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Encerramento das reflexões de aniversário!

Percebi que, em todos esses anos, eu nunca terminei as reflexões de aniversário. Quanta irresponsabilidade da minha parte, não é?

Enfim, mais um ano que se começa para mim, mesmo que o ano esteja quase acabando. Acho que o aniversário é uma certa forma de ano novo para se comemorar. O tema dos 25 anos foi Great Days, afinal, 1999 teve um verão bem bizarro.

E mesmo que ainda tenha gente me parabenizando, eu encerro mais uma edição das Reflexões de aniversário. Obrigada por me acompanhar em mais uma jornada pessoal. Nos vemos no fim de setembro do ano que vem?

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23 de Outubro de 2024 (6 dias para o meu aniversário, e aniversário da minha irmã)

A situação está escalando em níveis de desconforto fisíco e mental.

Parece que quanto mais perto fica, maior o desgosto. Eu já nem sei mais se é só o meu aniversário, ou se o ambiente na minha casa ajuda para tal sentimento negativo que mais parece entranhado junto comigo.

Me sinto um fiasco colossal. Parece até que eu sou uma palhaça. Sei lá, tá tudo tão confuso dentro da minha cabeça, e do meu coração. Vou acabar enloquecendo no restante desses dias.

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17 de Outubro de 2024 (12 dias para o meu aniversário)

As vezes, acho que sonhar com algo é um direito que não posso ter.

Não sei explicar, mas tive muitos sonhos e desejos que não se realizaram. Eu meio que havia desistido de sonhar e só aceitado que a vida não seria do jeito que eu queria, ou com as coisas que eu queria. Mas eu fui um pouco ingênua, e tentei sonhar de novo. Obviamente fui frustrada novamente.

Sinceramente, queria poder não sonhar mais e desistir. Não sei se a menstruação está me deixando ainda mais depressiva ou se sou só eu me sabotando. Ou, se a vida é depressiva mesmo e eu que sou muito bobinha em pensar que em algum momento a situação vai melhorar.

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14 de Outubro de 2024 (faltam 15 dias pro meu aniversário)

Vocês não fazem IDEIA do tamanho do caos que se instaurou na minha vida.

Eu sei lá, nunca é só uma coisa. Mas, precisava vir tudo de uma vez? E logo perto do meu aniversário, onde eu fico tão fragilizada? Sei que faço 25 anos, mas é tudo tão aterrorizante...

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08 de Outubro de 2024 (sei lá quantos dias faltam pro meu aniversário)

Eu sou uma piada. Minha vida é uma piada.

Se alguém me acha digna de respeito, sinto muito em frustrar cada um de vocês. Eu sou simplesmente a maior otária que já pisou na porra dessa Terra. Uma grande palhaça. Uma grande porca relaxada e imunda que deveria sei lá morrer pra ver se assim agrado quem tá ao meu redor.

As vezes, parece que eu sou invisível e assim, todos se sentem a vontade pra falar como se eu não estivesse presente. Mas eu tô literalmente bem aqui sabe... eu escuto as coisas que são ditas. Eu também percebo o que não é dito. Claramente tentar agradar não dá certo. Eu deveria desistir de uma vez.

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05 de Outubro de 2024 (24 dias pro meu aniversário)

Amizade é coisa séria.

Eu sempre tentei me dedicar ao máximo nas minhas amizades. Na época de escola, tinha duas melhores amigas. Nós nos conhecemos ainda bebês, moramos na mesma rua, e na maior parte da vida escolar, estudamos juntas. Quando nos mudamos de escola, elas fizeram bastante amizades. Assim, também fiz várias, já que eu era amiga delas, e elas tinham outras amizades.

Sempre fui muito fechada, então, ficava bastante na minha. Mas eu sempre era chamada pra algumas festinhas, pois era amiga das minhas melhores amigas. Mas nunca considerei meus colegas de sala como amigos. Era muito insegura. Lembro também de outras amizades que fiz ao longo do restante dos anos escolares. Essas eu tive que fazer sozinha e cultivar.

Pra ser sincera, ando um pouco preocupada com minhas amizades, e não sei bem como externalizar isso. Foi por isso que decidi escrever sobre. Pra arejar a cabeça e poder pensar no que eu posso fazer de melhor pra seguir ajudando e sendo uma boa amiga. E, também acho que já escrevi um desses em algum outro ano.

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03 de Outubro de 2024 (acho que faltam 26 dias pro meu aniversário)

A coisa mais patética que eu sempre achei é fazer algo pra agradar os outros, e eu sempre fiz isso. Sim, é contraditório. Não ache que eu não sei disso. De certa forma, tenho propriedade pra dizer o quão patético isso soa.

Atualmente, sigo fazendo coisas pra agradar terceiros. Comer fruta, estudar pra concursos, correr e até, usar um notebook. Ok, são coisas que me fazem bem, mas é cansativo. Ainda mais quando não se decidem se devo fazer ou não uma tarefa. Isso tem bastante a ver com o texto que publiquei anteriormente.

Especificamente para esse texto, venho pensando no quão patético e desesperador é estudar pra um concurso pra agrada uma pessoa que claramente cuspiu na minha cara ao dizer que eu joguei meu dinheiro no lixo, pois não estudava o suficiente e não iria passar. Também disse que não iria mais insistir que eu estudasse pra qualquer outra coisa. Dois dias depois, voltando da igreja, essa mesma pessoa me incentiva a estudar de novo. Diz que foi no calor do momento.

A moral da história é: se você não consegue se expressar, evite falar. Principalmente se for sobre um assunto complicado. Gera consequências inimagináveis.

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30 de setembro de 2024 (não faço ideia de quantos dias faltam pro meu aniversário)

Minha vida é um caralho. Não quero fazer nada e me obrigo a fazer tudo. Se eu não faço algo, sou criticada. Se faço o que alguém quer, deixando de fazer outra coisa, sou igualmente criticada. Parece até que perdi o controle da minha vida. Vou além, me pergunto se algum dia eu tive o controle da minha vida.

Obviamente, não é um caso tão extremo assim. Mas me cansa, e passo a maior parte dos meus dias insanamente frustrada com o rumo que minha vida tomou.

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Uma coisa que mantém esse Tumblr de pé são as tradicionais reflexões de aniversário. Esse ano não poderia ser diferente!

A partir de amanhã, eu irei aparecer com frequência pra compartilhar com vocês alguns pensamentos sobre a vida, pra comemorar meus vinte e cinco anos.

E já são 4 anos celebrando minha vida compartilhando meus textos com vocês. Como o tempo passa rápido né?

Sem mais enrolações, vamos curtir um quarto da minha vida.

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Uma coisa que mantém esse Tumblr de pé são as tradicionais reflexões de aniversário. Esse ano não poderia ser diferente!

A partir de amanhã, eu irei aparecer com frequência pra compartilhar com vocês alguns pensamentos sobre a vida, pra comemorar meus vinte e cinco anos.

E já são 4 anos celebrando minha vida compartilhando meus textos com vocês. Como o tempo passa rápido né?

Sem mais enrolações, vamos curtir um quarto da minha vida.

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Vir em um velório depois de adulta me traz inúmeros flashbacks dos velórios que eu já fui quando era criança. 

Imediatamente lembro do velório mais marcante: o da minha avó. Eu, no alto dos meus 11 anos, velando uma pessoa tão querida para mim. Lembro que foi doloroso. Lembro de escutar a ligação da minha mãe (que estava com ela) pro meu pai, dizendo que "ela morreu". E meu mundo desabou. Separar mais uma roupa escura, mais uma calça, para ir em mais um velório e enterro. 

Me lembrou muito pois vi aqui uma criança (talvez dessa idade que eu tinha), velando seu avô. Eu espero que ele consiga lidar com tudo isso da melhor forma possível: lembrando dos momentos em vida.

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Sabe, ontem voltando do médico pela manhã com meus pais, tocou Primeiros Erros (Chove).

Eu conheço muito bem, na palma da minha mão pra ser sincera, essa música. Mas na versão do Capital Inicial. Sempre que essa música terminava de tocar no acústico MTV deles, o Dinho fazia uma referência a um tal de Kiko Zambianchi. Ficava curiosa pra saber quem era esse tal, mas nunca pesquisei. E então, ontem, a versão dessa música que tocou ontem, foi a do Kiko Zambianchi.

E, de repente, eu redescobri uma música que eu achava que conhecia na palma da mão. E foi um momento único. Esses meses andam bastante complicados por conta da minha mãe doente e da minha incapacidade de agir diante da minha vida. Sentir que agora, mais do que nunca, eu ainda me reconheço de uma forma tão singular com essa música me dá sentimentos mistos.

Me sinto triste, pois só chove, chove. Me sinto nostálgica, de quando havia sol e eu achava que só chovia, chovia. Me sinto esperançosa, sabendo que eu estou tentando correr mesmo com o chove chove da vida. Eu quero virar sol, mas atualmente, chove chove mais do que tem sol no meu caminho. O sol sempre são os outros. Eu quero ser meu próprio sol. Eu preciso ser meu próprio sol. Pelo bem da minha existência, preciso que pare, pelo menos um pouco, de só chover chover.

Texto de quase um mês atrás

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07 de outubro (22 dias para o meu aniversário)

Eu acho muito engraçado que eu criei toda uma mitologia por trás da minha relação com cada membro da minha família e até mesmo com a minha casa e como isso reverbera entre o meu círculo social.

Eu não sei bem como elaborar isso, mas é algo assim que eu queria refletir e compartilhar sobre.

Hoje a minha irmã competiu. E ganhou. Ela é muito boa no que ela faz. Mas as impressões que eu sempre tive dela não são tão positivas assim. Isso influencia muito na minha relação desgastada com ela e em como eu falo sobre isso com outras pessoas. As vezes, nem preciso falar, os outros conseguem ver. Gera um desconforto, mas é de se acostumar.

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01 de outubro de 2023 (28 dias pro meu aniversário)

To be honest, eu lembrei ontem desse meu costume. Eu vi os dias passando, mas não percebi que o tempo passou junto. A vida aconteceu enquanto eu estava (e estou) parada.

Acho que eu parei no tempo em meados de junho. Coloquei tanta pressão em mim que eu consegui travar antes mesmo de me formar. Não consegui mais estudar para o concurso que eu iria tentar, e me perdi de qualquer outra oportunidade de emprego que eu poderia tentar logo depois de receber minha carteirinha de profissional. 

(Um fato engraçado: quando fui dar entrada nesse processo, fui com meu querido namorado. Ele entrou em um estado de choque e revolta de que, pra exercer minha profissão, eu vou ter que pagar.)

E a vida foi acontecendo. Colei grau, dei entrada no processo da carteira, recebi a carteira, mas não conseguia me mexer. E então, busquei ajuda na terapia. E não sei se tenho conseguido essa ajuda. Não sei dizer, mas é estranho. E muito doloroso.

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Vocês sabem (ou deveriam saber) que tem algo errado comigo quando eu não apareço pra introduzir e começar as reflexões de aniversário.

Já fazem dois anos que eu trago essa espécie de quadro aqui no meu tumblr e mesmo tendo pouquíssimos seguidores (já que por opção não divulgo tanto) acredito que vocês se divirtam com esse momento fixo do ano.

Então, declaro abertas as reflexões pré aniversário (particularmente meu jeito favorito de comemorar meu aniversário, mesmo sendo só daqui 29 dias).

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Já faz um tempo que eu não apareço aqui né... mea culpa.

Ontem, conversando com meu companheiro, disse que me sentia sozinha.

Falamos sobre isso pois ele estava conversando com os amigos dele por um aplicativo qualquer. E então, ele parou de mexer no celular, era o momento de me dar atenção (no ponto de vista dele). Me perguntou sobre alguma amiga minha, e eu disse que já não falava muito com ela. E então lhe confessei que, na verdade, não falava muito com mais ninguém, e que me sentia sozinha. Que já fazia muito tempo que eu estava afastada dos meus amigos.

Não faço por mal, gosto muito de todos. Mas não me sinto bem. Ando muito imersa nos meus pensamentos. Isso me deixa desgastada, então acabo passando o dia sem falar muito. Até aqui em casa mesmo. Já não sou de falar, a situação só piorou.

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Eu preciso admitir, é estranho. Um ano atrás, eu vivia a maior crise suicida da minha vida.

Minha relação com a vida começou a estremecer em 2017. Desde então, vivo ressabiada com ela. Querendo desistir, acabar com tudo. Mas no ano passado, tudo se intensificou. Entrei em uma crise depressiva em abril. No final de abril, pra ser mais específica. Lembro de ter jogado expectativas em uma nota e ter recebido a nota desejada. Me sentei em um banco e automaticamente me senti vazia. Um oco doloroso ocupou meu coração. Sabe aquele vazio que não importa o quanto a gente tente, nunca será preenchido? Pois é, era esse vazio que me dominava. Foi se intensificando aos poucos. Até que, em junho, eu cheguei no meu limite. E exatamente um ano atrás, eu tive que lutar muito conta do desejo de me matar. Me sentia tentada a fazer. Só que, eu não queria. Afinal, tinha escrito a primeira parte do meu tcc e tudo parecia encaminhado. Eu queria viver, mesmo com o medo do futuro. Eu precisava viver o que o restante daquele ano poderia me proporcionar. E eu vivi.

E agora, um ano depois de lutar com todas as armas, sigo viva. Com medo do futro agora que vou me formar. Com outros inúmeros medos. Mas pela primeira vez em alguns anos, sem estar brigada com a vida. Pelo contrário, com ainda mais sede de tentar.