Tumgik
#ooc. amanhã (mais tarde) abro os que fiquei devendo
erikxphantom · 5 months
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                                     ◃ 𝐼'𝑣𝑒 𝑔𝑜𝑡 𝑎 𝑚𝑜𝑛𝑠𝑡𝑒𝑟 𝑖𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒 𝑚𝑒                  𝐻𝑒 𝑖𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑙𝑦 𝑐ℎ𝑎𝑛𝑔𝑖𝑛𝑔 ℎ𝑖𝑠 𝑚𝑖𝑛𝑑 𝑜𝑛 𝑡ℎ𝑒 𝑑𝑎𝑖𝑙𝑦. 𝒕𝒉𝒊𝒏𝒌 𝒕𝒉𝒂𝒕 𝒉𝒆 𝒉𝒂𝒕𝒆𝒔 𝒎𝒆
𝐴𝑓𝑡𝑒𝑟 𝑡ℎ𝑒 𝑤𝑒𝑙𝑐𝑜𝑚𝑒 𝑓𝑒𝑠𝑡𝑖𝑣𝑎𝑙 𝑝𝑙𝑜𝑡 𝑑𝑟𝑜𝑝 _ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘!
A volta para casa foi regada pro flash's dos acontecimentos noturnos e pelos inúmeros questionamentos que rondavam a cabeça de Erik: como estariam os outros mundos? Quanta magia ainda tinham para sustentar tudo? E os perdidos, que parte eles realmente teriam em suas tramas? As questões pareciam não ter fim e criavam ecos em sua cabeça ao longo do caminho até a Dusty books. Velhos hábitos nunca morreriam afinal, ele ainda residia nos lugares onde trabalhava de algum modo. Destrancou a porta lateral, já familiarizado com o ambiente, não precisou ligar uma luz que fosse, para que achasse o caminho das escadas que levavam ao andar superior, onde ficava seu quarto e outros cômodos onde só ele poderia ir.
Desabotoou as roupas, deixando-as alinhadas no encosto da cadeira ao lado da cama, antes de ir tomar um banho para finalmente deitar-se. O peso das vestes ainda parecia recair sobre seu corpo, mesmo agora quando sentia a água gelada escorrer por sua pele. A cabeça ainda rodava com tudo que viveu durante o dia, incapaz de desligar-se por alguns míseros segundos que fosse. Erik finalmente deitou-se, incerto de quanto tempo levou até que conseguisse adormecer, mas se ele soubesse o que aconteceria, seguramente teria tomado umas boas xícaras de café para continuar acordado.
Tudo começou calmo e tranquilo. Era dia de espetáculo no teatro e tudo parecia correr como o planejado. Do seu camarote particular, Erik assistia ao ensaio da equipe, todos mascarados assim como ele, e sua sensação não era de ser um estranho ali, mas de alguma igualdade, ou melhor, superioridade. Ele dava as coordenadas, ajustando uma coisa ou outra, mas a única que parecia fazer tudo perfeito, era Christine. Ela ainda detinha toda sua atenção e afeição. Movendo-se de forma angelical pelo palco, enquanto seguia todo o roteiro escrito exatamente para ela.
Era em momentos assim, quando o olhar se prendia em Christine, que Erik conseguia esquecer do restante do mundo. Poderia ter cem pessoas em cima daquele palco, ainda assim, ele só veria e ouviria ela. Isso, é claro, até que seus olhos identificassem o desafeto pelos cantos. Raoul era sempre um incomodo, espreitando por todos os lados, com seus olhos tristes e sua postura de bom moço. Os olhos de Erik reviraram ao notá-lo fazer algo errado, como de costume. Se você quer algo bem feito, faça você mesmo, não é o que dizem? Erik então desceu do seu camarote rumo ao palco para fazer as correções de perto.
Não sabia ao certo quanto tempo levou, mas tudo pareceu acontecer num piscar de olhos. Repentinamente, o cenário não era mais o palco do teatro, mas sim a coxia. A silhueta que se forma a sua frente era turva e estranha para ele, como alguém que desconhecia, até que ele puxou um violino do canto e começou a tocá-lo com maestria. O musico era uma ameaça a tudo que tinha construído - ao menos era o que Erik conseguia pensar - e a cada nota que ele acertava, Erik percebia algo em seu cenário ruir e oscilar. Como tela verde, as cenas mudavam em flash's, alterando em frames de segundos. E quanto mais ele tentava aproximar-se do músico, mais distante ele ficava.
Era como um looping, cada vez que Erik estava a passos de distancia, prestes a interromper a sinfonia, a cena mudava e lá estava ele de volta ao ponto de partida. Não importava o quanto ele tentasse, e ele tentou bastante. Correu, aproximou-se com calma, tentou ser sutil, gritou, apontou-lhe uma arma e chegou até a disparar, lançou uma corda para enforcar o musico, dentre uma série de outros atos condenáveis, típicos do fantasma da ópera. E todos eles não surtiam qualquer efeito.
A raiva crescia em seu peito, assim como a sensação de impotência e de estar enlouquecendo. Perdeu as contas de quantas vezes as cenas trocaram, até que se encontrasse exausto, sentado no ponto de partida, abraçando as pernas junto ao corpo, com a cabeça apoiada sobre os joelhos, enquanto pedia, ou melhor, enquanto suplicava baixinho para que aquilo acabasse.
Erik despertou em sua cama, no primeiro andar da Dusty books, ofegante e com lágrimas escorrendo pelo rosto. O corpo, suado e tremulo, cansado, como se tivesse corrido uma maratona e, de fato, praticamente o fez. Sua mente estava nublada e confusa, mas uma coisa ele tinha certeza: aquele foi o sonho mais vívido que ele já teve.
personagens citados: @theatrangel, Raoul e @moaehyu.
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