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#yanonami
reasonsforhope · 3 months
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"In a bid to slow deforestation in the Amazon, Brazil announced Tuesday [September 5, 2023,] that it will provide financial support to municipalities that have reduced deforestation rates the most.
During the country´s Amazon Day, President Luiz Inácio Lula da Silva also signed the creation of two Indigenous territories that total 207,000 hectares (511,000 acres) — over two times the size of New York City — and of a network of conservation areas next to the Yanonami Indigenous Territory to act as a buffer against invaders, mostly illegal gold miners.
“The Amazon is in a hurry to survive the devastation caused by those few people who refuse to see the future, who in a few years cut down, burned, and polluted what nature took millennia to create,” Lula said during a ceremony in Brasilia. “The Amazon is in a hurry to continue doing what it has always done, to be essential for life on Earth.”
The new program will invest up to $120 million in technical assistance. The money will be allocated based on the municipality´s performance in reducing deforestation and fires, as measured by official satellite monitoring. A list of municipalities eligible for the funds will be published annually.
The resources must be invested in land titling, monitoring and control of deforestation and fires, and sustainable production.
The money will come from the Amazon Fund, which has received more than $1.2 billion, mostly from Norway, to help pay for sustainable development of the region. In February, the United States committed to a $50 million donation to the initiative. Two months later, President Joe Biden announced he would ask Congress for an additional $500 million, to be disbursed over five years.
The most critical municipalities are located along the arc of deforestation, a vast region along the southern part of the Amazon. This region is a stronghold of former far-right President Jair Bolsonaro, who favored agribusiness over forest preservation and lost the reelection last year.
“We believe that it’s not enough to just put up a sign saying ‘it’s forbidden to do this or that. We need to be persuasive.” Lula said, in a reference to his relationship with Amazon mayors and state governors.
Lula has promised zero net deforestation by 2030, although his term ends two years earlier. In the first seven months of his third term, there was a 42% drop in deforestation.
[Note: For context, Lula's third term as president started January 1, 2023. It was not continuous with his first two terms, when he was president from 2003 to 2010. Lula's third term has been a historic and desperately needed reversal of the anti-environmental, etc. policies of Bolsonaro, whose term ended at the end of 2022.]
Brazil is the world’s fifth-largest emitter of greenhouse gases, with almost 3% of global emissions, according to Climate Watch, an online platform managed by World Resources Institute. Almost half of these emissions come from deforestation. Under the 2015 Paris Agreement, Brazil committed to reducing carbon emissions by 37% by 2025 and 43% by 2030."
-via AP, September 5, 2023
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brasilsa · 1 year
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liliaschwarcz
Diz o ditado que, “nem tudo que reluz é ouro”. Ditado é sempre ambíguo e duro de apostar numa versão só. Na minha opinião, uma interpretação mais literal seria que não existe felicidade apenas na riqueza; muito simbolizada pelo ouro. Seja lá a interpretação que quiser dar, penso que, na história, a procura desenfreada pelo ouro, já trouxe felicidade para alguns — com a destruição de povos americanos aniquilados pela a ganância europeia (ainda no período colonial) e a formação de fortunas nas mãos de poucos e destruição para muitos. Mas não é preciso ficar no passado. Os rios das reservas Yanomami estão contaminados de mercúrio por causa da ação ilegal de mineradoras. O desastre vem causando o genocídio desse povo que sempre viveu em paz com a natureza. Pois bem, para chamar atenção internacional sobre essa situação, Indígenas Yanomami entregarão aos atores que vencerem um prêmio no Oscar deste domingo, dia 12 de março, uma estatueta alternativa, como símbolo da luta contra a extração ilegal de ouro na Amazônia. A Urihi Associação Yanomami informou que oferecerá aos vencedores – que ganham uma estatueta de bronze maciço e coberto de ouro 24 quilates –, uma escultura da divindade Omama, que não usa ouro em sua composição. Diz o vídeo gravado para a ação: “Receba essa estátua feita pelo nosso povo pra você. Omama é nosso guerreiro, criador e protetor da Amazônia e do povo Yanomami”. O projeto foi nomeado “Custo do Ouro” e, segundo a Urihi Associação Yanonami “servirá para representar o contexto de sofrimento de toda população”. “Na sua cultura, ouro é símbolo de sucesso. Para meu povo, significa morte e destruição”, diz Junior Hekurari Yanomami, líder da associação. E ponto final!
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lucioborges · 1 year
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RS Notícias: Povo Yanonami começa a ser vacinado pelo Ministério da Saúde
Fonte: RS Notícias: Povo Yanonami começa a ser vacinado pelo Ministério da Saúde
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sonhosdeescritor · 1 year
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 ESTUPRO DE YANONAMIS - Mais essa bomba estourou hoje nos jornais de todos os meios midíaticos, algumas moças índigenas poderiam ter sido estupradas por garimpeiros em terras amazônicas.       Triste ver acontecer, nenhuma mulher ou qualquer que seja ser humano deve passar por isso.       Me faz lembrar de noticias de tantas mulheres que foram levadas a se prostituir em troca de alimento em áreas devastadas e com domínio de militares após um grave acidente, tipo terremoto, tsunami.      Voltando ao assunto Yanonamis, como pode esses caras que já destroem todo o meio ambiente, em uso de mercúrio e outros metais, quimícos despejados nos rios.      Além de adentrarem em terras de conservação e de uso exclusivo indígenas.      Mulher nunca foi e nem será objeto de comércio e uso de saciação forçada a prazeres carnais, o reseito e a lei tem de exercer seu peso total e ativo contra a este, criminosos que usam e abusam da inocência de filhas herdeiras reais deste vasto país BRASIL.
                030223...........................
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petfilho · 3 years
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Desnutrição infantil, garimpo e Covid: entenda os problemas que afligem a Terra Indígena Yanomami
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Maior reserva do país sofre com recorrentes casos de crianças desnutridas e conflitos com garimpeiros ilegais. Acesso difícil não impediu chegada do coronavírus. Arte G1 Na comunidade Alto Catrimani, na parte da Terra Indígena Yanomami que fica em Roraima, um menino de 10 anos e pesando apenas 8 kg (o ideal para a idade é em torno de 32 kg) recebe alimento de uma agente de saúde. O corpo franzino, com os ossos completamente aparentes, choca e comove. A foto, que pode ser vista acima, foi tirada em 9 de fevereiro, quando ele foi resgatado com desnutrição grave. Levado à capital do estado, Boa Vista, ele fez tratamento no Hospital da Criança Santo Antônio, se recuperou e agora está em abrigo do governo estadual. Em outra aldeia, Surucuru, um menino de 9 anos, com 10 kg pega água em um igarapé (veja foto acima). Resgatado no dia 3 de março, recebeu atendimento em Boa Vista e já voltou para a comunidade, agora com 16 kg. Essas imagens se somam a outras de crianças indígenas desnutridas que têm vindo à tona e evidenciam a grave situação que assola a Terra Indígena Yanomami, a maior reserva do Brasil e que completou 29 anos de homologação como reserva nesta semana. VEJA TAMBÉM: VÍDEO: entenda conflitos entre indígenas e garimpeiros CONFRONTOS: garimpeiros jogam bombas contra indígenas RELATO: ‘Estamos esperando os garimpeiros nos matar’ MAIS IMAGENS: garimpeiros atiram contra PF CRONOLOGIA: relembre conflitos recentes com garimpeiros PARÁ: garimpeiros ilegais incendeiam casas em aldeia
Terra invadida por garimpeiros ‘Estou aqui pedindo socorro’: as ameaças à terra indígena yanomami A chaga da desnutrição está diretamente ligada a outro problema na região: o garimpo ilegal de ouro. A extração do minério com mercúrio contamina os rios, matando animais e impactando a disponibilidade de alimentos. Os garimpeiros são ainda responsáveis por constantes ataques armados às comunidades na disputa por território, causando terror na população local (veja no vídeo acima). Há, inclusive, relatos de crianças que se afogaram ao tentar fugir dos invasores. A presença disseminada de garimpeiros ilegais (o número estimado é de 20 mil, ante pouco mais de 28 mil indígenas que vivem na reserva) tem ainda outro malefício: a transmissão de doenças, entre elas, a Covid-19. Estima-se que cerca de 20 mil garimpeiros estejam infiltrados na Terra Yanomami Chico Batata/Greenpeace Embora pertença ao grupo prioritário para a vacinação contra o coronavírus, apenas 79% dos indígenas acima de 18 anos estão com a primeira dose, e 58%, com a segunda. Em meio a esse quadro dramático, a reserva deverá receber nesta quinta-feira (27) uma visita do presidente da República, Jair Bolsonaro. A ida dele deverá se restringir a São Gabriel da Cachoeira, do lado amazonense da terra indígena, onde irá inaugurar uma ponte ligando o município a uma aldeia. Bolsonaro já se manifestou diversas vezes a favor da exploração mineral em terra indígena.
No vídeo abaixo, de 16 de maio, uma mulher yanonami faz um relato dramático sobre a presença dos garimpeiros armados. Ela diz que mulheres e crianças têm precisado fugir para o meio da mata para se proteger e afirma que, sem segurança no local, teme pelo momento em que vão ser mortos pelos invasores. Tensão e insegurança: mulher Yanomami relata medo de morrer em região alvo de garimpeiros
Arte G1 Desnutrição Problema antigo na região, os Yanomami convivem com a desnutrição infantil há décadas. Estudo do Unicef (braço da Organização das Nações Unidas para a infância) e a Fiocruz aponta que oito em cada dez crianças menores de 5 anos têm desnutrição crônica – nas regiões de Auaris e Maturacá – dentro da Terra Indígena Yanomami. A pesquisa, divulgada em maio de 2020, revela que 81,2% das crianças têm baixa estatura para a idade (desnutrição crônica), 48,5% têm baixo peso para a idade (desnutrição aguda) e 67,8% estão anêmicas. O quadro está associado à maior mortalidade e à recorrência de doenças infecciosas, além de causar prejuízos no desenvolvimento psicomotor da criança. Segundo um dos autores do estudo, o pesquisador e médico especialista em saúde indígena Paulo Basta, a desnutrição que acomete os indígenas está diretamente ligada à pobreza. “Sob o ponto de vista da estrutura de domicílio, os pais não têm renda, falta água potável para beber. Eles estão ameaçados sob vários aspectos e por outras doenças, como diarreia, verminose e malária. É um cenário que está totalmente relacionado à pobreza”, afirma Basta. Tradicionalmente, os indígenas se alimentam de produtos que a floresta oferta. No entanto, ressalta o pesquisador, a chegada de não indígenas, com a estruturação de pelotões especiais de fronteira do Exército e de unidades de saúde, além da presença de missões religiosas e garimpeiros, provoca um escasseamento dos alimentos ao afugentar a caça e contaminar os rios. Na mineração do ouro, o garimpo usa mercúrio, substância que acaba gerando graves danos ambientais e problemas neurológicos nas pessoas. “Isso esgota a fonte natural e a alimentação que vêm da natureza diminui”, explica. Na mineração do ouro, o garimpo usa mercúrio, substância que acaba gerando graves danos ambientais Chico Batata/Greenpeace Diante desse cenário, as refeições, que, normalmente, teriam como base arroz, feijão, mandioca, carne de caça e peixe, acabam se resumindo a um ou outro item por vez. Nas regiões pesquisadas, na falta de alimento, os indígenas acabam consumindo também produtos ultraprocessados, pobres em nutrientes, que são levados por pessoas de fora da terra indígena, como biscoitos, salgadinhos e enlatados. A soma desses fatores, segundo o pesquisador, leva ao quadro de desnutrição. “Não dá para isolar a causa e dizer que os Yanomami estão passando fome e, por isso, estão desnutridos. Isso não é verdade”, afirma Basta. Ele explica que a criança nasce saudável, mas que, ao desmamar e passar a interagir com o ambiente, fica limitada a alimentos pouco nutritivos e exposta a mais doenças, o que desencadeia o processo de desnutrição. “A criança nasce dentro do padrão de peso esperado. Enquanto mama, está garantido o alimento e ela cresce bem. Depois que começa a desmamar e interagir com o meio ambiente, se contamina rapidamente, pega uma diarreia, uma verminose e, aí, perde peso, cai o estado nutricional. Ainda vai estar permanentemente exposta à água contaminada e alimentos de baixa qualidade e também pode se contaminar por malária ou ter uma infecção respiratória”, diz Basta. A gravidade da situação é endossada pelo indígena Dário Kopenawa Yanomami, vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami. “Historicamente, na Terra Yanomami não tem desnutrição. Existe a desnutrição onde há problemas de invasão, problemas no rio e a terra não está boa, não está produzindo muito bem a comida. Onde há os problemas do garimpo, tem, sim [desnutrição], porque não tem como trabalhar, não tem como cuidar da família”, relata. Segundo ele, nas localidades sem a presença de garimpeiros, as roças são produzidas. “Então, as crianças são saudáveis, porque a família está trabalhando bastante e produzindo alimento”, explica. Dimensão da desnutrição O número exato de crianças acometidas pela desnutrição não é disponibilizado pelo governo federal. Os relatos, no entanto, indicam que o problema permeia toda a Terra Yanomami, principalmente as regiões onde há o impacto do garimpo — grande causador da degradação e desequilíbrio ambiental. As comunidades de que se tem notícia de casos recorrentes de crianças com baixo peso são Parafuri, Surucucu, Xitei, Baixo Mucajaí e Auaris, de acordo com o presidente do Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuanna (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, que acompanha diariamente os pedidos de remoção para atendimento médico na capital. Montagem de fotos mostra o mesmo menino yanomami de 10 anos em 9/2 (à esquerda) e em 25/5 (à direita) após tratamento Arquivo pessoal Mas nem sempre o resgate chega a tempo. Na semana passada, um bebê de um ano que pesava apenas 3 kg morreu de desnutrição. Júnior Hekurari Yanomami acusa o poder público de negligência pela demora na remoção. Naquele mesmo dia, outras duas crianças, também com desnutrição, foram levadas das aldeias onde viviam para serem tratadas em Boa Vista. Júnior Hekurari afirma que, ao longo dos anos, a falta de assistência de saúde nas comunidades yanomami tem se tornado frequente e se agravou com a pandemia. “A saúde indígena yanomami começou a decair no início de 2014. Desde então, temos enfrentado inúmeras dificuldades. Percebemos que, a partir de 2018, a saúde entrou em colapso”, disse. A falta de transparência em relação aos dados de desnutrição também se repete quanto aos casos de malária e outras enfermidades que atingem o povo Yanomami. As informações, de responsabilidade da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão do Ministério da Saúde, não ficam disponíveis no site. Os dados são restritos a sistemas operados por servidores do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y), que respondem para a Sesai. Montagem de foto da mesma menina yanomami de 8 anos em 17 de abril (à esquerda) e em 25 de maio (à direita) Arquivo pessoal Políticas públicas Para o pesquisador Paulo Basta, a gravidade do quadro de desnutrição ressalta a falta de políticas públicas do governo federal na terra indígena. “Se o estado brasileiro cumprisse seu dever constitucional e, de fato, desenvolvesse políticas públicas inclusivas, visando uma reparação histórica por danos e exploração impetrados aos povos indígenas […], a situação de saúde dos povos indígenas, sobretudo das crianças, poderia ser muito diferente”, explica. Na avaliação dele, para reverter a situação, seria necessário criar alternativas econômicas por intermédio de projetos de desenvolvimento sustentável, adaptados à realidade e respeitando a cultura local. Ele também defende a criação de uma rede de captação, tratamento e abastecimento de água potável às famílias, além do fornecimento de coleta e destinação adequadas dos resíduos sólidos, com oferta de serviços de saúde de qualidade. O Ministério da Saúde diz ter implementado ações de combate à desnutrição infantil na área indígena e lista programas de suplementação de vitamina e minerais, além da qualificação das equipes de saúde. A pasta afirma que, mesmo não sendo sua atribuição, a Sesai autorizou a compra e a distribuição de comida nas Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) para os pacientes desnutridos. O processo de licitação, por meio de pregão eletrônico, está em andamento.  Histórico do garimpo ilegal na região Barco transporta insumos para o garimpo ilegal Divulgação Os conflitos causados pelo garimpo na Terra Indígena Yanomami remetem à década de 1980, com o garimpo ilegal de ouro. Nos anos 1990, 12 indígenas foram mortos por garimpeiros no massacre do Haximu, um dos mais violentos registrados na reserva. A antropóloga e professora emérita da Universidade de Brasília (UnB) Alcida Rita Ramos, que trabalha com o povo Yanomami desde 1968, relata que a invasão do território por não índios vem desde a década de 70, na ditadura militar. Em 1973, teve início a construção pelo Exército da rodovia Perimetral Norte, que iria ligar toda a Amazônia no chamado Plano de Integração Nacional (PIN). Paralisada no meio, foi abandonada em 1976. No fim da década seguinte, aconteceu a invasão massiva de garimpeiros atrás da exploração de ouro. “Os primeiros estragos materiais foram a construção da Perimetral. Em dois anos, destruíram muito, mataram 22% da população de uma aldeia e foram embora. Até hoje, tem comunidades que não se recuperaram. Esse foi o primeiro choque do século 20, que terminou com outro choque violento: a massificação da invasão garimpeira. Foi tudo desencadeado. E, agora, no século 21, são garimpeiros, misturados com Covid e todo o lixo que a sociedade manda para eles”, resume. Invasão do território por não indígenas vem desde a década de 70, na ditadura militar Chico Batata/Greenpeace Segundo a pesquisadora, embora houvesse relato da presença de garimpeiros antes, foi a partir de 1989, com o grande influxo de invasores, que os indígenas sentiram de maneira mais contundente o impacto no território. “Os Yanomami estão calejados de epidemias. Já passaram por isso várias vezes, mas isso não quer dizer que eles estejam acostumados a elas. Eles querem sobreviver”, indigna-se. Degradação da floresta A busca pelo minério, porém, se intensificou ainda mais nos últimos anos, segundo Instituto Socioambiental (ISA), agravando a degradação da floresta e ameaçando a saúde dos moradores. Somente no primeiro trimestre deste ano, foram desmatados cerca de 200 hectares de floresta — o equivalente a 200 campos de futebol. “São mais de 20 mil garimpeiros espalhados e prejudicando a vida do povo Yanomami e Yekuana. A nossa terra está destruída por maquinários. É uma situação muito grave e preocupante. O povo Yanomami está com a vida muito perturbada”, afirma Dário Kopenawa Yanomami, da Hutukara Associação Yanomami. Desde junho de 2020, uma série de confrontos entre indígenas e garimpeiros foi deflagrada na região. O mais recente foi na comunidade Palimiú, em Alto Alegre, ao Norte de Roraima. Alvo de invasores que entram na floresta para explorar o minério, a região vive dias de tensão. O estopim foi em 10 de maio, quando garimpeiros abriram fogo contra os indígenas, que revidaram. Há relatos de três garimpeiros mortos no confronto. Um indígena foi baleado de raspão na cabeça, mas sobreviveu. Homens com arco e flecha na comunidade Palimiú Alexandro Pereira/Rede Amazônica Covid A presença de garimpeiros, o avanço da degradação ambiental e a dificuldade de acesso para o atendimento de saúde deixam o povo que vive na Terra Yanomami ainda mais vulnerável à transmissão de doenças. E com a Covid não foi diferente. Desde março do ano passado, início da pandemia, os casos de indígenas infectados somam 1.640 e o número de mortes chega a 13. Uma dessas vítimas foi o adolescente Alvanei Xirixana, de 15 anos, o primeiro óbito por Covid entre indígenas registrado em Roraima. Os casos de indígenas infectados com Covid-19 chega a 1.640 Pieter Van Eecke/Clin d’Oeil Films O presidente do Condisi-YY, Júnior Hekurari Yanomami, ressalta que a pandemia de Covid reduziu ainda mais a assistência que deveria ser feita pelo governo. “A chegada do coronavírus na Terra Indígena Yanomami fez com que ficássemos mais impotentes. Não tivemos o apoio necessário do governo, principalmente, na questão da vacinação. As comunidades não foram vacinadas. Isso resultou em muitas comunidades desassistidas. A dificuldade é muito complexa na Terra Indígena Yanomami. O povo yanomami sofre muito”, diz. No início do ano, ele denunciou a morte de 10 crianças com sintomas de Covid-19 dentro da Terra Yanomami. Para ele, houve lentidão na resposta do ministério. “A demora e a burocracia estão matando o povo Yanomami”, afirma. As mortes são alvo de uma apuração da pasta, que ficou de divulgar um laudo até o fim deste mês confirmando se foram por Covid ou não. Vacina Os indígenas fazem parte dos grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização (PNI) para receber a vacina contra a Covid. Segundo o Ministério da Saúde, a meta é imunizar todos os yanomami acima de 18 anos, que somam 12.253 e representam 43,5% do total de indígenas que vivem na reserva. Desse público-alvo, foram vacinados até agora apenas 79% (9,6 mil) com a primeira dose e 58% (7,1 mil) com a segunda. Não foi informado o prazo para vacinar 100% desse grupo com as duas doses. Distribuição de cloroquina em comunidades Em 2020, os Ministérios da Saúde e da Defesa e a Fundação Nacional do Índio (Funai) chegaram a realizar uma ação de combate à Covid-19 na Terra Yanomami. As equipes visitaram as comunidades Auaris, Waikás e Surucucu, onde ficam localizados polos de saúde que atendem 95 comunidades e vivem cerca de 8 mil indígenas, entre os municípios de Alto Alegre e Amajari, Norte de Roraima. Na ocasião, foram distribuídos medicamentos como cloroquina e azitromicina, que não têm eficácia comprovada contra a doença. Só de cloroquina foram 39,5 mil comprimidos para a Terra Indígena, segundo dados do Ministério da Saúde. A ação do governo virou alvo de uma investigação do Ministério Público Federal em Roraima (MPF-RR). No início deste mês, o Condisi-Y enviou um ofício ao Senado solicitando que a distribuição desses medicamentos seja incluída no escopo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Acesso difícil Comunidade Surucucu, na Terra Yanomami, no meio da floresta amazônica Júnior Hekurari Yanomami/Condisi-YY Cercado pela densa floresta amazônica, o território Yanomami é de difícil acesso, e a comunicação é bastante restrita, o que impacta na divulgação das informações sobre o que acontece na região. A entrada por via terrestre só é possível pelo Sul da reserva, nas comunidades Ajarani I e II, onde não vivem indígenas. Já o acesso às demais comunidades é feito por avião e helicóptero, que aterrissam em clareiras abertas na mata fechada ou pistas improvisadas para aeronaves de pequeno porte. Também é possível chegar à Terra Yanomami clandestinamente por embarcação, meio mais utilizado pelos garimpeiros. Apenas profissionais da Sesai e pessoas autorizadas pelo Condisi-Y ou pela Fundação Nacional do Índio (Funai) podem entrar na reserva. A comunicação na região é feita na maioria das vezes por radiofonia. Os aparelhos são instalados nos postos de saúde da Sesai e é de lá que servidores se comunicam com o Dsei-Y, sediado na capital, Boa Vista. Há quatro polos-base com internet e orelhão. A energia elétrica também é limitada aos postos de saúde. A comunicação na Terra Yanomami é 90% feita por radiofonia Valéria Oliveira/G1 Quem atua na terra indígena Direitos: A terra indígena é de responsabilidade da Funai, que tem como missão proteger os direitos dos povos indígenas. Cabe a ela autorizar o acesso à região. Saúde: As questões relacionadas à saúde ficam a cargo do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y), subordinado à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), que, por sua vez, responde ao Ministério da Saúde. A fiscalização das ações de saúde fica por conta do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Yakwana (Condisi-YY), que é um órgão com autonomia. Segurança: O Exército e a Polícia Federal têm como dever cuidar da integridade física dos indígenas dentro do território.
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ricardornl-blog · 7 years
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Foi foda lá só loukoras kkkk #Yanonami foda demais .. (em Dourado, Sao Paulo)
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siteemaildireto · 4 years
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Coronavírus: Yanomamis querem expulsão de mineradoras ilegais para frear avanço da pandemia Uma campanha lançada pelo povo Yanonami busca expulsar as mineradoras ilegais que estão invadindo as reservas indígenas. Para conter o avanço do coronavírus nas populações nativas, a companha source
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sandrazayres · 4 years
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Sossego levará as “Visões Xamânicas” para Sapucaí em 2021 Sossego levará as "Visões Xamânicas" para Sapucaí em 2021 Enredo é inspirado em relatos do Grande Xamã Yanonami…
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ninafagaraz · 5 years
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Bisque // tapioca, lagostim e coco // cogumelo yanonami (em DOM Gastronomia Brasileira) https://www.instagram.com/p/BuIM2wLBFEv/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=ivfmmnf9p95t
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tivuco · 4 years
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Yanomamilerde Korona görüldü Amazon ormanlarında yaşayan sıra dışı kabile: Yanomamiler içinde de KORONA virus yakalanmış 15 yaşında bir genç tedavi altına alındı. Amaozon Ormanları derinliklerine kadar hastalığın ulaşıyor olması dünyada ulaşamadığı bir noktanın kalmayacağı anlamına mı geliyor. Amerika kıtasının keşfedilmesinin üzerinden 500 yıla yakın süre geçmesine rağmen hâlâ tamamı keşfedilememiş olan yerli halkların en büyüğü olan Yanomamiler, dış dünyayla bağlantı kurmamış kamplarda yaşıyor. İşte bir arada yaptıkları geleneksel konutlarda yaşayan ve dış dünyayla bağlantıları olmayan Yanomami kabilesinin ilginç hikâyesi… Yüzlerce yerel kabilenin yaşadığı Venezuela-Brezilya sınırındaki Amazon ormanları gazeteciler tarafından görüntülendi. Yanomamiler, dış dünyayla bağlantı kurmamış kamplara sahip. 20. yüzyılın sonlarından itibaren Yanomamilerin yaşam alanlarını ve yaşamlarını tehdit edenler ise, kaçak maden arayan İspanyol kökenli altın avcıları. Afrika'daki ve Ortadoğu'daki benzer büyüklükteki kabilelerle benzer geleneklere sahip olan Yanonamilerde evlilik, ailelerin uygun gördüğü kişilerle yapılabiliyor. Kadınların çocuklarla ve kamplardaki bahçelerle ilgilendiği kabilede erkekler avcılık ve balıkçılık görevini üstlenmekte. Kabilenin yaşlıları küçük çocukların eğitimini üstlenmekte. Böylece geleneklerini ve yaşamak için gerekli bilgileri nesilden nesile aktarıyorlar. Ticaret anlayışının olmadığı kabilelerde çocukların bakımından, avcılığa her şey ortak. En büyük kamp 3 farklı aileden oluşmakta.Böylece toplum içi şiddetin ve ayrılığın önüne geçildiği düşünülen sistemde yabancı kamplarla da düşman ilişkisi bulunmamakta. Bu özelliklerinden dolayı Yanonamiler, madencilerin saldırılarının farkına varamadan birçok üyelerini kaybetme tehlikesi altında yaşamlarını sürdürüyor. Venezuela ve Brezilya sınırı boyunca yaşayan 14 bin nüfuslu bu yerli halk ülke yönetiminden, vergilerden ve yardımlardan habersiz yaşıyor. Yano Güney Venezuela ve Kuzey Brezilya’da yaşayan Yanomami kabilelerinin bir arada yaşadıkları geleneksel konutlara verilen isim. Ortasında geniş bir açık alan bulunan dairesel yapılar topluluğun büyüme hızına göre birkaç yılda bir yenileniyor. Ortalama olarak yaklaşık 10 metrelik çatı alanı ve 80 metre toplam çapa ulaşan yapılarda farklı boyutlar da görülebiliyor. Topluluktaki her bir ailenin dairesel yapı içerisinde kendine ayrılmış bir bölümü bulunuyor; bu bölümlerde uyumak için hamaklar, yemek pişirmek için ocak ve birkaç depolama alanı bulunuyor. Altın avcılarının varlığı, düşman kabul ettikleri kabileler ve tüm dış etkenlere rağmen 14 bin nüfusa sahip Yanonami kabilesi yaşamını sürdürüyor.
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brasilsa · 3 years
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shohaibbahadar-blog · 5 years
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Competition Brief: Survival International Research
I will be looking into uncontatced tribes.
Survival’s campaign objectives 
Protect their lands and ensure their right to remain uncontested and respected only then will they and the environments on which they depend on will continue to thrive 
Secure their land
Determine their future 
More than 150 million individuals are in tribes.
A case which I had looked into was Siberia’s remaining tigers. Foreign companies are eager to expose land which possesses oil, gas, timber, gold and diamond. Hanti people were driven out of their homes due to refineries. Tons of oil had eventually leaked into the swamps, ruining land but Hanti people had eventually settled away from their home and were affected with alcoholism, depression, disease which is at a rise.
Tribal people are being illegally evicted from these lands in the name of “conservation”. As they hunt their food, they're accused of poaching because they have been taught to hunt for their food. Partners of big businesses that steal tribal lands, they start projects which result in illegal evictions, it is shown that tribal people are better at looking after the environment than anyone else.
After looking into several projects, Survival have used different approaches but one approach which I have noted was that they use approaches such as join, donate and sign the declaration.
An approach of tribal voice brings thoughts and experiences of some of the most diverse societies on Earth. “If I see illegal goldmines on our land or if any outsiders try to kill us, I will be able to let everybody know” This quote has been pulled from a tribes-person working with Survival international. Survival have had many successes in their projects, noted projects such as the Awa and Yanomam tribes.
Another case which I have looked into as apart of my research is the Baka “Pyomy” tribespeople as they face arrest and beatings as well as torture and death due to accusations of poaching because they hint to find food for their families. 
Baya, India. Their lives are being destroyed by tiger conservation, they are threatened and bullied into giving up their land, this is being done illegally which has led to thousands of families without a home.
The Awa tribe which I have noted above as a success story they are also known as “Earth’s most threatened tribe”. The Brazilian government sent a group of hundreds of squad agents to remove illegal cattle ranchers and kogers form the land in 2014. They have the last remaining patches of rainforest in the Eastern Amazon despite loggers having destroyed 50% of territory. 
Facts and figures:
Over 57,000 messages were sent to the Brazil’s Minister of Justice asking to take actions removing the loggers. 
Hundreds of Awaicons (campaign’s logo) was photographed in 30 countries.
Three ad-campaigns brought the fight of the Awa to attention to millions around the world.
What next? Survival is now calling on the Brazilian authorities to put a permanent land protection program to keep invaders out of the land.
The Kawahiva tribe who are located in Brazil. They are a group of uncontacted Indians who are on the brink of extinction. Survival is now pushing Brazil’s government to save their land. They are the last of their tribe and their genocide will be complete unless their land is protected. On one side their are loggers, ranchers, miners who are trying to steal their land. On the other side, the Kawahiva as well as the support of global movement for tribal people’s rights and in the middle is the Brazilian government.
Another case which I have looked into are the Yanonami who are also located in Brazil, they’re facing mining, ranching and a health care chaos. The government are failing to provide them with criminal invasions, attacks and diseases. Survival has responded and supported the Yanonami for decades; leading their international campaign for the demarcation of Yanonami territory. They have also supported their healthcare and education projects.
I have looked into the case of Aboriginal people who are located in Australia. There are over 500 different Aboriginal people each with their own language and territory. They are made up of large groups of separate clans, their land has been stolen or destroyed. To resolve this, Survival have produced ‘homeland’ projects where Aboriginals can return to their ancestral land, they have supported to win recognition for the ‘Native Title’ for Aboriginals. They have also supported the campaign of the Mirror people in the Northern Territory against a proposed mine on their sacred land.
There have been different ways where Survival have helped out, I will be discussing how they have used the power of social media. “Dozens of celebrities such as renowned Brazilian photographer Sebastian Salgado, Hollywood actress Gillian Anderson, fashion designer Vivienne Westwood, musician Julian Lennon and many more others have pledged their support.” Another quote which I have pulled is “Survival International and Hollywood star Colin Firth launched a high-profile international campaign to save the Awa from extinction.” 
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backtonoscanner · 9 years
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Yanomami girl.
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sandrazayres · 4 years
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Sossego levará as “Visões Xamânicas” para Sapucaí em 2021 Sossego levará as "Visões Xamânicas" para Sapucaí em 2021 Enredo é inspirado em relatos do Grande Xamã Yanonami…
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inovaniteroi · 4 years
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Sossego define enredo do carnaval 2021
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Em 2020 a Sossego trouxe como enredo ‘Tambores de Olokun’. Foto: Pedro Conforte
O Acadêmicos do Sossego aproveitou o Dia do Índio para anunciar o seu enredo para o Carnaval 2021. No próximo ano a escola de Niterói levará “Visões Xamânicas” para a Marquês de Sapucaí. Desenvolvido pelo carnavalesco André Rodrigues, o tema traz uma saga épica imaginada entre o presente e futuro, com a narrativa inspirada em relatos de David Kopenawa o grande Xamã Yanonami.
O enredo abordará o fato em que a humanidade se encontra exatamente, onde grandes profecias xamânicas disseram que chegaríamos: no colapso do planeta provocado por um sistema de ambição e consumo. Consciente do seu papel cultural e social, a escola do Largo da Batalha abordará o contexto indígena para valorizar a natureza e fará a cidade cantar melodias de esperança e consciência para seu povo.
“Há dois anos eu havia preparado um enredo sobre resistência indígena, eu já cultivava esse desejo de mostrar algo mais ligado às referencias culturais dos nossos povos tradicionais. Durante esse período um amigo historiador me recomendou a leitura do livro “A queda do céu”, uma narrativa da vida do Xamã Yanomami Davi Kopenawa, contando um pouco da cosmologia do seu povo”, revelou o carnavalesco André.
Partindo de uma reflexão sobre a sociedade e cultura de consumo e progresso que o homem não indígena construiu, o enredo sofreu alteração em meio à crise causada pela Pandemia da Covid-19. Atualmente não pensamos o que estamos construindo em sociedade e o porque de não conseguir entrar em harmonia com a natureza. Criamos muitas versões de futuro, mas olha onde estamos: presos em nossas casas sem conseguir interagir e “progredir”.
Publicada às 13h57
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