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#obra édita
viagemcronica · 10 months
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thewolfcatcher · 1 month
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E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa — os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?
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conscienciacoletiva · 4 months
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Penso em ti, murmuro o teu nome; não sou eu: sou feliz.
Alberto Caeiro, Arquivo Pessoa: Obra Édita - Vai alta no céu a lua da Primavera -
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Fernando Pessoa Quinta: D. SEBASTIÃO, REI DE PORTUGAL
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.              
Não coube em mim minha certeza;            
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
20-2-1933 Mensagem. Fernando Pessoa. Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1934 (Lisboa: Ática, 10ª ed. 1972).  - 42.
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rafaelofaria · 4 years
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Há metafísica bastante em não pensar em nada.
Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do Mundo? Sei lá o que penso do Mundo! Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das coisas? Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos? Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma E sobre a criação do Mundo? Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos E não pensar. É correr as cortinas Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério! O único mistério é haver quem pense no mistério. Quem está ao sol e fecha os olhos, Começa a não saber o que é o Sol E a pensar muitas coisas cheias de calor. Mas abre os olhos e vê o Sol, E já não pode pensar em nada, Porque a luz do Sol vale mais que os pensamentos De todos os filósofos e de todos os poetas. A luz do Sol não sabe o que faz E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores A de serem verdes e copadas e de terem ramos E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar, A nós, que não sabemos dar por elas. Mas que melhor metafísica que a delas, Que é a de não saber para que vivem Nem saber que o não sabem?
«Constituição íntima das coisas»... «Sentido íntimo do Universo»... Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada. É incrível que se possa pensar em coisas dessas. É como pensar em razões e fins Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das coisas É acrescentado, como pensar na saúde Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das coisas É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi. Se ele quisesse que eu acreditasse nele, Sem dúvida que viria falar comigo E entraria pela minha porta dentro Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos De quem, por não saber o que é olhar para as coisas, Não compreende quem fala delas Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores E os montes e sol e o luar, Então acredito nele, Então acredito nele a toda a hora, E a minha vida é toda uma oração e uma missa, E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores E os montes e o luar e o sol, Para que lhe chamo eu Deus? Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar; Porque, se ele se fez, para eu o ver, Sol e luar e flores e árvores e montes, Se ele me aparece como sendo árvores e montes E luar e sol e flores, É que ele quer que eu o conheça Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe, (Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?), Obedeço-lhe a viver, espontaneamente, Como quem abre os olhos e vê, E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes, E amo-o sem pensar nele, E penso-o vendo e ouvindo, E ando com ele a toda a hora.
Alberto Caeiro, Obra Édita V, O Guardador de Rebanhos
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freudslibrary · 4 years
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Para estudantes que se queiram passar por eruditos ou amantes de poesia e Pessoa, ou simplesmente ambos.
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kaelmind · 3 years
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Arquivo Pessoa: Obra Édita - ANÁLISE -
SH
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bibbidibobbidibu · 3 years
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“Quem quando eu era infante me guiava
Senão a vera alma que em mim estava?
Atada pelos braços corporais,
Não podia ser mais.”
🤍🤍🤍 meu deus??? 🤍🤍🤍
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elizabethanism · 3 years
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"My soul is a hidden orchestra; I know not what instruments, what fiddlestrings and harps, drums and tamboura I sound and clash inside myself. All I hear is the symphony."
Fernando Pessoa
"Minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tange e range, cordas e harpas, tímbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia."
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demianblog · 3 years
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Actividades de Instituto Nacional de Letras y convocatorias abiertas
Actividades de Instituto Nacional de Letras y convocatorias abiertas
El Instituto Nacional de Letras publicó las bases de los Premios a las Letras 2021 con una gran novedad: el Instituto premiará obras uruguayas inéditas y éditas de 2019 y 2020. Los Premios a las Letras 2021 incluyen: Premios Nacionales de Literatura, Premio de Ensayo y Difusión Científica, Premio Ópera Prima y Gran Premio a la Labor Intelectual. Además de la convocatoria a los Premios, se…
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cooltivarte · 3 years
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Premios Nacionales de Literatura / Premio Ópera Prima / Premio a Ensayo sobre Investigación y Difusión Científica / Gran Premio a la Labor Intelectual El Instituto Nacional de Letras distinguirá obras uruguayas inéditas y éditas de 2019 y 2020 en los próximos Premios a las Letras. La actualización elimina un desfasaje que se arrastra desde 2005, […]
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nossomundonews · 6 years
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FERNANDO PESSOA: A ÚNICA REALIDADE SOCIAL É O INDIVÍDUO
Compartilho post de Roseli Maria da Silva
1. A única realidade social é o indivíduo, por isso mesmo que ele é a única realidade. O conceito de sociedade é um puro conceito; o de humanidade uma simples ideia. Só o indivíduo vive, só o indivíduo pensa e sente. Só por metáfora ou em linguagem translata se pode aludir ao pensamento ou ao sentimento de uma colectividade. Dizer que Portugal pensa, ou que a humanidade sente é tão razoável como dizer que Portugal se penteia ou que a humanidade se assoa. 2. Sendo o indivíduo a única realidade social, não é todavia o único elemento social. Esse indivíduo vive em dois meios ou ambientes — um o ambiente físico, outro o ambiente social, ou sociedade. É esse o valor do elemento sociedade — é o meio, um dos meios, em que o indivíduo vive. O sábio realismo de Aristóteles viu isto bem; e assim se assentou a tese política grega — que a sociedade existe para o indivíduo, que não o indivíduo para a sociedade. Sendo o indivíduo a única realidade social, é o egoísmo a única qualidade real, embora, por disfarces vários e artifícios diversos se construíssem, no decurso da evolução social (não digo do progresso, porque não sei — nem ninguém sabe — se existe progresso) sentimentos altruístas, afinamentos dos instintos. Para que o indivíduo possa ter uma vida social que lhe seja um elemento de desenvolvimento, ou, em outras palavras, para que a sociedade seja um ambiente favorável ao desenvolvimento do indivíduo, é forçoso que se faça assentar essa sociedade num conceito egoísta. Assim se formam naturalmente nações. A nação é o segundo elemento social primário. Os homens não se agrupam fraternitariamente senão por oposição. Sempre nos unimos para nos opormos. Isto é, aliás, um princípio lógico: definir é limitar. Assim como o egoísmo e a vaidade são as qualidades determinantes da vida humana — pois o homem só deveras age para seu proveito ou para suplantar os outros, sendo a guerra a essência de toda a vida (o que já Heráclito havia dito) — assim o egoísmo e a vaidade são as qualidades determinantes dos egoísmos espontâneos chamados nações. 1. Composta de homens, a sociedade, seja ela em sua essência o que for, manifestará forçosamente as mesmas qualidades que esses homens. Em outras palavras, os homens em conjunto manifestarão as mesmas qualidades que manifestam individualmente, tirantes aquelas qualidades que estão ligadas à existência de um organismo físico — o instinto da conservação, o de reprodução, e, em derivação deste segundo, o instinto de família (directa ou indirecta). 2. As qualidades puramente sociais que governam os homens são o egoísmo, a socialidade e a vaidade. Por socialidade entendo o instinto gregário; é ela que ameniza e limita, sem nunca o eliminar nem essencialmente o alterar, o egoísmo, qualidade primária, que se deriva da própria circunstância de haver um ego. A vaidade é a consequência do egoísmo na sua limitação pela socialidade; é a qualidade social humana mais evidente. Todo homem quer ser mais que outro, todo homem quer brilhar. Variam, com as índoles e as aptidões, as maneiras em que o homem quer destacar‑se, mas cada um tem a sua vaidade. 3. Seria impossível a existência da sociedade se nela se não reproduzissem estes fenómenos da vida do indivíduo. Por isso a sociedade se divide em nações, e não é possível «humanidade» em matéria social. Assim como tem que haver um egoísmo individual, tem que haver um egoísmo colectivo — é o que se chama o instinto patriótico. Assim como há uma vaidade individual — tem que haver uma vaidade colectiva — é o que se chama imperialismo. Só não há uma socialidade colectiva, (...)
Fonte: 1915? Textos Filosóficos . Vol. I. Fernando Pessoa. (Estabelecidos e prefaciados por António de Pina Coelho.) Lisboa: Ática, 1968 (imp. 1993). - 198.
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thewolfcatcher · 4 years
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http://arquivopessoa.net/textos/3991
Hahaha GENIUS! Only Pessoa
Keep attention in the bomb, and the (...)
My favourite (this is full of pearls):
Não ardeu Tróia, é certo, porque o cérebro dos anti-maçons não é comparável sequer a uma cidade que foi tomada por um cavalo.
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conscienciacoletiva · 4 months
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Toda a vida da alma humana é um movimento na penumbra. Vivemos, num lusco-fusco de consciência, nunca certos com o que somos ou com o que nos supomos ser. (...) Quem sou quando sinto? Que coisa morro quando sou?
Bernardo Soares, Arquivo Pessoa: Obra Édita - Toda a vida da alma humana é um movimento na penumbra. -
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tha1smoraes-blog · 7 years
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kaelmind · 4 years
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