teddyemil - Tumblr blog

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o sonho é algo que se quer

05/06/2021 -  projeto-um-texto-por-dia-2021

Semanas atrás ouvi um episódio-desabafo da ~dj laurinha lero~ (conhecedores lerão de forma correta), e uma ideia não sai da minha cabeça desde então: eu não quero viver o sonho de alguém só porque eu posso. Uma semana depois, escrevi uma crônica intitulada “é preciso querer ser”, sobre construir ativamente quem se quer ser. Só que há um passo antes desse: querer querer. 

Todo mundo já é alguma coisa, mesmo sem perceber como chegou nisso. Tem gente que fala bem, uns são naturalmente muito gentis, outros tem facilidade com contas, alguns beijam bem desde o primeiro beijo. Há um potencial dentro de cada coisa que a gente já é, e todo mundo pode usar isso de alavanca para alcançar coisas incríveis ou não. Há um número ilimitado de coisa para serem alcançadas, mas, em geral, o rol do “incrível” é bem limitado.

A palavra incrível nos remete a algo inacreditável, no bom sentido: algo para além da mediocridade. A maioria das coisas no mundo são medíocres. Este texto é medíocre, o café da tarde é medíocre, a decoração da casa é medíocre, e provavelmente a maior parte das coisas que você ama são medíocres. O que não é medíocre? Desafiar a Inquisição francesa, reger a Nona Sinfonia profundamente surdo, fundar a maior empresa de software do mundo, escrever uma narrativa épica em oitavas decassílabas durante quinze anos… o incrível sempre está por vir, mas há uma coisa que sabemos dele: serão poucos.

Ainda assim, buscar o incrível é uma decisão fácil com um caminho difícil, porque é o mínimo que se faz quando se pode, e tudo bem fracassar porque, afinal, é o incrível. Não é preciso querer o incrível, nem pensar sobre querer. Buscar o incrível parece sempre o caminho certo, e de algum forma se tornará o que se quer.

Por isso eu estive pensando: acho que eu quero ter o meu sonho — não o sonho óbvio, não um sonho incrível ou invejável, mas o meu sonho. O sonho é algo que se quer. Eu quero querer alguma coisa, mesmo que seja alguma coisa muito distante da minha realidade, ou algo tão próximo da realidade de qualquer um que pareça um desperdício.

Talvez ele seja incrível, e então eu sempre desconfiarei dele (se ele é mesmo meu). Talvez ele seja medíocre, e então sempre desconfiarão de mim (se eu realmente o escolhi). Mas o quero.

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~Because This is My First Life

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“Às vezes é preciso dormir, dormir muito. Não pra fugir, mas pra descansar a alma dos sentimentos. Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada sabe quão difícil é engolir a vida. Porque tudo, absolutamente tudo devora a gente. Inteira.“”

— Marla de Queiroz

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just a collection of sad pop songs after a death, or: posts to make you burst into tears

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Hundreds tiny things

I could give up any minute,

get rid of the stupid alarm clock;

I could just simply quit “being”,

get reborn as an emotionless stone.

I could stop this petty life routine,

set free the liquid fire in my veins,

But then

there would be so many things left

undone, unsaid, unseen,

un-hugged, un-loved, un-thanked,

un-lived.

Hundreds of deeds will disappear with me,

however tiny they are:

my books will choke on the shelves in dust,

the Eiffel tower will not have yet another silly selfie,

my cats will not have anyone to play with,

my love will not hear another lame joke,

and my old mother will not have anyone to comfort her

on an unfortunate evening.

For her forgiving smile and hands made of warmth,

for his quiet snorring and irritating calmness,

for their purring and claws that destroy another pair of tights,

for the breathtaking sights that make history alive,

and stories of the other worlds that flourish in my mind

I’m setting my stupid alarm clock for tomorrow

and taking the crowded stuffy train to work

to do hundreds meaningless things

that only I can do.

          © illirein 2018

          @writerscreed IKIGAI challenge

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“Eu quero que saiba que eu quero, e quero que se lembre disso nos meus dias ruins. Eu quero muito dormir de conchinha invertida sentindo o cheirinho da sua nuca no fim do dia, te fazer um carinho com a ponta dos dedos e te dar um beijo quando chegar do serviço. Eu não quero correr com tudo dessa vez, eu quero fazer certinho. Fazer planos. Te ver. Eu quero sentir na minha pele todo esse fogo que acende em mim quando falamos sacanagem. Te quero dentro de mim. No físico. No ato. Na minha mente, a minha filhinha de chuquinha e fralda correndo pela casa tem o seu nariz, e não me parece errado também pensar nisso enquanto olhamos o preço das passagens. Eu te quero no meu futuro, assim como te quero na minha cama agora.”

— Chicago, 1992. 

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“Eu quero fazer coisas lindas mesmo que ninguém se importe.”

— Saul Bass.

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“Quero me encantar mais vezes. Admirar mais vezes. Compartilhar mais amor. Dançar com a vida com mais leveza, sem medo de pisarmos nos pés uma da outra. Quero fazer o meu coração arrepiar mais frequentemente de ternura diante de cada beleza revista ou inaugurada. Quero sair por aí de mãos dadas com a criança que me habita, sem tanta pressa. Brincar com ela mais amiúde. Fazer arte. Aprender com Deus a desenhar coisas bonitas no mundo. Colorir a minha vida com os tons mais contentes da minha caixa de lápis de cor. Devolver um brilho maior aos olhos, aos dias, aos sonhos, mesmo àqueles muito antigos, que, apesar do tempo, souberam conservar o seu viço. Quero sintonizar a minha frequência com a música da delicadeza. Do entusiasmo. Da fé. Da generosidade. Das trocas afetivas. Das alegrias que começam a florir dentro da gente.”

— Ana Jácomo.  

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♡

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and i don’t think that those two things have to cancel each other out

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A true selfless act always sparks another

Klaus (2019) dir. by Sergio Pablos

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I am more than meets the eye.

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— You miss it, don’t you? The warmth of a star you don’t remember // k.s.

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“Amor, para mim, são coisas simples. Tocar no nariz, deitar no ombro, fazer um cafuné. Às vezes ouvir um “relaxa, eu tô aqui” vale muito mais do que uma serenata na janela.”

— Aleff Tauã. 

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“Regras não servem pra mim. Não tenho vocação pra bailarina, tenho fobia de linha reta, tenho o corpo livre, o espírito solto, sou do mundo, das pessoas, das conquistas, das novidades, vou construindo fatos e lembranças nas esquinas. A vida que tem lá fora gritou e eu não ouvi. Agora me movo a passos curtos, ziguezagueando por entre mudas de flores recentes que querem ser botão. Eu quero ser flor: quero terra viva que se mova e me faça mover.”

— Verônica H.

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bruna vieira [depois dos quinze]

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thalita meneghim [depois das onze]

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