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Você sabe o quê são PANCs?

 As PANCs - Plantas Alimentícias Não Convencionais - são plantas que podem ser usadas para alimentação normalmente, mas por não serem convencionais na nossa cultura alimentar, não são produzidas ou comercializadas em grande escala e acabam sendo vistas como pragas, ou ervas-daninhas por algumas delas serem ruderais, ou seja, algumas dessas plantas crescem espontaneamente junto com plantas que cultivamos em vasos ou calçadas.

 Muito além de saladas, entre as PANCs também temos raízes, cereais, temperos, frutas e legumes dos mais diversos tipos e sabores, desde os mais picantes, amargos, aromáticos e adocicados, podendo ser usadas em vários pratos desde doces até assados e ensopados. Nem todas as PANCs no entanto são nativas, muitas delas são de origem asiática, européia ou africana. Vale lembrar que mesmo não sendo convencionais para nós, elas podem ser comuns na alimentação de outras pessoas em outros países.

 É importante saber que nem todas as plantas que crescem junto a hortas ou vasos são PANCs, é preciso ter certeza antes de consumi-las pois algumas plantas podem ser tóxicas e causar problemas ao corpo apenas com o toque. Confira no quadro abaixo algumas PANCs que são bem comuns e podem estar perto de você.

Em geral, classificamos as PANCs em três categorias de acordo com a maneira de preparo:

 Existem as que podem ser consumidas in natura, em forma de saladas ou preparações minimamente processadas como sucos. O consumo delas é igual ao alface, maçã, banana e mamão. Alguns exemplos dessas PANCs são a capuxinha, azedinha, ora-pro-nóbis, bertalha-coração e o melão-andino.

 Algumas podem ser consumidas tanto in natura quanto processadas, mas ficam mais agradáveis, nutritivas ou saborosas quando cozidas. Seu consumo é parecido com o da couve, abobrinha e beterraba. Como exemplo temos a hortelã-do-norte, begônia, maracujá-vermelho, peixinho e arumbeva.

 Entretanto algumas PANCs precisam obrigatoriamente passar por cozimento para livrar a planta de algumas toxinas, sabor ou reduzir fatores antinutricionais. O consumo dessas é o mesmo que o da mandioca, batata-doce e brócolis. Como exemplo temos a urtiga, taioba, banana verde, bertalha e a chaya.

 Confira abaixo cinco dicas de consumo de algumas dessas PANCs, e seus principais nutrientes, sendo ricas em diversas vitaminas e minerais, assim como outras hortaliças comumente utilizadas no nosso dia a dia.

 Não se esqueça de que algumas plantas necessitam de um cuidado especial desde a colheita até o preparo. Se for utilizar alguma, pesquise antes quais são as particularidades dela para um melhor aproveito do alimento e a garantia de que não correrá nenhum risco com toxinas que a planta pode ter. 

 Para conhecer mais sobre as PANCs, você pode acessar a Cartilha: Guia Prático de PANC, feita pelo Instituto Kairós, clicando aqui.

Dica do nutri amante de PANCs.

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Quarentena e os desafios do ensino à distância

 O ensino à distância surgiu como uma alternativa para estudantes poderem conquistar seus diplomas de forma que não precisassem estar presencialmente todos os dias na instituição de ensino, essa modalidade requer disciplina e responsabilidade dos alunos um pouco mais do que de forma presencial, já que o aluno precisará estudar em casa, sem professor ao lado para explicar ou colegas que ajudem com as dúvidas. Mas e quando todo o sistema educacional presencial fica inviável, e todos os estudantes precisam recorrer ao EAD? 

 No começo várias perguntas surgiram, as universidades precisaram se adaptar, os professores tiveram que reinventar suas formas de darem as aulas, mas no fim acabou sendo mais fácil do que imaginamos. Atualmente me encontro em estágio, e apesar de não podermos ter a parte prática diretamente na clínica, a forma como foi decidido que trabalharíamos se mostrou bastante eficaz, tornando possível que todos os alunos participassem dos encontros e discutissem nos debates e reuniões, de uma forma nem melhor, nem pior, mas sim diferente.

 Graças ao avanço tecnológico e alguns serviços como o Skype e o Zoom, essa integração das atividades virtuais puderam ser possíveis, e se mostraram bem eficazes para manter essa conexão mesmo em tempos de distanciamento.

 Tudo acabou sendo uma questão de adaptação, e antes o que parecia complicado e impossível, hoje já se tornou fácil e normal. Acredito que se no futuro algo parecido ocorrer, já estaremos treinados para como iremos manter as atividade até que tudo se normalize novamente, e enquanto isso não acontece, a educação não pode parar, mesmo que seja virtualmente.

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Minha experiência como estágiario - Parte 2: Clínica CEATENUT

 Meu segundo estágio na faculdade começou na Clínica CEATENUT, que consiste em um centro de atendimento para gestantes, crianças, adultos e idosos da Universidade de Taubaté. Tendo vários tipos de atividades individuais e em grupo além de oficinas culinárias.

 O grande desafio desse estágio acredito ter sido o distanciamento social, já que atendimentos de saúde geralmente necessitam de um contato mais próximo aos pacientes, para gerar mais afeto e empatia, entretanto a forma como os trabalhos foram feitos de forma digital parece ter sido bem efetiva e interessante, gerando um resultado bem legal tanto dos alunos quanto dos pacientes.

 Uma das grandes diferenças entre este estágio e o que ocorreu na Merenda Escolar, é que esse é mais dinâmico, diferente do primeiro, aqui também temos mais contato com os outros alunos e professores, todas as atividades são em duplas ou em grupo sendo assim mais fácil pois temos a possibilidade de discutir e debater sobre os pacientes, e como abordaremos os temas, com cada um podendo contribuir dando sugestões.

 Apesar de ainda não ter terminado o estágio, já realizei diversas atividades, como o atendimento em grupo com público alvo adulto, que consiste em uma roda de conversa (de forma digital) onde abordamos um tema diferente toda semana e ao final os pacientes podem fazer perguntas a serem discutidas entre os participantes, os alunos e os professores; Também preparamos uma receita para a oficina culinária, que ainda não pode ocorrer pois necessita ser presencial; Outras discussões online também aconteceram, onde debatemos temas como a obesidade, influência da mídia na alimentação, micronutrientes e outros temas relacionados à alimentação.

 No geral, tem sido uma experiência bem interessante e diferente, podemos ver como é estar com os pacientes, o que antes apenas víamos teoricamente. Depois de me formar, acredito que atuarei na área clínica.

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Dicas: Documentários

 Quem me conhece pessoalmente sabe que sou fascinado por cinema, desde filmes longa-metragem, até curtas, animações e tudo que a sétima arte tem para oferecer. Então hoje decidi trazer 5 documentários incríveis que de alguma forma tratam sobre a alimentação, meio ambiente, sustentabilidade e exploração - assuntos que estão intimamente interligados e que são de grande importância nos dias de hoje.

1. HONEYLAND

 Para abrir essa lista escolhi esse documentário lançado em 2019, Honeyland fala sobre uma regra existente na apicultura: deve-se pegar só metade do mel, e deixar o resto para as abelhas. Hatidze, a última caçadora de abelhas da Europa, respeita religiosamente essa condição. No entanto, quando novos apicultores chegam para trabalhar em sua região e não seguem a regra, o equilíbrio do ecossistema desses animais é ameaçado. Hatidze precisa se esforçar para persuadí-los a seguir os pilares elementares para a sobrevivência das abelhas. Foi indicado ao Oscar em 2020 nas categorias de Melhor Documentário e Melhor Filme Estrangeiro. Direção de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov.

2. Food Chains (Cadeias Alimentares)

 Produzido pela atriz Eva Longoria, esse documentário mostra uma triste realidade: como as condições análogas à escravidão em fazendas americanas estão ligadas às grandes redes de alimentação e supermercados. Aqui acompanhamos um grupo de fazendeiros de tomate que resolve peitar uma rede gigantesca de supermercados, e, a partir dessa narrativa, o filme mostra como grandes corporações influenciam no trabalho de fazendeiros, muitas vezes em condições absurdas, e quanto poder elas têm sobre sistemas agrícolas. Um problema presente também no Brasil, onde 30% dos casos de trabalho escravo estão na pecuária. Dirigido por Sanjay Rawal.

3. Super Size Me (Super Size Me: A Dieta do Palhaço)

 Este documentário incrível de 2004 mostra a trajetória de Morgan Spurlock em seu experimento de, em um mês, se alimentar apenas de comida produzida na rede fast food Mc Donald’s. Ele mostra seu dia a dia através dos resultados terríveis do que vivencia, além de debater sobre a empresa e seus métodos de persuasão. Em 2005 foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário. Dirigido e escrito por Morgan Spurlock. Disponível no Youtube.

4. Live And Let Live (Viva e Deixe Viver)

 Como já abordei anteriormente, o veganismo vem ganhando cada vez mais seguidores no mundo, e é sobre isso que se trata este documentário alemão de 2013. O filme segue vários ativistas veganos através de imagens e entrevista com seus defensores. O documentário também explora as razões para a adoção do veganismo e como as pessoas vivem de acordo com esse estilo de vida. Escrito e dirigido por Marc Pierschel.

5. The Game Changers (Dieta dos Gladiadores)

 Por último deixei esse documentário que aborda o veganismo entre atletas de alto rendimento, em esportes como UFC, fisiculturismo e velocistas. O documentário aborda as dietas vegetarianas na vida de atletas desde os tempos dos gladiadores e fala também sobre os riscos que os alimentos de origem animal representam para a saúde. O filme contém produção executiva de James Cameron, diretor premiado de Titanic e Avatar, além de Arnold Schwarzenegger e Jackie Chan. A direção fica por conta do também premiado com um Oscar de Melhor Documentário Louie Psihoyos. Disponível na Netflix.

 Encerro aqui minha lista, acredito que esses cinco citados trarão grandes informações e reflexões sobre os temas, que possam nos levar a pensar em um consumo mais consciente e sustentável, preservando melhor nossa saúde e o mundo. Em breve trarei outra lista de filmes com temas diferentes e interessantes para reflexão. Bons filmes.

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Vegetarianismo e Veganismo

 A busca por uma vida mais saudável e sustentável está cada vez mais comum entre muitas pessoas, especialmente na luta pelos direitos dos animais e melhoras nas suas qualidades de vida. Seguindo esse pensamento, estilos de vida como o vegetarianismo e o veganismo vem ganhando cada vez mais espaço, se tornando mais comum no dia a dia de muita gente. Pesquisas mostram que no Brasil, 14% dos cidadãos se declaram vegetarianos enquanto 55% da população diz que compraria mais produtos veganos se estivessem indicados na embalagem.

 A dieta vegetariana consiste basicamente em consumir apenas frutas, verduras, legumes, hortaliças e alimentos naturais, sendo proibida a ingestão de ovos e produtos com ovos na composição, leites e derivados como queijos, manteiga e requeijão, além de carnes, sejam elas vermelha, de frango, peixes e pescados. Algumas variações dessa dieta são bastante comuns também.

Ovolactovegetariana: nessa variação da dieta vegetariana, apenas as carnes são removidas da dieta, podendo consumir ovos e produtos com ovos na composição além leites e derivados.

Lactovegetariana: essa dieta proíbe tanto as carnes como os ovos e derivados, entretanto leites e derivados são permitidos, como por exemplo iogurtes, bebidas lácteas e doces.

 O veganismo é um estilo de vida mais restrito em relação a dieta vegetariana, aqui além de não consumir alimentos de origem animal, também é restrito o uso de qualquer produto de origem animal, seja vestuário, beleza, cosméticos, entretenimento e etc.

 Se você pretende começar ou tem vontade de seguir algum desses estilos de vida, saiba que não é fácil, mas que com paciência e compreensão, com o tempo se tornará possível e saudável. Aqui vai algumas dicas para tornar esses hábitos mais fáceis:

Seja paciente: não adianta querer começar cortando todos os alimentos necessários para a dieta, será uma mudança muito grande na sua alimentação e provavelmente você não conseguirá se adaptar. Uma dica é fazer as mudanças de forma devagar, como por exemplo cortar um alimento do seu consumo por semana, assim você terá tempo para se adaptar ao novo estilo sem sentir uma falta grande de todos os produtos de uma vez.

Faça isso por um motivo: o vegetarianismo e o veganismo existem por uma razão e têm toda uma história por trás. Não queira fazer isso apenas para seguir a moda ou por que está todo mundo fazendo. A mudança na alimentação é bem grande e você precisará se adequar a um estilo de vida novo além de melhorar sua alimentação em vários aspectos, comer apenas batata frita como prato principal não é uma solução, e com o tempo se tornará inviável.

Melhore a qualidade das suas refeições: a carne e o leite e seus derivados são a nossa principal fonte de proteínas, uma pessoa vegetariana precisaria repor esses nutrientes através dos legumes, que são necessários em uma porção bem maior para repor a mesma quantidade de proteínas que as carnes oferecem. Uma dica é você melhorar seu paladar para os legumes, experimentando novos legumes e conhecendo novos sabores que talvez você nunca tenha experimentado antes de cortar de vez a carne da sua alimentação.

Aumente o consumo de Vitamina C: entre os micronutrientes necessários para a nossa saúde temos o Ferro, ele possui dois tipos, sendo um deles o Ferro Heme, tendo como única fonte os alimentos de origem animal. Como essa fonte não estará mais disponível, devemos voltar nossa atenção para o outro tipo, o Ferro não-heme, esse sim está disponível e alguns alimentos de origem vegetal e a vitamina C potencializa sua absorção. Uma dica é consumir sucos naturais de laranja, abacaxi e acerola perto das principais refeições, também é interessante usar limão para temperar as saladas, garantindo fontes de vitamina C nos períodos de consumo do Ferro não-heme.

Verifique a necessidade de suplementação de Vitamina B12: outro nutriente muito importante e que pode não estar disponível em algumas dietas restritivas é a vitamina B12 que tem como fontes as carnes, leites e ovos. No caso de dietas Ovolactovegetarianas, ainda é possível essa nutrição através da gema do ovo e do leite, entretanto nas outras ficará impossível, sendo necessária a suplementação. Atenção: verifique com seu nutricionista se a suplementação será realmente necessária, cuidado com a hipervitaminose e o consumo zero desse nutriente que é de extrema importância.

Fique atento ao Cálcio: a vitamina D é muito importante para a saúde e manutenção dos nossos ossos, mas para ela atuar é necessário outro nutriente muito importante: o cálcio. Uma das maiores fontes dele é o leite, e em alguns casos essa fonte não será disponível. As principais fontes vegetais de cálcio são as folhas verde escuras como a couve, brócolis, acelga, espinafre, agrião e rúcula. Outros grãos como linhaça, feijão branco, gergelim e amêndoas são uma ótima fonte também.

Confira uma tabela com dicas de como iniciar nesses estilos de preservação e cuidado com os animais.

#govegan

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A chegada do inverno e seus desafios para a alimentação

 Para aqueles que cuidam de sua alimentação e estão sempre em busca de melhoras em sua dieta é normal o apavoramento provocado com a chegada do inverno. Sim, aquela deliciosa época onde nossa vontade de ficar em casa aumenta (apesar da quarentena já estar nos forçando a isso) é também uma época em que nossa alimentação pode acabar saindo dos trilhos.

 O clima frio e aconchegante combina muito bem com alimentos quentes e em sua maioria gordurosos e bem calóricos, o que não é muito interessante exagerarmos pois sabemos que esses excessos acabam aumentando nosso colesterol, além dos consumos elevados de sódio e carboidratos que costumam ocorrer nessa época. Mas então, como driblar essas refeições e fazer as melhores escolhas nesse período do ano?

 Consuma frutas e verduras ricas em Vitamina C: como já falei anteriormente em uma postagem sobre as vitaminas, precisamos desse precioso nutriente nos dias frios para garantir nossa proteção contra gripes e resfriados que costumam aparecer nesse período. A vitamina C também é de extrema importância no combate aos radicais livres, que podem nos atacar através de uma alimentação inadequada, inflamações e estresse.

Aumente a ingestão de fibras: uma das melhores formas de aumentar nossa saciedade é através das fibras, que são compostos presentes em diversos alimentos, e aumentando sua ingestão, nosso organismo terá essa sensação de saciedade por mais tempo. Alimentos como aveia, farelo de trigo, linhaça, chia, legumes e folhas são ótimas fontes de fibras.

Substitua: aquela alimentação gordurosa e hipercalórica que é bem comum no inverno, além de nos causar uns quilos a mais é também cheia de calorias vazias. Elas podem ser facilmente substituídas por uma refeição mais saudável e nutritiva. Uma dica é aproveitar os caldos e sopas de legumes e hortaliças, assados e refogados também combinam muito bem com o clima frio. Utilize a criatividade nesse período!

Se mantenha hidratado: beber água já não é muito comum para muitas pessoas no calor, imagina no frio então. É de extrema importância estar atento ao consumo diário de água para manter a nossa hidratação, o nosso corpo depende dela para a realização de diversas funções, e no frio sentimos menos sede e vontade de bebê-la. Uma dica é andar sempre com uma garrafa e tomar um pouco o tempo todo, reabastecendo-a várias vezes ao longo do dia.

Mantenha a prática de atividades físicas: uma tendência bem comum no inverno é tornar as pessoas sedentárias, entretanto devemos manter uma boa rotina de treinos e exercícios físicos nessa fase também, aproveite as manhãs se possível para se exercitar e fazer uma boa refeição e tenha o resto do dia livre para as outras atividades!

 Não existe nenhum segredo para uma alimentação saudável e equilibrada independente da época do ano em que estamos, apenas aproveite a sazonalidade de cada fase e curta o melhor que a natureza te oferece, seja no frio ou no calor!

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Conheça as Vitaminas

 Não é de hoje que ouvimos falar que certo alimento é muito bom pois é rico em tal vitamina, ou que as vitamina nos fazem bem e por isso devemos suplementar diariamente. Mas você sabe o que são vitaminas? Devemos realmente suplementar?

 As vitaminas são micronutrientes que são essenciais em pequenas quantidades para o funcionamento do corpo. Elas são encontradas principalmente em frutas, legumes e verduras e a falta delas pode causar diversas doenças assim como seus excessos. Para conhecer melhor e entender como elas funcionam, vamos falar de seus dois grupos: a hidrossolúveis e as lipossolúveis.

 Hidrossolúveis: O grupo das vitaminas hidrossolúveis é formado pelas vitaminas do complexo B e C. Elas são solúveis em água, não ficando armazenadas no nosso organismo já que a água no corpo está em constante renovação. Elas são absorvidas pelo intestino e transportadas até o sistema circulatório, onde são enviadas para os tecidos onde serão utilizadas. Nosso organismo utiliza apenas o necessário e elimina os excessos.

Lipossolúveis: Este grupo formado pelas vitaminas A, D, E e K, representa as vitaminas que são solúveis em lipídeos (gorduras) do nosso corpo e não solúveis em água. Para serem absorvidas, é necessária a presença de lipídios, além de bile e suco pancreático. Diferente da água, nosso corpo absorve e armazena a gordura onde essas vitaminas ficam armazenadas, por isso devemos tomar cuidado com o excesso delas, já que o corpo não será capaz de eliminar posteriormente.

 Principais funções das Vitaminas:

A - Retinol | Diretamente ligada a saúde e defesa dos olhos e da pele, além de ajudar na formação de células do sistema imune.

Complexo B | Exercem diversas funções no nosso organismo, em especial metabólicas, pois estão presentes no processo de transformação dos nossos alimentos em energia, também ajudam no funcionamento do sistema nervoso, manutenção das células vermelhas além de funções cardíacas e antioxidantes.

C - Ácido Ascórbico | Uma das principais vitaminas antioxidantes, essa vitamina ajuda na proteção do nosso corpo contra os radicais livres, previne o envelhecimento e resfriados além de colaborar na saúde da pele.

D - Calciferol | A vitamina D é a principal responsável pela saúde dos ossos, sendo vital para o crescimento e manutenção da densidade óssea. Também possui funções muito importantes no sistema nervoso.

E - Tocoferol | Essa vitamina também possui funções antioxidantes, sendo fundamental no combate ao estresse oxidativo, possui propriedades anti-inflamatórias além de prevenir doenças como aterosclerose.

K - Filoquinona | A principal função da vitamina K está relacionada a coagulação sanguínea e também é necessária para a síntese hepática de proteínas.

 Devo suplementar vitaminas?

 É muito comum vermos dezenas de marcas diferentes de multivitamínicos ao entrarmos em farmácias e lojas de suplementos, afinal se nos trazem tantos benefícios, por que não suplementar? Nosso corpo precisa de uma pequena quantidade diária de vitaminas, que são facilmente obtidas através de uma alimentação saudável e equilibrada, não havendo necessidade para suplementação. Além de que o excesso de vitaminas pode gerar problemas graves para o organismo uma vez que se ingeridas em demais elas se tornam tóxicas. 

 Lembre-se de que o organismo utiliza apenas o que será necessário e elimina o excesso. A suplementação de vitaminas ocorre apenas em casos específicos onde será orientado com prescrição de um médico ou nutricionista, não faça isso por conta própria, é nosso dever cuidar da melhor forma possível do nosso corpo!

Em breve uma postagem sobre as principais fontes das nossas queridas vitaminas!

#DicadoNutri vitaminado.

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Minha experiência como estagiário - Parte 1: Merenda escolar

 No último ano da faculdade em que estudo, os alunos devem realizar estágios supervisionados, não tendo mais aulas presenciais convencionais. Todos os alunos capacitados para as atividades de estágio são divididos em quatro grupos e cada grupo é enviado para um estágio diferente com período de dois meses e meio aproximadamente e, após o término, é realizado um revezamento para que todos os grupos passem por todos os quatro estágios, sendo eles: Merenda escolar, clínica de nutrição CEATENUT, hospital, e UAN. Meu grupo foi escolhido para começar no estágio de merenda escolar e aqui relato brevemente como foi minha experiência.

 Meu estágio escolar ocorreu de forma individual, em uma escola municipal da cidade de Taubaté. Trabalhava por 6 horas na creche na parte da manhã e faltando alguns dias para terminar, sofremos com o surto do Coronavírus, impossibilitando algumas tarefas de serem realizadas e gerando dúvidas sobre como finalizaríamos as atividades de estágio.

 Trabalhar na merenda escolar foi um grande desafio, a escola onde estagiei não era muito grande, tendo por volta de 120 alunos de 2 a 5 anos. A cozinha da escola - que era o ambiente em que eu mais ficava - também não era muito grande, mas como todos ambientes de produção de alimentação, existiam várias regras a serem seguidas. Ao entrar, era necessário estar de jaleco ou avental, touca e mãos higienizadas, também era necessário utilizar luvas descartáveis ao manipular alimentos e máscara caso estivesse com barba.

 Nos períodos em que estava na escola, eu ajudava as cozinheiras em tarefas menores, como preparar os saquinhos de amostras, organizar os estoques, separar alguns alimentos que seriam utilizados e manter a limpeza da cozinha. Alguns dias específicos haviam atividades programadas pelo cronograma, como o dia de Antropometria dos Alunos e o Teste de Aceitabilidade, a primeira foi uma atividade tranquila de se realizar na parte prática com os alunos, entretanto para fazer o levantamento de dados e as planilhas foi bastante trabalhoso e maçante. Quando estava em casa, eu fazia a planilha com os dados coletados dos alunos, atividades enviadas pelos professores e relatórios que tínhamos de entregar com datas marcadas. A segunda atividade programada (Teste de Aceitabilidade) não foi possível ser concluída totalmente devido a pandemia de Covid-19, que gerou suspensão das atividades práticas antes da data prevista para o término. No fim entregamos o relatório final de estágio, e nos preparamos para o próximo que seria na clínica CEATENUT.

 Em uma visão geral foi uma boa experiência, aprendi bastante na prática coisas que imaginava ser de outra forma, vivenciei situações que ocorrerem em uma cozinha e descobri que trabalhar na merenda é muito mais do que apenas preparar refeições para as crianças. Apesar de interessante, não é uma área que pretendo seguir.

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Hidratação

 Já não é novidade nenhuma que a água é fundamental para nossa vida e que devemos ter uma boa ingestão todos os dias, mas mesmo com inúmeras informações sobre essa necessidade, é normal ouvirmos pessoas dizerem que bebem pouquíssima, ou até mesmo não bebem água diariamente.

 São incontáveis as funções que a água exerce no nosso organismo, mas para nosso conhecimento existem algumas que devem ser ressaltadas, para exemplificar como é de extrema importância nos preocuparmos com nossa hidratação.

A água é primordial na eliminação de substancias tóxicas do nosso corpo. A urina é composta 95% de água, e é através dela que colocamos pra fora metabólitos, toxinas e substâncias que nosso corpo não precisa.

No nosso sistema digestivo, ela também atua desde a produção de suco gástrico, responsável por digerir os alimentos que ingerimos, até a produção das fezes, onde precisamos estar hidratados para ter essa formação adequada.

Outra importante função da água é na formação do plasma sanguíneo, atuando no transporte de oxigênio e micronutrientes para as células.

Por último temos sua função lubrificante, nosso sistema nervoso precisa de água para transmitir impulsos nervosos, além dela lubrificar nosso cérebro e proteger nossos ossos e articulações de atritos.

 Outras funções da água no organismo

Regula a temperatura corporal

Compõe células, tecidos e órgãos

Produz lágrimas

Promove equilíbrio ácido-base

 A ingestão de água pode também ocorrer através de alguns alimentos, principalmente frutas e legumes como por exemplo - melancia, melão, toranja, tomate, abacaxi, agrião, pepino, morango, espinafre, uva, brócolos, cenoura e pêssego.

 Não se esqueça de tomar água todos os dias diversas vezes. Além de fundamental para nossa saúde também é nosso dever cuidar de nosso corpo.

Dica do nutri hidratado.

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Você já ouviu falar em Sazonalidade?

 Comer alimentos da época é saudável e traz diversos benefícios para a nossa saúde, e é exatamente sobre isso que se trata a sazonalidade. A natureza é muito sábia em nos trazer exatamente os alimentos que precisamos em determinada época do ano, no inverno por exemplo temos frutas cítricas como a laranja e a mexerica, ricas em Ácido Ascórbico, nossa famosa Vitamina C que fortalece nosso sistema imunológico. Já no verão temos a melancia, manga e pepino que possuem uma grande concentração em água para manter nossa hidratação.

 A sazonalidade é uma característica natural de todos alimentos vegetais e nos indica qual é a melhor época do ano para consumir cada um deles, e não pense que apenas as questões nutricionais estão inclusas nas vantagens desse consumo - ainda existem vários outros pontos positivos para isso.

Melhor qualidade de frutas, legumes e verduras: os alimentos da época são mais frescos, nutritivos e ricos em vitaminas e minerais.

As frutas e legumes são mais bonitas e fartas.

Menor quantidade de agrotóxicos e aditivos químicos que fazem mal para nosso corpo e órgãos.

O preço dos alimentos da época também é menor, devido a maior quantidade disponível dos produtores.

Consumir alimentos dentro da sazonalidade também contribui com os produtores locais!

 Estamos entrando no mês de junho e com ele o inverno, e por esse período listo aqui treze alimentos ideais para o consumo, respeitando a sazonalidade e garantindo uma qualidade melhor em nossas refeições por esse mês!

 #DicasNutricionais

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Em tempos como o que vivemos você pode não aderir a movimentos, manifestações e protestos, mas mostrar seu posicionamento é fundamental.

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Meus grandes amigos dessa coisa louca chamada faculdade, espero para sempre poder estar com vocês. Meus futuros colegas de profissão.

 Da esquerda para a direita: Pedro, Felipe, Carol, Victor, Letícia, Thaís, Francine e Amanda.

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Uma História Antes do Começo

 Durante uma reunião com uma professora, ouvi a seguinte pergunta - “o que fez vocês escolherem a nutrição?”, engraçado pensar que enquanto escrevo, acho que ainda não sei a resposta. Ser decidido definitivamente não é minha maior virtude, mas ao olhar para alguns anos atrás, percebo como algumas decisões parecem ser iluminadas de tal forma que nos leva a seguir certos caminhos (quase que de forma divina) que mesmo não sendo nossa primeira opção na época, anos depois acabamos por perceber que era o caminho certo a seguir.

 Voltando no tempo - outubro de 2015, eu com apenas 18 anos, era mais um jovem adulto que acabara de se formar no ensino médio, estava perdido (como a maioria dos jovens naquela idade) e não tinha ideia do que ia fazer da minha vida, afinal aqueles 12 anos dos quais já nascemos programados para passar haviam acabado, enquanto vivemos o período escolar, é reconfortante pensar que no ano seguinte será a mesma coisa, a mesma turma, e nosso único objetivo é “passar”. Mas tudo aquilo terminou e as responsabilidades já estavam batendo na porta. E agora? Minha primeira escolha seria seguir na área da comunicação, já que tinha me formado técnico em Comunicação Visual seria a mais fácil e talvez mais inteligente escolha a se fazer. Sempre fui fã das artes, o audiovisual me fascinava e eu tinha certeza de que era o que eu queria para a minha vida, e assim foi.

 Em 2016, decidi focar em estudar, pesquisar sobre cursos e me preparar para os vestibulares. Passei o ano pensando que estava perdendo tempo, pois já poderia estar na faculdade e me formaria mais cedo se não tivesse apenas refletindo sobre o que eu realmente queria. Até então Design Gráfico era minha primeira opção (Nutrição nem estava na lista), mas acima de tudo uma preocupação pairava sobre minha cabeça: se eu ia entrar na faculdade precisava melhorar minha aparência. Como todo bom jovem em final de puberdade, estava há uns meses na academia, fazendo dietas e focado em uma vida fitness. Queria entrar na faculdade na minha melhor forma possível. Fui muito dedicado a isso o ano todo, e o quanto mais eu pesquisava sobre alimentação, treinamento e dietas, mais dúvidas sobre os assuntos surgiam, já que é um campo que está em constante renovação nas informações. O que comer? O que faço para ganhar massa muscular? O que como para perder gordura? Estava cada vez mais focado e interessado por esses assuntos, já havia passado por consultas com diversos nutricionistas, nutrólogos e endocrinologistas. Meses depois percebi que escolher meu curso já não era mais meu foco, e eu estava completamente imerso em assuntos relacionados a academia e alimentação.

 Comecei a pensar em uma forma de me ajudar em relação a dietas e academia e fazer dessa ajuda minha profissão também. Mas a indecisão sobre qual curso escolher só aumentava, deixar as artes para a área da saúde era uma mudança bem grande. Até que chegou o dia de fazer minha inscrição no vestibular, tudo estava certo, faria Jornalismo (Design Gráfico já não era o que eu queria, mas ainda pretendia continuar no meio das artes e comunicação). No fundo sentia que eu iria sempre ter aquela dúvida “e se eu tivesse ido para a área da saúde?” então meio relutante (e também por impulso) me inscrevi em Nutrição. Educação Física parecia distante da minha realidade, Medicina não era pra mim e sabia que apesar de não seguir no Jornalismo, a comunicação e as artes sempre estariam inseridas na minha vida.

 No ano de 2017 comecei a faculdade. Era bem diferente do que eu imaginei. Me surpreendi positivamente, estava bastante pensativo e contemplante durante o primeiro semestre, “será que havia feito a escolha certa?”. Com o passar do tempo fui me afeiçoando ao curso. Eu adorava ir para a faculdade, aprender e encontrar meus amigos, vivi momentos incríveis e de muito aprendizado. Aos poucos fui chegando mais perto de me tornar um profissional que por muito tempo quis ser. Fiz amizades maravilhosas e tive momentos muito marcantes com eles. Posso dizer que a Nutrição me ajudou demais, pude melhorar minha alimentação e da minha família, ajudar muitas pessoas com dicas e informações nutricionais, descobri que amo cozinhar e aprendi coisas que serão muito valiosas em meus atendimentos profissionais. Percebi então que nunca abandonei as artes, pois a alimentação é cultura, e toda cultura é arte. Nunca me arrependi dos caminhos que me levaram a escolher esse curso.

 Em 2020 comecei meu último ano, era um ano só de estágios onde os alunos não teriam mais aulas na sala como nos três primeiros anos, ou seja, aqueles momentos de todos juntos, cada um em seu lugar de costume, não aconteceria nunca mais. Fiquei de certa forma deprimido pois sentiria falta de tudo que passei com meus amigos, sentiria falta dos intervalos sentados nos corredores da faculdade, dos professores cada um com seu jeito diferente de ensinar e dar as aulas, dos nervosismos antes das provas oficiais e a expetativa antes de ver as notas postadas para saber se tínhamos fechado as matérias.

 Ao final desse ano, terei concluído meu curso e vou de aluno a um profissional formado. Espero conseguir passar todo meu conhecimento obtido da melhor forma possível para meus pacientes, sejam eles através de consultas, postagens, artigos ou trabalhos. Agradeço aos meus amigos por toda a ajuda que tive durante essa jornada que tem sido a faculdade, sem eles tudo seria mais difícil. Aos professores pela paciência e a dedicação em ensinar e também aprender com a gente. Se teve uma coisa que aprendi com as artes, foi que todo fim é também um começo, e todos que estiveram comigo nesse período de formação também estarão lá depois, mas além de amigos e professores serão também colegas de profissão. Hoje percebo como algumas coisas acontecem para nos levar exatamente aonde estamos.

 Essa é a minha história com a Nutrição.