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#cidade mineira no norte de minas
gatas69 · 10 months
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Descobrindo Encantos em Montes Claros, MG 🌄✨
Oi, pessoal do Tumblr! Hoje eu quero compartilhar com vocês sobre uma cidade que encanta com suas belezas naturais, tradições culturais e calor humano: Montes Claros, MG. 🇧🇷
1. Cenários de Tirar o Fôlego Montes Claros é abençoada com uma paisagem deslumbrante. Os montes que rodeiam a cidade proporcionam vistas espetaculares, especialmente durante o pôr do sol. Se você é amante da natureza, este é o lugar perfeito para explorar trilhas e entrar em sintonia com a beleza do cerrado.
2. Cultura Vibrante A cultura local é rica e diversificada. O Folclore, a música e a culinária são verdadeiros tesouros em Montes Claros. Não deixe de experimentar as delícias da gastronomia mineira, como o famoso pão de queijo e o feijão tropeiro.
3. Gente Acolhedora Os habitantes de Montes Claros são conhecidos por sua hospitalidade. Você se sentirá em casa desde o momento em que pisar nesta cidade. É um lugar onde as pessoas sorriem para você na rua e estão sempre dispostas a ajudar.
4. Arquitetura Histórica Passear pelo centro histórico de Montes Claros é como fazer uma viagem no tempo. As construções antigas contam a história da cidade, proporcionando uma experiência única para os amantes da arquitetura e da história.
5. Eventos Culturais A cidade respira cultura o ano todo. Festas tradicionais, apresentações de dança, teatro e exposições de arte fazem parte do calendário cultural. Não importa a época em que você visitar, sempre haverá algo interessante acontecendo.
6. Orgulho Regional Os moradores de Montes Claros têm um forte senso de identidade regional. Eles se orgulham de suas tradições, costumes e contribuições para a cultura mineira. Participar de eventos locais é uma excelente maneira de se envolver e conhecer de perto essa riqueza cultural.
Montes Claros é mais do que uma cidade, é uma experiência completa para todos os sentidos. Se você está em busca de um destino autêntico, acolhedor e cheio de surpresas agradáveis, não deixe de incluir Montes Claros em sua lista de lugares para explorar. ✈️🗺️ #MontesClaros #MinasGerais #CulturaMineira #Viagem #ExplorandoBrasil
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capitalflutuante · 6 months
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O Consórcio Infraestrutura MG venceu o leilão de relicitação da BR-040, no trecho que liga Belo Horizonte a Juiz de Fora, em Minas Gerais. O leilão foi realizado na tarde de hoje (11) na sede da B3, em São Paulo, e contou com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho. O consórcio ofereceu o maior valor de desconto para o pedágio, com a proposta de desconto de 11,21% sobre a tarifa base. Também participaram do certame o Consórcio Vetor Norte, que ofereceu desconto de 0%, e a CCR, com a proposta de 1% de desconto. Uma quarta empresa havia manifestado interesse em participar do leilão, mas foi desclassificada por não estar em conformidade com as cláusulas do edital. “O resultado nos traz forte motivação e estamos muito preparados para a implementação dessa nova concessionária. A continuidade do programa federal do programa de concessão de rodovias, com mais esse evento hoje, é de fundamental relevância para o Brasil e deverá prover benefícios permanentes aos usuários da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora”, disse José Carlos Cassaniga, presidente do grupo EPR, que integra o consórcio vencedor. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pelo leilão, este foi o certame mais concorrido desde 2018. Foi também a primeira relicitação realizada pela ANTT, já que este trecho havia sido concedido à iniciativa privada, mas foi devolvido ao poder público em 2017. Atualmente, o trecho é administrado pela concessionária Via 040. Desde 2014, ela responde pela rodovia na extensão que vai de Juiz de Fora até Brasília. O contrato firmado previa, entre outras coisas, que fossem duplicados mais 714,5 km da rodovia nos primeiros cinco anos. Segundo um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), até 2020, houve obras de duplicação em apenas pouco mais de 70 km. Em 2017, a Via 040 alegou dificuldades financeiras e manifestou o desejo de devolver a concessão. Dois anos depois, um pedido para relicitação do trecho sob sua responsabilidade foi aprovado pela ANTT. Na B3, o ministro Renan Filho, disse que a BR-040 é uma das mais importantes do país e foi aberta ainda no Brasil Império. “É uma das mais representativas do país pela sua história, pelas regiões que ela corta [Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro] e pela importância econômica que possui. Para nós todos do ministério esse é um dia feliz e exitoso. Essa é a primeira relicitação que chega ao final”, afirmou. Segundo o ministro, neste ano ainda serão realizados mais cinco leilões de rodovias mineiras e a meta do governo federal é realizar 35 novos leilões em todo o país. “Oito deles [propostas de leilões] já estão no TCU [em avaliação pelo Tribunal de Contas da União], em fase final.” A concessão A concessão é pelo período de 30 anos e engloba um trecho de 232,1 km da BR-040/MG. O projeto prevê investimentos de cerca de R$ 8,7 bilhões, abrangendo 163,9 km de duplicações, 42 km de faixas adicionais, 15,3 km de vias marginais, 14,2 km de ciclovias, oito passarelas, 57 pontos de ônibus, cinco postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e um ponto de parada e descanso para motoristas profissionais. A concessão prevê ainda o Desconto para Usuários Frequentes (DUF) e a opção de pagamento automático para motoristas, com o uso de TAG’s. Os usuários frequentes são aqueles que utilizam apenas trechos da rodovia várias vezes por mês, como ocorrem com cidadãos que moram e trabalham em cidades próximas. Com informações da Agência Brasil
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minaslocadora · 7 months
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Explore Turmalina, MG: Descubra Os Encantos E Benefícios De Alugar Uma Van Com Motorista Com A Minas Locadora!
Se você está procurando por um destino encantador no norte de Minas Gerais, Turmalina é uma excelente escolha. Localizada a aproximadamente 540 quilômetros de Contagem, esta cidade pitoresca oferece uma atmosfera tranquila, rica em cultura, história e belezas naturais. Vamos mergulhar mais fundo nos encantos de Turmalina e descobrir as vantagens de alugar uma van com motorista com a Minas Locadora para uma viagem inesquecível.
Descubra os Encantos de Turmalina:
Belezas Naturais: Turmalina é cercada por uma paisagem deslumbrante, com montanhas, cachoeiras e trilhas que encantam os visitantes. A Cachoeira do Sossego, com suas águas cristalinas e ambiente tranquilo, é um dos pontos turísticos mais populares da região. Além disso, o Pico do Itapeva oferece vistas panorâmicas impressionantes da cidade e arredores.
Cultura e História: Com uma história rica e vibrante, Turmalina possui um patrimônio cultural que fascina a todos. Os casarões coloniais e as igrejas centenárias são testemunhas do passado glorioso da cidade. Não deixe de visitar o Museu Histórico de Turmalina para conhecer mais sobre a história e a cultura local.
Artesanato e Gastronomia: Os artesanatos em pedra sabão e os doces caseiros são algumas das especialidades de Turmalina. Os visitantes podem explorar os mercados locais em busca de lembranças únicas e saborear as delícias da culinária mineira em restaurantes acolhedores e tradicionais.
Vantagens de Alugar uma Van com Motorista com a Minas Locadora para Turmalina:
Conforto e Segurança: Viaje com todo o conforto e segurança em uma van espaçosa da Minas Locadora, acompanhado por um motorista experiente e profissional. Nossos veículos são equipados com todos os recursos necessários para garantir uma viagem tranquila e agradável.
Conveniência e Comodidade: Alugando uma van com motorista, você elimina o estresse de dirigir em estradas desconhecidas e pode relaxar e aproveitar a viagem ao máximo. Nosso motorista conhece bem a região e pode ajudá-lo a planejar o itinerário perfeito para sua estadia em Turmalina.
Economia de Tempo e Energia: Com um motorista à disposição, você economiza tempo e energia que seriam gastos com planejamento de rotas, estacionamento e navegação. Isso permite que você aproveite ao máximo cada momento da sua viagem, explorando os encantos de Turmalina sem preocupações.
Como Alugar uma Van com Motorista com a Minas Locadora para Turmalina:
Entre em Contato Conosco: Entre em contato com a Minas Locadora através do nosso site, telefone ou visitando uma de nossas filiais em Contagem. Nossa equipe terá o prazer de ajudá-lo a planejar sua viagem e reservar uma van com motorista de acordo com suas necessidades.
Personalize seu Roteiro: Trabalharemos com você para criar um itinerário personalizado que atenda às suas preferências e interesses. Nosso motorista estará à sua disposição para levá-lo aos principais pontos turísticos de Turmalina e garantir que sua experiência seja única e memorável.
Aproveite sua Viagem: Com a Minas Locadora, você pode relaxar e desfrutar de todos os encantos de Turmalina, sabendo que está em boas mãos. Deixe-nos cuidar dos detalhes logísticos enquanto você cria memórias inesquecíveis nesta cidade encantadora do norte de Minas Gerais.
Ao escolher a Minas Locadora, sua viagem para Turmalina se torna uma experiência ainda mais especial. Entre em contato conosco hoje mesmo e reserve sua van com motorista para uma jornada única e emocionante!
Esse post foi publicado primeiro em: https://minaslocadora.com.br/explore-turmalina-mg-descubra-os-encantos-e-beneficios-de-alugar-uma-van-com-motorista-com-a-minas-locadora/
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ocombatenterondonia · 11 months
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Carolina de Jesus deve receber novo memorial, diz filha da escritora
A escritora Carolina Maria de Jesus deverá receber um novo memorial no município de Sacramento, Minas Gerais, onde nasceu. Segundo a filha da autora, Vera Eunice, o projeto deve ser anunciado nas próximas semanas, com apoio do Ministério da Cultura. Carolina de Jesus, célebre pelo livro Quarto de Despejo, que retrata o cotidiano em uma favela na zona norte paulistana, deixou a cidade mineira aos…
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rodadecuia · 1 year
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ovnihoje · 2 years
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Buraco gigante aparece perto de pequena cidade no Chile
Buraco gigante aparece perto de pequena cidade no Chile
Um enorme buraco perto a uma mina de cobre no norte do Chile que apareceu neste fim de semana foi capturado em imagens impressionantes. Buraco gigante se abre do nada na cidade mineira do Chile. Foto: vídeo do youtube O buraco de 24 metros de largura apareceu misteriosamente no sábado na comuna de Tierra Amarilla, na região do Atacama, perto da gigantesca mina de Alcaparrosa, e acredita-se que…
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traveltourbrazil · 4 years
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Férias no Brasil - Destinos de viagem por actividade!
Quando planeia viajar/explorar as suas férias no Brasil, o(s) seu(s) destino(s) de viagem preferido(s) pode(m) depender muito das suas actividades favoritas.
a) Apenas férias na praia
Mesmo que existam muitas praias bonitas em diferentes lugares do mundo, é por isso que esta não deve ser necessariamente a principal razão para visitar este país, seguindo uma breve descrição dos três principais tipos de praias que se encontram ao longo da linha costeira brasileira de 8.000 km:
Praias de coqueiros sem fim com e sem dunas, em parte com recifes ao largo e falésias coloridas, por isso - chamadas falésias, no nordeste. Encantadoras praias desertas e semidesertas com pequenas baías rodeadas por montanhas cobertas de floresta tropical da Serra do Mar, no sudeste (a minha favorita pessoal). 
O Rio Grande do Sul, no Sul do Brasil, parece ter uma praia rectilínea plana interminável de norte a sul, com dunas mas sem coqueiros e recifes. Faz lembrar um pouco as praias da Holanda / costa atlântica europeia. De beleza extraordinária são o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses no Maranhão, a parte litoral das Reservas do Sudeste (São Paulo / Paraná) e Sítios do Património Mundial da Costa do Descobrimento (Sul da Bahia) como o paraíso das aves Lagoa dos Patos (Rio Grande do Sul).
b) Actividades ao ar livre
Para actividades ao ar livre, particularmente caminhadas / caminhadas / trekking / escalada, ciclismo de montanha e caiaque, definitivamente a Mata Atlântica deve ser a sua escolha. Oferece inúmeras trilhas históricas, belas praias desertas e semi-desertas, vegetação de mangue e restinga, montanhas cobertas de floresta tropical de até 3.000 metros de altura (Mar /Mantiqueira), rios encantadores, cachoeiras e piscinas naturais, comunidades tradicionais e algumas cidades coloniais. Além disso, é de fácil acesso através do aeroporto internacional de São Paulo ou do Rio de Janeiro.
c) Espeleologia
Existem muitas áreas cavernícolas no Brasil, mas em combinação com a floresta tropical, a Província Espeleológica da Alta Ribeira / Paranapiacaba (Estado de São Paulo), com a sua fantástica paisagem cársica e centenas de grutas de calcário, é única. Recomendação: Intervales e Parque Estadual do PETAR.. viajar pelo brasil
d) Mergulho
O Brasil não tem Grande Barreira de Corais e não é um famoso local de mergulho. No entanto, a ilha de Fernando de Noronha em Pernambuco e as dezenas de naufrágios nos arredores de Ilhabela (São Paulo), podem valer a pena uma visita.
e) Observação da Vida Selvagem
Quando se pode suportar o calor e os mosquitos, o Pantanal é o lugar onde se pode estar para ver, fotografar e filmar animais no seu habitat natural. Especialmente a estação seca (Inverno) é altamente recomendada, porque as áreas inundadas encolhem e os animais têm de sair do seu abrigo para ter acesso à água. Para isso, não vá à Amazónia, provavelmente ficará desapontado. Um biólogo, que participou numa expedição de 7 dias de floresta tropical ao Pico da Neblina, disse-me uma vez que não viu um animal durante toda a caminhada.
Para observar aves, visite o Parque Estadual de Intervales, onde pode facilmente observar uma espécie de ave diferente a cada 15 minutos. O arquipélago de Abrolhos é um excelente local para a observação de baleias durante a época. Quando estiver em São Paulo, o Parque Estadual da Cantareira é uma excelente opção para ver macacos vivos livres, especialmente macacos uivadores (Alouatta guariba). f) Cultura e História
O Brasil, com certeza é uma grande natureza / destino ecológico, mas penso que é justo dizer que se se vem de um continente culturalmente rico, como a Europa, o Brasil, com a sua jovem história, em termos de atracções culturais, não se pode comparar muito bem. No entanto, os edifícios e igrejas coloniais barrocos que datam do ciclo do ouro do Brasil, podem valer a pena uma visita. Uma alternativa interessante para combinar cultura e história com uma beleza natural excepcional é uma visita ao Património Mundial da Costa do Descobrimento no Sul da Bahia ou seguir a antiga rota do ouro (Estrada Real) desde as áreas mineiras em Ouro Preto / Diamantinha (Minas Gerais) até ao porto em Paraty. O Complexo Lagamar (São Paulo / Paraná) oferece sambaquis pré-históricos, comunidades piscatórias tradicionais (caicaras) e mais para o interior, descendentes de escravos africanos, assim chamados - quilombolas.
g) Outros
Para além de Trindade / Martim Vaz, com acesso difícil e limitado, Fernando de Noronha é a mais bela ilha do Brasil. Se o turismo de massas não é um problema para si e o tamanho importa, não há nada que se compare às quedas de água de Foz de Iguaçu (1 dia é suficiente). A suspensão e o parapente é possível no Monumento Nacional Pontoes Capixabas, no Espírito Santo, onde também se podem encontrar as formações rochosas mais espectaculares do Brasil. Decidir entre o carnaval do Rio de Janeiro e o carnaval de Colónia pode ser uma escolha difícil, mas a passagem de ano em Copacabana é insuperável. Se estiver em São Paulo e não finja visitar a Argentina, não se esqueça de incluir um jantar num restaurante típico de churrasco / rodizio.
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not-inthebox · 4 years
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𝐁𝐑𝐀𝐒𝐈𝐋
O Brasil, oficialmente República Federativa do Brasil, é um país localizado na América do Sul. É o maior país do continente e ocupa 47% do território.Situado no hemisfério sul, o país é atravessado pela Linha do Equador e pelo Trópico de Capricórnio.O Brasil é banhado pelo Oceano Atlântico. É considerado o 5º país em extensão territorial, dono de uma das maiores biodiversidades do planeta. 
𝑪𝒖𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂
A cultura do Brasil é resultado da mistura das tradições portuguesas, indígenas, africanas, italianas, japonesas, alemãs, etc. Soma-se à isto as festas religiosas próprias do catolicismo e das celebrações africanas em honra aos orixás.
Há características regionais bem marcadas refletidas em comemorações, no entanto, podemos encontrar em todo território o gosto pela música. Igualmente, a difusão de várias lendas indígenas amazônicas, contribuiu para a elaboração de uma cultura comum a todos os brasileiros.
𝑪𝒍𝒊𝒎𝒂 𝒆 𝒈𝒆𝒐𝒈𝒓𝒂𝒇𝒊𝒂 
O Brasil está localizado entre a Linha do Equador e o Trópico de Capricórnio. Desta maneira, ele está situado na zona tropical onde o clima é quente e úmido. Em virtude da imensidão do território brasileiro (8 514 876 km²), são identificados diversos tipos de climas, sendo os principais: equatorial, tropical, tropical de altitude, tropical úmido, semiárido e subtropical.
Sua extensão é de mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de extensão (8.515.759,090 km2) o que faz dele o quinto maior país do mundo. Também é um dos países mais populosos. Apesar de ter 204.450.649 habitantes é qualificado como pouco povoado pelo fato de que conta com 22,4 hab./km2.
O país está dividido em cinco regiões (Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) e tem 26 estados e um Distrito Federal.
𝑽𝒆𝒔𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒔
O brasileiro gosta de se vestir com mais cores, principalmente na região nordeste do Brasil, onde o clima tropical é soberano. Já em São Paulo, as pessoas optam por roupas mais clássicas e sociais, principalmente para trabalhar. Dependendo da região do país onde estamos, é possível ver trajes bem típicos, como as roupas de prenda e as galochas e bombachas do Rio Grande do Sul, e os acessórios e roupas com plumas da região norte.
𝑪𝒐𝒎𝒊𝒅𝒂
A culinária brasileira é rica, saborosa e diversificada. Cada um dos estados brasileiros tem seus pratos típicos, preparados de acordo com antigas tradições, que são transmitidas a cada geração. Alguns pratos típicos de cada região:  - Sul:  No Rio Grande do Sul, nada é mais tradicional do que o churrasco. Também devem ser mencionados o arroz-de-carreteiro e o salame de porco. O chimarrão, feito com erva-mate, tomado em cuia e bomba apropriada, é uma marca registrada do gaúcho. No Paraná, é comum o barreado, uma mistura de carnes, preparada em panela de barro e acompanhada de farinha de mandioca e banana. Em Santa Catarina, temos as caldeiradas de peixe e, de sobremesa, as tortas de maçã.
- Sudeste: 
No Espírito Santo, há a moqueca capixaba, preparada em panela de barro, com vários tipos de peixe e frutos do mar: marisco, siri, caranguejo, camarão, lagosta, bacalhau, palmito e a tintura de urucum. 
Em Minas Gerais, arroz carreteiro, pão de queijo, blo de fubá, goiabada com queijo, doces em calda (cidra, abóbora, figo) e doce de leite.
Rio de Janeiro contribui com o picadinho de carne com quiabo e o camarão com chuchu. 
Em São Paulo, a culinária caipira se assemelha à de Minas, mas a colônia italiana introduziu as massas e a pizza. Também merecem destaque os pastéis, tão frequentes quanto apetitosos.
- Nordeste: 
Pratos preparados com peixes são típicos do litoral, enquanto manteiga de garrafa, carne-de-sol e charque representam o sertão. A rapadura é tradicional desde o ciclo da cana-de-açúcar, no início da colonização.
A presença africana é nítida na alimentação da Bahia: vatapá, sarapatel, caruru, acarajé, abará, bobó de camarão, xinxim de galinha, moqueca de peixe. O azeite de dendê é o que diferencia e perfuma os alimentos. 
- Norte: 
Caldeirada de tucunaré, tacacá, tapioca, pato no tucupi. De origem indígena, o tacacá é uma sopa com tapioca, camarão seco, pimenta e tucupi, nome de um molho preparado com mandioca e jambu que acompanha o pato ou o peixe. Na sobremesa, doces de castanha-do-pará e frutas típicas: açaí, cupuaçu e graviola. Bolo de macaxeira, baião-de-dois.
𝑴𝒖𝒔𝒊𝒄𝒂
A música do Brasil é uma das expressões mais importantes da cultura brasileira. Formou-se, principalmente, a partir da fusão de elementos europeus, indígenas e africanos, trazidos por colonizadores portugueses e pelos escravos.
- Samba e Funk: 
O samba é um gênero musical e dança com origem na cidade brasileira do Rio de Janeiro. O samba deriva de um folguedo com notável influência africana que emergiu na Bahia, o samba de roda, que por sua vez guarda semelhanças com o coco, dança de roda mais antiga surgida na então Capitania de Pernambuco com influências dos batuques africanos e dos bailados indígenas. Apesar de ser, enquanto gênero musical, resultante de estruturas musicais europeias e africanas, foi com os símbolos da cultura negra brasileira que o samba se alastrou pelo território nacional, tornando-se uma das principais manifestações culturais populares do Brasil.
No início da década de 1970, o ritmo funk, original dos Estados Unidos, invadiu o Brasil e começou a se espalhar pelas periferias por meio dos bailes. Com ritmos dançantes e alegres, as músicas tinham o objetivo de fazer todo mundo dançar, inclusive com coreografias que, até hoje, são recordadas pelos mais antigos frequentadores das festas.
Desde então, tudo mudou. Com músicas que traziam uma batida eletrônica e contagiante, além de letras que retratavam a realidade da violência existente nas favelas, o produtor conseguiu introduzir a cultura brasileira no movimento.
𝑯𝒊𝒔𝒕𝒐𝒓𝒊𝒂
A História do Brasil é divida em três grandes fases: colonial, Império e República.
Considera-se que o período da história do Brasil colonial comece em 22 de abril de 1500 com a chegada da esquadra de Pedro Álvares Cabral e termine com a elevação do Brasil a categoria de Reino Unido. 
Durante trezentos anos, os indígenas que aqui viviam sofreram uma radical alteração no seu modo de vida com a chegada e instalação dos portugueses.Em seguida, os colonizadores trouxeram os africanos para serem escravizados e trabalharem nas plantações de cana-de-açúcar. Esta atividade se desenvolveu principalmente no nordeste brasileiro, mas havia lavouras instaladas em outros pontos do território.Também nesta época se observa a atividade dos bandeirantes, grupos de pessoas que se organizavam e partiam em expedições pelo interior em busca de índios para escravizá-los, de ouro e pedras preciosas.
A descoberta de ouro em Minas Gerais supôs o deslocamento da atividade econômica para o sudeste.A capital foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, a fim de melhorar o controle da saída do metal precioso para Portugal.Da mesma forma, acontecem alguns levantes contra a autoridade portuguesa. Em 1789 se registra a conspiração conhecida como Inconfidência Mineira e, em 1798, a Conjuração Baiana.
A etapa da história imperial do Brasil começa com a proclamação da Independência por Dom Pedro que se tornará o primeiro imperador do país.No entanto, sem conseguir apoio para seu projeto político e temoroso de perder a coro portuguesa, Dom Pedro I termina por abdicar do trono para seu filho.Segue-se, então, o Período Regencial, onde o governo era administrado por regentes. Esta etapa se caracteriza por lutas políticas e revoltas em várias províncias brasileiras.
O Segundo Reinado tem início quando Dom Pedro II tem sua maioridade antecipada e assume o trono do império do Brasil.Segue-se um período de relativa calma política interna e prosperidade econômica devido aos lucros trazidos com o cultivo da café.Inicia-se a grande discussão sobre a abolição da escravatura no Brasil que será a causa da derrocada da monarquia.
O regime republicano é instalado no Brasil através de um golpe orquestrado pelo Exército e a elite cafeeira.A princípio, a república não é bem aceita pela população como atestam os numerosos levantes como a Guerra de Canudos, a Guerra do Contestado ou mesmo a Revolta da Vacina.O período republicano, vigente até hoje, é marcado pela ruptura da ordem democráticas em ocasiões como a Era Vargas e a Ditadura Militar.
𝑪𝒆𝒍𝒆𝒃𝒓𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆𝒔
Gisele Bündchen - Supermodelo, filantropa, ativista ambiental e empresária brasileira. Desde 2004, esteve entre as modelos mais bem pagas do mundo e, a partir de 2007, tornou-se a 16.ª mulher mais rica do setor de entretenimento.
Pelé - Edson Arantes do Nascimento ONM ORB KBE, mais conhecido como Pelé, é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante. Ele é amplamente considerado como um dos maiores atletas de todos os tempos. 
Neymar - Neymar da Silva Santos Júnior é um futebolista brasileiro que atua como atacante. Atualmente joga pelo Paris Saint-Germain e pela Seleção Brasileira. Revelado pelo Santos, em 2009, Neymar se tornou o principal futebolista em atividade no país.
𝑻𝒖𝒓𝒊𝒔𝒎𝒐
O Brasil tem um potencial enorme para o turismo por conta de seus recursos naturais e oferta cultural. O país recebe cerca de 6 milhões visitantes estrangeiros por ano e possui um turismo interno significativo em torno da cultura, festas religiosas e culturais como o carnaval e festas juninas.
As cidades mais visitadas do Brasil são Rio de Janeiro, Florianópolis, Foz do Iguaçu, São Paulo, Salvador, Gramado, Natal, Porto Seguro, Caldas Novas, Fortaleza.
𝑪𝒐𝒔𝒕𝒖𝒎𝒆𝒔
Os costumes brasileiros são variados. Tratando de termos morais, a nossa influência toma como base, principalmente, a moral judaico-cristã. O cristianismo constitui a maior influência para a formação de nosso povo, principalmente pela vertente católica, que compõe o maior grupo religioso brasileiro. Também sofremos influências morais de outros povos que vieram para o Brasil por meio dos fluxos migratórios, como os africanos.
A diversidade de hábitos e costumes morais também se deu por conta dos regionalismos que foram surgindo ao longo do tempo. Por possuir um território de proporções continentais, o Brasil viu, ao longo de sua história, o desenvolvimento de diferentes vertentes culturais, devido às diferenças geográficas que separam o território.
𝐇𝐂𝐒 𝐃𝐎 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃: 
- Playlist de músicas tipicamente brasileiras, do funk ou samba raiz, tocando no espaço do estande; 
- Comidas típicas de diversas regiões do país estão sendo servidas, tão bem como caipirinhas e cachaças (basta saber com quem falar); 
- Pequenas oficias de funk e samba estão sendo dadas por alguns alunos; 
- Havaianas estão sendo entregues aos alunos como brinde, juntamente com fitinhas do senhor do bonfim, folhetos com informações a respeito do país e pins com a bandeira do Brasil;
- Livros com lendas brasileiras estão a disposição para quem tenha interesse em compra-los; 
- Existe uma parte dedicada unicamente a informações sobre o carnaval, com estudantes fazendo maquiagens em quem quiser; 
- Uma parte do estande é reservada para falar mal das políticas do governo atual (essa parte é mais ooc, porque eu não sou obrigada)
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agua-sua-linda · 5 years
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No ano passado, mais de 100 cidades mineiras decretaram estado de emergência por falta de água. Este ano, com a contaminação da Rio Paraopeba, a situação não está nada melhor. São quatro as regiões que podem ter dezenas de municípios sem abastecimento:   (1) Norte de Minas;   (2) as regiões abastecidas pelo Rio Paraopeba;   (3) as regiões abastecidas Rio Doce; (4) Triângulo Mineiro abastecido por reservatórios que já não dão conta da demanda. No norte de Minas, o processo de desertificação deixou só no ano passado 78% das cidades em situação de seca. As cidades abastecidas pelo Rio Paraopeba também estão em estado de atenção. Em relatório publicado este ano, a elevada presença de metais pesados no rio impedem a captação. Para piorar, mesmo três anos depois do rompimento da barragem da Samarco, dezenas de municípios abastecidos pelo Rio Doce ainda não se sentem seguros em usar a água do rio morto para abastecimento. Em Governador Valadares, população até hoje consome água mineral.  Nem o Triângulo Mineiro escapa. Lá, as cidades dependem dos reservatórios de água do estado, mas eles não estão dando conta. No ano passado, Uberlândia e outras cidades da região enfrentaram falta de água. Saiba mais: "Norte de Minas concentra 78% das cidades em situação de seca" - O Tempo, 09/2018: https://bit.ly/2NOCdEa "Relatório aponta presença elevada de metais pesados em pontos do Rio Paraopeba" - Estado de Minas, 27/02/2019: https://bit.ly/2SvaDdt "Rio Paraopeba tem níveis de metais 600 vezes maior que o permitido" - Exame, 27/02/2019: https://bit.ly/2HUN8JY "Moradores de Governador Valadares ainda se recusam a usar água do Rio Doce" - Estado de Minas, outubro/2018: https://bit.ly/2OOsOxP "Cem cidades mineiras decretaram estado de emergência em 2018 por falta de água" - O Tempo, 09/2018: https://bit.ly/2YIgIaz
http://bit.ly/2TOnQyz 
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uberlandianoticia · 2 years
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Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), várias cidades mineiras estão há mais de 100 dias sem chuva, sobretudo nas regiões Norte, Triângulo, Centro-Oeste e Central. https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2022/09/06/interna_gerais,1391632/minas-tem-133-cidades-em-situacao-de-emergencia-por-causa-da-seca.shtml https://www.instagram.com/p/CiMEWt3tZku/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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narrativasbreves · 18 years
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ROSTOS DE CARVÃO
Notícias Magazine, 2006
Deixaram a região deprimida de Trás-os-Montes e partiram em busca do El Dorado, a centenas de metros debaixo de terra, nos montes negros de León. São portugueses, picadores de carvão. Rastejam em túneis apertados e, como as toupeiras, escavam o subsolo. Trazem no corpo marcas indeléveis da profissão. Numa actividade em declínio, persistem em manter vivas povoações mineiras do norte de Espanha.
No primeiro dia de trabalho, José Maria da Silva seguiu o encarregado da mina através de um corredor subterrâneo. Para se mover teve de rastejar. Deteve-se duas ou três vezes e pensou voltar atrás, fugir daquele lugar escuro onde o tecto pouco mais de meio metro distava do chão. “Fiquei assustado, deu-me um aperto que não sei definir”, recorda. Nove anos depois, encostado ao balcão de um bar de Bembibre – cidade mineira com 11063 habitantes, no norte de Espanha –, o mineiro de 42 anos, natural de Famalicão, recorda, sorrindo,  a angústia da primeira vez. “ Agora é natural. É um hábito”, declara. A dez quilómetros da cidade, os montes negros da região mineira Bembibre-Torre del Bierzo descem às margens do rio Tremor, na povoação de Torre del Bierzo, oitenta quilómetros a oeste da cidade de León. Nas encostas, amontoados de terra preta, rasgos de estradas poeirentas e grandes armazéns anunciam as minas de carvão. 
À entrada da mina de Malaban, Zé Maria integra um grupo de 15 mineiros. Aguardam o elevador que, todos os dias, os leva ao local de trabalho, a 300 metros debaixo de terra.
Pouco passa das 8 horas, numa manhã de Inverno. O monte esgravatado abriga ainda montículos tímidos de vegetação rasteira. Lembra uma grande oficina a céu aberto onde quase tudo é negro: prefabricados, máquinas espalhadas, vagões tombados, pedaços de gelo sujo e muita, muita lama. Zé Maria sorri. O cabelo grisalho bem penteado destoa da indumentária – as galochas, o capacete e o fato-macaco que a acumulação de vários dias de carvão e de suor privaram da cor original. 
Debaixo de terra
A temperatura ronda os trinta graus positivos, no interior da mina, e a humidade chega quase aos cem por cento. A respiração torna-se pesada. Os trabalhadores colocam traves e arranjam os trilhos, fazendo ressoar nas amplas galerias o som de batimentos em metal e de máquinas a trabalhar. Em determinados pontos, aberturas na parede expelem continuamente carvão – como se fosse água a jorrar de um cano – para dentro de vagões metálicos. As galochas largas e desconfortáveis fazem tropeçar no chão lamacento e irregular. Depois de um labirinto de corredores intermináveis, o guia e director da mina, Manolo Ferrer, apontou, a cerca de dois metros do chão, uma abertura do diâmetro de um corpo que passava despercebida. “Ali dentro trabalham portugueses”, declara. 
Uma escada de três degraus encostada à parede deu acesso ao túnel. Lá dentro, um lugar surpreendente. O tecto baixo obriga a rastejar de olhos no chão, ferindo os joelhos e as palmas das mãos, estranhos a uma superfície dura, de cascalho. Os primeiros metros são de nervosismo e constantes cabeçadas no tecto tal é a ansiedade de olhar em frente e perceber o espaço. Ouvem-se ruídos dispersos, mas ninguém se distingue. A luz vem apenas dos capacetes e perde-se nos seus movimentos incertos. A máscara de protecção abafa devido ao calor e à humidade – sem ela o pó acumula-se na boca e no nariz. 
Aninhados junto à parede – o corpo ajustado à exiguidade do espaço – quatro picadores de carvão, separados por alguns metros, esburacam a parede. Três são portugueses.
Resgatado da penumbra pela lanterna do fotógrafo, Elisário Pinto pousa a ferramenta que segurava na mão direita e assume um sorriso numa pose estática, entregando-se aos clics da câmara fotográfica. “Aqui até nem se anda mal, depois de nos habituarmos. O tempo cá dentro passa num instante”, declara o mineiro de 48 anos, natural de Vila Real. 
Há 29 anos que é picador de carvão. De segunda a sexta-feira, oito horas por dia, Elisário, deitado de costas sobre o seu lado direito, maneja um martelo de ar comprimido fazendo saltar lascas de carvão da superfície da parede. Gotas de suor escorrem-lhe do rosto onde apenas se definem os olhos e os dentes brancos quando sorri. “Tem que se reconhecer muito bem a capa do carvão, conhecer as veias que tem e apanhar a mais fraca”, explica. Com os pés, empurra depois o minério para um tapete rolante que passa ao seu lado e que, por sua vez, conduz o carvão até aos vagões localizados nas galerias. Conquistado um metro de terreno, Elisário aplica traves de madeira, em cruz, como medida de segurança. “Um túnel mantém-se aberto geralmente até aos cinquenta metros de comprimento, quando começa a dar sinais de que pode ruir temos à volta de 15 minutos para sair”, diz.
A actividade de picador é a mais perigosa, a que exige menos qualificações e a mais lucrativa nas minas de carvão. O salário é proporcional ao trabalho realizado. “Quantos mais metros avançamos, mais ganhamos”, declara Elisário. Mas a ambição leva-os por vezes a arriscar. “Cometem-se erros por querer fazer mais para ganhar mais. A maioria dos acidentes são provocados pelas pressas”, afirma. No tempo que tem de minas, o mineiro sofreu dois acidentes graves: “Uma pedra caiu-me em cima e não me deixava mexer. Noutra vez, fiquei enterrado quando uma parte do tecto desabou. Foram cinco ou dez minutos em que pensei o pior. É como se me estivesse a afogar”. “Mas”, continua, “O mineiro não pode pensar em coisas más, são coisas de que não falamos”.
Ao final da tarde, um sinal sonoro anuncia a saída. Já no exterior, os mineiros dirigem-se ao balneário, um armazém dividido em duas secções identificadas à entrada: roupa suja, roupa limpa. Na primeira, as fardas de trabalho ficam a secar durante a noite penduradas em correntes suspensas no tecto. Depois, os mineiros passam para a zona dos chuveiros e dos cacifos, 
“Quem vai para a mina não sai mais”
Ao fim da tarde, Manuel Ribeiro da Costa cruza-se com os colegas que abandonam a mina depois de um dia de trabalho.
“Vim tratar de uma papelada para entregar no posto médico. Estou de baixa”, diz o mineiro de 38 anos. Uma lesão nas costas provocada pelo esforço obrigou o picador, natural de Valpaços, a repousar duas semanas. É mineiro há 15 anos, descendente de uma família transmontana que desde há 30 oferece mão-de-obra às minas do norte de Espanha. 
Manuel sublinha a dureza da profissão e os problemas de saúde a que os trabalhadores estão expostos. “O mineiro está queimado por dentro”, declara “Subo umas escadas e fico logo a arfar. Tenho quase sempre os joelhos inchados por causa da humidade da mina e da posição em que trabalho”. 
As lesões respiratórias são as mais frequentes, como a silicose – os casos mais graves – uma doença irreversível causada pela humidade e pela inspiração diária de poeiras que se acumulam nos pulmões e lentamente os atrofiam. 
O trabalho duro, o perigo e os danos na saúde são o verso da medalha de uma actividade que muitos emigrantes portugueses procuravam, sobretudo até aos anos oitenta. Bons salários e garantias de incorporação laboral imediata seduziam jovens pouco qualificados e sem experiência, oriundos de regiões agrícolas, geralmente de Trás-os-Montes, geograficamente próxima. Vinham motivados para trabalhar durante um curto período de tempo e amealhar o máximo dinheiro possível. 
O Consulado Português em León estima que na década de sessenta – época em que se registaram os primeiros grandes fluxos migratórios para trabalhar no sector mineiro – vinte mil portugueses atravessaram a fronteira. Apesar das pretensões iniciais, a maioria acabou por se instalar definitivamente nas comarcas mineiras espanholas. 
Segundo dados do Consulado, actualmente, vivem cerca quinze mil nesta área consular e oito mil na província de León. Destes, apenas trinta por cento estão hoje ligados à actividade mineira, enquanto “há dez anos atrás a percentagem era total”, afirma Eduardo Dias Pereira, Cônsul de Portugal em León. 
A partir dos anos noventa, começou a sentir-se uma crise no sector carbonífero com os sucessivos anúncios e adiamentos da suspensão dos fundos comunitários à actividade, preterida por energias menos poluentes. A primeira data anunciada foi 2004, depois 2005 e agora fala-se em 2010. O enfraquecimento do sector acentuou-se nos últimos cinco anos com o encerramento de minas, greves constantes, agravamento das condições de trabalho e redução de pessoal. 
As empresas começaram a optar por um sistema de reformas antecipadas. “Há mineiros portugueses a reformar-se aos 41, 42 anos”, afirma o Cônsul, acrescentando que “é difícil converter o mineiro noutra actividade. O ambiente das minas é completamente diferente de outro sector de trabalho.”
No entanto, Eduardo Pereira não considera a situação preocupante: “O fim do sector é gradual, as minas não acabam de um dia para o outro. Em 2010 não vai acontecer nada porque o Governo espanhol já reprovou esta data. Vão-se continuar com as reformas antecipadas. É um extermínio lento.”
Por sua vez, no seio dos trabalhadores portugueses as incertezas são muitas e o receio em relação ao futuro é grande. Sobretudo para aqueles que não têm uma situação laboral segura. “O meu contrato é renovado de seis em seis meses”, refere Manuel, preocupado. 
“As minas estão a morrer lentamente. É uma profissão em risco”, afirma o mineiro, indicando uma vasta área de dezenas de minas abandonadas. 
. Há cerca de dez anos, um picador auferia quase o dobro do vencimento actual. “Cheguei a receber 3500 euros mensais. Hoje, num mês bom, qualquer picador ganha entre 1800 e 2000 euros”, declara Manuel, enquanto exibe o recibo do último vencimento – 1400 euros. 
“Saio da mina e vou fazer o quê? Não sei fazer mais nada”, lamenta.
“Quando cheguei às minas era bem pago”, continua, resignado “comprei um carro, depois um melhor... agora a casa. Já não é possível ir embora”. Casado e com dois filhos, de cinco e dez anos, vive plenamente integrado na cidade de Bembibre, mas confessa: “um dia gostava de voltar ao meu povo”. 
Bar da Josefa, Torre del Bierzo
Junto às minas de Malaban, Santa Cruz, Brañuelas e São João ergue-se a povoação de Torre del Bierzo, com 3270 habitantes. Santa Bárbara, assim se chama o pequeno centro em homenagem à padroeira dos mineiros, evidencia-se por um aglomerado de habitações, dezenas de bares e a circulação permanente de camiões tir de empresas carboníferas. Subindo uma rua íngreme e apertada chega-se ao “Danúbio Azul”, conhecido como o bar da Josefa – ponto de encontro de mineiros portugueses.
Domingo à tarde, as mesas e o balcão estão repletos. Quase todos jogam cartas e quase todos são mineiros, nascidos em Portugal. O maior ponto de luz vem das brasas de carvão que crepitam na salamandra, num ambiente saturado de fumo e vozes altas. 
Manuel, Zé Maria, Elisário e, também, Sousa, Pipa, Agostinho e Domingos, sentados à volta da mesma mesa, partilham os hábitos, as marcas, os receios e a coragem que lhes uniu o destino. “O Carvão entra dentro da carne e fica para toda a vida”, diz Manuel. Os companheiros não poderiam esta mais de acordo. Cicatrizes azuladas no rosto provocadas por golpes expostos ao carvão; os olhos que parecem pintados, mas é o carvão entranhado nos sulcos da pele; a voz queimada e o hálito seco; a respiração de pulmões saturados de pó; as articulações vencidas pela humidade e por posições de trabalho exigentes; o desejo de um dia alcançarem a reforma, e o medo inconfessável – porque é proibido pensar no pior – de que um dia o tecto desabe e acabe com tudo, tal como tudo começou, de um momento para o outro.
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gazeta24br · 3 years
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A guitarrista mineira Michelle Marques assume pela primeira vez os vocais com um trabalho autoral onde reúne as suas principais influências - do blues, do folk e do rock - na forma de um ousado EP visual gravado ao vivo. A artista transforma seus amores e desamores em canções que unem a crueza de uma voz estreante que já tem muito a dizer e os acordes experientes de sua atuação no cenário musical. O álbum “Nenhum Pedaço Meu” está disponível nas principais plataformas de música e no canal de YouTube da artista. Ouça “Nenhum Pedaço Meu”: https://smarturl.it/NenhumPedacoMeu Assista ao vídeo “Lava”: https://youtu.be/-BJCiJGq8vA Assista ao vídeo “Nenhum Pedaço Meu”: https://youtu.be/5gf0-tToFmk Assista ao vídeo “The River”: https://youtu.be/gDfi6CMh6IY O novo trabalho solo é a personificação de uma trajetória iniciada bem antes. Conhecida por integrar bandas como Bluedog e mais recentemente, Taboo, com a qual se destaca no norte mineiro, Michelle inaugura, aos 29 anos, em um novo capítulo - agora como intérprete, compositora e dona da própria voz. “As músicas tem grande influência de blues e folk, estilos que me acompanham já há alguns anos desde antes da primeira banda autoral. Trago experiências pessoais e íntimas - a relação entre duas mulheres que abarca o corpo feminino e o sexo, separação e amor - para essas músicas de forma que me apresentassem pro mundo como alguém que queira cantar as próprias canções, já que antes essa posição sempre era dada a outra vocalista. Quero mostrar uma imagem mais crua e mais vulnerável através da experiência de liderar uma banda pela primeira vez e também compor as próprias músicas”, resume. Na gravação, a artista foi acompanhada de Matheus Leite na bateria, Hugo Silva no baixo e Renê Veloso na gaita. Natural da cidade de Porteirinha, em Minas Gerais, Michelle se dedicou à música desde cedo. Formada em Música pela Universidade Estadual de Montes Claros, onde reside desde 2012, começou tocando em bandas de indie rock em 2015 e, dois anos depois, iniciou a Bluedog, da qual era guitarrista e compositora, tendo lançado o EP “Come On Girl” em 2018. Naquele mesmo ano, passou a integrar a banda Taboo, cujo EP “Valência” (2019) a levou em turnê por diversos estados. Também em 2019, a Bluedog venceu o Festival de Outono de Porteirinha. Desde então, Michelle vem focando no primeiro álbum completo da Taboo, a ser lançado em 2022. Com seu trabalho solo, Michelle mostra novos contornos de sua musicalidade. Seja no blues rock das duas primeiras faixas, “Lava” e “Nenhum Pedaço Meu”, seja no folk do encerramento, com “The River”, o fio condutor é a sinceridade com que Michelle reflete sobre as relações e como aborda as próprias composições. As primeiras canções da guitarrista são o retrato de uma artista se redescobrindo diante do microfone e uma voz que finalmente se revela, para não mais se calar. O EP de estreia de Michelle Marques chega às principais plataformas e o vídeo, ao canal de YouTube da artista. Ficha técnica Voz e guitarra: Michelle Marques Bateria: Matheus Leite Baixo: Hugo Silva Gaita: Renê Veloso   Produção: Matheus Leite Filmagem e edição: Tomás Gomes Assistente de filmagens: Eric Nascimento   Gravação, mixagem e masterização: Thiago Fonseolli   Intérprete de Libras: Veronícia Leite   Siga Michelle Marques: https://www.instagram.com/michelle.marques1/
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minasemdia · 3 years
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Polícia Civil conclui inquérito sobre roubo a joalheria em Montes Claros
Polícia Civil conclui inquérito sobre roubo a joalheria em Montes Claros
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nesta terça-feira (4/1), em Montes Claros, o inquérito policial que apurou um roubo a uma joalheria, situada no Centro da cidade norte-mineira. Dois investigados, de 19 e 23 anos, foram indiciados pelo crime e presos em virtude de mandado representado pela PCMG ao Poder Judiciário no decorrer das investigações. O crime aconteceu no dia 14 de…
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Cidades de MG e BA em situação de emergência
Cidades de MG e BA em situação de emergência
O Ministério do Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência por conta das chuvas em mais duas cidades da Bahia: Jaguaquara e Teolândia. E em duas cidades de Minas Gerais, Corinto e Rio Casca. Agora são 26 cidades baianas e 33 mineiras em situação de emergência por causa das enchentes que atingem o norte de Minas e o sul da Bahia. Conheça a programação da sua TV Brasil:…
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aprendendocommary · 3 years
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História do Brasil
Exercícios:
1- O que foi a revolta de Beckman e onde ela ocorreu?
R: Ela ocorreu no Maranhão, em São Luís nos anos de 1684 e 1685. A revolta foi desencadeada pelos irmãos Beckman que lideraram uma revolta com os colonos contra a coroa por insatisfações comerciais e o trato com os indígenas.
2- Na época Inconfidência Mineira, qual era a atividade econômica da capitania das Minas Gerais?
R: A extração do ouro e dos diamantes
3- A confederação do Equador foi um movimento revolucionário ocorrido no Brasil em 1824, quais as provincias que participaram del?
R: PE- Pernambuco; PB- Paraíba; RN- Rio Grande do Norte e CE- Ceará
4- Sobre a Independência da Bahia cite duas personagens importantes para essa conquista?
R: Joana Angélica, religiosa e Maria Quitéria de Jesus
5- Ainda sobre a Independência da Bahia, qual o nome do comandante brasileiro que liderou a Revolta Baiana?
R: Coronel Joaquim de Lima e Silva
6- Em que ano a família Real Portuguesa veio para o Brasil? E qual a primeira cidade que o rei conheceu?
R: Em 1808; Salvador.
7- Em que ano foi fundada a primeira capital capital do Brasil e qual foi o seu primeiro governante?
R: A cidade de Salvador foi fundada em 1549 por Tomé de Souza o primeiro governador
8- Quando foi promulgado a primeira constituição do Brasil?
R: Em 1824, por Dom Pedro l
9- No Brasil colônia qual a atividade econômica predominante no interior do Nordeste? Qual era a mão de obra?
R: Os engenhos de açúcar os quais eram tocados pelos negros escravizados
10- O que foi o "escambo" no período colonial?
R: Era a relação de troca entre indígenas e portugueses de produtos e mercadoria.
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recantodaeducacao · 3 years
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O coronavírus surgiu em laboratório? Tese de acidente em Wuhan é considerada por cientistas e discutida nos EUA
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Em dezembro de 2019 foram reportados os primeiros casos de um “vírus misterioso” que causava problemas respiratórios. Mais de um ano e quatro meses depois, a origem do Sars-CoV-2 ainda é motivo de desconfiança para muitos. A fim de encontrar respostas para os questionamentos da comunidade internacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou uma equipe de especialistas à cidade de Wuhan, na China, onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez. As autoridades trabalharam em cima de quatro possibilidades principais de como o vírus teria chegado à cidade: por meio de animais intermediários, por alimentos congelados, infeção direta de seres humanos ou o vazamento de um laboratório. Segundo o relatório divulgado pela organização no final de março, esta última hipótese é “extremamente improvável”. Mas há nomes relevantes da comunidade científica internacional que defendem, sem levantar nenhuma bandeira ideológica ou teorias conspiratórias, que a chance de um acidente deve ser ao menos considerada.
“É muito improvável que algo pudesse escapar daquele lugar”, pontuou o chefe da missão, Peter Ben Embarek. De acordo com ele, a equipe entrevistou funcionários e examinou os processos de auditoria de saúde quando visitaram o Instituto de Virologia de Wuhan. A hipótese mais aceita pela OMS é de que o coronavírus se espalhou pelos humanos por meio de um animal hospedeiro. O relatório, no entanto, não convenceu 14 países que assinaram um documento endereçado à OMS alegando que a missão internacional dos cientistas aconteceu com um atraso significativo e que não teve acesso a dados originais e completos nem a amostras do vírus. O grupo de países que questionou o documento é composto por Austrália, Canadá, Coréia do Sul, Dinamarca, Eslovênia, Estônia, Israel, Japão, Letônia, Lituânia, Noruega, Reino Unido, República Tcheca e Estados Unidos.
Nos EUA, inclusive, a desconfiança virou pauta no Congresso Nacional. Os parlamentares do Partido Republicano defendem que é necessário uma nova investigação, sem descartar a hipótese de vazamento de um laboratório. “Tanto os republicanos quanto os democratas deveriam exigir respostas sobre as origens da Covid-19 para que, pelo menos, possamos evitar que isso aconteça novamente”, argumenta o deputado Mike Gallagher. Ele, em um extenso artigo, alega que, como o Instituto de Virologia, um importante centro mundial de pesquisa sobre coronavírus, fica na mesma cidade em que o primeiro caso foi detectado, a possibilidade de que o vírus tenha escapado do laboratório não pode ser descartada.
Essa desconfiança quanto ao surgimento do coronavírus em Wuhan também é compartilhada por cientistas de diversos países do mundo. Em carta publicada na revista “Science”, 18 pesquisadores questionam o relatório da OMS, que minimizou as chances de um acidente laboratorial, e pedem uma investigação mais severa, independente e transparente. O documento, assinado por cientistas renomados como David Relman, professor de Microbiologia e Imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, Marc Lipsitch, professor do Departamento de Epidemiologia de Harvard, e Akiko Iwasaki, professor no Departamento de Biologia Molecular, Celular e de Desenvolvimento da Universidade de Yale, alerta que não houve nenhuma descoberta durante a expedição da instituição que apoie claramente um transbordamento natural ou um acidente de laboratório, hipóteses que foram consideradas “provável a muito provável” e “extremamente improvável”, respectivamente. O documento ainda ressalta que as outras duas teorias não receberam uma consideração equilibrada. Para eles, nenhuma conjectura pode ser descartada.
As pesquisas mais recentes, no entanto, descartam a hipótese de o vírus ter se disseminado a partir de um acidente de laboratório e apoiam a teoria de que o Sars-CoV-2 foi transmitido a humanos por meio de morcegos. No final de abril, especialistas do Centro de Pesquisa em Bioinformática da Universidade da Carolina do Norte em Charlotte (UNC Charlotte) realizaram uma das maiores e mais abrangentes análises evolutivas do micro-organismo até hoje. A equipe analisou mais de 2.000 genomas de diversos coronavírus que infectam humanos ou outros animais. A pesquisa aponta que, dado que os vírus hospedados em morcegos são frequentemente associados a doenças transmitidas entre animais e pessoas e que o Sars-CoV-2 é filogeneticamente mais próximo dos CoVs hospedados por morcegos do que dos CoVs hospedados por qualquer outro animal, o morcego é o hospedeiro mais provável para o vírus que causa a Covid-19 em humanos. O artigo científico foi publicado na revista “Cladistics”.
Repercussão
A hipótese do surgimento do coronavírus em um acidente de laboratório na China, citada na revista “Science”, também gera repercussão no Brasil. O assunto chegou a ser mencionado nesta semana, inclusive na CPI da Covid-19 no Senado Federal, que investiga a atuação do governo brasileiro durante a pandemia. Em declaração durante depoimento do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, citou a discussão do Congresso Americano sobre sobre o tema. “Eles estão empenhados em descobrir a origem, de onde surgiu o vírus. Então nada está descartado ainda”, afirmou. Assim como em ocasiões anteriores, o parlamentar se referiu ao Sars-CoV-2 como “vírus chinês”, negando que o título seja ofensivo ao povo asiático. “Não é ofensa, estão fazendo referência de onde possivelmente pode ter chegado esse vírus e lá na frente acho que investigações em todo o mundo vão levar a saber qual é a origem do vírus. Se foi na China ou se não foi”, disse o senador. 
Do ponto de vista da ciência brasileira, no entanto, a posição a respeito do coronavírus é cautelosa. O presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), Flávio Guimarães da Fonseca, ressalta a necessidade de “entender a natureza” do artigo da revista “Science” sem desvirtuar o posicionamento dos cientistas para teorias conspiratórias ou que “acusem” o povo chinês. “Hora nenhuma eles acusam a possibilidade de que o vírus tenha sido desenvolvido em laboratório. A questão da origem natural do Sars-CoV-2 já está comprovada cientificamente, ele não é um vírus produzido em laboratório como arma biológica. O estudo do genoma já prova que é um vírus absolutamente natural”, afirma o cientista, destacando, inúmeras vezes, que a carta defende apenas a “transparência para compreensão do que aconteceu na origem do coronavírus”. “O que a carta pede é uma investigação para entender se o vírus passou de animais para seres humanos ou se estava sendo estudado no laboratório e conseguiu escapar. Não é que ele foi criado como arma biológica.”
Flávio Guimarães da Fonseca, que também é professor de microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirma que os estudos laboratoriais com organismos vivos, como o coronavírus, são comuns, sendo realizados por diversos pesquisadores do mundo, inclusive no Brasil. Ele cita a pesquisa desenvolvida por ele na universidade mineira sobre um vírus que causa doenças no gado brasileiro. “Faz parte do processo de vigilância dos novos vírus. Os laboratórios têm que estar equipados com salvaguardas para que o vírus possa ser estudado de forma contínua e para evitar que escape ao meio ambiente. Então, os cientistas não estão acusando que essa é a origem da pandemia, estão pedindo uma investigação independente e transparente, já que essa possibilidade de acidente no laboratório não foi completamente afastada”, diz o cientista, explicando que a principal teoria para o surgimento do coronavírus é a origem natural. “A hipótese mais aceita é de que é um vírus zoonótico que já circulava em morcegos, porque encontraram uma similaridade genética muito alta com o Sars-CoV-2”, explica, citando que a infecção do ser humano teria acontecido por meio de um animal intermediário, tese considerada “provável ou muito provável” pelo relatório da OMS. 
“Nenhuma epidemia ou pandemia teve origem em laboratório. Nenhuma, zero, inclusive as grandes, como a de 1918 [gripe espanhola] e a de 2009 [gripe suína]. Então não tenho elementos para crer, até que se prove, que essa pandemia surgiu de um laboratório. Se eu tivesse que apostar, e nesse caso é uma aposta mesmo, apostaria em uma origem zoonótica da pandemia: o vírus circula em animais e em algum momento alcança o ser humano. A maior parte dos vírus não consegue se adaptar aos seres humanos, mas a cada cem anos um deles vai se adaptar e fazer um estrago, como está fazendo agora.” Embora minimize as chances do surgimento do Sars-COV-2 por um acidente de laboratório, Flávio Guimarães da Fonseca avalia que, se confirmada a hipótese, novos protocolos de segurança para a condução de pesquisas com organismos “ultrapatogênicos” deverão ser implementados. “Não acho isso ruim, é importante. O Brasil não tem uma tradição de investimento em ciência, teria que investir mais em sistemas de segurança e isso poderia forçar a criação desse tipo de estrutura”, aponta, afirmando, no entanto, temer que essa descoberta possa prejudicar a credibilidade da ciência. “Isso respinga em todos nós, na credibilidade científica internacional. Hoje, a China é um país que tem uma liderança científica ao lado dos Estados Unidos, é um país que produz ciência e, como tal, produz ciência de qualidade e publicada em jornais de qualidade. Um fato desses vindo à tona como um produto de erro de laboratório, por exemplo, certamente respinga em todos nós de uma forma geral. Claro que há diferentes pessoas, diferentes convicções e diferentes formas de encarar, mas no global há um prejuízo.”
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