tulipenoire

[tulipenoire]

Quando me tocaste o rosto com as tuas mãos e aproximaste a tua testa da minha, senti os nossos lábios unirem-se como a muito desejo repetir...

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Mais um ano passou! Mais um ano de evolução e aprendizagem. Talvez um dos mais importantes da minha vida.

Estou sentada num banco de pedra, entre duas árvores mais altas que onque me posso permitir ver. Estão nuas! Expõe a sua fragilidade e beleza através dos raios de sol de mais um dia de inverno.

As árvores são bonitas! A calçada têm um formato engraçado circular e nela jazem as folhas que, outrora, vestiam estas bonitas, frágeis e altas árvores.

O céu está tingido entre o amarelo dos rastos de um sol vazio e o azul acinzentado das nuvens. Como queria eu fazer parte deste céu!

Dançar naquelas nuvena feitas de um algodão estranho e engraçado. Ver o brilho daqueles restinhos de sol o mais perto possível. E eu estou lá! Neste preciso momento.

Vejo o rio por baixo dos meus pés. Como é cintilante! Têm os reflexos do sol, frio, nele. É estranhamente confortável (talvez por ser tudo o que tenho neste momento). O rio brilha! Parece que ouro liquido brota através das suas correntes...

Recordo o momento em que fiz amor erótico, apaixonado e explosivo, os nossos corpos dançaram ao som de Both Sides of the Moon.

Acordo! Esse exato momento só aconteceu na minha cabeça. Que momento! Que mente perigosa!

Estou de volta ao banco de pedra. E as árvores mais altas que alguma vez me posso permitir ver.

Nuas! Como eu...

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Esta noite vou escrever sobre ti...

Mais uma constelação será desenhada.

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"Porque tu és bondosa"- afirmou Tristan

"Não"- retorquiu Isolda

"Sou egoísta,

levo comigo só o que quero

só o que me apazigua e conforta.

Dou, em troca, migalhas,

fragmentos esmiuçados da minha alma

como se de pequenos diamantes se tratassem

quando, na verdade, não o são.

São meros pedaços de vidro,

de um espelho que parte,

e partiu,

a cada rosto por ele desejado.

Dou, portanto, não o que é meu

mas vosso.

De tão egoísta que sou,

de tão sem coração

que nem a minha alma a mim pertence.

Ou então, tenho-a guardada

só para mim.

Longe de tudo

e de toda a gente.

Minha, somente!

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Aquele amor partiu-lhe o coração de forma tão violenta que a sua única salvação foi permitir-se morrer.

Hoje renasço!

[tulipenoire]

"Penso logo sinto"