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Pesquisa avalia função pulmonar de trabalhadores de carvoarias ao longo de oito anos
Tese do professor Rafael Machado de Souza, que será apresentada nesta quinta-feira na Universidade Feevale, ressalta a importância da utilização dos equipamentos de proteção individual

O Brasil é considerado um dos maiores produtores e consumidores de carvão vegetal no mundo, com produção correspondendo a 30% do volume mundial. No entanto, há poucos estudos, no País e no mundo, que deem conta da saúde dos trabalhadores do setor, os quais convivem diariamente com o ambiente insalubre e enfumaçado das carvoarias. Evidências apontam que o trabalho contínuo em carvoarias pode levar ao declínio da função pulmonar – agravado se o trabalhador tem o hábito de fumar.
Nesta quinta-feira, 20 de dezembro, o professor e pesquisador da Universidade Feevale, Rafael Machado de Souza, apresenta o resultado de sua tese de doutorado
A qualidade do ar, o comportamento da função pulmonar e a ocorrência de doenças respiratórias em trabalhadores da produção de carvão vegetal em três municípios do estado do Rio Grande do Sul
. Realizada no âmbito do programa de pós-graduação em
Qualidade Ambiental
, a pesquisa teve o objetivo de avaliar se, ao longo de oito anos de trabalho contínuo na indústria do carvão, os trabalhadores tiveram declínio em suas funções pulmonares.
A apresentação acontece a partir das 9h, na sala 200B do prédio Lilás, no Câmpus II da Instituição. O orientador da tese é o pesquisador Paulo José Zimermann Teixeira, da Feevale, e a banca examinadora será composta pelos professores. Daniela Montanari Migliavacca Osório, da Universidade Feevale, Eduardo Garcia, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Carlos Nunes Tietboehl Filho, coordenador da Comissão de Doenças Ambientais e Ocupacionais da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
Sobre o estudo
A tese continuou o trabalho da dissertação de mestrado de Souza, que realizou entrevistas e exames com carvoeiros de 41 propriedades dos municípios de Lindolfo Collor, Ivoti e Presidente Lucena no ano de 2008. O objetivo foi aferir a saúde desses trabalhadores, avaliando a sua função pulmonar e os possíveis sintomas respiratórios advindos da convivência com a fumaça oriunda da queima do material, como asma, bronquite e rinites, entre outros.
Com início em 2016, a coleta de dados se deu em três fases: a fase 1 (2016) consistiu em retornar a todas as 41 propriedades visitadas em 2008. Os 51 participantes da tese foram reavaliados através da função pulmonar e entrevista sobre sintomas respiratórios, semelhantes a 2008. A fase 2 avaliou as medidas dos volumes pulmonares e da difusão de monóxido de carbono no laboratório da Universidade e tomografia de tórax realizada no Serviço de radiologia do Hospital Regina, de Novo Hamburgo. A fase 3 consistiu no monitoramento do material particulado e obtenção das variáveis meteorológicas em trinta coletas de 24 horas cada, durante o ano de 2017.
Como resultados, a avaliação da função pulmonar dos 51 trabalhadores reavaliados demonstrou um declínio médio e significativo da Capacidade Vital Forçada (CVF) de 48ml/ano e do Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1) de 37 ml/ano antes da utilização do broncodilatador (BD). Considerando os valores após o uso do BD, também se observou queda significativa da média da CVF de 51 ml/ano e do VEF1 de 38ml/ano. Em uma pessoa exposta a condições normais, a CFV deveria ficar em 20ml /ano até os 40 anos de idade e 38ml /ano para maiores de 40 anos.
Dos 42 carvoeiros que realizaram a tomografia de tórax, apenas 5 (11,9%) apresentaram exames dentro da normalidade, sendo que a maioria 32 (76,1%) foi diagnosticado com espessamento difuso de paredes brônquicas por broncopatia. Do total de 51 carvoeiros reavaliados a ocorrência da rinite ocupacional foi de 26,4%, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) foi de 18,9%. Embora as concentrações de micropartículas no ar tenham sido avaliadas como dentro da normalidade, o estudo sugere estratégias para estimular o uso de equipamentos de proteção individual, a supressão do tabagismo e um maior controle ambiental nestas áreas, ações que seriam de extrema importância no sentido de minimizar os danos respiratórios ocasionados pela atividade carvoeira.
Foto: acervo Feevale
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Universidade Feevale constrói, de forma pioneira no País, um sistema híbrido de produção de energia
Fontes alternativas de geração de energia serão comuns no futuro

As alternativas para a geração de energia não devem ser pensadas apenas em períodos de escassez de chuvas, quando as hidrelétricas, principais mananciais no País, são sobrecarregadas. Governo, universidades e empresas vêm debatendo a necessidade de se pesquisar novos meios de geração de energia, o que desafogaria o sistema e aproveitaria os recursos de um país continental como o Brasil. Nesse sentido, as fontes renováveis, como a eólica, a biomassa e a solar, se destacam como opções para a geração convencional de energia em sistemas menores, como prédios ou pequenas localidades.
Pesquisadores da Universidade Feevale estão encerrando, neste ano, um projeto que desenvolve a combinação dessas três fontes de energia em uma miniestação dentro do Câmpus II da Instituição, em Novo Hamburgo (ERS-239, 2755). O projeto Desenvolvimento de novos dispositivos para sistemas híbridos com fontes renováveis, do mestrado em Tecnologia de Materiais e Processos Industriais, com parceria dos cursos de Engenharia Eletrônica e Engenharia Mecânica, permitiu a construção completa de um aerogerador horizontal (energia eólica), de uma máquina síncrona trifásica para um gerador a combustão (energia de biomassa – biogás) e de módulos e células fotovoltaicas (energia solar).
Coordenado pelo professor Moisés de Mattos Dias, o projeto contou com um investimento de R$ 1.360.673,89 e apoio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul e parceria da empresa JSA Engenharia LTDA. O estudo foi dividido em duas etapas:
Parte I: Implantação do Sistema Híbrido:
O projeto prevê suprir uma carga de 5 kilowatts (kW) constante e continuamente, a partir de fontes renováveis – energia que possibilita carregar baterias que podem alimentar um pequeno edifício, dependendo da carga. O Sistema Híbrido foi implantado no prédio Verde da Feevale, local onde está o Laboratório de Energias Renováveis, permitindo tanto os estudos atuais quanto os futuros. O Sistema é composto por Fontes Solar, Eólicas e Biomassa, Controladores, Inversores e Sensores. No painel de controle, é possível monitorar diversos parâmetros, como força do vento, radiação solar, simulações do consumo das baterias, etc.
Parte II: Desenvolvimento de Dispositivos para Geração de Energia:
A segunda parte da pesquisa compreendeu o desenvolvimento dos próprios dispositivos: um Aerogerador de 2,5 kW – equipamento instalado no topo do prédio Verde e que capta a força dos ventos para produzir energia eólica; um equipamento de Geração a Combustão (Biometano) de 7,5 kW – motor que utiliza biomassa e biogás para gerar energia; Módulos Solar Fotovoltaico de 90 W – foram construídos, de forma pioneira em uma universidade da região, dois módulos fotovoltaicos – equipamentos que transformam a luz solar em energia elétrica – a partir de componentes comerciais. Um deles, instalados no topo do prédio Verde, possui 36 células, 80W de potência e eficiência de 90%, se comparado a um equipamento produzido de modo convencional. Esta fase do projeto contou com participação do mestre Daniel Verona.
Os equipamentos foram montados no Laboratório de Metalurgia do Pó e Materiais Magnéticos da Oficina Tecnológica, no Câmpus II. ‘É importante observar que não se tem notícia de que no Brasil, de projetos nesta área de energias renováveis que englobem todos estes aspectos integrados em um mesmo sistema, sendo, portanto, algo inédito no País”, afirma o professor Dias.
Equipe
A pesquisa conta com uma equipe composta por acadêmicos bolsistas e voluntários de diversos cursos: Nickolas Both, Lucas Dariel Ferreira, Jonata Rocha Fett e Natanael de Oliveira da Rosa, da Engenharia Eletrônica; Bárbara Pisoni Benden Andrade, da Engenharia Civil; Marco Antônio Fröhlich, da Engenharia Mecânica; e Gabriel Reis Kauffmann, bolsista da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha. Para Nickolas Both, participar do projeto é uma grande oportunidade de fazer coisas novas e aprender a desenvolver novas tecnologias. “O professor Moisés nos dá muita liberdade e espaço para trabalharmos, isso é muito bom. Na minha carreira, pretendo, de forma mais social possível, levar esse conhecimento para o público que não tem acesso a esses avanços, de forma que isso seja importante na vida das pessoas”, diz.
Foto: Nadine Funck
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Pesquisa da Universidade Feevale indica recuperação do Rio Caí
Próximo à nascente, no entanto, foram encontrados poluentes tóxicos

Com extensão de 264 km, a Bacia Hidrográfica do Caí, localizada na região nordeste do Rio Grande do Sul, abrange, total ou parcialmente, 42 municípios, com grande concentração populacional. Dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o Rio Caí é o oitavo rio mais poluído do País. Como a preservação ambiental é essencial para o bem-estar da população e está relacionada aos ecossistemas, avaliar a qualidade dos rios se torna essencial para orientar as políticas de proteção.
Na Universidade Feevale, uma pesquisa do Programa de Pós-graduação em Qualidade Ambiental busca monitorar e avaliar a qualidade da água da Bacia Hidrográfica do Caí. O estudo Avaliação de poluentes orgânicos emergentes e metais tóxicos na água do Rio Caí, desenvolvido pelo doutorando Wyllame Carlos Gondim Fernandes sob a orientação do professor Marco Antonio Siqueira Rodrigues, tem o intuito de apresentar o cenário da qualidade ambiental do rio Caí. A partir de novembro de 2017 e ao longo de 24 meses, 17 pontos são monitorados ao longo do curso d’água, com coletas mensais.
As amostras são classificadas segundo a Resolução Conama 357/2005 – que estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes na água. Os parâmetros analisados compreendem os físico-químicos, os metais tóxicos e os poluentes emergentes. O estudo está na fase de análise dos dados físico-químicos, o que corresponde a indicadores das concentrações de metais tóxicos como chumbo, cobre, cromo total, mercúrio e indicadores de poluição como coliformes fecais, entre outros.
Resultados animadores
Wyllame se surpreendeu com os resultados dessa primeira fase de investigação. “O Rio Caí não está tão poluído como foi divulgado há uns anos e como se pensava”, afirma. A conclusão parte da análise de parâmetros como amônia, cloretos, coliformes totais, dureza total, ferro total, coliformes fecais e turbidez. De acordo com os dados obtidos, esses indicadores apresentam resultados inferiores aos limites exigidos pelas portarias 2914/2011 do Ministério da Saúde – que estabelece procedimentos de controle e vigilância da água para consumo humano – e 320/2014 da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul – que determina parâmetros adicionais de agrotóxicos ao padrão de potabilidade para substâncias químicas para a água de consumo humano.
Porém, já se encontram poluentes tóxicos, como mercúrio, próximo à nascente do Rio Caí, em São Francisco de Paula. De acordo com Fernandes, esse é um indicador de contaminação que pode ser associado ao uso de agrotóxicos. Isso pode significar que os agrotóxicos utilizados nas plantações possam estar se infiltrando no solo e contaminando o Rio. Nesse sentido, uma política eficiente de liberação e uso de agrotóxicos cumpre um importante papel, e deve ser tratado como prioridade pelo poder público. “Temos que conhecer o rio que temos, para tomar as devidas decisões futuras”, afirma.
Equipamentos de ponta para conduzir os estudos

As análises são realizadas no Laboratório Aquário, localizado no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Limpas, no Câmpus II da Feevale. O espaço conta com equipamentos de ponta no tratamento de água utilizando tecnologias limpas, como a osmose, eletrodiálise, nanofiltração e membrana destilação. O laboratório possui, ainda, sistemas avançados de cromatografia acoplada a espectrômetro de massa, o que permite uma investigação de diversos compostos orgânicos persistentes nas amostras de água (medicamentos, pesticidas, etc). Também é possível comparar a concentração de compostos nas amostras com bioindicadores, o que permite relacioná-los à genotoxidade da água.
Problemas nacionais, soluções regionais
Com 32 anos, Fernandes é de Tabuleiro do Norte, região leste do Estado do Ceará. Em 2017, defendeu seu mestrado, já na área ambiental, na Universidade Potiguar, do Rio Grande do Norte. Após o término do curso, procurou uma universidade pelo Brasil que tivesse um programa de pós-graduação na área hídrica e encontrou a Feevale.
A crise hídrica e a falta de tratamento de esgoto não é uma particularidade do nordeste, mas de todo o país. O sonho de todo o pesquisador é conseguir colocar seu trabalho em prática”, destaca.
Saiba mais sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Caí - (BHRC)
· Corresponde a 1,79 % do Estado
· O Rio Caí é o principal rio da Bacia
· Tem uma área de 5.027 km²
· O curso d’água apresenta uma extensão de 264 km
· Mata nativa: 23% da região
Usos das águas
· Criação de animais: 200 L/s
· Irrigação: 300 L/s
· Abastecimento Público: 800L/s
· Irrigação Arroz: 1.000 L/s
· Abastecimento Ind.: 2.500 L/s
· Transposição: 8.000 L/s
Sobre o PPG em Qualidade Ambiental: www.feevale.br/qualidadeambiental.
Fotos laboratório: Nadine Funck/Universidade Feevale
Fotos rio: Flávio Chaves
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