Tumgik
#vo sentir muita falta deles
monalisaisaperson · 2 years
Text
Vamos falar de Obsessão? Pt.1
Estou em um dilema se lavo a louça ou se escrevo primeiro, mas comecei a ouvir o mashup de After Dark e Sweater Weather(que se você não conhece deveria ouvir também) e resolvi que seria uma boa hora pra me inspirar e escrever sobre um assunto tão delicado e ao mesmo tempo pouco falado. Obsessores. Sim espíritos desencarnados que se alimentam da energia dos espiritos encarnados em várias situações diferentes.
Mas o que são Espíritos obsessores?
No que concerne Allan Kardec:
"A obsessão é uma influência de um espírito desencarnado, malévolo, sobre um encarnado que pode ocorrer também entre encarnado para encarnado e encarnado para desencarnado. A faculdade mediúnica é para os obsessores apenas um meio de se manifestarem; na sua falta, tentarão outras maneiras para perturbarem. Eles conseguem exercer influência sobre certas pessoas e podem se prender àqueles com que têm forma de pensar semelhante naquele momento da sua vida.(...)
Podemos também utilizar-se da questão de nº 459 na qual Allan Kardec pergunta se: “Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?” e a resposta nos faz pensar: “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”
Sendo assim, todo mundo está suscetível à ação de um espírito. Se a ação é boa, a influência é de um bom Espírito e se ela é má, é fruto de um Espírito mau, a que chamamos de espírito obsessor.
(Trecho retirado do artigo "Espírito Obsessor: 7 tipos. Como afastar espíritos obsessores?", pela revista e site Conteúdo Espirita, ver completo em https://conteudoespirita.com/espirito-obsessor/ acesso em 28/07/2022)
Como já dito acima, os espíritos tem sim a capacidade de influenciar em nossos pensamentos e ações. Vendo pelo lado da bruxaria natural, vejo que também devido ao desencarne não muito querido pelo então espírito, ele se torna um obsessor de algo que não conseguiu se desgarrar antes da morte e sua energia continua ali, assim como ele também. Dependendo do grau de obsessão recomenda-se procurar um centro espírita ou um terreiro a fim de que se quebre a influência daquele espírito na vida pessoa.
Obs: Não confundir Obsessão com Possessão.
Os sintomas podem variar, e conforme pesquisa feita manifestam-se de várias formas que vão desde a pessoa sentir um atraso em sua vida não conseguindo executar projetos da vida, problemas financeiros, até mesmo depressão severa e em alguns casos podem levar aquela pessoa ao suicídio.
Por isso é muito importante cuidar da saúde espiritual assim com a saude do corpo.
Existe também um caso muito peculiar a se citar que é a famosa "Amarração amorosa", a qual eu sempre tive receio até de tocar neste nome e hoje sei o porquê da minha intuição me alertar sobre isso. Esse feitiço muito utilizado por muitas bruxas e pessoas de outras religiões esotéricas, tem como fim aproximar duas pessoas que muita das vezes não se amam e não estão na mesma sintonia, a fim de as amarrar para sempre. As causas espirituais desta são diversas e acaba se gerando uma dívida kármica entre quem desejou amarrar e quem foi amarrado, sendo o mais prejudicado quem amarrou ou desejou amarrar.
Amarrações amorosas podem gerar uma obsessão sim e se você acha que pode ter sido vítima de uma, procure um centro espírita ou um terreiro para se consultar e verificar a veracidade de sua dúvida ou desconfiança.
Nunca se esqueça que qualquer coisa que fazemos gera uma consequência. Esteja pronto para assumir tal consequência.
Na parte 2 falarei mais sobre Obsessores e como se proteger deles até que você possa resolver sua situação. No mais continue estudando e defumando seu lar. Pratique seus rituais e orações diários.
Fique na paz, assim seja! E até a próxima parte.
11 notes · View notes
marianeaparecidareis · 9 months
Text
💖🙏💖O DEUS VERDADEIRO É AMOR E MISERICÓRDIA💝
Jesus seguiu para Cesaréia Marítima, cidade majestosa dos romanos e porto de grande importância. Chegaram devagar para não chamarem a atenção. Os discípulos pouco à vontade em terra pagã observavam a galera que atracava com muitos escravos a bordo. Marinheiros que descansavam ao longo do cais e alguns vendedores de frutas se aproximaram. E Jesus disse: “Tolo é aquele que ao se sentir poderoso e feliz, diz: ‘Nada me falta! Não preciso de ninguém! Eu me basto!”
“Assim fala o homem sem sabedoria e sem fé. A vida é mutável mais que as ondas do mar. O poder e o bem estar de hoje pode ser amanhã miséria e impotência. Quantos naquela galera foram alegres e poderosos? Hoje são escravos e réus! Réus por duas vezes: pelas leis humanas que pune as transgressões, e por Satanás, que se apodera do culpado que não reconhece sua culpa.”
Alguém gritou: “Salve Mestre!! Estás aqui? Lembra-te de mim?” “Salve Públio Quintiliano!! Estás vendo, Eu vim!...” Era o oficial romano que lhe dera carona quando Jonas agonizava. E com a mesma solicitude permitiu que Jesus se aproximasse do navio... Jesus em alta voz, bradou: “Fostes feitos escravos por algum acontecimento doloroso nesta vida. Porém ela acabará e vossas lágrimas também...”
“Cada lágrima que cai suaviza o peso das algemas. Embeleza o que não morre e vai abrindo as portas à Paz de Deus, Amigo dos que sofrem. Deus vos ama. Portanto, que sejais resignados na dor. Esta chama que derreterá as correntes da galera, e da vida, este pobre dia escuro cheio de medos e privações para entrardes no Dia de Deus. Na infinita liberdade do Paraíso. Basta serdes bons em vosso sofrimento e aspireis por Deus.”
Públio, que havia saído, voltou escoltado por soldados. Mais atrás, uma liteira dourada carregada por escravos. Jesus prosseguiu: “Quem é Deus? Aquele que vos deu uma alma que se lembra do Céu. Uma alma igual aos de Israel, aos romanos que vos subjugam, uma alma com deveres e direitos. O Deus Verdadeiro é Amor e Misericórdia. E vos pergunto: Eram assim os deuses que aprendestes a adorar, e agora chegais a odiar, pois deles não recebestes conforto algum, nem a certeza de descanso após tanto sofrimento? Vossos deuses não existem!...”
“Ó poderosos, ó patrões! Lembrai-vos de que viestes todos de uma Única Árvore. Não vos enfureçais contra os que por desventura foram parar em vossas mãos. Sede humanos até com aqueles que por algum delito estão nos bancos da galera. Muitas vezes o homem erra. Ninguém deixa de ter suas culpas secretas. Se pensásseis nisso, seríeis bons com os irmãos. Acima da justiça humana há a Justiça Divina, a Justiça do Verdadeiro Deus. Do Criador, tanto do rei como do escravo.”
Texto tirado do Evangelho original de Maria Valtorta🌹🎋🌹
Tumblr media
0 notes
demaciana-sims · 1 year
Text
Desafio do Legado da Vida Colorida
Olá a todos! Já há algum tempo que venho trabalhando neste desafio de legado, e finalmente está feito! Vou afixar a minha jogabilidade, por isso, se quiserem sentir o desafio, sigam-me. Ou, se quiserem ser vocês a jogá-lo, por favor, façam-no! Adoraria ver como corre, por isso, marquem-me se o fizerem! ❤
Desafio por @cowberry-jam
Traduzido por @demaciana
Regras gerais ♥Brincar sobre o tempo de vida normal ♥As simulações ocultas são opcionais! ♥Sinta-se à vontade para dar sims correspondentes ao cabelo, roupas e esquemas de cor da casa, mas isto é completamente opcional! ♥Sem batota que lhe dará uma vantagem sobre os outros jogadores ♥Sem batota de dinheiro! ♥Comece a jogabilidade com um orçamento inicial ♥Se alguma destas regras torna a jogabilidade menos divertida, ignore-as! Eu quero que este desafio seja agradável para todos <3
Geração 1: Vermelho
Mesmo antes de alcançar a fama, é o estagiário mais temido do escritório. É confiante, ousado, e fará tudo o que for preciso para ter sucesso. Sobe nas fileiras do pessoal do San Myshuno Times, fazendo inimigos e forjando alianças ao longo do caminho. É um gosto adquirido, mas o seu carimbo de aprovação é desejado tanto por artistas em ascensão como por artistas profissionais. Traços: Auto-Seguro, Amante da Arte, Mau
Aspiração: Pintor Extraordinário
Carreira: Crítico - Crítico de arte
Objectivos:
Completar a aspiração Extraordinária do Pintor Max the Critic career in the Art Critic branch Máxima capacidade de Pintura e Carisma Tornar-se pelo menos uma celebridade de 2 estrelas Casar com um colega de trabalho OU um sim com o traço Snob (se um colega de trabalho tem o traço Snob, ainda melhor!)
Geração 2: Laranja Os teus pais não eram as pessoas mais simpáticas, mas nunca te preocupaste. Tinham uma capacidade espantosa de fazer rir toda a gente, e isso encheu-vos de alegria. Adora fazer os outros felizes, mas a sua motivação é muitas vezes inexistente. As tuas duas primeiras relações românticas falham devido à tua apatia e falta de esforço. Preferes muito mais contar algumas anedotas ou fazer um streaming a ti próprio a tocar guitarra do que ir a um encontro. O seu descuido leva a duas gravidezes não planeadas, e para surpresa de ninguém, não é o pai mais envolvido. Mas quando envelhece, conhece alguém por quem decide que vale a pena lutar, e a sua primeira relação de sucesso começa… Traços: Goofball, preguiçoso, alegre
Aspiração: Estrela da Piada
Carreira: Animador - Comediante
Objectivos:
Completar a aspiração da Estrela da Piada Max the Entertainer career in the Comedian Branch Max a Comédia, Produção de Média e Guitarra Completar a colecção de globos de neve ou postais (à sua escolha!) Tenha dois filhos com parceiros diferentes; não fique com nenhum deles Acabar com um sim que não é o pai biológico de nenhum dos seus filhos Nunca se casar
Geração 3: Amarelo
A sua infância foi caótica; se foi um rendimento insuficiente, uma falta de bons pais, ou o novo namoro dos seus pais que causou a instabilidade. À medida que foi ficando mais velho, decidiu que nenhuma outra criança devia crescer num lugar tão instável. Por isso, decide tornar-se um político. A sua falta de dinheiro a crescer também causou em si uma mentalidade bastante materialista. Quer desesperadamente ser rico, e poupar quase cada centavo que ganha. Traços: Ambicioso, Extrovertido, Bom
Aspiração: Fabulosamente rico
Carreira: Político - Organizador de Caridade
Objectivos:
Completar a aspiração Fabulosamente Riquíssima Max a carreira de Político no ramo de Organizador de Caridade Max a Lógica e o Carisma Ganhar e manter uma reputação imaculada Doe a cada instituição de caridade pelo menos duas vezes (100 simoleons na primeira vez; 1000 simoleons na segunda vez - depois disso, depende de si!)
Geração 4: Verde
Sempre foi o miúdo com terra na cara e pauzinhos de cenoura no seu almoço em vez de pepitas de frango. Portanto, foste sempre o miúdo que foi gozado. Mas isso não importava. Tinhas as tuas plantas e o teu artesanato ao ar livre e a tua cozedura, e eras feliz. E depois conheceu o seu cônjuge, e foi ainda mais feliz. Casaste jovem, e ficaste ferozmente ligado ao teu companheiro. Nunca tiveste uma pessoa para ti antes, mas eles? Eles são seus. No início, são felizes juntos. Mas depois termina a fase da lua-de-mel, e aprendemos que NÃO estamos destinados um ao outro. A última gota é quando o vosso cônjuge vos engana. O vosso divórcio segue-se rapidamente depois. Mas não há problema. Adoras as tuas plantas e o teu artesanato ao ar livre e a tua cozedura, e eles adoram-te. Traços: Vegetariano, Criador, Invejoso
Aspiração: Botânico freelancer
Objectivos:
Completar a aspiração do Botânico Freelanista Máxima capacidade de Jardinagem, Tecelagem e Cozedura Casa com a tua namorada do liceu, mas divorcia-os por te terem traído pouco tempo depois de te tornares adulto Nunca tenha uma carreira; venda as suas plantas, artigos manufacturados e produtos cozinhados por dinheiro
Geração 5: Azul
Os seus pais não tinham a melhor relação; na realidade, era absolutamente horrível. Herdou o amor dos seus pais pela natureza, mas o seu maior desejo é criar uma família feliz. Como jovem adulto, muda-se para a bela ilha de Sulani, o local perfeito para criar uma família e fazer uma mudança positiva para o ambiente. Traços: Orientado para a família, Amante do Exterior, Criança do Oceano
Aspiração: Grande Família Feliz
Carreira: Conservacionista - Qualquer uma das sucursais
Objectivos:
Completar a aspiração da Grande Família Feliz Máximo de Lógica e Capacidade de Criação Max a carreira conservacionista (qualquer um dos ramos) Completar a colecção da concha Viver num terreno fora da Grade até que o seu primeiro filho envelheça até uma criança
Geração 6: Roxo
Os teus pais sempre te disseram que a tua inteligência era um dom, e o céu era o limite. E levaste isso muito a peito. Sonhas ser o primeiro simulacro a descobrir extraterrestres, e através do teu trabalho dedicado no campo da ciência, és bem sucedido! Mas depois é raptado, e o seu amor pelos alienígenas transforma-se em medo. Traços: Génio, Paranóico, Verme de Livro
Aspiração: Cérebro Nerd
Carreira: Cientista
Objectivos:
Completar a aspiração do Cérebro Nerd Max a Lógica e a Ciência do Foguete Max a carreira de cientista Casar com outro cientista Ser raptado por alienígenas e engravidar (pode fazer batota para isso, e depende de si se ficar com o bebé ou o devolver ao seu mundo natal)
Geração 7: Rosa
Os seus pais eram paranóicos para além da crença, e passaram mais tempo a inventar dispositivos para se protegerem dos "alienígenas" do que a passar tempo consigo. Por isso, o seu melhor amigo que cresceu foi o seu cão/gato. Os animais são o seu principal foco, coisas como o romance e as amizades a cair no esquecimento. Como adulto, sai com o desejo de abrir e gerir a sua própria clínica veterinária. Trata todos os pacientes e donos de animais com o maior respeito e classe, e a sua clínica atinge rapidamente 5 estrelas. Não tem quaisquer planos para se apaixonar ou casar, mas quando um cliente chama a sua atenção, sabe que é o seu destino. Têm apenas um filho juntos, e é bastante tarde na vossa vida, mas não se arrependem. Isso é uma mentira. Arrepende-se de ter morrido enquanto o seu filho é tão novo. Precisavam de ti, mas não podias estar presente. Traços: Insuficiente, Próprio, Amante de Gatos/Amante de Cães (à sua escolha) Aspiração: Amigo dos Animais
Carreira: Veterinário
Objectivos:
Completar a aspiração do Amigo dos Animais Max as aptidões de Formação Veterinária e de Animal de Estimação Possuir uma clínica veterinária de 5 estrelas Casar com um dono de animal de estimação que venha à sua clínica Ter apenas uma criança como adulto; morrer enquanto é adolescente
Geração 8: Preto
Os seus pais morreram quando você era apenas um adolescente, e para conseguir pagar as contas, começou a "pedir emprestado" aos seus vizinhos. Um amigo seu arranjou-lhe um trabalho um pouco obscuro, e afinal você era bastante bom a ser um criminoso. As suas capacidades de hacking são inigualáveis, mas as suas capacidades de limpeza? Nem por isso. Tu e um colega de trabalho têm um romance, mas quando ambos descobrem que há um bebé a caminho, decidem torná-lo oficial. Mas depois de o vosso filho nascer, sabem que não está a resultar, e chamam-lhe desistir. O vosso filho vê os outros pais aos fins-de-semana, mas a maior parte vive convosco no vosso apartamento desarrumado. Basta dizer que não é um pai estelar, mas tenta. O seu filho parece infeliz o tempo todo. Traços: Kleptomaniac, Geek, Slob
Aspiração: Chefe do Mischief
Carreira: Criminoso - Ramo Oracle
Objectivos:
Completar a aspiração do Chefe de Mischief Max the Mischief, Video Gaming, e Programação Max a carreira criminal no ramo oráculo Ter um flerte com um colega de trabalho. Tornarem-se um casal oficial quando engravidarem, mas voltarem a ser amigos depois do nascimento do vosso filho Ter apenas um filho
Geração 9: Cinza
Não é miserável, por assim dizer, mas não é uma simulação feliz. Devido à sua infância caótica, gosta de coisas limpas, arrumadas e perfeitas, mas raramente é assim que a vida funciona. Na verdade, a sua vida é uma confusão de negócios, chefes horríveis, e colegas de trabalho passivo-agressivos. Trabalhar nos negócios não é divertido! Sonha em encontrar o amor, mas isso também é um caminho acidentado. Depois de duas relações falhadas, finalmente encontra uma. Mas ei, três é o número mágico! Traços: Perfeccionista, Soturno, Puro
Aspiração: Soulmate
Carreira: Empresa
Objectivos:
Completar a aspiração da alma gémea Max a Lógica e o Carisma Max a carreira empresarial (qualquer um dos ramos) Conheça o seu cônjuge após duas outras relações falhadas Ter um mínimo de três filhos
Geração 10: Branco
Foram os mais novos de 3(+) irmãos, e os mais caóticos de todos eles. És um redemoinho selvagem, e os teus pais estavam desgastados antes mesmo de aprenderes a andar. Quando era criança, o seu primeiro violino, e isso muda tudo. Derramas toda a tua energia espástica na tua música, a tua maior paixão. O teu futuro cônjuge é igualmente apaixonado pelo seu hobby criativo, e enquanto vocês dois nunca têm filhos, vocês continuam a dar à luz as vossas ideias criativas até à vossa morte. Traços: Criativo, Amante da Música, Errático
Aspiração: Genialidade Musical
Carreira: Animador - Ramo Músico
Objectivos:
Completar a aspiração do génio musical Max o Violino, Guitarra, e Piano Max the Entertainer career in the Musician branch Escrever e publicar todo o tipo de canções Casar um sim com uma aspiração de Criatividade diferente da sua
0 notes
cordeiroleao · 3 years
Text
PECADO OU PROBLEMA ?
Revista Impacto Edição 9 - 07/12/2009
Por: Robert Louis Cole
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito inabalável.” (Sl 51.10)
“Tenho um problema”, disse a jovem senhora, um pouco envergonhada. Era o fechamento de uma reunião de oração no horário de almoço, promovida por um grande ministério na Costa Leste. Eu acabara de concluir um breve estudo bíblico e de encerrar a reunião, quando fui puxado de lado para uma oração particular.
– Qual é o problema? – perguntei.
– Eu tenho um problema – repetia ela.
– Sim. – Respondi, pensando se ela havia me escutado direito.
– Em que exatamente podemos concordar em oração?
Sua face se contraiu e lágrimas brotaram de seus olhos. – Não sei exatamente – desabafou, mordendo os lábios -, mas tenho um problema sério.
Tentei ser firme sem ser duro demais.
– Nosso Deus é um Deus de coisas específicas, não de generalidades – disse-lhe. – ficaria feliz em orar com você, mas preciso saber a natureza de seu problema de modo a orar especificamente. Ninguém mais saberá, apenas eu e você.
– Bom, na verdade, não sei qual é o meu problema – respondeu ela, como se estivesse bloqueada -, mas meu marido diz que eu tenho um problema -. Tentei novamente.
– O que seu marido diz ser o seu problema?
– Ele diz que eu não o entendo – disse ela, finalmente, agonizando a cada palavra.
– O que você não entende? – perguntei. De repente, a mulher começou a chorar convulsivamente, profundamente magoada.
– Meu marido deixa revistas ao lado de nossa cama – ela explicou, em meio a soluços. – Playboy e Penthouse, além de todas aquelas outras revistas de mulheres nuas. Ele diz que precisa primeiro olhar aquelas revistas para depois ter sexo comigo. Diz que precisa delas para se sentir estimulado.
Ela prolongou a última sentença, com lágrimas rolando por sua face.
– Já lhe disse que não precisava daquelas revistas, mas ele diz que eu não o entendo. Diz que, se eu realmente o amasse, eu entenderia por que ele precisa das revistas e, então, permitiria que ele tivesse mais revistas ainda.
– Qual a ocupação de seu marido? – perguntei eu.
– Ele é pastor de jovens.
Fiquei ali, boquiaberto, pensando no que acabara de ouvir. Estava ouvindo uma mulher me dizer que seu marido era um pastor de jovens que mantinha uma pilha de material pornográfico ao lado da cama!
– Seu marido pode ser um pastor de jovens, – disse-lhe -, mas também é um pornógrafo.
A cabeça da mulher se levantou em atenção. Foi como se eu a tivesse esmurrado diretamente no rosto. Ela jamais imaginou ouvir seu marido sendo descrito como alguém que gostava de pornografia, apesar de seu estilo de vida tê-lo transformado exatamente nisso.
Nestes tempos modernos nós não temos pecado: temos problemas. Transformamos o Evangelho em algo psicológico e, no meio do processo, eliminamos a palavra pecado de nosso vocabulário.
Mas eu tenho necessidades
Uma mulher veio a mim trazendo uma triste história. Seu marido a maltratou durante anos e, finalmente, a deixou, através de um divórcio litigioso. Membro de igreja, cristã confessa há vários anos, ela se viu só e desamparada.
Reagindo a seus sentimentos, ela saiu da cidade e passou um final de semana com um homem. Como ela mesma descreveu, ela possuía “necessidades biológicas”.
– Você tem consciência do que fez? – perguntei-lhe tão logo sentou-se em meu gabinete. A mulher foi pega de surpresa e colocou-se para trás.
– Por que, do que você está falando?
Seus olhos se arregalaram e sua face enrubesceu. Ofendeu-se por eu tê-la chamado de adúltera. Afinal, depois de ter cometido um adultério, ela era uma adúltera.
Para ela, aquilo não foi um pecado – apenas um problema, como disse.
Não falamos sobre pecado nos dias de hoje: falamos sobre problemas. A razão pela qual problemas são mais convenientes que pecados é que não precisamos fazer nada com os problemas. Se você apenas tem um problema, consegue simpatia, compreensão e ajuda profissional, somente para citar algumas coisas. Por outro lado, pecados requerem arrependimento, confissão e perdão.
Não é de estranhar que Freud queria se livrar da palavra pecado.
Resolvendo problemas biblicamente
No processo de reescrever a linguagem bíblica, fugimos da confrontação com nossos pecados. Mas, sem os enfrentar não fazemos nada com relação a eles. Todos os problemas da vida estão de algum modo relacionados ao pecado. Esta é a razão por que o homem precisa de um Salvador que o livre dos pecados como resposta a seus problemas. Deus sabia disso. Foi por isso que Jesus Cristo veio aqui para morrer por nossos pecados e ser a resposta para todos os nossos problemas.
A disciplina da igreja em nossos dias é relaxada, fraca ou inexistente. O apóstolo Paulo exigia disciplina. Se alguém se diz irmão – disse Paulo – e mantém um estilo de vida ou um padrão habitual de pecado, não mantenha amizade com ele – nem mesmo coma com ele. Sem relacionamentos.
“Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais” (1 Co 5.11).
Ao contrário do que você ou qualquer outra pessoa possa pensar, este é um ato de amor e não de ódio.
Veja, os caminhos de Deus são tão altos quanto os céus estão acima da terra.
Paulo tinha a mente do Senhor quando escreveu estas palavras. Se uma pessoa que chama a si mesma de cristã continua em seu pecado sem punição e com todos os privilégios de outros membros, não terá nenhum incentivo para confrontar, confessar e afastar-se de seu pecado, além de contar com a aceitação de outros crentes.
Normalmente a pessoa que cometeu pecado admite que houve um problema, ou que ela simplesmente é uma desafortunada, mas vai chorar e reclamar quando se confrontar com a disciplina.
O lamento humano ocorre somente quando ficamos tristes por termos sido pegos. O lamento piedoso acontece no momento em que nos entristecemos pelo pecado que cometemos e quando queremos nos livrar dele.
Se Paulo vivesse em nossos dias, estaria condenando os humanistas seculares do tímido século XX, sitiando as fortalezas do pensamento moderno que têm tomado conta de nossa mente e nos cegado quanto à verdade. Realmente existem espíritos sedutores e doutrinas de demônios. Vemos tudo isso trabalhando em nosso mundo hoje. Somos levados a pensar que temos problemas em vez de pecado. Nossas doutrinas modernas, baseadas em vidas destituídas da vida de Deus, nos dizem: “Está tudo bem comigo e com você”, em vez de dizer: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus…”.
Disciplina em ação
Fui tomar café com um pastor que estava cercado de problemas. Ele quase havia perdido sua igreja.
Os membros do coral sabiam, havia bastante tempo, que o ministro de música cometera atos de homossexualismo. Ele se envolveu a ponto de isto se tornar público.
Por muito tempo, ninguém disse nenhuma palavra sequer. Estavam todos esperando que alguma coisa acontecesse e uma mudança ocorresse. Por fim, o segredo vazou e chegou até ao pastor. Depois de muita oração e de uma busca diligente da verdade, chegou o momento em que o pastor e o ministro de música se encontraram para confrontar a questão. O ministro de música admitiu tudo.
– Você precisa decidir entre duas coisas – disse-lhe o pastor, de modo direto. – Deve arrepender-se ou renunciar. O ministro de música considerou as hipóteses e tomou sua decisão de modo muito bem pensado: não faria nem uma coisa nem outra. Em vez disso, começou a buscar apoio, primeiramente entre os membros do coro e, depois, entre a congregação.
Em pouco tempo, uma comissão de membros do coro pediu uma reunião com o pastor.
– Você não entende – disse o porta-voz. – Ele simplesmente tem um problema. Se nós o cercarmos de amor e compreensão, isto vai ajudá-lo e ele vai se livrar do problema.
– Sou eu quem não entende? – retrucou o pastor. – Se vocês o cercarem com amor e compreensão e se ele não tiver de se arrepender de seu pecado, então ele nunca conseguirá se livrar do problema.
As linhas de batalha estavam formadas. A comissão se espalhou pela igreja, ateando mais fogo ainda, arregimentando mais pessoas para ficarem contra o pastor piedoso a quem eles acusavam de não ser amoroso. O burburinho cresceu. Houve uma reunião tumultuada e, por intervenção divina, o pastor piedoso permaneceu.
O ministro de música saiu, levando consigo muitos simpatizantes. A igreja passou por momentos difíceis, mas Deus confirmou a posição piedosa daquele pastor. Hoje, a igreja está mais forte do que nos dias anteriores à crise. O próprio pastor é um homem mais forte.
Sabedoria humana versus sabedoria divina
A sabedoria humana debocha da verdade do Evangelho.
A diferença entre a sabedoria humana e a divina, especificamente com relação ao pecado, é que a sabedoria humana deseja encobri-lo. Adão tentou fazer isso no jardim. Primeiro, de modo simbólico, ao cobrir sua nudez. Depois, foi muito além disso, à medida que começou o processo de autojustificação, colocando a culpa de sua falta em Eva, de modo a encobrir seu próprio pecado.
Cubra-se – culpe outra pessoa.
Esta sabedoria falha continua a operar nos dias de hoje. O escândalo de Watergate tornou-se o clássico exemplo moderno de como acobertar alguma coisa. O enfraquecido mas resoluto pastor recusou-se a permitir que a sabedoria humana e o sentimentalismo se colocassem no caminho da justiça divina. Ele não permitiria que um pecado fosse encoberto e chamado de “um problema”.
A psicologia comportamental não tem nenhum livro-texto que seja adequado para lidar com o escopo do dilema humano. Deus escreveu o Livro sobre salvação dos pecados muito antes de a psicologia aparecer com a idéia de “resolução de problemas”.
Deus ordena obediência à sua palavra. Ele não admite coisas da moda quando estas violam a soberania de sua Palavra. Nossa atitude de não intervir não é simpática a Deus: é abominação a ele; e ele nos ordena – não nos convida, mas ordena – o arrependimento e a obediência.
A distância entre a sabedoria divina e a humana é astronomicamente grande. Em nossa sabedoria carnal reordenamos nosso sistema de valores de acordo com nossos desejos. O homem olha para sua tecnologia espacial, seus ternos Armani, um exemplar da Time e pensa que é sábio. Ele aprende e ensina uma filosofia que somente traz perguntas e nenhuma resposta. Associa-se a uma ciência que zomba da criação bíblica, ainda que não seja capaz de oferecer nada em troca, a não ser uma teoria sem comprovação sobre aquilo que ela crê ser a evolução.
“Quem entre vós é sábio e entendido?” é o que Tiago 3:13 nos pergunta incisivamente. O versículo seguinte continua: “Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade”. Nosso mundo atormentado cheio de inveja, amargura e problemas – é o produto de nossa própria sabedoria mundana.
A sabedoria humana ensinou uma geração de líderes a crer que quanto maior o endividamento melhor será sua economia – uma filosofia que levou vários países à beira da ruína econômica. O sofisticado espírito da era moderna, baseado na sabedoria humana, traz discórdia, dor e, por fim, ruína.
É verdade que, desde o Éden, o homem não melhorou sua natureza. Ele pode ter mais conhecimento técnico, mas sua natureza continua a mesma. Dizer que a humanidade melhorou por causa da excelência técnica do homem é como dizer que um canibal está melhor porque usa garfo e faca.
“A sabedoria, porém, lá do alto”, conclui Tiago no versículo 17 do mesmo capitulo, “é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento”. Isto é sabedoria divina.
A sabedoria humana que nos manda sair para fazermos nossas coisas não é a sabedoria que vai nos levar à terra de Canaã. Você jamais poderá maximizar seu potencial até que tenha recebido a sabedoria de Deus.
Chame as coisas pelo nome
Os namorados que vivem juntos longe dos laços do matrimônio são fornicadores.
O adolescente desbocado é um zombador.
Deus não tem prazer em devaneios semânticos: ele fala a língua dos homens. As Escrituras colocam os pingos nos “is”: pecado é pecado.
Não haverá respostas inesperadas quando a “pessoa com problemas” se confrontar com uma eternidade sem Cristo. Os pecados serão Ievados a sério naquele momento – ainda que seja tarde demais. A “síndrome da Playboy” ou “necessidades biológicas”, assim como os “problemas” homossexuais não mais existirão.
Precisamos começar a enfrentar o pecado como homens.
Extraído do livro “Vitória sobre a Tentação”, Editora Mundo Cristão.
28 notes · View notes
b-armysilusion · 4 years
Text
Príncipe Namjoon (Imagine)
• Gênero: Romantic, Era
• Palavras: 1,544
• Membro: Kim Namjoon
Tumblr media
_____ estava inquieta desde de que seu pai lhe disse que ela logo mais iria encontrar um príncipe para si, a moça entrou em um colapso mental, não estava preparada para se casar com alguém.
– O príncipe Namjoon voltará hoje. – o rei pronunciou, enquanto se sentava na grande mesa. Namjoon e _____ sempre foram muito próximos desde de criança, seus pais nunca cogitaram a ideia de que eles poderiam se casar algum dia.
– Tens certeza appa? Ele mandaria alguma carta ou alguém lara nos avisar. – _____ disse.
– Recebi uma carta da família Kim, devemos nos preparar, um banquete seria ótimo. – o rei parecia animado.
– O que quiseres, appa. – alinhou-se na mesa, esperando a comida ser posta.
O rei mandou preparar um grande banquete para a família Kim. A rainha escolheu seu melhor vestido, já a princesa não pareceu se importar mesmo que o príncipe Namjoon fosse seu melhor amigo e morasse no reino vizinho, não via muita necessidade em se arrumar tanto assim,lendo algum livro da grande biblioteca.
– Alteza, o rei está a te esperar a família Kim chegou. – uma empregada foi lhe avisar, _____ assentiu largando o livro encima da mesa rústica, e foi ao encontro do seu pai. Estava animado em rever seu amigo.
– Namjoon! – _____ disse assim que viu seu amigo, um sorriso se formou em seus lábios, Namjoon parecia ainda mais jovem depois da viagem às colinas.
– Majestades. – reverenciou o rei e rainha Kim.
– Príncipe. – a rainha Kim deu um caloroso abraço caloroso em _____ - Como estais? – se afastou da moça.
– Estou bem majestade, me mantenho saudável. – sorriu, a rainha lhe lançou um olhar gentil.
– _____. - Namjoon pareceu se despertar, e correu em direção a princesa. – Sentistes minha falta? – abraçou a moça.
– Como sois capaz de me questionar sobre algo tão óbvio? Claro que me fizestes falta. – retribuiu o abraço do rapaz. – E tua ida às colinas, como foi? – perguntou.
– Deslumbrante, a paisagem é bem sofisticada, bastante bonita! Tinhas que ver. – os olhos de Namjoon brilharam. – Te levarei lá, iremos juntos. – _____ assentiu.
– Não vai se assentar, príncipe? – a rainha perguntou.
– Oh, irei. Obrigado por nos receber e nos dar hospitalidade, majestade. – Namjoon reverenciou.
O jantar estava ocorrendo bem, algumas risadas eram ouvidas, o rei Kim se levantou pronto para dizer algo, seu sorriso não escondia que seria algo ótimo.
– Tenho um aviso para vos dizer. – arrumou sua roupa fina. - Meu filho irá se casar em breve. – disse orgulhoso. – E eu queria vir pessoalmente fazer este convite para meus amigos de longa data.
O rei e a rainha quase explodiram de felicidade, Namjoon era como se fosse seu segundo filho. _____ ficou estática não que ela não quisesse que Namjoon se casasse, ela só achava estranho. Algo estava estranho dentro dela.
– Isso não é ótimo, _____? O príncipe irá se casar. – a mãe da princesa bateu palmas, ela sabia que isso era uma indireta oculta pois, seus pais queriam mais que nunca que ela se casasse.
– Ótimo, omma. - disse baixo, Namjoon estava com um sorriso mínimo no rosto, ele era o orgulho da família Kim, mesmo que não quisesse aquilo.
E horas se passaram falando sobre esse casamento, _____ estava à ponto de ter uma dor de cabeça com sua mãe conversando com a Kim sobre a decoração, odiava tudo aquilo.
– Eu vou subir, tenho que terminar minha leitura, foi muito bom rever vocês. – _____ arrastou a cadeira, indicando que sairia dali.
– Irei junto. – Namjoon disse, mas assim que ela se levantou, a rainha segurou seu braço, negando com a cabeça, Namjoon se assentou de volta.
_____ subiu um pouco atordoada, sempre gostava de comer junto com seus pais, mas dessa vez parecia tão sem graça, seu coração batia tão forte e assim que adentrou na biblioteca parecia se acalmar. Não soube quantas horas ficou ali dentro, mas foi tempo suficiente para sua mãe adentrar no cômodo.
– Querida. – sua mãe se sentou ao seu lado.
– Sim? – fechou o livro e olhou a mãe.
– Estou tão feliz pelo casamento do príncipe Namjoon, e você, quando irás se casar? – disse animada.
– Já falamos sobre isto, não irei fazer parte desse absurdo. – _____ se levantou. – Esse matrimônio não irá acontecer. – e saiu.
_____ não queria se casar, pelo menos não agora, não estava preparada para viver numa união que não amasse a outra pessoa. A princesa foi atrás do seu cavalo, queria ficar um pouco longe de sua casa. Subiu em seu cavalo recém selado indo sem rumo.
Encima do seu cavalo ela pensava na vida, puxou a rédea do animal para que ele parasse. Desceu, e prendeu o cavalo em uma árvore. Sempre que precisava pensar gostava de vir até o lago, era seu porto seguro, se sentou na beirada e começou a pensar. Afinal, por que a vida resolvia brincar tanto com ela?
– O que tanto pensas? – se assustou com a voz grossa perto de si.
– Olá, Namjoon. - sorriu.
– O se passa? Quando vens aqui algo aconteceu. – se sentou ao lado da moça.
– Minha mãe quer que eu me case. – suspirou. – Mas não quero isto.
– Posso te contar algo? – Namjoon perguntou.
– Sabes que sim. – _____ arqueou as sobrancelhas.
– Também não quero me casar. – riu nasalmente. Ela negou com a cabeça e sorriu, os dois se encararam por breves minutos.
– Nunca reparei o quão és bela, princesa. – Namjoon disse de repente.
– Me achas bela? – Namjoon assentiu. – Também és bonito. – _____ abaixou a cabeça, e fitou a grama.
– Princesa. – Namjoon a chamou novamente. Ela levantou a cabeça e fitou o rapaz, que agora estava perto demais de si.
– Hum? – _____ falou em um fio de voz.
– Eu não quero mesmo me casar – e selou os lábios nos de _____, a princesa arregalou os olhos por tamanha surpresa, os lábios de Namjoon eram macios, aquele beijo era tão bom que não resistiu por muito tempo, segurou na nuca do bronzeado e retribuiu aquele beijo, era mais que um simples beijo, transmitia algum sentimento, que ambos não sabiam dizer o que era. Assim que o ar fazia falta, os dois se separaram e ficaram se encarando. – Eu gosto de você, princesa _____.
Ela não sabia como responder, afinal, o que ela sentia por Namjoon? Nem ela sabia mas apenas sorriu ainda com as mãos na nuca do rapaz, Namjoon deu um selinho nos lábios da moça.
– Seus lábios são viciantes. – apertou _____ contra si. – O que achas de entrarmos no lago?
– Eu gostaria. – se levantou.
Os dois tiraram as vestes, ambos estudavam cada detalhe do corpo um do outro e logo entraram no lago, _____ se tremia de frio.
– Estás com frio? – Namjoon chegou perto da princesa.
– S-Sim. – disse com a voz trêmula, e sem dizer nada Namjoon abraçou ela para a esquentar.
– Espero que tenha melhorado. – se aconchegou ainda mais, encaixando a cabeça no pescoço da moça.
Os pêlos de _____ se arrepiaram, a respiração de Namjoon batia contra o seu pescoço
– Pareces tensa. Sentes algo por mim? – Namjoon perguntou. – Espere! Não fales, eu irei tirar a conclusão. – e então beijou o pescoço da moça, _____ arfou.
O príncipe acastanhado beijou cada partezinha do pescoço dela que só sabia arfar com os toques, Namjoon passava a barba rala pela clavícula de _____.
– Eu quero ser delicado. – sussurrou.
A princesa já não sentia frio, muito pelo contrário, seu corpo estava mais quente que o normal. Namjoon virou _____ de costas para si e beijou-a, a água cobria até a cintura dos dois em seguida, Namjoon abraçou ela por trás, fazendo-a sentir um volume roçando em sua bunda.
– N-Nam. – a princesa gemeu manhosa, novamente Namjoon a virou para si deixando um beijo cálido em seus lábios, tocou a intimidade de ____ terrivelmente molhada por baixo da água e massageou seu clitóris, ela abraçou Namjoon acariciando as costas fortes dele, _____ parecia tão indefesa.
– Eu prometo que serás minha para sempre. – sussurrou Namjoon. – Fique ao meu lado.
– Ficarei. – _____ sussurrou de volta.
Namjoon penetrou _____ lentamente para que ela não sentisse dor, no entanto foi difícil, ela arranhava os ombros de Namjoon e gemia de dor, o Kim fazia um carinho em seus cabelos até que a dor parasse.
Quando a princesa se acostumou com Namjoon em seu interior, o Kim penetrava-a delicadamente e sem pressa, o interior de _____ o apertava deliciosamente.
– És muito bela, _____. – beijou a moça novamente enquanto a penetrava, um beijo afoito e desajeitado foi dado nos lábios da moça, ele só queria sentir os lábios dela junto aos seus. _____ gemia em contato com sua boca.
Com tamanha excitação a princesa acabou por se desmanchar em puro deleito, suas pernas ficaram bambas. Algumas penetrações depois, o Kim se desfez dentro dela. Ficaram um tempo abraçados enquanto regulavam a respiração.
– Obrigado. – _____ disse.
– Pelo que? – Namjoon acariciou o cabelo da princesa.
– Obrigada por me fazeres enxergar que só tenho olhos para ti, príncipe Namjoon. – se afastou, e tomou os lábios de Namjoon para si.
– Não me casarei a não ser que seja contigo. – Namjoon beijou a testa da moça.
Tumblr media
espero que tenham gostado, me desculpa qualquer erro e até mais. ♥️
23 notes · View notes
official-portugal · 6 years
Text
Imaginem que a vossa casa foi assaltada. À primeira nem reparam. A porta não foi arrombada, devem ter usado um ganchinho de cabelo ou uma merda qualquer. Nada está remexido. Mas quando abrem o cofre, ou a caixinha ou o que for, vêem que vos desapareceu milhares de euros. Chamam a polícia. A polícia pergunta porque acham que foram roubados quando parece estar tudo no lugar, e dizem: esta caixa tinha dinheiro, e desapareceu tudo. Supostamente, uma equipa forense vai à vossa casa para analisar a coisa. E o caso segue. Pode dar em alguma coisa, pode não dar. Mas a polícia acredita logo em vocês.
Falam com os vossos vizinhos. Os vizinhos acenam em compreensão. "Ouvi falar de uma senhora," diz a primeira, "que lhe roubaram assim. Uns rapazes bateram à porta a dizer que eram da Nowo e entraram e roubaram-lhe tudo."
"Ouvi dizer," diz a segunda, "que usam raios-x para abrir as portas."
"E há ainda outra," diz a terceira, "que é mandarem água por debaixo da porta para a pessoa escorregar e depois arrombam."
"É preciso ter-se muito cuidado," diz a primeira.
"Isto hoje em dia, não se está seguro em lado nenhum, nem nossa própria casa," diz a segunda.
"Já viu? As poupanças de uma vida inteira, levadas assim," diz a terceira, e até estala os dedos para efeito sonoro. E por fim, ela vira-se para vocês e com ar compadecido, acrescenta: "É duro. Mas olhe, vai ver que os vão encontrar."
Imaginem que a caixa de multibanco da bomba de gasolina ao pé de vocês foi rebentada. A pessoa que lá trabalha estava sozinha, reportou o crime. A polícia chega e entrevista, e a pessoa dá o seu parecer. Eram uns dois ou três, vieram num carro preto, tentaram assaltar-me mas a bomba já estava fechada e eu escondi-me. E depois ouvi a máquina de multibanco a ir pelos ares e fiquei cheia de medo.
Numa televisão, a cara dela brilha de horror provavelmente, quando o artista da CMTV lhe espeta a lente na tromba. Em casa, o homem culto senta-se e abana a cabeça em tom desaprovador. Estala a língua em tom de nojo. "Onde é que isto já se viu!" Queixa-se para o ar. A mulher aparece, provavelmente, de sobrolho franzido de quem lê com atenção as letras miúdas do oráculo - polícia suspeita que assalto esteja ligado a outros dois da zona. A mulher, cabisbaixa, encolhe so ombros.
"Terrível, terrível," diz ela. "Um horror, esta gente. Não se está seguro em lado nenhum."
Na televisão, a testemunha do assalto continua a chorar. "São um bando de animais, é o que é," diz o marido.
Os escândalos piscam na TV que nem luzes de natal. Que alegria - disto é que o povo gosta. "Mulher acusa homem de violação". O relato conta o momento sórdido, a TV 7 Dias não hesita em entrevistar todos os familiares e amigos da vítima, na capa da TV Guia vêm letrinhas que atiçam qualquer um - “O Que Não Bate Certo! A Noite Escaldante, A Lingerie Que Desapareceu, Milhões e Sexo". Uma muher foi violada. Uma mulher viu a sua liberdade sexual ser-lhe roubada com violência, viu a sua intimdade ser-lhe partida, estilhaçada, despedaçada. Mas desta vez, não é uma coisa em que se pense: ninguém está a salvo. Desta vez, o homem sentado em frente à TV não diz que são um bando de animais. Desta vez, não há vizinhas que conheçam relatos parecidos que contem em tom condenatório. Desta vez, a conversa é muito diferente.
"Então mas ela andava de saia curta à noite, queria o quê?" Diz a primeira vizinha.
"Dizem que era stripper," diz a segunda, até se ri. "Estava à espera que lhe acontecesse o quê?"
"Se achava que lhe ia acontecer algum mal," diz a terceira, em tom sabedor, queixo erguido, de quem tudo passou na vida, "Para que é que foi, de qualquer das formas?"
Desta vez, a assaltada tem de provar que foi, sim, violentada. As roupas, quais eram? Que emprego tinha? Era jovem, era velha? Que tinha vestido? Como agiu? Mas deixou que ele lhe tocasse na perna? Subiu para o quarto? Que estava à espera, se subiu para o quarto? E quando ele insistiu a primeira vez, se não queria, devia ter logo saído? Que esperava, se não se mexeu? Que esperava, se tinha aquela tanguinha vestida? Que esperava, se estava sentada de joelhinho à mostra? Que esperava, se era stripper? Que esperava, se era acompanhante de luxo? Que esperava, se era mulher?
Que esperava? Que esperava?
Ninguém pestanejou quando a vizinha do prédio disse que foi assaltada. Quando partilhou da sua narrativa, ninguém se atreveu a dizer que, se calhar, o erro foi dela não ter trancado a porta. Ninguém lhe disse que deveria ter um melhor sistema de segurança, que deveria estar em casa, que deveria ter comprado um cão. Ninguém lhe deu uma lição sobre como manter o dinheir guardado. Ninguém a obrigou a reviver passo-a-passo os eventos dessa noite, para terem a cetreza de que foi mesmo um assalto, e que simplesmente não se esqueceu de onde pôs o dinheiro. O que tinha vestido, já não interessa. Por onde andou, pouco importa. O que disse, o que fez, o que pensou - irrelevante. Ninguém lhe questionou porque não veio para casa a correr se achava que havia sequer a possibilidade de ser assaltada. Ninguém duvidou que foi um assalto. Ninguém duvidou que um estranho, por identificar, lhe entrou no espaço pessoal e a roubou.
À testemunha do assalto ao multibanco, ninguém perguntou porque não saiu dali a correr. Ninguém insistiu que deveria ter feito qualquer coisa, se calhar escondido o multibanco. Ninguém perguntou porque levou meia hora a quarenta minutos a chamar a polícia. Ninguém duvidou do seu relato.
Um jovem é assaltado na rua. Faca em riste, uma figura escurecida na noite, fugidiu e cheio de tremores, como se não quisesse estar ali. "Passa para cá o dinheiro," diz, "ou ponho-te a faca no bucho." A vítima obedece. Tem medo, transpira, nunca pensou passar por isto, não sabe o que mais fazer que não aceitar, fazer o que lhe ordenam, para viver - sobreviver, sair impune. O dinheiro perdido, o telemóvel que a seguir lhe pede, a carteira, os bens de valor - não valem nada comparado com a sua vida. Se fizer o que lhe ordenam, talvez se safe. Mantém a calma, mas está a sofrer, o coração bate-lhe até ao pescoço, custa-lhe engolir. Sorri, porque apazigua as coisas. Assente com a cabeça quando por fim o asaltante, vitorioso, lhe diz que se ponha a andar e foge com os seus pertences. A chatice é grante, mas pensa: sobrevivi, estou bem.
Quando chama a polícia, o relato é feito. Tosco, porque se lembra de pouco. Descrições não há muitas, porque estava escuro e não lhe conseguiu ver a cara. O valor do telemóvel? Não se lembra, foi comprado no OLX, era usado - mais barato que o original valor. O dinheiro, quanto era? Não tem a certeza. Talvez vinte euros. Cartões é que é uma chatice, tem de ir para as filas do notário fazer aquela merda toda. Um polícia poisa uma mão sobre o seu ombro: não se preocupe, há-de aparecer, esta gente rouba para vender em segunda mão, a gente consegue apanhá-lo. A vítima acha improvável, mas está satisfeta ainda assim. Reportou o seu relato. Sobreviveu. Chatice por chatice, não vale a perda da vida, ou mais que isso.
O assalto vira assédio, do assédio passa para algo pior. A mão já não procura a carteira, procura o peito. O telemóvel é partido para não chamar ajuda. A rua está deserta, não se sabe se alguém vê, mas ninguém se mete, isso é certo. E daí é um salto curto. A vergonha é tanta, tanta. Como é que diz a alguém que lhe meteram a mão em cima? Como é que diz a alguém que um estranho lhe enfiou a mão nojenta pelo decote adentro, lhe apertou o seio como quem espreme algo que não lhe é permitido, que lhe viu uma língua a sair-lhe pelas beiças que nem homem faminto? Como conta a uma pessoa que a sua maior intmidade foi violada, que se sente suja? Lembra-se da TV, dos comentários de Facebook, do rol de tiradas do youtube - que é que tinha vestido?, o que é que fez?, porque é que andava na rua à noite, àquela hora? E mais, pior: se calhar mereceu. Pensem bem: sentiu prazer? Estremeceu? Tocou-lhe de forma imprópria? Se estava mal, ela tinha era saído dali. Se não gostou, tinha ido à polícia. Estas gajas são todas umas aldrabonas. Tudo putas aí a desculparem-se de esfregarem a patareca onde querem. Tudo porcas.
Desta vez, a polícia não lhe põe a mão em cima e jura que vai apanhar. Desta vez, ela tem que se lembrar - como assim, não sabe como era a cara dele? Não é chocante? Não é traumático? Então tem que se lembrar, não é? Desta vez, como ele estava vestido pouco interessa - é ela, ela que interessa. Que caminho tomou? Porquê por aí? Desta vez, o valor do que lhe foi roubado não vale nada - um telemóvel, dinheiro sacado da carteira, o que é isso comparado com algo que é inestimável, e que nos é roubado? Desta vez, a faca que se aponta, ou a arma que existe, valem pouco - e se não há arma? Podias ter fugido. Mas não quiseste fugir. Se tinhas medo, fugias. É assim que acontece, sempre. Eu sei. É assim que acontece. Se tens medo, foges. Não congelas. Isso não acontece. Porque ficaste? Porque não te mexeste? Porque deixaste que te violassem? Porque permitiste? Porque deixaste? Escondeste-te. Porque é que não falaste antes? Porque quiseste. Gostaste. Gostaste. Gostaste.
Gostaste.
Nunca se duvida de um relato de um assalto. Ninguém questiona porque é que alguém roubou. A vítima é acreditada, porque tem a prova - algo que falta, algo que estava lá e agora não está. Então eu só pergunto, por favor, porque é que o ímpeto imediato perante uma acusação de assédio, de violação, de violência doméstica é de duvidar da vítima? Porque é que são os únicos casos em que nós, enquanto seres humanos dotados de empatia, paramos para poder empatizar com o agressor? Porque é as nossas cabeças vão directamente para tentar compreender como é que esta acusação só pode ser falsa? Porquê  tanta hesitação, porque é que somos impelidos a confraternizar, a ter pena, a sentir conexão com o agressor? Porque é que a mulher que levou porrada durante anos tem um rol de razões para ser a perpetradora e não a vítima? Porque é que alguém que foi submetido a um acto sexual que explicitamente disse que não queria subitamente tem mil e uma razões para merecer um atentado violentíssimo à sua intimidade? Porque é que não culpamos as pessoas que vivem em boas casas de não se protegerem quando lhes roubam as poupanças? Porque é que não atiramos culpas à Galp por não proteger os seus empregados?
Porque é que eu não assalto uma pastelaria quando tenho fome? Porque é que eu não bato em toda a gente de quem discordo? Porque é que ainda assim vivo na minha casa, sabendo que há possibilidade de ser assaltada - porque é que insisto em desafiar, em tentar viver sem medo, sabendo que os perigos me espreitam a cada canto? Porque é que uma mini saia é desculpa, se a minha fome não é para um assalto a uma pastelaria? Porque é que não questionamos se aquele roubou porque tinha fome, mas questionamos a impulsvidade de uma pila movida por ímpeto de um homem sem coração, sem controlo, sem empatia suficiente para ver outrém como ser humano? Porque é que a mão que apalpa a vítima é fácil de desculpar, mas a mão que rouba da caixa registadora não? Porque é que alguém a quem lhe foi roubado um bem material é fácil de acreditar, mas alguém que viu algo inestimável ser-lhe roubado é dúbio? O que é que nos move a pensar "talvez este violador tenha violado com razão"? O quê?
Porque é que culpamos a vítima, porra?
"Talvez tu mereças sofrer."
"Talvez tu mereças ser apalpado."
"Talvez tu mereças passar o resto da vida com medo."
"Talvez eu seja igual a quem te violou. Talvez eu seja uma besta, um animal, alguém capaz de te destruir, de te humilhar, de roubar algo que não tem valor, e de te ver encolhido, cheio de medo, com vergonha, sem saber como vais dizer: esta pessoa de bem, de quem todos gostam, maltratou-me, e eu estou traumatizado. Talvez eu seja essa pessoa."
"Talvez tenha sido eu."
Numa maternidade, um bebé nasce, mas a mãe morre. Milagre da vida, apelida a TV. As letras rolam ecrã fora com orgulho - criança está bem, em óptimo estado, nasceu gorducha, forte, com vigor! E a mãe, morta. O pai, dizem, está em estado de choque. Acompanhado por psiquiatras de perto, recupera do horror de perder a mulher, do agridoce de perder quem se ama para que alguém novo venha ao mundo, alguém que ele quer amar mas o seu coração está demasiado despedaçado para que se permita a fazê-lo. É preciso colá-lo de novo, é preciso respirar fundo. Tudo dói.
Mas está lá uma câmara de filmar, já. Pai da Criança Não Vê o Bebé, dizem as notícias. Ocultam que ele está mal, despedaçado. A criança - viva, forte, em óptima saúde! O pai, transtornado, destruído, chora pelos cantos. Não sabe como se ama um filho quando se chora a morte da mulher, quer aprender, mas não o deixam.
E em casa, o povo Moderado ri-se. "Cabrão, este," sussurram. "Quer dizer, nasceu-lhe o filho e está-se a cagar, assim. Está bonito."
E aqui, provavelmente, ouve-se uma voz feminina de fininho a piar - então e a mulher?, pergunta.
"A mulher morreu," diz o moderado.
"Mas porquê?" Pergunta a voz feminina.
"Porque era ela ou o bebé."
"E porque nem sequer pestanejaram? Porque escolheram logo a mulher?"
Há um olhar confuso. Este Moderado não entende a nuance da pergunta. É-lhe óbvio que ao mundo há-de vir uma criança, mas não que à luz da perda isso lhe seja sacrifício. A morte da mãe, de parto, de cesariana, o maior assassino de tanta mulher na história, para ele, é normalíssimo. Está confuso, não sabe o que responder.
"Então e vai-se matar um bebé para que a mãe viva?"
"Então e vai-se matar uma mãe para que o bebé viva?"
A pergunta é a mesma, exactamente a mesma. Mas só uma delas tem uma resposta certa. O futuro do feliz perdiz, não interessa - pensa-se depois. Que o pai está a sofrer, pouco querem saber. O que é certo é isto: é que uma criança nasceu - milagre da vida! - e ninguém pestaneja que, para isso, uma mulher tenha morrido. Na TV, o que brilha são as caras dos médicos que congratulam a maternidade que conseguiu trazer à vida esta criança contra todos os auspícios, nos oráculos louva-se a vida que esta criança conseguiu encontrar em si mesmo quando tudo dizia que não podia viver. Daqui a três anos, já ninguém se lembra do bebé. Daqui a cinco, ninguém quer saber. Daqui a quinze, há-de passar por um velho enquanto toca no telemóvel e vai ouvir "estes putos hoje em dia é só telemóveis! Não sabem o que é sofrer!" e nem sequer vai associar que esta cara que discerniu é o bebé-milagre que veio ao mundo em troca da vida da mãe que nunca conheceu.
O culpado, o povo sabe sempre quem é
210 notes · View notes
Text
Amor em (des) construção
Não sei se isso acontece com vocês também mas no meu ciclo de pessoas de convívio — onde a maioria é adolescente — só consigo enxergar pessoas que não se amam e não se sentem autosuficientes. É inaceitável que em uma era onde falamos tanto sobre autoestima, sobre se amar como você é, bodypositive, entre outras muitas outras causas; haja tantos indivíduos odiando o que vê no espelho. Não que a pessoa que vos fala tenha a maior autoestima do mundo, porque não tenho. Não quero parecer hipócrita, mas estou aprendendo a lidar melhor com minhas inseguranças; muito mais do que há um ano atrás. Vejo muitas pessoas da minha faixa etária (17) — uns mais jovens, outros mais velhos — tendo a necessidade de suprir a falta de um amor próprio ou a falta da atenção de alguém que admiram muito (os pais, talvez), em um relacionamento amoroso. Me dói o coração ver que alguns vivem postando sobre não conseguir se amar e se sentir feio(a) o tempo todo, e também viver postando que precisa urgente de um(a) namorado(a). É lindo ter uma pessoa do seu lado, sim, mas não vejo nada de saudável em uma relação onde alguém tenta dar amor para um outro alguém, que nem se quer ele mesmo se dá. É loucura. Estamos o tempo todo tentando amar e enaltecer outras pessoas, e isso é incrível, mas estamos esquecendo do mais importante que é nos amar. Quando falo de autoestima, não estou apenas falando sobre algo físico como se importar com a estética do seu cabelo por exemplo, e sim sobre se sentir inseguros e incapazes de conseguir algo mais material, como entrar em uma faculdade ou conseguir um bom emprego. Muitos jovens se sentem incapazes de chegar ao 'sucesso' — seja lá o que for o que defina como sucesso — e talvez isso também seja fruto de um mal ambiente social onde não nos vemos motivados, e isso entra em questão a nossa família, amigos, conhecidos, escola, trabalho. Temos que saber aprender a lidar com nossas inseguranças e aceitar nossas tristezas. Não, não estou romantizando a tristeza, só estou dizendo para aceita-la. Quando aceitamos que não estamos bem e que algo está errado, é o primeiro passo para procurarmos uma solução. E que não há nada de errado em estarmos tristes, desde que não deixemos isso nos consumir. Sei que isso parece um grande clichê e um grande mimimi que você está cansado de ver por aí. Mas é, e não deixa de ser verdade. Estamos cansados de ouvir "se ame", mas ninguém realmente te ensinar a como fazer isso, mas a grande verdade, é que não existe uma maneira de fazer isso. Podemos ouvir um milhão de vezes "tú tem que se amar", mas só vamos realmente quando entendermos que somos bonitos e suficientes. Há mais ou menos um ano estou aprendendo a me amar a cada dia mais e me desconstruir, e isso está sendo muito louco e incrível. De umas semanas para cá, estou tentando ao máximo não tentar julgar a aparência de ninguém e falar coisas do tipo "ele é mais bonito" ou "ele é feio", porque relativamente, todo mundo é bonito. Anteontem estava assistindo uma série, que meus amigos, tem um cara muito gato e não sei porque, comecei a reparar no nariz dele e aquilo de certo modo começou a me incomodar. Por alguns instantes comecei a julgar o nariz dele, mas sabe aquela voz do fundo da sua cabeça que vem e começa a te questionar? foi exatamente isso que aconteceu comigo. Comecei a me questionar. "Mas o que há de errado com o nariz dele?" me perguntava. E foi aí que entendi o quão fixados estamos em um padrão, e quando algo não se enquadra, nós excluímos. Estou aprendendo a mudar meus valores, e espero que vocês também consigam mudar o de vocês. Quando abrimos nossa mente a novos conceitos, tudo se transforma em algo melhor, nós evoluímos como ser humano.
1 note · View note
aleixoma-blog · 5 years
Text
As Cronicas de um mundo Caduco -  Capítulo 1
Ô frívolo leitor, por que me lês? De malgrado, é-me curioso saber o porquê de alguém correr os olhos sobre mim e, sobretudo, o porquê desse alguém ficar estático e corado quando os olhos que me leem são lidos por meus negros olhos. Cuidado, pobre leitor! O livro que está em tuas mãos poderá ser aquele que irá deflora-lo[1]. Não o contrário... “Sim: canis canem edit[2]. Hum! ”.
        Oh! É-me divertido o teu jeito tolo de comportar diante de minhas palavras. “Diante dos meus desejos”. Sim, tua cara de assustado ou, talvez, de imaturo. Mas não tenhas medo nem te envergonhes. Enquanto estiveres comigo, qualquer diferença ou distância: deleta-as, esquece-as. E, se já te sentires à vontade, ofereço-te pão e vinho. “Ah! O sangue e o corpo”. Senta-te e cearemos...
        Contudo, se ainda não sentires confortável, podemos nos conhecer um pouco mais. “Ha! Pobre leitor ingênuo[3]”. Quanto ao teu nome ou a tua história, não te preocupes. Não me interessam. Já as minhas, por vaidade quero conta-las: HAHA[4]!
        Meu verdadeiro nome é Azallus. Sou um espírito da linhagem dos segundos homens[5], exilado das terras longínquas por carregar em meu peito a empáfia pelos prazeres do corpo. “Ad impossibilia nemo tenetur [6]”. Ou pior, por concentrar todas minhas energias em estratégias pouco bondosas para sustentar o meu brio. Por hora, não vem ao caso o detalhes de meu exílio... “A verdade é que meu comportamento nunca fora moralmente adequado para a sociedade de hipócritas em que vivia”. No entanto, saiba: ostentei, de fato, joias que todos os seres-humanos são moldados a exaltar: poder, riqueza, beleza e juventude... e as ostentei sem nunca abandonar os meus valores religiosos e morais[7], que garantem o meu superior estado de consciência. “HAHAHA! ” Sim! E com júbilo fiz tudo aquilo que tens vontade de fazer, parvo leitor, mas ainda és fraco demais para tal[8]. Wow! HAHAHA! “Mísero! Há medo vaporizando pelos poros de sua pele...”. Bem, leitor imaturo, ainda completo minha apresentação com uma última ressalva: ao olhar para minhas memórias, asseguro-te serem tão fascinantes que as repetiria até o ocaso de nossa existência. Não tenhas, portanto, medo! O prazer é sobejamente delirante e prestigioso. Entrega-te a ele. “Entrega-te a mim”.... Esqueça, pois, as farsas que os homens ditos de bem lhe ensinaram. Até porque, eles também são atores desse disparate... encenando um teatro tão esdruxulo e frívolo, que confesso até ser jocoso e pilhérico... “Jocoso, sobretudo quando os atores voltam para casa e se deitam comigo para descansar a própria alma...”
           “Pobre leitor imaturo, consigo ler através de seus olhos o sentimento de horror que já criaste sobre mim... e curiosamente, um sentimento de fascínio também. Não quero simplesmente te conquistar por meio do meu ego inflado. Dar-te-ei, pois, a opção de continuar ou não junto a mim”.
        Néscio leitor, se não gostaste de meu ego, fecha teus olhos e não mais me leias. Se preferires também, pula para os capítulos seguintes ou procura outrem! Para malgrado, se quiseres ficar, mostrar-te-ei o esclarecimento de o que realmente sou: um herói[9]. Sim! Elejo-me superior aos reles mortais, porque, diferentemente deles, não sou hipócrita em esconder peccata mea[10]. “Pelo menos não do meu próprio ego”.
        Ainda desejas continuar? “Tão tolinho, mal sabe quem sou e pretende me seguir por minha história. HAHAHA! A sorte está lançada, feito moeda de ouro jogada a uma fonte em troca de um desejo: desejo byroniano! Posso ver através desses olhos... tê-los-á, estulto leitor”.
        Bem, parvo companheiro, alea iacta est[11]... Aprovo tua tolice em continuar, porém preciso que cumpra alguns preceitos. Estes nada mais são que pré-requisitos para todo sujeito que deseja caminhar ao meu lado. É-me de sumária importância que tu te vistas igual a mim, com um manto e um capuz, destarte não serão vistos os teus traços; como nem os meus. Faço isso por prudência, posto que alguns poucos vaidosos desejam meu ocaso. “Enquanto outros me desejam no ocaso dessa farsa[12] ”. Ah! Também não te esqueças de levar contigo pelo menos um punhal e algumas moedas de ouro, talvez paremos para uma cerveja ou um cálice de vinho. “Referi-me principalmente ao punhal, HAHAHA! As moedas serão apenas parte do nosso espetáculo circense”.
           Se lhe falta algum dos itens propostos, adentra aquela porta. Ela te levará a um quarto com uma cama de palha e um baú. Neste, encontrarás o que precisas. Hm! Antes que me esqueça, não te incomodes com a moça dormindo na cama. Ela não precisará de nada mais. “Além de um coração que bata, é claro, HAHAHA! E talvez um corpo melhor para a próxima encarnação. Ou talvez não... para aquele seu marido, qualquer boceta serve... ele era um sujeito tão feio que fiz bem em dá-lo de alimento aos porcos, HAHAHA! ”.
        Avante! Vamos embora desse casebre, percorrendo a noite sem destino. “Coitado[13], deixo-o pensar que não temos destino...”. Qualquer instrução necessária, que brotar em minha cabeça, notificarei. Fecha a porta quando passar. Não se preocupe em trancá-la, seus donos não precisarão mais dela, HAHAHA!
        Seguiremos por aquela estrada logo a frente. Ela nos levará a uma antiga vila chamada Verona. Já te adianto que a viagem durará cerca de sete noites. Durante o clarão do sol, repousaremos numa das várias choupanas de camponeses que se criam pelo caminho. De forma alguma os moradores ficarão incomodados em receber visitas. Ah! Digo-te mais, pobre leitor, alguns até ficarão lisonjeados. Sim! Ah.... Já que estamos falando de agrados, lembrei-me de ti notificar algo: por ainda ser um aprendiz, prefiro que apenas contemples as travessuras, sem delas participares. Voyeurismo! Sim! Voyeurismo, senhor leitor, HAHAHA! Definiste bem as travessuras... e espero de todo meu âmago que goste das parábolas de semeadura[14] que traçaremos pela frente...
        “ Leitor, virginal, talvez nunca percorreste com seus dedos a anatomia da noite. Ser-me-á grã honra vê-lo desvirginar! Mordicar a maçã enquanto lambisco tua boca... ”
        HAHAHA[15]! Perdoa-me, leitor, sou-me suficiente para dar algumas gargalhadas de vez em quando. São tantas histórias por quais já vivi. Às vezes, eu as relembro e logo me encontro rindo dessa forma, alto….
        Leitor, antes que me esqueça, devo-te lembrar que é de suma importância que você também verbalize os seus pensamentos. Claro, que eu até posso lê-los na hora que bem entender[16], contudo preciso também confessar que me é cansativo adentrar a sua consciência. Sim, sua cabeça está tumefata de lixo. Para mais, o entulho que tu trazes é daqueles mais medíocres, que todos os homens ordinários carregam. Não quero te ofender, nem te humilhar. Sei que és uma vítima da sociedade de primatas em que vives[17]!. HAHAHA! Não te pasmes! Quero apenas o teu melhor: que não sejas mais um homem trivial. “Se bem que, sua cara de pão será de muita serventia para nossos disfarces. Quem desconfiará de essa sua cara de tolo? Oh! HAHAHA!! ”.
           Querido infante, se tens sede paremos para saciá-la. Ouço um barulho quedo de água. Há um córrego ao lado. Devem haver árvores frutíferas também. Podemos fartar a nossa fome nesse seio tão acolhedor da Natureza. Tenha apenas a fineza de não se sujar. Fico incomodado com as pessoas que não tem jeito para comer. Oh!
           Satisfeito? Também estou.... Avante, a alvorada não tarda brota e desejo refúgio quando ela surgir. Não será difícil, eu adianto. Como observaste por todo percurso, há casas de campinos regularmente dispostas ao longo da estrada. Qualquer uma dela ser-nos-á de bom grado.
           “Acredito que aquela próxima seja a escolha perfeita. Os primeiros raios de sol já correm através dos céus, anunciando a alvorada. Possivelmente os agrícolas já saíram para seu ofício, deixando apenas as pobres donzelas em casa. Hum! A fumaça cinzenta confirma meu diagnóstico: o leite já fora fervido! Os trabalhadores já tomaram seu desjejum e se retiraram. ”
        Moço leitor, vês aquela próxima casa? Pois bem, ela será o nosso albergue para o sono. Não te preocupes: não usaremos nem teu punhal nem tuas moedas. Eu já tenho um plano. Para isso, apenas quero que continues sendo quem és: um leitor tolinho cuja melhor resposta sempre será o silêncio. HAHAHA!
        “A casa é bem simples: por fora parece ser composta por apenas uma sala com um fogão a lenha e mais um quarto. Se tiverem filhos, certamente estarão dormindo na sala. No entanto, não farei mal em acordá-los ”.
           TON! TON! TON!
           - Há alguém em casa?
        Ron![18]
“ Uma mulher, como previ”.
        - Bom dia, minha senhora, receio muito em incomodá-la, mas...
        - Bom dia, não incomoda. Já me levantei para ferver leite para meu homem...
        - Ah! Sim! Pois bem, nós somos sacerdotes em viagem para o Santuário de Da-Li. Estamos viajando a pé, desde Dente da Serpente, onde desembarcamos...
        - Humm...
        - E como podes ver em nossos olhos, estamos muito cansados e com bastante fome. Decidimos viajar pela noite para evitar o sol quente, que certamente nos deixaria ainda mais cansados.
        - Entendo, mas não vos é perigoso?
        - Moça sábia, dou-te razão, entretanto a fé que carregamos é-nos um escudo forte o bastante para os terrores noturnos.
        - Já ouvi muitas estórias sobre fé, reverendo. Compreendo bem quão poderosa ela é.
        - Então, precisas ouvir as que trago comigo. Até porque, são a única recompensa que posso lhe oferecer em troca de uma cama para descanso e um pouco de leite quente.
        - Oh! Sim! Entre, tenham a bondade...
“ Possivelmente ela não deve ter filhos, não há mais ninguém em casa além da jovem amásia”.
        - Os céus ouviram nossas orações. O teu bom nome será inserido em nossas rezas noturnas. Os deuses lhe pagarão pela sua bondade. Eles são mui justos e sempre pegam a mais pela caridade...
        - Noviços, não reparei em nosso lar. Ele é mui simples, mas confortável. Há leite aqui no caneco e água no pote de barro. Usem estas canecas de barro e sirvam do pão e das frutas que temos.
        - Que fineza, minha amada! Ficaremos à vontade. Quanto a ti, se tiveres algo a fazer, faça-o, não se preocupe conosco.
        - Oh, reverendo. Nada tenho o que fazer por hora. Na verdade, digo-te que desejo até conversar...
“ A mulher é carente. Quem não seria ficando a manhã toda sozinha, enquanto os campinos trabalham? ”.
        - Bem, senhora... sobre o que se trata? Não te acanhes na nossa presença. É grande sapiência trazermos à luz as escuridões que nos assombram. Os deuses festejam com as confissões. Elas mostram que a verdade que há dentro do teu interior, a sua consciência, brilhou com intensidade suficiente para discerniste o bem e o mal[19].
- Snif[20]! Snif! Reverendo, tens razão... há trevas e angústia em meu íntimo. Creio que fora uma praga de quando me casei. Fora tudo arranjado e na época não quis... Snif! Meu pai obrigou-me a casar. Ele desejava um neto varão... Snif! Disse a mim mesma que não queria, que nunca quis ser mãe; mas nunca disse a ele...Snif! Desde então, nunca consegui me engravidar.
“ Mais uma clássica estória de camponês. Será que digo que o pai dela queria, na verdade, era ter uma boca a menos para sustentar? HAHAHA!”.
- Não chores, puella. Acalma-te!
- Meu senhor, pelos deuses, sou culpada! Snif! Snif! Snif!
- Acalma-te... não és culpada... ninguém pode ser culpado por sua própria ignorância, do mesmo modo que também não podemos nos limitar a ela. O perdão precisa sempre ser maior... vou te buscar água, aquieta-te...
        Leitor, pega um copo de água para a donzela e permaneça firme, com boas intenções para com ela. Precisamos de um ambiente energético e espiritual para que um milagre ocorra.
        - Beba... sentes melhor?
        - Oh! Meu senhor, se sinto! Há já alívio em meio peito. O fardo que carreguei não mais me pesa tanto. Mas ainda estou fraca e trêmula por o ter carregado...
        - O que tu precisas, por hora, é de descanso... O primeiro passo fora dado: quebraste as amarras que a prendia em sua consciência. A partir de hoje, nunca mais pensarás nisso. Prometa-me?
        - Oh! Sim! Prometo...
        - Os céus se alegram! Mas o milagre ainda não fora feito. Ainda não estás grávida. Há de dar um varão a teu pai e a teu homem. Levar-te-ei a teu quarto e lá proferirei um rito sacramental[21].
Querido leitor, farta-te e depois dorme naquele tapete próximo ao fogão a lenha, enquanto oro pelo bem de nossa tão quista senhora. Tenho fé que ela se engravidará hoje! “Mas não de seu marido. HAHAHAHA! “.
[1]Advertência inicial ao leitor.
[2] Cães comem cães. Ditado latino que se refere à maldade humana, enfatizando que ninguém está seguro. Azallus o emprega com ironia em seu pensamento, sendo até um planejamento maléfico de persuadir o leitor para um ato sexual.
[3] Pensamento extremamente característico de Azallus, o que confirma sua atitude maníaca de superioridade e arrogância diante do leitor.
[4] O personagem é extremamente caracterizado por uma risada maligna que ecoa insanamente, mas logo cessa. Muitas vezes, Azallus ri de seus próprios pensamentos, haja vista que são exacerbados de ironia.
[5] Os mitos dizem que os primeiros homens são aqueles que a Natureza fez de bom grado; já os segundos são alguns poucos espíritos que dizem descender dos próprios deuses de Sômnia. Muito pouco ainda se sabe sobre eles. Mas, certamente a inteligência que carregam está mui longe do horizonte humano.
[6] Ditado latino que se traduz: ninguém é obrigado a fazer o impossível. Para Azallus, comportar-se de forma ideal perante à ética, negando os pecados carnais, é impossível para os homens.  
[7] Ironia! Os valores morais e religiosos do herói são o mais puro hedonismo!
[8] Como será esclarecido ao longo da leitura, o personagem é extremamente crítico aos mecanismos de controle social.
[9] Azallus utiliza de uma ironia machadiana ao se dizer um herói.
[10] Traduz-se em: meus pecados.
[11] Traduz-se em: a sorte está lançada, o que alude ao seu pensamento no parágrafo anterior.
[12] Pensamento que já dá uma pincelada sobre os planos malignos do herói. As roupas serão um útil disfarce para as futuras farsas que o herói e o leitor encenarão.
[13] Azallus refere-se ao leitor em pensamento.
[14] Ação de jogar sementes à terra, durante a auto manipulação sexual. O termo parábolas de semeadura é entendível como crônicas eróticas.
[15] Risada histérica de seu pensamento anterior.
[16] Azallus é um espírito da linhagem dos segundos homens, por isso ele diz possuir algumas habilidades mágicas como ler pensamentos e persuadir pessoas.
[17] Crítica severa à sociedade em que o leitor vive.
[18] A porta abre-se.
[19] Referência à teoria racionalista de Platão.
[20] Um leve choro brilha na respiração da donzela.
[21] Mentira fajuta!
2 notes · View notes
pic-a-pic · 5 years
Quote
Oi. É, sou eu de novo, as 3 da manhã escrevendo mais uma vez pra você. Eu não tinha pensado muito bem no que ia escrever após a primeira linha, então eu to aqui só fazendo média até saber bem o que eu gostaria de te dizer. mas acontece que as palavras travam, se dissipam em meio a tantos pensamentos e eu fico aqui sem saber o que fazer, mas a verdade é que eu te amo, em cada centímetro do meu ser, e eu sei que eu sou bem exagerada as vezes, que eu sou dramática, complicada e totalmente cheia de paranoias e defeitos, mas que pessoa de verdade não é? Sabe eu tenho medo dessa dependência, desse meu querer que te quer a cada segundo do dia, que te procura nos textos e fotografias, que te idealiza em cada sonho e em cada plano, é eu sei que eu sou impulsiva, mas é que aqui dentro, tudo parece ser tão normal. Eu nem preciso te dizer que eu to chorando enquanto eu escrevo, mas é um choro de alegria, são lágrimas de felicidade em saber que eu tenho você na minha vida, e que sou amada por você. Eu sei que é clichê mas falar com você é a melhor parte do meu dia, te ver ainda q na tela de um celular é a melhor coisa que eu assisto na madrugada, E eu fico assim toda emotiva, depois de ver um filme de romance, e ainda que eu veja que alguns mostram que no fim tudo acaba, eu vejo que ainda que dure 1 semana ou 10 anos, o amor existe e ele é vivido e sentido todo santo dia.  Eu sei que não quer um relacionamento, há muitas questões vagas em nossas vidas, há sonhos que já nos habitam antes de existirmos um na vida do outro, e eu detestaria ter de desistir deles e detestaria que você por ventura desistisse. Ainda que não pareça e que não demonstre eu vejo um alguém ai dentro, um alguém que ama intensamente, que se entrega, que se permite ser e viver, eu posso estar sendo pretensiosa mas eu sei que eu to amolecendo esse cara durão e centrado, eu sei que o alguém que ta ai dentro tá tentando se manifestar e eu realmente entendo a sua recusa em deixar, mas eu vou te contar um segredo: Você não vai resistir pra sempre. Oh me desculpa o spoiler, mas ainda que tu já saiba, eu quero dizer que eu também sei, e eu sei que já conversamos milhares de vezes sobre isso, e que talvez eu seja até um pouco chata, mas a gente não se encontrou por engano, e eu sei que cara a cara pode ser tudo diferente, mas eu sinto aqui dentro com o meu sexto sentido feminino de que não vai ser, e iremos nos amar muito, e realizaremos todos os nossos sonhos juntos, e eu não me importo que não dure pra sempre, desde que o nosso pra sempre seja juntos. A verdade é que eu já não imagino mais 1 dia sequer da minha vida sem você, sinto falta quando fica muito tempo "longe", conto as horas pra poder falar com você, me desmonto toda vez que vejo teu sorriso lindo enquanto me observa te observar, me aquece sempre que se preocupa e me cuida mesmo que de longe, me cativa quando as 7 da manhã cheio de sono faz palhaçada pra me fazer rir, e ainda que a insonia te cerque e não te deixe dormir, me alegra em saber que sou eu a pessoa que você escolhe pra ficar falando até de manhã sobre todos os assuntos aleatórios que alguém consegue imaginar. Escrevendo esse texto eu percebi que me deixar apaixonar por você foi a melhor coisa que eu poderia deixar acontecer, e eu também entendi o porque foi tão fácil, AMAR você. Te amar é leve a pesar de doloroso, mas a dor que me refiro é a distancia, que maltrata esse pobre coração calejado que vos escreve, te amar me aquece, me entorpece, me alimenta. faz cada músculo do meu corpo vibrar, faz eu me sentir viva e você sabe que eu não me sentia assim quando nos conhecemos, aquele dia reiniciou a minha vida, e eu sou inteiramente grata a você, por ter me dado sentido em viver, por ter me feito lembrar do que sou feita e pelo que sou movida, talvez não se lembre, mas na nossa primeira conversa eu disse que em algum momento da vida eu tinha me perdido, pois é, depois de você eu me encontrei, então eu posso dizer com toda a certeza de que você é a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida, obrigada. Eu só espero que quando eu te entrar você também me encontre, digo, sinergicamente falando, acho que temos um potencia incrível para nos transbordarmos, desde que sejamos nós contra o mundo sempre e de mãos dadas.
É sobre amar/ L.A
1 note · View note
maisquevencedoras · 6 years
Text
Autosabotagem: Como vencer as crenças limitantes?
Tumblr media
2 Coríntios 10.4 e 5: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo...”
Esses dois versículos são o suficiente para você mudar radicalmente suas percepções e perspectivas.
Nesta passagem, o apóstolo Paulo nos alerta sobre ações que são fruto de crenças limitantes:
Fortalezas: barreiras emocionais intransponíveis.
Sofismas: mentiras, propositalmente maquiadas por argumentos verdadeiros, para que possam parecer real.
Altivez: arrogância, intolerância e soberba.
A mais comum são as manipulações – sofismas –, que se manifestam por meio de palavras, que, muitas vezes, escondem as verdadeiras motivações de quem as professa.
Quando não temos discernimento, acabamos incorporando aquelas informações manipuladas que recebemos e transformando-as em sentimentos tóxicos.
Muitas vezes, sem perceber, deixamos estes sentimentos determinarem nossos comportamentos e, consequentemente, nossa identidade! Consequentemente, tornamo-nos escravas. Mas, hoje, o Senhor quer te libertar de todo o cativeiro emocional, espiritual e mental, para que você possa avançar e ser mais que vencedora em todos os seus caminhos.
Para vivermos o plano que Deus tem para nossa vida, precisamos quebrar todas as crenças limitantes e fundamentar nossas vidas em crenças libertadoras.
Gálatas 5.1: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.”
O que são crenças limites? Crenças são convicções, ou seja, é tudo o que assumimos como verdade! É o que determina quantas milhas iremos percorrer... É o que, muitas vezes, também nos leva à autosabotagem!
Partindo deste principio, crenças limitantes nos levam ao negativismo. São crenças que anulam motivações, possibilidades e capacidades.  Em vez de avançar, elas te levam à paralização e, consequentemente, ao retrocesso, porque tudo está em constante evolução...
Quais são as crenças limitantes mais comuns no mundo feminino? “Só serei feliz quando casar!”; “Não nasci para dar certo nessa área!”; “Eu não posso viver sem ele”; “Eu não tenho tempo para nada!”; “Eu não sou boa o suficiente”; “Eu dependo da aprovação dos outros para me sentir!”; “Eu não posso sair deste relacionamento, porque eu não consigo me virar sozinha e não conseguirei nada melhor!”; “Eu sou responsável pela felicidade de outras pessoas, e elas são responsáveis por minha!”; “Eu não mereço mais que isso!”; “Eu sempre vou ter que lutar, enquanto outros têm tudo mais fácil”; “Não sou capaz!”...
.
Como Paulo nos ensina, os sofismas e as manipulações criam fortalezas mentais, despertando em nós sentimentos destrutivos.
Mas, afinal, como vencer essas crenças limitantes?
1- Discernindo e driblando as influências externas que podem te tirar do foco
Mateus 16.21 a 23: Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.”
Pedro estava querendo influenciar Jesus com um discurso de preservação. As intenções dele eram boas. Mas Jesus deixou claro que nada podia tirá-lo da missão que Deus havia designado para Ele.
Muitas vezes, para não sermos influenciadas pelos ambientes e pelas pessoas, precisamos ser radicais, assim como Jesus foi com Pedro.
Muitas vezes, sem perceber, acabamos assumindo as características de pessoas que convivem conosco. Em vez de influenciável, seja influenciadora!
Não permita que as notícias ruins, a crise econômica e as ameaças afetem sua produtividade.
Lembre-se de que o Senhor é contigo! Em vez de alimentar seus medos, alimente sua fé! Ela é a força interior que você precisa para romper todas as barreiras!
2 Crônicas 32.7 e 8: “Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco o Senhor nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós. E o povo descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá.”
2- Andando de acordo com o que você já alcançou e rompendo seus limites
Filipenses 3.13 e 16: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão. Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos.”
Elimine o conceito de que você nunca poderá alcançar determinado patamar novamente.  Em vez disso, tenha consciência de que você poder ir além!
Nada será como antes, mas quem disse que não pode ser melhor? Os dias ruins nos mostram que somos capazes de superar tudo, e os bons nos dão a esperança de que podemos viver melhores ainda!
Quem disse que o seu futuro não pode ser melhor do que o seu passado?
Desafie-se, saia do lugar comum e da zona de conforto! Busque ser o seu melhor a cada dia!
Josué 1.1 a 6: “E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo: Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés.
Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo. Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.”
Filipenses 4.13: “Tudo posso naquele que me fortalece!”.
Efésios 3.20: “Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós...”
3- Enxergue-se como Deus te enxerga!
Juízes 6.12 a 13: “Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente. Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu! Se o SENHOR é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém, agora, o SENHOR nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas.”
Jeremias 29.11: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.”
Mude sua disposição interior! Em vez de se entregar, reaja contra o que veio para te destruir!
4- Lembrando-se de que nossas palavras têm poder!
Provérbios 18.21: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.”
Em vez de vencer suas crenças limitantes, você as reforça com suas palavras!
Em vez de pontes, por meio de nossas palavras, construímos barreiras intransponíveis!
Lembre-se de que quem tem boas palavras transforma qualquer ambiente.
Salmo 84.5 e 6: “Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva.”
Provérbios 15.1: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”
5- Em vez de lutas, enxergue oportunidades
Deuteronômio 30.19: “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência...”
Nos momentos de maiores crises, surgem as melhores ideias...  
Lembre-se de que nada acontece “contra nós”, mas “para nós”. Nada acontece para a nossa destruição, mas para a nossa evolução como seres humanos.
Aprenda a desfrutar tudo o que Deus te deu hoje, em vez de ficar se lamentando pelo que ainda falta!
Em vez de se entregar à derrota, busque uma direção no Senhor! Sempre existirá um caminho para aqueles que têm fé...
Redação +QV
7 notes · View notes
kinkascarvalho · 3 years
Text
Tumblr media
SÉRIE: O MUNDO ESTÁ PASSANDO: ESTUDO Nº 1: OS PRAZERES DO MUNDO
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Os três maiores escritores do Novo Testamento: João, Pedro e Paulo, receberam a inspiração de Deus para nos alertar quanto a um dos pontos mais importantes da nossa vida atual, que é o fato de que o mundo, sim, este mundo que tanto valorizamos, está passando: “Ora, o mundo passa [Gr. παράγω (parágo) v. conduzir por, passar por, ir embora], e os seus desejos; mas aquele que faz a vontade [Gr. θέλημα (thélima) s.n. desejo, propósito, vontade] de Deus, permanece para sempre” (1 João 2:17. Ver também: 1 Coríntios 7:31; 1 Pedro 1:24; 1 Pedro 4:7). Este alerta é extremamente necessário simplesmente porque, apesar de ser tão óbvio, frequentemente esquecemos desta realidade e seguimos vivendo como se o mundo presente fosse fixo. Insistimos em amar a este mundo, desejando e usufruindo dos seus prazeres, como se não soubéssemos que a cada segundo estamos mais próximos de encerrarmos a nossa passagem por aqui. Isto foi o que Davi quis dizer com as palavras: “Eis que mediste os meus dias a palmos; o tempo da minha vida é como que nada diante de ti” (Salmo 39:5).
“O inimigo pode nos oferecer prazeres agradáveis aos nossos olhos o quanto quiser, mas não possui poder para nos forçar a aceitá-los.”
O MUNDO ATRAI A TODOS OS SERES HUMANOS
Em diferentes graus, todos nós somos atraídos pelo mundo presente. Afinal, como recentemente ouvi um pregador dizer: ele é o único que temos. Assim que nascemos e crescemos um pouco, começamos a desenvolver o gosto pelo mundo. Este gosto é em grande parte influenciado pelas pessoas que nos cercam. Observamos como os outros seres humanos ao nosso redor interagem com tudo o que existe no mundo, experimentamos fazer o mesmo e aprendemos rapidamente que certas coisas causam reações agradáveis ao corpo e à mente, e a partir daí procuraremos reviver essas reações sempre que podemos. Foi por causa desta nossa tendência de querer imitar os outros que o apóstolo Paulo nos alertou quanto ao mal que permeia o mundo presente: “Ora, as obras da carne [Gr. σάρξ (sárks) s.f. carne; fig. ser humano, natureza humana] são manifestas, as quais são: imoralidade sexual [Gr. πορνεία (pornia) s.f. imoralidade, prostituição, fornicação], a impureza, a libertinagem, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, as divisões, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos alerto, como já antes vos alertei, que os que tais coisas praticam não herdarão o Reino de Deus [Gr. βασίλειο του Θεού (vasílio tu Theu) exp.idio. Reino de Deus]” (Gálatas 5:19-21).
ESTAMOS SEMPRE PROCURANDO POR NOVOS PRAZERES
Com o tempo, perdemos o interesse por algumas destas coisas e procuramos então por novas formas de obtermos satisfação na vida; as encontramos e nos beneficiamos delas até que estas também nos cansam e seguimos procurando por outras… este processo continuará até o dia em que, por um motivo ou por outro, seremos privados de procurar por novos prazeres, ou, simplesmente cansamos de todos eles. Isto foi exatamente o que ocorreu com o rei Salomão, depois de experimentar praticamente todos os prazeres disponíveis ao homem nos seus dias: “Pelo que passei a detestar a vida, porque a obra que se faz debaixo do sol me era um tédio; sim, tudo é vaidade e desejo inútil” (Eclesiastes 2:17).
OS VICIADOS NOS PRAZERES DO MUNDO
Uma vez que este desejo de experimentar os prazeres que o mundo oferece cria raiz, nos tornamos dependentes vitalícios. De fato, praticamente todos os seres humanos são usuários regulares das atrações, antigas e recém-criadas, que são continuamente oferecidas à população. A propósito, o que não falta neste mundo são criadores e distribuidores de prazeres, afinal, eles exploram um mercado com um histórico comprovado de excelente retorno.
A CONTÍNUA BUSCA POR PRAZERES É UM PROBLEMA ANTIGO
Até aqui, estou apenas explicando da maneira mais clara possível a síntese do que consiste o dia a dia da raça humana. É bom notar que esta contínua busca por prazeres sempre existiu e sempre existirá. A Bíblia relata eventos bem antigos que comprovam esta incessante busca por aquilo que nos satisfaz neste mundo, a começar por Eva, que foi a primeira vítima deste antigo marketing dos prazeres. Satanás, logo no início da nossa existência, observou o perfil dos nossos pais, concluiu corretamente que a melhor forma de fazer com que desobedecessem ao Criador seria explorando a sua curiosidade e desejo nato de experimentar novos prazeres: “Então, vendo a mulher [Heb. אשה (ishá) s.f. mulher, esposa, fêmea] que aquela árvore era boa [Heb. טוב (tôb) adj. bom. amável, agradável] para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável [Heb. חמד (komed) s.m. desejável, atraído, cobiçado, prazer, precioso] para dar entendimento [Heb. שכל (sakal) s.m. entendimento, prudência, astúcia], tomou do seu fruto e comeu” (Gen 3:6). A experiência de Adão e Eva no Jardim do Éden é de imenso valor para entendermos um pouco mais sobre o nosso desejo por prazeres e de como este desejo se transformou de algo bom e inocente ao grande obstáculo para que a raça humana volte a ter o relacionamento perfeito que originalmente tinha com o Criador.
DEUS NOS CRIOU PARA TERMOS PRAZER EM TUDO O QUE FAZEMOS
A raça humana foi criada para sentir prazer em tudo o que faz. Desde o momento que acordamos e saímos da cama, até a hora que voltamos para ela, o nosso dia é repleto de pequenos e grandes prazeres. Em todos os nossos afazeres, por mais insignificantes que alguns deles pareçam, Deus inseriu algum tipo de prazer. O nosso amado Criador colocou prazer até naquilo que fazemos por necessidade, como na reposição dos líquidos e energias fundamentais para vivermos. Ou seja, poderíamos muito bem consumir alimentos somente por ser necessário, sem qualquer gosto por eles, mas, Deus na sua bondade associou também esta tarefa com o prazer, para nos alegrar. Para nós que estamos acostumados, é inimaginável uma vida sem o prazer de beber um copo d’água fria ou de comer um prato favorito. Em suma, sem sombra de dúvidas, o nosso Deus nos criou para que cada minuto da nossa existência fosse excitante e repleto de todos os tipos de prazeres.
EXPERIMENTAMOS PRAZERES PORQUE DEUS TAMBÉM EXPERIMENTA PRAZERES
Uma vez que claramente podemos observar o nosso constante desejo e procura por prazeres a pergunta lógica é o porquê somos assim. Somos assim, queridos, porque Deus também tem prazeres (Salmo 35:27; Salmo 147:11; Salmo 149:4), e simplesmente refletimos aquilo que Ele é: “Façamos o homem à nossa semelhança” (Gênesis 1:26). Um outro ponto lógico quando refletimos nessa verdade é a de que não é pelo fato de possuirmos desejos por prazeres, nem pelo fato de satisfazermos os nossos desejos, que estaremos pecando contra Deus, mas sim se estamos dispostos a sacrificar os nossos desejos pelos desejos do Senhor, quando eles já nos foram revelados. Adão e Eva falharam exatamente neste ponto. Ou seja, Eva, e posteriormente Adão, desejou um prazer e satisfez o seu desejo quando lhe era claro que o desejo de Deus era contrário ao seu: “Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele” (Gênesis 3:2-3).
NO CÉU NÃO HAVERÁ FRUTOS PROIBIDOS
Observemos de novo aquilo que Eva disse no começo da resposta à serpente: “Do fruto das árvores do jardim podemos comer”, ou seja, Deus nos dá uma grande quantidade de prazeres no nosso dia a dia para que sejamos felizes nesta vida. Certamente que sim, pois Ele se deleita em nos ver usufruindo dos prazeres que Ele próprio criou. Essa verdade se aplica tanto na vida presente como na vida futura. Aliás, se aplicará ainda mais no céu uma vez que lá não será mais necessário nenhum alerta de Deus para fruto proibido, porque no céu não haverá frutos proibidos e tampouco serpente circulando no jardim procurando a quem possa devorar (1 Pedro 5:8; Apocalipse 12:10).
A EXTREMA CAUTELA COM OS PRAZERES QUE EXISTEM NO MUNDO
Irmãos, é preciso deixar um ponto bem claro. Por enquanto continuamos vivendo em terreno ocupado por Satanás e suas hostes, e devemos entender que apesar de ser do agrado de Deus que experimentemos muitos dos prazeres que nos são disponíveis — representado pelas muitas árvores frutíferas no Jardim do Éden — é necessário que tenhamos completo controle sobre todos eles. Alguns dos prazeres não nos são permitidos, ainda que tenhamos acesso a eles — representado pela árvore da ciência do bem e do mal. O Senhor espera que venha de nós a decisão de ficar longe de tudo o que Ele nos proibiu, pois é quando privamos a nós mesmo daquilo que temos acesso que demonstramos ao Criador que temos condição de exercer responsavelmente o livre arbítrio que Ele nos deu. Foi dentro deste princípio que Deus colocou uma árvore que dava uma fruta desejável, porém proibida, no centro do jardim (Gênesis 2:9). Também foi dentro deste princípio, que Deus permitiu, e ainda permite, que Satanás, a antiga serpente, circule no nosso meio procurando a quem possa devorar. Foi isso o que o irmão Pedro quis dizer quando nos escreveu: “Amados, não estranheis [Gr. ξενίζομαι (ksênizome) v. achar estranho, se chocar] a ardente provação [Gr. πύρωσις (pírosis) s.f. calamidade, combustão, sofrimento] que vem sobre vós para vos testar [Gr. πειρασμός (pirasmos) s.m. tentação, provação, teste], como se coisa estranha [Gr. ξένος (ksênos) adj. estrangeiro, estranho, alienígena] vos acontecesse” (1 Pedro 4:12). Da mesma forma que ele fez com Eva, o inimigo pode nos oferecer prazeres agradáveis aos nossos olhos o quanto quiser, mas não possui poder para nos forçar a aceitá-los; a decisão é nossa. Assim foi no Éden, e assim é no nosso dia a dia.
PRAZERES QUE NÃO NOS BENEFICIAM
Além dos prazeres que Deus nos proibiu, existem outros que embora em si mesmos não sejam pecaminosos, eles não nos beneficiarão espiritualmente e, se não os dominarmos, poderão até mesmo bloquear a nossa entrada no céu. Também sobre estes, o Senhor espera que exercitemos controle. Foi a esses tipos de prazeres que o apóstolo Paulo se referiu quando nos escreveu: “Todas as coisas [Gr. πάντα (panda) adj. s.n. πας: tudo, todo, qualquer] me são lícitas [Gr. έξεστιν (eksustin) v. ser legal, ser lícito, ser permitido], mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar [Gr. εξουσία (eksucía) s.f. autoridade, direito, poder] por nenhuma delas” (1 Coríntios 6:12).
UM PEDIDO DE ORAÇÃO
Amados, estamos muito animados com esta nova série. Sigam orando por nós, pois esta é outra série difícil, mas de suma importância. Além de vocês, irmão e irmãs em Cristo, que já há anos leem os textos regularmente, o Senhor continua enviando milhares de almas preciosas até os nossos estudos e a responsabilidade que paira sobre nós é astronômica. Orem acima de tudo para que o Senhor nos mantenha servos humildes, à medida que o ministério cresce. Que estejamos cientes que depois de fazer tudo aquilo que Ele nos manda, ainda assim somos servos inúteis, pois não fizemos mais do que a nossa obrigação (Lucas 17:10). Digo tudo isso porque não existe maior obstáculo para o crescimento da obra do que o orgulhoso coração humano (Provérbios 16:5). Que o Senhor, na sua misericórdia, nos livre deste mal. Espero te ver no céu.
*No Amor de Cristo,
1 note · View note
emotionalynumb · 3 years
Text
Tumblr media
Friends
Há muitas coisas que me fazem querer voltar a casa. O tempo, a comida, o ambiente, a minha família. Mas nada me deixa mais triste de voltar do que saber que não vos vou ver. Que não tenho um grupo de amigos como aqui e nunca vou ter.. Amigos que te conhecem sem teres de precisar de falar. Amigos com que os silêncios são confortáveis. Amigos que respondem logo a mensagem do “vamos ao café”. Amigos que consegues sentir que sentiram tanto a tua falta como tu sentiste deles. Amigos com quem eu não preciso de fingir. Não preciso de por um sorriso falso porque eles conseguem ver por de trás da máscara. Amigos que me fazem sentir que mesmo que esteja sozinha eu não o estou.
Eu la tenho pessoas. Mas elas não me conhecem. Eu não sinto que eles precisem de mim ou que eu precise deles. Este ano senti-me tão sozinha. Quando fecharam tudo e só podias ter uma olha de 4 pessoas eu não conseguia pensar em ninguém. Porque todas as pessoas com quem eu queria estar estavam aqui. Vocês. Eu senti que não tinha ninguém a minha volta com quem estar, com quem quisesse falar e que quisesse de facto estar comigo. Que não havia ninguém a minha volta que me fosse escolher para a sua bolha. E isso bateu me muito mal… mal quando não tinha nenhum sítio seguro para ir, mal quando mesma na casa onde vivia me sentia pessoa não desejada, mal quando o Tobias morreu e não pude fazer nada, mas bem pior em Janeiro quando o meu avô morreu. E por 48h senti uma escuridão a bater em mim e nada que pudesse fazer. Não tinha ninguém para abraçar, ninguém com quem falar cara a cara. Coisas que só tive quando cheguei cá. E por uma semana consegui lidar com as coisas. Tive apoio. E depois voltei. E foi a mesma escuridão por semanas, meses. Aperceber-me que em 2020, eu consigo contar o número de abraços sentidos que dei. E foram todos (com exceção de 1) em Portugal. Aperceber-me que se quisesse falar de alguém lá não ia ser a mesma coisa… Sempre que estou cá estou bem. Não é perfeito. Eu sei que é uma ilusão. Que tem coisas com que eu não sei se alguma vez iria estar confortável aqui. Mas sempre que me despeço de Portugal, de vocês, eu sei que me estou a despedir de abraços e afeto que lá não vou ter. Vou me despedir de poder ser eu mesma… mesmo depressiva… ou calada. Sem me sentir culpada por estar a ser assim.
0 notes
sillykingtriumph · 3 years
Text
O Espiritualista na Sociedade
Caros Amigos,Como habitualmente às 2ªs. feiras, voltamos com mais um capítulo do Fascículo nº. 2, contendo ensinamentos do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov.FASCÍCULO Nº. 2 - O ESPIRITUALISTA NA SOCIEDADE13º. Capítulo - UMA JUSTIÇA SUPERIOR.Alguém vos desiludiu ou vos lesou e então contais a toda a gente o que vos fizeram. Dir-me-eis: «Isso é normal, é para repor a justiça!» Não. Essa noção de justiça está na origem de todos os infortúnios. Deixai a justiça tranquila. «Mas, então, o que havemos de fazer?» Recorrei a um princípio superior à justiça, um princípio de amor, de bondade, de generosidade.Há dois mil anos que Jesus trouxe este novo ensinamento, mas os cristãos continuam a aplicar a lei de talião - olho por olho, dente por dente - e ainda não compreenderam que, para se ser verdadeiramente grande, verdadeiramente livre, é preciso ultrapassar a noção de justiça. Como?Vós fizestes, suponhamos, algum bem a alguém; por exemplo, destes-lhe dinheiro. Depois, um dia, achais que essa pessoa agiu mal para convosco e relatais a toda gente o que fizestes, queixando-vos de que ela não esteve à altura da vossa generosidade e da vossa confiança. Por que haveis de ir relatar tudo isso? Se falais a todos sobre o bem que fizestes e, ainda por cima, lamentais tê-lo feito, estais a demolir esse bem... Estava inscrito nos registos celestes que deveríeis ser recompensados, mas agora, agindo como agis, apagais a vossa boa acção.Ainda que alguém vos engane ou vos lese, não deveis propalar isso, nem, sobretudo, procurar exercer represálias. Pelo contrário, pelo vosso comportamento deveis dar a essa pessoa um exemplo da maneira correcta de se comportar. Um dia, ela sentirá vergonha e fará tudo para reparar as suas injustiças para convosco. É preciso fechar um pouco os olhos e perdoar; é assim que cresceis.Compreendei, doravante, quão proveitoso é receber a luz da Iniciação. Um homem comum que tenha sido ofendido, lesado, vai, evidentemente, ripostar, para dar, segundo ele, uma lição ao seu adversário, e todos acharão que isso é normal, que é "justo". Sim, talvez seja justo segundo os conceitos que o mundo vulgar tem da justiça, mas é estúpido aos olhos do mundo divino. Porque o que se passa é o seguinte: a partir do momento em que ele se deixa levar pelos instintos, pelo desejo de vingança, entra num círculo infernal do qual já não conseguirá sair. Desembaraçou-se de um inimigo, é certo, mas aparecerão sempre outros – é a vida! – e ele terá de se esforçar de novo para os eliminar. Desta maneira, manterá em si próprio sentimentos e atitudes que apenas reforçarão a sua natureza inferior. Mais: as suas vitórias, tão dificilmente alcançadas, não durarão muito tempo, porque os seus inimigos voltarão a encontrá-lo numa próxima incarnação e terão todas as possibilidades de se desforrar. Por conseguinte, como vedes, essa velha compreensão da justiça não traz qualquer solução; pelo contrário, ela complica as coisas, torna a existência pesada, aumenta as dívidas cármicas e, finalmente, conduz a derrotas.O verdadeiro espiritualista, que conhece as leis, aplica outros métodos: deixa os adversários tranquilos, entregues ao seu próprio processo de desenvolvimento! Ele sabe antecipadamente como eles vão acabar, se continuarem. Quanto a ele, começa um trabalho gigantesco sobre si próprio, ora, medita, aprende, exercita-se, e pouco a pouco começa a possuir a verdadeira sabedoria, os verdadeiros poderes.Evidentemente, é preciso terdes muito amor, muita bondade, muita paciência e muita luz para renunciardes a empregar as mesmas armas que usaram os que vos fizeram mal. Mas este método que vos dou é o mais eficaz. Deixais os vossos inimigos sossegados, não vos ocupeis mais deles, ocupais-vos unicamente do vosso aperfeiçoamento. Quando eles virem isso, sentir-se-ão tão feios, macilentos e estúpidos ao vosso lado, que, mais tarde ou mais cedo, se arrependerão e virão reparar o mal que vos fizeram.É que existe mesmo uma lei da natureza segundo a qual, um dia – e, se não for nesta incarnação, será na próxima – todos os que vos enganaram, lesaram, feriram ou traíram serão obrigados a vir procurar-vos para repararem as suas faltas. Pode acontecer que, sentindo intuitivamente que eles são antigos inimigos, queirais afastá-los. Não importa; eles continuarão a procurar-vos e a pedir-vos que aceiteis os seus serviços. Porque a lei é assim. E já aconteceu com muitos. Portanto, todas as pessoas que vos fizeram mal e a quem respondestes com o perdão serão obrigadas pela lei cósmica (quer elas queiram, quer não; a sua opinião não conta) a vir reparar as injustiças que vos fizeram.Eu não quero dizer que deveis deixar-vos aniquilar pelos maus, não; deveis ripostar, mas encontrando uma resposta tal, que produza no coração e na alma dos vossos adversários uma enorme reviravolta que seja benéfica para vós e para eles. Esta atitude é duplamente vantajosa.Até breve26 de Abril, 2021http://www.publicacoesmaitreya.pt
0 notes
estudosteologicos · 3 years
Text
O QUE ERA O ESPINHO DA CARNE DO APÓSTOLO PAULO?
Tumblr media
"E, para que eu não me exaltasse acima da medida, pela abundância das revelações, foi-me dado um espinho na carne, o mensageiro de Satanás para me esbofetear, para que eu não me exaltasse acima da medida”. 2Co 12:7.
São vários os pensamentos e afirmações sobre o que seria o “tal” espinho na carne mencionado por Paulo. As conjecturas e especulações acerca da natureza desse “espinho na carne”, que afligia permanentemente a pessoa do apóstolo Paulo e o fazia se sentir fraco e humilhado, são muitas. Paulo, no entanto, jamais foi claro sobre isso nas Escrituras, nem seus discípulos e amigos. Segundo Lutero, se tratava das constantes perseguições; especialmente por parte dos judeus, seus próprios irmãos, aos quais Paulo dedicava tanto amor (Rm 9.3). De fato, nos textos hebraicos do AT, o termo “espinhos” pode significar também “inimigos” (Nm 33.55; Js 23.13). Segundo o pastor, escritor e teológo Hernandes Dias Lopes, o espinho da carne do apóstolo Paulo era um problema físico de deficiência visual. Mas vale lembrar, que Paulo teve muitos sofrimentos físicos, padeceu de malária (Gl 4.13), de uma doença que muito lhe prejudicara a visão (Gl 4.15) e de fortes enxaquecas. Isso, sem falar, de todas as lutas espirituais e psicológicas que um servo de Deus da estatura de Paulo certamente enfrentou. De acordo com o pensamento de Augusto Nicodemus, outra sumidade e referência em teologia, nos trás a seguinte informação: “Há várias suposições sobre o que era. Algumas até cômicas, mas poderia ser uma doença dolorosa, crônica, problemas nos olhos (Paulo pegou malária na região da Galácia), rejeição dos judeus (Rm 9, 10); poderia ser alguma aflição mental, epilepsia”.
Vemos por conta disso, que a razão por trás da revelação de sua maravilhosa experiência, era que ele podia expor e explicar a sua maior deficiência.
Hughes escreve: "É realmente extra­ordinário como, por uma espécie de paradoxo, a explicação de sua mais profunda humi­lhação exija a revelação de sua maior exaltação, de forma que o ponto exato onde seus adversários o consideram ser mais desprezível, esteja ligado a uma experiência inefável que ultrapassa de longe o brilho do espalhafatoso enfeite da exaltação deles”. Dessa forma, a hipocrisia da posição dos oponentes de Paulo é revelada, e pode ser contempla­da por todos.
O propósito do espinho é duplamente indicado pela repetição da frase para que me não exaltasse. Este espinho lhe foi dado como um mensageiro de Satanás, para o esbofetear, para que o seu ministério fosse exercido na mais profunda humildade. Quanto maiores eram os seus privilégios de graça e apostolado, mais necessário era que ele percebesse a sua absoluta dependência do Senhor. Bastaria que o Senhor Deus reti­rasse a sua boa mão, e Paulo estaria inteiramente sob o poder de Satanás. Paulo se expressa de um modo um tanto paradoxal: aquilo que Satanás utiliza como um instru­mento de tortura contra Paulo pode servir, na providência de Deus, para um propósito divino na vida do apóstolo.
Embora o significado principal e clássico de “espinho” no grego; “skolops” seja "estaca", um bastão de madeira afiado, este termo é usado principalmente na Septuaginta (Nm 33.35; Ez 28.24; Os 2.6) e nos papiros, como espinho, estilhaço ou lasca. Pillai sugere que o quadro seja o de um arador descalço que tem um espinho em seu pé. Devido à falta de métodos de esterilização eficazes, ele acha mais seguro deixá-lo ali do que removê-lo. Assim ele manca por algumas semanas até que uma pele mais grossa se forme em torno do espinho; então ele o arrancará de forma segura com uma faca." O quadro que Paulo descreve é de algo afiado, dolorosa e profundamente cravado na carne, que não pode ser removido, mas continua causando uma dificuldade crescente. O verbo esbofetear, no presente do subjuntivo, apresenta a idéia de contínua repetição de golpes fulminantes dados com os punhos cerrados (Mt 26.67; cf. 1 Co 4.11).
Mas podemos identificar especificamente aquilo a que Paulo se refere? Ele o chama de espinho na carne (skolops te sarki). O termo não está expresso literalmente através do termo “en”, mas deriva de uma interpretação locativa do dativo “te sarki”. Tal construção denotaria mais naturalmente alguma coisa embutida na carne, uma dor físi­ca. Entretanto, se o apóstolo quis dizer isso, pareceria mais natural que tivesse dito “en te sarki” como em Gálatas 4.14. Portanto, a expressão é melhor interpretada como um dativo de desvantagem, "para a carne", isto é, para a inconveniência da carne. Isto não o limita a uma aflição física, nem a exclui como uma aflição desta natureza.
Muitos dos comentaristas medievais, encorajados pela tradução da Vulgata Latina, “stimulus carnis”, assumiram que Paulo estivesse falando de tentações carnais ou de impureza. Os reformistas ampliaram isto para tentações espirituais de todos os tipos, planejadas para "furar a bolha" de qualquer arrogância que tivesse sobrevivido na vida do fariseu convertido.
Calvino localiza a esfera de tais tentações na natureza carnal que permanece ativa naquele que é regenerado. Porém nem mesmo os modernos co­mentaristas calvinistas sustentam essa interpretação como se fosse o significado preten­dido aqui, embora mencionem esta possibilidade.
Alguns intérpretes dos nossos dias seguem a tendência da exegese de Crisóstomo, apoiada pelos patriarcas gregos em geral, e por Agostinho. Estes intérpretes acreditavam que a referência era a "Alexandre, o latoeiro" (2 Tm 4.14), aos partidários de Himeneu e Fileto (2 Tm 2.17), e a todos os adversários da Palavra, que trabalhavam para Sata­nás.
Segundo Munck, por exemplo, ele aceita o julgamento do intérprete dinamarquês Koch, no que se refere “ao 'mensageiro de Satanás” remeter a atos de violência, aborrecimentos e tumultos populares, às incessantes perseguições ao apóstolo, os sofrimentos de Cristo.
R. A. Knox traduz “skolops te sarki” como "um aguilhão de natureza externa, que aflige". Esta interpretação está de acordo com o seu julgamento, expresso em uma nota de rodapé, de que se trata da perseguição a Paulo por parte dos judeus, os quais o irritavam perma­nentemente, humilhando-o perante o mundo gentílico.
"Quando usado como uma figura de linguagem", comenta Pillai, "um espinho na carne sempre se refere a pessoas irritantes ou aborrecedoras". Isto pode ser visto em Números 33.55, onde Moisés adverte os israelitas quando estão prestes a entrar em Canaã: "Mas, se não lançardes fora os moradores da terra de diante de vós, então, os que deixardes ficar deles vos serão por espinhos nos vossos olhos e por aguilhões nas vossas costas e apertar-vos-ão na terra em que habitardes". Números 33.55
Esta interpretação se ajustaria bem com a designação dada por Paulo de um men­sageiro de Satanás. Paulo descreve Satanás em outras passagens como o adversário que interfere na divulgação do evangelho. Em Atos 13.8,10, "Elimas, o encantador" é chamado de "filho do diabo" quando tenta "apartar da fé" o procônsul. Em 1 Tes 2.18, Paulo escreveu que Satanás o havia impedido, muitas vezes, de ir a Tessalônica.
E essa oposição veio mais freqüentemente de seus "parentes segundo a carne" (Rm 9.3). Tasker escreve, ao apoiar a interpretação de Crisóstomo: "Assim como não há nada que tenha uma tendência maior de exaltar um evangelista cristão quanto o gozo das experiências espirituais, não há nada tão poderoso para esvaziar o orgulho espiritual que se­gue tais experiências, como a oposição que o evangelista cristão encontra enquanto pre­ga a Palavra".
Apesar de todas essas referências, ainda há um grupo de estudiosos e teólogos, que defendem esse espinho, como sendo a de uma debilidade corpórea. Há indicações em suas cartas de que sua condição física lhe causava dificuldades de tempos em tempos. Aos gálatas, ele escreveu: "Vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne (no grego, asthenia tes sarkos). E não rejeitastes, nem desprezastes isso que era uma tentação na minha carne (no grego, en te sarki mou); antes, me recebestes como um anjo de Deus, como Jesus Cristo mesmo (2Co 4:13-14; cf. 2Co 1.8; 1Co 2.3). Quanto à atitude de Paulo com respeito ao seu ministério, ele já havia escrito em sua segunda carta aos coríntios: "Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia" (2Co 4.16). A identificação precisa de tal enfermidade variou de uma dor de ouvido ou dor de cabeça, uma epilepsia (Gl 4.14), uma doença nos olhos (Gl 4.15; 5.11) e uma febre recorrente da malária. A última talvez seja a mais plausível, pois ela é acompanhada por uma dor de cabeça peculiar que foi descrita como "empurrar uma barra em brasa atravessando a testa", uma descrição similar a um espinho na carne.
Ramsay escreve que a febre da malária em algumas condições físicas retorna "em uma agonia muito dolorosa e debilitante, quando as energias de alguém são exigidas em um grande esforço. Um ataque assim é temporariamente incapacitante: a vítima só pode se deitar e se sentir uma criatura fraca, desprotegida e trêmula, quando deveria estar tra­balhando. A pessoa sente desprezo e ódio de si mesma e acredita que os outros sintam o mesmo em relação a ela".
Independente de todos os pontos de vista de grandes teólogos do mundo inteiro, não temos como afirmar com precisão, algo que o próprio apóstolo Paulo omitiu através das escrituras. Assim, não temos como saber e nem tão pouco, podemos afirmar, qual seria o seu espinho na carne. Sem dúvida foi melhor que ele não revelasse de modo claro o suficiente, para que entendêssemos. Da maneira que está, e com toda essa questão subjetiva a despeito desse fato, todos nós temos uma inspirada orientação para o nosso "espinho na carne" particular. Temos uma perspectiva a partir da como tratar ou lidar, com aquilo que atormenta a nossa natureza exterior, quer seja uma aflição física, a ação de outras pessoas ou circunstâncias específicas que nos humilhem. Segundo o teólogo Lenski, ele afirma em que não só não nos é dado saber, como também nem mesmo os coríntios podiam entender a linguagem figurada de Paulo, ou seja, Paulo conta sobre este espinho na carne do mesmo modo como conta sobre seu arrebatamento ao Para­íso pela primeira vez. Nas duas ocasiões, ele revela segredos íntimos de sua vida pessoal que nunca antes foram expostos aos coríntios, e que só são revelados agora sob o impera­tivo da situação.
Qualquer que fosse a natureza do espinho mortificante, o apóstolo orou fervorosa­mente para que se desviasse dele (8). O Senhor a quem Paulo dirigiu suas orações é Cristo (9), indicando que Paulo iguala Cristo a Deus como o Receptor da oração. Como o seu Senhor no Jardim do Getsêmani (Mt 26.44), Paulo fez o seu pedido de libertação por três vezes. Até o resultado é similar: "Não seja como eu quero, mas como tu queres" (Mt 26.39). Paulo conhecia a experiência de não ter suas orações atendidas de acordo com os seus desejos humanos.
A resposta é definitiva: “E disse-me: (eireken é o tempo verbal perfeito, indicando que a decisão continua de pé) A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (9).
O sofrimento de Paulo é mostrado como necessário, por­que o poder divino se aperfeiçoa com a fraqueza humana; está completo, consumado (teleitai) ou cumpre seu propósito (telos) quando o homem alcança o ponto da absoluta fraqueza. Só então ele se torna um instrumento adequado nas mãos do Senhor. Portanto, o poder alcança sua máxima intensidade na fraqueza.
A graça (8-9) que é suficiente (cf. 2Co 3.5) para o apóstolo não é somente a generosidade de Deus manifestada na vida, morte e ressurreição de Cristo, mas também o poder de Cristo (cf. 1Co 15.10). Assim, Paulo não está meramente resignado com suas fraque­zas; ele aceita a vontade de Deus como a sua própria. Ele, com alegria, se gloria na sua fraqueza, para que em mim habite o poder de Cristo (isto é, amplie a sua cobertu­ra, episkenose; cf. Lc 9.34).
Assim, o apóstolo narra o método que Deus assumiu para mantê-lo firme e para evitar que se exaltasse desmedidamente pelas visões e revelações que tinha. Não se nos diz o que era esse aguilhão na carne, se um problema enorme ou uma tentação imensa. Mas Deus costuma obter bom do mau para que as repreensões de nossos inimigos nos protejam do orgulho. Se Deus nos ama, evitará que nos exaltemos sem medida; as cargas espirituais estão ordenadas para curar o orgulho espiritual. E qual o único remédio para tal situação? A oração.
Ela é um ungüento para toda chaga, remédio para toda doença e, quando estamos afligidos com aguilhões na carne, devemos nos entregar à oração. Se não nos for respondida a primeira oração, nem a segunda, devemos continuar orando. Os problemas são enviados para ensinar-nos a orar; e continuam para ensinar-nos a insistir na oração.
Apesar de aceitar a oração de fé, ainda assim nem sempre Deus dá o que lhe é pedido: porque, como às vezes concede com ira, também nega com amor. Quando Deus não elimina nossos problemas e tentações, mas nos dá graça suficiente para nós, não temos razão para queixar-nos. A graça significa a boa vontade de Deus para conosco, e isso é suficiente para iluminar-nos e vivificarnos, suficiente para fortalecer-nos e consolar-nos em todas as aflições e angústias. Seu poder se aperfeiçoa em nossa fraqueza. Deste modo, sua graça se manifesta e magnifica. Quando somos fracos em nós mesmos, então somos fortes na graça de nosso Senhor Jesus Cristo. Se nos sentimos fracos em nós mesmos, então vamos a Cristo, recebemos poder dEle e desfrutamos mais das provisões do poder e da graça divina.
A Bíblia ensina que os crentes "todos recebemos graça sobre graça ..." por meio do Senhor Jesus Cristo (João 1:16), uma vez que "a graça e a verdade vieram por meio dEle (João 1:17) e Ele, como Deus encarnado, é "cheio de graça e de verdade" (João 1:14).
Assim, Lucas, por escrito, dos primeiros cristãos, disse que "a graça abundante em todos eles havia" ( Atos 4:33 ). Paulo também nos escreveu sobre a "graça na qual estamos firmes" (Rom 5: 2); Tiago falou da graça, que é maior do que o poder do pecado (Tiago 4: 6; cf. Rom 5:20); e Pedro descreveu a "distribuidora graça de Deus" (1Pedro 4:10).
Não admira que Paulo chamou de "superando graça de Deus em [crentes]" (2Cor. 9:14), e estava confiante de que "Deus é capaz de fazer toda a graça abundar para [crentes], a fim de que tendo sempre, em tudo, [eles] podem ter uma abundância para toda boa obra”. (2Cor. 9: 8).
Desse modo e concluindo nosso estudo, temos apenas uma certeza, que o espinho da carne de Paulo traz vá­rias lições práticas, mas a mais importante delas é que, as bênçãos espirituais são muito mais importantes que as físicas. Pau­lo era um cristão melhor por causa de sua fraqueza, embora pensasse o contrário. Ou seja, esse “espinho na carne” provavelmente tinha uma causa física (qualquer uma daquelas já citadas), mas principalmente, a causa espiritual, o qual poderia elevá-lo a uma supra exaltação, o tirando do seu principal e único foco que era Jesus. Augusto Nicodemus diz o seguinte: “Várias coisas podem ter em nós o mesmo efeito que o espinho na carne teve para Paulo: manter humilde”. Paulo tinha que viver reconhecendo sua fraqueza e total dependência em Cristo. Assim também, cada um de nós somos fortalecidos por Cristo todos os dias, ainda que nos sintamos fracos e sem forças. Não importa qual seja o meu ou o seu “espinho na carne”, o mais importante, é que a graça multiforme e fortalecedora de Deus nos será suficiente.
Pense nisso. Deus te abençoe.
Luiz Fernando Lucas é Teólogo, Bacharel em Teologia, Professor de Teologia, pós graduado em Hermenêutica do Novo Testamento, pós graduado em Filosofia Cristã, Especialista em Hebraico Bíblico e Pastor no Ministério Evangélico Palavra de Vida | Campo Grande | MS
0 notes
aalegriaperfeita · 3 years
Text
Sophia 1. Viver o momento presente.
Se qualquer habitante de outro planeta pudesse visitar o nosso, com certeza, ao analisar-lhe os habitantes, pensaria que eles caminham todos para uma longínqua meta e que o que eles designam com o nome de vida não passa de uma pequena passagem, de uma residência temporária no seu próprio país.
Aquele visitante encontraria poucas pessoas que saibam desfrutar o momento presente. A maior parte dos homens fitam constantemente o futuro. Julgam eles que poderão viver e desfrutar a vida, quando, tendo adquirido fortuna, puderem instalar-se numa nova casa belamente mobiliada, comprar um automóvel, desfrutar tudo o que julgam indispensável a sua felicidade, desfazerem-se de tudo quanto os incomoda ou aborrece, quando, finalmente, tudo for harmonioso e confortável a vida deles, quando os seus negócios correrem em plena prosperidade.
Não sabem desfrutar nada da felicidade de hoje. Em geral, o vosso olhar fita-se tão obstinadamente no futuro, num alvo longínquo, que não podem ver as belezas e as alegrias que vos rodeiam.
Vivem a espera do que há de vir, e assim perdem a faculdade de desfrutar a bondade e a beleza que a vida vos oferece já hoje.
Vivem no amanhã, sem atentar em que, a rigor, o amanhã não vem nunca, porque é adiado para o dia seguinte.
Se parecem com as crianças que desejam tocar o arco-íris. Que felicidade, se pusessem nele as mãos! Não pensam que o momento que vale a pena viver é o presente, porque imaginam que há de ser melhor o futuro.
E, assim, a maior parte dos homens vivem descontentes, nervosos, agitados e infelizes. Tem um olhar inquieto que parece devassar o horizonte e que prova não viverem no presente.
Muitas pessoas preocupam-se com o passado e carpem as ocasiões perdidas e as fortunas que não souberam aproveitar. Ao fazerem-no, desprezam o presente momento que lhes parece vales pouco.
Causa assombro verificar as forças que perdem a lamentar o passado, e como só tarde compreendem perfeitamente o que deviam ter feito. Como procederiam de outra forma, se pudessem voltar as ocasiões passadas!
A felicidade de inúmeras pessoas tem sido comprometida pela lembrança de faltas cometidas ou de desastradas experiências feitas no passado. Para serdes felizes, devem aprender a esquecer, a sepultar recordações tristes. Porque essas recordações só podem roubar a energia que tanto vos é precisa para corrigir os vossos erros, e compensar os desacertos.
Perguntavam um dia a um velho rendeiro, numa sessão de uma congresso agrícola, qual a sua opinião sobre a quantidade de terreno necessário para a prosperidade de uma certa espécie de fruto.
O velho respondeu: Isto tem pouca importância. Mais do que o próprio terreno vale a qualidade do homem que a cultivar.
É que um rendeiro inteligente, trabalhador e hábil, colhe lucros num terreno estéril e pobre, ao passo que outros, sem aquelas qualidades, empobrecem-se, apesar de tratarem de terrenos ricos.
A vossa felicidade depende mais do que vosso estado de espírito do que das circunstâncias exteriores.
Em condições ideais, toda a gente é capaz de achar facilmente a felicidade.Mas, para ela brotar das mais desvantajosas condições, é preciso ser um homem perfeitamente equilibrado e saber-se dominar.
Só aqui está o paraíso. Ou tendes a felicidade em vós mesmos, ou nunca a encontrareis.
A desgraça deriva de esperardes um número excessivo de acontecimentos extraordinários, esquecendo-vos assim de pousar os olhos nas flores que marginam o caminho da vida, apesar de vos oferecerem a sua beleza, o seu perfume, a sua alegria pura.
Muitas pessoas, que, na verdade, tentam desenvolver-se em tudo, não compreendem como poderiam achar a felicidade na sua vida humilde e monótona, na profissão que escolheram por necessidade, ou para sustentarem os que dependem do seu braço.
Melhor fariam essas pessoas estudando a vida das abelhas, que, em cada minuto da primavera, sabem encontrar aquilo de que necessitam, para fazerem o seu mel, em más ervas, em flores venenosas, no que diria incapaz de lhes servir para nada.
Se chegam a ser felizes, é porque souberam extrair do vosso ambiente a felicidade, apesar de todos os vexames, cuidados e condições favoráveis.
Aquele que, à medida que caminha, não aprende a achar a sua felicidade no trabalho cotidiano, com as suas provações, dificuldade e decepções, nunca soube penetrar o grande segredo da vida.
É no ciclo dos deveres de todos os dias, nos embaraços e lutas da vida, nos choques e atritos com os outros, no tumulto diário com o mundo agitado, ruidoso, interesseiro, que devem sugar o mel da vida, como as abelhas sabem extraí-lo de todas as espécies de plantas.
Todo o mundo é um reservatório de minas de alegrias inexploradas. Por qualquer parte que forem, tens o filão da felicidade: basta sabe-lo extrair.
Todas as coisas tem o seu valor, a questão é saberem descobri-lo. A metade das alegrias da vida encontram-se nas pequenas coisas, colhidas ao passar.
Todos os homens que se movem no mundo tem de tomar parte na vida presente e sentir a influência da civilização no grande drama da humanidade.
Não vedes que estais na fase da vossa vida que imaginastes de tão inebriante felicidade?
Vedes agora realizadas as promessas que opulentavam a vossa infância e a vossa adolescência? Depararam-se-vos, nos dias e nas semanas que vão fugindo, os radiosos sonhos de futuro que encantavam a vossa imaginação juvenil, como a miragem do deserto fascina o viajante fatigado?
Detendes-vos algumas vezes, para ponderar que o tempo que desperdiçais é precisamente aquele pelo qual com tanto ardor suspirastes, e que tão preciso vos parecia? Que os momentos, hoje tão inquietantes para vós, são exatamente aqueles que desejáveis de antes desfrutar em toda a plenitude?
Por que vos parece hoje um árido deserto o que vos parecia um paraíso, visto pelo prisma da vossa juventude? Porque a vossa visão engana. Considerais o vosso ambiente sob um falso ponto de vista.
Estais desapontados, descontentes e infelizes, porque perdeis em lamentações o tempo que, bem aproveitado, converteria o que vos parece um árido deserto num paraíso semelhante aquele que sonháveis na mocidade.
Sim, agora, no atual momento, que julgas tão desprezível e miserável, é nele que podes encontrar a realização do teu ideal. Fá-lo surgir; trabalha, crê, vive, e sê livre. O ideal reside em ti mesmo, e em ti mesmo existem os obstáculos a sua realização. As condições da tua vida são precisamente a matéria da qual deves fazer surgir o teu ideal.
É indiferente que essa matéria seja fina ou grosseira, se tu lhe deres uma forma heroica, poética. Tu que te sentes enleado pelo momento presente e que amargamente pedes a Deus um reino onde possas reinar, aprende esta verdade: o que procuras está ao pé de ti, em nenhuma outra parte, bastando apenas que tu o notes.
Imaginas que, ao atingires o país do futuro, de doiradas messes, os frutos hão de cair maduros no teu cabaz, sem teres semeado ou regado a terra.
Sonhas colher onde não semeaste. Olhas sempre para o futuro, sem te lembrares de que vais atrás de uma miragem.
Um dia, talvez tarde, hás de despertar, verificando que nada tem que colher na idade madura quem na mocidade não semeou.
Não podem se libertar do tempo da vida. Por que sois tão descuidados, tão propensos a perder tempo, especialmente na mocidade, afinal quando mais vos apegais a vida?
Esbanjando o tempo, no mesmo gesto perdeis vida; empregando-o bem, enriqueceis a existência.
Como são poucas as pessoas que sabem avaliar a relação existente entre o tempo e a vida! Julgam poder esbanjar o tempo em todas as espécies de loucuras e dissipações, sem prejudicar a vida, mas as duas são inseparáveis.
Lembrai-vos de que, quando desprezais uma hora ou uma tarde, quando as gastais em prazeres desmoralizadores, destruís uma porção da vossa vida. Ao atingirdes a velhice, amargamente lamentareis o tempo precioso que assim tiverdes esbanjado.
Pouco importa o que venha ou não a acontecer. Se vos resolverdes a colher alguma coisa boa e que vos faça mais sensatos, de cada uma das experiências do dia, aprendereis a cometer menos erros no dia seguinte.
Dizei convosco: Hoje começa uma vida nova.
Esquecerei tudo o que no passado me causou desgosto, angústia ou vergonha.
Conheci uma mãe que, tendo-lhe a morte levado os filhos, o marido e quase toda a família, pedia a morte que a viesse libertar de tão atrozes sofrimentos. Mas, no fim de alguns anos, viram-na novamente serena e ditosa. Consolava-se, ajudando os outros a suportar as suas dores, mitigando-lhes os sofrimentos, animando-os nas lutas da existência.
O mundo já não lhe parecia tão negro, nem a vida era já para ela um enigma cruel.
Achara um excessivo número de necessitado de alento e auxílio.
A natureza é admiravelmente carinhosa para vós, um médico muito sábio que dulcifica as vossas feridas, derramando nelas um bálsamo salutar, e que, de uma maneira divina, cura as vossas obras morais.
Se não fosse o grande poder curativo da natureza, o mundo seria demasiadamente triste, pois são poucas as pessoas que não tem chegado muito perto dos transes aflitivos da morte.
Resolvei-vos todas as manhãs a tirar o melhor partido do dia de hoje, e não de outro qualquer dia, que esperardes seja para vós mais feliz, em que tiverdes uma família, ou quando vossos filhos estejam em situação de vida independente, e julgueis vencidas todas as dificuldades de uma existência.
Nunca vencereis todas as dificuldades. Nunca podereis eliminar aquilo que vos aborrece, que vos perturba, que vos enche de atritos a vida.
Nunca vos vereis livres de todos os inimigozinhos da vossa felicidade, das mil e uma arrelias da vida, mas podereis sempre tirar o melhor partido das coisas como elas são.
O que torna tão mesquinhas e improdutivas as vossas vidas é não saber viver o dia de hoje, é não concentrardes sobre o momento atual, a vossa atenção, a vossa força de vontade, as vossas aspirações, o vosso entusiasmo.
Resolvei-vos firmemente em desfrutar o dia de hoje, não consintais que os cuidados e os temores de amanhã venham roubar-vos o que hoje é vosso, porque o vosso irredutível direito é serdes felizes hoje.
Dialogai convosco mesmo, todas as manhãs e dizei:
Nada me preocupa o que pode acontecer hoje: tenho a certeza de que aproveitarei o melhor possível este dia e desfrutarei todo o bem que me possa proporcionar. Não deixarei que nada me roube a felicidade a que tenho direito, nem me impeça de viver este dia do princípio ao fim.
Não consentirei que me venham perturbar a mente os inimigos da minha felicidade.
Nenhuma desgraça do passado, nada do que nele houve de desagradável e trágico, penetrará no meu espírito. Só os bons pensamentos, a alegria, os amigos da minha felicidade, da minha paz, do meu êxito, poderão hoje entrar na minha alma.
Destruirei as hediondas telas que os inimigos da minha tranquilidade penduraram nas paredes do meu espírito, e hei de substituí-las por outras que representam alentos, júbilos, fontes de energia.
Suprimirei tudo que me causou embaraço, preocupação, tristezas ou infelicidade. E, ao cair do dia, poderei dizer: vivi hoje.
Esta orientação nova, otimista, todos os dias renovada rapidamente, mudará a vossa concepção da vida, aumentando-vos muito a energia. Trata-se de dominar o cérebro, de formar novas associações de pensamentos, preparando assim o caminho a nova ideias e, consequentemente, a novos hábitos de felicidade.
E de que serviria tornarmo-vos infelizes, lembrando erros, lamentando ocasiões perdidas, acarretando ao espírito as tristezas dos sofrimentos passados?
Não é, certamente, a recordação deprimente de culpas, de faltas, de desgraças, que poderá concorrer para alguém produzir qualquer coisa boa ou útil.
Tendes necessidade de todas as vossas forças para tornardes a vida bela e útil, e, se viverdes no passado, é-vos de todo impossível concentrar o pensamento na vida presente, e bem assim agir com a energia que realiza as grandes obras.
Cada partícula de força, gasta em coisas irremediáveis, é uma energia esbanjada, cuja falta prejudicará os vossos êxitos futuros, que poderiam reparar os erros praticados ou compensar os desastres sofridos.
Repeli, portanto, todos esses pensamentos sombrios, ameaçadores, deprimentes. Apenas vos desalentam, impedindo a vossa atividade no momento presente.
Expulsai da memória os erros do raciocínio, esquecei-vos das experiências desastrosas, por mais duras que tenham sido.
Repeli a tentação de vos entorpecerdes no remordimento das vossas faltas, e resolvei-vos a agir melhor para o futuro.
Nada mais louco e estúpido do que ressuscitar o espectro do passado, as ações vergonhosas, as nefastas experiências de ontem.
Muitos que até agora só tiveram fracassos poderiam fazer prodígios no futuro, só com o processo de esquecerem o passado, fechando-lhes para sempre a porta e recomeçando assim a vida.
Esquecei o vosso passado, por mais doloroso que tenha sido. Se lançar uma sombra no presente, e vos der a melancolia e o desalento: se nada colheis que possa auxiliar-vos, mais uma razão para não vos lembrardes dele.
Sepultai-o em cova tão funda eu nunca possa ressuscitar. Uma das tarefas mais estúpidas e insensatas que podem empreender é tentar modificar o que é imutável. A natureza humana é singularmente propensa a esperar sempre a realização da felicidade numa época futura.
O homem é imortal agora: não há de ser imortal, já o é. Se possuem a natureza divina, ela é perfeita agora, e se quisesse desfrutar todos os bens existentes nela, e que são legitimamente vosso, em vez de acreditarem que somente no futuro os podereis adquirir, rapidamente progrediriam no verdadeiro caminho da felicidade.
Se não quisessem perder a felicidade, devem colhê-la pelo caminho da vossa vida.
Quando os filhos de Israel atravessaram o deserto, eram alimentados todos os dias por maná fresco. Alguns israelitas que não tiveram fé no Senhor, receando que Ele lhes não concedesse aquele benefício todos os dias, quiseram guardar maná para o dia seguinte, mas encontraram-no estragado.
Foi uma lição para eles. Não devia guardar provisões, mas sim confiar no Dispensador de todos os bens e crer eu não deixaria de os alimentar todos os dias.
A vossa felicidade parece-se com o maná: devem colhê-la de novo em cada um dos dias da vossa vida.
Encontramos por toda a parte pessoas que tentam amontoar a felicidade para o futuro, mas tem a surpresa de ver que não a podem conservar e que deve ser desfrutada dia a dia.
Devem desfrutar a felicidade como uma flor colhida de fresco. Muitas fontes de puras alegrias, como, por exemplo, os impulsos generosos, perdem todo o seu valor e ocasião se não forem seguidos no próprio momento, e se se deixarem para mais tarde.
Abundam as pessoas que só se resolvem a testemunhar a sua simpatia ou o seu amor quando o objeto desses sentimentos já está no Além. Então julgam que reparam o passado inundado de flores e lágrimas o féretro gelado.
Hoje é o dia de dizerdes a amabilidade que vos palpita nos lábios, de obedecerdes aos impulsos generosos que vos agitam o coração.
Uma determinada pessoa por quem tendes interesse e que precisais ajudar precisa do vosso auxílio já; melhor do que em outra ocasião futura lho podereis prestar agora, cumprindo assim a vossa promessa. O dia de amanhã terá, além dos cuidados e deveres que lhe cabem, todos os que na véspera delineardes e os seus recursos não podem ser superiores aos do dia que passou.
Em que baseais a crença de realizardes amanhã coisas assombrosas, se hoje perdereis o tempo em coisa inúteis?
Por que é que hoje vos parece tão prosaico, e amanhã tão poético e cheio de promessas?
Que razão tendes para acreditar que sereis feliz, generoso, serviçal e caritativo no futuro, se hoje  estais irritável, egoísta, avarento e desgraçado?
Como podeis esperar ter tempo amanhã para atender aos vossos amigos, para consolar os desalentados e tristes e trabalhar pelo vosso próprio desenvolvimento, enriquecendo o espírito, se não sabeis como achar tempo para o fazer já hoje?
Que contém o amanhã, capaz de operar magnificamente tão grande progresso relativamente ao dia de hoje?
Que é o que vos faz crer que haveis de ser generoso amanhã, se hoje sois tão mesquinho e mau?
Para que adiareis, para a próxima semana ou para o mês seguintes, o trabalho de procurar todas as coisas que vos são inúteis para as distribuir por aqueles que sentem delas uma falta absoluta?
Deveríeis desfazer-vos desses objetos à medida que eles se tornem inúteis.
Quantas pessoas que não são avarentas amontoam num canto ou num sótão, por desleixo ou por ignorarem as necessidades dos outros, objetos que podiam fazer a felicidade de um rapaz ou de uma moça pobre!
Se estais naquelas condições, ide hoje ao vosso sótão, abri e examinai as vossas caixas e baús, abri as vossas gavetas, e vede, depois, no resto da casa, se não tendes coisas que facilmente possais dispensar e que darão algum conforto e ventura aos menos afortunados do que vós.
Revistais as vossas roupas e separai as que não tornareis a vestir e que seriam uma fortuna para alguém que esteja desempregado ou com numerosa família a sustentar e que não tenha recursos para vestir os seus convenientemente. Não guardareis esses vestuários até se tornarem absolutamente inúteis, obedecendo ao enganoso pretexto de poderdes precisar deles mais tarde.
Utilizai-os já hoje, fazeis deles os mensageiros da vossa benevolência e do vosso amor pelos outros.
Não sejais egoístas, ao menos no que diga respeito aquilo que possais dispensar. A vossa felicidade, a satisfação da vossa alma tornar-se-iam muito maiores, dando essas coisas, do que conservando-as, por temerdes uma eventualidade que talvez se não dê nunca. Desfrutareis uma deliciosa comoção, abrindo assim a porta da vossa generosidade.
Sem dúvida deveis ter na vossa biblioteca livros que não lestes há muito, e que não lereis. Esses livros seriam de valor inestimável para muitos jovens que tentam instruir-se, lutando com as maiores dificuldades.
Dai-os hoje mesmo. Quanto mais derdes, maior será a vossa riqueza, e mais felizes vos tornareis.
A felicidade é estrangulada pela avareza; o hábito de auxiliar os que lutam e sofrem intensifica e fortaleza a ventura própria.
Contava-me há pouco uma pessoa culta e de gosto delicado, as lutas que tivera de sustentar para aprender música.
Era tão pobre que não podia alugar um instrumento e por isso estudava algumas horas por dia no teclado do piano que traçara numa folha de cartão.
Quando assim lutava, teve um dia um convite para jantar numa casa rica. Depois do jantar, a dona da casa mostrou-lhe todas as dependências da vivenda, desde a adega ao forro.
E na água-furtada viu a visitante um velho piano, pelo qual teria dado metade da vida. Por causa daquele instrumento andaria todos os dias as léguas só para ter o gosto de o possuir algumas horas. Nada lhe despertaram a inveja nem móveis, nem quadros, nem tapetes. De tudo quanto vira só desejava avidamente aquele pobre piano. Seria para ela a entrada no paraíso; mas não se atreveu a pedi-la.
Não há ninguém tão pobre que não possa dar todos os dias alguma coisa para enriquecer os outros.
O que tudo conserva parece-se a um homem que dissesse: Preservarei o milho dos ataques dos ratos e dos pássaros, e nem a terra nem os moinhos o possuirão, porque são muito loucos os que o derramam as mãos-cheias sobre o solo.
Dai, dai agora, hoje. Auxiliai-vos a vós mesmos na tarefa de vos tornardes mais generosos, mais felizes, mais humanos, ao passo que o tempo corre.
Há muitos que adiam a sua felicidade até ao momento de serem ricos. Mas, quando esse momento chega, notam com pasmo que o seu maná se estragou e que deveriam tê-lo comido logo que o colheram.
Todos deviam ao começar o trabalho de cada dia tomar a resolução de desfrutar plenamente todos os momentos felizes que vos pertencem, suceda o que suceder, e corram ou não as coisas a medida dos vossos desejos.
E na convicção do vosso legítimo direito a alegria dessa felicidade, não deveis consentir ao mundo que vos roube a mais pequena parcela do que vos pode tornar felizes.
Lembrai-vos de que ontem está morto, e amanhã ainda não nasceu. O único momento que vos pertence é o momento presente.
Podem comparar os sessenta minutos da hora a flores efémeras, que vivem apenas sessenta segundos e morrem logo. Para aproveitarem o bem que vos pertence no instante de agora é preciso saber tirar de cada momento da vossa vida, enquanto está ao vosso alcance, o delicioso suco da felicidade nele contido.
Trabalhar e se alegrar no trabalho, aproveitando o momento atual, o único de que podeis dispor na realidade, tal é o verdadeiro prazer da vossa vida cotidiana, a verdadeira arte de viver.
0 notes
praelzaamorim · 4 years
Photo
Tumblr media
Visões: lagoa, discerninaçao do coronavírus, grande fumaceiro/poeira, embarcação, enchentes/alagamento, dores no Brasil. Na madrugada do dia 01 de março de 2020 eu tive outras visões. Eu me vi no alto de um lugar com bastantes verdes, e olhei para baixo e vi uma grande lagoa, ou lago, em volta era cercada de vegetação. E acontecia algo ali, eu sentir que o ar ficou opaco, sombrio, pesado. Parei de ver. Eu não sei se era uma barragem, ou se era a lagoa Rodrigo de Freitas. Depois eu ouvir assim: Parati 18. Não sei o que é. (Algo vai acontecer, que ira envolver essas palavras) Depois eu via e ouvia uma história, não entendi direito, estava confusa para mim. Mas era sobre um pequeno grupo de Japonêses que foram para uma praça de rodeio, e foram falar do rodeio com o radialista, que teriam que agradecer E eu ouvir: o que tem tá infectando. (Eu entendi que alguém doente, estava infectando outras pessoas, e que o radialista ficou infectado. O que ficou na minha mente foi coronavírus.) Na madrugada do dia 02 de março de 2020, eu tive estas visões: Eu vi uma área rural, haviam muitas árvores grandes naquele lugar, e havia um espaço com gramas também. De repente, eu vi muita fumaças, o fumaceiro era tão intenso que cobriu quase toda a vegetação. Mas eu fiquei com dúvida se era fumaça ou poeira avermelhada, tinham clarões meio dourados, algo deste tipo. Por detrás daquele lugar, onde eu me via, não se via nada além dessa fumaça ou poeira que parecia chegar aos céus. Era tudo cinzento. Minha mente voltou. Depois eu vi uma grande embarcação, não sei se era um navio ou un ferryboat, era na cor branca e haviam janelas. E algo aconteceu ali. Minha mente voltou. Na madrugada do dia 03 de março, eu tive outras visões. Eu vi uma área, havia vegetação ali nos lados. No centro, estava tudo tomado por águas sujas, era um alagamento assustador. O espaço correspondia a uma Cidade, estava parecendo um mar sujo, de tantas águas, e parecia ser de enchente. Terrível alagamento. Estou com dificuldades para descrevê-la. Depois eu ouvia algo pesaroso sobre o Brasil, muita tensão, preocupação. Muita angústia. Eu ouvia coisas sobre: tragédias, conflitos, desastres, enchentes, dengue, sarampo, chikungunya e outros. Ouvia ainda sobre as consequências do aneurisma, e da cefalia. Ouvia muitas falas de autoridades, de jornalistas, de pessoas comuns, algo muito tenso. Tive a impressão que o coronavírus havia se alastrado e a coisa tava feia no Brasil. "Quem dera se a ganância dos homens fosse menor do que a prudência e que realmente a vida fosse colocada em primeiro. Quem dera tivessem prevalecido a sensatez e não as festas, as ilusões, as fantasias. Ainda que tivessem desagrado uma parte, teriam evitado que duas partes sucumbissem. Do que valerá ter pulado tanto e ficar candidato a sepultura? Por falta de sabedoria o povo é emergido na escuridão" Só há uma saída para o povo, para o Brasil, para o Mundo. Deus! Arrependei-vos e credes no evangelho de Cristo. Mas, quando vier isto (eis que está para vir), então saberão que houve no meio deles um profeta. Ezequiel 33:33 Pra Elza Amorim Carvalho [email protected] https://praelzaamorimcarvalho.blogspot.com.
0 notes