Tumgik
#pov:revenge.
bolladonnas · 11 months
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𝐫𝐞𝐯𝐞𝐧𝐠𝐞 (𝐩𝐚𝐫𝐭 𝐢), 𝔭𝔬𝔳.
! the anger that goes to his head could be appeased with a hug. the pain that consumes her, with love.
trigger warning: o texto abaixo contém tortura.
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a liberdade era uma sensação vazia, superestimada; do ponto de vista em que se encontrava, havia ansiado por ela, mas agora não sabia o que fazer com isso. belladonna caminhava em direção a sala do espelho, sem conseguir apegar-se aos detalhes da casa que havia crescido; o portal para a terra do nunca fora acionado sem muito pensar, sem pensar nas consequências do que estava fazendo. estava envolta de uma incapacidade quase congelante, sabia que se pensasse por muito tempo, acabaria desistindo; sabia que se olhasse demais para cada cômodo daquela casa, se lembraria de uma tortura ou outra, porque a verdade lhe machucava, lhe cortava o coração e mais, a deixava ciente de que tinha sido forjada naquela dor, naquele caos mas que talvez, outros caminhos pudessem está dispostos a ela. a rainha má parecia concentrada demais em seu livro de magia, o espelho já havia denunciado sua presença no que refletia a imagem dela, mas a mãe mantivera-se atenta ao que fazia, como se a evitando de propósito. o âmago remexia-se, as mãos suavam e havia uma certa excitação a percorrendo, a voz que a preenchia estava esperando por aquele momento; a dera liberdade em troca de ajuda e agora precisava lidar com isso.
‘    vai ficar parada aí ou vai dizer o que quer?        a voz de regina quebrou o silêncio que se seguia, a trazendo ainda mais para a única certeza que detinha: a rainha má era incapaz de nutrir sentimentos bons por si.          ‘     quantas vezes me torturou quando criança?        devolveu a pergunta, os olhos fixos nas expressões da mãe, que seguia plena, apenas os olhos ergueram-se do livro e o corpo pareceu cansada enquanto ela respirava fundo. não queria admitir, mas havia um pouco de expectativa; tinha feito aquela cena algumas vezes em sua cabeça, pensando em cenários e em um deles, regina pedia desculpas e justificava-se.        ‘         não consigo me lembrar, foram muitas porque você sempre foi fraca, irritante; o maior erro da minha existência. é o bastante?        foi a resposta que teve. qual era a novidade? belladonna sempre soube disso, que não tinha sido desejada, que se tornava um estorvo para regina com o passar dos anos.       ‘          achei que pudesse me surpreender, mas há um fato sobre mim regina, que talvez desconheça.        avançou na direção de outrem, as mãos caídas ao lado do corpo mas tudo parecia queimar, a pele, o sangue borbulhava, o coração pulsava mais rápido, os olhos estavam vermelhos de ódio.          ‘       nunca fui fraca, você me moldou assim, uma força da natureza, da maldade, do caos. e aqui estou, fazendo valer a sua vontade.
abriu os braços teatralmente, os lábios sendo moldados em um sorriso irônico; a mente preenchia-se de momentos, de tortura e todas as vezes que a própria mãe havia a superestimado, a colocado num lugar em que não a pertencia. belladonna havia se tornado fria, mimada, incapaz de amar ou ser amada e a culpava, estava tudo ali diante dos seus olhos.      ‘         e você quer me convencer disso com palavras, criança? sou a rainha má, tenho reinos e pessoas em minhas mãos. você não me assusta.        uma gargalhada escapou por entre os lábios da mais nova, sentindo toda a escuridão que mantinha em seu interior lhe escapar, lhe escorrer e tornar-se algo latente.          ‘     vou te convencer do contrário.       a voz tornou-se grave, a persona que habitava em sua extensão tomando posse; os olhos tornaram-se brancos, os lábios tremiam e havia resquícios dos vasos sanguíneos no rosto, nas mãos e braços, sangue demais ocupando todo o corpo, a transformando quase em uma caveira. não mais era belladonna.
sem aviso prévio as mãos estenderam-se na direção da rainha má, da mão esquerda uma fumaça preta, da direita fumaça vermelha, da boca uma neblina verde avançava na direção alheia, venenos de formas e composições diferentes.
o ataque fora rápido, contínuo e seguiu-se por horas, ocupando mais do que o castelo em que a rainha má vivia; o veneno consumiu parte das vilas que estavam perto, derrubando tudo o que fosse vivo e estivesse no caminho. os moradores da terra do nunca jamais haviam presenciado algo assim, questionaram de onde estava vindo mas não tiveram respostas. belladonna grimhilde escapou antes que a rainha má recobrasse a consciência, mas o preço da vingança seria alto, ela sabia.
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bolladonnas · 10 months
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𝐫𝐞𝐯𝐞𝐧𝐠𝐞 (𝐩𝐚𝐫𝐭 𝐢𝐢), 𝔭𝔬𝔳.
! i don't wanna stay here ... like rain on a monday morning , like pain that just keeps on going on.
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semanas haviam se passado entre a descoberta em relação a mãe e finalmente, colocar seu plano de vingança em prática; mais algumas semanas depois disso, de muita calmaria em relação a sua existência. não que estivesse alheia ao caos que estava na academia, sobre os fantasmas e as reações depois da festa no jardim, mas havia muito mais ao que se apegar em seu próprio mundo: as relações abaladas, amizades que possivelmente, se perderiam naquele trajeto que estava percorrendo e por fim, o silêncio da rainha má ap��s a tortura que sofreu. aquela tranquilidade, não poderia ser indicador de algo bom, a persona que agora habitava sua consciência com passe livre sabia disso, a dizia com voz baixa que algo de ruim estava para acontecer, ainda que rebatesse firmemente aquela possibilidade. e mesmo que algo acontecesse, estava em paz consigo mesma, de alguma forma, ciente que havia feito o que era correto: se vingar. estava caminhando em direção ao refeitório naquela manhã, quando a persona da fada azul apareceu em seu campo de visão; belladonna diria facilmente que como um passe de mágica, mas o âmago a dizia que ela estava ali por minutos, a esperando.       ‘      gothel, precisa que vá a sala dela.       outrem disse, um pouco mais séria e grossa do que lhe era de costume.    ‘       e por que ela não me chamou pelo autofalante?      rebateu, um pouco curiosa em como a fada se mostrava, ansiosa, nervosa.        ‘       para não fazer alardes. ande, belladonna, não a deixe esperando.      com um balançar de ombros, mudou a rota que estava fazendo; tinha suas próprias convicções a respeito de gothel, mas até então, sempre que precisava poderia recorrer a ela. portanto, não seria mesmo de bom tom a deixando esperando, afinal, queria saber o que era tão importante naquela manhã. contudo, amaldiçoou-se por sua pressa, pois quando a porta da direção foi aberta, era sua mãe, regina grimhilde sentada na cadeira da diretora.
a expressão tornou-se gélida, assim como todo o corpo, mas não demorou-se em colocar-se em guarda; o corpo girou com pressa pelos calcanhares, uma reação precipitada quando em perigo mas a porta atrás de si, já estava fechada.       ‘     achei que não fosse de fugir, belladonna.      a rainha má disse, sorrindo alegremente; a encarando, não havia indício algum das torturas, da reação da pele diante da exposição para com seu veneno.       ‘     achei que estava morta, uma pena.        respondeu a mais velha, fingindo que a sua aparição em nada a abalava; as mãos repousaram ao lado do corpo, abertas e em atenção, prontas para exalar veneno por toda sala, se isso fosse adiantar algo.          ‘      quase, mas você não é ainda forte o suficiente para me matar. mas fiquei preocupada preciso admitir, não imaginei que fosse capaz de algo como aquilo.      foi a vez de belladonna rir.        ‘        porém, não se anime. pensei muito sobre o que faria com você, afinal, não pode entrar na minha casa, me torturar daquela maneira e sair impune, não mesmo.     algo em seu âmago agitou-se, um alerta. se prepare, se prepare... a voz agitou-se também, igualmente preocupada.
‘        mas mata-la não é uma opção, preciso de você. só que, ficarei muito feliz em saber que não será uma ameaça, não enquanto estiver sob o meu controle...        a rainha má estalou os dedos antes que pudesse agir, antes que pudesse avançar na direção dela. do chão, quatro sombras se ergueram, a agarrando, mantendo-a no lugar; os braços foram segurados, o rosto erguido e pressionado enquanto a blusa que vestia era rasgada pelas mãos gélidas, sem vida.       ‘     me soltem!       a consciência solicitava que fizesse algo, que produzisse veneno mas o medo a paralisava, logo veio a dor e com ela, a incapacidade. sentiu a pele sendo rasgada, no meio das costas algo se prendia por debaixo dos músculos; belladonna gritou de dor enquanto ondas elétricas eram conduzidas até seu cérebro, a deixando mole, inerte. ela reconhecia aquele dispositivo, um que sua mãe havia produzido e usado em tantas outras pessoas, um que a impediria de usar os poderes, que seguiria a machucando sempre que tentasse.
a mente tentava ao máximo bloquear a dor, expulsar a força o que parecia se acomodar não somente no cérebro, mas na sua fonte de poder; contudo, quanto mais tentava, mais dor sentia, mais sangue lhe era drenado.        ‘      isso é para que aprenda, belladonna! independente de qualquer coisa, você ainda é uma criança e pertence a mim. eu a fiz, a moldei e seguirei sendo seu carrasco até o fim dos tempos.
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