Tumgik
#psd: outrora
miniepsds · 1 year
Note
top3 dos seus psds 🤭
difícil isso e você sabe né sun 🤨 kkkkkk pois irei burlar as regras
lunatic
solasta
fortitude
pior que tem mais considerando que tô amando o khaos, abyss e outrora. 💅🏻
4 notes · View notes
oribeirinho · 8 months
Text
O Tejo, a verdade e a propaganda - o caso da Moita e do Barreiro
Até 2011 a grande maioria dos esgotos era despejada directamente no Rio Tejo. A partir de 2011, com a entrada em funcionamento da ETAR Barreiro/Moita, os esgotos dos concelhos do Barreiro e Moita finalmente passaram a ser tratados, e lançados no estuário do Rio Tejo, em condições técnica e ambientalmente adequadas, contribuindo assim para a melhoria substancial que se verifica actualmente nas águas do Tejo.
As melhorias nas águas do Tejo são visíveis e constatadas pela presença de Flamingos e até de golfinhos, para além do retorno de várias espécies pouco tolerantes à poluição.
Apesar de ser uma aspiração dos autarcas da região desde o início do Poder Local Democrático em 1976, foram necessários 35 anos de propostas recusadas pelos Governos de PS, PSD e CDS, para finalmente se concretizar um projecto fundamental para a sustentabilidade ambiental da região. Da parte da CDU, quer ao nível autárquico, quer na Assembleia da República, não faltaram propostas, nem acção, com a estruturação das redes de águas residuais e de águas pluviais, em investimentos que somam largos milhões de euros.
No entanto, o modelo que o governo de então aceitou, e que todos os que lhe sucederam defendem, não só retira capacidade de decisão aos Municípios, como empurra para cima destes os custos de um sistema de tratamento de águas residuais, que depois são legalmente obrigados a fazer recair esses custos na população, entre outros, sob pena de perderem acessos aos fundos comunitários. A consequência é hoje bem visível nas facturas da água dos munícipes.
Simultaneamente, durante estas décadas, a CDU valorizou e promoveu a cultura ribeirinha, protegendo um património que também nos define, e que se estava a perder: as embarcações típicas ou tradicionais do Tejo. Outrora responsáveis pelo tráfego de mercadorias entre as duas margens, foram substituídas com o incremento do transporte rodoviário e perdendo o seu uso perderam também a razão para a sua existência. Resgatadas a esse destino pelas autarquias CDU, desde meados dos anos 80, são recuperadas e reconstruídas, assumindo então uma nova função: o lazer. Se na Moita o trabalho intenso no trabalho com os centros náuticos permitiu que particulares recuperassem dezenas de embarcações, muitas das quais hoje se encontram no museu vivo criado junto ao cais centenário, no Barreiro, deu-se corpo à recuperação da embarcação mais emblemática do concelho.
Hoje em dia, a conjugação da melhoria na qualidade das águas com a preservação do património, permitem um novo modo de fruição, aliando a preservação da natureza à conservação do património cultural, transformando o modo como esta região é reconhecida em Portugal, e não só.
Infelizmente nos últimos anos assistimos a uma desvalorização deste trabalho de décadas. Na Moita, por interesses eleitorais, não se olhou a meios para transformar problemas pontuais na ideia de que os esgotos não são tratados, impregnando na população uma ideia profundamente errada de todo um sistema que atinge cerca de 44 km de emissários e condutas, assim como 18 estações elevatórias.
No Barreiro, após um atraso que nunca foi convenientemente explicado, a Muleta, embarcação típica cuja imagem consta no brasão do município, foi entregue a uma empresa privada, e apesar de pouco servir o Barreiro, apresenta já evidentes sinais de descaracterização.
Estes são sintomas de uma diferença fundamental no modo de fazer política. A CDU planeia e executa a curto, médio e longo prazo, o PS usa a Propaganda.
Nuno Cavaco
#nunocavaco #etar #EstuáriodoTejo #águasresiduais #Moita #Barreiro #investimento #ambiente #valorização #futuro #trabalho #honestidade #competência
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
0 notes
assisvianasilva · 3 years
Photo
Tumblr media
Haroldo Sanford de Barros (Camocim, 11 de setembro de 1925) é um militar e político brasileiro, outrora deputado federal pelo Ceará. Filho de Antônio Fernando Barros e Susana Sanford Barros. Ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras em 1947 onde iniciou sua carreira militar, assim como frequentou a Escola de Artilharia Antiaérea em 1950 e a Escola de Aperfeiçoamento de Comando de Oficiais em 1957. No Ceará dirigiu o Departamento de Trânsito de Fortaleza e a companhia telefônica da respectiva cidade entre 1958 e 1962 quando esteve no PSD e depois no PTB. Após migrar para o PTN elegeu-se deputado estadual em 1962 e ante a imposição do bipartidarismo via Ato Institucional Número Dois, optou pela ARENA, mas figurou apenas na sétima suplência como candidato a reeleição em 1966. Coronel da reserva do Exército Brasileiro, foi eleito deputado estadual em 1970 e 1974 como entusiasta do Regime Militar de 1964. Eleito deputado federal em 1978, ingressou no PDS com a volta do pluripartidarismo em 1980 e no ano seguinte foi eleito primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados durante a gestão Nelson Marchezan. Reeleito deputado federal em 1982, faltou à votação da Emenda Dante de Oliveira em 1984 e escolheu Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985. A seguir foi eleito primeiro secretário da Câmara dos Deputados sob a presidência de Ulysses Guimarães. Mesmo ligado a Virgílio Távora, disputou um novo mandato pelo PMDB em 1986, mas não passou de uma suplência.[3] Disputou os três pleitos seguintes, chegando a filiar-se a sucessores do PDS como o PPR e o PPB após sair do PMDB, mas não obteve êxito. Seu irmão, Marcelo Sanford, foi eleito deputado federal pelo PTN do Ceará em 1962. * https://pt.wikipedia.org/wiki/Haroldo_Sanford * http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/sanford-haroldo * https://leismunicipais.com.br/a1/rj/n/niteroi/resolucao/1985/140/1391/resolucao-n-1391-1985-fica-concedido-o-titulo-de-cidadao-niteroiense-ao-deputado-federal-haroldo-sanford?r=c https://www.instagram.com/p/COYqOPUBN87/?igshid=134qem46digli
0 notes
canalalentejo · 3 years
Text
Candidato do PSD quer Borba no "caminho do desenvolvimento"
Candidato do PSD quer Borba no “caminho do desenvolvimento”
O candidato do PSD à Câmara de Borba (Évora), Paulo Ferreira, afirmou hoje que é necessário “recolocar” o concelho, liderado por um movimento independente, no “caminho do desenvolvimento”, de onde “anda tão afastado”. “Outrora pujante, Borba atualmente não capta investimento, nem faz obra que orgulhe os borbenses e os impeça de sair do concelho”, argumentou o candidato, em declarações à agência…
View On WordPress
0 notes
f5paraiba · 3 years
Text
Opinião – Pedro Cunha Lima nega distanciamento com Romero: “Fake news”
Opinião – Pedro Cunha Lima nega distanciamento com Romero: “Fake news”
A conversa é outra! Contudo, muitos portais e blogs de notícia da Paraíba informaram, na sexta-feira (05), uma possível querela envolvendo o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) e o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD). Motivo do suposto cisma entre os agentes públicos, que são parentes próximos: as eleições de 2022 e a aproximação do ex-gestor da outrora Vila Nova da Rainha…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
lovacedon · 4 years
Text
Candidaturas em SP avaliam peso de Moro e buscam apoio de ex-juiz
Tumblr media
Após deixar o governo Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública não se filiou a nenhuma legenda e desconversa sobre planos eleitorais O eventual apoio do ex-ministro Sergio Moro a alguma candidatura na eleição de São Paulo passou a ser discutido em bastidores de diferentes campanhas. O peso de uma declaração de voto dele é observado tanto por nomes que cogitam procurá-lo quanto por adversários. O juiz-símbolo da Operação Lava-Jato é visto como o "sonho de consumo" de Joice Hasselmann (PSL), tida como a candidata de maior proximidade com ele. Também alinhado ao "lavajatismo" e à pauta do combate à corrupção, Arthur do Val (Patriota) é outro que se vê com chance de conquistá-lo. As duas candidaturas têm feito movimentações discretas com essa finalidade, já que publicamente o ex-ministro, apontado como pré-candidato à Presidência da República em 2022, sinaliza que se manterá distante do pleito deste ano. Após deixar o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmar que o presidente tentou interferir na Polícia Federal, Moro não se filiou a nenhuma legenda e desconversa sobre planos eleitorais. Uma hipotética sinalização de apoio, contudo, é tratada como um troféu por postulantes que julgam ter alguma identidade com ele. Estrategistas admitem que a adesão de Moro tem potencial para impulsionar uma candidatura no campo da direita, embora não chegue a ser um fator decisivo –eleitores identificados com Bolsonaro, por exemplo, rejeitam o outrora aliado, agora tido como inimigo. O nome de Joice surge com frequência nessas conversas por causa da relação amistosa da deputada federal com Moro, anterior à convivência que os dois tiveram em Brasília. Jornalista, ela lançou em 2016 o livro "Sergio Moro - A História do Homem por Trás da Operação Que Mudou o Brasil". Paranaense como seu biografado, Joice acabou virando amiga dele e da esposa, a advogada Rosangela Moro. Vice em sua chapa, o empresário Ivan Leão Sayeg (PSL) também tem pontes com o ex-juiz. Ele é irmão da empresária do ramo de joias Lydia Leão Sayeg, que exibe em suas redes sociais fotos ao lado de Moro e da mulher, com os quais tem relação de amizade. Lydia, conhecida pela participação no reality show Mulheres Ricas (Band), se refere ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública como "meu eterno herói nacional", além de dizer que ele "salvou o Brasil". Segundo membros da campanha de Joice, Moro está contribuindo com sugestões no programa de governo dela, em temas como segurança e combate à corrupção. A ideia é tornar pública a participação dele na formulação das propostas em meados de outubro. Aliados da deputada federal consideram que o ex-juiz não precisa se expor no início da campanha, mas entendem ser mais provável sua aparição na reta final, o que o deixaria vulnerável por menos tempo a ataques de petistas e de bolsonaristas. Questionada, Joice não quis comentar. O deputado federal Júnior Bozzella, presidente estadual do PSL, afirma que a colega de sigla não precisa necessariamente de um padrinho "por ser uma figura nacional e com luz própria", mas lembra que as pautas dela se assemelham às de Moro. "Não tem outra candidatura que tenha realmente esse viés, esse DNA", valoriza. "Mas não sei se ele vai participar agora, em 2020, efetivamente", completa Bozzella. No comitê de Arthur do Val, o Mamãe Falei, o desejo de receber um aval de Moro passa pela figura de sua vice, Adelaide Oliveira (Patriota), que até alguns meses atrás era porta-voz do Vem pra Rua, movimento que exalta os resultados da Lava Jato. Adelaide não descarta utilizar o canal comunicação que abriu com Moro para aproximá-lo da campanha, mas trata o assunto com cautela. "Ainda é prematuro fazer esse debate. Não falei com ele sobre isso, não tive esse atrevimento. Ele tem conduzido sua situação de maneira reservada." Um dos trunfos pode ser o programa de governo da chapa, que, segundo a ativista, "tem ideias inspiradas no que ele fez" como juiz e ministro. "Vamos apresentar o programa para pessoas que podem nos apoiar. E ele é uma dessas pessoas", afirma a vice. "Acho difícil que ele dê apoio a alguém, mas, se isso acontecer, será quando ele tiver clareza das propostas." Adelaide diz que uma abordagem agora poderia soar invasiva e que prefere avaliar os sinais do ex-juiz, de quem é fã, antes de qualquer gesto. No domingo passado (6), o Vem pra Rua foi um dos organizadores de carreatas em apoio à Lava- Jato ocorridas em 25 cidades pelo país. Moro chegou a gravar um vídeo de agradecimento aos participantes dos atos. Arthur, que não quis comentar o assunto, é membro do MBL (Movimento Brasil Livre), grupo que também liderou manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) e contra a corrupção. Na briga eleitoral, ele se coloca como representante da direita não-bolsonarista. Na campanha do candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB), atual favorito do pleito, a "hipótese Moro" já surgiu em análises de cenário. Assessores do tucano mencionam o aval do ex-juiz a algum dos rivais como um dos elementos que podem prejudicá-lo, ainda que lateralmente. Por outro lado, Covas também dispõe de canais com Moro. O principal talvez seja o governador João Doria (PSDB), que faz afagos ao ex-ministro –chegou a condecorá-lo com a maior honraria do governo paulista, em junho de 2019, no auge da crise após o vazamento de conversas suas dos tempos de Lava-Jato. O PSDB escalou um interlocutor com acesso ao ex-magistrado para entrar em campo, na esperança de que Moro avalie divulgar apoio a Covas e a outros postulantes tucanos em capitais. Pesa contra Covas, em um eventual "leilão" pelo endosso, o histórico negativo de seu partido no âmbito da Lava-Jato. Para ficar só nos exemplos de São Paulo, caíram nas garras da operação tucanos como o senador José Serra e o ex-governador Geraldo Alckmin. Procurados, aliados de Covas e de Doria não confirmam uma busca ativa do partido para estreitar laços com o ex-juiz. "Sergio Moro é um cidadão importante, deu uma contribuição ao país e tem o direito de se manifestar", afirma Marco Vinholi, presidente estadual do PSDB. Andrea Matarazzo (PSD), por sua vez, tem pontes com o lavajatismo por meio de apoiadores como Janaina Paschoal (PSL) e o advogado Modesto Carvalhosa. No Novo, de Filipe Sabará, Moro tem diálogo com João Amoêdo. Enquanto parte dos candidatos em São Paulo está de braços abertos para o ex-ministro, aqueles mais identificados com o presidente Bolsonaro ou com a esquerda são hostis à figura. No PRTB de Levy Fidelix, que sonha em ser o candidato abençoado por Bolsonaro, a avaliação é a de que um apoio de Moro a qualquer nome não alinhado ao presidente vai sacramentar sua posição política de adversário. Para o PT, seria até positivo tê-lo na arena do debate político, segundo a visão de integrantes da campanha de Jilmar Tatto. O partido se opõe a Moro tanto pela atuação na Lava-Jato –que levou o ex-presidente Lula (PT) à prisão–, quanto por sua adesão ao governo Bolsonaro. Na análise petista, o aval dele a algum nome confirmaria publicamente a tese da legenda de que Moro sempre agiu como um político e candidato, e não como um juiz imparcial. No entorno de Márcio França (PSB), não foi o nome de Moro que surgiu, mas o de outro ex-magistrado. Auxiliares lembram que Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), é filiado ao PSB e quase foi lançado candidato à Presidência da República em 2018. Já foi levantada a possibilidade de buscar uma manifestação de apoio, mas a ideia é embrionária e dependeria de acertos. O ex-ministro do STF está recluso e se distanciou do debate eleitoral. Procurada, a assessoria de imprensa de Moro afirmou à reportagem que ele "não pretende se envolver em eleições municipais". Pessoas próximas consideram baixas as chances de que Moro se coloque no xadrez eleitoral deste ano, embora admitam que ele possa contribuir com um ou outro postulante de forma discreta. Candidaturas em SP avaliam peso de Moro e buscam apoio de ex-juiz
0 notes
bat-aldo-azevedo · 4 years
Photo
Tumblr media
Vereador João Marqueze requer que o Executivo Municipal elabore projeto de revitalização do Cruzeiro 31 Outubro 2019 19:16:37 Requerimento nº 0172/2019 Herval d’ Oeste – Aprovado por unanimidade na sessão desta terça-feira (29), o Requerimento nº 0172/2019, de autoria do vereador do PSD João Marqueze que solicita o encaminhamento de ofício ao Poder Executivo Municipal, para que determine a Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação, a elaboração de um projeto de revitalização do Cruzeiro do Morro da Cruz. Segundo o vereador, a revitalização da Cruz, símbolo da cidade, que deu nome ao local, e que é inclusive citada no Hino de Herval d´Oeste, necessita com urgência de um trabalho de revitalização. “É extremamente necessário este trabalho devido ao estado de abandono em que se encontra este símbolo. Embora tenhamos uma linda vista da cidade, o local é de difícil acesso, e a cruz, outrora iluminada e bem cuidada, hoje se encontra desativada, e o crescimento da vegetação dificulta o acesso”. João relata que a proposta é que se busque investimentos junto a iniciativa privada, empresários que queiram instalar-se próximo ao local, atraindo assim turistas para nossa cidade. Isto aquecerá também nosso comércio em geral. O município investiria na limpeza do local, e revitalização da cruz, tal qual modelo existente, mantendo assim nossa história. Um lindo jardim com belas flores a sua volta trará mensagem de paz a todos que ali forem. “ Também sugiro que num raio de 30 metros haja somente construções do município para acesso a cruz, não sendo permitidas quaisquer outras construções”. SÍMBOLO Este símbolo representa a nossa fé cristã, por isto mesmo ela reluz, pois Jesus Cristo está vivo. A cruz acesa a noite ou em dias escuros nos transmite a mensagem de que Jesus venceu a cruz e está vivo, intercedendo por nós. A cruz revitalizada mantém a mensagem a todos que em nossa cidade vivem. A mensagem é aquilo que cantamos em nosso hino: "Herval d' Oeste tua bela cruz, é grande fé que sempre nos conduz. Neste Obs; Para Ler mais http://www.adjorisc.com.br/jornais/otempo/pol%C3%ADtica/vereador-jo%C3%A3o-marqueze-requer-que-o-executivo-municipal-elabore-projeto-de-re https://www.instagram.com/p/B4Te_YcDb4H/?igshid=1ev56rtmir9t8
0 notes
ocentrodopoder · 3 years
Text
Partidos de centro tentam recuperar eleitores que migraram para Bolsonaro
Desde a redemocratização do país, as eleições presidenciais foram sempre polarizadas entre candidatos de centro (PSDB) ou centro-direita (Fernando Collor) e algum adversário do PT. Isso ocorreu mesmo em ocasiões em que não houve segundo turno, como em 1994 e 1998, quando Fernando Henrique Cardoso venceu já na primeira votação, tendo logo atrás Luiz Inácio Lula da Silva. O próprio petista derrotaria os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin nas disputas seguintes e faria a sucessora, Dilma Rousseff, que, por sua vez, bateu nas urnas José Serra e Aécio Neves. Tudo ia assim até que em 2018 veio o furacão bolsonarista. O forte discurso da antipolítica embalado pela Lava-­Jato tirou boa parte do eleitorado tucano — que minguou para 4,76% — e levou ao comando do país o inexpressivo estrambólico deputado Jair Bolsonaro. Pouco mais de dois anos depois, no entanto, o centro, diante dos estragos provocados pela pandemia na popularidade do presidente e do cenário de dificuldades gerais que o país atravessa, avalia que há alguma chance de reaver o eleitorado perdido (uma tarefa nada fácil, diga-se).
A esperança é relativamente nova, mas crescente. Até março, apesar dos números superlativos da crise sanitária, a possibilidade de que Bolsonaro não estivesse no segundo turno era raramente cogitada no meio político. Até então, a principal discussão era quem seria o adversário do presidente na etapa final da eleição — se alguém do centro ou se o candidato petista, provavelmente Fernando Haddad. O Supremo Tribunal Federal, contudo, virou o tabuleiro de cabeça para baixo ao anular as condenações de Lula e devolver os seus direitos políticos. A reentrada do ex-presidente na disputa mudou o cenário, e o outrora preso e inelegível Lula lidera agora as pesquisas. Diante desse quadro, figuras importantes do centro e analistas passaram a ver Bolsonaro como o alvo a ser abatido no primeiro turno. “Tem de haver o resgate do eleitor de centro-direita que votou no presidente, mas se arrependeu”, aponta o cientista político Antonio Lavareda. “A disputa é essa.”
A teoria faz sentido, mas há obstáculos enormes a ser vencidos para comprovar na prática essa chance. Hoje, a verdade é que o chamado centro democrático respira por aparelhos. Atentos a adversários com potencial de crescimento, tanto Lula quanto Bolsonaro têm feito movimentações políticas nos bastidores e adaptado seus discursos para se aproximar dos eleitores que fogem de posturas mais radicais. Se não bastasse esse avanço em sua área, o centro ainda patina no velho dilema primordial: não tem ainda um nome capaz de fazer sombra aos favoritos. O mais experiente deles, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), acabou perdendo espaço à esquerda com a volta de Lula ao páreo e tem feito movimentos ao centro, em diálogos com partidos como o DEM. Cheio de mágoas com Lula, a quem atribui a sabotagem de suas alianças na eleição de 2018, Ciro critica o ex-presidente sempre que tem chance. Mas sob a orientação do marqueteiro João Santana, o ex-guru das campanhas petistas, adotou uma nova estratégia: mirar diretamente aqueles que votaram em Bolsonaro. Em uma peça recente, o ex-ministro diz que Bolsonaro “traiu você, que acreditou no que ele prometeu”, “traiu a religião” e “traiu as Forças Armadas” — o vídeo teve mais de 1,1 milhão de visualizações no Twitter. “Nossa tese é a de que ele deve concentrar críticas ao governo, pela profunda divergência ideológica, mas também não deixar de destacar as diferenças substantivas com a visão estratégica do que o governo Lula representou”, diz o presidente do PDT, Carlos Lupi. Entre aliados de Ciro, tem eco a tese de que é possível um segundo turno entre ele e Lula. Dentro dessa avaliação, o alvo a conquistar é a classe média descrente que perdeu emprego e renda ou que não viu as suas aspirações se concretizarem, como havia acenado o discurso bolsonarista. Esse eleitor pode estar decepcionado com o capitão, mas não o suficiente para votar em um nome de esquerda.
Tumblr media
REAÇÃO - O capitão na “motociata” em São Paulo: a retomada econômica deverá ajudá-lo em 2022 –Alan Santos/PR
Se é complicada a tarefa de Ciro, mais difícil ainda tem se mostrado a de outros partidos de centro, um degrau abaixo do pedetista nas pesquisas e com diversos interesses sobre a mesma mesa. Na quarta 16, um almoço em Brasília reuniu os presidentes do DEM, PSDB, Cidadania, Podemos e PV, além de políticos de MDB e Solidariedade, no que foi considerado um pontapé inicial mais concreto nos diálogos. O debate girou em torno da construção de uma agenda comum às siglas, sem entrar exatamente em nomes. As reuniões do grupo, que pretende se encontrar mensalmente, devem ganhar a adesão de Lupi e de gente do PSB, que também conversa com Lula. Por enquanto, o clima nesses encontros é de muita desconfiança e pouca resolução.
O lado bom é que, com a desistência de João Amoêdo (Novo) e de Luciano Huck — o apresentador anunciou nesta semana que renovou o contrato com a TV Globo —, o centro já tem pelo menos um caminho com menor congestionamento. Restam os nomes do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), articulador do almoço da última quarta, e dos quatro do PSDB que disputarão prévias em novembro: os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. Doria, que tem como trunfo ser uma espécie de “pai da vacina” no Brasil, curiosamente sofre rejeição no partido e amargou uma derrota na definição do formato da prévias (os votos de tucanos com mandato terão peso maior que os dos filiados, ao contrário do que queria o governador paulista). “Eu adoro prévias, disputei duas e venci duas. Elas somam, agregam, multiplicam e trazem força ao partido e aos candidatos que participam”, minimiza Doria.
Tumblr media
NOVA ROTA – Ciro Gomes: mudança de tática com o apoio de João Santana –PDT/Divulgação
Há, no entanto, quem ainda procure tirar uma carta da manga para a disputa, como o mandachuva do PSD, Gilberto Kassab, que pretende a todo custo filiar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, hoje no DEM, para ser candidato ao Planalto. “Não vamos nos aliar nem a Bolsonaro nem a Lula, vamos ter candidato”, garante Kassab. O ex-ministro deve ter em suas fileiras outro nome que atua contra a polarização, apesar dos acenos a Lula: o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, recém-expulso do DEM. E que também tira uma carta da manga ao propor uma espécie de prévia mais ampla, entre todos os nomes do “centro democrático”. “É necessário um fato novo, e fato novo é projeto coletivo, não candidaturas individuais”, afirma Maia. O ex-presidente da Câmara avalia que Bolsonaro mantém parte expressiva do eleitorado apenas à base do antipetismo, por ser Lula o principal adversário, e que esse eleitor pode ser atraído por uma alternativa moderada e bem posicionada na corrida eleitoral.
A grande questão para o centro é saber se o que deu errado em 2018 pode dar certo em 2022. Na eleição passada, Alckmin também farejou que precisaria tirar Bolsonaro do páreo para poder enfrentar um candidato de esquerda no segundo turno e mirou no capitão com duros ataques logo na largada da campanha. Não deu certo. Agora, pode ser diferente, uma vez que a desaprovação ao governo cresce desde o fim do ano passado e a pandemia se aproxima da marca de meio milhão de mortos, o que deve ser um fardo duro para Bolsonaro carregar na eleição. Manifestantes contrários ao governo têm voltado às ruas — haverá um ato no sábado 19, guiado pelo mote “Fora, Bolsonaro”. Mas também não se pode desprezar que outubro de 2022 ainda está longe, a pandemia vai arrefecer com o aumento da vacinação e a economia dá sinais, ainda que tímidos, de que começa a reagir. É bom lembrar que, assim como a esquerda sempre esteve no segundo turno das eleições, um presidente no cargo jamais morreu na praia do primeiro turno em uma eleição brasileira. Aliás, um presidente jamais deixou escapar a reeleição.
Com reportagem de Juliana Castro
Publicado em VEJA de 23 de junho de 2021, edição nº 2743
Mais lidas
PolíticaPolíticaPesquisa: com rejeições altas, Bolsonaro e Lula estão empatados para 2022
BrasilBrasilPara desespero de Bolsonaro, vem aí a nova temporada do caso Queiroz
SaúdeSaúdeAgência europeia sugere encurtar período de vacinação da AstraZeneca
EconomiaEconomiaLula diz que vai acabar com teto de gastos
Leia mais
PolíticaPolíticaVeja Essa: Andrew Cuomo, Hamilton Mourão e Eduardo Paes
PolíticaPolíticaMoro admite a apoiadores que pode disputar a Presidência em 2022
PolíticaPolíticaO conselheiro: por que Bolsonaro dá trânsito livre a Malafaia no Planalto
PolíticaPolíticaDatas: Carlos Langoni, Raul de Souza e Marco Maciel
The post Partidos de centro tentam recuperar eleitores que migraram para Bolsonaro first appeared on O centro do poder. from WordPress https://ift.tt/3iQieE5 via IFTTT
0 notes
osanecif · 4 years
Text
Opinião – Negócio de sonho
Que solução propõe para o Paço de Maiorca?
Imaginem esta situação: o Município tem um dos mais notáveis edifícios da região, um palácio rural do final do séc. XVIII, outrora residência dos Viscondes de Maiorca. No seu interior, destacam-se os belos tetos, a cozinha octogonal, diversas salas com painéis temáticos de azulejos do séc. XVIII e uma capela com retábulo do séc. XVI. O palácio integra-se numa vasta propriedade, rodeado de jardins inspirados nos jardins francesas setecentistas. Então, o executivo da altura decide fazer um negócio, ou antes uma Parceria Público Privada (PPP), entre a FGT (empresa municipal) a Quinta das Lágrimas SA, para transformar este edifício num hotel de charme. A ideia de um hotel não parece, à partida, uma má ideia. Aliás, na minha perspetiva, seria a solução ideal para o imóvel. No entanto, a situação torna-se quase caricata quando lemos os termos deste acordo. Desde logo, porque o acionista privado passou a deter a maioria da sociedade ( 50,03%) entretanto formada (a Paço de Maiorca SA), e a posse do imóvel passou para o nome dessa sociedade, e, por sua vez, o mesmo foi penhorado pelo BPI. Acresce ainda que, após as obras, já na fase de exploração da unidade hoteleira, previam-se compensações anuais do Município ao privado, sempre que se verificasse uma diminuição das receitas ou aumento das despesas. Portanto, um sonho para qualquer investidor privado, pois parte para um negócio sem património seu, sem investimento, sem qualquer risco e a deter a maioria da sociedade. Quem não o queria? E depois tudo correu mal, a empreitada foi assinada a 18/9/2009, em pleno período de campanha eleitoral. O partido que estava no poder (PSD) perde, felizmente, as eleições. Mas, o Município já estava obscenamente endividado ( 90 milhões)! Esta obra já adjudicada não poderia ser parada sem indemnizações e não havia dinheiro para tal. Para agravar, a lei mudou e obrigou a que os municípios extinguissem as suas empresas municipais, em que se inclui a FGT. A sociedade Paço de Maiorca SA faliu, o empreiteiro faliu e o privado Quinta das Lágrimas desapareceu de cena… O negócio de sonho metamorfoseou-se numa sentença para o Município pagar de 5,1 milhões! Mais uma rica herança…
Opinião – Negócio de sonho
0 notes
miniepsds · 1 year
Text
nossa fui fazer um mood com o outrora psd e que que psd LINDO orgulho da minha arte 👍🏻
5 notes · View notes
osanecif · 4 years
Text
Opinião: Aeroporto ganha credibilidade e apoios!
  As autárquicas revelaram algumas surpresas e uma delas foi Manuel Machado reivindicar, na presença de António Costa, um Aeroporto para Coimbra. O desafio tem feito o seu caminho.
Os estudos preliminares encomendados pela Câmara Municipal de Coimbra, sob a responsabilidade de Manuel Queiró (uma boa escolha), em breve serão certamente apresentados publicamente.
O aeroporto ganha novos apoios, como o Movimento “Somos Coimbra”, que apela às comunidades intermunicipais – CIM – das regiões de Coimbra e Leiria para em conjunto estudarem e defenderem a criação de um aeroporto na região centro.
A proposta na altura granjeou alguns sorrisos, surgiu em ambiente eleitoral e para alguns teria resultado de dificuldades; na gíria política, uma fuga para a frente. Mas ganhou inesperadamente credibilidade e apoios!
Falamos muito na perda de peso político de Coimbra, mas quando se rompe a rotina surgem reservas e até apelos à desunião, em vez da união, como se um aeroporto na região de Coimbra desunisse alguém, bem pelo contrário.
Quem defende o aeroporto, desde sempre aceitou a abertura de Monte Real ao tráfego comercial. Aparentemente, seria mais fácil, mas há mais de quarenta anos que muitos políticos e alguns governantes tentaram e ainda não conseguimos. Recordo: o PS sempre apoiou a abertura ao tráfego comercial em Monte Real.
Ao referirmos Coimbra sentimos toda uma região. Uma Coimbra que outrora, no País, foi um Pólo aglutinador, mas agora muitos a olham com desconfiança e outros com o receio, vamos lá saber porquê, até parece que alguns têm de perguntar ao lado se podemos andar.
Estarmos de acordo: a futura infraestrutura aeroportuária tanto poderá resultar da abertura ao tráfego civil de Monte Real, como de uma construção de raiz, em zona a melhor servir a região, sem esquecer obviamente a importância de Fátima.
Manuel Machado teve a particularidade enquanto político, de colocar o aeroporto na ordem do dia. A CIM – Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra assumiu recentemente, por unanimidade, o aeroporto como um dos seus projetos. Esperamos, que as restantes CIM, particularmente a de Leiria, também acompanhem a mesma finalidade, sem nos esquecermos de Aveiro. A localização terá de ser a que tecnicamente for mais adequada, ponderado o respetivo custo/benefício. Resta aos restantes partidos e movimentos, particularmente ao PSD, em vez da política do deita abaixo, empenharem-se na defesa de um importante projeto para a região. Coimbra está cansada da política de maldizer, do quanto pior melhor. Os vizinhos, atentos, na oportunidade, vão sempre aproveitando do que existe no mealheiro.
Coimbra, tem história e massa crítica, muito importante na implantação e afirmação do sistema democrático no país. Uma massa crítica ainda hoje muito presente, sobretudo quando comparada a outras áreas geográficas do território nacional. Bom seria, que em vez de contribuirmos para o disfarçado riso de alguns, afirmássemos publicamente a ingratidão daqueles, que a esqueceram e o muito que lhe devem.
O sonho tem de virar a realidade. Um aeroporto em Coimbra não é um aeroporto da cidade de Coimbra, é um aeroporto de toda uma região, a permitir a dinamização de Leiria, Viseu, Figueira da Foz e Aveiro.
Um aeroporto internacional é uma luz que pode dar mais vida à região centro e mais qualidade de vida a Coimbra.
Pode ler a opinião de Victor Baptista na edição em papel desta segunda-feira, 17 de fevereiro, do Diário As Beiras
Opinião: Aeroporto ganha credibilidade e apoios!
0 notes
osanecif · 4 years
Text
Opinião: Perguntas a Rui Rio
Muitos militantes social-democratas reconfirmaram Rui Rio como líder do PSD, após a sua anterior liderança, em que perdeu as últimas eleições europeias, e as legislativas, o que mostrou que o país já não vê esta grande força política de outrora como uma alternativa credível de poder, embora ainda seja aquela que, em coligação com outros partidos, poderá vencer no futuro próximo o PS, que vai sabendo gerir algumas das mais legítimas expetativas dos portugueses. A maioria do povo admira líderes otimistas, mesmo que esqueçam o futuro. Só que, os enormes problemas que o país enfrenta diariamente, deviam levar os partidos políticos a cooperar entre si. É que só atingiremos um muito maior desenvolvimento humano, se todos nos esforçarmos em estabelecer, sem logros e perfídias, as condições sociais e políticas que nos façam prosperar. Infelizmente, a sociedade portuguesa tem sido muito pouco interveniente quanto ao seu destino. A maioria prefere pensar que a condução do país compete aos que são eleitos para governarem. Mas os povos pouco exigentes deixam os seus políticos administrarem como bem entenderem, o que os leva a serem mais permissivos com grupos de grande poderio económico. É o que se tem passado ente nós, em que alguns grupos continuam a atuar livremente, e como donos disto tudo. Nestas últimas eleições internas do PSD, estiveram em confronto visões diferentes quanto ao posicionamento ideológico do partido social-democrata, embora as mesmas não tenham sido bem clarificadas, o que se lamenta, por o assunto interessar ao país. Pelo que os candidatos deviam ter aproveitado a cobertura mediática que tiveram, para enfatizarem o que os separava. Mas, como não foi o que aconteceu, houve que procurar diferenças subtis entre os discursos de cariz mais social de Rio, e as ideias mais liberais que foram sendo proferidas por Montenegro. No próximo biénio, Rui Rio terá de unir o PSD, e de o recentrar nos seus valores tradicionais, que são mais sociais que liberais. E sobretudo, Rio terá de apresentar propostas que seduzam o país. Claro que tudo isto já foi dito e solicitado a Rio, e à sua equipa, por diversos militantes ao longo dos últimos dois anos, pelo que a maior dúvida é se, futuramente, e caso se mantenham os mesmos protagonistas, estes evitarão crassos erros políticos, como os que têm sido cometidos. Se o PSD cerrar fileiras em torno dos seus ideais políticos, e formar novas gerações de políticos capazes de governar e desburocratizar o país, criaremos mais emprego e riqueza, o que permitirá maior bem-estar social, se houver eficazes políticas de redistribuição que melhorem a vida de todos, e especialmente dos mais desfavorecidos. E que esses políticos não esqueçam que, muitas vezes, basta aproveitar o que cada sistema tem de melhor, para haver maior desenvolvimento… Sendo um mero militante, pergunto a Rui Rio: Agora que a sua liderança foi reconfirmada por 53% dos votantes, escutará os 47% que votaram Montenegro? E terá a humildade democrática de escutar e dialogar com os militantes de base, para reconstruir um grande partido político? Apresentará no parlamento, e ao longo de toda esta legislatura, propostas que evidenciem o que separa a social-democracia do socialismo? Renovará o PSD? E quanto à sua equipa, o que fará?! Desejo que, mesmo enquanto for ajudando o governo socialista a esbater desigualdades iníquas, que infelizmente ainda perduram neste país, tenha a ambição política de impor a maior valia dos princípios da social-democracia. É que, se assim não for, decerto que muitos simpatizantes do PSD perguntarão: Para que votaram tantos em Rio?! Oxalá ninguém faça, um dia, esta pergunta.
Opinião: Perguntas a Rui Rio
0 notes
osanecif · 5 years
Text
Opinião – Ana Leal e um dos melhores lares de Cascais
“Outrora a velhice era uma dignidade; hoje ela é um peso” (François Chateaubriand, 1768-1848 )
Em referência ao peso que os idosos representam para a sociedade actual pouco habituada a esta situação ( já o autor em epígrafe, se queixava deste mal) por as pessoas viverem cada vez mais anos, reporto-me ao repúdio então generalizado nos meios de comunicação social à expressão “praga grisalha utilizada por um jovem deputado do PSD, Carlos Peixoto, em arroubo tribunício. Por vir ao caso, evoco um meu artigo de opinião, saído no jornal “Público” ( 14/03/2013 ), sobre um filme de ficção norte-americano, que correu no nosso país em 1973, titulado “Soylent green”, tendo como personagem principal o prestigiado actor Edward G. Robinson. Neste filme, é-nos dado prever New York em 2022, com 40 milhões de habitantes, havendo, como tal, escassez de alimentos suprida por bolachas verdes feitas inicialmente com algas verdes, entretanto, em desaparecimento o que fez com que o governo criasse fábricas produtoras de alimentos contendo proteínas de cadáveres humanos para alimentar os pobres. A solução para os desprotegidos deste mundo passava pela abertura de luxuosas clínicas de eutanásia para uma das quais segue voluntariamente o referido actor assistindo aí a um filme, em écran panorâmico e com suave música de fundo, em que lhe é dado ver prados verdejantes com gazelas à solta e pomares cheios de apetitosa fruta, enquanto aguarda a morte que o libertará de uma vida madrasta. Mas, por vezes, nos bastidores do nosso Portugal dito progressista em que Sophia de Mello Breyner, alertou “não se dever criar em nome do antifascismo um novo fascismo”, a realidade acompanha a própria ficção. Assim, os velhos e doentes, “num dos melhores lares de Cascais” – ergo, sendo este dos melhores com serão os piores? – sobrevivem em verdadeira miséria humana numa antecâmara da morte “com mulheres, homens, misturados e amontoados num único quarto, muitos deles a dormirem no chão” ou em toscos catres, segundo uma comovente e oportuna reportagem de Ana Leal (TVI 24, 05/10/2019 ). Mas de bradar aos céus!, outro tanto, o facto da opinião publicada nos media, em blogues ou simples conversas de café, não se ter pronunciado em força ( como diz sabedoria popular, a união faz a força!) contra este “status quo” , quiçá, em desânimo com Jorge de Sena: “Que importa dizer-se que Portugal é um país de sacanas :Todos os são, mesmo os melhores; às suas horas. E todos estão contentes de se saberem sacanas”. Assim, neste torrão natal em que o coração deveria moldar o carácter dos seus governantes, mas o não faz, não será altura de ser criado um exclusivo e eficaz (repito, eficaz!) organismo que vigie, com olhos de ver e ouvidos que escutem, como tal capacitado para prevenir ou resolver rapidamente situações como esta, que atentam contra os mais elementares direitos dos cidadãos? Nunca, por nunca, para atribuição de mais umas tantas sinecuras aos subservientes filiados partidários. Indaga Eça de Queiroz, o leitor: “Estarei a exagerar? Exageração era eu, pintar a cobra e depois pôr-lhe quatro pernas”, perguntando eu, por meu lado, para este ofídio não rastejar em solo de indignidade?
Opinião – Ana Leal e um dos melhores lares de Cascais
0 notes
osanecif · 5 years
Text
Opinião: “A reflexão deve começar aqui!”
Em política quem não toma a dianteira e não tem capacidade de antecipar cenários, acaba por ser empurrado. Nas últimas legislativas, o povo português que foi votar , quis trazer novos partidos para a Assembleia da República, percebeu que o PS andou a entreter durante 4 anos, arrasou a vacuidade do CDS e demonstrou ao PSD que apesar de grande partido do sistema nacional, o que fez nos últimos anos, é demasiado fraco para merecer confiança.
Na noite eleitoral estava fora de Portugal. Lá longe, na Alemanha, assisti estupefacto ao discurso de Rui Rio. Não sei se repararam, mas além das palavras de circunstância, malhou em todos porque afinal o resultado apesar de péssimo tinha sido melhor do que algumas sondagens. Não teve uma palavra sobre Portugal e sobre o futuro dos portugueses, num tom que não disfarçava o mau perder. Se , por um lado, o resultado foi mau, por outro lado, o PSD provou ser realmente um partido resiliente e suficientemente implantado na sociedade para resistir a tanta incompetência política. A este líder nunca se ouviu uma palavra de defesa e de solidariedade para com as políticas que foram prosseguidas entre 2011 e 2015 quando o País foi salvo da bancarrota e o crescimento económico regressou, tal como Mário Centeno admitiu, pela mão de um governo do PSD liderado por Passos Coelho.
Nunca o fez porque realmente se trata de alguém que é muito mais talhado para uma sociedade cheia de “Estado” do que uma sociedade que dá espaço à capacidade dos cidadãos, apesar do Estado. Uma sociedade que não se desenvolverá com “centrões” políticos, algo que parecia ser a sua única ambição. Quando nos últimos dias de campanha “mudou a agulha”, ajudado, é certo , pelo caso de Tancos, as sondagens lá subiram meia dúzia de pontos. Ainda bem.
O PSD existiu e existirá para além dos seus líderes de cada momento. Espero que em Janeiro, o atual líder se sujeite a votos , se sentir que tem um projeto. Eu penso que não tem, nem nunca teve, para além de uma ideia de ambicionar ser Primeiro-Ministro, mas essa é só uma opinião. Se assim for, continuará a ser curto e o povo que já percebeu isso, não mudará nada no modo como olha para o PSD. Também me espantei com a posição da atual nomenclatura distrital que, em menos de 24 horas após o dia das eleições, veio pedir a cabeça e a demissão de Rui Rio, apesar deste lhe ter deixado concretizar o sonho , outrora impensável, de ser deputado. Aprendi que o exercício de cargos políticos só faz sentido se houver força política, pelo que coerente será, com os resultados desastrosos no nível distrital, mostrar desprendimento e, por uma vez, coragem, para convocar eleições e reforçar a sua posição política ou sair, se for essa a vontade dos militantes.
Apesar do líder do PSD, as estruturas em Coimbra não existem politicamente. A política só cumpre o seu desígnio com desprendimento e com visão. As estruturas distritais do PSD precisam de recuperar esse idealismo e força, desde logo, porque existem muitas pessoas com capacidade e competência para o fazer. Por isso, pegando na rapidez de raciocínio político nacional do líder distrital, os maus resultados podem ser a causa de reflexão profunda e de viragem. Se não for desta, perder-se-ão mais dez anos. No patamar nacional haverá, com certeza, a necessária renovação que permitirá dar nova energia a uma enorme organização que muito já deu a Portugal, apesar de todos os erros.
No nível distrital, se houver dignidade e consistência, convocar-se-ão eleições, desta vez com tempo, para que os militantes do distrito possam ser ouvidos sem condicionalismos e concluam sobre a liderança que pretendem ter nos próximos anos para, sem populismos, dar honra e voz a cada um dos 17 concelhos que compõem o território. Dar espaço a um novo projeto de desenvolvimento da região, cortando com vícios do passado e que saiba interpretar o que as pessoas pretendem, para além das espúrias conversas nas sedes partidárias. Apesar de todas as agendas individuais e de tudo o que se possa passar no patamar nacional por uma única razão – Batemos no fundo.
Opinião: “A reflexão deve começar aqui!”
0 notes
osanecif · 5 years
Text
Opinião: Dos apelos pungentes às atrações fatais
Do extenso balcão do alto do terceiro andar de onde começou a ver o mundo, o petiz ouviu uns ténues sons vindos do matagal do quintal. Curioso, como qualquer criança, desceu, e descobriu, numa barrica em ruínas, uma só cria há pouco nascida. Mas logo surgiu a feroz progenitora, que bufando, pôs o garoto em fuga. Quando, do cimo da larga varanda, o miúdo percebeu as felinas idas e vindas, voltou ao quintal, para observar melhor um gatito tão pequenito como nunca tinha visto! Quando tentou agarrar a ferazita, esta, como qualquer outro ser bravio, eriçou o pelo de medo, causando igual pavor ao outro pequeníssimo ser que, afinal, só o queria afagar e proteger.
Mas o gaiato era pertinaz e audaz, pelo que no final daquela tarde estival, lá conseguiu agarrar o bichano, levando-o para a varanda, onde tinha ajeitado uma camita e posto parte do leite do seu lanche. Só que enquanto do pátio a gata o chamava, o gatito miava sem parar, e nem o leite provava, para inquietação do petiz, que acabou por adormecer a sonhar com as brincadeiras que teria com o “seu gato”, no dia seguinte… Quando acordou, correu para a varanda, mas do tareco nem sinal. E foi só quando se debruçou da grade que o viu estatelado, jazendo no frio e cinzento cimento, sem dar sinal de vida. Aquela imagem triste nunca mais o abandonou ao longo da vida.
Pelo que cedo começou a pensar que ninguém tem o direito de dispor de outros seres, seja com que intenção for, sobretudo sem se assegurar que lhes proporcionará a segurança devida. E foi crescendo a meditar que todos têm direitos que ninguém deve ofender, até entender que também não se devem criar expetativas que não possam ser cumpridas por quem as prometer. Muitas décadas depois, e porque ainda assim o julga, mantém o hábito de criticar quem evidenciar falta de rigor, e sobretudo, de ética. Mas a história daquele menino, hoje tão entradote, ainda perdura.
Pelo que vem acompanhando a gesta de quem tem o despudor de se servir de tudo e de todos para progredir. Só que a história de este outro ser não é para crianças, mas para quem tiver a pele bem rija! E logo se verá o que fará quem tem a sede imensa de governar amparando familiares de solícitos governantes e compadres, desde que leais, manejáveis e férreos membros ou simpatizantes do partido político de um secretário-geral tão sorridente quanto agnóstico, mas que já desfilou, no arquipélago do seu presidente, numa das procissões do Senhor Santo Cristo…
Entretanto, os antigamente tão jovens quanto o rapazote daquela primeira história, temem que a segurança social fique sem recursos que paguem fracas reformas, e os filhos, netos e bisnetos de aqueles e de outros catraios, olham para o futuro do país que é deles, e nosso, sem saber se terão trabalho e direitos garantidos toda a vida, e se quando os ventos da recessão voltarem a soprar, a economia nacional terá resiliência para resistir ao ciclo de vacas magras que já tantos antevêem.
E se mesmo estando o SNS em frangalhos, o PAN pretende um “sns para animais”, e BE, CDS, PCP, PS, PSD, e tantos outros partidos prometem o que lhes apetece, não admira que o outrora menino pense que se todos os líderes políticos tivessem tido vivências marcantes como a dele, só uma imensa falta de sensatez os impediria de se unirem em torno do que o país mais precisa.
Maior investimento privado e melhor investimento público. Muitos postos de trabalho rigorosos e bem pagos. Educação muito exigente e mais promissora. Investigação profícua. Justiça célere e eficiente. Transparência na banca, política e administração pública. Forte solidariedade social. Exemplos do muito que não foi feito nesta legislatura. Oxalá a próxima dure o previsto, e o país se desenvolva mais do que tem sucedido, para bem de todos os putos. Dos que hoje são jovens, dos nascituros, e até dos que continuarão a ser sempre uns garotos, tenham a idade que tiverem!
Opinião: Dos apelos pungentes às atrações fatais
0 notes
osanecif · 5 years
Text
Opinião: O poder da Informação
Imaginemos que um governante de um país democrático constrói uma narrativa baseada no controlo da imprensa e da televisão. Imaginemos que era Portugal e que António Costa seria irmão do director da SIC e amigo pessoal do director da TVI e já agora que colocava ele nos lugares de direcção os líderes da TV Pública. Seria pouco provável que controlasse a informação? Nunca! – Dirão os seus fãs.
Imaginemos que no tal país democrático esse governo criava notícias para ganhar eleições, geria o dinheiro público para ele aparecer milagrosamente a dias de uma eleições. Voltemos a Portugal: seria impensável que o dinheiro da ala pediátrica do S. João aparecesse agora. Apareceu, mas foi por acaso! Dirão os seus fãs. Imaginemos que o ataque à greve dos motoristas foi pensado, construído de modo cinematográfico, burilado de modo a dar imagem de autoridade e determinação mesmo que apoiando patrões de empresas, usando milhões de euros de dinheiro público. Dinheiro do Estado a dificultar greves? Isso é impossível dirão os fãs.
Mas quem pagou horas extra a polícias, ao exército, quem calou todas as notícias do Deutsch Bank em prejuízos colossais, quem sepultou o tema Venezuela, quem calou a guerra na Síria?, quem apagou a existência de Santana Lopes, quem calou notícias do CDS e PSD e mesmo de inúmeros outros partidos? Quem nunca foi capaz de apresentar as contas da reversão das 40 horas? Onde está o desmentido do Ministério da Saúde, ou de António Costa, quando se soube que nenhuma empresa tinha financiado a greve dos enfermeiros no crowdfunding?
A realidade desmente as verdades do PS – mas que importa isso ao PS?
Isso é construir uma nova realidade dirão. Mas a realidade dá 60% dos noticiários, durante dez dias, ocupados com os motoristas de matérias perigosas e… vejam só… os membros do Governo. Aliás mais de metade do tempo foi na SIC, TVI e RTP ocupado com o ministro de barba que antes ninguém conhecia.
Paulo Duarte e outros patrões devem estar contentes.
O Governo julgava que fazia este passeio sem que as redes sociais falassem – mas enganou-se. A democracia no PS está em perigo disse António Barreto num artigo notável que eu subscrevo. O PS esqueceu a coerência, a força tranquila de outrora, a verticalidade moral do fio-de-prumo, a serenidade da balança quando equilibrada e é aqui que por vezes Rui Rio parece melhor. O país está desequilibrado por medidas avulsas em prol de medidas estruturais, por legislação conturba para momentos específicos, em prol de uma jornada consistente rumo ao fim da dívida, ao melhoramento das funções do Estado, ao apoio às empresas para que se fixem cá e aumentem exportações e pagamento de seus impostos. Não basta ter a informação na mão e o controle das notícias. O povo não é tonto!
O conteúdo Opinião: O poder da Informação aparece primeiro em Diário As Beiras.
Opinião: O poder da Informação
0 notes