#linéia no jardim de monet

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Voltando ao passado

Hoje fui à exposição Monet À Beira d’Água, aqui no Rio. Para quem não sabe o que é, se trata de uma projeção em que as telas de Monet ganham vida, acompanhadas de som, em um grande salão onde tem dois laguinhos e uma ponte japonesa. Fiquei com vontade de reencontrar Linéia, uma amiga de infância.

Nas palavras de minha amiga: “Eu já olhei tantas vezes o livro de seu Silvestre que às vezes até fico achando que conheço todo mundo - Monet, Alice, os oitos filhos. Quase dá para achar que já estive na casa cor-de-rosa grandona. De qualquer jeito, posso fazer de conta que já fui lá.” Hoje, eu fiz de conta que passeei com Linéia. Ela ia me guiando pela França, pela história do Monet e seus quadros e pela minha infância. Foi uma viagem muito gostosa.

O livro é uma graça, muito sensível. Conta a história de uma menininha e seu vizinho aposentado que vão passear na França, mais especificamente por Paris e Giverny, o povoado onde morou Monet e onde ele pintou obras-primas em seu jardim. Linéia é curiosa e interessada, como eu já fui. Já tive um quadro com cartões postais de quadros de Monet e com um desenho de Linéia enfeitando o meu quarto.  (Até descobri que nesse postal da Linéia tem um “quadro na parede” que é Esmeralda e Djali, personagens do meu livro preferido; seria uma semente?)

O meu exemplar foi presente de uma amiga que assinou com “Feliz Páscoa 97!” e, no livro, se fala que a história se passa em 1990. Já comprei o livro, ainda atual, para a minha sobrinha. E assim vai rodando o grande ciclo da vida. (Só faltou o avental igual ao da personagem que sempre foi o meu sonho.)

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Linéia no jardim de Monet foi presente da minha tia que me deu quando tinha apenas 9 anos.

[raisamota]

Ler é viajar sem sair do lugar. Ou não!

Stephanie na escada do Hotel Esmeralda, onde sua personagem favorita, Linéia, se hospedou, no livro Linéia no Jardim de Monet – Foto: Stephanie Mota/Arquivo Pessoal

“Nosso hotel se chamava Esmeralda, era pequenino e bem velho, mas seu Silvestre disse que provavelmente era o hotel mais charmoso da cidade de Paris. Ficava bem na beira (na margem esquerda) do Rio Sena, que corre pela cidade”.

Stephanie Mota, professora de Português e Inglês, graduada em Letras, com cursos na área de linguística na Universidade de Manchester, Reino Unido, diz que esse livro infanto-juvenil, marcou sua vida e depois de vários anos se deu conta como a leitura foi importante para sua formação.

“Linéia no Jardim de Monet e Fábulas e Lendas Japonesas foram os primeiros livros que eu li. São histórias encantadoras que despertam a imaginação e nos transportam para os lugares mais incríveis. Posso atribuir o fato de ter me tornado um adulto leitor aos exemplos que tive em casa. Meus pais viviam com um livro na mão, compravam livros sobre os desenhos e personagens que eu mais gostava. Era algo natural e prazeroso, como a boa leitura deve ser, em qualquer idade”.

A leitura é um hábito indispensável, que só agrega conhecimento a todos, independente do gênero do livro.

“Na fase posterior à alfabetização, é comum observar nas crianças o fascínio com as letras e palavras formadas. É importante aproveitar esse “encantamento” para apresentar-lhes ao universo da leitura, que além de ajudar na rapidez e desenvolvimento do raciocínio, criará nelas a capacidade de abstração e imaginação, tão necessárias na vida adulta”, diz Stephanie.

Livros como O Pequeno Príncipe e Harry Potter, obras de sucesso mundial, são exemplos de histórias adequadas para a leitura juvenil. São de fácil compreensão, possuem mensagens de reflexão e agregam novas palavras ao vocabulário. Sempre que você tiver um tempo livre, sente em um lugar tranquilo e aprecie tudo que o universo fictício pode te apresentar. Diversos livros desse gênero podem ser encontrados em livrarias, na internet e em bibliotecas municipais ou da sua escola.

O importante é estar sempre aprendendo e se divertindo com as milhares de histórias que há de serem descobertas. Confira aqui nossas sugestões de leitura para vocês.

“A maior aventura de um ser humano é viajar, a maior viagem que alguém pode fazer é para dentro de si, e o modo mais emocionante de realiza-la é através de um livro”. Augusto Cury.

Texto originalmente postado e produzido para o Blog Caça Palavras: https://cacapalavras.blog/2017/11/15/ler-e-viajar-sem-sair-do-lugar-ou-nao/

Por Raisa Mota