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#swf:task02
mayafitzg · 2 months
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 — 𝐼𝑓 𝐼 𝑠ℎ𝑜𝑤 𝑖𝑡 𝑡𝑜 𝑦𝑜𝑢 𝑛𝑜𝑤. 𝒲𝑖𝑙𝑙 𝑖𝑡 𝑚𝑎𝑘𝑒 𝑦𝑜𝑢 𝑟𝑢𝑛 𝑎𝑤𝑎𝑦?
𝑡𝑎𝑠𝑘 02: MISSÕES _ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘! @silencehq
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Caverna dos deuses:
As mãos tremulas, seguravam a caneta e a folha de louro. Maya não queria revisitar aquela lembrança, nenhum deles devia querer. Mesmo assim, tomando um pouco de folego, escreveu suas palavras: dor, raiva, tristeza e solidão. A caligrafia falhava, mas estava bom o suficiente para ler. Soltou a caneta e pegou o isqueiro, tomando segundos para refletir se aquele era realmente o caminho. Uma vez em sua cabeça a dizia para correr na outra direção. Maya suspirou, junto ao ar veio o fogo, alastrando-se da ponta da folha em diante. E tudo ficou escuro.
— Vamos Martínez! Corra! — a voz de outrem projetou-se no silêncio, o vulto passando rápido como o vento, invisível e cortante. O toque gélido no ombro de Maya, causando arrepios que se espalharam pela coluna da semideusa. Ela buscava por ar, arfando com força. Os olhos arregalados, enquanto as mãos tateavam pela katana em desespero. Tudo aconteceu tão rápido, segundos que pareceram horas e mais horas, o momento em que o corpo foi envolvido pela calda do basilisco. As mãos arrastando-se sobre a pele escamosa, na tentativa de empurrá-lo para longe. Quando mais lutava, mais caia em seu aperto. Não tinha mais ar em seus pulmões, os olhos fechados num aperto e a expressão torcida em dor, antes que conseguisse abri-los num incandescente vermelho. Seu foco era provocar medo na criatura. O resultado, no entanto, foi muito distante do que desejava.
Aviso: o conteúdo protegido por read more aborda, de forma sútil, desvio de personalidade paranoide e sua leitura é desestimulada em casos de desconforto.
Desvio de personalidade Paranoide: caracterizado pelo aparecimento de uma excessiva desconfiança. Dessa maneira, nele, o indivíduo possui a crença de que qualquer pessoa que se aproximar poderá tentar prejudicá-lo, o que como consequência leva a um comportamento excessivo de defensiva. Pessoas com essa condição estão sempre prontas para rebater um ataque, mesmo quando ele não existe.
ANTES:
Seus olhos jamais encontraram o basilisco, seu corpo já não estava mais rendido ao aperto da criatura que tinha dissolvido em purpurina. Seus amigos tinham conseguido, dado um jeito de eliminá-lo enquanto Maya servia de entretenimento para o monstro. Talvez ele não fosse o único monstro naquela caverna lamacenta. Ao abrir dos olhos, as íris vermelhas fixaram-se no primeiro semideus que veio ao seu encontro. — Maya! Maya! Você está... — a voz falhou, perdendo sua força no instante em que os olhares se cruzaram. O outro caiu de joelhos aos pés da semideus, atraindo a atenção do restante do grupo para aquele momento, eram quatro ao total. Assim que os outros dois viram o que acontecia, tentaram despertá-la, chamando por sua atenção, mas entrar em confronto não ajudaria de nada. Maya tinha perdido totalmente o controle.
É uma coisinha interessante o medo, o que pessoas assustadas conseguem fazer para simplesmente se livrarem daquela agonia. E aqui, não estamos falando do medo provocado pela semideusa, mas daquele sentido por ela. Um por um, os três caíram em agonia, o coro de suas vozes virando uma sinfonia que Maya ouvia tão distante, que nem parecia estarem no mesmo lugar. E não estavam. A Martínez tinha se perdido em algum ponto do inconsciente, um lugar escuro e apertado. Sentada no chão, ela abraçava as próprias pernas, com a cabeça repousada sobre os joelhos. Seus batimentos estavam acelerados, seu corpo quente, o ar ainda parecia rarefeito demais para adentrar aos pulmões como deveria. Seus soluços cortavam o silêncio, as lágrimas encharcando a calça, exatamente onde o rosto se apoiava
— Por favor, por favor, por favor. Eu não aguento mais, faça parar. — Murmurava como um mantra, de novo e de novo. As palavras sendo cortadas pelo choro, os suspiros e tomadas de folego. Balançava-se para frente e para trás, encolhendo-se cada vez mais no próprio aperto. Estava cansada realmente, daquela vida, de ter que sempre ser melhor, caso quisesse uma chance de sobreviver. Os gritos do lado de fora, começavam a invadir sua mente, agonizantes, suplicando para que ela parasse. E ela atendeu aquele que estava perto, o corpo movendo-se em vida própria, cortou a distancia entre ela e o semideus, ajoelhando-se diante dele. A destra foi a feição torcida do outro, o toque suave que era quase um carinho confortante, antecedeu o momento que ele mesmo, impulsionado pela vontade de findar o sofrimento, tirou a própria vida.
No inconsciente, no entanto, Maya seguia chorando.— eu não escolhi isso. Não escolhi essa merda de vida! — esbravejou contra os joelhos, usando todo ar que tinha em seus pulmões. Ficou tremula depois do esforço, o soluçar se fazendo mais forte e mais alto. Foi a brecha que os dois restantes precisavam para desviarem do poder, um deles ergueu o escudo na direção da filha de Anteros, trazendo-a seu reflexo. A imagem atraiu sua atenção, como um animal curioso a ver seu reflexo pela primeira vez, a Martínez se aproximou. A cabeça pendendo para o lado, era curiosidade latente, algo que durou minutos e o caos foi levado para dentro. O que era um lugar escuro, onde Maya se abraçava, transformou-se no orfanato onde cresceu. Estava lá na dispensa, daquele mesmo jeito, abraçada aos joelhos quando sentiu a claridade entrar e seus soluços encerraram. Do lado de fora, vozes, conversas sobre o quanto ela era problemática, que deveria ter algo errado, ninguém queria aquela garota. Era melhor que não tivesse chegado lá viva. Era desolador. O peito parecia rasgar de novo e de novo, enquanto revivia tudo aquilo que um dia foi sua dor na infância. Minutos, o tempo levado pelo outros semideus para cobrir-lhe os olhos e tirá-la do próprio tormento.
AGORA:
Respirava fundo, aspirando o queimar da folha de louro. Tudo se mantinha igual, ou próximo disso. Maya e os colegas lutavam contra o basilisco. — Vamos Martínez! Corra! — ela ouviu outra vez, reconhecendo a figura do filho de Afrodite parado diante dela. Assentiu, colocando-se de pé e correndo junto a ele. Não se preocupou com a katana naquele momento, ela voltaria para seu pescoço depois. Numa jogada elaborada tentavam distrair o basilisco e dar uma vantagem para que o filho de Apolo agisse. Maya ainda teve o corpo envolvido pela calda da criatura, seus pulmões pareciam comprimir a cada aperto que lhe dava, mas ela resistia, tentando livrar-se daquele aperto, agitava as pernas e forçava as mãos contra a pele escamosa. Tudo isso enquanto mantinha o folego estável - dentro do possível. Quando o monstro focou em devorá-la, veio a oportunidade.
O hálito da criatura era de algo além de podre, um fato que a Martínez jamais esqueceria. Seu rosto virou para o lado oposto ao que os dentes da serpente se aproximaram. Seria seu fim, ela já tinha aceitado, até que num piscar de olhos o corpo despencou, caindo de uma altura de três metros talvez, sobre uma poça de lama. O basilisco tinha virado purpurina, ela tentava retomar o folego quando os colegas correram ao seu encontro. — Ei, Maya! Você está bem? — As palavras do filho de Afrodite soando preocupadas e melodiosas ao mesmo tempo. Ela ergueu sua cabeça na direção dele, o rosto cansado, sujo de lama, sangue e suor. — Nunca estive melhor!
Seus olhos se abriram finalmente, ao final do queimar da folha de louro. Nas mãos, apertava a conta com tanta força que sua nova marca ficou talhada na palma por alguns dias. O serpentear da calda do basilisco envolvia a conta, como uma lembrança que ela carregaria para sempre.
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silencehq · 6 months
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TASK #2: MISSÕES
As missões desempenham um papel fundamental no andamento da ordem e da manutenção entre a relação dos deuses para com os semideuses. Com as elas é possível cultivar o equilíbrio do mundo mortal e a vivência dos semideuses, são situações vitais para a proteção das duas realidades. É o modo dos deuses mostrarem para os filhos que eles são necessários, que são importantes e que a coragem deles é valiosa para o Olimpo.
É ativo em uma missão que o semideus conseguirá provar sua coragem, sua lealdade e suas habilidades. O jeito mais fácil de conseguir atrair a atenção de um deus para receber uma benção, por exemplo, é através disso: do esforço e dos riscos. Enfrentar desafios perigosos, superar obstáculos que parecem impossíveis, lutar contra monstros e atingir objetivos impostos para aquela atividade mostra a competência dos semideuses; Imprevistos acontecem, claro, às vezes as missões não são concluídas e voltar vivo já é uma vitória.
Para a defesa do acampamento é sempre bom ter semideuses empenhados nessas atividades, afinal, é adquirindo experiência nessas aventuras externas que os campistas conseguem proteger o lar em que vivem. Cada missão bem-sucedida contribui para a segurança e estabilidade do local sagrado, garantindo que seja um refúgio seguro para os semideuses em meio ao caos do mundo que conhecem.
Já para os deuses, as missões são uma maneira de influenciar diretamente no destino dos semideuses e, por extensão, o curso dos eventos no mundo mortal. Nenhuma designação de tarefas é por acaso, sempre são específicas para um propósito maior.
Na vida de um semideus, é sem dúvida uma parte importante. Muitos esperam anos pela glória de sair em missão, mais ainda em liderar uma dessas. Mas quando o momento chega… é uma experiência única.
E a atividade da vez envolve justamente isso. Cada semideus do acampamento recebeu um kit incomum: um pequeno caderno com capa laranja, uma caneta de tinta preta, uma folha de louro, um isqueiro e uma conta de argila sem pintura. A instrução de Quíron era simples:
PASSO 1: Procure um lugar calmo onde você não vá ser incomodado e escreva no papel os sentimentos mais frequentes que lhe atingiram quando você foi no que considera a missão mais importante de sua vida.
PASSO 2: Acenda o isqueiro e queimei a folha de louro.
Você será transportado de volta para a missão, mais especificamente para o momento mais importante de seu papel nisso. Não existirá amigos para que se preocupe, é apenas você e seu momento. Você sentirá os mesmos sentimentos que colocou no papel e terá a chance de pensar em algo que gostaria de ter mudado nessa situação. As probabilidades aparecerão e você será capaz de ver o que aconteceria se mudasse um ato, uma palavra ou uma escolha específica. Mas atenção, essa mudança ocorrerá apenas em sua mente no momento do transe, ao fim da queima da folha de louro, tudo voltará ao normal como realmente aconteceu.
Quando abrir os olhos, a conta de argila agora terá um desenho, algo que remete a sua missão importante. Toda conta será única, exclusiva. Será a única conta que cada um de vocês conseguirão ter diferente dos colegas.
Para os semideuses que acabaram de voltar de missão, pensem naquela que vocês recém realizaram. Os sentimentos mais frescos tornarão a experiência ainda mais vívida.
OOC
Bom pessoal, como prometido, aqui estamos com a task para quem não está em missão no momento, mas não apenas para esses, já que quem está em missão também vai ter a chance de realizar e conseguir um segundo prêmio APÓS a conclusão da futura missão que receberá nos próximos dias.
A task vale o mesmo prêmio que as missões: um dos itens do arsenal.
O prazo para conclusão da task é de 3 semanas, iniciando no dia 09/04 até o dia 30/04. Com excessão para aqueles que estiverem nas missões dessa leva, que terão tempo após o final da missão para fazer, não precisam se apressar e responder os dois ao mesmo tempo.
Caso seu personagem resgate um prêmio com a missão, ele ainda poderá resgatar outro com a task, totalizando dois por personagem, caso cumpra ambas as dinâmicas. Ou só uma se tiver participado apenas de uma delas.
Caso o primeiro prêmio resgatado tenha sido uma arma, o segundo precisa ser obrigatoriamente um artefato. Ou vice versa.
E se seu personagem não participou da primeira leva das missões e não vai participar da segunda leva, você também pode fazer! Basta pensar em uma missão antigo que elu participou, alguma que tenha sido importante para elu.
A task pode ser feita em forma de POV, Headcanons ou uma interação com alguém com quem seu personagem compartilhou a missão, por exemplo. A forma mais indicada seria um POV, mas a escolha é de vocês!
Marquem a central para que possamos acompanhar e usem hashtag #swf:task02. Boa sorte!
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ethyella · 1 month
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Ꮺ⠀⠀⠀TASK #02⠀⠀⠀:⠀⠀⠀missões⠀⠀⠀!
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⸻⠀⠀⠀but i've seen this episode and still love the show.
evangeline estava sentada em sua cama, com as pernas cruzadas em posição de borboleta e o caderno em suas mãos. as instruções eram simples, precisava apenas focar tudo que tinha naquele momento e o único lugar que considerava calmo o suficiente era seu próprio chalé. para a jovem, a tarefa era árdua, pelo simples fato de não saber identificar os sentimentos daquela missão. podia ser considerada extrovertida, despreocupada, quase nunca demonstrava o que de fato sentia. e se nem ela mesma sabia reconhecer seus sentimentos, como poderia transferi-los para um papel? e o pior, como fazer aquilo sem abrir feridas que deveriam ficar fechadas, soterradas o mais fundo possível? o local estava tão silencioso que o barulho da brisa atravessando entre as frestas da janela podia ser ouvido, se prestasse atenção o suficiente. encarou a página em branco, brincando com a caneta dentro os dedos, incerta de como iniciar. divagou até a missão que considerava mais importante, aquela que mais guardava medos. respirou fundo, aproximando a ponta da caneta do papel. com cautela, escreveu tudo que sentia enquanto as cenas vinham em sua cabeça: pânico, angustia, incerteza.
** a leitura a seguir menciona temas como sangue, dilaceração de pele e músculo, morte, cabeça perfurada, desmembramento. caso seja sensível à qualquer um dos tópicos, a leitura é desencorajada e, até mesmo, não indicada.
fort bragg, califórnia. junho, 2017.
tirou os fios de cabelo da frente do rosto ao fazer um rabo de cavalo no cabelo. era uma tarefa simples, ponderou. precisavam apenas explorar as ruínas e trazer o que achassem relevante ser estudado, nada mais. fort bragg era uma cidade pequena, sem muitos registros, mas haviam informado que precisavam de novas avaliações e eva se ofereceu, sem pensar muito. ela tinha uma profecia que a mandava para o oeste, afinal, e seu pai era o deus do vento oeste. o que podia dar de errado?
o clima na cidade pequena era agradável e, apesar de ser um mês seco, estava chovendo naquele dia, sem a presença do sol. o vento transpassava a vestimenta e lhe agarrava a pele, mas evangeline mantinha-se focada em seu objetivo. com a lanterna em mãos, estava em uma pequena ruína, perto da praia, onde poucos se aventuravam a explorar. era necessário quarenta minutos de subida íngreme, passar por um descampado e descer uma escada velha - tudo tranquilo até então para uma dupla de semideuses.
assim que entrou nas ruínas, um arrepio percorreu toda a espinha, a fazendo estremecer. o silêncio era ensurdecedor, apenas com os passos deles ecoando no local. segurou a pulseira do pulso esquerdo com força. era apenas um balançar. com passos firmes, avançou na frente, enquanto o outro semideus ficou na retaguarda. não sabia explicar, mas seu sentido de semideus dizia que havia algo de errado. estava em alerta por conta daquilo. podia ser pela atmosfera que estava pesada, como se o ar no local fosse denso e difícil de respirar, com a poeira subindo conforme avançava. o som das gotículas de chuva batendo no mármore trazia um aspecto ainda mais assustador. cada passo era uma dose da sorte que gastavam, pois sequer sabia o que tinha embaixo daquilo.
evangeline, por ser mais rápida, ia na frente com a lança aposta e logo atrás, seguindo-a, vinha kimberly, uma filha de hebe, alguns anos mais velha. quando estavam no centro das ruínas, um barulho na extremidade a nordeste delas chamou a atenção, fazendo com que eva pusesse a ponta da lança mais a frente. ouviu-se um sibilar que fez a filha de zéfiro congelar. viu-se a silhueta de uma cauda de cobra, porém o corpo... era humano. uma lâmia. era grande, ágil e os olhos pareciam que iriam devorá-las. sem pensar muito, kimberly partiu para cima do monstro, usando seu poder de teletransporte e velocidade acima do normal para desferir alguns golpes na criatura, que parecia estar sofrendo. enquanto isso, eva permaneceu estática.
ao que parecia, o combate não duraria mais muito tempo, já que kimberly, com maestria, parecia ter tudo sobre controle. talvez a criatura não estivesse pronta para alguém tão novo e tão experiente. a lâmia não fazia mais esforço para se defender dos golpes ágeis da semideusa. uma dor aguda sua perna fez evangeline gritar e cair de joelhos. algo havia perfurado sua perna, fundo, passando pelo músculo e chego no osso. havia outra lâmia, mas essa, mais velha e com uma expressão de ainda mais ódio nos olhos.
a dor era tamanha, que mal conseguia mais embainhar a lança para se defender. kimberly, do outro lado, não tinha como a ajudar sem antes finalizar seu combate. sentia o sangue escorrendo para fora de seu corpo e nada podia fazer. o ataque a pegou de surpresa, mas ainda fazia força para levantar, a dor excruciante tomando conta do seu ser. sabia que precisava levantar, e assim o fizera, após soltar um berro de dor, atraindo a atenção da segunda lâmia.
a criatura tentou novamente acertar eva, dessa vez com a ponta da cauda, que desviou, se abaixando. a dor era tamanha, que agia por instinto de sobrevivência. virou a lança, batendo no peito da lâmia com a base da lança, a jogando em um canto das ruínas, rugindo de dor. a perna ainda sangrava, formando agora uma pequena poça no chão. se continuasse perdendo sangue daquele jeito, logo não conseguiria andar e quem dirá batalhar. sabia que precisava continuar, ao menos até que kimberly finalizasse com a lâmia maior.
enquanto a semideusa analisava as possibilidades, a lâmia se levantou e avançou em sua direção, mas eva fora mais rápida. virou a ponta da lança contra ela, e em um movimento rápido, cravou a lâmina no meio da cabeça da criatura. tudo fora rápido demais. a força do impacto contra o crânio da lâmia arremessou evangeline para longe, a obrigando a fazer força com a perna machucada para impedir que caísse sentada. a lâmia soltou um urro, uma mistura de dor agonizante por conta do metal com raiva pelo ferimento. sua arma presa no meio da cabeça da criatura a queimava. demorou mais um tempo enquanto a criatura se contorcia, lentamente ficando mais fraca, até cair no chão.
evangeline precisava ignorar a dor em sua perna. respirou fundo, ainda vendo kimberly lutando com a primeira lâmia, que parecia aguentar os golpes desferidos contra, usando todos os truques que podia com a sua cauda. ao voltar sua atenção para o ferimento, rasou a manga da camisa e usou para fazer um torniquete improvisado em sua perna. ainda não havia terminando a missão e estavam longe de encontrar o objeto. estava terminando o nó quando som medonho do metal rasgando a carne atravessou seus ouvidos.
aterrorizada pela crueldade presente nos olhos de kimberly, evangeline não deu um passo sequer enquanto ela finalizava o desmembramento, apenas observava e uma sensação de alívio a invadiu. brevemente, pois um estrondo chamou sua atenção. a colega de missão havia pisado em alguma coisa, que ativou algumas armadilhas ocultas. os pilares, antes de beleza intocada, davam espaço em seu meio para um sistema de gatilhos armados com flechas. ela não queria saber do que eram, por isso, tentou correr ao máximo para onde haviam entrado, arrastando a perna feria junto.
de costas, pode ouvir um guincho de dor vindo atrás de si. kimberly havia sido atingida pelas flechas. a vontade de virar contrastava com o instinto de manter-se a salvo. ao chegar na ponta, virou-se, apenas para flagrar a imagem de kimberly e seus olhos arregalados de dor. quis gritar, mas a dor excruciante em sua perna a mantinha presa, tamanho esforço que a adrenalina havia feito para tirá-la do raio de ataque, agora cobrava o preço de não poder salvar a companheira, que estava morrendo diante de seus olhos. com o suspiro final, seu corpo despencou lentamente, atingindo o chão com um estrondo.
a visão alterou conforme a sua vontade. agora via ela deitada no lugar de kimberly, depois de ter ido enfrentar a primeira criatura, assim, teria salvo a companheira. nunca desejara que ela morresse, ainda mais por algo que deveria ser fácil. era como se estivesse assistindo um episódio mais triste da temporada ser gravado em tempo real.
era atingida pela flecha no mesmo lugar onde havia sido ferida pela lâmia, caindo de joelhos. kimberly lutou para tentar chegar até ela, mas a salva de flechas não a permitiu. o cheiro metálico do sangue permeava o ar, trazendo um ar melancólico na despedida delas. por mais que estivesse ferida, não sentia dor alguma.
quando a folha de louro terminou de queimar, evangeline estava com os olhos inchados e o rosto molhado, tomado pelas lágrimas que escorriam livremente. por mais que tivesse desejado que fosse diferente, sabia que nada mudaria o que já havia acontecido. era tomada por uma culpa cada vez que revisitava as memórias. juntou as cinzas que restaram, colocando-as sobre o pergaminho que havia escrito e enrolou tudo, colocando a conta agora em seu colar.
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@silencehq @hefestotv
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siennazhou · 29 days
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☤ ༄.° TASK 02. ━━━ MISSÕES
( point of view.) Life revision, indecision, world collision, and heads will roll, with nothing left except the pain to show
"Procure um lugar calmo onde você não vá ser incomodada e escreva no papel os sentimentos mais frequentes que lhe atingiram quando você foi no que considera a missão mais importante de sua vida. Acenda o isqueiro e queime a folha de louro."
mencionados: @athclar
Sienna recebeu seu kit muito à contra gosto. Preferiria mil vezes estar lá fora, fazendo algo de verdade para ajudar, que uma simples atividade. Mas ordens eram ordens, mesmo que ela não fosse lá a campista mais obediente da história da Colina Meio-Sangue (e as barreiras mágicas a impediam de sair, barrando até mesmo seu teleporte, então, no fim, ela não tinha opção).
Sua insatisfação, porém (bem como a de muitos outros campistas), com certeza não passou despercebida por Quíron. Nos dez anos em que ela estava lá, o centauro conheceu a fundo suas tendências e preferências, e sabia que sua inclinação e apreço por problemas e brincadeiras vinham de seu desgosto por ficar sem fazer nada. Haviam momentos em que sequer os treinamentos e atividades do acampamento eram o suficiente para mantê-la quieta e satisfeita, portanto, não poder estar em ação, especialmente no momento em que viviam, lhe era extremamente frustrante e uma simples atividade como aquela soava realmente estúpida à luz dos acontecimentos recentes.
"Mas ainda é melhor que não fazer nada." O centauro respondeu, com um sorriso esperto em seu rosto. Ele sabia que a tinha convencido. Ela podia ser filha do deus da comunicação, mas ele tinha séculos de experiência lidando com semideuses teimosos e resmungões. Aquela fora uma batalha perdida desde o início. Com um suspiro e os lábios torcidos, ela pegou seu kit e desapareceu diante dos olhos do mentor. Já tinha um local em mente.
A caverna dos deuses era, para todos os efeitos, um refúgio; secreto o suficiente para que ninguém a visse e, portanto, com pouquíssimas chances de ser interrompida. Iria servir.
Em silêncio - até por que não havia mais ninguém ali para ouvi-la - Sienna começou a escrever. Sabia todas as emoções que permeavam os eventos daquela missão específica - a missão mais importante de sua vida -, afinal, revivia-os constantemente, atormentada por sua culpa.
Desalento. Preocupação. Inquietude. Angústia. Culpa. Raiva. Pesar. Luto.
Com um suspiro, ela baixou a caneta, incerta sobre a próxima palavra.
Alívio.
Parecia errado, sentir aquilo após o trágico final da missão. Era errado, tinha de ser, mas ela não conseguia evitar. Aliviava-se na sobrevivência dos semideuses que resgataram, na sobrevivência de Mark e na sua própria. Mas a culpa pesava em seu coração pela morte de Thomas, que sacrificara-se para que todos pudessem fugir.
"Vamos logo com isso." Repreendeu a si mesma, sua voz ecoando no vazio da caverna enquanto ocupava suas mãos com o isqueiro e a folha de louro começava a queimar.
Não achou que aconteceria tão rápido. Como um puxão em sua consciência, Sienna sentiu o ar lhe faltar, muito similar às primeiras vezes em que tentou usar seu teleporte e, quando tornou a se concentrar, estava novamente na caverna de Echidna.
O cheiro de podridão a atinge com força e ela se vê cobrindo o nariz enquanto assiste a si mesma, Marchosias, Thomas e, logo atrás deles, dois dos três semideuses a serem resgatados, adentram a caverna com passos cuidadosos. Sua oferta de tirar o garoto das garras - ou melhor, cauda - de Echidna usando seu teletransporte é rapidamente descartada, o que a faz franzir a testa, desgostosa. Mas ela sabe que aquele não é o momento para ser impulsiva e, por isso, só lhe resta se resignar a resmungar e acatar as ordens alheias. Os momentos que se seguem são aqueles cujas lembranças são como um borrão em sua mente. Suas memórias de ansiedade e preocupação, de usar seu teletransporte para libertar o semideus de Echidna e então uma enxurrada de sentimentos conflitantes ao retornar para ajudar seus colegas, são trazidos de volta com nitidez dolorosa, já que estar presente na lembrança, senti-la tão vividamente, fazem-na sentir mais uma vez o aperto em seu coração durante aquela missão; a pressão e o peso que as vidas em suas mãos, de Marchosias e Thomas, traziam ao momento. Ela assiste a si mesma se preparar para o momento em que Mark acerta uma de suas flechas na cauda do monstro, teleportando-se em questão de segundos e tendo sucesso na tarefa de tirar o semideus e os demais resgatados do local. Ouviu a severidade em sua voz ao dizer-lhes que ficassem ali, escondidos e seguros do lado de fora, enquanto ela voltava a surgir dentro da caverna apenas para testemunhar o evento cuja culpa ela carregaria consigo. Sienna assiste a si mesma hesitar diante da ordem de Mark. Ela sente novamente os sentimentos conflitantes. Deveria desaparecer? Deveria obedecê-lo, pegar os mais novos e levá-los imediatamente ao acampamento? Deveria ficar e ajudá-los? Suas dúvidas são o que ela acredita ter sido o motivo pelo qual Thomas vê a necessidade de tomar a dianteira e encontra seu destino no golpe fatal de Echidna. No breve momento de lucidez que a iminência do ataque lhe concede, Sienna agarra Marchosias e tira ambos da caverna. Contudo, em sua visão da folha de louro, Sienna não hesita; não existem dúvidas em seus passos apressados, no agarrar dos dois rapazes e no teleportar aos dois para fora da caverna. Ela sente a exaustão começando a pesar seus músculos. Ela sente toda a dor e o esforço ao usar de seu teleporte novamente para levar a todos de volta à Colina Meio Sangue, mas todos estão vivos.
Tão logo a folha de louro terminou de ser consumida pelo fogo, Sienna foi trazida de volta à realidade, melancolia e culpa pesando em seu peito por saber que hesitar não é e nem nunca foi algo do seu feitio. Sua hesitação custou a vida de um amigo e, por isso, ela jurou para si mesma nunca mais repetir o feito. Não deixaria que mais ninguém se sacrificasse por ela. Não. Se houvesse um sacrifício, este seria o dela.
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@silencehq , @hefestotv
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helsonfire · 3 months
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task ii. missões
A verdade é que Helena sempre evitou pensar em sua primeira missão. Ainda que conseguisse controlar minimamente sobre o que fazer e com quem falar, era muito mais difícil controlar seus pensamentos e, especialmente, os sonhos que constantemente a faziam lembrar do que acontece quando se perde o controle.
Estava especialmente inquieta olhando para a folha em branco. Tentava se concentrar no barulho das ondas, mas nada parecia o suficiente para fazê-la escrever qualquer coisa: quase como se as palavras que seriam colocadas no papel fossem proibidas. Talvez porque para a filha de Hefesto elas realmente fossem.
(tw. menção de morte, fogo)
Tinha grandes expectativas quanto a minha primeira missão. Estava certa que depois dos primeiros anos isolada e um treinamento intensivo aquele seria o momento de realmente me sentir como parte ativa do acampamento e de provar que meus poderes podiam ser úteis fora das forjas, também seria uma formar de honrar meu pai, depois de anos de raiva em relação a ele. Hesitação não seria a melhor palavra, mas com certeza fez parte do momento em que sai junto com a equipe, mas a confiança foi aumentando a cada noite sem acidentes. Estava certa de que conseguiríamos conseguir cumprir a missão com êxito e que eu também cumpriria minha missão pessoal. Até a última noite. Yas e eu repassamos o plano várias vezes, eu tinha certeza de que depois daquela missão ela negaria qualquer outra comigo envolvida. Nessa altura, percebia que a confiança anterior era só uma ilusão para mascarar o medo constante. A ansiedade e o medo se tornaram intensos quando ouvimos os sons de monstros, na saída. Mas nada se comparou ao desespero que senti quando vi a Quimera. Me vi como uma criança apavorada com medo do monstro no armário, incapaz de se aproximar pra ver se ele era mesmo real.
O medo parecia tomar conta de mim, era como se alguém me dissesse de que aquele não era meu lugar. Era difícil saber o que exatamente trouxe as chamas, se eu e meus pensamentos ou a Quimera, mas a verdade é que quando elas nos rodearam o medo pareceu se transformar em urgência e depois em prazer, nunca tinha me sentido tão poderosa até aquele momento. Parecia que aquele era a minha última chance de acabar com aquilo, com todas as lembranças e imagens que me perturbavam desde pequena. Mas quando abri os olhos de novo a Quimera não estava mais ali, só Yas, o corpo do outro semideus e as cinzas. Nada mais. A missão foi considerada satisfatória, mas eu e Yas sabemos bem que não teve êxito nenhum. Tenho vergonha de ter me sentido forte em um momento como aquele e pelo resultado que isso teve, me odeio por isso, odeio precisar de um dispositivo para controlar minimamente. Foi apenas um lembrete de que o medo pode ser uma maldição, mas que nesse caso a confiança pode ser muito mais perigosa.
Soltou o ar com pressa, sem ter notado que o segurava a longos segundos. Mordeu os lábios com força, sentindo a pele delicada reclamar, mas lidar com aquela dor era melhor do que deixar que as lágrimas escorressem de seus olhos naquele momento. Ao reler as últimas palavras, a folha em suas mãos se dissiparam em cinzas rapidamente como a urgência que sentia de se livrar daquela sensação. Tentava lembrar das palavras de apoio que recebia, em especial dos irmãos. Ao olhar para os lados as folhas mais próximas de si também estavam chamuscadas, mas a tensão dos músculos começava a diminuir, conseguindo retomar a respiração aos poucos, mas precisaria de tempo para retornar as atividades.
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sophicgrace · 26 days
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━━━━━━━━━━━━ 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟐 :   missões, 
꒰ ♡ ꒱ as instruções de quíron eram diretas, mas, definitivamente, nada simples... a caverna dos deuses não tinha sido uma escolha pelo mero acaso, considerando o seu temor com o mundo aquático; a sua motivação era que nenhum outro lugar a lembraria tanto daquela maldita missão. se havia entendido bem o propósito de quíron com aquele exercício, sabia que precisava reviver a missão que quase a fez desistir da vida de semideusa. com sua caneta felpuda na cor de rosa, as palavras foram ganhando espaço naquele pequeno pedaço de papel: impotência, medo paralisante, decepção, vergonha. precisou respirar fundo, os olhos fechados, e só então acendeu o isqueiro, queimando a folha de louro. @silencehq @hefestotv
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2016, quatro anos após a sua chegada ao acampamento meio-sangue.
era para ser uma missão simples, eles deveriam buscar um cordão para sua mãe; não deveria acontecer grandes intercorrências. precisariam fazer uma travessia de barco, curta o suficiente para que seu medo da água não surgisse, e recuperar o item dentro de uma caverna. tinha sido tudo muito fácil, até terem o tal objeto em mãos, e talvez aquele tivesse sido o seu primeiro erro na missão. acreditar cegamente na facilidade, abafar o seu sexto, sétimo, oitavo sentido pela euforia da simplicidade. a vida de um semideus nunca era tão simples e fácil.
o tal amuleto pesava em seu bolso, embora fosse tão pequeno que sequer prestariam atenção nele se não soubessem o que procuravam naquela gruta; de vez em quando, ela o sentia como se tentasse queimar sua pele e o tecido de suas vestes, como se ter sido resgatado não fosse o seu desejo. a travessia, naquele retorno, não estava já tão suave como a ida. a clairmont sentia o pequeno barco tremular ao passo que tentava se convencer de que era culpa do peso dos três semideuses ou alguma mudança na direção do vento.
mesmo assim, o seu estômago estava embrulhado, tomado por uma náusea fruto da ansiedade que crescia enquanto não chegavam até o outro lado ━ pelo menos, era o que tinha deduzido quatro anos atrás. agora, sabia que aquele seu sentimento ruim a alertava dos perigos ainda desconhecidos. era a sua intuição abafada. o barco estava mesmo mais instável, mas em nada tinha a ver com o peso da embarcação ou com a súbita mudança dos ventos. eram as criaturas aquáticas que tiravam a estabilidade.
quando o barco quase virou com o movimento de uma das criaturas, o primeiro grito não foi seu. de súbito, ela se levantou, puxando seu bracelete e vendo-o se mudar em um chicote. sua visão periférica a deixava saber que seus companheiros de missão se prepararam para o combate também, mas quando começaram a tentar invadir a sua embarcação, pareciam estar todos atrás dela. talvez pelo amuleto em seu bolso.
e aquele nem era o único problema a ser enfrentado por eles. de longe, podiam ouvir e ver as entradas da caverna desmoronarem; as passagens que pareciam tão firmes e seguras, agora vinham ao chão. a correnteza, antes tranquila, agora tornava difícil se manter de pé na pequena embarcação. o amuleto brilhava em seu bolso, com tons de vermelho sangue chamando atenção de todos que prestassem atenção nela, e até os seus sentimentos pareciam intensificados.
conseguia ouvir os gritos dos seus colegas, embora, naquela simulação, não pudesse distinguir o que era dito. confiava em sua memória para lembrar que eram a tentativa de a alertarem sobre a criatura maior que surgia debaixo d'água. havia dormido muito nas aulas sobre mitologia grega para ser capaz de apontar quais exatamente eram as criaturas escamosas que infelizmente precisariam enfrentar. pelo tamanho e a reação das demais, aquela grandona deveria ser a guardiã do maldito amuleto.
aquela era a sua única chance, se quisesse ter um vislumbre de como aquela missão poderia ter acabado bem. após um longo suspiro, deu um passo a frente, jogando-se a frente do suposto guardião. nem sequer encarou os seus companheiros, sabia que não precisaria se preocupar com o bem-estar de ninguém. na vida real, afinal, eles já estavam mortos. se não fosse uma simulação, teria sido de bom gosto avisar, mesmo que numa troca de olhares, que era melhor protegerem os ouvidos.
sem avisos, fez o que tinha hesitado tantos anos atrás: o grito emitido à época estaria longe de ser o mais potente, dado o seu nível de treinamento, mas era o suficiente. as paredes da gruta que ainda estavam de pé tremularam e as criaturas se afastavam do barco, atribulados, provavelmente sentindo o zunido insuportável em seus ouvidos. a guardiã também parecia desconcertada, ligeiramente menos mortal. eram os gritos das criaturas que se misturavam ao seu, tão longo e potente como nunca antes. foi só então que partiu para o ataque direto, lançando-se para cima da tal guardiã para derrotá-la como seu chicote. ela precisava matá-la antes que qualquer um daqueles seus súditos matasse a sua amiga. se pegasse a chefe, todas as outras iriam embora.
2024,
seu coração estava acelerado quando acordou do transe, a respiração pesada por ter relembrado do seu fracasso. ainda lembrava da sensação de impotência, sentia os arrepios percorrem seu corpo sempre que se forçava à reviver a memória; aquele medo paralisante, que a impedia de se mover, de agir, enquanto a morte tornava-se ainda mais certa. a sua decepção era quase palpável. e, embora não temesse a morte, ela pensava em como não queria morrer. era nova demais para morrer. sabia que devia ser uma grande decepção como semideusa e lhe causava vergonha que não tivesse a coragem de enfrentar aqueles medos, mesmo sabendo de como estava vulnerável.
se fosse decente, teria escutado os conselhos de seu pai: saído do acampamento há anos, quando ainda era possível, para cursar uma universidade e trilhar uma vida tão normal que seus anos como semideusa pareceriam brincadeira de criança.
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arktoib · 2 months
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i'm  ready  for  combat  and  i  say  i  don't  want  that,  but  what  if  i  do  ?
tw: morte, sangue, ataque de ansiedade, tudo de ruim
menção honrosa: @aguillar
nova orleans, louisiana. fevereiro, 2011
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀antonia não desejava aquilo. não desejava ser semideusa, ter perdido não somente sua infância como adolescência e tampouco estar envolvida em guerras e precisando, acima de tudo, cuidar e zelar pela sua vida, como se fosse algo honroso a se fazer, quando tudo que acontecia era porque os deuses desciam para a terra para satisfazer seus caprichos. até quando eles ignorariam o fato que semideuses não eram mais como aquiles e perseus, que as pessoas tinham vontade de criar família e viver num mundo normal?
a brisa fria fez cócegas em seu rosto, levando alguns fios de cabelo brincarem em sua bochecha. usou o dorso da mão para afastá-los, sentindo o sangue seco se esfarelando com o atrito da pele. os olhos varreram a rua que começava a ficar movimentada por conta do horário. matar monstros a noite era ridículo, ainda mais quando a pista que tinham era tão vaga que fez tony duvidar da veracidade de estarem ali. não era a pessoa mais perfeita, passava longe, mas por ser filha de atena, exigia de si mesma excelência em tudo que fazia - uma maldição que tinha dado a si mesma.
ouviu a sineta de uma loja da rua soar, despertando de seu transe e largando a mochila a sua frente, no chão. o suspiro era um misto de falha e, ao mesmo tempo, sorte, se assim fosse possível chamar. descansou seu corpo em um dos diversos bancos ali dispostos e tirou uma toalha pequena de dentro da mochila surrada, começando a esfregar seus braços. o clima não condizia com a época, a temperatura era quente e a umidade elevada, o que a fazia transpirar mais, facilitando a remoção do sangue.
largou o tecido sobre a perna e colocou a mão dentro do bolso do casaco ao seu lado, buscando o orbe negro. brincou com o artefato entre os dedos. se o utilizasse, dali para frente, teria falhado, não somente com sua mãe, mas com esdra e samuel. o cheiro de incenso vindo de alguma loja mística preenchia o ar, a fazendo suspirar. terminou de limpar os nós dos dedos e colocou tudo para dentro da mochila, ficando de pé. escutou a sineta novamente, com seu corpo atravessando a porta do estabelecimento de onde o cheiro vinha. escutou a saudação da idosa em frente ao balcão e sorriu na sua direção, enquanto se encaminhava para o fundo da loja.
long island, nova york. 2024
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀era uma simples tarefa. ao menos, era o que reforçava constantemente para sua cabeça enquanto encarava a folha em branco com a caneta em mãos. ela havia recebido a tarefa pela manhã e desde então, a postergou o quanto pode, fazendo todas as outras coisas antes de sentar-se em sua escrivaninha e redigir o texto. não devia ser tão complicado pensar em qual era a sua missão mais importante e colocá-la em palavras. mas para antonia, era além do que uma transferência de palavras.
em seu quarto as coisas não pareciam estar fluindo, por mais que tentasse, era como se atena protegesse todas as memórias imaculadas da filha daquela fatídica noite. um dos motivos dela não gostar, querer, se lembrar era pela vergonha de sua falha e falta de estratégia. acreditava cegamente que o curso de suas ações mudariam todo o passado, se tivesse a chance. com os objetos dados por quiron em mãos, se encaminhou ao único lugar que poderia escrever.
adentrou as portas da biblioteca e o conhecido cheiro de papel e incenso invadiu seu nariz, a fazendo dar um breve sorriso. seguindo o corredor a esquerda, até o final, após passar as altas prateleiras enfileiradas, ao fundo, havia um lugar que antonia conhecera ainda nova, antes mesmo de ser enviada em missões. não era bem um esconderijo, mas havia raramente sido encontrada ali. antes de ocupar seu lugar no cubículo, olhou ao redor, certificando-se da ausência de demais semideuses.
não era um local muito claro, mas dava perfeitamente para ler o que escrevia - foi o que concluiu quando testou a ponta da caneta no canto do papel. sua mão pendeu, incerta como deveria começar. as instruções eram claras, mas sentimentos eram tão ambíguos. como guiada por algo maior, a canhota segurando a caneta começou a deslizar sobre o papel: culpa, medo , vergonha ... humilhação. nunca contara à ninguém o que havia acontecido naquela missão, fora senhor d. e quiron. pensava em qualquer pessoa no lugar de samuel, até mesmo chegara a sonhar com santiago uma vez, assumindo o lugar do outro. o terror a consumia toda vez que aquele assunto vinha a tona. tinha um ar de assunto proibido, como estivesse fechado a sete chaves.
largou o papel em frente aos seus pés, segurando o isqueiro e a folha de louro. o cheiro da fumaça não perdurou muito, com a umidade conhecida lhe invadindo o nariz logo em seguida. inspirou fundo para ter certeza e abriu os olhos. a sua frente estava esdra, segurando uma espada. a cena remexeu seu intestino, fazendo-a reviver todos os sentimentos novamente.
a meia-irmã mais velha, esdra, havia a levado na missão quando tudo estava por desabar. relatos extraordinários ao redor do mundo assolavam a comunidade semideusa e o até então, nova orleans havia sido afetada por uma tempestade de inverno, que trouxe neve e gelo - condições essas adversas para aquela região. pensavam que duas filhas de atena poderiam descobrir e resolver, sem grandes problemas.talvez fosse algo feito por algum deus furioso, mas restava somente as duas descobrirem e reportarem quando voltassem ao acampamento.
sabia que se tivesse empurrado a mais velha, poderia ter a salvo. e a assim decidiu fazer. sua imagem mais nova avançou contra ela, com a flecha de samuel batendo em seu escudo, ricocheteando para o lado oposto. antonia caiu sobre a meia-irmã, que bateu de costas no chão, consequentemente a cabeça. o vermelho sangue começou a deslizar pelo piso de cimento. era o completo oposto do que havia quisto. ela nunca desejara que esdra morresse. novamente.
a folha de louro terminou de queimar, a trazendo de volta para a realidade. como podia? aquilo era para salvá-la. salvar ambas. salvando esdra, ela saberia o que fazer com samuel, que estava numa espécie de feitiço. tudo que antonia sabia quando saiu naquela missão era os devaneios da mais velha; "isso é vingança." , "nêmeses está por trás disso, tenho certeza." por anos, nutriu uma raiva da deusa, mesmo que soubesse das consequências.
aquela missão estava fadada ao fracasso. não importava sua decisão, esdra precisava morrer, de algum modo, e samuel também. nunca se orgulhara de tirar uma vida, mas enquanto estava naquele canto da biblioteca, percebeu o quão irônico era. a conta a sua frente tinha um desenho do que parecia ser um floco de neve desenhado por uma criança. apertou o mesmo entre os dedos, respirando fundo, contendo as lágrimas que insistiam em brotar em seus olhos.
matar pela primeira alguém, um semideus, havia afetado regiões e percepções suas sobre si que nem sequer conseguia expressar. perder a irmã, sua melhor amiga na época, foi como um soco no estômago. seu pensamento retornava sempre a imagem de atena e sua desaprovação com a falha. aquilo a assombraria pelo resto da vida. seu peito começou a bater em um ritmo descompensado, como se faltasse ar e fizesse muito esforço para que pudesse respirar.
juntou as coisas que havia trazido e saiu em disparada pelo acampamento, sem pensar muito para onmde estava indo, deixando que os pés a levassem para onde desejasse. após alguns minutos, já sem fôlego, se encontrava na doca perto do lago, encarando a sua imagem na água.
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@silencehq
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mcdameb · 5 months
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                     𝐓𝐡𝐞 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 𝐧𝐞𝐯𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐞𝐬 ¦ pov#2
⭑🍇ʿ                                     o amanhecer no acampamento tinha deixado de parecer estranho há algumas semanas. a falta do sol virou rotina, não estranhava despertar e não ter mais uma um fresta de luz solar invadindo o chalé para incomodar seu sono. o clima apático parecia esticar os dias, tornando-os mais entediantes e chatos. após o ataque dos monstros que saíram da fenda e a morte do cão infernal, brooklyn se recuperava do veneno da formiga, deixara a enfermaria sob o alerta de precisar de repouso pelos próximos dias. 
não foi o único machucado em seu chalé e o sentimento de pânico de saber que os irmãos estavam feridos foi algo assustador. o nível de preocupação que agora tinha com aquelas pessoas ia além do que imaginou que conseguiria ter; há quatro meses quando pisou ali pela primeira vez em oito anos, exceção de preocupação com os irmãos era algo que não passava por sua mente. depois de quase uma década longe, parecia hipocrisia de sua parte chegar ali obrigado e pensar que faria diferença em sua vida o estado de saúde daqueles com quem dividia o chalé.
mas foi o que aconteceu. 
culpava-se de não ter conseguido ajudar nenhum dos dois mais graves, a situação de james tinha lhe dado um susto e tanto... mas pelo menos tinha dado conta das crianças. seu foco ter sido isso no início talvez tenha feito a diferença para evitar mais feridos. 
a caixinha em cima da cama após voltar de um banho demorado foi encarada com estranheza porque já tinha recuperado sua recompensa da missão, aquilo era estranho demais para si. ao ler as instruções do papel grudado no caderninho laranja, sabia para onde iria: o punho de zeus. o lugar que muitos diziam ser amaldiçoado, brooklyn sentia paz. ninguém ousava se aproximar do local então era perfeito para que se concentrasse. 
não demorou a chegar e preparar o local segundo as instruções: a vela e a folha foram paradas mas primeiro começou a colocar no papel o que tinha sentido na missão que saiu na última semana. curiosidade, empenho, determinação…. impotência, desespero, medo, apreensão. todos os sentimentos foram escritos e cada vez que colocava um no papel, parecia sentir o exato momento que o teve pela primeira vez na missão. com os dígitos um pouco trêmulo, ligou o fogo da vela e queimou a folha. com um respirar fundo e os olhos sendo fechados, deixou-se mergulhar nas possibilidades dispostas a si. 
o lestrigão estava de frente para os três semideuses pequenos, as crianças sentiam um medo imenso e isso vazava para brooklyn mesmo de longe. elas não tinham esperanças de escaparem, de serem salvas, pareciam ter aceito que aquele era o fim. iriam morrer. e sequer entendiam o que acontecia, mesclado com o medo havia confusão. o mundo das crianças foi abalado por um conhecimento que elas sequer deveriam ter noção de que era real… e iriam morrer com isso. 
não podia deixar isso acontecer. sua determinação foi forte o suficiente para que inflasse o sentimento de segurança para os pequenos, tentando inundá-los com a segurança. agora que estava ali com os colegas, não os deixariam sucumbir. mas antes que pudesse fazer alguma útil, no momento que se lançou na direção delas, outro monstro surgia e pegava-lhe pelo braço, levantando-lhe com uma força bruta. sentiu o momento exato em que o braço deslocou, o grito de dor escapando de sua garganta. sua escolha foi correr para as crianças e era assim que acabaria. via as duas colegas como figuras secundárias passando como um borrão, no fundo de sua mente sabia que essa era a posição de pietra, não sua. mas ali na ilusão? o lestrigão jogou-lhe com toda força no chão e tudo ficou embaçado. ouviu os gritos das colegas de missão e das crianças… mas então tudo parou. tudo ficou em silêncio. sem ele para jogar a espada e cortar o braço do lestrigão, a criatura não soltou o corpo que segurava. sem ele para gritar para candace buscar as crianças, o monstro que as atormentava parecia ter levado a pior. o caminho que achava que deveria escolher levava todos para a morte e, de repente, voltava a realidade com um soluço alto. 
a folha de louro acabava de queimar. 
brooklyn soltou um grito agoniado, ainda sentia os resquícios da dor no braço e a cabeça tonta com o impacto que nunca sofreu de verdade. as lágrimas caíam grossas pelo rosto porque antes se culpava por não ter sido ele no lugar de pietra a se machucar tão feio, mas se fosse ele… não sabia nem se as amigas teriam voltado com vida. não conseguiu saber antes de sentir-se morrer. teria morrido se tivesse seguido os próprios impulsos. teria provavelmente colocado as amigas em um risco maior e ceifado a chance das crianças sobreviverem. 
tombou para frente com a testa no chão, as mãos espalmadas na grama molhada enquanto soluçava e deixava as lágrimas caírem para o solo. aquele choro não era de alívio por ter feito a escolha certa de não correr para os pequenos na hora que os viu, não era por causa da dor que pouco a pouco deixava seu corpo quando seu cérebro percebia que nada do que foi criado era real. 
era um choro por perceber o quanto se importava com aquelas pessoas. 
há quatro meses, estaria feliz de ter sobrevivido. há quatro meses, teria recusado sair em missão, não teria se importado com as crianças perdidas, teria se importado apenas com sua própria segurança. 
mas era seguro dizer que o brooklyn de quatro meses atrás já não existia. 
sua vida podia ser toda estruturada fora do Acampamento, ter criado para si todo um refúgio lá fora... mas não podia virar as costas para o primeiro refúgio que lhe acolheu e lhe deu um norte. estava preso naquele lugar, fazendo parte da vida daquelas pessoas se deixando que elas ocupassem um espaço especial em sua rotina, em seu coração. de certo modo, elas viravam sua prioridade. 
no momento que conseguiu parar de chorar e endireitar-se, apenas soluçava baixinho. o olhar caiu então para a conta de argila e, para sua surpresa, a conta estava pintada de roxo e tinha um desenho de um coração entrelaçado com o símbolo do infinito com traços brancos. pegando a conta em mãos, podia sentir a tinta seca, a superfície lisinha como se aquele desenho tivesse sido feito há dias e não aparecido magicamente há alguns segundos. depois de colocá-la no seu colar como a mais nova adição totalizando cinco contas, ao invés de retornar para o chalé o semideus migrou até a casa grande onde sentou-se na cadeira vazia à frente do pai sem sequer pedir para ser convidado. 
“olá, brooklyn, bom dia. vejo que está melhor, eu estou bem, esperando quíron voltar para continuarmos o jogo… mas sabe, poderia melhorar se você tentasse transformar minha água em vinho, obrigado por perguntar.” a ironia pesava na língua de dionísio que até colocou o copo de água na frente do filho. parecia estranho para si que toda vez o deus acertava o nome dos filhos mas sempre errava o nome dos outros semideuses. 
“pai, você e eu sabemos que isso não funciona.” disse, a voz saindo grossa por causa do choro anterior e isso parecendo atrair a atenção do deus que parou de olhar para as cartas que embaralhava e ergueu a vista para o filho. a vermelhidão no nariz e nos olhos entregavam tudo o que ele precisava saber.
“você estava chorando.” aquilo não era uma pergunta. os olhos roxos do deus caíram para o colar de contas e ele assentiu, o presente das contas foi algo especial para todos os campistas e confeccionar a nova levava a um momento doloroso. “o que houve?” perguntou com o que parecia interesse, mas beirava mais a desconfiança pela forma como estreitava os olhos para lhe encarar. 
“nada. não houve nada. mas eu vim perguntar uma coisa…” mexeu-se desconfortável na cadeira porque aquilo era um pouco fora de seu costume, sentar para conversar com pai sem ser chamado era algo que não fazia desde a infância. “o cargo de conselheiro está livre, não é? do chalé?” o deus assentiu em concordância para a sua pergunta e brook endireitou a postura mais uma vez, agora para passar segurança do que diria a seguir: “eu quero assumir o cargo.” 
para sua surpresa, dionísio soltou uma risada após alguns segundos, parecendo divertido com a sua questão. “você? brooklyn, se eu liberasse sua saída agora, você iria embora do acampamento sem olhar para trás, estou mentindo? de volta para aquela sua competição.”
“há um mês isso seria verdade… não, há três, talvez duas semanas isso seria verdade, pai. mas agora não. eu não iria. o acampamento é… as pessoas, os meus irmãos se tornaram mais importantes.” teimou, defendendo seu ponto. a determinação brilhava na expressão do semideus que sustentava o olhar com o deus. “eu deixaria tudo aqui num piscar de olhos, mas isso foi antes. agora? eu não cometeria esse erro. não sei o que está acontecendo com o olimpo, não sei o que está acontecendo com vocês deuses… mas eu sei que não seria capaz de ficar em paz sabendo que meus irmãos estão vulneráveis.” não ter alguém para os guiar os deixava vulneráveis em relação aos outros chalés. em meio ao que temia ser o início de uma guerra, isso era perigoso. “eu estou aqui, eu não vou embora. e eu quero ajudá-los.” 
sua firmeza calou dionísio. brooklyn edwards além de ser filho de um deus teimoso, era filho de uma semideusa de atena. quando decidia algo, não havia quem o tirasse do seu foco. os segundos em silêncio enquanto os dois se encaravam parecendo disputar quem piscava primeiro foi quebrado por um riso novo de seu pai, mas que dessa vez se encostou para trás na cadeira de modo relaxado. “parece que o chalé doze tem um novo conselheiro então. comunique aos seus irmãos, se eles concordarem, pode assumir.” o sorriso debochado então brincou não lábios do mais velho, fazendo com que automaticamente brook se levantasse. “o quê? não vai esperar eu dizer que eu avisei que você sentia falta desse lugarzinho de merda?”
o semideus fez questão de contornar a mesa para mexer com os cabelos grisalhos do pai, bagunçado os fios ondulados. “não, não estou ouvindo nada, papai. suas cartas estão repetidas, quíron vai ganhar.” alertou ao se afastar, o coração batia acelerado no peito e a mente estava transbordando euforia não ficando para trás para ver o pai trocar as cartas com algumas disponíveis na tentativa de roubar o jogo com o centauro. esperava não se arrepender de sua decisão. 
@silencehq
semideuses mencionados: @eroscandy @pips-plants @jamesherr
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psarakizs · 29 days
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࿐⠀⠀⠀TASK #02⠀⠀⠀:⠀⠀⠀missões⠀⠀⠀!
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⸻⠀⠀⠀did you hear my covert narcissism, ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀lightly disguised as altruism?
seth não queria reviver as lembranças de tudo que aconteceu naquela missão. ele entendia os motivos, era importante ver o poder de suas escolhas, mas aquilo não passava de uma perda tempo, em sua concepção. repassar todas as lembranças doloridas da missão ainda fresca em sua memória, como se fosse difícil apagar os sentimentos que ela trazia. foi até o acesso à praia, e por mais clichê que fosse, era o único lugar que se sentia em paz o suficiente para dar aquele passo.
sentado na areia, começou a transferir tudo aquilo que o consumia para o papel. permitiu que o turbilhão que repreendia tomasse seu peito. a mistura de vazio e dor era tamanha, adicionada a derrota. era como se sentia, derrotado. não trazia um pingo de orgulho consigo. tardou para acender o fogo e deixar que a folha de louro incendiasse. reviver tudo seria como tirar a casquinha da ferida em cicatrização. o toque da chama contra a planta soltou uma faísca.
chicago, illinois. setembro, 2018.
sentiu seu corpo ir ao chão quando dois pares de pés pousaram em seu peito. fora tudo muito rápido e seth reconheceu a criatura assim que pôs os olhos sobre eles, eram cercopes. o que dizem sobre a vida passar lentamente a sua frente quando está correndo o risco de morrer é verdade, pois agora tudo acontecia lentamente a sua frente. os olhos de um deles estava sobre si, corroídos por ódio de terem sido interrompidos, enquanto o outro parecia prestes a saltar em sua próxima vítima. o peso da criatura não condizia com a sua altura. ambos pareciam prontos para acabar com seth e olivia, a semideusa que o acompanhava.
só os assaltar não parecia o bastante, queria os ver sofrer. seth sabia que a guerra contra gaia era o que fulminava a vontade incandescente dos monstros machucarem ainda mais os semideuses, não de apenas os matarem logo de cara. o monstrengo pisou em sua cabeça, o fazendo olhar para o lado. ele sabia o que vinha agora. o grito agudo da companheira invadiu seus ouvidos, trazendo o arrepio que conhecia melhor que ninguém.
e em um estalar de dedos, nada daquilo mais era real.
seth retornou a sua posição inicial, antes de ter caído no chão com o golpe. olivia ainda estava atrás dele, mas agora com a espada empunhada em mãos. a cena ainda parecia a mesma, mas alguma coisa dizia a seth que não era. não soube explicar o que, mas confiou em seus instintos. lembrou-se que nas aulas de identificação a instrutora havia dito que os cercopes pulavam. a mesma cena anterior, mas dessa vez, ergueu a balestra, atirando a flecha contra o peito da criatura que o derrubara. naquele momento, percebeu que a sua postura deveria ter sido de atacar sem pensar, que estavam sim em uma missão de risco, e que condizia apenas a ele a atitude que tomaria, não importava nada mais.
ser cauteloso havia custado a vida de outra campista, que confiara nele.
sentiu a areia sob seus pés e percebeu que retornara ao acampamento, sob o céu nublado com as nuvens carregadas. aquela havia sido a sua última missão antes de largar o acampamento para trás e seguir com sua vida - até o chamado. e somente ali, sozinho, permitiu-se sentir o gosto amargo da derrota. a conta formada a sua frente foi colocada no colar e levou os materiais para seu chalé.
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@silencehq @hefestotv
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athclar · 1 month
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⠀⠀✗⠀⠀TASK 02: Missões
@silencehq @hefestotv
mencionada: @siennazhou
Nada daquilo agradava muito Mark. Não gostava de relembrar suas missões passadas, especialmente quando se tratava da "missão mais importante" da qual já participou. Ela não era a missão mais importante por motivos bons, de qualquer forma.
— Vamos acabar logo com isso. — disse para si mesmo enquanto se sentava de frente para o lago mágico. Parecia meio estúpido, até mesmo um pouco bobo falar consigo daquela maneira. Mas precisava enfrentar aquilo, então apenas prosseguiu com a tarefa. Hmm, sentimentos mais frequentes, pensou, começando a escrever.
Confiança
Adrenalina
Irritação
Os mais frequentes que tinha ao sair em missões. Confiança porque sabia que era bom, a adrenalina de uma boa batalha e é claro, a irritação quando as coisas não saíam como queria.
Insegurança
Não gostava daquele em específico, era feio e incômodo, motivado especialmente pelo fato de Thomas, o filho de Deimos, estar a mais tempo que ele no Acampamento. No fundo, perguntava-se se ele não deveria ter sido escolhido para liderar a missão. Mas não se deixava levar por esse sentimento.
Voltou a pensar no que mais colocar ali, mas tudo o que lembrava-se era do medo. Não queria admitir, mas medo havia sido uma parte considerável daquela missão. Medo e desamparo, quando Thomas se sacrificou para ser morto pela Echidna para que todos pudessem fugir.
Medo
Desamparo
— Eu odeio isso. — sussurrou, interrompendo sua lista. Sequer sabia se aquilo era realmente para ser uma lista. Provavelmente esperavam que ele fizesse uma narração mais detalhada dos seus sentimentos, que falasse exatamente de quais situações haviam causado cada um deles. Mas não gostava de falar sobre o que sentia. Era prático, objetivo, e pensar demais em sentimentos atrasava qualquer um. Então apenas deixou por aquilo mesmo e seguiu logo para a próxima parte para que pudesse voltar a treinar.
Segurou a folha de louro e queimou-a com o isqueiro, mas não esperava que o puxão que fosse sentir seria tão forte. Sentiu o ar abandonar seus pulmões por um segundo e, quando voltou a focar, ele estava lá.
A caverna da Echidna era úmida e cheirava a podridão. Dois dos semideuses mais jovens que haviam ido resgatar estavam atrás de si enquanto Mark empunhava Dantalion para defendê-los, mas ele sabia que ela não faria um novo ataque. Não enquanto tivesse o terceiro enrolado em sua causa ofídica, sufocando a cada segundo que passavam sem decidir o que fariam. "Se eu conseguir chegar perto, posso me teleportar c-." disse Sienna, mas ele logo a cortou. "Não. Se você fizer isso, ela vai te pegar também." a garota não pareceu feliz, mas Thomas se intrometeu. "Talvez seja nossa única saída, Mark." ele sabia disso, mas odiava a ideia de todas as formas. Procurou por outra alternativa, mas seu tempo estava acabando e ele era o líder. Ele precisava tomar uma decisão. Ele precisava fazer alguma coisa, qualquer coisa. "Precisamos fazer ela afrouxar o aperto." disse, colocando Dantalion de lado para sacar seu arco nas costas. "Thomas, se prepare para golpear a cauda dela. Quando eu a acertar, ela vai se enfurecer. Sienna, quando isso acontecer talvez você tenha um tempo curto demais para salvá-lo, então se teleporte para o mais longe que conseguir. Nós sairemos logo em seguida." os dois apenas concordaram com a cabeça e ele prosseguiu com seu plano, atirando uma flecha certeira na cauda da Echidna. Originalmente, as coisas seguiam um caminho desesperador. Sienna conseguia fugir com o garoto, mas voltava para dentro da caverna para ajudar os outros. A Echidna enfurecida começava a golpear para todos os lados, mas Mark não havia sido rápido o suficiente. Quando se virou para mandar Sienna levar as crianças e deixar os dois ali, Thomas tomou a frente da batalha. Ele não era o melhor guerreiro dentre eles, havia sigo chamado para a missão pois sua habilidade de cegar as pessoas com o próprio medo parecia útil, mas ela já havia sido utilizada na Echidna e isso só piorou as coisas, enfureceu-a e deu abertura para que ela capturasse um dos garotos. Então, quando Mark hesitou, ele tomou a frente e a atacou sozinho. Quando entenderam o que acontecia, já era tarde demais, ele já estava completamente esmagado. Aquilo lhes deu tempo para fugirem de lá de dentro, mas custou sua vida. Porém, na visão causada pela folha de louro, Mark não hesitou. Ele não olhou para trás e não deu tempo para que Thomas tomasse a frente. Pelo contrário, agarrou-o pela camiseta e o empurrou na direção de onde Sienna estava com as crianças e gritou. "Saiam daqui!". enquanto voltava a puxar Dantalion e corria na direção da Echidna. Nessa visão, ele fazia tudo certo. Se colocava em risco, mas salvava todo mundo e ainda conseguia sobreviver à batalha. Quando saiu da caverna e encontrou com os outros, não era de pesar o clima que os cercava, mas sim de vitória. Eles haviam conseguido. Haviam sobrevivido. Ele havia sobrevivido ao que Thomas não fora capaz, e todo mundo estava bem.
Quando a folha de louro terminou de ser consumida pelo fogo, ele voltou para a realidade. E o peso do que realmente aconteceu o atingiu com tanta força que sentiu o peito se esmagar e o ar lhe esvair.
Não era uma batalha real, era apenas a sombra de uma, mas a maldição de Deimos não tirava folga. O pânico intenso fez sua visão se anuviar, as mãos tremiam tão descontroladamente que sequer percebeu que havia soltado o caderno. Colocou a cabeça entre os joelhos conforme havia sido ensinado por sua mestra tantos anos antes, tentando se acalmar, lembrar onde estava e que nada acontecia.
Então, quando finalmente recuperou os sentidos, soltou um palavrão sonoro, amaldiçoando-se mais uma vez por todas as más decisões que havia tomado.
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zeusraynar · 5 months
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Will I be safe if I preach or I pray? No.
Ou Raynar Hornsby cede e ouve os pensamentos intrusivos. TASK 2: MISSÕES @silencehq Semideuses mencionados: @thearios e a perfeita NPC.
Ele estava mal e mal consciente quando trouxeram seus pertences para a enfermaria. O uso exacerbado dos poderes no canal e a mordida da Anfisbena exigiam todo seu fator curativo elevado, o corpo inteiro trabalhando para reparar os danos internos do esmagamento daquela mordida infeliz. Esticou o braço para a bolsa, os dedos procurando - e achando - a sacolinha que tinha ganhado de presente. “ 🗲 ━━ ◤ Não se aproxime. ◢ Rosnou para o sátiro de expressão preocupada e receosa, seu murmúrio ignorado prontamente pelo filho de Zeus. “ 🗲 ━━ ◤ Posso fazer isso e voltar a dormir. Vá. ◢ Os olhos cinzentos mantendo-se na figura trêmula até ele sair trotando para outro semideus com mais necessidade.
Raynar abriu o caderno de qualquer jeito, uma página escolhida aleatoriamente entre tanto igualmente sem graça. Confiou no movimento da mão, já que a visão embaçada pelos remédios deixava cada linha triplicada e confusa. SUCESSO. Seu ego não permitia começar com menos do que aquilo. SATISFAÇÃO. A conexão dos três tinha sido algo que ele raramente encontrava, quando os três estavam no mesmo nível. IMPACIÊNCIA. Asclépio desperdiçando tempo fazendo todo aquele teatro de que se importava, e que não tinha sido obrigado por Zeus. Raynar fez uma careta para o pensamento. DEDICAÇÃO. Quando encontrou essa conexão, o filho de Zeus se entregou na dinâmica. Fazer parte, não se destacar. EMPAT-.
Fechou o caderno antes de terminar de escrever, folha de louro e isqueiro nas mãos. E a pobre conta de argila amassada na curvatura da palma. Um clique e a chama consome o verde. Outro clique de apagar a chama, antes que queimasse os dedos, o sono o pegou novamente.
Acordar numa posição diferente foi estranho, mas a familiaridade do aperto dos encostos dos braços o colocou em alerta. Grande demais para os assentos do avião, Raynar comprimia-se no próximo à janela. O rosto naquela posição perfeita para observar a asa esquerda e o céu escuro do extenso oceano. Contorcido, a cabeça raspando o teto baixo, e usando do movimento para ver o outro lado como esticar da coluna maltratada. Pelos Santos, era um velho rabugento e gigante, parecendo nervoso num vôo falso de primeira vez. A lança, em reduzida versão bengala, movimentada entre as pernas nos preparativos do poder.
Os pelos dos braços ainda não tinham eriçado em aviso da aproximação dos monstros, mas não era possível que deixassem passar assim sem uma emoçãozinha.
Ou melhor, foi assim que Raynar Hornsby tinha pensado quando chegou na metade do vôo de ida. 
Nessa versão, amaldiçoada e confusa porque não tinha ninguém ao seu lado, o pensamento intrusivo tomou conta. Não vai acontecer nada. O pai cuidaria dessa parte e eles chegariam em segurança. Foi uma missão dada pelo próprio punho, um de seus filhos colocados no meio. Raynar interpretaria aquela mensagem com uma autorização expressa de descanso. Para guardar as energias, escolher o momento certo para liberar os raios. 
O semideus olhou de novo ao redor, contudo, nenhuma cabeça chamou atenção. O avião estava mergulhado na influência do deus do sono, embalado pelo ruído dos motores e das saídas dos ar-condicionados. Era só um cochilo. Raynar levantou os encostos de braços das outras cadeiras e colocou os pés em cima, pouco se importando com os pés, impedindo totalmente o trânsito do corredor. Ninguém passaria por ali. Ajustou a postura, encaixou o ombro na dura almofada da cadeira e fechou os olhos.
Cadê o sono?
Tinha lido em algum lugar que se ficasse parado por mais de dez minutos, o sono viria sem que percebesse. Raynar começou a contar os segundos em forma de arremesso de lança no Olimpo. 1. A lança furava a nuvem que carregava as terras abençoadas. 2. Um buraco na mesa de reunião. 3. Entre os pés do pai. 4…
O sono deveria tê-lo pego, porque acordou com a falta de gravidade e o impacto na água, arremessando-o no tempo presente com um arquejo dolorido.
Imediatamente a mão foi parar sobre os curativos, apertando-os bem para estancar o sangue das feridas novamente abertas. Contendo o pior da risada que saía sem fôlego pela garganta. Lágrimas acumulavam-se nos olhos azuis, ameaçando escorrer pela lateral do rosto quando deixou-se cair nos travesseiros. “ 🗲  ━━ ◤ Confiar em Zeus. De novo isso? ◢ Repreendeu-se em tom divertimento, a risada diminuindo para um sorriso pensativo. Um que ia para a palavra não terminada no caderno.
Não tinha sido a confiança em Zeus o seu motivo principal para deixar pra lá. Tampouco foi aquela decisão menor, esquecida, de pegar um vôo diferente do resto do grupo. Foi a preocupação com aqueles dois. A teimosia de ficar acordado e proteger Jules e a semideusa. Pelos Santos, que se importava com alguém além dele mesmo. Você não devia ter feito isso drogado, pensou amargurado, mas a conta na mão dizia outra coisa. Aquela tinha sido uma missão importante e só agora ele entendia a extensão do que aquilo significava.
O que aquele pequenino avião numa tempestade de trovões enfrentava.
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fly-musings · 5 months
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Mr. Sandman, bring me a dream - TASK 02
O recado recém havia sido entregue. Mesmo que Flynn não tivesse erguido a cabeça para assistir as instruções de Quíron junto àquilo que se pareceu com um cumprimento após o seu despertar repentino em um tornado caótico que pairava sobre o acampamento.
Inicialmente, esboçou descontentamento grunhindo para a janela que encarava em um desdém particular. Já havia passado os últimos quatro meses de sua vida vivendo o sonho do mundo ideal e, como um golpe fatal, foi sugado para a realidade tão atípica em que se encontravam e agora, como se nada importasse, deveria reviver o situações as quais se negava a descrever em voz alta.
Apesar das visitas que surgiam em seu quarto, ninguém havia investido tempo buscando explicar os últimos eventos e, quando o semideus questionou sobre a sobrevivência de seus colegas obteve o silêncio dilacerante acompanhado de olhares penosos. O semideus foi contido dentro de seu quarto, quase como uma prisão particular, sendo nutrido por porções criadas pelos filhos da magia para mantê-lo relativamente apático e que assim o semideus não levasse o chalé ao solo com sua fúria. Quando finalmente a porta se abriu e um novo rosto apareceu para ele, uma dolorosa lembrança foi destinada à ele.
E então, após muito ofender os deuses, olhou por cima do ombro para o kit. Posto em cima de sua cama, quase como um convite ao mergulho, parecia flutuar sobre o cobre-leito. O mar amargo do passado balançava suas ondas calmamente.
Não poderia negar que a proposta de reviver sua última memória daquela missão era, de certa forma, uma maneira de sentir mais uma vez sua família. Ouvir a voz de Sylas chamando-o de pai ou de ver seus cabelos negros como a noite balançando quando corria para abraça-lo. Ainda, veria o último olhar de amor que Bhaskara havia emanado em sua direção. E, por mais que soubesse que as dores provenientes daquela experiência seriam angustiantes, o fez por amor.
Não reconsiderou sua decisão.
Caminhou até a ponta da cama e ali sentou. Suspirou ruidosamente ao terminar a escrita e olhou fixamente para a flor de louro. O coração ardia em saudade e dor. Seus olhos analisavam os ramos daquela folha como se nela buscasse a cura para suas aflições e então, quando sentiu o germinar da dúvida, ateou fogo naquela folha.
Seu corpo despencou para trás e um turbilhão de vozes o engoliram com acusações.
Aos poucos os sons se acomodaram e pôde ouvir os jingles natalinos tomando sua mente. As mesmas músicas que Sylas havia decorado e cantava incessantemente como uma de suas ecolalias. As luzes amarelas que formavam uma pirâmide passaram a iluminar um pinheiro decorado e a neve caía dos céus como se aquela noite fosse abençoada por Quione. O local estava repleto de pessoas, todas ansiosas pela queima de fogos.
Assim que sentiu o perfume adocicado que havia dado de presente para Bhaskara naquele feriado, virou-se para trás buscando-a, aflito. Seu olhar rasgava as inúmeras faces que surgiam entre eles. Repentinamente, o tempo passou se arrastar.
Foi ali. Naquele momento.
"Tudo será diferente dessa vez." Pensou consigo.
Ergueu seu rosto na multidão e avistou, usando aquela toca colorida, Sylas. A criança de pele pálida estava sendo confrontada pelo Minotauro que os perseguia. Kara parecia relativamente distante de Flynn e de Sylas e o mundo inteiro corria em câmera lenta.
Em cima da pequena fração de minutos, rompeu contra as pessoas na direção de seu filho, empurrando com brutalidade todos aqueles obstáculos. Ao passar por Bhaskara, gritou ordens e arrancou de sua bainha a adaga que optava por usar desde que haviam adentrado naquela rotina civil. Aos berros, aproximava-se Sylas e do monstro, buscando chamar a atenção da fera.
Sylas estava ali, como sempre esteve em suas memórias. As mãos tapavam os ouvidos, o rosto demonstrando o incômodo que sentia e os pés pareciam fincados no solo enquanto as lágrimas desciam por sua pele. O cheiro de pipoca tomou o ar, e como um pai, recordou-se do amor da criança pelo alimento. Flynn, em uma prece sincera, pediu para Thanatos guarda-lo nos Campos Elíseos com amor e, que por misericórdia, permitisse que se comunicasse com o filho por uma última vez.
Agarrou a criança pela cintura e a entregou para Kara. "Corra, SUMAM DAQUI!" Bradou em lágrimas enquanto viu os dois sumirem na multidão. Logo o som dos cascos do Minotauro passaram a se aproximar do Ramsey e ele fez uso de suas últimas palavras para dizer o que pouco havia dito durante aquele período. "Eu amo vocês."
Então, ao virar-se para encarar seu fim, sorriu. Sorriu em satisfação de ter feito o que deveria ter feito naquele dia. Assim que o Minotauro o acertou, o semideus fincou a adaga em sua cabeça e a besta e o herói se partiram em uma única coisa.
Sua família estava bem e o perigo havia sido desfeito. Ao menos naquele momento.
Seus olhos se abriram e assistiram às sombras que o rodeavam, assistindo-o com olhares curiosos. Os lábios tremiam como se amarrassem o choro desregulado.
Ele preferia estar morto, mas a vida não seria tão bondosa.
@silencehq
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thecampbellowl · 5 months
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TASK 02. Semideuses citados: @kitdeferramentas @deathpoiscn
Charlie estava encolhida em um cantinho do observatório naquela manhã chuvosa, olhando fixamente para os objetos entregues a ela que faziam parte daquela curiosa tarefa. Não tinha certeza se queria começar a fazê-la; Charlie tinha como filosofia manter seus fantasmas bem trancados no armário. De qualquer forma, porém, sabia que haviam algumas coisas a enfrentar, principalmente sobre sua última missão. Saíra fisicamente ilesa, graças à proteção de Kit e ao sacrifício de Josh, mas isso não significava que estava emocionalmente bem.
Por fim pegou o papel e a caneta, pensando por alguns instantes em como expressar os sentimentos despertados pelo que ocorrera.
Culpa. Impotência. Inutilidade. Fraqueza.
Apesar de sua missão ter sido bem sucedida, Charlotte sentia como se tivesse responsabilidade sobre os infortúnios que aconteceram, mesmo sabendo racionalmente que nada além do que fizeram poderia ter sido feito. Respirou fundo, pegou a folha de louro nas mãos e a queimou com o isqueiro.
Estava de volta à forja dos telequines.
Mais especificamente, para o momento crucial da detonação das bombas. Ao invés, porém, de usar a flecha explosiva para ceder uma parte da montanha, Charlie permitiu que Kit usasse o detonador. O estrago foi imenso; o filho de Hefesto, desesperado, passou a cavar e se enfiou entre os destroços em uma tentativa sôfrega de salvar o filho de Tânatos. Charlie esperou e esperou.
Nenhum dos dois jamais voltou à superfície.
Charlie estava de volta ao observatório, o coração apertado, mas aliviado. Ela havia feito a decisão certa. Havia salvado seus companheiros de missão.
Talvez sua mãe estivesse errada e ela não fosse tão monstruosa assim, afinal.
@silencehq
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eroscandy · 5 months
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My Song Knows What You Did In The Dark... // @silencehq
ou Candace Sunshine Lovegood reverte sua maldição na TASK #2: MISSÕES
A plaquinha pendurada na maçaneta balançava ao sabor de uma brisa gentil, vinda do lado de fora. As janelas parcialmente fechadas da filha de Eros respondiam ao chamado, agitando as suaves cortinas de seda pura. Cada batida do material contra o quadro da porta faziam o corpo reagir num pequeno choque elétrico. Lembrando, incitando, forçando Candace Lovegood a fazer o que precisava.
Numa mão, a folha de louro erguia-se altiva. Na outra, sob a insistência inquieta do polegar, o fogo do isqueiro aparecia e desaparecia. Sob o colo, o caderno laranja expunha palavras confusas e perturbadas, numa caligrafia digna de exemplo em escola de arte.
Orgulho. Surpresa. Animação. Determinação.
Juntou os dois objetos e a chama logo pego na planta, erguendo um cheiro que escureceu a visão da filha de Eros e a empurrou para trás. Ela caía sem freio, agitando braços e pernas sem conseguir agarrar-se a nada além de ar. Ar e perfume. Musgo e pedra. As unhas arranharam em pedra e ela acordava dentro de um túnel conhecido. Estalactites cruzavam seu caminho, poças molhavam as botas de caminhada e ela seguia... Cabelos ruivos sobre a armadura leve, emoldurando a amazona que quase caía no encanto do convite de Ártemis. Candace não tinha medo daquela escuridão, tampouco hesitava na hora de fazer uma escolha. A bússola interna era infalível!
Curiosidade. Superioridade. Tão convencida.
Quem eram seus companheiros se não coadjuvantes? Escolhidos no acampamento pela necessidade inexorável de sempre saírem em três. A filha de Eros respondia a suas perguntas de nariz em pé, toda sabidinha e convencida. E ela não era assim... Não na maioria das vezes, não em missão, mas estava irritada. Tão dolorosamente possessa que acabava descontando em seus colegas. Era para estar num desfile em Milão, com as joias da última coleção ao redor do pescoço e flashes cegando. De estar impossível dar um novo passo. O suspiro foi pesado quando a voz etérea perguntou sobre suas habilidades. Ou melhor, DUVIDOU de que seguiam o caminho certo.
Ofendida. Irada. Indiferente. Maldosa.
A boca abriu para comentar, dar a resposta mais envenenada e atravessada possível. Amado, você viu como as pedras iluminam? Como o cheiro fica mais limpo? Está ouvindo o barulho de água? Não? Porque, se estivesse, saberia que esses são sinais óbvios da saída. Mas parou. Candace Lovegood parou no meio do caminho e olhou para trás. As paredes da caverna eram estranhas e ela tinha percebido isso logo no início, mas não tinha dado muita atenção. Porém, agora, ao subir o olhar pelas pedras, ela via... Pequenas aberturas que brilhavam mais forte, numa luz mais concentrada. Ela se aproximou, devagar, ajustando a visão para descobrir o que os espelhos refletiam.
A LUA.
╰ ♡ ✧ ˖ Quando você nota a ausência de um fio em mil de um lençol, os detalhes ficam tão claros quanto o brilho da lua. ♡ ˙ ˖ ✧ A voz saiu monocórdia, distante. Uma constatação de um fato tão batido que nem valia a pena repetir. Candace tinha aprendido aquela lição com tanto sofrimento que... Que... Os olhos encheram de água. Para que não fosse vista, voltou a andar na marcha rápida. Saltos afundavam na lama, mas ela seguia. As curvas geravam dúvidas, mas ela seguia em frente. E tão rápido foi que a abertura foi uma surpresa. Num instante estava em campo aberto, andando em linha reta para o veículo sem dificuldade alguma.
Injustiça. Tristeza. Vingança. Arrependimento
Seus olhos abriram mais uma vez e o interior do quarto decorado a recebeu... Faltaram palavras para descrever o sentimento. A página repleta deles parecia ter sugado toda sua capacidade de reagir... De sair daquele buraco em que tinha se enfiado sem perceber... Candace Sunshine Lovegood foi amaldiçoada por uma deusa da pior maneira possível... Sendo alguém que não era... Que não foi fruto da criação dos pais... Ela girou na cama e se encolheu em si mesma, a conta bem apertada na mão como se contivesse as lágrimas que enchiam seus grandes olhos.
Contudo, a força virou fraqueza e do relaxar dos dedos... Ela caiu.
Negra, tão escura que nem brilhava. Esse era o fundo da lua cheia bem no centro. Grande, redonda, toda detalhada. E as estrelas? Não tinham. Era pontinhos coloridos e de diferentes tamanhos, das cores das pedras da caverna.
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likethemo0n-archive · 5 months
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TASK O2.
Calista olhou para os objetos em suas mãos, pensativa. Não é como se precisasse recapitular muita coisa para saber qual fora sua missão importante, já que, com a exceção das caças com Ártemis, ela só tivera uma única missão, há quase duzentos anos.
Para ser justa, ela evitava pensar naquela missão o máximo que podia, visto que ela nunca conversara com ninguém sobre ela - nem mesmo com sua senhora Ártemis. Aquilo era e sempre fora assunto proibido para ela, já que Calista tinha o péssimo hábito de fingir que seus problemas simplesmente não existiam. Se ela não tinha uma forma de resolvê-los, por que se perturbaria? O que estava feito não tinha retorno. O melhor era esquecer.
Naquele momento, porém, esquecer não era uma opção. Por causa disso, foi se esconder nos estábulos e olhou fixamente para a folha à sua frente. Ela não precisava pensar muito para saber os sentimentos que lhe invadiam quando pensava naquela missão.
Confusão. Choque. Humilhação. Vergonha.
Antes que pudesse mudar de ideia, queimou a folha de louro e lá estava ela, novamente perante sua senhora Ártemis. Ela pedira para falar consigo em particular. "Sua mãe tem uma missão para você, minha guerreira corajosa. Ela não será fácil, mas eu preciso que se lembre de quem você é. De quem escolheu ser quando se uniu a mim. Isso é algo que você precisa fazer sozinha e que te tirará do nosso trajeto, mas eu preciso que se lembre o caminho de volta para a casa quando terminar de fazer o que precisa."
A missão era, com toda a certeza, algo com que Calista não estava acostumada: a deusa Éris havia roubado o cinturão mágico de Afrodite e Callie precisava recuperá-lo. Na teoria, algo muito simples, mas a prática foi um pouco diferente. Calista precisou utilizar suas habilidades de Caçadora para rastrear a deusa e encontrar seu esconderijo, o que levou vários dias. Quando finalmente achou o lugar, encontrou a deusa sentada, com o cinturão no colo, roçando os dedos sobre seus adereços. Não houve luta, e não precisava; a deusa da discórdia não precisou nem ao menos levar de seu trono para derrotar Calista.
"Caçadora de Ártemis, filha de Afrodite. Combinação paradoxal, você", ela comentou com um sorriso maldoso nos lábios. "Consigo sentir a confusão que isso te causa. Afinal de contas, o que ganha no final? Seu sangue ou sua escolha? O seu voto ou sua ascendência? Isso te deixa tão confusa, não deixa? Tão perdida. Presa eternamente entre a castidade e o desejo. Como você é solitária, Caçadora."
"Não sou solitária", ela negou, fazendo o possível para manter a voz firme. "Tenho minhas irmãs da Caçada, tenho minha senhora."
"E eu imagino que, na maioria do tempo, isso seja suficiente", Éris concedeu. "Mas quando você se deita à noite, sua cama é fria e você rola, insone, na tentativa de esquentá-la. A irmandade das suas companheiras de caça não significa nada quando seus lábios formigam pelos de outro alguém. O amor fraternal delas não supre a sua necessidade de paixão."
"Isso não é verdade! Sou muito feliz com a minha vida na Caçada e nada me falta!", Calista mentiu. Era visível que Éris podia enxergar além de suas defesas.
"Oh, minha querida. Todos esses séculos não te ensinaram nada? Você não pode fugir das suas sombras. A Caçada nunca será o suficiente para você, não quando você nasceu para amar. Tão, tão confusa. Gostei muito de você, querida Calista."
E de repente, em um piscar de olhos, ela não estava mais lá, o cinturão abandonado sobre o trono. Segurando o choro, Calista alcançou o artefato mágico e foi embora, sua missão bem sucedida parecendo, aos olhos de Callie, tudo menos um sucesso.
O que poderia ter feito diferente? Negar a missão não era uma escolha. A cena se repetiu, desta vez com Calista não dando chances para a deusa e a atacando. Ela teria morrido nas mãos de Éris, o cinturão se tornando problema para outro semideus em missão.
A folha terminou de queimar e Calista estava de volta aos estábulos, seu rosto úmido de lágrimas que nem havia percebido ter deixado escapar. Ela queria lutar contra suas memórias, insistir que tudo aquilo havia sido apenas um jogo doentio de Éris para confundi-la, que não havia verdade em suas palavras. A esse ponto, porém, Calista sabia que seu coração era traiçoeiro, sempre fora, e que Éris não precisou usar de mentiras para mexer com sua cabeça.
Ela era uma filha de Afrodite que havia escolhido a castidade ao invés do amor. E, por causa disso, ela estaria para sempre sozinha.
@silencehq
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pips-plants · 5 months
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The night of the living dead
TASK 2 // @silencehq
Cada semideus tinha sua própria visão sobre as missões que tinham ido. Algumas, vistas com glória, eram as que mais traziam vergonha, enquanto outras, pelas quais mais se orgulhavam, eram aquelas que os campistas ignoravam. Pietra nunca buscara glória; sabia que Hécate não se importava com tais coisas como os outros deuses, mas cada missão que aceitara tinha seu motivo. Seja para salvar alguém ou trazer algo importante de volta, sempre havia um propósito maior em mente. Se a glória assim viesse, seria consequência de suas escolhas.
Porém, naquela noite, o peso da pequena sacolinha em seu colo tornava ainda mais difícil ir para o meio da floresta. Cada segundo pesava em seu peito na dúvida de qual tinha sido a sua missão mais importante... Algo tão simples para alguns mas que reverberava em sua mente a procura de algo a mais. Algo que fizesse valer a pena lembrar dela? O que poderia ganhar o título de sua melhor missão? Uma que se sentiu bem ou uma que deu graças aos deuses por voltar viva? Os deuses não forneceram um só indicativo do que se orgulhavam, então como quantificar o que foi feito?
Como em outras noites de lua nova, Pietra acendeu sua lanterna para montar uma rápida fogueira e, agora com a luz natural do fogo, realizar um ritual. Era algo que mantinha da crença pagã, não fazia mal trazer um pouco do culto a Hécate para sua vida quando tudo o que fazia era tentar agradá-la, tentar ser merecedora de atenção e cuidado. Os desenhos no chão, junto com as pedras contornando a fogueira, formavam um símbolo praticamente perfeito. Por fim, Pietra saiu da cadeira de metal e posicionou-se em contato com os elementos que lhe davam vida.
"Oh mãe, eu chamo por ti! Mãe das Encruzilhadas Abra meus Caminhos! Ilumina minha visão, clareia meus pensamentos, ajuda-me a manter meus pés no caminho certo. O que devo aprender? O que devo desenvolver? Dai-me o poder..." proferia de olhos fechados segurando a pequena folha de louro perto do fogo e a fumaça cinza surgiu inebriando sua visão e levando-a para suas lembranças.
Tw: tiroteio, ataque a escolas, sangue
Seu corpo não era mais o mesmo, a pequena Pietra deveria ter uns 17 anos naquele época, sem os marcos cansados da faculdade e uma confiança inabalável de quem achava que a vida era eterna. Porém o que ia vir era ao completo oposto daquela crença... Estavam em uma escola de Ensino Médio no interior do país, o dia estava lindo e até o momento estava tudo bem, já tinham achado o semideus e estavam tentando o convencer a voltar para casa, só que do nada um som abafado ecoou pelos corredores, e de novo e de novo...
O ar saiu de seus pulmões como se estivesse lá novamente.
Os tiros não paravam e o caos estava armado. Junto a tudo aquilo, um cão infernal vinha em sua direção ignorando a multidão que corria e foi impossível de impedir o medo que a dominou naquele momento. Da mesma forma que naquele dia ela se juntou a multidão e correu sem pensar... Não tinha o que pensar! O único lugar seguro, então logo tinham umas 20 pessoas consigo dentro da quadra, todas com medo, tentando ligar para ajuda, procurando formas de bloquear as entradas... Mas quem disse que foi o suficiente para para o mal que estava ao lado de fora? A porta foi forçada em um barulho estrondoso, os gritos de ameaça vindos do outro lado misturados com o choro eram ensurdecedor, contudo, pela primeira vez, ela lembrou que aquilo era apenas uma lembrança.
Novamente seu peito se apertou, por saber que quem entrava primeiro era o atirador, lembrava como se fosse ontem o olhar daquele garoto e como ela demorou para conseguir lhe derrubar. Lembrava de ser jogada contra parede tentando defender um mortal, lembrava do desespero dos seus colegas de missão, dos gritos de dor e desespero.... Mas agora ela podia mudar isso, ela podia fazer diferente! A porta foi aberta em um chute e assim que ela o viu ali, a sua frente, ao lado do cão infernal, ela se arrepiou toda.
Toda a dor pelos adolescentes ao seu lado, todo medo, todo seu poder reverberando... Pietra era apenas um receptáculo de energia naquele momento, sendo alimentado pelos instintos mais basais do ser humano: A sobrevivência. No momento que o cão infernal pulou em cima de si para tirá-la da jogada um grito primitivo saiu de si. E com ele uma onda de poder que nunca tinha sido vista. Não lia nada no grimório, não havia feitiço para aquele momento. Sua mão tocava as paginas enquanto energia fluía pelo seu corpo em uma onda de luz roxa, não sabia o que estava fazendo, obvio que não, mas foi o que transformou a criatura em pó automaticamente. Foi aquilo que jogou o tirador longe. Foi aquilo que permitiu que todos saíssem correndo para fora da quadra.
fim do TW
O ar voltou aos pulmões de Pietra em uma lufada só, dolorido e potente, mas era a dúvida que mais lhe doía. Aquilo realmente tinha acontecido? Não, não era assim que se lembrava. Tinha apagado o atirador, mas não daquela forma... Sentou-se no chão com dificuldades, sua cabeça pulsava, mas a conta em sua mão tinha um desenho de um girassol roxo em meio a rastros de energia tão lindamente desenhado que parecia realmente brilhar. Tinha dado certo. Tinha salvado diversos jovens mortais, tinha concluído a sua missão e tinha voltado viva para casa. Realmente, não havia outra missão que se orgulhava mais do que aquela.
Seus olhos miraram em volta em busca de perigo, e só então percebeu o movimento sutil de suas pernas. Nada muito abrupto, mas o suficiente para que pudesse manter a estabilidade. A surpresa desenhou seu rosto quando novamente conseguiu movê-las. Obviamente, doía muito pouco movimento para a dor que sentia, mas naquele momento, aquilo era suficiente.
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