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Igualmente, Hunt também ficava feliz de poder conversar sobre a própria cultura, ainda mais comidinhas. E era especialmente legal conversar com uma apreciadora, assim como ele. Hunt adorava comer coisas novas! Dava pra trocar recomendações de restaurantes.

— Tem, você notou! — Ele sorriu, muito muito que contente, provavelmente o cheiro dele soltando as notas de satisfação. E com toda atuação dela, ele sorriu mais ainda, batendo palmas. — Eu te passo, te passo sim! E não foi nem uma coisa nem outra, exatamente, foi morar sozinho. Quando eu era criança, a gente não tinha muitas condições de comer bem o tempo todo, então hoje em dia que eu posso comprar bons ingredientes, eu adoro cozinhar, sair pra comer... É algo que me traz muita alegria.

... Só que percebendo que tava tagarela, ele apoiou os antebraços na mesa e sorriu. — Você fazendo uma pergunta simples e eu passando uma história de vida.

☆ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀Boram era muito agradecida pela paciência do outro em explicá-la sobre culinária tailandesa sempre que tinha a oportunidade. Seus conhecimentos não iam além do que já tinha experimentado em restaurantes locais, então era muito legal ter alguém que a guiasse naquele sentido. E, como alguém que gostava de cozinhar tanto quanto de comer, era uma troca muito apreciada.

A reação foi imediata. Apesar de ter levado à boca apenas uma garfada, o impacto foi claro. A textura era agradável e, conforme mastigava, os sabores iam se revelando em camadas. O adocicado suave, as especiarias e algo a mais no final. ━━ Tem amendoim? ━━ Perguntou então.

Aceitou o guardanapo e o usou nos cantinhos dos lábios com um gesto contido, mas já sorrindo. A resposta, no entanto, foi teatral: Boram se jogou dramaticamente contra o ombro do outro, soltando um suspiro claramente satisfeito. ━━ Isso é muito bom! Você precisa me passar a receita. Mas... Como você aprendeu a cozinhar assim? Foi algum mestre, uma avó iluminada ou você simplesmente decidiu ser um gênio da cozinha e conseguiu?

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E mesmo notando o nervosismo, Hunt não comentou nada a respeito. Não é algo que ele comentaria a respeito, e não é como se ele não ficasse um pouquinho nervoso também com essas coisas; conhecer pessoas novas era uma aposta.

Inclusive, falando em peixe, aquela era uma boa pergunta. Ele pegou o cardápio em cima da mesinha pra dar uma olhada nas opções. — Você? — Ele subiu os olhos das fotos no cardápio e sorriu um pouco. — Uma sereia, com certeza. Acertei?

Passados apenas alguns meses desde o término do último relacionamento, Jaehwi não esperava estar a caminho de um blind date. Segundo sua avó, se tratava de um bom rapaz, que seria bom para ele conhecer novas pessoas foram do estúdio e que se ele não estivesse mesmo disposto a ficar com alguém, que ao menos se divertisse. Mas a questão principal era: conseguiria fazer isso? ou melhor, sabia fazer isso? Jaehwi nunca precisou ir a blind dates antes, era totalmente novo naquilo e o nervosismo corria pelas suas veias e artérias como águas turbulentas de um rio.

Chegou no horário, vestindo roupas confortáveis e em tons pastéis clássicos de um ômega comum como ele. Queria causar ao menos uma boa primeira impressão, então não ousou demais na vestimenta ou na maquiagem ou no perfume, deixando o cheirinho doce e levemente cítrico correr livre. Dava pra sentir o nervosismo nele, mas mesmo falhando em esconder com se sentia, queria que aquele fosse um bom momento para os dois. Ao escutá-lo falando, ergueu os olhos para mostrar que estava prestando atenção e sorriu. ━━ Eu gostei da temática, é bem característica. Será que o cardápio segue o tema? Adoraria comer peixe. ━ Comentou brevemente, pegando sua caneca para beber um pouco do líquido quente. Jaehwi havia decidido pelo chá de erva-doce. ━━ Uma pérola? Que comparação curiosa, Hunt-ssi. E eu? Com o que pareço?

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Hot dang

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O negócio era que com aquele tanto de cócegas, o que começou inocente e com o Hunt cheio das risadinhas, foi virando outra coisa. Foi uma sensação na base das costas e depois na nuca, a sensação que o Hunt não deixava tomar de conta com muita frequência - essa coisa de alfa isso, alfa aquilo, agressão, sei lá o que não era com ele. Mas às vezes, só às vezes, o sentimento vinha.

Talvez porque ele tava sendo agarrado e cutucado. Jinhwan segurava ele sem dificuldade nenhuma e Hunt se sentiu - não diminuído nem ameaçado. Foi outra coisa completamente, que quando Jinhwan se afastou deixando ele literalmente descabelado, Hunt tava se segurando no braço e no encosto do sofá, respirando como se tivesse dado dez voltas no bairro.

Se ele tava com fome...? — Pode ser. — Hunt respondeu, se desarmando com um sorriso e passando a mão nos cabelos sem tirar os olhos do mais velho. Woah. — O quarto. Pode ser o quarto.

☆ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀closed starter ; ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀@thehvnt said :

stop! i surrender! i surrender!

A risada de Jinhwan era tão intensa que parecia que ele é quem estava sofrendo com as cócegas, e não quem as estava provocando. Mas, em momentos assim, era impossível não se contagiar com o riso do outro, especialmente quando já estava totalmente imerso na cena. Jinhwan não era pequeno, nem fraco, e soubera aproveitar isso para usar seu peso a favor, segurando o outro sob os dedos curiosos que desciam pelo seu corpo à procura dos pontos sensíveis, aqueles que faziam o outro se contorcer com cada toque.

Porém, ao ouvir o pedido, parou o que fazia na hora, voltando a relaxar no sofá e deixando o outro livre da tortura. Antes de se afastar, deu um último toque bagunçando os cabelos do alfa, como um aviso. ━━ Isso é só para você não tentar mais fazer cócegas em mim. ━━ disse com um tom de falsa advertência. Na verdade, até gostava de cócegas, embora fosse difícil de acreditar. ━━ Ainda está com fome? ━━ Emendou, retomando o que ia perguntar antes de tudo. ━━ Posso pedir para o pessoal da cozinha fazer algo para gente e podemos comer lá fora, perto da piscina. Ou podemos ir para o meu quarto, sei lá... ━━ Jinhwan vinha de uma família rica, vivia com muitos luxos, mas quando falava a respeito era sempre com um tom simples, sem se gabar.

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I am looking respectfully 🍑👀

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— Isso mesmo, tailandês. Eu também tenho ótimas memórias e muita saudade de lá. — Hunt descansou a mão no quadril enquanto a conversa breve continuou. Ele não conseguiu deixar de esconder um sorriso discreto atrás da mão fechada com a mulher a sua frente indo e vindo nas próprias decisões, que não deixava de ser um pouco adorável.

Por fim, ele juntou as mãos com a ponta dos dedos chegando na altura do queixo e se curvando um pouco. — O prazer foi todo meu, Haeryeon ssi. Espero sim que a gente se veja de novo.

Hae-Ryeon sorriu balançando a cabeça de modo compreensivo, retribuindo o aperto de mão. "Hunt Lekhasiei" - Repetiu. "Isso é Tailandês, certo? Uau, tenho boas memórias da Tailândia." De repente estava curiosa, Haeryeon emanava um frescor de mirtilo, no meio do estabelecimento quase imperceptível por tantos estimulos olfativos. Soltou a mão do rapaz e pegou a bolsa que antes estava pendurada na cadeira de concha. "Faz tempo que veio para Jeju? O que veio fazer por aqui... Cansou das praias paradisíacas? Não me lembro de ter te visto antes e isso é..."

"Desculpe, estou tomando seu tempo. Quer dizer, ninguém chegou ainda então, se importaria se eu usasse a mesa para meu café? É... Não é uma boa ideia, sua companhia pode chegar e achar estranho, né?" Sacudiu a cabeça negativamente, com seu histórico de azarada, Hae-Ryeon não gostaria de arriscar. Preferia ficar sem café e voltar ao trabalho, do que causar um mal entendido. Ao contrário do que poderia se esperar a coreana não se sentia estranha no meio daquela troca, era desenrolada e transpassava sua simpatia. Realmente desejava boa sorte ao rapaz em seu encontro. "Bom, é isso então. Prazer em conhecê-lo, Hunt. pop gan mai." Arriscou dizer até logo em tailandês, passou alguns dias pelo país, não havia aprendido muito - na realidade bem pouco. Mas sorriu um tanto confiante que estava certa na pronúncia ao se despedir.

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Dificilmente o Hunt se incomodava com essas brincadeirinhas entre os dois, na verdade era muito fácil sorrir com o Hyunsik-pós-vinho, e o sorriso nunca saía dos olhos dele.

— Eu na verdade estava esperando você comer. — Se sentando em um dos bancos altos em frente ao amigo depois de montar o próprio hambúrguer, Hunt descansou os antebraços no balcão, inicialmente não fazendo nenhuma menção de começar a comer antes. Podia ser besteira, uma besteira que fez o cheiro de ylang ylang ficar um pouquinho mais evidente, mas ele queria alimentar o melhor amigo primeiro. Hunt esticou as sobrancelhas e esticou o sorriso também, aguardando. — ... Por favor?

"Nesse caso a culpa não é nem um pouco minha." Deu de ombros, um sorriso pairando em seus lábios. Normalmente Hyunsik é uma pessoa simpática mas não muito sociável. A taça de vinho era o que fazia ele se soltar e sorrir com mais frequência.

Seus olhos continuaram ali focados na comida que realmente parecia maravilhosa enquanto ouvia o amigo explicaria como havia feito. Se Hunt não fosse um ótimo fotógrafo, diria para ele seguir a carreira de chef de cozinha, com certeza se daria bem. O hamburguer a sua frente estava pedindo para ser comido, porém ergueu a cabeça para fitá-lo e franziu o cenho. "Você não espera que eu coma sozinho né? Eu vou esperar você. Vai, faz aí." Indicou o cooktop, apoiando o cotovelo na bancada o rosto na mão, esperando.

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Honestamente? Hell yeah.

Depois de ser - qual seria o termo? Catfished? Enganado? Tomado um fora? Ou talvez nada tão dramático assim, porque Hunt também já quis escapar de vários desses encontros que a avó marcava, mas ele nunca teve coragem. Então não dava pra ele não admirar o plano do Ilhoon, e invejar a coragem de pular fora.

Ouvindo a explicação, claro que ele ficou de boca aberta e meio chocado no começo, mas depois tava escondendo a risada por trás do punho fechado.

— Não vou xingar ele, pode ficar tranquilo. Na verdade eu devia pedir dicas de como escapar desses encontros. — Hunt levantou também. — E quer saber, eu aceito o convite. Sempre mais fácil de engolir um fora junto com batatinhas. — Assim, Hunt apontou na direção que dava pro bar do restaurante pra que eles fossem detonar uns hambúrgueres. — Por favor.

Quanto mais Yoonhak olhava para o rapaz e o ouvia, mais a consciência pesava. Ele não era quem o garoto pensava ser; quem deveria estar ali, na verdade, era muito provavelmente a pessoa que fazia seu celular vibrar constantemente em seu bolso. Era o mal daqueles encontros marcado por terceiros: não dava para saber quem encontraria na outra ponta da mesa.

Yoonhak havia chegado atrasado, ou melhor, bem em cima da hora. Com o cardápio em mão, enrolou para fazer o pedido - comprou tempo, melhor dizendo, para que pelo menos não precisasse interromper o outro. Rir soprado foi inevitável, no entanto, ao observar melhor o lugar e seus enfeites. Era brega, mas certamente teria alguns turistas com fotos no Instagram. Sentiu-se mal um segundo depois. Ia ter que falar.

"Okay. Eu preciso ser honesto." suspirou. Ele gesticulou com a mão para se referir a seja lá o que era aquilo que deveriam estar fazendo ali. Yoonhak simplesmente não ia à encontros, e ninguém ousava metê-lo em um. "Ilhoon me pediu para vim. . ." ele apertou o ínfero com os dentes e tentou um sorriso compadecido. "Quer dizer, eu já estava aqui. E ele me pediu para dizer que não vai dá," Yoonhak pegou o celular para ler uma das primeira mensagens, ignorando todas as outras mais insistentes pedindo atualizações e agradecendo a vida. "E que os pais dele têm algo a ver com isso. E. . . " Yoonhak parou de repente. Ele ergueu o olhar para o outro. "Pode xinga-lo à vontade, ele nunca vai saber. A não ser que queira, eu posso fazer por você. É isso." falou sincero e se levantou, enfiando as mãos nos bolsos e trocando o convite para que pelo menos não tivesse sido tanta perda de tempo assim. "Se quiser. . . pode se sentir menos pérola e se sentir mais normal ao bar. É mais. . . é menos encontro que isso. Nenhuma vibe de encontro, mesmo. E eu particularmente acho bem menos vergonhoso engolir o hambúrguer com batata, juntos, lá. Ninguém vê."

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Bom, toda aquela confusão com certeza pegou o Hunt de surpresa. Não foi tanto culpa dele como talvez uma atrapalhada do restaurante nas reservas, ou só um grande azar ou grande coincidência. Quer dizer, ele achava que estava tudo indo super bem quando na verdade estava fazendo papel de bobo conversando com alguém que nem queria estar ali.

Com a nota mental da sobremesa recomendada, assim que a outra mulher se levantou ele se levantou também, claro, por educação, oferecendo um sorriso que não transparecia como o Hunt tava sem graça com tudo aquilo. — Prazer, e desculpa essa confusão toda. Eu sou Hunt Lekhasiei, e eu com certeza vou procurar o resort. — Ao menos, antes deles se despedirem, Hunt ofereceu um aperto de mão.

Ryeon tentava esboçar um sorriso, um pouco sem graça. O sorriso ia se fazendo mais amarelo a medida que ouvia o rapaz. Assim que concluiu observou a cadeira de conchas e foi o primeiro riso sincero.

"Desculpe, eu me chamo Hae-ryeon, acho que... trocaram nossas reservas de alguma forma? Estranhei que tinha alguém na mesa. Ou será que meu nome é identico ao da sua... Sua moça do encontro as cegas." - Abriu um sorriso simpático, então desviou o olhar para o cardápio. "Essa decoração também não faz meu tipo. Mas acho que não tem muito o que fazer já que foi a mesa que restou, ne?"

Apontou para o cardápio, uma sobremesa bonita e com frutas. "Recomendo esse aqui, nada enjoativo e combina com chá, se quiser compensar pelo ambiente meio... é... Vai precisar ao menos impressionar pedindo coisas boas para ela ou ele comer."

Se levantou "Acho melhor eu me mover logo para outra mesa antes que sua companhia me veja aqui. Boa sorte..." Tentou resgatar algum momento que o rapaz tenha dito o próprio nome, mas falhou, não sabia como se chamava. "Ah, se precisarem de um local legal depois, procure pelo Resort Pousada dos Kwon, consigo uma condição bacana, só falar meu nome na recepção." Piscou como um ótimo acordo.

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Era sempre um alívio, e a palavra sempre não era usada de maneira leve já que a avó dele realmente sempre tentava arrumar esses encontros, quando as coisas iam bem. Quando Hunt não precisava desconversar, ou forçar um momento com uma outra pessoa que preferia estar fazendo qualquer coisa além de conversar com ele mas que também não tinha coragem de ir embora... Era só tudo muito embaraçoso e desconfortável.

Então não precisava dizer como o sorriso dele vinha fácil com o Jisoo, e a situação em si era tão engraçada quanto a decoração exagerada do lugar.

— Você já parece uma pérola. — Ele tentou fazer um gesto enfeitado com as mãos pra aumentar o glamour do Jisoo. — E não, minha avó, que é mãe em dobro. Eu não tenho coragem de dizer não pra ela e tenho certeza que a senhorinha abusa desse fato. E você?

No caso de Jisoo, não era bem a família que esperava por isso, se dependesse de seu pai e seus irmãos, morreria sozinho, escondido em qualquer buraco que não causasse uma vergonha enorme pra família. Porém, o próprio Jisoo passou a acreditar que a família era construída por quem lhe acolheu e ele se sentiu a vontade de dividir a sua solteirice com a curadora do museu que conseguiu um encontro pra ele, ideia totalmente dela.

Foi com certa insistência que a mulher conseguiu tira-lo de sua casa, bem arrumado e com uma boa energia para conhecer uma pessoa nova, na verdade, ele via apenas como mais uma oportunidade de fazer uma nova amizade. Existia a possibilidade de tudo dar errado vindo de um encontro as cegas com uma pessoa que sequer sabia como ele era, mas foi uma surpresa legal ver que o rapaz estava realmente se dedicando para que não fosse um encontro ruim.

Riu com o comentário dele, ajeitando o quadril na cadeira no formato de concha, mas não se incomodou, cruzando as pernas elegantemente. “Eu gostei, acho que gosto de ser uma pérola” Jogou os cabelos dando uma risadinha, apenas para se divertir com a situação. “Vamos lá, quem foi que conseguiu esse encontro pra você? A sua mãe?” Pegou a taça estilizada de pérolas e estrelas do mar, para beber um gole generoso do seu suco de laranja.

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Hunt gostava de como a Boram era curiosa com comida, quase toda vez que eles se esbarravam ou combinavam de comer juntos e calhava dele estar almoçando um prato tailandês, ela vinha perguntar sobre, e ele fazia questão de explicar e oferecer um pouquinho.

— Esse não é tão apimentado quanto o da ultima vez, prometo. — Hunt explicou com um sorriso tão suave quanto a própria voz, oferecendo um guardanapo também, logo em seguida. — Dessa vez eu fiz caril cassaman, um curry tailandês, mas coloquei bem menos pimenta. — Todo interessado e curioso sobre o veredito, ele apoiou o queixo em uma das mãos, assistindo a omega. — ... E então?

☆ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀closed starter ; ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀@thehvnt .

sender allows receiver to try a bite of their dish, holding their fork out for receiver to taste.

Boram havia perguntado por curiosidade. Nunca foi exigente para comer, e pratos especialmente coloridos sempre lhe chamavam a atenção. Além disso, gostava de experimentar coisas novas sempre que tinha oportunidade. Ainda assim, era uma pergunta inocente. Talvez pudesse usar a resposta depois, pesquisar na internet, descobrir o que era, como se fazia ou onde encontrar.

Quando viu o rapaz com o talher erguido, oferecendo-lhe uma porção para provar, sentiu um calor subir para as bochechas quase de imediato e evitou pensar no tom de rosa que devia ter tomado. Detestava incomodar as pessoas. E mais ainda a sensação de estar sendo um incômodo.

Mas também não queria ser indelicada, deixando-o ali com o talher no ar. Então, inclinou-se levemente sobre a mesa, aproximando-se para aceitar a comida. ━━ Tem pimenta? É tão ardido que vai me fazer chorar? ━━ perguntou, apressada, antes de pegar a porção. Ainda assim, provou. Mastigou algumas vezes e, por fim, declarou: ━━ Que delícia! O que tem aqui?

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— Tá, okay, okay, eu posso ter me expressado mal. Não ruim, talvez eu não tivesse prestando atenção o suficiente. — Hunt tentou justificar com o sorriso crescendo, alternando entre fazer as coisas no cooktop e se virar pra lavar as mãos na pia, depois secar no avental.

E quanto a ser comparado com aquele cara, Hunt também decidiu não comentar sobre. Ao menos não agora, a noite de filmes era justamente pro Hyunsik se distrair e, principalmente, se divertir. Então, seguindo com o hambúrguer, Hunt começou a tostar os pães na frigideira, descrevendo com muito orgulho o que eles iriam comer enquanto montava o prato.

— Pode se preparar para comer esse hambúrguer que eu mesmo fiz o blend, com os legumes salteados bem picadinhos, esse molho pesto de manjericão, picles de cebola roxa e bastaaante queijo. As batatinhas tão no airfryer, porque não pode faltar batata. — O primeiro hambúrguer montado e finalizado no prato foi empurrado pelo balcão na direção do mais velho, os olhos do Hunt até crescendo cheio de expectativa pra saber se tava gostoso.

Com uma taça de vinho em mãos, Hyunsik caminhava lentamente pela sala, observando cada detalhe que deixava a casa de Hunt única. Um porta retrato com a foto do rapaz lhe arrancou um sorriso pois era a única exposta ali que não era profissional. Encarou por alguns segundos antes do cheiro da comida lhe enfeitiçar e fazer virar na direção da cozinha e caminhar até um dos bancos, tomando um gole de seu vinho.

"Ei, eu perguntei se você queria escolher o gênero. Você disse que poderia ser qualquer um." Respondeu, devolvendo com um dar de ombros simples. Hyunsik possuía um carinho por filmes antigos e ouvir que Conduzindo Miss Daisy era um filme ruim doía mais do que podia imaginar. "Sim, você roncou do meu lado. Mas não é como se eu não estivesse acostumado. Você ao menos durou uma hora, o Jung não durava nem vinte minutos."

As palavras saíram com tão suavidade de seus lábios que só percebeu quando já tinha falado. Pigarreou brevemente, dando mais um gole em seu vinho, olhando para o cooktop e as bancadas. "Enfim, vai me dizer o que você está fazendo?"

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a closed starter with @jhsiik ; movie night.

A cozinha do Hunt era daquelas abertas e com cara de que se você tirar um saleiro do lugar, ele iria perceber. O cooktop ficava na ilha no centro do cômodo, porque ele gostava de ter bastante espaço pra cozinhar, e a ilha também tinha uma sessão de balcão com os bancos altos, assim dava pra cozinhar e conversar de boa com as visitas ao mesmo tempo.

Com os cabelos presos e o avental de kiss the cook, ele tava no processo de selar os hambúrgueres e terminar de preparar o molho, porque os vegetais ja estavam picados, e os pães brioche esperando para tostar na frigideira no final. Mesmo sendo um lanchinho simples pro filme, Hunt cuidava de cada detalhe pra ser mais especial. Podia ser só ketchup, mas ao invés disso ele fez um molho com especiarias. Podia ser só um alface, mas ele salteou legumes e pegou o picles de cebola roxa também.

— Hyung, aquele último filme que você escolheu, não é por nada não, mas foi meio... ruim. — O sorrisinho apareceu quando ele virou as carnes na frigideira, pressionando com a espátula. Não tinha maldade nenhuma na frase, pelo humor na voz do Hunt também. — Eu dormi no final? Eu não lembro o que aconteceu. Só que hoje é minha vez de escolher, e eu não quero decepcionar.

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a closed starter with @lost-heaven ; viewfinder.

O prédio do estúdio fotográfico ficava no centro da cidade - apesar da maioria dos trabalhos do Hunt serem shoots externos, ter um local dedicado para o trabalho era importante. Lá ele tinha os equipamentos, os back drops, iluminação controlada, ar condicionado, o computador pra trabalhar com as edições e, mais recentemente, também adquiriu uma impressora profissional.

— Vira um pouco o rosto, por favor...? — Esse combinado entre os dois começou de um jeito bem natural entre um café e outro, do Hunt comentar sobre o estúdio e uma coisa levar a outra. Quando Hunt estava animado pra testar um novo equipamento, Chiwoo era o cobaia. Hoje, no caso, eram as placas coloridas de gel que ele instalou na lente da câmera pra brincar com cores e iluminações nas fotografias. Cores quentes combinavam com o Chiwoo. — E tem certeza que não prefere sentar?

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the open starter .01 ; well this is awkward.

Tem horas que o Hunt realmente se questiona o porque de ele nunca conseguir dizer não pra própria avó. Tudo seria tão mais fácil, sabe? Sem precisar se preocupar em abrir espaço na agenda, em sair mais cedo pra não ter risco de se atrasar, e também de não passar por todo processo de conhecer alguém do zero e inevitavelmente chegar no momento em que as duas pessoas na mesa vão se tocar que foi mais um blind date que não deu em nada.

Ao menos, pra ele, os últimos foram. E Hunt não era anti amor, anti relacionamento - pelo contrário, era literalmente o ganha pão dele, ser a testemunha por trás das câmeras de tantos casamentos e cerimônias lindas, ele era muito mais um arauto do amor do que um cético.

Mas a avó dele tinha expectativas, os parentes da outra pessoa tinha expectativas, todo mundo tinha expectativas, e no fim Hunt se encontrava na posição de não dizer não. Que também não significa que o date precisava ser ruim, ele não era criança, não ia ficar na mesa emburrado como se fosse o fim do mundo; seria no pior cenário um encontro que deu errado, e no melhor cenário a chance de conhecer uma pessoa legal.

Depois de outro gole do chá gelado, ele deixou a caneca temática com a borda pintada igual um salva vidas apoiada no porta-copo da mesa baixinha entre os dois. — E, de novo, foi culpa minha deixar a reserva pra cima da hora e a única mesa disponível era essa de fundo do mar. — Ele passou a mão nos cabelos. — Tô me sentindo uma pérola nessa cadeira de concha.

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the soft spoken alpha ;

— more info

Hunt é fotógrafo de casamentos, se mudou para Coréia em 2020, então já é fluente no idioma. Essência de pimenta com notas de ylang ylang.

"No trabalho ele é responsável e exigente, mas nunca rude. Ele raramente levanta a voz, e ninguém tem memória recente de ouvir ele xingando alguma vez - mas isso não é uma performance exatamente, Hunt só aprecia gentileza e respeito. Se em algum momento ele ficar puto, a situação pediu por isso, e pode ter certeza que ele vai lembrar."

Eu busco todo tipo de plots, mas não sou fã de angst muito pesado. E nesse momento inicial eu não pretendo fechar endgames pois desenvolver relacionamentos (românticos ou não) é uma das partes mais divertidas. Pode ficar a vontade de mandar mensagem no chat caso queira combinar algo com mais detalhes se o Hunt te chamou atenção.

[thehvnt]

The Boy Next World | Episode 3

Aren't you gonna kiss?