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Não sei em que parte do seu corpo eu perdi a vergonha de pedir com os olhos, com a boca, em voz alta. Sei que, desde então, tudo em mim quer ser seu altar. Não um santuário distante, limpo demais pra ser tocado. Mas um canto quente, molhado, onde seu prazer pode se espalhar, gritar, sujar tudo e ser dono.

Eu quero me oferecer inteira, me dedicar. Lamber seus significados, decifrar seu gozo, soletrar seus arrepios com a boca suja de vontade. Quero saber onde você aperta quando o prazer te domina. Como segura a respiração antes de soltar aquele gemido que me deixa encharcada.

Quero enfiar minha cara onde o mundo só ousa fantasiar.

Quero ser devota do seu corpo como quem jura fidelidade a uma religião que inventou sozinha. E que só faz sentido quando você me olha daquele jeito... do seu jeito.

Não quero te amar como quem sonha com finais. Quero te amar como quem está faminta por começos. Quero sua barriga sem nenhum tecido, sua bunda me chamando pra casa, sua pele marcada de sol, de dia ruim, de calor, de lençol. Te quero antes do banho, depois do cansaço, no meio da preguiça. Desejo seu cheiro, o que escorre entre as suas coxas.

Quero dar atenção ao que ninguém nota. Ler seu corpo como quem lê um livro secreto, proibido, suado de tanto desejo não dito.

Então me inclinar diante da sua pele exposta como quem faz promessa. Mas a minha oração é com língua, com dedos, com o desejo latejando.

Seus seios são altar, seu pescoço é abrigo, sua bunda é sacramento. Seu sexo é sagrado e, ainda assim, eu quero profanar, mas só porque eu sei que profanar com você é outra forma de rezar.

E espero que saiba: eu te admiro com o corpo inteiro. Não é só tesão. É que você me dá vontade de cuidar, mas não do jeito casto, domesticado, ensinado, que o mundo prega. Eu te desejo com respeito sujo. Quero você como quem pede licença e, ainda assim, invade, como quem jura fidelidade à curva da sua cintura, como quem se ajoelha e diz: Me deixa aprender você. Só pra depois cuidar da sua pele quando ela estiver vermelha, escorrendo suor e gozo. Te dar água, cobrir teu corpo com um cobertor quente, te olhar dormindo.

Sem pressa, sem gula, mas com fome. Com pele, suor. Com a devoção que você merece.

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“You sometimes think you want to disappear, but all you really want is to be found.”

— Kid Cudi

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Não é só sobre o teu sorriso — embora ele seja uma das coisas mais bonitas que eu já vi. É sobre o que te constrói por dentro, mesmo quando você acha que ninguém percebe. Eu percebo. Eu vejo quando a sua voz se empolga ao falar sobre algo que gosta e também vejo quando ela muda ao falar de coisas que machucaram. Eu sinto quando você se afasta, mesmo estando longe. E ainda assim, eu fico. Porque não quero só as tuas versões leves — quero todas.

Gosto de você. E quando digo isso, não estou falando só da parte boa, dos dias em que você está rindo ou confiante. Gosto dos teus silêncios também, da tua bagunça interna, do teu jeito de se proteger os seus. Eu gosto da tua força, mas também da tua vulnerabilidade. Gosto de quando você se mostra imperfeita, porque é aí que mora a tua beleza real.

Eu gosto de tudo o que te envolve. Os teus medos, as tuas dúvidas, os traumas que você não contou, os sonhos que ainda não teve coragem de dizer em voz alta. Eu gosto dos teus domingos nublados, dos teus dias de caos, dos momentos em que tudo o que você precisa é alguém que fique, sem cobrar, sem pressionar, só fique.

Quero ser o lugar onde você se sente segura para existir. Onde você pode ser inteira, mesmo quando estiver em pedaços. Quero ser aquele abraço que não te prende, mas que te sustenta. Quero ser a calma nos teus dias de tempestade, o silêncio que respeita, o olhar que acolhe.

Porque quando eu digo que gosto de você, é sério. Não gosto só do que é fácil, do que é bonito de fora. Eu gosto do que mora atrás da tua resistência. Gosto da tua intensidade, das tuas tentativas de não demonstrar o que sente, das vezes em que você se esconde atrás do orgulho para não se ferir. Gosto porque sei que, por trás de tudo isso, existe alguém que sente muito e eu admiro quem sente.

Você não precisa ser perfeita pra mim. Nunca precisou. Só precisa ser você. Com todas as camadas, com todos os altos e baixos, com tudo o que faz de você essa pessoa tão única. Porque é isso que me faz querer ficar. É isso que me faz dizer:

"Eu gosto tanto de você."

E se for pra gostar, que seja por inteiro. Que seja com verdade. Que seja com tudo o que te envolve.

@wildfirer ♥️

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she deserves this so so much 😭😭😭😭

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she deserves this so so much 😭😭😭😭

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A vida não para quando não estamos amando, e é bonito perceber isso. Você continua fazendo planos, rindo no meio de uma tarde qualquer, lavando a louça com música alta, enquanto enxuga os copos.

Tem algo silenciosamente libertador em viver assim, inteiro, mesmo sem alguém ao lado. Sem o amor romântico como centro, a vida começa a mostrar outras formas de presença, de sentimento. A rotina ganha novos contornos. O vinho tem gosto, mesmo quando bebido a sós. A cidade continua barulhenta e viva, e o silêncio do quarto, às vezes, é o que mais acolhe

Há uma expectativa social de que a felicidade plena mora no encontro com o outro. Mas, quando essa busca vira exigência, o amor vira peso. E não devia. O amor não foi feito pra ser perseguido como um troféu, nem tratado como resposta automática pra todas as perguntas, faltas e dores. Ele é bonito demais pra ser reduzido a uma obrigação, a um volume usado para apenas preencher o outro, ou nós mesmos.

A ausência dele não é vazio. É espaço. Espaço pra olhar em volta e descobrir o que já está ali: amigos que cuidam, projetos que animam, desejos que nascem do lado de dentro. Uma vida que segue, firme, mesmo sem outro olhar.

É importante entender: o amor não é peça faltando. Ele não chega pra completar ninguém, porque completude não é dádiva que se recebe, é conquista que se constrói. Amor não deve ocupar o lugar do que falta, Não é ele que precisa nos preencher. Somos nós que precisamos nos conhecer o bastante pra não fazer do outro um espelho torto, nem um remendo de ferida aberta.

Quem espera que o amor venha salvar, geralmente entrega a ele um fardo. E o amor, coitado, não foi feito pra carregar nossas inseguranças, medos e carências. Foi feito pra ser escolha, presença voluntária, soma, e não muleta. Quando a gente se sente inteiro, o amor deixa de ser necessidade e vira celebração. Ele não nos completa: nos acompanha.

E essa vida, que dança na cozinha, que ri sozinha no mercado, que se cansa e se renova, tem valor em si. Ela pode, sim, ficar ainda mais bonita com amor. Mas isso não significa que está incompleta sem ele. Significa só que há mais beleza possível. Não uma necessidade. Uma dádiva, se vier.

Por isso, talvez o amor deva ser tratado como aquilo que é: uma sorte, uma bênção. E não um ponto de chegada. Quem vive com leveza, com olhos abertos e uma certa paz, reconhece o amor quando ele aparece. E recebe com calma.

Porque viver bem, de verdade, é isso: saber que há muitos caminhos pra alegria. O amor é só um deles. E torcer pra cruzar com ele, sem desespero, sem cobrança, é só mais uma forma bonita de continuar andando.

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