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headlinerportugal · 5 months
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UTO maravilhosamente disruptivos e NewDad embalados por Julie Dawson - Dia 2 do Westway LAB 2024 | Reportagem Completa
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Julie Dawson a vocalista e guitarrista dos NewDad | mais fotos clicar aqui Como habitualmente no Westway LAB, ficou reservado para o último dia a tournée por diversos espaços na cidade, neste passado sábado, 13 de abril. Uma programação apelidada de ‘City Showcases’ levou concertos ao Convívio Associação Cultural, ao Oub’Lá, ao Tribuna, no Ramada 1930 e este ano também ao CAAA. Todos estes locais recebem frequentemente atividades culturais.
Com os ‘City Showcases’ a terem início de 30 em 30 minutos optei, mais uma vez este ano, por seguir um determinado roteiro em vez de percorrer as atuações todas. Tal permitiu-me assistir tranquilamente às atuações escolhidas.
Dei prioridade aos artistas que ainda não tinha tido oportunidade de ver ao vivo. Por motivo de ter sido uma tarde agitada em Guimarães com o clube da cidade a jogar em casa a partir das 15:30h geri a minha vida de forma a evitar a altura de maior trânsito em direção à cidade. Por isso os dois primeiros showcases: o de Remna e da Sónia Trópicos ficaram sem efeito. As outras atuações pelas quais não passei foram a de J.P. Coimbra, do duo polaco Franek Warzywa e Młody Budda e dos búlgaros Trigaida.
Sábado à tarde - City Showcases
A jornada começou então a partir das 15:30h no Ramada 1930 com os Grand Sun. Nesta que foi a primeira atuação da tarde a que assisti e curiosamente um reencontro com estes lisboetas quase 1 ano depois de os ter visto precisamente neste mesmo local. Nessa altura, em maio de 2023, tocaram ao final da tarde nas celebrações do 5º aniversário do Oub'Lá cuja reportagem está disponível aqui.
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Grand Sun de regresso ao Ramada 1930 | mais fotos clicar aqui António Reis (voz e teclas), João Simões (voz e guitarra), João Ribeiro (baixo) e Miguel Gomes (bateria) são Grand Sun. João Simões confessou que nunca tinham tocado tão cedo. Minutos antes do arranque da atuação estavam ainda a fazer soundcheck e a afinar os últimos pormenores. Eles que surgiram neste Westway LAB após um contacto feito com um dos responsáveis do evento vimaranense durante o Eurosonic (Países Baixos) no passado mês de janeiro. Razão para dizer que o mundo é mesmo pequeno
O estilo descontraído da banda e o som com melodias contagiantes merecia um ambiente mais vibrante, com mais gente a assistir, apesar de terem passado umas boas dúzias de pessoas. Terem tocado à mesma hora do futebol terá retirado alguns curiosos.
Inicialmente não tinha programado a ida ao Tribuna para a atuação das Depdepan. Na sequência deste duo feminino ter atuado na quarta-feira anterior nos showcases das residências fez-me mudar as ideias. Chelsea Tolhurst (voz e guitarra) e Grace Bontoft (baixo e segunda voz) participaram no programa de residências artísticas do Westway LAB.
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Debdepan no Tribuna | mais fotos clicar aqui Elas que confessaram terem passado cá por Guimarães “as duas melhores semanas de sempre". Para esta atuação completaram a sua formação com o baterista Conor Stanfield. O seu reportório ainda é bastante curto apenas com 4 temas disponíveis online. A faixa "Darkest Hour", tema de estreia editado em setembro de 2022, não faltou no alinhamento e serve perfeitamente de cartão-de-visita deste projeto de indie rock cujo potencial ficou bem vincado na sua performance.
Uma passagem pelo Oub’Lá, mesmo que breve, é sempre obrigatória. Com uma maravilhosa tarde que parecia de verão, de céu azul, convidou para tomar um copo no centro histórico e perceber melhor o ambiente da cidade em tarde com 20 mil pessoas a assistirem um jogo do Vitória Sport Clube. Após a goela refrescada houve ainda tempo para escutar um pouco de Corvo.
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Corvo no Oub'Lá | mais fotos clicar aqui
O rapper português, nascido e criado na Madeira, contou com o apoio vocal de João Silva. Naqueles minutos em que estive presente fiquei com uma boa impressão do hip hop produzido por Corvo.
Para encerramento meu do circuito pelos ‘City Showcases’ escolhi regressar ao Ramada 1930 para ver o desempenho dos Melquiades. Esta banda proveniente de Lisboa (surgiu na verdade entre a capital e Setúbal) tem como elementos os seguintes músicos: António Agostinho (guitarra), João Abelaira (sintetizadores), Luís Lucena (baixo) e Miguel Abelaira (bateria).
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Melquiades no Ramada 1930 | mais fotos clicar aqui Estes Melquiades entraram no meu léxico musical já há alguns meses pelo que esta era uma boa oportunidade para interiorizar mais aprofundadamente a sua valia. O seu repertório tem uma forte componente instrumental alicerçada por entre géneros como o math-rock e post-rock. Ao vivo soam bem e confirmaram as minhas noções positivas sobre a sua valia.
‘Fountain of Shingle’ é o álbum de estreia, editado pela portuense Saliva Diva e vem sendo tocado ao vivo pelas salas, clubes e bares de Portugal. Têm tido a companhia dos camaradas Daisy Capital Hotel em algumas das datas como foi o caso do Musicbox em Lisboa e o Ferro Bar no Porto.
Sábado – Noite 2 do Festival
Tal como na noite anterior, neste último sábado dia 13 de abril, o clima estava deveras agradável e convém lembrar que estamos somente no início da primavera.
A adesão de público ao evento foi bastante modesta, tal como na jornada de sexta-feira, um bocado inferior no número de pessoas presentes. Algo que causou alguma estranheza, a expetativa era bem diferente. Estarem os Xutos & Pontapés a atuarem a menos de 1km de distância à mesma hora, estar o tempo convidativo a outros programas ou o cartaz não ser tão apelativo são possíveis explicações para tal situação.
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Pórtico de entrada/saída do Westway LAB | mais fotos clicar aqui
Minutos antes de entrar em palco Júlia Mestre tinha sido entrevistada em direto para a Antena3, media partner bastante relevante do Westway LAB. Talvez também por isso e por estar num dos melhores auditórios nacionais, a brasileira entrou sorridente para a sua posição pelas 21:33h.
A vocalista dos Bala Desejo prossegue também agora numa carreira a solo e foi nesta condição que veio dar 4 concertos em território luso. Neste sábado à noite foi a primeira a atuar perante uma plateia que ia tendo público a entrar em regime de conta-gotas. Notou-se na presença de público bastante interessado na sua performance a solo. Munida apenas da sua voz e do seu violão “embarcou” para uma atuação simplesmente natural na qual as palavras das suas letras saíram graciosamente amplificadas.
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A brasileira Júlia Mestre em Guimarães | mais fotos clicar aqui
Júlia Mestre veio especificamente mostrar alguns dos seus novos temas presente em ‘Arrepiada’, álbum editado em abril do ano passado. Faixas como "Menino bonito", "Chuva de Caju" , “Sentimento Blues” e “do do u” foram interpretadas de forma sentimental tendo causado um impacto bom na audiência. O repertório de Bala Desejo foi também abordado com “Passarinha”.
A penúltima atuação no Café Concerto desta 11ª edição do Westway LAB foram os Conferência Inferno. Raul Mendiratta (sintetizadores) e Francisco Lima (voz) são os responsáveis pelo início do projeto Conferência Inferno em 2018. Mais tarde juntou-se José Miguel Silva para os teclados. Este trio portuense tem uma estética sonora bastante invulgar. Às letras negras e meio obscuras de Francisco são adicionadas trechos musicais post-punk e eletrónicos. Revelam um synth-pop à portuguesa refrescante e inovador com ritmos ora melódicos ora dançáveis numa mistura de Joy Division com Devo e New Order.
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Conferência Inferno no Café Concerto do CCVF | mais fotos clicar aqui
Nesta performance o som esteve demasiado alto para o espaço e para a presença de público em número pouco significativo. Seguramente temas como “Mayday” (logo tocado no debute às 22:20h) "Alma", "Amanhã" ou “Fantasias” destinam-se a públicos mais específicos.
Nota final de registo para a pouca luz com que este trio portuense foi brindado, algo certamente propositado para “fabricar” um ambiente mais denso e consonante com a sonoridade destes Conferência Inferno. Eles estiveram pouco comunicativos, em contraponto todo o seu empenho esteve focado nas suas performances.
A grande surpresa desta segunda e última noite de festival foram os UTO. Este é um duo procedente de Paris e composto por Neysa May Barnett e Emile Larroche. Atuaram no dia seguinte à edição de ‘When all you want to do is be the fire part of fire’, o seu novíssimo álbum.
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Duo francês UTO foi uma das maiores surpresas | mais fotos clicar aqui
Estes UTO revelaram-se disruptivos e experimentais. Recorrendo a sintetizadores, à voz de ambos e ocasionalmente às suas guitarras mostraram-nos o seu synth-pop efervescente e bastante dinâmico.
Com letras em inglês e outras na sua língua materna, o francês, proporcionaram um daqueles momentos reveladores e impressionantes. Conjugaram um jogo de luzes com as suas vestimentas coloridas, nas quais o encarnado foi elemento comum de uma atuação que de comum nada teve. Ponto curioso para Neysa, utilizou auscultadores ao invés dos mais comuns in ear.
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Emile Larroche duo francês UTO | mais fotos clicar aqui
Fiquei com a certeza de que ouviremos falar mais deles a breve trecho, com toda a certeza. Para reafirmar e memorizar: UTO.
Diz a sabedoria popular “santos da casa não fazem milagres” e tal é escutado amiúde no dia-a-dia. Desta vez é mesmo necessário refazer este ditado popular retirando-lhe o “não. Há que dizer, com toda a propriedade, que os Unsafe Space Garden fazem milagres a cada atuação e desta vez foram brindados com o público da cidade que os viu nascer. Por entre amigos e fãs, não foram assim muitos (mereciam muitos mais) porém foram dos bons, tiveram direito a mais uma performance bem agitada, animada e divertida ocorrida já nos primeiros minutos de domingo, 14 de abril.
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Alexandra dos Unsafe Space Garden | mais fotos clicar aqui
Desde o “pop bem-humorado“ do EP ‘Bubble Burst’ (2018), até ao rock psicadélico hiperbólico e florido do mais recente ‘Where’s The Ground’ (2023) esta formação evoluiu imenso, numa maneira muito positiva.
A banda foi sofrendo mutações no seu percurso, os membros fundadores Nuno e Alexandra continuam como núcleo, apresentando-se ao vivo, normalmente em sexteto, com o apoio de Filipe Louro (baixo), José Vale (guitarra), João Cardita (bateria) e Diogo Costa (sintetizador e samples).
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Unsafe Space Garden a preencherem o palco e a emoção | mais fotos clicar aqui “Grown-Ups!”, “Where's The Ground?”, “Tremendous Comprehension!” ou “Em Defesa do Sol” tiveram direito a interpretações incríveis numa exibição em que os habituais cartazes, as pinturas faciais aliadas ao seu outfit espampanante não faltaram. Unsafe Space Garden ou Ulterior Sapiência Gritante, o que é relevante é que estes meninos estão cá de pedra e cal para nos deliciarem com estas canções e esta irreverência boa.
Têm sido avaliados como a próxima “big thing” a explodir no universo da música, por isso, esta vinda dos NewDad a Guimarães causava uma expetativa diferenciada e um pouco elevada. Tal como referi anteriormente, esta jornada final não contou com adesão de público em número mais revelante e quiçá mais expetável, no entanto algumas pessoas conhecidas da indústria musical nacional fizeram questão de estarem em Guimarães para checkarem estes jovens irlandeses vindos de Galway.
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NewDad em estreia absoluta no nosso país | mais fotos clicar aqui A entrada dos NewDad aconteceu muito perto da 1 hora da manhã e o seu concerto teve lugar na box, o palco principal. Logo de arranque tocaram "Angel" seguindo-se “Slowly”, "Dream of Me" e “In My Head”.
Julie Dawson, a vocalista e guitarrista, afirmou estarem muito contentes pela primeira vez no nosso país. Sean O’Dowd (guitarra), Cara Joshi (baixo) e Fiachra Parslow (bateria) são os restantes membros da banda.
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Fiachra Parslow no baixo dos NewDad | mais fotos clicar aqui No indie rock pachorrento e aconchegante para qual contribui a voz melada da vocalista notam-se influências diversas, se calhar assim de repente associo-os de forma simples aos Slowdive.
"Sickly Sweet" foi tocada bem como “Madra”, a faixa que dá o nome ao último registo discográfico dos NewDad. A última música foi "White Ribbens", interpretada a solo por Julie Dawson.
Efetivamente veio gente de fora da região propositadamente para os NewDad e os fãs pareceram, no final, estarem satisfeitos pela performance.
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Cara Joshi no baixo dos NewDad | mais fotos clicar aqui Pessoalmente acho que a “barra” foi estabelecida muito acima, creio que eles têm potencial, no entanto, têm ainda muita estrada para andar. Para ganharem “calo” e conseguirem evoluir de forma positiva progressivamente até alcançarem outro nível. Veremos…
O Westway LAB teve uma boa edição neste 2024, esta que foi a décima primeira. Ao contrário do sucesso do ano passado, devido à lotação esgotada que se registou em 2023, a uma maior envolvência do público, isso não foi registado em 2024.
Alguns concertos foram incríveis e houve ainda lugar para algumas deliciosas descobertas. Mais uma vez as Residências Artísticas deram resultado a showcases bastantes agradáveis sendo este um dos pontos mais espetaculares de todo o Westway LAB.
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Julie Dawson a vocalista e guitarrista dos NewDad | mais fotos clicar aqui
Ressalvar o trabalho d’A Oficina, gestora do Centro Cultural Vila Flor, pela alta qualidade geral na produção e organização do evento.
Após esta 11ª edição é preciso assinalar que o festival precisa obviamente realçar os pontos positivos porém é necessário igualmente refletir sobre certas questões: o retrocesso da adesão do público. A meu ver, o facto de outros eventos estarem a acontecer ao mesmo tempo na cidade ou até do bom tempo registado neste fim-de-semana podem explicar alguma coisa, contudo não explicam tudo.
Talvez o cartaz menos pomposo explique um pouco. Em 2023 Linda Martini e Criatura funcionaram como âncora. Um forte headLiner ajuda sabendo-se que é um evento que, pela sua essência, dará sempre palco a talentos emergentes e a bandas menos conhecidas.
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui
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Duo francês UTO foi uma das maiores surpresas | mais fotos clicar aqui
Texto: Edgar Silva Fotografia: Jorge Nicolau
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musicaemdx · 6 years
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Guimarães e Europa fundem-se em 4 dias de inovação e afirmação musical no Westway LAB 28 concertos, novos palcos, um país convidado (Áustria), mais áreas temáticas nas Conferências PRO, um Projecto de Criação, Talks, Residências Artísticas e City Showcases compõem o cartaz da 5.ª ediç +info em https://wp.me/p5MaUC-7uA #papercutz #AMAEI #Ana #Bowrain #CariCari #DailyMisconceptions #DearTelephone #DopeCalypso #ElizabeteBalcus #GobiBear #INESInnovationNetworkOfEuropeanShowcases #Isaura #JoanaGuerra #LaureBriard #Leyya #ManelCruz #Mathilda #MisterRoland #MOONSHINERS #Nery #OGajo #Omiri #PerkinsSisters #RuiTorrinha #Stereociti #Stereossauro #TimeForT #Toulouse #Vita #VitaAndTheWoolf #WestwayLABFestival #WHYPortugal
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glitterssoul · 6 years
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Westway Lab 2018 . . . . . . . . . . . . . . . . . . #westwaylab #westwaylabfestival #music #photography #portugal #guimaraes #musicfestival #musicphotography #concerts #canonphotography #digitalphotography #amateurphotography #portugal_em_fotos #portugal_photos (at Centro Cultural Vila Flor)
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headlinerportugal · 5 months
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Com Capicua a gente diverte-se imenso e Silly revelou-se a pérola emergente - Dia 1 do Westway LAB 2024 | Reportagem Completa
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Capicua, o grande destaque deste 1º dia | mais fotos clicar aqui Tal como é tradição, desde 2018, a minha vivência do Westway LAB inicia-se com a presença no Café Concerto do CCVF para as atuações que resultam de criações originais dos artistas selecionados numa residência artística de uma semana. Como de costume realizaram-se na quarta-feira (10 de abril) e quinta-feira (11 de abril) e contou com a usual combinação de artistas lusitanos com músicos vindos de outras partes do mundo. Este ano vieram artistas com backgrounds bem diversificados: o duo Debdepan (do Reino Unido), SMYAH (Bulgária), Haizea Huegun (do País Basco, Espanha) e Zoe Berman (EUA). Do lado português participaram Phaser, Metamito, Vile Karimi e Mafalda Costa. Proporcionaram, nas suas atuações, produções acabadas de serem criadas e tocaram-nas ao vivo pela primeira vez. São momentos sempre giros, sobretudo pela descoberta de artistas completamente desconhecidos: quer de nacionais quer dos forasteiros.
Sexta – Noite 1 do Festival
Tal como gosto de fazer, quando é o início de um evento, foi altura para observar o recinto, a organização e as pessoas. Perceber diferenças para o ano transato. Faltavam ainda cerca de 30 minutos para o concerto de abertura, marcado para as 21:30 horas por isso deu tempo para isso e para rever amigos. Ao contrário do ano passado o ambiente estava bastante tranquilo e a bilheteira não estava com lotação esgotada. Não existiram stresses nem avarias para realizar a troca do bilhete por pulseira. No restante, relativamente aos palcos e respetivos acessos, foi tudo idêntico à edição de 2023.
A noite esteve bastante agradável, na sequência de um belíssimo dia de clima veraneante, com temperaturas acima dos 20 graus e céu azul.
A primeira atuação nesta noite inicial, da porção paga do Westway LAB, teve como interveniente o artista Luís Severo. Ele que revelou ser “bom tocar nesta sala icónica", situando-se pelas referências de amigos que viram no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor alguns concertos de artistas relevantes.
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A autenticidade de Luís Severo em mais uma bonita atuação | mais fotos clicar aqui Luís Severo entrou e dirigiu-se ao piano começando a performance com "Vida de Escorpião" numa altura em que iam entrando pessoas a conta-gotas e cujo afluxo continuou durante os 20 minutos seguintes. Antes de "Meu Amor", o segundo tema, teve de retirar os seus in ear por estar a ter feedback com "muita chuva". No seu timbre castiço e natural disse que "ter chuva não fazia muito sentido" depois da belíssima sexta-feira com que fomos presenteados.
Ao terceiro tema o lisboeta regressou ao álbum ‘Cara d’Anjo’ de 2015 com a interpretação de “Canto Diferente” perante uma plateia silenciosa a desfrutar do momento. Ao quarto tema, “Acácia”, Severo muda para a guitarra e entra a Catarina Branco para o piano. Já “Planície" foi interpretada a duas vozes com uma envolvência enorme entre Luís e Catarina, entre o som providenciado pela guitarra clássica e pelo piano. Mariana Camacho e João Sarnadas (conhecido pelo projeto Coelho Radioactivo) participaram neste formato a banda de Luís Severo nos coros como em "Cedo ou Tarde", um dos singles mais recentes e que faz a antevisão do álbum que surgirá ainda este ano.
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Luís Severo e toda a sua banda | mais fotos clicar aqui Conforme anteviu o artista lisboeta houve "parte especial só com eles" (referindo-se a Catarina, Mariana e João com a interpretação de "Amor e Verdade" no qual fizeram uma harmonização extremamente bem conseguida com coros a 3 vozes.
A atuação, tal como apanágio deste sui generis músico, foi refrescante e emocionante que terminou com a nova canção “Insónia” e uma menos recente: “Primavera”. Já vi Luís Severo algumas vezes e continuo a ter vontade em assistir a mais atuações dele. É, sem dúvida, um dos mais incríveis cantautores mais originais e diferenciados que temos em Portugal.
Findo este único concerto do Grande Auditório rumei ao Café Concerto para ver os Bardino, trio cuja formação conta com os músicos Nuno Fulgêncio (bateria), Diogo Silva (baixo) e Rui Martins (teclados e guitarra) e do qual tinha mesmo pouco conhecimento. Eles fizeram a sua estreia em terras vimaranenses.
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Bardino em atuação no Café Concerto | mais fotos clicar aqui Aproveitaram esta ocasião para introduzirem à plateia o mais recente trabalho discográfico ‘Memória da Pedra Mãe’ editado já no decurso deste 2024 através da editora Jazzego. Entre temas instrumentais e outros com recurso a algumas vocalizações permitiu perceber um som com uma vibe dançante muito boa. A fazer lembrar um pouco a banda canadiana badbadnotgood. 
Facilmente intuímos das influências do universo jazz porém como escreveu Rui Miguel Abreu para o Rimas e Batidas é “jazz-não-jazz”. A performance dos Bardino contou com o saxofonista Brian Blaker como convidado, ele que participou no mais recente álbum em dois temas.
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Nuno Fulgêncio dos Bardino | mais fotos clicar aqui A parte menos positiva foi mesmo o público, em bom número durante os primeiros temas tendo posteriormente existido uma debandada das pessoas rumo à atuação seguinte. A atuação decorreu em bom ritmo e estava a ser minimamente cativante pelo que o sucedido foi algo de estranho.
Não abrandava a cadência da noite e para performance seguinte existia uma expetativa algo elevada. A nova artista Silly trouxe o seu álbum de debute, à Cidade Berço. Maria Miguel Bentes reuniu neste seu trabalho o acumular de uma experiência de vida com diferentes patamares vivida entre Açores, o Alentejo e a grande Lisboa. Efetivamente o EP ‘Viver Sensivelmente’ de 2021 é que põe esta criadora no mapa musical nacional. Surgiu ‘Miguela’, editado no passado dia 9 de fevereiro e produzido pelo incrível Fred Ferreira. Começamos agora a ter uma noção renovada de todo o seu potencial com esta atuação.
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Fred e Silly em palco | mais fotos clicar aqui
Em palco, frente a frente, surge Silly à nossa direita e Fred Ferreira à esquerda. Na voz, nas teclas e guitarra tivemos Maria, já Fred ficou responsável pelas batidas e toda a parte eletrónica. Ambos proporcionaram um mix sonoro voluptuoso, ligeiro e apelativo com um forte travo dançável, pese embora a seriedade das temáticas nas letras. Efetivamente foi a surpresa e a descoberta mais agradável da jornada desta primeira noite. Um excelente cartão-de-visita.
"Coisas Fracas", "Inquietação", "Silêncio" e “Agua Doce” foram tocadas logo na fase inicial conseguindo desde logo captar toda a atenção das pessoas. Silly referiu ter sido, esta última referida atrás, aquela que concretizou a sua junção definitiva a Fred.
"Prognósticos", uma das faixas obrigatórias desta nova artista do panorama nacional, um claro talento emergente, não faltou ao alinhamento.
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Silly e Fred nos agradecimentos finais | mais fotos clicar aqui Existiu uma boa adesão de público porém bastantes pessoas situaram-se longe da zona central da box. De um modo geral o pessoal ficou espalhado pelo espaço, com uma tendência de permanência na entrada da box (situada em cima do palco do Grande Auditório do CCVF com vista para a plateia sentada).
Ana Lua Caiano tocou neste mesmo festival no ano transato e ainda não tinha o hype atual. Senti que Silly tem um potencial idêntico em termos de projeção. 
Voz de Riça e apoio nos beats e voz de Zé Mendes. Esta foram os músicos vistos na sequência no alinhamento do festival cuja atuação ocorreu no Café Concerto. Nesta atuação o rapper Riça deu a mostrar um pouco do seu último e mais recente álbum ‘Diabos m’ Elevem’.
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Riça e a sua cenografia expressiva | mais fotos clicar aqui O artista portuense José Leal, conhecido artisticamente como Riça, proporcionou uma performance dinâmica perante uma cenografia muito expressiva. Temas como "Ponte Babel" e "Rato do Campo & Rato da Cidade" foram alguns dos interpretados deste trabalho discográfico editado em setembro do ano passado.
Capicua e os seus companheiros de palco entraram quase com 20 minutos em relação à hora prevista: meia-noite e meia. "Há muito tempo que não chego ao palco à 1h da manhã" afirmou a artista por entre um sorriso largo na sequência do tema de abertura "Último mergulho". Aliás a interpretação do tema foi reiniciado depois de um engano na letra pela artista.
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Interação entre Capicua e o seu público | mais fotos clicar aqui "Medo do Medo", "Sereia Louca" e "Planetário" foram algumas das canções tocadas na parte inicial da performance e que captaram logo mentes e corpos dos presentes. Nos interlúdios ia recitando em ritmo de spoken word algumas palavras. Às vezes, até em modo gaguejante, só aconteceu nas primeiras vezes, provavelmente pela voz ainda não ter atingido o seu ponto de ebulição.
‘Madrepérola’ é o registo discográfico mais recente e obviamente abordado devidamente e numa sequência excitante interpretou temas, alguns dos quais já icónicos, como "Gaudi", "Circunvalação", "Vayorken", "Mão Pesada" e "Maria Capaz" o público ficou totalmente “ligado” e desfrutou da excelente performance. Provavelmente terá sido o momento áureo do Westway LAB em 2024.
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Luís Montenegro sempre muito concentrado | mais fotos clicar aqui Pelo meio trouxe-nos “Que Força É Essa Amiga”, um tema recentemente lançado emergido a partir da reescrita do tema “Que Força É Essa”, originalmente escrito por Sérgio Godinho em 1972. Ana Fernandes adaptou-a à sua visão, aos tempos atuais e ao universo feminino.
Ana Matos Fernandes (Capicua) contou com o apoio indispensável de Joana Raquel e Inês Malheiro nos coros ; Diego Sousa (D-One) como DJ; João Rocha (Virtus) como MPC a controlar os beats e Luís Montenegro na guitarra.
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Capicua e a sua banda | mais fotos clicar aqui Para encerramento, eram já quase 2h da manhã, em modo elevado Capicua trouxe-nos “Madrepérola” e senti ter sido a cereja no topo do bolo. Este meu reencontro com esta artista portuense 12 anos após a ter visto a atuar pela primeira vez igualmente em Guimarães e ficou registado na minha memória de modo indelével.
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui
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Texto: Edgar Silva Fotografia: Jorge Nicolau
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headlinerportugal · 6 years
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Westway LAB Festival: um universo musical à espera de ser descoberto!
O Westway LAB Festival realizou este ano a sua 5ª edição e, sem margem para dúvidas, foi a mais ambiciosa de todas.
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Na foto Manel Cruz
Créditos © Ivo Rainha - FreePass Guimarães
Sempre tendo a cidade de Guimarães como “pano de fundo” tem conseguido atingir os seus objectivos: “objetivos fundamentais provocar encontros, estimular processos criativos, formular soluções para percursos profissionais e apresentar mostras autorais consolidadas.” Este é um evento de dupla abertura, destina-se aos profissionais da música porém tem uma janela aberta para o público em geral (nomeadamente no que diz respeito aos concertos e showcases).
As residências artísticas, as talks e conferências PRO foram reservadas para os profissionais da área musical e conferem-lhe a sua parte mais técnica. Já os concertos (uns foram pagos outros gratuitos) e showcases foram abertos ao público em geral como forma de celebração da música e da criação original.
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Na foto conferências PRO
Créditos © Ivo Rainha - FreePass Guimarães
Este ano o evento teve uma novidade que foi “Country Focus” no qual houve o foco específico para a música de um país. Escolhida a Áustria e esteve representada pelos projectos musicais Leyya, Avec, Cari Cari, Molly e Motsa. Todos eles tiveram a oportunidade de tocar ao vivo e dar assim a conhecer o seu reportório.
Ao todo aconteceram 28 concertos, um número deveras impressionante, dos quais a destacar a um forte contingente lusitano de qualidade lusitano: Manel Cruz, Dear Telephone, Toulouse, Isaura e Valter Lobo (com o projecto “Lobos de Barro” em conjunto com André Barros).
Por diversos espaços da Cidade Berço e inseridos nos City Showcases (de entrada gratuita) tocaram Gobi Bear, Daily Misconceptions, Joana Guerra, Time For T, Elizabete Balcus, Nery, Jennifer Pague (Vita and The Woolf) e Mathilda. Foi esta a forma de inclusão da cidade no Westway LAB Festival.
Infelizmente por razões profissionais e com muita pena nossa não pudemos assistir ao Why Portugal Stage que contou com performances de Stereossauro, Isaura, Omiri e Moonshiners. Do restante do programa podemos acompanhar a maioria dos concertos/City Showcases pelo que vamos falar um pouco acerca deles a partir de agora.
As residências artísticas reuniram vários artistas e agruparam (quase) sempre artistas nacionais com artistas estrangeiros. O resultado destes trabalhos em conjunto foi mostrado ao vivo em duas noites consecutivas no Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor. Na primeira noite o duo austríaco Cari Cari com João Morais (O Gajo) subiram ao palco para tocar algumas canções resultantes do seu encontro durante uma semana. Com um rock bem definido pela guitarra electrica e bateria dos Cari Cari com um toque de eloquência dado pela guitarra, a Viola Campaniça, de O Gajo o resultado foi bastante agradável de se ouvir. Não poderia ter começado melhor a noite.
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Na foto concerto final da residência artística Cari Cari + O Gajo
Créditos Westway LAB Festival 2018 © Os Fredericos
Seguiu-se um segundo showcase também resultante de uma residência artística. Desta vez tivemos em palco Gabriel Salgado (Ana) e as francesas Bryony Perkins e Miranda Perkins (Perkins Sisters), duas cantoras que fazem parte da banda Sparky In The Clouds. Tiveram reunidos 2 dias e meio e o resultado também foi interessante. A performance baseou-se em vozes mais loops por parte das francesas com guitarra e piano de Gabriel Salgado. O showcase teve de parar a determinado momento para se resolverem dificuldades técnicas, no entanto, não foram suficientes para impedirem de termos uns minutinhos minimamente interessantes.
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Na foto concerto final da residência artística Perking Sisters + Ana
Créditos Westway LAB Festival 2018 © Os Fredericos
O final da primeira noite (dia 11 de abril) terminou com o rock espevito dos extrovertidos húngaros Dope Calypso. Têm um som marcadamente influenciado pelos sons de leste e balcânicos.
Com as boas indicações da primeira noite ficamos com um boa sensação e com uma maior expectativa para a segunda noite (dia 12 de abril) de apresentações de residências artísticas. A primeira actuação da noite trouxe-nos Jennifer Pague dos Vita and The Woolf colectivo norte-americano com Bruno Miguel dos Papercutz. Apenas tiveram juntos 2 dias e deram um gostinho electrónico baseado na voz da Jennifer, dos sintetizadores e de sons pré-gravados.
A seguir mais uma união luso-francesa como na noite anterior. Rolando Ferreira (Mister Roland) com Laure Briard. Apresentaram-nos um pop rock suave e praticamente acústico. Além a voz de Laure Briard e de Mister Roland na bateria houve apoio de um terceiro elemento na guitarra. Foi sem dúvida o melhor da noite. Noite encerrada por Bowrain, artista esloveno, compositor e pianista. Une ao piano sons electrónicos.
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Na foto concerto final da residência artística Laure Briard + Mister Roland
Créditos Westway LAB Festival 2018 © Os Fredericos
A sexta-feira 13 de abril não foi de azar e dedicada maioritariamente às bandas austríacas, tocaram os Cari Cari, os Molly e o DJ Motsa. A excepção verificou-se com a apresentação de outra residência artística, esta totalmente lusa com a dupla Valter Lobo (músico fafense) e André Barros.
Cari Cari, uma dupla austríaca formada pela multi-instrumentalista Stephanie Widmer e pelo baixista Alexander Kock. Tocaram no Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor. Têm um som porreiro, uma mistura de country rock com outros tipos de rock. Ambos contribuem vocalmente sendo que Alexander toca guitarra e Stephanie concentra-se na bateria fazendo uso também de instrumentos de sopro, menos comuns, como o didgeridoo e a harpa de boca. "Dear Mr. Tarantino" foi uma das canções que mostraram e que surgiu na sequência de um desejo de ambos, conforme Alexander contou. Essa música é dedicada ao realizador Quentin Tarantino pois sempre quiseram entrar na banda sonora de um filme do conhecido realizador norte-americano.
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Na foto concerto dos austríacos Cari Cari
Créditos Westway LAB Festival 2018 © Os Fredericos
Seguimos para a estreia dos concertos no Grande Auditório. Para nós uma novidade pois nunca tínhamos assistido a uma performance do lado de trás do palco daquele espaço. Em vez das habituais cadeiras, ficamos num espaço amplo existente atrás do palco. A primeira banda a tocar neste Westway Lab Festival naquele espaço foram os Avec. Formada pela vocalista Avec a sua banda conta com mais 3 elementos: Andreas, Lukas e Ross. Com instrumentos típicos de uma banda pop-rock: guitarra eléctrica e acústica, bateria, baixo e percussão mostraram-nos um som escorreito e de fácil audição. O timbre da vocalista fez-nos lembrar a pequena Grace VanderWaal, a norte-americana que venceu o concurso televisivo norte-americano “America's Got Talent”.
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Na foto concerto dos austríacos Avec
Créditos Westway LAB Festival 2018 © Os Fredericos
O roteiro de seguida levou-nos ao Pequeno Auditório para assistirmos ao projecto de criação “Lobos de Barro” desenvolvido pela dupla Valter Lobo e André Barros. Ao piano tivemos André e na voz/guitarras Valter a que se juntou “músicos numa caixa”, isto é, às programações pré-preparadas. Tivemos uma actuação com vídeos a passar numa tela por detrás dos artistas naquilo que foi uma “dose de melancolia positiva” como tão bem descreveu o artista fafense dizendo ainda que “só possível numa cidade como esta”.
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Na foto Valter Lobo
Créditos © Ivo Rainha - FreePass Guimarães
Terminado este momento luso, voltamos ao Grande Auditório para mais uma apresentação austríaca vinda de Innsbruck. Mais uma dupla, desta vez, Molly composta por Phillip Dornauer (bateria, piano, sintetizadores) e Lars Anderson (voz e guitarra). Com um som difícil de catalogar, vive da inspiração de vários géneros, entre shoegaze, rock e vários tipos de indie rock. Apesar dos problemas técnicos na parte dos instrumentos de Phillip, o que obrigou a Lars a ter um pequeno solo. Valeu a pena ouvir e ficar a conhecer esta banda.
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Na foto a dupla austríaca Molly
Créditos Westway LAB Festival 2018 © Os Fredericos
A noite terminou com DJ set proporcionado por outro artista austríaco neste caso Motsa.
Chegados ao último dia, sábado 14 de abril, pela frente um longo programa com os City Showcases entre as 15 horas e as 19 horas e à noite mais 5 actuações. Dia/noite mesmo em cheio.
Como os City Showcases iam-se sucedendo nos horários e nos locais fizemos o nosso roteiro e optamos por assistir a projectos que ainda não tínhamos visto ao vivo. Daí as escolhas de Daily Misconceptions no Bar da Ramada, Mathilda no coração da cidade-berço no Convívio e por fim no CAAA (Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura) os Time for T. A grande revelação da tarde foram mesmo estes últimos. Gostamos imenso do concerto dos Time for T e do som que apresentaram naquele que foi o concerto de estreia da banda formada por Tiago Saga. Uma mescla de vários géneros desde o folk ao Reggae de muita qualidade e com uma sonoridade muito apelativa.
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Na foto Time For T.
Créditos © Ivo Rainha - FreePass Guimarães
Com a pausa para respirar fundo, jantar e descansar foi a altura de “voltar à carga”. Os concertos da noite eram muito apelativos e cumpriram com a nossa expectativa. Ainda mesmo antes de chegarmos ao Centro Cultural Vila Flor soubemos que as pulseiras estavam prestes a esgotar, algo que deixou-nos satisfeitos pois o evento merecia terminar com casa cheia.
O roteiro nocturno iniciou-se com a apresentação dos barcelenses Dear Telephone no Pequeno Auditório. A banda aproveitou para mostrar as novas canções incluídas no álbum “Cut” lançado o ano passado. Uma performance consistente numa feliz abertura de noite.
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Na foto Graciela Coelho dos Dear Telephone
Créditos © Ivo Rainha - FreePass Guimarães
No final lá voltamos a mais “uma moedinha, mais uma voltinha” até ao Grande Auditório para vermos e ouvirmos a última banda austríaca a mostrar o seu trabalho: os Leyya. Uma banda liderada por Sophie Lindinger e que navega pelos mares do electro pop. Antes de concentrarmo-nos na nossa estreia em Manel Cruz demos um salto ao café concerto para espiarmos o concerto dos vimaranenses Toulouse. Já não nos surpreende a qualidade e empenho da banda em palco, mais uma vez estiveram em bom plano. Pena é que não tivessem tido mais gente a vê-los. Ficaram “encalhados” entre os principais concertos da noite.
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Na foto os austríacos Leyya
Créditos Westway LAB Festival 2018 © Os Fredericos
Poucos minutos antes da meia-noite e uma mini multidão esperava para poder aceder ao Grande Auditório e assistir ao concerto de Manel Cruz bem acompanhado em palco por Nico Tricot, Edú Silva e António Serginho. O artista conhecido sobretudo por ter feito da mítica banda Ornatos Violeta fez juz ao epíteto de cabeça de cartaz e deu um concerto incrível. A orelha enorme em cima do palco ao centro marcava a imagem de marca. Utilizando uma panóplia enorme de instrumentos tivemos momentos únicos e surpreendentes em palco. Um desses momentos foi quando Manel Cruz cometeu uma gaffe na letra ao cantar o épico tema “Capitão Romance” dos Ornatos Violeta. Surpreendeu toda a gente incluindo a banda… Não foi normal ele ter-se enganado numa canção que tem 20 anos como o próprio admitiu. Confessou igualmente que não tinha noção que quase todas as suas letras têm referência a “Deus” pelo que prometeu tentar cantar uma canção que não a incluísse… Manel Cruz apresentou-se super comunicativo, divertido e até interagiu com o público. Ao longo de bem mais de 1h foram apresentados vários temas incluindo os mais recentes: “Ainda Não Acabei” e “Beija-flor”. Sem dúvida um dos grandes momentos (senão o maior) deste Westway LAB Festival 2018.
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Na foto Manel Cruz
Créditos Westway LAB Festival 2018 © Os Fredericos
Algo que foi bonito de verificar foi o acompanhamento dos artistas presentes no evento aos concertos dos seus colegas de profissão. Algo que verificamos em todas as performances que assistimos. Quanto ao público em geral, foi cada vez mais aderindo tendo o sábado sido o dia de maior afluência como já o dissemos anteriormente.
Como jeito de conclusão revelamos agora as bandas que mais gostamos de descobrir deste enorme roteiro que tivemos a oportunidade de visualizar. De um modo geral gostamos de todas as bandas austríacas, no entanto, temos de destacar claramente os Cari Cari. Quanto à “armada lusa”, gostamos muito de descobrir os Time For T, banda que não nos era totalmente desconhecida como a austríaca, no entanto, agora tivemos a primeira vez de os ver ao vivo e gostamos mesmo bastante.
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Na foto os austríacos Cari Cari
Créditos © Ivo Rainha - FreePass Guimarães
O Westway LAB Festival é uma pérola, um universo musical recheado de música de muita qualidade à espera de ser descoberta. Para nós foi uma vivência e uma experiência muito boa e que pretendemos voltar a viver em próximas edições. Com o apoio de A Oficina, a entidade que gere o Centro Cultural Vila Flor, a organização correu muito bem e estamos convencidos que todos os que viveram este evento saíram muito satisfeitos pela experiência.
Texto: Edgar Silva
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musicaemdx · 6 years
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WHY Portugal Event de 11 a 14 de abril, a programação completa O cluster de música WHY Portugal apresenta, em parceria com o Westway LAB Festival, o WHY Portugal Event em Guimarães, no Palácio Vila Flor, de 11 a 14 de Abril de 2018. Após a sua "edição zero" em +info em https://wp.me/p5MaUC-7u6 #BumaCultuur #BureauExport #COPop #DestaqueMDX #EMEEEuropeanMusicExportExchange #EurosonicNooderslag #Gigmit #InitiativeMuzik #Isaura #Linecheck #LiveAtHeart #LiverpoolSoundCity #MENT #MonkeyWeek #MOONSHINERS #Omiri #PeterSmidt #ProjectINES #SonicVisions #SpringBreak #Stereossauro #WavesVienna #WestwayLABFestival #WestwayPRO #WHYPortugal
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musicaemdx · 7 years
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1.ª Edição do WHY Portugal Event de 11 a 14 de Abril em Guimarães O cluster de música WHY Portugal apresenta, em parceria com o Westway LAB Festival, o WHY Portugal Event em Guimarães, no Palácio Vila Flor, de 11 a 14 de Abril de 2018. Após a sua "edição zero" em +info em https://wp.me/p5MaUC-7gm #2018 #Evento #Guimarães #WestwayLABFestival #WHYPortugal
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