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Xanthippe ajustou a coroa de flores nos cabelos de Estelle e riu. "Pronto. Agora sim. Bem melhor." Estavam na fila da cabine de fotos, e Xan estava inquieta. Odiava filas. Odiava ficar parada. Simplesmente odiava. Em séculos de idade, sua paciência para coisas mundanas não melhorara. "Sabe, eu me lembro de quando inventaram a câmera fotográfica. Foi um evento."
com @stellesawyr na cabine de fotos
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Toda aquela conversa de amor, corações, flores e decoração rosa faziam com que Xanthippe se sentisse ligeiramente enjoada. Como um peixe fora d'água, com suas brânquias desesperadamente tentando sugar oxigênio de um meio não-aquático. Eka era uma caçadora. Não deveria falar de coisas como o amor. Nem pensar nelas. "Será que vão mostrar a parte em que Hércules mata a mulher e os filhos?" Perguntou em voz baixa enquanto o barco navegava no rio de lava e observava as histórias mitológicas projetadas no tetonda caverna. Aquela fora das atividades menos românticas que escolhera, tirando ficar dentro do próprio chalé, pensando nos próprios votos de castidade, de modo a não ofender nenhum deus do amor. "Eu não acho isso muito romântico, se quer saber..."
Starter ABERTO no rio de lava
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"Você é uma boa líder, Isabella. Eu já vi muitas caçadoras através dos séculos, e sei quando alguém não está pronto." Assegurou à irmã. Ela era uma caçadora, mas era tão mais nova que ela que se via na posição de conselheira não oficial. "Infelizmente, coisas ruins acontecem. Estão além do nosso alcance." Ela suspirou, cruzando as pernas sobre o sofá. Xan entendia bem de missões fracassadas, de lideranças ineficazes, de falhas e perdas de membros de equipe. Pensou em Christopher, que estivera em sua mente mais que o normal nos últimos dias, desde que a tarefa de Quíron fora feita. Então, por isso, a próxima pergunta de Izzy a pegou de surpresa. Xan ergueu as sobrancelhas, olhos arregalados. "E-eu... bom..." Ela gaguejou. E teve de pensar na própria resposta. "Eu estou na caçada há duzentos anos... já pensei muitas coisas. Eu..." Ela evitou seu olhar. Se perguntou se Izzy sabia algo sobre sua caçada paralela aos artefatos dos últimos oitenta anos. "Acho que não é um pensamento tão incomum." Xan falou. "O que te aflige, Isabella?"
— Me colocaram de líder em uma missão quase suicida de conseguir um dente de Drakon. — Explicou, deixando escapar um riso frouxo, sem humor. Não era algo agradável de se lembrar, ainda que tenham obtido sucesso, porque, no fim, duas campistas se machucaram e ela se sentia culpada por estar liderando a missão. Escutava a resposta dela, realmente atenta e interessada, mas pensando em como abordar o assunto que realmente queria tratar quando se aproximou. — Conseguimos o dente do Drakon, mas uma das meninas que foi comigo se machucou gravemente. Fiquei me sentindo culpada, é claro. — Apesar de já ter recebido diversos conselhos e broncas sobre como não deveria se culpar porque essas coisas acontecem em missões, a filha de Deméter sempre se sentia assim, e a mais velha sabia bem disso. Isabella contava, de cabeça baixa, mexendo nos dedos, nervosamente. — Na verdade, Xan, queria te fazer uma pergunta. — Ela decidiu ser direta, erguendo a cabeça para fitar a outra. — Já pensou em sair da caçada alguma vez?
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Naquele mesmo momento, Xan soou o apito. "Disse alguma coisa, Haites? Ou precisa de incentivo? Tenho certeza que eu consigo achar algumas leucócrotas por aí, loucas para perseguir alguém." Assoprou o apito novamente. Aquele se tornara seu objeto favorito. "Talvez isso seja motivação suficiente. Marchando!" Ela falou. "Quando treinei as crianças ontem, elas fizeram muito menos corpo mole que isso. Quer parar para beber água?"
Dylan tinha perdido a noção do tempo que estava ali correndo, enquanto Xanthippe ia à cavalo enquanto assoprava um apito ditando a velocidade que deveriam ir. Mas que maravilha. Quando um dos filhos de Hermes tinha o convidado para participar de um treinamento, o semideus tinha imaginado que seria algo relacionado a luta corporal ou até mesmo luta com espadas, e não aquela sessão de tortura que Xanthippe estava proporcionando aos campistas. Ok, talvez estivesse exagerando um pouco. Contudo, não mudava o fato de que tinha se arrependido profundamente de aceitar aquele convite. Ao perceber que a treinadora aumentou o ritmo, Dylan se forçou a acelerar para manter o ritmo e ao se aproximar da égua em que Xanthippe montava não pode deixar de fazer um comentário levemente sarcástico. “Você sabe como motivar alguém”.
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starter aberto com qualquer um
Xanthippe montava uma das éguas favoritas, especialmente abençoada por Ártemis, Luna, enquanto empunhava um apito com convicção. Apito este que ela gostava mutio de assoprar. Atrás dela, alguns semideuses corriam a pé já a alguns bons minutos. "Vamos lá, seus molengas." Ela gritou, fazendo com que o cavalo fosse mais rápido com dois leves toques na barriga. "Quando um Kraken descontrolado invadir esse acampamento de novo, quero só ver quem vai pensar em desistir!" A verdade era que o acampamento a enlouquecia. Era como o convento. Presa nas fronteiras físicas e imaginárias de seu coração. Querendo ou não, o kraken fora o máximo de extravasamento que tivera há meses. Agora, se colocava na posição de treinar semideuses e buscar aquele sentimento, talvez de aventura, novamente. "Joelhos altos! O terreno não é plano!"
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Xanthippe & Christopher (INSPO)
"I wish we had more time."
Wonder Woman (2017) dir. Patty Jenkins
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POV.´´ 𖠺 ALL THE THINGS I (never) SAID
Xanthippe olhara o centauro com uma sobrancelha erguida. Naquele acampamento, poucos compartilhavam o destino da imortalidade---ela gostava de tomar chai com o velho fazedor-de-heróis, embora ele se ressentisse do termo. Eu treino crianças para sobreviver, menina. Ele dissera. Talvez fosse a única pessoa que se referisse a ela como se fosse uma criança, e sua presença era quase paternal, se não fosse a presença do próprio pai ali tão perto. Dessa vez, além do chai, compartilharam outra coisa. ❝O que é isso?" perguntara, incrédula. ❝Dever de casa. Faz tempo que não tem um desses, não é?" O centauro respondera. Agora, a caçadora tinha em mãos algo semelhante a um diário laranja, uma caneta e uma folha de louro. ❝Não pode estar falando sério," Xan rira. ❝Além de fazedor de heróis, agora também é psicanalista? Eu não tenho nada a dizer." O centauro sorrira, daquele jeito milenar, que te faz pensar que ele te conhece melhor que você mesmo. ❝Eu duvido que isso seja verdade, Xanthippe Nysian."
Agora ela portava o caderno nas mãos. Uma missão. Uma instrução; se abrir para um papel. Xan levava missões muito a sério, mesmo as mais estúpidas. Só agora o acampamento percebera que todos esses semideuses precisam de apoio psicológico? Que espécie de abordagem era aquela? Quase fumegando com a necessidade de escrever coisas íntimas num papel mágico, Xanthippe deixou seu papel e tinta em sua cama no chalé, e saiu para terminar os afazeres do dia. Esperava esquecer. Exceto que à noite, trajando seu confortável pijama de seda após tomar um longo banho com sua essência de sândalos no ofurô das ninfas, sentou-se com as pernas cruzadas na cama e começou a escrever.
Os raios de sol vinham de encontro aos meus olhos, e só por isso fui despertada. O ar gélido da primeira manhã e o gosto de vinho na boca eram estranhamente familiares. Toda sensação era estranhamente familiar. O feno no chão sob o qual me deitara, o telhado levemente irregular do celeiro onde nos abrigamos. Nós. Como se os últimos oitenta anos não fossem mais que um pesadelo às vésperas de um dia difícil, e prostrei com os braços, sentada. Que espécie de sonho era aquele? Tudo parecia tão real, palpável, como se todo resto nunca tivesse acontecido.
O ano era 1944. Esse fora o último dia da missão que mudou a minha vida.
Me levantei, e não tinha certeza de estar movendo as minhas próprias pernas, de ser eu mesma no comando. Mas eu sentia a brisa entrar pela porta entreaberta do celeiro, e me enrolei na coberta que estava no chão. Isso não era real, então porquê me incomodava? Eu já tivera esse pesadelo tantas vezes antes que já sabia exatamente o roteiro a seguir. Com o coração martelando no peito, na garganta, na boca, abri a porta. Fechei os olhos, porque a luz era intensa demais, e a presença dele era tão intensa quanto. ❝Aí está você," a voz dele me encontrou antes, como um trovão. Dormiu bem? ele perguntaria. ❝Dormiu bem?"
Abri os olhos; ali estava Christopher, ao lado do pequeno avião da fazenda; um pulverizador. Um pulverizador maldito. Ele acariciava a lataria, checando por coisas que eu não saberia dizer. Na verdade, eu não saberia dizer absolutamente nada, mesmo que entendesse de aviões---estava entalada. Ele ainda esperava uma resposta, porque esse não era um sonho comum, daqueles que eu tinha há oitenta anos, então assenti. Caminhei em sua direção, testando aquela alucinação até estar perto suficiente dele para tocá-lo. Pareceu confuso, ❝O que foi, Pippa?" Eu não ouvia aquele apelido desde... Hoje. ❝É... inacreditável." Eu digo, como se estivesse num sonho. Chris deu um sorriso, daqueles sorrisos próprios dele, estampado na foto que eu guardava dele (só que vivo, de verdade). ❝Realmente. Você é a única filha de Dionísio que eu já tive que convencer a brindar comigo." Atrás de mim, no celeiro, duas garrafas de vinho estavam caídas entre o feno. Vazias. Enquanto dançávamos ao som de Edith Piaf no rádio ---Hymne a l'amour, eu nunca me esqueceria --- chutamos as garrafas. Eu fizera mais que apenas brindar na noite anterior. O gosto do álcool, das uvas, ainda estavam na minha boca. Fora a última noite em que eu bebera, e eu saberia dizer exatamente qual safra era aquela, em que barril fora envelhecido. ❝Mas temos uma tarefa." O tom dele me despertou do meu estupor, subitamente sério. Ouvi as palavras dele antes mesmo que ele pudesse dizê-las. Recebi uma mensagem... ❝Recebi uma mensagem de íris enquanto você dormia."
Atacariam o campo ainda hoje. Deveríamos evacuar as crianças, deixar de lado o planejamento inicial no qual trabalhamos nos últimos meses, vivendo sob disfarce no sul da França como um casal recém-chegado. Suspeitávamos que o Eixo estava por trás dos semideuses desaparecidos, e descobrimos que os estavam mantendo num campo de experimentações aqui perto. Dois dias antes, soldados do Eixo foram procurar por nós mas já havíamos fugido para o celeiro de um vizinho. Não tínhamos muito tempo; devíamos resgatar as crianças desaparecidas. O começo do fim, porque... ❝Eu tenho que despistá-los." Christopher disse. Levá-los para longe, enquanto você libera eles. ❝Não," eu digo, pela primeira vez, encarando seus olhos muito, muito azuis. "Eu devo ir" Porque eu não fui da última vez, e por isso ele morrera. ❝Você fica, você libera as crianças." A decisão é cristalina como a água. ❝A não ser que você saiba pilotar um avião, Pippa..." Ele ergue uma sobrancelha. ❝Não me olhe assim. Você não pode me colocar de castigo por insubordinação." Ele tinha razão. O maldito tinha razão. Mas eu não estava racional; eu fui racional nos últimos duzentos anos. Soldado---por vezes general. Ordens, ordens, ordens. Por que ele não acatava às minhas? Por que aquele sonho bizarro me atormentava, se ao final do dia, Christopher ainda se desfaria numa explosão brilhante no céu, bem diante dos meus olhos? ❝Chris, me escute." Dei um passo em sua direção, o coração martelando em minhas orelhas, tocando seu ombro num gesto raro. "Por favor..." As palavras me doem. Eu sei como isso termina.
Os olhos dele me analisam, como se tentasse me decifrar com aquele espírito completamente indomável dele, que arranca o ar dos meus pulmões. ❝Existem poucas coisas que você me pediria assim e que eu negaria, caçadora." Seu tom é sério. Dessa vez, é como se ele lesse meus pensamentos. ❝Eu também sei como isso termina." A última frase dilacera todo o meu ser. Sinto como se meus joelhos fossem desabar. "Deixe isso comigo, está bem?" Eu pisco, abro a boca, sinto as lágrimas quase romperem a superfície. "Você não entende." Ele balança a cabeça e move uma das mechas do meu cabelo para trás da minha orelha. "Eu entendo perfeitamente bem. Me deixe ser o herói de hoje pra você salvar a guerra." Nessa visão, nesse sonho, nessa realidade que seja, Christopher entende o que vai acontecer. Eu vejo em seus olhos; ele sabe que vai morrer. Ele sempre soube. Todos esses anos, achei que ele entrou naquele avião acreditando que voltaria, mas não... Ele me protegera da verdade. "Chris..." "Silêncio, Caçadora. Me deixe te olhar um pouco mais." E assim ele faz. De perto. Nossas testas se encontram, e nossos lábios estão próximos, e seria tão fácil... "Numa outra vida..." Eu falo, sorrindo, lágrimas escapando dos meus olhos. Chris sorri de volta, levando um dos dedos ao meu queixo. "Dieu réunit ceux qui s'aiment." As palavras de Édith Piaf que escutamos na noite passada. Então ele beija o canto dos meus lábios. Quase como um amigo.
Então ele coloca a jaqueta dele sobre os meus ombros e caminha em direção ao avião. Eu observo, atônita, esperando que o sonho acabe, o filho de Zeus zarpar em direção aos céus. Ele voa como ninguém. E num brilho intenso, num som que demora a alcançar meus ouvidos, ele se vai. As crianças são salvas. A guerra é ganha. Os céus ganham uma nova constelação, que sempre parece brilhar mais intensamente para mim. O aviador.
Sem perceber, a caçadora abre os olhos e se vê encarando a janela. A constelação de Christopher que Zeus permitiu no céu. Em suas mãos, uma conta para seu colar; de um lado, um avião, e de outro, uma estrela. Os olhos de Xanthippe estão marejados, sua respiração descompassada e ela suprime um soluço, encolhendo-se na cama. Por um momento, seu Christopher estivera vivo, e por um momento, ela quase o salvara. Exceto que ele não queria ser salvo. Numa outra vida, talvez... Ela suspirou. Dieu réunit ceux qui s'aiment.
@silencehq
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"Se te deixar mais confortável..." Num ligeiro movimento do pulso, Varatha, a lança, se transformou numa serpente prateada que ascendeu o pulso da caçadora e se instalou ali como um bracelete, a cauda delicada se assentando ao redor do dedo médio. Pronto. Estava desarmada, embora soubesse que a lança estaria pronta para um embate em questão de segundos. Sentia-se nua, embora estivesse vestida. Os pelos de Xan eriçaram-se assim que ele se apresentou. Filho de Zeus. "É só que..." Ela odiou o quão baixa e fraca a própria voz soou, mas não estava prestando atenção, apenas observava seu rosto com atenção. "Você se parece com alguém que eu... conheci." Xan piscou para afastar o estupor, balançando a cabeça. "Mas não importa. Você zomba do meu medo de encontrá-lo na floresta, mas ser um semideus dos três grandes só o faz mais perigoso. Vocês foram banidos por um motivo." Xanthippe falou.
O olhar inquisidor não intimidou o filho de Zeus, pelo contrário... A vontade de retornar em igual desafio e provocação ficavam mais intensas. O que ele enxergava? Não importava. Porque as respostas daquele jeito atravessado já estavam ativadas, prontas para disparar no menor sinal de... Bem, qualquer coisa. “ 🗲 ━━ ◤ Homens com intenções diversas, minha cara. Estou na mesma posição que você, claro, com o diferencial de que não saquei minha arma. ◢ E até onde ele tinha conhecimento, caçadoras de Ártemis não atacavam pessoas inocentes. Mesmo, pela convicção delas, a pessoa em questão seja um espécime do sexo masculino. “ 🗲 ━━ ◤ Raynar Hornsby. Filho de Zeus. Vinte e nove anos. Campista Veterano. Instrutor de Simulação. Quer o resto da ficha, caçadora? Ou vai me explicar porque parece que viu um fantasma? ◢ O treino do lado de fora quando tinha sol ainda mantinha um bronzeado no semideus, um que ele não perdia nem quando o céu foi cerrado pelo humor do pai. “ 🗲 ━━ ◤ Ou como se eu fosse o modelo mais novo de arco-e-flecha. ◢
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"Entendo bem," Xan falou. "Eu já estive trancada numa torre uma vez, e não posso dizer que isso aqui seja muito diferente... Embora a falta das missas seja uma feliz mudança." Riu, pensando em todos aqueles séculos atrás, crescendo no convento. Xan riu com a empolgação da irmã e amarrou as próprias botas de couro que provavelmente eram tão velhas quanto ela própria. "Obediência..." ela considerou. "Bom. Creio que seja uma parte implícita do nosso juramento..." Ela considerou enquanto se levantava para que seguissem em direção aos estábulos. Sua cabeça estava cheia de pensamentos que insistiam em aparecer sem convite. Sobre a caçada. Sobre a obediência e a imortalidade. "Você cavalgava muito na inglaterra tudoriana, eu imagino. Fico triste que tenham sido substituidos pelas máquinas."
Quase se sentiu mal por distrair Xanthippe de seu trabalho, mas não pôde evitar ter ficado feliz quando a mais nova aceitou sua oferta. "Sinto falta sim de poder caçar. Não só disso, mas de poder agir, sabe? Sei que vim da nobreza, mas não gosto de ficar como uma princesinha na torre esperando os outros resolverem problemas por mim. Estou aqui por obediência, não por prazer", suspirou, mas já foi amarrando os coturnos assim que Xan sugeriu irem checar os cavalos. Era fato que, depois de tantos séculos fazendo parte da Caçada, ficar longe de animais era algo que a fazia se sentir estranha. "Acho uma ótima ideia. Faz bastante tempo que não faço algo assim."
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Xanthippe escutou o zumbido familiar e delicado da flecha escapando de seus dedos, e a sensação singular quando ela encontrou o exato centro do alvo. Embora sua arma fosse a lança, o arco era como um velho amigo. Confiável, estável, até divertido. Ela olhou para o semideus ao seu lado e se divertiu com o comentário dele. "Obrigada, criança. Eu diria que é talento, mas tive alguns séculos de prática." A caçadora preparou outra flecha. "Você também não foi... nada mal. Essa é sua arma favorita?"
with: open starter
O filho de Perséfone estava no campo de tiro ao alvo, entretendo-se com aquela atividade. Dylan pegou mais uma flecha, encaixou a peça no arco e depois de mirar por breves segundos lançou. Um sorriso de satisfação abriu no rosto de Haites, tinha acertado em cheio no alvo. Ele estava se preparando para atirar outra flecha, mas sua atenção se voltou para o outro semideus que também estava praticando no local. “Até que não foi nada mal”, disse de forma analítica.
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Xan quase reprimiu uma careta, meneando com a cabeça. "Bom, eu não sei bem se eu aguento." Suspirou. Oitenta anos que flertava com a ideia de deixar a caçada, oitenta anos que tentava fazê-lo. As intermináveis missões de Lady Ártemis, o conflito interno por deixar a única vida que conhecia. "Imagino que sim," Xanthippe falou. "Seja pela nostalgia ou por outra coisa..." A caçadora riu junto com Elle, tendo que admitir que o episódio do semideus como porquinho da índia fora, sim, hilário. "Devo dizer que eles não são assim tão ruins como roedores. Entendo vocês," riu. Então Xan assentiu para o sentimento que a filha de Circe agora expressava. "Quando se vive tanto tempo quanto eu, as coisas parecem sempre prestes a explodir." Ela disse, calmamente. "Às vezes elas explodem mesmo. Às vezes não. Às vezes nós podemos atrasá-la, ou pará-la, mas... O sentimento nunca passa completamente." Viver com uma nuvem constante sobre sua cabeça, sempre. "Só podemos viver um dia de cada vez. Acredite."
Faz uma careta de imediato "Eu literalmente preferiria morte instantânea a imortalidade, não sei como aguenta..." solta de forma tão sincera que tem que conter um sorriso, concordando com a cabeça ao elogiar o lugar em que foi criada "Foi um ótimo lugar para morar apesar das circunstâncias..." tanto que chegava a sentir saudades vez ou outra, do local, da segurança, das irmãs e tudo que tivesse entrelaçado a boas memórias. Quase não conseguiu conter o ataque de risos que viria com a notícia "Eu tenho que admitir que acho hilário quando isso acontece..." desvia o olhar, ainda risonha ao ouvir a pergunta e parar por alguns segundos pensativa "Como se estivéssemos perto de uma bomba cada segundo mais perto de explodir, sinceramente..." a risada um tanto histérica vem em seguida, balançando a cabeça "e não há o que eu possa fazer pra ao menos atrasar a explosão, só observar e esperar."
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Xanthippe calmamente polia as pontas das flechas das demais caçadoras, cuidadosa e meticulosamente. Gostava do trabalho; fazia-o com frequência. Ser Caçadora significava viver em comunhão. Compartilhar, ajudar o grupo. Na cama ao lado, via a irmã inquieta e riu. "Está entediada? A imortalidade parece agora tão mais pesada quando não está... caçando grandes monstros pelo mundo?" Perguntou, colocando de lado os materiais que polia. Calista era das poucas pessoas no mundo mais velhas que ela própria, e sentia que podiam conversar sobre qualquer coisa. Muito raramente Xan se sentia assim com outras pessoas. "Podemos andar. O que acha de irmos ver os cavalos? Talvez algum esteja livre para darmos uma volta."
✦ ・ closed starter with @x-anthippe
O chalé 8 era reconfortante. Seu brilho levemente prateado lembrava as noites de luar que percorrera florestas e vales com suas irmãs, em eternas aventuras. Sentia falta da liberdade de poder ir para onde quisesse, é claro, apesar de entender a necessidade de ficarem ali dentro em proteção. Apesar disso, era inevitável negar que estava entediada. Por mais que houvessem várias atividades a serem exploradas no Acampamento, elas não eram infinitas e, àquele ponto, ela já havia experimentado um pouco de tudo. Era por causa disso que, naquele momento, estava estirada em sua cama, olhando para o teto, pensativa. Incapaz de continuar para por muito mais tempo, se sentou na cama e olhou na direção de Xanthippe. "Xan, o que você acha de darmos uma volta pelo Acampamento? Talvez colhermos alguns morangos frescos para comer, ou tomar um banho de mar? Ou qualquer coisa que prefira, eu só não aguento mais ficar aqui."
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Xanthippe achara a invenção dos kindles genial. Quando as caçadoras-primas, Amazonas, presentearam-na com um dos misteriosos aparelhos que eram como uma biblioteca infinita, ficara imensamente feliz. Ler nas caçadas era sempre uma logística muito difícil. Embora não concordasse com os meios misândricos das meninas, tinha que admitir que o serviço delas era excelente. Estava sentada no sofá, lendo mais um capítulo de um livro embaraçoso demais para ela admitir que estava lendo, quando viu Izzy se encaminhar até ela. Rapidamente, desligou a tela e sorriu. "Tantas coisas, não é? Soube que foi atrás do monstro." Falou. Xan ficara com as crianças. "Bom, eu tive sorte que liberar as caçadoras da ilha não me trouxe tantos machucados. Fui na enfermaria somente depois de chegar. De resto... sem muitas eventualidades." A vida de um semideus podia ser entediante quando não estavam lutando pelas próprias vidas. "Como foi sua missão?"
CHALÉ DE ÁRTEMIS
com @x-anthippe
Desde que reencontrou Keith, muita coisa vinha acontecendo. Primeiro o desejo de ir embora e preferir a morte do que enfrentá-lo novamente. Depois, os sentimentos antigos voltando a atingir o seu coração, especialmente com o que vinha acontecendo ultimamente, a visita à enfermaria... Não fazia o tipo romântica ou emocionada, mas era inevitável pensar em como as coisas entre os dois poderiam se acertar. Se não fosse o grande impedimento que era o juramento que fez à Ártemis. Apesar da proximidade com a deusa, não se sentia confortável para desabafar sobre o assunto - se é que se sentiria com qualquer um. No entanto, talvez houvesse alguém que pudesse ajudá-la. Já havia escutado comentários entre as caçadoras, partes de conversas privadas, informações o suficiente para levantar a dúvida. Deveria comer pelas beiradas, ser sutil, mas não era boa nisso. Estava disposta a tentar. Abriu a porta do chalé de Ártemis, aproveitando que estava vazio e sorriu para Xanthippe, enquanto caminhava até ela. — Com toda essa loucura acontecendo, mal tenho te visto. — Começou, sentando-se na cama de frente a dela. Isabella vinha se isolando em lugares desertos, tarde da noite, treinando na arena a maior parte do tempo. — Eu ainda estou tentando me recuperar da missão. O que tem feito? — Parecia papo furado, e Isabella não era disso. Poderia soar suspeito, mas ela precisava começar de algum lugar.
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Xan assentiu, balançando a cabeça. "De tudo um pouco acho. Bom, acho que não. Quanto mais eu vivo, mais eu descubro coisas para ver." E nenhuma delas para aproveitar... A caçadora pensou, com certo desgosto. Então sorriu para a pulseira da menina. "Essa é Varatha," ela falou, apontando para o próprio bracelete em formato de serpente. "Minha lança. Meu pai me deu, embora eu goste de pensar que ela me encontrou. Ou que nos encontramos." A lança evocava um sentimento de familiaridade tão profundo na caçadora, que não poderia se imaginar na eternidade sem ela. Pertenceram uma a outra no momento em que se tocaram. "Tem alguma história interessante por trás dela?"
☠ ♱₊ ͡꒱ flashback
➳ Eu entendo a sua frustração e acho que todo mundo aqui compartilha dela. Afinal, somos todos semideuses e não teve uma única alma que percebesse o que estava prestes a acontecer. Nem as outras Caçadoras, e aposto que tem algumas ainda mais experientes que você por aqui — comentou de forma simples. Aquilo era bem verdade, de todos os lugares do mundo, o Acampamento era aquele que devia estar preparado para esse tipo de situação, principalmente com todos os acontecimentos que a precederam. E ali estavam eles, de qualquer forma. ➳ Uau. E eu achando que vivi muito com 28. Você já deve ter visto de tudo, hein? — comentou, com um quê de curiosidade. Já que estavam presas com as crianças, pelo menos poderiam conversar um pouco para passar o tempo. Percebeu o olhar da Caçadora em sua pulseira e abriu um sorriso discreto. ➳ Vengeance Reaper. É a minha espada. Ela é muito grande e, se ele acabasse por abri-la, com certeza teríamos alguém bem machucado.
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Clarice Lispector, from "Miss Algrave" in Soulstorm: Stories
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Xan estava praticamente envergonhada da própria reação. Era tão atípico dela se surpreender, ou ter reações tão... exacerbadas. Mas não conseguia acreditar que Christopher estivesse em pé, bem ali. Talvez a fenda estivesse operando alguma magia profunda do Hades, talvez fosse mesmo o espírito dele rondando pelo acampamento. Mas conforme ele se aproximava, as mãos erguidas em rendição, percebeu que não poderia ser ele. Christopher morrera oitenta anos atrás, era um herói no Elísio. Talvez renascido. Além do mais, era apenas a ligeira semelhança que a pegara de surpresa; ela ainda se lembrava de cada detalhe do rosto do semideus. Ele não era Chris. Com o coração martelando nas orelhas, a língua quase dormente, ela piscou. Dezesseis anos aqui. Ela não conhecia todos os semideuses, então é claro que ele seria um. É claro que ele não é uma alma. "Homens já foram transformados em esquilos ao se dirigir a uma caçadora no escuro da noite por muito menos. Qual é o seu nome?"
Raynar não aguentava ficar mais um segundo dentro do próprio chalé. Cada parte dele tão absurdamente estéril e rígida que a mente travou de tamanha revolta. Deveria ter escutado os conselhos da Filha de Eros. De transformar aquele lugar em casa, mesmo que não fosse. Ou de deixá-lo tão longe do Rei dos Céus que papai sentiria a afronta de longe. Agora não adiantava mais. Não quando insistia em fazer tudo quando era preferia dar o corpo o tempo de recuperar da mordida da cobra de duas cabeças. Apertando o curativo e andando lentamente, o ambiente aberto o abraçou com conforto. As roupas leves em nada prejudicando o Hornsby no passeio espontâneo. Ele ama o frio. Criado na Neve dos Alpes, a temperatura era mais do que bem-vinda. “ 🗲 ━━ ◤ Dezesseis anos aqui e nunca me fizeram essa pergunta. Estou chocado. ◢ Sinceridade absoluta com um toque irônico. Raynar estancou ainda na linha das árvores, as mãos permanecendo livres. Um adepto de lança sabia lidar com uma sem precisar sacar a sua. Deu um passo adiante, saindo das sombras e tombando a cabeça. O rosto da caçadora de Ártemis não é desconhecido, apesar de não conseguir associar a um nome. Seria ela a de nome difícil? “ 🗲 ━━ ◤ Até onde me cabe, esse acampamento é tão meu quanto seu. E somos semideuses. ◢
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