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Heavy
Geralmente eu sinto vontade de sumir. Desaparecer mesmo. Ir para um lugar onde ninguém me conhece e fingir que sou uma pessoa normal. Uma pessoa que não se sinta constantemente vazia.
Outras vezes queria ter alguma doença que me matasse de forma ok para a sociedade, sei lá, ninguém te julga se você morre de câncer ou miningite. Não posso me matar, seria feio e tal. Só que eu tô tão cansada, parece que todo dia é o mesmo e não há nada que eu possa fazer sobre.
Queria conseguir sentir igual as outras pessoas, mas sei que tem algo errado aqui dentro. É tudo uma bagunça, ou sinto muito ou nada, sempre tem um vazio se inflando, corroendo tudo, sujando tudo, perseguindo os restos de sentimentos que as vezes aparecem.
E se eu só fosse dormir agora? Esquecesse que preciso parecer funcional. Apenas ser eu mesma. Se eu esquecesse por um dia de fingir? Acho que preciso de um ano de descanso e relaxamento, dormindo e fingindo não existir.
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Não tem título
Quando eu era adolescente não tinha ideia do que era ser maníaco-depressiva. Acreditava que aquilo que se apossava de mim me tornava especial, era uma maneira de sentir o que ninguém sentia, uma maneira de viver um prazer que poucos escolhidos conseguiam. Eu poderia estar enlouquecendo, mas isso era o efeito colateral de ser incrível. Até não ser mais.
Eu estava no ápice e depois de alguns minutos eu estava no chão, encolhida na minha impossibilidade de ser normal.
Eu não lembro da minha infância, talvez eu tenha sido normal. Lembro do inicio da fragmentação da minha mente, quando eu estava me tornando adolescente e as coisas começaram a cair na minha cabeça, pensar em morte se tornou normal, meu humor virou uma grande piada de mal gosto e eu não entendia o que precisava fazer.
Ainda não entendo o que preciso fazer.
Enquanto meu humor ia se deteriorando cada dia mais, um dia depressiva demais para querer viver, no outro eu poderia vencer o superman em uma queda de braço. Eu era inteligente demais para viver aqui, mas ao mesmo tempo queria morrer.
Vivi os anos em que todos estão se divertindo e aprendendo quem são querendo morrer. Parecia que era o único objetivo que fazia sentido.
Mas não me matei, continuei por aqui e os anos foram passando. Agora passei dos 20, sou oficialmente diagnosticada com borderline e mesmo tomando meus remédios tem dias que só quero morrer e terminar logo com isso.
Ontem eu tive três alterações de humor. Em um mesmo dia consegui ficar eufórica, deprimida e ansiosa. Ao mesmo tempo que tenho muitos planos e coisas que quero fazer, me pergunto por que preciso aguentar tudo isso. Por que preciso fazer tanto esforço para viver? Esse é o meu objetivo? É a minha meta de vida? Não me matar é o objetivo do jogo?
Eu estou cansada emocionalmente.
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Maldito trastorno
Odio ser tan vulnerable, odio sentir esa sensación de abandono, odio sentirme horrible y luego sentirme la persona más atractiva del mundo, odio sentir un vacío inmenso y luego una felicidad enorme.
Detesto sentirme inútil, inservible etc.
Odio sentir que espantaré a cualquier persona que llegue a quererme por mi horrible temperamento.
Odio sentir mi cuerpo fuera de si y luego volver a la realidad como si nada.
Y sobre todo odio que nadie comprenda lo que pasa por mi cabeza...
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Eu enjoo das pessoas
Não, não tenho orgulho disso.
Eu necessito de um combo de atenção e endeusamento que não é normal, sei perfeitamente disso. Meus relacionamentos são baseados nisso, sou carente e não de um jeito normal, minha carência vem junto com o sentimento de pensar que sou melhor que todo mundo e mereço mais atenção, que preciso disso para viver, nada faz sentido se eu não tiver essa atenção.
Toda essa carência me faz ser alguém desagradável, eu sinto que posso morrer pelo simples fato de não ter o que quero, sinto dor física, parece que vou cair em um abismo.
O grande problema, como se isso já não fosse problema suficiente, é que depois de ter isso eu não sinto mais nada. Acho que nunca amei alguém, apenas tive obsessões. Várias obsessões.
Não entendo como funciona o amor, na minha cabeça sempre foi um jogo no qual eu morreria pelo simples prazer de estar certa. Eu quero, eu consigo. Não há conflito que eu não ganhe. Sofrer de "amor" sempre foi uma mentira para mim, eu não estava sofrendo por amor, estava sofrendo por ser contrariada. Eu cansei e fui embora. Enjoei e joguei fora. Poderia voltar? Sim, mas não por amor, por carência, por ego, por vaidade.
Existe um vazio dentro de mim que não consigo preencher em nenhum local. Esse vazio me faz criar ilusões, vícios, impulsos perigosos. Esse lado meu parece perfeitamente escondido, mas eu sei o quanto destrutiva sou, como destruo pessoas pelo simples prazer de fazer isso.
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