massageado, por saber que ainda sou capaz de abalar suas estruturas.
De modo geral, os motivos que nos levaram até a decisão do término continuam vívidos em minha memória. No entanto, não acho que tenham sido fortes o suficiente para explicar nosso afastamento. O calor da emoção nos faz tomar atitudes das quais – posteriormente – acabamos nos arrependendo.
Sinto muito se – de certa forma – te ocasionei algum mal estar. Acredite, não tem sido fácil para mim também.
Liam, o amor que sinto por você ultrapassam qualquer barreira sentimental. Ele transcende para além de nós. Você foi – e continua sendo – o homem de minha vida.
Admiro sua coragem em se sentar a frente de seu MacBook e abrir seus sentimentos a mim. Se você não tivesse dado o ponta pé inicial, eu provavelmente acabaria sufocando com questionamentos a cerca do que teria sido nosso futuro.
Me arrisco a dizer que estamos partidos ao meio; incompletos, pois a parte do todo segue junto ao outro. Meu peito tem doído, como se ele tivesse sido atravessado por uma flecha.
A vida sem você tem sido terrível.
Quanto ao Zayn, fique tranquilo. Sei que nosso amado amigo sempre teve a melhor das intenções, no que diz respeito a nós dois. E, por mais vergonhoso que seja, fico feliz que ele tenha sido sincero, sobre meu real estado de espírito.
Você deve saber que minhas bochechas se encontram coradas, mediante a tantos elogios. Ler suas palavras positivas me aquecem o coração.
Acredito que você já tenha me ouvido proclamar esse discurso um milhão de vezes, mas, não há segredo algum. Meu rosto é tão comum, quanto o de qualquer outra mulher nativa de meu país. Talvez seus olhos apaixonados não te permitissem enxergar o óbvio.
Me mantive atenta a respeito da data de ontem; você não faz ideia do quão doloroso foi para mim. Sem sombra de dúvidas, foram as piores 24 horas de toda a minha vida.
Uma proposta de casamento – vinda de você, é claro – teria sido a realização do meu maior sonho, Liam. Ainda hoje, me pego imaginando cada detalhe de nossa cerimônia. Seria lindo!
Meu doce Payne, o mundo tem estado sem cor, desse o nosso rompimento.
Cheguei a conclusão de que você era o principal responsável pela felicidade em meus dias.
Sabe, eu nunca mais tive coragem de ir até o tal café; tive medo de confrontar sozinha, as lembranças que o ambiente poderia me trazer.
No entanto, se em algum momento você tiver uma hora livre, eu adoraria ir lá e dividir uma Trifle de morangos, como costumávamos fazer, no início do namoro.
Não quero parecer precipitada, ou coisa assim, mas, acho que já está na hora de conversarmos a sobre o que estamos passando. Ao meu ver, toda essa tortura já não faz mais sentido.
Acredite, eu sei exatamente como se sente. Minha parte boa, só é boa ao seu lado.
Estou com saudades suas, Lee.
Espero poder te ver em breve.
Att,
Sua S/A
May
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DESCRIÇÃO: Anel solitário folheado a prata, contendo pedra de strass na cor azul safira. GARANTIA: 1 ano após a data da compra PRAZO DE LIBERAÇÃO: Até 48 horas (somente dias úteis) DIMENSÕES APROXIMADAS: -expessura do aro: 2,0 cm 🤩Adquira já suas peças! SEM limite mínimo de modelo. Você precisa ter essa peça básica do dia-a-dia, que te deixará sempre elegante.💄 Na Bio tem nosso link da loja online! Receba sua compra em sua casa! Atendemos todo Brasil e fora do Brasil (chama no whatsapp). Nosso site é seguro. É direto da fábrica (desde 1999). Ou no site, na barra Menu🔍: digite o código acima da foto que a peça aparecerá. Na nossa Bio tem o link do 🎥vídeo de como comprar no site. Sucesso! E boas vendas! Ah...na Bio tem nosso whatsapp para esclarecermos suas dúvidas. #folheados #semijoias #ouro #prata #pedraspreciosas #anel #brinco #correntes #gargantilha #pingente #acessorios #promoções #afiliados #lucrevendendojoias #Limeira #capitaldabijuteria #capitaldasemijoia #capitaldofolheado https://www.instagram.com/p/CmZTM2oO_kH/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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Anéis de noivado com pedras coloridas para você se inspirar
Fazer o pedido de casamento com anel de noivado de diamantes já é uma tradição. O que poucas pessoas sabem é que existem modelos de anel de noivado com pedras centrais em outras cores. Geralmente, estes anéis são feitos de pedras preciosas como esmeralda, rubi, safira, safira rosa ou diamante negro, pois são gemas que agregam beleza e vida aos anéis.
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Anel de Noivado Insígnia II-Sa - Poésie Joias
Delicados arcos e graciosos diamantes no interior deste aro constroem a identidade deste anel, desenhado para celebrar o amor de maneira única. Com uma safira azul em destaque como pedra preciosa central, a joia é uma opção perfeita para quem busca uma alternativa ao clássico anel solitário com diamante.
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KATE, MEGHAN E AS JÓIAS DA DIANA
1. Kate | Anel de noivado de safira e diamante | Joalheria: House of Garrard
2. Meghan | Anel de aquamarine / água marinha e diamantes | Joalheria: provavelmente Asprey London
3. Kate | Brinco de safira e diamante (modificado)
4. Meghan | Pulseira open cuff com duas pedras
5. Kate | Brinco de diamante e pérola | Joalheria: Collingwood Jewellers
6. Kate | Tiara “Queen Mary Lover’s Knot” (Emprestada à Diana e à Kate pela Rainha)
7. Meghan | Brinco de borboleta com pedras azuis e brancas (provavelmente ônix e diamantes)
8. Kate | Pulseira com três fileiras de pérolas | Joalheiro: Nigel Milne
9. Meghan | Pulseira de diamante
10. Kate | Colar choker com quatro fileiras de pérolas e diamante (Emprestado à Diana e à Kate pela Rainha) | Joalheria: House of Garrard (feito com pérolas presenteadas pelo governo japonês)
11. Kate | Brinco de diamante e pérola com pingente removível
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Fontes: katescloset.com.au | meghansmirror.com | dianasjewels.net | thecourtjeweller.com | artemisiasroyaljewels.blogspot.com
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Hey !!
Trazendo mais um conto, esse é a continuação direta do último, então se você não leu é bom ir lá para entender esse melhor.
Eu gostei bastante dele e temos algumas revelações :D
E por favor, ignorem os dois Superboys ali em cima no banner, é apenas para ilustrar os uniformes.
Espero que gostem!! Boa leitura!
Beijinhos <3
g o t h a m
Eles finalmente estavam frente a frente, Jovens da Justiça versus Sociedade da Injustiça. Os dois grupos opostos que sabiam que um dia teriam de se enfrentar finalmente, mas nunca souberam quando realmente aconteceria o verdadeiro embate entre aqueles super-heróis e seus super rivais, que aparentemente haviam planejado aquilo e escolhido onde queriam aquela briga.
Uma tensão pairou por poucos segundos entre os dois grupos antes de todos se soltarem como cães presos em correntes. Não foi preciso um plano prévio ou decisões a serem tomadas antes daquela briga realmente começar, pois todos ali, de ambos os lados, tinham seus alvos marcados e seus próprios problemas pessoais.
Por conta disso que Felina avançou contra Batgirl primeiro, usando de suas garras embutidas em suas mãos e pés para tentar cortar a outra, que desviou da maioria dos golpes e os únicos que acertaram seu traje apenas rasparam o kevlar da armadura. Em contrapartida, Mary atacou com seus punhos depois de desviar dos ataques iniciais da garota até que a Felina usou seu chicote para tentar prender o pulso da Wayne e imobilizá-la, o plano de Cristine não deu muito certo quando ela se desequilibrou após um empurrão dado por Flashlight que passou correndo entre as duas.
Porém a velocista não teve tanta sorte com sua próxima oponente, quando Calafrio criou uma parede de gelo que a impediu de avançar. Mas ainda assim Flashlight serviu de impulso para seu irmão, que pulou com o apoio dela por cima da parede e deferiu um soco na vilã que caiu de costas no chão com o impacto. Isso deixou Ruan Ramon em fúria, que colocou suas mãos no chão e começou um ataque sísmico que abalou o parque e seus arredores, impedindo os velocistas de correrem com precisão e dar tempo para sua prima se levantar mais uma vez, começando a lançar dardos de gelo contra os Tornado Twins.
Os gêmeos foram protegidos pelo anel verde de Harrold que criou uma barreira ao redor dos dois, entretanto ele não pôde manter a proteção por muito tempo à medida que Safira Estrela focou seus ataques no Lanterna Verde. Porém os dois Allen conseguiram fugir do gelo de Calafrio e Sismo não estava mais focado em impedir os velocistas de correrem, por isso Harrold podia se concentrar em impedir que os raios violetas da outra Lanterna o acertassem. Os ataques dela eram esquivados por ele ou repelidos pelo escudo medieval que ele invocou de seu anel de poder, fazendo com que o Parque de Gotham começasse a ser terraformado pelos ataques da garota.
Todavia não eram apenas os ataques de Arya que estavam fazendo o parque ser destruído, pois as flechas explosivas do Arqueiro Negro e do Arqueiro Esmeralda também causavam grande estrago quando não acertavam seu alvo e acabam destruindo uma árvore, banco ou o próprio chão. Os dois arqueiros grandemente habilidosos tinham o objetivo de ver quem conseguia acertar um ao outro, ajudar seus aliados e tudo isso antes das flechas de ambos sumirem de suas aljavas e tivessem de se voltar a luta corpo a corpo. Por isso a mira deles tinha de ser perfeita, mas ainda assim não havia tido nenhum acerto até o momento.
Não muito longe, mas um pouco afastado do centro da luta, Aquagirl e o novo Arraia Negra travavam uma batalha fenomenal. Onde ele usava raios carmesins contra ela e a mesma utilizava de seu tridente atlante para se proteger dos ataques de energia e calor, enquanto ao mesmo tempo usava sua magia para lançar bombas d’água contra seu inimigo e tentar desviar um pouco de sua atenção, assim ela poderia se aproximar para poder atacar com mais pressão junto de sua força.
Todas essas batalhas simultâneas aconteciam e nenhum deles tinha muito tempo para prestar atenção nos dois kryptonianos que se encaram no ar. Um vestido de branco puro, estampando um símbolo vermelho em formato de S. O outro em preto e listras de vermelho neon transpassando seu traje junto com um símbolo chamativo em seu peito com o formato de um Z. Cada um dos dois mostrando os símbolos de suas famílias, Casa El e Casa Zod. Famílias inimigas, junto de brigas e intrigas entre o Superman e General Zod. Tudo que havia sido passado para Jhony Kent e Mike Zod após o segundo trair os Kent.
E Superboy não havia esquecido, ele ainda se ressentia desde aquela época pelo que Mikal havia feito com a família dele e especialmente com ele, o que ele havia feito com Jhony, se é que o super-vilão ao menos sabia do quanto havia machucado Jhony. Por isso que naquele momento os punhos do herói tremiam ao lado de seu corpo, enquanto os de Mike permaneciam fechados e rígidos. Os olhos azuis do outro não diziam muita coisa e sua face muito menos, mas todo o ser do jovem Kent esbanjava mágoa, medo e ressentimento, tudo misturado e que o kryptoniano não conseguia esconder.
— O que está esperando, Kent? — Mike foi o primeiro a quebrar o silêncio com sua voz grave e de certa forma como o herói se lembrava de quando os dois viviam juntos. — Não vai me atacar? Para acertar as contas? — Jhony ainda assim não se moveu e suas mãos ainda tremiam, porém Mike parecia o completo oposto disso. — Pois bem, então deixe que eu começo.
Ultraboy veio primeiro, tomando impulso no ar e avançando em grande rapidez. Jhony por um segundo ainda permaneceu com as mãos tremendo, antes mesmo de Mike chegar perto dele, o soco pronto para ser deferido. Segundo antes do impacto, Superboy parou de tremer e levantou uma mão, impedindo que o punho do outro o tocasse, bloqueando com a palma e o impacto criou uma onda que baqueou tudo ao redor, inclusive as duas equipe que lutavam embaixo dos dois e perceberam que dois kryptonianos batalhavam no céu.
Superboy não iria mais se reprimir, não iria mais tremer, não deixaria que Mike o controlasse tanto mesmo depois de tantos anos que os dois se separam, pois ele sabia que o garoto não sentiu o que ele havia sentindo e mesmo depois de ter vivido tanto tempo com ele ainda assim o havia deixado para trás. Por isso o herói de Smallville cerrou o outro punho e não demorou a levar até o Zod, jogando ele a quilômetros de distância dali, mas mesmo assim Superboy já estava esperando do outro lado e desferiu mais um soco com toda sua força, jogando Mikal para longe novamente.
Jhony usou sua supervelocidade mais uma vez, pronto para bater nele novamente, porém Ultraboy estava preparado dessa vez. Desviou do ataque do super-herói e acertou com um chute que o lançou para o chão do parque, rachando o lugar e criando uma cratera enorme onde ele havia caído, mas o kryptoniano não esperou ali, rumando para cima com o impulso de suas pernas e batendo mais uma vez em Mike. Que se protegeu com os braços e bateu de volta, onde eles continuaram um batendo no outro com punhos e pernas, causando dano, mas não suficiente para acabar um com o outro e terminar aquela batalha.
Por sorte Ultraboy conseguiu uma abertura e puxou Superboy pelo braço, o girando pelo ar e o jogando novamente no chão com muita força. O impacto criou mais uma cratera e um pequeno tremor no local. O Kent ficou um pouco atordoado com o arremesso e levou alguns segundos para recobrar os sentindo aguçados, percebendo a tempo o raio de calor lançado contra ele, que Jhony rebateu com os próprios olhos incandescentes. As duas ondas de calor emanadas pelos olhos de ambos se colidiram com força no meio do caminho e eles começaram a se rodear, agora no ar e ver quem conseguiria atacar com mais força. Quem manteria o poder de puro calor por mais tempo e venceria aquela pequena luta no meio do duelo de pura força e perseverança.
Jhony venceu aquela, queimando a face de Ultaboy superficialmente e aproveitando a oportunidade para atacar com velocidade e força. Mas o super-vilão estava preparado e se agarrou ao Kent quando o mesmo se aproximou, colocando ele na frente e se lançando contra os prédios no limite do parque. Jhony sentiu as construções se desmanchando em suas costas e a pressão de Mike em sua frente, o impulsionando contra os prédios e outras paredes.
— Jhony! — Ele ouviu a voz de Mary em seu ouvido. — Esses prédios são comerciais, mas ainda podem ter pessoas aí, tire ele dessa área, agora!
Superboy obedeceu e fincou os pés no piso da estrutura, diminuindo a velocidade com que era empurrado e se impulsionou para cima com precisão, quebrando mais andares até chegarem acima do centro de Gotham. Carros estavam minúsculos dali de cima, o barulho do vento abafando os outros e os dois kryptonianos se olhando há uma distância próxima. Jhony cerrou os punhos mais uma vez e Mike fez o mesmo, ambos mantendo a face levantada, até que o Kent não aguentou mais.
— Por que você está fazendo isso?
Foi uma pergunta feita com voz chorosa, mas recebeu apenas sílabas frias e cortantes em resposta.
— Não venha com esse papinho, eu não devo satisfações a você!
E então ele avançou, mas Jhony desviou rapidamente, pegando Ultabroy por trás e o prendendo em uma luta agora de imobilização e força para ver quem resistiria por mais tempo.
— Você deve sim! — O jovem Kent rebateu agora já deixando as lágrimas desceram por sua face, porque ele havia se machucado com Mikal e se machucado muito. — Você simplesmente nos deu as costas, você deu as costas a mim depois de tudo o que eu disse a você! Você sabia o que tudo significava para mim, pelo que eu estava passando e mesmo assim nada adiantou, porque seguir com a luta dos seus pais era mais importante!
Ultraboy continuava tentando escapar do aperto e Jhony sentia a respiração do inimigo descompassada, ainda mais quando Mike percebeu que Superboy estava cedendo à medida que falava aquelas coisas guardadas há muito tempo em seu coração e que ele vinha remoendo a tantos anos.
— Tudo o que queria era que você tivesse sido sincero comigo, mesmo que ainda fosse fazer o que fez, eu apenas queria honestidade. — O aperto se partiu e mais uma vez um se viu de frente ao outro, emoções transbordando de Superboy e aparentemente raiva irradiando dos olhos agora vermelhos de Ultraboy, que também tinha punhos trêmulos ao lado do corpo, diferente da pose régia que ele manteve por toda a batalha. — Você me fez acreditar que se importava comigo, que sentia algo! Mas você nunca foi real ou verdadeiro, tudo foi uma farsa!
Jhony achou a princípio que Mike fosse o acertar com toda sua força por conta da raiva que ele sentia estar sendo emanada do super-vilão, continuou acreditando isso quando ele avançou, mais rápido do que o Kent já havia visto ele antes. Porém não foi um soco que recebeu ou qualquer outro golpe, mas sentiu mãos em seu pescoço, mãos quentes e por mais incrível que parecesse, gentis. Também mãos fortes, que impulsionaram Jhony para mais perto, onde o de uniforme branco não reagiu, pego demais pela surpresa do momento.
Então, os lábios deles se encontraram.
Inesperado, na verdade muito mais do que inesperado. Irreal, estranho a princípio, mas também macio e depois acolhedor. Até que Jhony se viu apertando ele contra si, puxando com os dedos rigidamente o traje escuro do outro, agonizando por contato, contato que ele não sabia que precisava. Mas que não negou ou tentou impedir, pois ter Mike ali naquele momento trazia mais coisas boas do que os fantasmas dos passados de ambos.
Quando se soltaram, fôlegos voltando e talvez confusão, ou quem sabe mais raciocínio do que antes. Os olhos de Mike não estavam mais vermelhos, agora eram azuis mais uma vez e Jhony conseguiu ver tanto por aqueles olhos. Medo, angústia, paixão, desejo e mais forte do que tudo, arrependimento. Porém aquilo não durou por muito tempo, quando raiva voltou junto com ira. E não foi o mesmo contato de antes quando Ultraboy o segurou com firmeza, o jogando para baixo com força total.
Enquanto Jhony via ele diminuindo ao longe, seu coração e sua mente estavam embaralhados, suspensos em dúvidas e curiosidade. Por que ele havia lhe dado um beijo? Por que tinha feito aquilo num momento como aquele? Será que Mike sentira o mesmo que ele no passado? E por que ele havia lhe afastado de novo? Perguntas que rodearam a mente do kryptoniano a medida que ele despencou do céu em alta velocidade e o impacto abalou todo o centro de Gotham.
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THE WOUNDS IN THE LITTLE DRAGON'S HEART.
@tripontos
coming out to the light of day, we got many moons that are deep at play. so I keep an eye on the shadow's smile to see what it has to say. you and I both know everything must go away. ah, what do you say?
31 de agosto de 1998 não era apenas uma terça-feira comum, mas a noite que antedecia a primeira ida de Carlisle para Hogwarts. E, infelizmente, o garoto não sabia como deveria se sentir. Claro, estava muito feliz por estar prestes a iniciar sua vida acadêmica. Sentia uma enorme curiosidade a respeito de como era ser um aluno de Hogwarts, depois da Batalha que devastara o lugar, sobre a Casa a qual seria sorteado. Toda a novidade enchia o peito de euforia. Em contrapartida, no entanto, o coração estava despedaçado.
No andar de cima, sua mãe encontrava-se confinada em seu quarto por estar cada vez mais debilitada, devido à Varíola de Dragão. E quanto a isso, mesmo que já tivesse pensado e repensado em tudo o que podia fazer para ajudá-la, Carlisle não conseguia uma resposta. A única coisa que tinha era aquela crescente falta de vontade de deixá-la sozinha. Seu pai já não estava mais ali para ficar ao lado dela, então era o seu dever. Um que ele não poderia cumprir em algumas horas. Fitando o relógio na sala enquanto jantava, uma vez mais, sozinho, o garoto desejou que as horas passassem mais devagar.
Era difícil dizer se era pela aparência ou por medo dele acabar infectado, Carlisle estava começando a ver sua mãe cada vez menos. Ela não costumava permitir que ele passasse da porta quando conversavam. Nas últimas semanas, era ali que o garoto ficava, escutando a voz fraca por entre arespiração cansada enquanto a mãe passava todas as informações que precisava saber para o seu primeiro ano em Hogwarts.
Aquela noite, no entanto, Adeline pediu que levassem o menino ao seu quarto depois do jantar. Hesitante, não quis passar da porta, como normalmente acontecia, mas a mulher pediu que se aproximasse ao que sustentava um sorriso gentil, mesmo que parecesse custar toda a sua força para fazê-lo. Sem demora, Carlisle correu para a cama onde a mãe passava seus dias, sentando-se sobre oespaço vazio aos pés dela. Mesmo sem ter demonstrado nenhum sinal de ter sido contaminado, o garoto estava recebendo atenção médica constante. O tratamento, mesmo sendo eficaz para a maioria dos casos, não parecia estar funcionando para Adeline. Além das erupções cutâneas de aparência dolorosa e que já não saravam, independentemente do remédio ou feitiço aplicado, havia também a coloração patognomônica, que deixava a pele em um estranho tom esverdeado.
Era estranho ver a mãe doente. Tão fraca e indisposta, porque ainda tinha aquela imagem nítida da mulher vívida e alegre, de bochechas coradas e um sorriso fácil. Claro, parte de toda a espiritualidade caracteristica de Adeline havia morrido junto com o marido, mas Carlisle sabia que ela fazia um grande esforço por ele. Por isso, tinha tanto medo do que podia acontecer caso o tratamento não começasse a dar resultados logo. Ninguém passava informações sobre o diagnóstico da mãe, só deixavam-no saber quando ela estava se sentindo melhor ou pior. E ainda assim, ambas as palavras eram sempre acompanhadas de "um pouco". O que nunca era animador.
━━ Como está se sentindo hoje, mamãe? ━━ A pergunta era em coreano, como a maioria das conversas que tinha com a mulher, porque Carlisle queria mostrá-la que estava aprendendo, praticando e se esforçando. Aquilo, o idioma no qual conversavam, era algo tão particular, tão deles, que era uma das maneira com a qual podiam demonstrar o quão forte era a relação dos dois.
━━ Hm... Eu quem deveria fazer essa pergunta. ━━ Ela devolveu, em toda a sua absoluta gentileza e carinho ao que esticava os dedos para o filho, como sempre, com muito esforço. Querendo evitar o esforço, Carlisle rapidamente deu fim àquela distância e segurou a mão de sua mãe, sendo cuidadoso para não apertá-la, por conta dos ferimentos em sua pele. ━━ Amanhã é o seu grande dia.
Carlisle assentiu, mas o sorriso em seu lábios não demonstrava humor algum. ━━ Não queria ter que ir para tão longe de você. ━━ Confessou baixinho, desviando os olhos de alfarroba da mulher e baixando-os para suas mãos juntas. ━━ Papai gostaria que eu cuidasse de você, não é?
Adeline tentou rir, mas a risada logo fora engulfada por pela tosse longa e persistente. Ele odiava quando isso acontecia. Mesmo que a enfermeira designada para assitir Adeline tivesse se adiantado, Carlisle sabia o que fazer. Pegou o copo com água que ficava no móvel de cabeceira e ajudou a mãe a dar alguns goles, para aliviar a garganta. O que ela agradeceu com um sorriso e um breve afago nos cabelos castanhos do menino. Daquela vez, ele não voltou para o pé da cama, permaneceu ao lado da mãe.
━━ Você precisa ir para a escola, meu amor. ━━ Ela disse por fim. ━━ Que bem faria ficar aqui comigo doente?
━━ E que bem fará eu ficar longe de você? ━━ O garoto respondeu, sem demora. ━━ Vou morrer de saudades.
A mulher hesitou por alguns instantes e então suspirou, ao que tinha os olhos voltados para o menino. ━━ Também vou morrer de saudades de você, jageun yong. ━━ Ela disse, exibindo o esboço de um sorriso travesso.
━━ Mãe! ━━ Carlisle protestou.
"Jageun yong" era o apelido dado a Adeline para o filho, significava "pequeno dragão" e fazia referência ao formato dos olhos do menino e a força de seu olhar. Era engraçado até sua mãe ser contaminada por uma doença que também tinha "dragão" no nome. De repente, Carlisle não conseguia mais ver qualquer beleza naquele apelido.
━━ Na primeira gaveta do meu guarda-roupa. ━━ Ela disse então. Se sua voz já parecia fraca normalmente, era pior depois de uma crise de tosse. Era como se a voz fosse desaparecer a qualquer instante e era quase paupável o esforço que a mulher fazia para projetá-la. ━━ Uma caixinha de jóias azul...
Carlisle assentiu, demonstrando que entendera, e foi buscar a tal caixinha. Mesmo em seu caminho até o guarda-roupa, já estava curioso sobre o que ela poderia querer com aquela caixa. Todas as jóias da mulher costumavam ficar perfeitamente organizadas em seu closet. Na semana anterior, no entanto, todas haviam sido levadas para o cofre da família, em Gringotes. Carlisle observava a movimentação do corredor, enquanto as funcionárias da casa passavam com todas as caixas. De todo jeito, não fez menção de abrir a caixa. Entregou-a para a mãe e aguardou em silêncio enquanto ela abria a caixa de camurça, que parecia grande demais para uma única peça, e tirava de lá um anel muito bonito, mas que o menino jamais tinha visto. Era de ouro branco, com tiras desenhadas e uma pedra de safira exuberante ao centro, rodeada por pedras menores. Era uma peça imponente, tanto que fizera o garoto ter os lábios separados em um perfeito "o" enquanto a olhava.
Adeline virou a peça em seus dedos algumas vezes, parecia checar alguma coisa. Então ofereceu-a ao filho, sem nenhuma palavra que fosse. Carlisle fez uma concha com as mãos para receber o anel, mas não demorou para que tivesse tentando encaixá-lo em algum dos dedos. Infelizmente, seus dedos ainda eram pequenos demais para aquele anel.
━━ De quem é? ━━ Perguntou então.
━━ Seu. ━━ A mulher respondeu junto a sorriso.
━━ Meu?! Mas é muito grande...
Adeline se esforçou para não rir. Tudo o que fez foi sair da posição deitada, erguendo-se um pouco nos diversos travesseiros que ficavam às suas costas. Carlisle largou o anel para ajudá-la com a tarefa.
De dentro da caixa, ela tirou ainda um colar que também era de ouro branco, simples mas tinha um lindo pingente de diamante azul, pequeno e delicado, em formato de gota. Adeline também entregou a peça ao filho.
━━ Todas as jóias no cofre são suas. ━━ Ela começou. ━━ Mas estas são a minha herança de família para você, Carlisle.
━━ Mãe, por que você está falando de herança? ━━ Cortou-a, sentindo o coração subir algumas batidas em ansiedade e medo.
━━ Eu só quero deixar isso com você. Quero que saiba da existência delas. Não é nada demais. ━━ A explicação, no entanto, pouco fez para acalmar o coração do menino. Mas ele não fez mais nenhum comentário, voltou sua atenção para as duas peças em suas mãos e assentiu, em silêncio. ━━ Pode fazer o que quiser com todo o resto, mas estas aqui... Eu gostaria que você guardasse até o momento de repassá-las. ━━ Ela continuou.
━━ Não vou repassá-las! ━━ Carlisle exclamou.
━━ Vai sim. ━━ Adeline rebateu, mas por entre uma risada curta. ━━ Repasse este colar para a pessoa que você mais amar na vida, não importa quem seja. ━━ Ela disse, levando uma das mãos à mão que ele segurava o colar, fazendo com que ele fechasse os dedos e mantivesse a jóia segura em sua palma. ━━ E repasse este anel para o seu filho. Seu primogênito, se tiver mais de um. E peça a ele que faça o mesmo. ━━ Ela fez o mesmo com a outra mão. Assim, Carlisle tinha as duas jóias seguras em suas palmas e as mãos da mãe sobre as suas.
━━ Por quê? ━━ Carlisle perguntou baixinho, erguendo os olhos para o rosto da mãe.
━━ Porque eu te amo tanto que não sei o que fazer com tanto amor. Então, quero que ele se estenda a todas as pessoas da família que virá de você. ━━ O sorriso que tomou os lábios de Carlisle era amplo, genuíno, forçava as bochechas contra os olhos que se transformavam em fendas sobre o rosto e marcava as covinhas.
Havia muita coisa que Carlisle queria dizer. Ou, pelo menos, queria passar as próximas horas repetindo o quanto amava sua mãe, mas ela insistiu para que ele fosse dormir, já que teria um dia cheio. E recusou todas as vezes que o filho pediu para dormir com ela, para a pura chateação do jovem Nott, que mesmo relutante, foi para a sua cama no quarto no fim do corredor.
Na manhã seguinte, Adeline insistiu para descer e fazer companhia ao filho enquanto ele tomava café. E quis ficar com ele enquanto se aprontava para sair e conferia se tinha pego todos os pertences que tinham comprado juntos no Beco Diagonal, assim que sua carta chegara. Ele tinha tudo, até as vestes negras da escola estavam facilmente alcançáveis e Aquaria estava na gaiola. A única coisa que Carlisle não tinha era a vontade de se despedir da mãe.
À porta da casa, os dois se olharam em silêncio por um longo momento. Adeline estava de pé com a ajuda de sua enfermeira, parecendo mais pálida (ou verde) do que na noite anterior, o que deixava Carlisle terrivelmente preocupado, mesmo que tentasse a todo custo não deixar nada transparecer.
━━ Vá, não pode se atrasar ou vai perder o trem. ━━ A mulher disse, afagando o rosto do filho. ━━ Vou sentir tanto a sua falta... ━━ Ela disse, repentinamente chorosa.
O coração de Carlisle, que já estava em frangalhos, pareceu partir em mais alguns milhões de estilhaços. As linhas d'água marejando imediatamente, obrigando-o a desviar o olhar para evitar que as lágrimas corressem por seu rosto.
━━ Posso te dar um abraço? Prometo que vou ser cuidadoso. ━━ O menino pediu. Abraços haviam sido cortados da lista quando os ferimentos na pele da mulher começaram a piorar. Eles eram dolorosos demais para que ela aguentasse normalmente, quem dirá com pressão por cima. Mas ainda assim, ela assentiu em concordância, já abrindo os braços para recebê-lo.
Com a gentileza prometida, Carlisle enlaçou os braços ao redor do tronco da mãe, sem apertá-la e sendo bastante cuidadoso com o quanto de pressão seu corpo oferecia. Queria deitar a cabeça no ombro dela e se perder no cheiro tão familiar dela, mas ele já não existia. O calor natural de sua mãe agora era apenas febre e o seu cheiro era de unguentos para os ferimentos. Era cada vez mais difícil segurar as lágrimas, ainda mais quando a garganta começava a doer tanto.
Adeline, por outro lado, fez questão de por um fim naquela distância e apertar o menino contra seu corpo, em um abraço nada cuidadoso. Carlisle ouvira o arfar de dor, mas quando tentou se afastar, ela não deixou. Logo, ele podia ouvir o choro da mulher.
━━ Mãe...
━━ Carlisle. ━━ Ela cortou-o. ━━ Me prometa que vai ficar bem. Que vai se comportar e não vai entrar me problemas.
━━ Eu prometo. ━━ Disse hesitar. ━━ Agora, me solta. Está te machucando.
Mas ela ignorou.
━━ Me prometa que vai escrever para mim todos os dias.
━━ Todos os dias?
━━ Todos os dias.
━━ Tá bom, mãe, eu escrevo.
━━ E me prometa também que nunca vai esquecer o quanto eu te amo.
━━ Mãe.
━━ Carlisle Gaeul.
Ela nunca, nunca chamava-o pelos dois nomes. Aquilo acendeu sinais de alerta que ele sequer sabia que tinha. Por isso, ergueu os olhos para o rosto da mãe, por onde várias lágrimas rolavam, deixando rastro sobre a pele ferida.
━━ Me prometa, filho. ━━ Ela pediu, mal havia som saindo.
━━ Eu prometo. ━━ Carlisle disse, a voz embargada pelo choro. ━━ Mas não se despeça de mim desse jeito, mãe. Não faça parecer que eu não vou mais te ver, por favor.
Adeline não disse nada. Mas desfez o abraço, para que pudesse levar as mãos ao rosto do único filho.
━━ É que eu vou sentir a sua falta. Já estou ficando repetitiva...
━━ Eu também vou sentir sua falta. Eu te amo, mãe. Te amo muito. Para sempre.
━━ Para sempre. ━━ Ela repetiu.
━━ Te vejo no recesso de Natal. ━━ Carlisle disse, recuando vagarosamente em direção à saída, para longe do toque da mãe. ━━ Melhore logo, eh?
Adeline assentiu enquanto sustentava um sorriso.
Sete anos mais tarde e Carlisle ainda não conseguia deixar de pensar em como aquela havia sido a última vez que vira a mãe com vida.
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