Tumgik
#deferias
zmarylou · 5 months
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MISSÃO: Roubar o grimório de Hécate - parte final.
@silencehq
equipe: @thxverenlim @apavorantes @littlfrcak
Cinco minutos. Era tudo o que Mary pediu antes de conseguir fazer seu cérebro funcionar novamente. O luto, a dor, tudo havia retornado e a inundado. Suas emoções pareciam tão intensas que ela precisava sentar e se acalmar, mesmo que fosse apenas por cinco minutos. Seu rosto estava quase tão vermelho quanto os fios rubros de seu cabelo, mostrando o quanto aquilo havia afetado a filha de Zeus. Odiava momentos como aquele, quando se sentia fraca e vulnerável. Não importava quantas vezes contasse até dez ou o quanto tentasse respirar fundo para conter a melancolia que, em parte, a fazia desejar que a maldita sereia tivesse de fato a matado. Porque agora, mais uma vez, Mary-Louise teria que lidar com a realidade de ter perdido a pessoa que mais amava. Ela jamais se acostumaria aquela realidade.
Mary-Louise estava preocupada com Sasha. Ela não sabia como era ter asas, mas pelo tanto de penas que viu no chão, sabia que não devia ser uma boa sensação. Bishop havia salvo sua vida e Verena quase havia morrido para salvá-la. Julgava-se como a pior pessoa do mundo, um fardo para sua equipe. Sua falta de discernimento havia afetado todos ao seu redor, e não havia sanduíches suficientes que ela pudesse fazer para tentar se desculpar. Sentia-se horrível. Engoliu o choro, embora a sensação de que qualquer coisa pudesse fazê-la desmoronar a qualquer momento persistisse, e seguiu determinada a encontrar uma maneira de se sentir mais do que um peso morto. Sim, a forma como Mary se olhava era muito mais dura do que olharia para qualquer outra pessoa. Para ela, qualquer imperfeição era considerada falha, e talvez por isso sua autoestima fosse tão baixa.
Era engraçado como, no início daquela missão, todos eram praticamente estranhos para ela, e agora, por ironia do destino, Mary-Louise se sentia mais conectada com eles do que jamais poderia imaginar. Reconhecia a vergonha nos olhos baixos de Sasha; muitas vezes, você poderia encontrar Mary de maneira semelhante, especialmente quando deixava escapar muitas palavras antes que pudesse filtrá-las, ou tentar parecer menos excluída. Verena havia feito por ela o que muitos não fariam por seu próprio sangue, arriscando-se para salvá-la da hipnose. E Bishop, a quem ironicamente Mary costumava temer, agora era alguém a quem ela devia sua vida.
Carregava consigo a necessidade de se sentir útil e de merecer estar naquela equipe. Esperava que eles soubessem que se importava. "Eu tenho um último croissant de chocolate. Quem quer?" Mary falou pela primeira vez desde tudo, com um sorriso amarelo nos lábios, enquanto caminhava, sem imaginar o que espreitava pelas sombras. Sentiu um arrepio na nuca como um presságio de algo muito ruim quando pensou em pedir para que Sasha esperasse por eles. Não queria que o semideus estivesse muito longe por algum motivo, e bem, a razão não tardou em se mostrar. Emergindo da escuridão, duas criaturas místicas, leucrotas, observavam os semideuses. "A gente vai morrer", Mary falou num sussurro com um pequeno riso de desespero, e sentiu uma delas fitá-la fixamente, como um tigre observando sua presa. A aura da filha de Zeus provavelmente atraía uma atenção especial.
Quase num piscar de olhos, Mary viu a criatura feroz correr em sua direção. Respirou fundo, se armando com suas adagas, quando sentiu o impacto brusco contra seu corpo. Ouviu o conselho de Sasha, mas era tarde demais, pois apenas empunhava suas adagas nas quais deferia golpes e tentava meramente se proteger. Golpe após golpe, tentou acertar a criatura com a eletricidade que fluía livremente em suas mãos, mas era rápido demais. Cada movimento que Mary fazia parecia já ter sido pensado pela criatura, cada golpe, era tudo em vão.
Sentiu uma onda de desespero percorrer seu corpo quando percebeu que estava perto demais. Num golpe ousado, segurou a criatura com as duas mãos, que se sentiam quentes pela carga de eletricidade que carregava, suficiente para teoricamente matar a criatura. Num impulso, a criatura rugiu de dor e jogou Mary contra o chão. A antecipação do golpe seguinte da criatura foi quase tão dolorosa quanto o que prosseguiu. O grito da filha de Zeus mais uma vez ecoou pela caverna, a mandíbula da leucrota presa agora em sua carne não somente dilacerava sua pele, mas também triturava seus ossos - e Mary conseguira ouvir o som do quebrar deles.
Numa tentativa desesperada de salvar a própria vida, a filha de Zeus usou tudo que restava dentro de si. Não porque queria viver, mas porque se recusava a morrer um segundo antes daquela criatura. O som reconfortante de um trovão e uma ventania forte precedeu um raio poderoso e certeiro que transformou o monstro em pó. "Não é que a gente vai viver." tentou de alguma forma ter qualquer bom humor enquanto sentia o sangue deixar seu corpo numa velocidade assustadora. Com as mãos trêmulas desabotoou a camisa de coqueirinhos que vestia e pediu aos deuses por qualquer tipo de consolo pra dor que lhe aguardava quando amarrou a camisa sob o que restava de sua perna. Por mais que quisesse provar que era útil a verdade era que agora lutava com todo seu ser para se manter acordada, quanto mais sangue escorria de sua perna mais tonta e fraca se sentia. "Eu... alguém pode me ajudar a levantar? Eu consigo andar, eu consigo." eles não tinham tempo para aquilo estavam tão perto, ela não podia parar não agora a missão era tudo que importava, não traria vergonha para o nome de seu pai.
A dor de se levantar a fez vomitar, e para sorte de Verena, que a ajudava a caminhar, a semideusa virou o rosto para o lado oposto e limpou a boca. Não reclamou, nem disse quase nada. Concentrava toda sua força em andar, repetindo para si mesma: mais um passo, Mary-Louise, apenas mais um passo. Todavia de alguma forma, a dor parecia aumentar, e não demorou muito para que a ruiva sentisse tanto frio que seu bater de dentes ecoasse pela caverna. Finalmente, chegaram a um salão rochoso. Ali, Mary teve a certeza de que, mesmo que sua jornada /sua vida terminasse ali, estava tudo bem. Tinham encontrado o grimório, a missão havia sido bem-sucedida, e ela finalmente podia descansar. Engano o seu, já que segundos após conseguirem o grimório, tudo começou a tremer. Por poucos segundos, contemplou o lugar e a própria morte, já que não se achava capaz de mais nada.
Lembrou-se de como Carter lutou até seu último suspiro e achou, naquele momento tão dolorido, força para tentar se livrar daquela grande armadilha. Para seu desespero, a água começou a subir. Correu o quanto conseguiu, se arrastou quando não podia mais correr, mas conforme o nível da água subia, seu sangue deixava mais e mais seu corpo, e Mary começava a entender que talvez aquela fosse sua última missão, que talvez aquelas fossem as últimas pessoas que veria, talvez aquele seria seu fim. Arrastada pela correnteza, tentava buscar por ar. Ela não sabia se estava lutando por algo que era possível, e agora temia que toda sua equipe fosse se afogar tentando ajudá-la a sair dali. Talvez simplesmente não fosse o seu destino. O frio passou, e a água que antes a aterrorizava agora parecia apenas uma extensão de suas lágrimas. Fechou os olhos, vendo uma última vez o rosto de Carter antes de finalmente se render a completa escuridão.
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abraaocostaof · 1 month
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CNJ dá 5 dias para TJ-MA enviar informações de magistrados suspeitos de corrupção
Segundo as investigações, desembargadores, juízes, advogados e políticos no Maranhão integravam um grupo criminoso que manipulava a distribuição de processos no TJ, deferia alvarás em valores milionários contra empresas, e depois repartia o dinheiro entre si. Source link
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vidiadupla · 4 months
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na discoteca nas estrelas com @coelhinhodapascoa
‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ A fada estava esperando o turno de Aster no boliche. E toda vez, toda vez que ele mandava uma bola perfeita pela pista, Vidia religiosamente deferia um vento direcional para a bola cair na canaleta, de forma discreta. Fizera novamente e quando estava prestes a atingir todos os pinos, ops, o ouriço desviara violentamente para o lado, acertando nenhum. “ Minha vez, pula-pula. Você é péssimo nesse jogo. Licença ”
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mecdows · 5 months
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MISSÃO: Roubar o grimório de Hécate - parte final
Cinco minutos. Era tudo o que Mary pediu antes de conseguir fazer seu cérebro funcionar novamente. O luto, a dor, tudo havia retornado e a inundado. Suas emoções pareciam tão intensas que ela precisava sentar e se acalmar, mesmo que fosse apenas por cinco minutos. Seu rosto estava quase tão vermelho quanto os fios rubros de seu cabelo, mostrando o quanto aquilo havia afetado a filha de Zeus. Odiava momentos como aquele, quando se sentia fraca e vulnerável. Não importava quantas vezes contasse até dez ou o quanto tentasse respirar fundo para conter a melancolia que, em parte, a fazia desejar que a maldita sereia tivesse de fato a matado. Porque agora, mais uma vez, Mary-Louise teria que lidar com a realidade de ter perdido a pessoa que mais amava. Ela jamais se acostumaria aquela realidade.
Mary-Louise estava preocupada com Sasha. Ela não sabia como era ter asas, mas pelo tanto de penas que viu no chão, sabia que não devia ser uma boa sensação. Bishop havia salvo sua vida e Verena quase havia morrido para salvá-la. Julgava-se como a pior pessoa do mundo, um fardo para sua equipe. Sua falta de discernimento havia afetado todos ao seu redor, e não havia sanduíches suficientes que ela pudesse fazer para tentar se desculpar. Sentia-se horrível. Engoliu o choro, embora a sensação de que qualquer coisa pudesse fazê-la desmoronar a qualquer momento persistisse, e seguiu determinada a encontrar uma maneira de se sentir mais do que um peso morto. Sim, a forma como Mary se olhava era muito mais dura do que olharia para qualquer outra pessoa. Para ela, qualquer imperfeição era considerada falha, e talvez por isso sua autoestima fosse tão baixa.
Era engraçado como, no início daquela missão, todos eram praticamente estranhos para ela, e agora, por ironia do destino, Mary-Louise se sentia mais conectada com eles do que jamais poderia imaginar. Reconhecia a vergonha nos olhos baixos de Sasha; muitas vezes, você poderia encontrar Mary de maneira semelhante, especialmente quando deixava escapar muitas palavras antes que pudesse filtrá-las, ou tentar parecer menos excluída. Verena havia feito por ela o que muitos não fariam por seu próprio sangue, arriscando-se para salvá-la da hipnose. E Bishop, a quem ironicamente Mary costumava temer, agora era alguém a quem ela devia sua vida.
Carregava consigo a necessidade de se sentir útil e de merecer estar naquela equipe. Esperava que eles soubessem que se importava. "Eu tenho um último croissant de chocolate. Quem quer?" Mary falou pela primeira vez desde tudo, com um sorriso amarelo nos lábios, enquanto caminhava, sem imaginar o que espreitava pelas sombras. Sentiu um arrepio na nuca como um presságio de algo muito ruim quando pensou em pedir para que Sasha esperasse por eles. Não queria que o semideus estivesse muito longe por algum motivo, e bem, a razão não tardou em se mostrar. Emergindo da escuridão, duas criaturas místicas, leucrotas, observavam os semideuses. "A gente vai morrer", Mary falou num sussurro com um pequeno riso de desespero, e sentiu uma delas fitá-la fixamente, como um tigre observando sua presa. A aura da filha de Zeus provavelmente atraía uma atenção especial.
Quase num piscar de olhos, Mary viu a criatura feroz correr em sua direção. Respirou fundo, se armando com suas adagas, quando sentiu o impacto brusco contra seu corpo. Ouviu o conselho de Sasha, mas era tarde demais, pois apenas empunhava suas adagas nas quais deferia golpes e tentava meramente se proteger. Golpe após golpe, tentou acertar a criatura com a eletricidade que fluía livremente em suas mãos, mas era rápido demais. Cada movimento que Mary fazia parecia já ter sido pensado pela criatura, cada golpe, era tudo em vão.
Sentiu uma onda de desespero percorrer seu corpo quando percebeu que estava perto demais. Num golpe ousado, segurou a criatura com as duas mãos, que se sentiam quentes pela carga de eletricidade que carregava, suficiente para teoricamente matar a criatura. Num impulso, a criatura rugiu de dor e jogou Mary contra o chão. A antecipação do golpe seguinte da criatura foi quase tão dolorosa quanto o que prosseguiu. O grito da filha de Zeus mais uma vez ecoou pela caverna, a mandíbula da leucrota presa agora em sua carne não somente dilacerava sua pele, mas também triturava seus ossos - e Mary conseguira ouvir o som do quebrar deles.
Numa tentativa desesperada de salvar a própria vida, a filha de Zeus usou tudo que restava dentro de si. Não porque queria viver, mas porque se recusava a morrer um segundo antes daquela criatura. O som reconfortante de um trovão e uma ventania forte precedeu um raio poderoso e certeiro que transformou o monstro em pó. "Não é que a gente vai viver." tentou de alguma forma ter qualquer bom humor enquanto sentia o sangue deixar seu corpo numa velocidade assustadora. Com as mãos trêmulas desabotoou a camisa de coqueirinhos que vestia e pediu aos deuses por qualquer tipo de consolo pra dor que lhe aguardava quando amarrou a camisa sob o que restava de sua perna. Por mais que quisesse provar que era útil a verdade era que agora lutava com todo seu ser para se manter acordada, quanto mais sangue escorria de sua perna mais tonta e fraca se sentia. "Eu... alguém pode me ajudar a levantar? Eu consigo andar, eu consigo." eles não tinham tempo para aquilo estavam tão perto, ela não podia parar não agora a missão era tudo que importava, não traria vergonha para o nome de seu pai.
A dor de se levantar a fez vomitar, e para sorte de Verena, que a ajudava a caminhar, a semideusa virou o rosto para o lado oposto e limpou a boca. Não reclamou, nem disse quase nada. Concentrava toda sua força em andar, repetindo para si mesma: mais um passo, Mary-Louise, apenas mais um passo. Todavia de alguma forma, a dor parecia aumentar, e não demorou muito para que a ruiva sentisse tanto frio que seu bater de dentes ecoasse pela caverna. Finalmente, chegaram a um salão rochoso. Ali, Mary teve a certeza de que, mesmo que sua jornada /sua vida terminasse ali, estava tudo bem. Tinham encontrado o grimório, a missão havia sido bem-sucedida, e ela finalmente podia descansar. Engano o seu, já que segundos após conseguirem o grimório, tudo começou a tremer. Por poucos segundos, contemplou o lugar e a própria morte, já que não se achava capaz de mais nada.
Lembrou-se de como Carter lutou até seu último suspiro e achou, naquele momento tão dolorido, força para tentar se livrar daquela grande armadilha. Para seu desespero, a água começou a subir. Correu o quanto conseguiu, se arrastou quando não podia mais correr, mas conforme o nível da água subia, seu sangue deixava mais e mais seu corpo, e Mary começava a entender que talvez aquela fosse sua última missão, que talvez aquelas fossem as últimas pessoas que veria, talvez aquele seria seu fim. Arrastada pela correnteza, tentava buscar por ar. Ela não sabia se estava lutando por algo que era possível, e agora temia que toda sua equipe fosse se afogar tentando ajudá-la a sair dali. Talvez simplesmente não fosse o seu destino. O frio passou, e a água que antes a aterrorizava agora parecia apenas uma extensão de suas lágrimas. Fechou os olhos, vendo uma última vez o rosto de Carter antes de finalmente se render a completa escuridão.
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esquizofofe · 1 year
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o passado sempre parece mais atrativo, pequenas coisas se tornam coisas gigantescas, a saudade é imensa, a nostalgia, a sensação de felicidade, eu era mais feliz no passado? vai saber, talvez daqui a 10 anos eu volte aqui e veja "meu deus, como eu era feliz e não percebia, eu era um adolescente idiota e completamente apaixonado pela quela garota" ou talvez daqui a 10 anos eu esteja morto por causa das drogas, sabe como é né, primeiro o álcool, dps o cigarro, dps a maconha, dps a cocaína, crack e daqui pra frente só pra trás
pra mim a segunda opção seja mais provável, mas enfim ta nas mãos de deus, até pq eu estou pouco me fudendo pro futuro, eu so quero encarar o meu passado e falar "o meu deus eu era uma criancinha tão fofa e ingenua, eu estava descobrindo o mundo, eu estava me descobrindo" e é incrível que essa criancinha sou eu de 2 anos atrás, jesus cristo como eu sinto falta de 2021, eu era so uma criança burra e nem um pouco traumatizada com o mundo, eu era tao feliz, eu tinha uma conta no tiktok, eu amava os meus moots, conheci minha ex melhor amiga lá, hoje em dia a gente nem conversa direito, pse o passado era tao bom, eu tinha amigos, tinha os meus mutuals no tiktok, tinha pessoas para desabafar
talvez eu dê muito valor para o passado, sabe eu sinto falta de coisas completamente bestas do meu passado, eu com certeza vou sentir faltas das minhas coisas bestas do presente, eu deferia dar mais valor as pequenas coisas, aos amigos, colegas ou sla, eu deveria perceber o quão bom ainda é continuar vivo me divirtindo o dia inteiro no pc
eu me sinto mais leve por escrever essa merda, eu vou tentar ser um pessoa melhor, msm sabendo que amanha vai tudo voltar a ser como era antes
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jellypenguin · 1 year
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Phoenicopterus roseus:
O céu vai se por flamingo hoje. 
Me lembrou de nós, flamingos, enquanto entrelaçávamos as nossas mãos trêmulas, para aproveitar às horas vagas atrás da biblioteca de vidro.
 Eu era flamingo quente, mas só consigo lembrar do rubro de tuas bochechas sempre que eu deferia um papo aleatório sobre filosofia barata, o olhar sempre cruzado, perturbo das nossas orbes, e seu cheiro de perfume com cigarro. 
Éramos flamingos, quando eu quase te beijei atrás do bloco de aulas, e com a falta de coragem, misturada com aquele olhar meio sem graça, te disse, não é nada e te acompanhei até a saída.
 Fomos rosados enquanto, o enquanto se fazia distante e entravamos em um mundo só nosso, com cócegas e sua cabeça deitada no meu colo, enquanto você me provocava em mianes (a língua dos gatos que só você entendia). 
Durante o tempo em que você falava, eu via estrelas na tua voz. 
Fomos flamingos quando eu me afastei, por estar exposta demais ao mundo, eu fui covarde, e o meu ir te deixou em um flamingo pálido.
 Fomos flamingos…
 Hoje não somos nada. 
O céu se pôs flamingo, mas assim como nós, ele agora está de um azul, quase escuro como a noite, porém sereno. 
Um dia voltarei a ser flamingo, mas por enquanto, me contento com a cor do céu.
- L, Ophelia
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lepetitprincegoiste · 2 years
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No trópico, a vida estava a mil
como Belchior cantou
naquela velha canção,
tudo estava a mil
o clima semiárido
do Estado me enchia
de novos entusiasmos
dunas, manguezais, calor
Fortaleza não tinha
aquele ritmo acelerado
de SP beirando ansiedade
e irritação
pelo contrário,
tinha um clima descontraído
e aconchegante
as pessoas davam mais
risadas, eram mais
gentis e extrovertidas;
viviam com simplicidade
e humildade, algo
que não se vê com
frequência no sul.
quando desembarquei,
a primeira frase de Dany foi:
“mal saiu do avião e
já está bebendo?”
“aqui é muito quente, baby,
estou com sede”
e então o diálogo entre
nós dois,
esfriou.
talvez nos encontrássemos
no Elos, mas aquela
possibilidade ficou
apenas no
talvez.
seguimos os nossos
caminhos
e durante os dias que
se sucederam,
estávamos envolvidos
com outras coisas,
pessoas,
demandas
e situações.
na quarta feira peguei o
Guanabara e voltei para
a capital.
pela manhã havíamos
conversado sobre nos
encontrarmos a noite,
mas nada muito certo.
tanto Dany quanto eu,
não estávamos colocando
muito fé em
nós.
a minha cabeça tentava
me trair dizendo:
“você está cansado”,
“vá para o hotel e durma”
mas o mar de Jeri não
me deixou sucumbir.
desatei o nó
de nós dois.
confesso que as minhas
expectativas em relação
a Dany não eram
tão altas.
e foi assim que levei
a primeira rasteira
da vida que existia em
Fortaleza.
eu estava sem jeito quando
ela chegou
talvez ela não tenha reparado
na minha timidez,
mas ela estava lá.
Dany era linda
de olhos escuros
e cabelos longos e
cacheados
da mesma cor
da superfície do mar,
quando a lua fica cheia
e reflete o seu brilho
intenso na água
deixando-a reluzente.
Dany havia saído de casa
para tomar apenas uma
caipirinha,
eu planejava estar no hotel
até as 23h, no máximo.
Eduardo e Mônica.
escolhi uma bar na Orla
que nos permitia ficar
com os nossos pés
descalços na areia
e assim, a primeira
hora de conversa
passou tímida,
mas bastante
estimulante.
vendedoras ambulantes
passavam pela nossa mesa
vendendo alfajores,
doces e balas de gengibre
para aumentar a imunidade;
quando nos demos conta,
as mesas estavam sendo
recolhidas e a música parou
de tocar.
“essa música é meio triste”,
Dany indagou
estava na hora de sair do bar.
“vamos para a praia?”
“vamos”
e foi assim que chegamos
na beira do mar.
tão perto
dele
que a cada
onda que quebrava,
quebrava ameaçando
nos molhar.
não consigo me lembrar
do tempo
não consigo me lembrar
de como chegamos até ali
Dany tomou a iniciativa
e me beijou.
ela disse que tentou esperar
por mim,
que eu o fizesse
mas não aguentou
e então ela simplesmente
me puxou para ela
e
me
beijou.
Dany era extremamente
afetuosa.
não consigo parar de
sentir o carinho dela
que ficou
no
meu
corpo,
mesmo alçando voo para
o outro lado país.
não consigo parar de senti-la,
não sei parar
e no fim, nem quero.
nos conectamos de uma forma
insana
e depois do primeiro beijo,
não nos soltamos mais.
estar com ela era semelhante
a entrar em uma espécie
de transe.
enquanto ela deferia beijos
apaixonados e sutis pelo
meu pescoço,
eu fechava os
meus olhos e ouvia
as ondas
saudarem o nosso encontro
na beira do trópico.
meus dedos percorriam
carinhosamente as suas coxas
e costas
e nuca
e seios
por onde eu também distribuía
os meus beijos mais
secretos
que há muito não
transbordavam
afetos.
Dany, não consigo esquecer
o teu nome.
começamos a nos beijar mais
e der repente
o clima ficou quente.
estávamos tomados por desejo.
a praia estava deserta
com poucas pessoas na rua;
a maioria dos bares já
estavam fechados.
nós não conseguimos
conter a vontade de estarmos
em contato
e talvez além de coragem,
era isso que a vida
exigia de nós.
Dany me empurrou na areia
e subiu em cima de mim,
sentando no meu colo.
comecei a encará-la,
e ela se encaixou
feito uma peça de tetris
pronta para queimar
mais uma linha.
lentamente, Dany começou
a dançar sobre o meu corpo
cavalgando entre as minhas
pernas e me enchendo de tesão
por diabos!!!
sentei na areia e puxei
ela pra mim;
os seus gemidos no meu ouvido
estavam me levando
a um estado de loucura
que há muito tempo
eu parei de sentir.
ela conduziu a minha mão
sobre os seus seios,
e eu os apalpei cuidadosamente
um pouco nervoso,
um pouco com medo.
estava com receio de machucá-la
afinal, o furo do mamilo esquerdo
ainda não estava totalmente
cicatrizado.
Dany sussurrava provocações
nos meus ouvidos
e eu fazia questão de
me deixar
levar
por ela,
da mesma maneira
que as ondas do mar
levam para longe
tudo o que não nos
cabe mais.
se Dany me levasse,
nada me traria de volta
à superfície
de uma realidade
nua
e de desamor.
senti a mão dela tocar
na minha, conduzindo-a
até o interior do seu body
azul, estampado com escamas
a sua boceta estava muito,
muito molhada,
macia e gostosa.
estava
me
chamando.
comecei a acariciá-la de leve
brincando com o dedo
e conhecendo-a;
Dany pressionou a minha
mão induzindo-a
a penetração:
entrei
no mar.
o seu misterioso
e profundo
mar.
comecei a aumentar o ritmo
da penetração enquanto
ela sussurrava no meu ouvido:
“não para, não para…”
então eu não parei.
ela continuou na medida
que tudo se intensificou
“assim eu vou gozar…”
enquanto gemia baixinho,
segui penetrando-a,
deslizando a minha língua
através do seu pescoço,
deferindo-lhe beijos
e mordidas de leve.
estava tomado por tesão.
queria morar naquele azul,
chupar ela até o sol nascer,
deixar que ela sentasse
gostoso
na minha cara.
queria transar com Dany
até o meu corpo
não responder mais;
porque transar na beira do mar
é a coisa mais intensa
e verdadeira que um corpo
pode fazer.
e então ela gozou.
senti o gozo dela escorrer
por entre os dedos que,
incansavelmente,
ainda navegavam
por ela
e que pouco a pouco,
foram foram para a superfície.
acariciei-lhe a vulva de leve,
ela se contorceu entre
as minhas pernas
“para… por favor”
o corpo dela, resistia
o meu, tremia.
e então ela lançou
o seu último gemido
e rapidamente afastou
a minha mão,
manifestando um breve
suspiro.
olhei para os meus dedos
que estavam molhados
e envoltos pela sua
essência;
nos beijamos.
e ela permaneceu
sentada entre as
minhas pernas
enquanto eu lhe
acariciava as costas
e admirava as suas
tatuagens.
a boca de Dany me sorria
um riso terno
de alegria
que só com ela
eu pude experimentar.
deitamos novamente na areia
e ela apoiou a cabeça sobre
o meu peito;
contemplamos o céu
por alguns instantes,
na mesma medida em que
trocávamos carícias
e olhares.
estávamos cheios de areia,
cheios de tesão,
e cheios de possibilidades;
não quis parar pra pensar,
eu quis apenas
sentir.
Dany riu,
eu questionei o motivo da sua
risada.
“eu não acredito que me apaixonei
por um sulista dentro
da minha própria cidade”, ela indagou
eu ri com ela, é claro
sem conseguir
dizer que eu também
estava apaixonado,
sendo capturado
por ela do outro lado
do
país.
“eu facilmente ficaria de
quatro agora”, ela sussurrou
no meu ouvido
me deixando
mais excitado.
pressionei ela com força
sobre o meu corpo
como quem diz:
“então fica e vamos foder
até o mundo acabar”
mas é claro que eu
não disse isso,
apenas pensei.
e imaginei um mundo onde
eu e Dany transávamos
como se não houvesse
o amanhã.
“se eu soubesse que
ficaria com tanto tesão,
teria te dado pra você
no banheiro do posto”
encarei aqueles olhos
de onça que me
penetravam
sem dó,
desejando que o tempo,
o nosso tempo,
nunca chegasse ao fim.
seguimos conversando
e contando as nossas
histórias que não
deram certo;
logo a escuridão da noite
começou a se dissipar
dando lugar à grande estrela
que queima e arde
e que um dia,
ainda
vai matar
todos nós.
“a noite passou rápido demais”, Dany disse
“Infelizmente, baby”
antes que seguíssemos,
sugeri que fôssemos ao espigão
porque eu queria olhar
para o mar uma última vez
de lá.
“como vocês chamam o
espigão na sua cidade?”
“trapiche”, respondi
“o que?”, ela fez uma careta
“trapiche, oras”
“não”
“sim”.
chegamos na ponta das pedras
e ficamos observando o mar,
sentindo a brisa gélida
do vento
tocar os nossos rostos;
trocamos alguns beijos
e depois eu a abracei por trás;
o vento fazia os cachos dela
grudarem no meu rosto
e as vezes prendendo-os
nos meus piercings
“Ai que vontade de cuidar
dessa orelha machucada”, ela disse
me olhando com
uma carinha de dó.
no fim, eu só queria
que ela ficasse ali,
por mais uns cem mil instantes
queria que ela me abraçasse
e não me soltasse mais.
eu nunca vou esquecer
a gente, baby.
quando chegamos no meu hotel,
fui tomado pela vontade
de não deixá-la ir.
pensei até em
sequestro:
como se rouba
um coração?
“você não quer que eu vá, é?”
ela me olhou nos olhos
“não, eu não quero, baby”
então sugeri que
fôssemos tomar
um café,
e ela aceitou
mesmo não gostando
de café.
esperamos por 15 minutos
até a padaria do outro
lado da rua abrir
e seguimos para lá.
tive uma das melhores
manhãs ao lado dela;
conversamos sobre muitos
assuntos, bebi três canecas
de café e fiz questão
de beijá-la com o gosto
de cafeína nos lábios,
só para ouvir ela rindo
e esbravejando mais uma vez um:
“eu te odeio”, meio derretido
ou um: “que ódio”, seguido
de um riso frouxo e
apaixonado.
ela segurava o meu queixo
com firmeza e me dava
um selinho com certa frequência
nos seus dedos,
todas as unhas estavam
cortadas, com exceção
da unha do dedo mindinho,
a única que não quebrou.
ela segurava o meu rosto
com firmeza e depois,
arranhava de leve
a minha bochecha,
distribuindo beijos
pelo meu pescoço.
permanecemos assim
por curtas 12 horas.
e nunca vou conseguir
explicar o efeito de Dany
em mim;
e nem quero.
no trópico, a vida estava a mil
e talvez,
seja assim mesmo:
quando a gente
menos espera,
somos arrebatados por
algo que não estávamos
esperando sentir.
ou, como nas palavras
de Dany:
“eu pedi algo fácil
para o universo”
e ele te responde com um…
desafio.
Dany.
ela apenas
aconteceu;
do outro lado do país
na linha do equador
tão distante.
do futuro?
nada sei.
nada saberei.
pode ser que tudo esfrie,
outra vez.
ou esquente
e queime.
tudo.
incendei o mundo
da forma que já
conhecemos.
pode ser que esfrie,
outra vez
feito um café esquecido
na mesa.
ou simplesmente entre
em erupção.
pode ser que eu
perca o medo de avião
voando alto
para te ter outra vez;
e pode ser que eu
apenas me perca.
quero você nos
meus braços.
quero você deitada
rolando na
areia comigo.
quero você no meu quarto
fazendo amor gostosinho;
e quero você no meu quarto
fodendo comigo até os nossos
corpos cansarem.
quem vai cansar primeiro?
eu ou você?
o seu cheiro ainda
está na minha
camisa.
está na minha mão.
eu quero você
pelada no mar.
virando sereia.
pra
me
sequestrar,
baby.
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apawlynha · 5 years
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Pq estamos #Deferias pq hj deu #praia #praiasdobrasil #beach #summer #tamandare #nordeste #nordestebeach #nordestesummer #brasil #snake #praieiras #praieirasdobrasil 🌊🐍🌞🏖 (em Tamandaré, Pernambuco, Brazil) https://www.instagram.com/p/BtB92-nBjkk/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=ityhcx8mugrn
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ronaldveiga · 3 years
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O ENTROSADO Eis que eu estava curtindo a minha cama e ele pulou em cima de mim. #deferias #gatos (em São Luís, Brazil) https://www.instagram.com/p/CXWfGlKLrJw/?utm_medium=tumblr
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gessicamell · 5 years
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Achei essa fotinha perdida aqui na galeria e quero compartilhar com vocês #davirada 🌸✌ #deferias (em Vitória, Brazil) https://www.instagram.com/p/B7maRQUpAGx/?igshid=2ae4zcu4x1yz
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santhaterapia · 5 years
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Só há um tempo em que é fundamental despertar. Esse tempo é agora. Buda. #reflexao #buda #santhaterapia #delagartaaborboleta #YouAreOfficiallyOldIf #deferias #deferiascomasamigas (em Expandindo a Consciência.) https://www.instagram.com/p/B1e4c8CgBWg/?igshid=gr455ptphe06
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joanarbalbuquerque · 5 years
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E com esta fotografia volto atrás no tempo, mais precisamente para o dia 13.04.’19 quando chegamos a Bordéus! #bordeaux #bordeauxcity #france #holidays #vacances #vacaciones #moodon #instamood #francemood #bordeauxmood #moodbordeaux #mood #feelings #feelingreat #feelingmyself #feelinghappy #happymood #ferias #deferias #emférias #portuguesegirl #portuguese #portuguesegirlinfrance #aindadeferias #feriasacabando #feriasachegaraofim #notfeelingsad #aindaemmodoferias #wonderfulholidays #walkingarountheworld #bordeus #bordéus #walkinginbordeaux #2019 #easter #easter2019 #lovepictures #lovetakingpictures #instalover #instaadicted #instamood #instagram #instagrampictures #memoriesforlife #memoriesfortherestofmylife #wecreatememories #wecreatememoriesforlife #enjoylife #behappy #bealwayshappy #seeyou #seeyoubordeaux (em Bordeaux, France) https://www.instagram.com/p/BwkXLLYhhuY/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1i0ccypmi04iv
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E aí mamães o que acharam do meu #lookdodia (#ootd ) ? De sapatilhas pq com duas "mochilinhas" tira colo tem que estar bonita mais também confortável! Detalhe que a bolsa foi presente de aniversário adiantado do maridon . . . . . #lookdaAna #lookdadiva #lookdamamae #modachique #modachic #modafeminina #modamamae #deferias (em Cuiabá, Brazil) https://www.instagram.com/anacarlassouzaa/p/BwUViN3gG-_/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=fug45tx5rq55
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A manhã foi mais ou menos assim.... #deferias #fortalezaceará #fortaleze-se #praiadeiracemafortaleza (em Fortaleza, Brazil) https://www.instagram.com/p/BwKcLgnHL8d/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=e5rg61shlkmf
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niamhcita-blog · 3 years
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HOY!!!? nos vemos??? Dale, que está hermoso después de tanta lluvia!!! Plaza Constitución, Valentín Alsina! @antojo_de_sabores @buenos_aires_green_expo_vivero @lagreenfoodtruck.company NO TE LO PIERDAS!!!! #deferia #lanus #valentinalsina #chaparetro #chapaspersonalizadas https://www.instagram.com/p/CZUnDcDLO6E/?utm_medium=tumblr
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ruedamix · 6 years
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Con mi querida @crisgh2 en la.#feriadejerez #feriadelcaballo. Un día de lujo 💙🌸💙🌹💙 #amigas #friends #defiesta #deferia #feriantes #feriantas #lunares #flamencasmaneras #flamencas #fashionpost #beardlife #beardlifestyle #beardpower #lifestyle #guapa #soybarbudo #menfashion #mensfashionpost #menfashionposts #fashion #ole (en Feria Del Caballo Jerez De La Frontera)
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