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⠀⠀⠀⠀ㅤㅤ⊱ㅤㅤ❝ por que eu pautaria minha vida baseada na sua presença, hana? ❞ ele soltou uma risadinha e deu de ombros ❝ eu não odeio todos os membros da kappa phi ❞ contestou, embora soubesse que isso soava falso. tirando meia dúzia de pessoas, aron realmente desprezava a maioria dos ex-colegas. ele havia entrado na fraternidade para agradar os pais, que se conheceram vivendo sob o mesmo teto, mas nunca encontrou ali um verdadeiro lar. para aron, a kappa phi era um ninho de gente mimada e sem senso de responsabilidade, pessoas que faziam trotes cruéis e machucavam inocentes com sua imprudência. ele se recusava a ser como eles, e depois do que aconteceu no seu trote, ficou claro que ele não seria uma presa fácil; assim, ao desgosto mútuo se instalou.
quanto a hana, sua atitude ríspida tinha outra origem. ele achava absurdo alguém como ela escolher um caminho tão pouco promissor e, pior, detestava-se por não ter a mesma coragem que ela para desviar das expectativas familiares. era pura e irritante inveja. aron queria pais tão compreensivos quanto os dela. se ele decidisse ir contra as expectativas, haveria consequências para si e para os que amava — isso afetaria sua mãe e irmãs, algo que ele jamais permitiria em sã consciência. assim, embora não se arrependesse das escolhas que fez, desde que descobriu sua doença, ele se perguntava se não deveria ter sido menos severo consigo mesmo e com os outros. inclusive com hana ❝ deve ter sido difícil conviver comigo naquela época ❞ disse, olhando para o jardim. o silêncio pairou por um momento enquanto aron observava as folhas balançando ao vento. ele sabia que tinha sido um fardo, que seu comportamento crítico afastava as pessoas ❝ eu estava tentando sobreviver do melhor jeito que podia, todos estávamos ❞
aron se voltou para hana com um sorrisinho nos lábios. em outros tempos, teria continuado a implicar sobre o quão fútil ela era, mas deteve-se ao ouvir a última frase da mulher. o desagrado implícito o fez repensar suas palavras. por mais satisfatório que fosse atingir um nervo dela, aron não queria ser lembrado daquela forma. ele pensou no que dizer, mordiscando o interior da bochecha até sentir o gosto metálico de sangue ❝ eu quis dizer que não há necessidade de se machucar, você já é bonita, mais do que o suficiente ❞ esse foi o primeiro elogio sincero que saiu de seus lábios em todos os anos que se conheciam. apesar de sempre terem sido um pé no sapato um do outro, ele não podia negar a beleza da mulher. o jeito como ela primeiro reclamou, mas depois pediu o curativo, fez com que ele soltasse uma risada. aron se aproximou, tirando da carteira dois band-aids. ❝ se me permitir, eu posso colocar para você, considere uma oferta de paz ❞
" — Se minha presença causa tanto incomodo, sugiro que da próxima vez evite locais e eventos que eu possa estar - este é um deles. Diferente de você, eu não odeio todos os membros da Kappha Phi. " Hana revidou, a voz em um tom contido como se não passasse de uma mera conversa trivial entre dois antigos colegas e não houvesse nenhuma animosidade em suas palavras. De qualquer forma, não estava falando nenhuma mentira. Aron não precisava estar na celebração de aniversário de um local que ele sempre demonstrou ter desprezo. Ao menos, essa era a impressão que Hana tivera quando conviviam sob o mesmo teto. Os motivos que levaram o antigo estudante de medicina a se juntar a uma fraternidade ainda continuavam um completo mistério para ela - e talvez até para ele. A pergunta seguinte, que parecia ser retórica, Hana limitou-se a responder com muxoxo de desdém e um dar de ombros. A indiferença, no entanto, deu lugar a curiosidade no instante seguinte quando Aron continuou o pensamento com meias palavras jogadas ao ar. " — A única coisa..? " incitou, com uma sobrancelha arqueada, proferindo a pergunta de forma sussurrada e levemente arrastada enquanto descruzava os braços e se inclinava para frente, as mãos ao lado do corpo espalmavam-se sobre o assento do banco. Ela tinha certeza que nada de bom acompanharia aquela resposta, mas, levando em conta tudo o que já havia sido dito, o que poderia ser pior ao ponto de fazer Aron se conter? Enquanto não obtinha a resposta, seguiu o homem com o olhar conforme ele se movia até a pilastra. " — É fácil para você dizer isso quando suas opções de sapatos são mais confortáveis. E, se o salto não me favorece, não sei outro calçado que o faria. " Hana não pôde evitar soar um pouco ressentida ao rebater Aron. De todos os comentários dele, o que mencionava sua aparência foi o único a atingir um nervo. Não deveria se importar, não era exatamente insegura em relação àquele quesito, e não é como se a opinião de Aron faria alguma diferença em sua vida, mas... se importava. Afinal, depois de levar uma hora para se arrumar, não era exatamente o tipo de elogio que qualquer mulher esperaria. " — Calo? Você que está sendo um calo no meu pé, o sapato só me machucou um pouco no calcanhar. Quanto ao band-aid... se você puder me fazer a gentileza de me dar um - dois, na verdade -, eu aceito. "
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SPN Hiatus Creations | Week 6: Winchester Brothers
“Up against good, evil, angels, devils, destiny, and God himself, they made their own choice. They chose family. And, well… isn’t that kinda the whole point?”
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⠀⠀⠀⠀ㅤㅤ⊱ㅤㅤ❝ calma... calma...❞ murmurou para si mesmo, tentando controlar a respiração. mas a sensação de náusea não diminuía, e a incerteza corroía sua mente. supostamente, esse era um efeito colateral do remédio que estava tomando, mas e se fosse apenas psicológico? e se ele fosse parte da parcela que estava tomando o placebo e aquela fosse apenas a doença avançando mais rápido do que ele imaginava? ele não queria acreditar nisso, mas a possibilidade era uma sombra constante em sua mente. aron fechou os olhos, tentando focar em algo positivo, qualquer coisa que pudesse usar para se acalmar quando ouviu wora chamando seu nome. wora, por deus, ela não podia vê-lo naquele estado. lentamente, ele abriu os olhos novamente, encarando seu reflexo ❝ você está bem ❞ disse a si mesmo, a voz firme apesar do tremor em suas mãos. com um último esforço, ele soltou a pia e se endireitou, determinado a não deixar transparecer nada para a amiga. ele odiava como aquela maldita doença estava arruinando sua vida, mas não deixaria que ninguém além dele sofresse com aquilo. quando saiu do quarto, havia um sorriso largo em seus lábios. aron entrou na cozinha, encontrando wora concentrada no fogão ❝ achei que você não quisesse minha companhia ❞ brincou, apertando a bochecha dela. ele era um ótimo cozinheiro, mas wora raramente deixava que ele a ajudasse quando estava hospedada em sua casa, o que resultava em refeições, no mínimo, interessantes ❝ o cheiro está bom ❞ disse ele, e não era mentira, embora o vapor apimentado também fizesse seus olhos arderem. aron pegou uma colher e provou o molho, o sabor espalhando-se em seu paladar ❝ sabe aqueles vídeos de quem come mais pimenta sem chorar? acho que conseguimos bastante visualizações com seu molho ❞ soltou uma risada, piscando para wora. pegou um copo de água, se encostando no balcão ❝ agora sem brincadeira, está apimentado, mas você sabe que eu gosto. quer que eu coloque a mesa? ❞
— 2024* 𝐜𝐥𝐨𝐬𝐞𝐝 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 with : @yoonwonk
wora estava no meio de um pequeno caos na cozinha: tigelas, legumes cortados de forma irregular e uma variedade de ingredientes estavam espalhados por toda parte. movia-se rapidamente, tentando seguir à risca a receita de tteokbokki que encontrara na internet, mas a complexidade dos passos a deixava um pouco confusa. parou por um momento, com um frasco de óleo de gergelim numa mão e uma colher de pau na outra, franzindo a testa enquanto tentava decifrar a próxima etapa da receita. "será que é uma colher de chá ou uma colher de sopa?", murmurou, olhando de volta para o celular. o aroma do alho e do gengibre começava a se espalhar pelo ar, misturando-se com o cheiro marcante da pimenta. sempre que ficava no apartamento de aron enquanto procurava sua própria casa, ela tentava retribuir de alguma maneira. costumava passar horas na cozinha preparando refeições elaboradas que, na maioria das vezes, não saiam como esperado. mas regra era clara: “ninguém entra na cozinha antes de tudo ‘tá pronto!”. naquele dia, não demorou muito para que quebrasse sua própria regra. "yoon, pode vir aqui um segundinho? preciso que você experimente isso… não sei se tá certo." disse, enfiando logo em seguida a colher na panela de molho borbulhante. "talvez eu tenha exagerado um pouquinho na pimenta." acrescentou com uma risada nervosa.
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⠀⠀⠀⠀ㅤㅤ⊱ㅤㅤaron ergueu o rosto, ainda fazendo um biquinho, que ao olhar para valentin se transformou num grande sorriso ❝ mesmo? ❞ ele se sentou na cama, segurou o rosto do outro nas mãos e depositou um beijo na testa dele ❝ você é o melhor ❞ aron era um bêbado engraçadinho, fácil de agradar e ficava muito mais carinhoso. não que ele fosse uma pessoa seca de verdade, ele apenas fingia ser assim, mas as pessoas mais próximas sabiam que ele era uma manteiga derretida. fora sua família, principalmente a mãe e as irmãs, valentin e wora eram os únicos que conheciam esse lado dele sem restrição. ele se importava, cuidava e amava com todo o coração. por isso tinha tanto receio em se colocar na mão das pessoas. porém, ele sabia que ali, com valentin, estava seguro. aron sabia que poderia se permitir ser vulnerável, que seus gestos de carinho seriam, pelo menos, aceitos. aron rapidamente se levantou, pegou a latinha das mãos do amigo, balançou, tomou o último gole e jogou tudo o que tinham consumido no lixo. ele odiava coisas espalhadas e bagunça. ele organizou rapidamente o espaço, alinhando as almofadas e dobrando uma manta solta ❝ pronto, agora sim, tudo em ordem ❞ murmurou para si mesmo. aron apagou as luzes, deixando apenas um abajur suave aceso. olhou para a porta por alguns segundos, tentado a trancá-la. ele geralmente não conseguia dormir sem trancar a porta, um hábito que adquiriu depois de tantas vezes ser acordado de supetão, com batidas na porta, janelas abertas e gritos. o hábito era uma forma de garantir que ele começaria e terminaria seus dias em seus próprios termos. porém, pensando no que valentin dissera, conteve-se.
ele se acomodou na cama, cobrindo os dois com a coberta. ficou encarando o teto por um tempo antes de começar a falar baixinho ❝ eu tive um sonho esses dias… ❞ começou, hesitante ❝ sonhei com a wora... e com você… ❞ normalmente, aron tinha vergonha de sonhar ou de admitir que sonhava. mas essa era a vantagem do álcool, você podia falar as coisas e colocar a culpa nele ❝ nós estávamos num lugar bonito, valentin, todos os dias eram tranquilos e felizes… não tínhamos compromisso com nossas famílias ❞ ele suspirou, um sorriso triste aparecendo em seus lábios ❝ eu queria poder tornar isso realidade… ❞ concluiu mentalmente, pelo menos para vocês. aron de fato se sacrificaria pelos dois, da mesma forma que havia assumido todas as obrigações com a família para que as irmãs pudessem ser mais livres do que ele. ele pensava nisso enquanto o silêncio da noite os envolvia. ❝ sabe ❞ continuou, sua voz cada vez mais fraca, quase um sussurro ❝ às vezes eu só quero escapar de tudo isso. só nós, sem preocupações, sem responsabilidades… ❞ ele virou a cabeça para olhar valentin ❝ eu só quero que você saiba que faria qualquer coisa… ❞ se interrompeu, tremendo ligeiramente. ele voltou a encarar o teto, sentindo a proximidade do amigo ao seu lado, o que lhe trazia conforto em meio à tempestade de pensamentos e responsabilidades que sempre o acompanhavam e, nos últimos dias, com a doença da mãe e as cobranças do pai, estava exponencialmente pior.
valentin riu como se a sugestão do amigo fosse absurda. ❛ abraçadinhos? de conchinha? ❜ devolveu em tom de brincadeira, claramente provocando o outro por conta do quão confortável se sentia ao lado dele. nem todo mundo acabava conhecendo qualquer lado de lioncourt que não fosse aquele que sustentava uma postura séria e decidida, de filho do juiz. mas o outro rapaz conhecia. conhecia até os lados que valentin não gostava de ver nem no espelho. e mesmo assim ainda era confortável estar com ele. porque yoon entendia, ele sabia como era. a gracinha logo foi varrida da expressão do mais novo entre os dois quando os olhos castanhos se voltaram para o rosto conhecido, dedicando a ele a sua atenção.
❛ não tem nada para se desculpar. ❜ entendia o que ele queria dizer. entendia mesmo o que ele não quisera verbalizar. era familiar, não o cenário descrito. mas a sensação. aquela era uma velha companheira. ❛ para mim sempre foi mais como uma prisão. como em desenhos antigos, sabe? uma cela com uma janelinha pequena por onde eu posso ver tudo o que eu queria conhecer e tudo o que eu queria fazer, mas só me resta imaginar como seria mesmo. porque eu tenho um limite de até onde posso ir e o que posso fazer sem que isso faça com que eu acabe com uma sentença de morte. ❜ às vezes, era como pagar pelos erros de outra pessoa. outras, era como um castigo pelas coisas que fizera às escondidas na tentativa de experimentar um pouco mais das coisas que povoavam sua mente. ❛ acho que sei do que está falando. ❜ finalizou, em tom solidário. ❛ e eu fico aqui com você. não vou dar espaço para que sua mente consiga fazer qualquer barulho, o que acha? ❜
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Kim Seon Ho for Nobleese Men.
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dinner with @onlyfooll
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ʚ ﹕ ❝ excuse moi? ❞ olhou para a bebida e depois para edouard com uma expressão ofendida ❝ matcha é muito melhor que café, além de ser mais saudável. acho que te falta um pouco de finesse para apreciar algo assim. sua comparação é o mesmo que falar que salada é ruim ❞ rosie era a maior defensora do matcha; ele tinha sorte que ela não começara a listar todos os benefícios dele para a saúde. ela ouvia as suspeitas do rapaz um pouco descrente, mas ele parecia muito convicto, então ela assentiu. ❝ deixa comigo, vou ficar de olho ❞ disse, pegando o papel e deixando o copo de lado para desdobrá-lo e ler. imediatamente, ergueu as sobrancelhas ❝ o quê? ❞ exclamou mais alto do que deveria, atraindo alguns olhares com sua surpresa. ❝ eddie, isso é sério ❞ falou mais baixo, ainda incrédula ❝ como você descobriu? e mais importante, como pode ter certeza que é verdade? ela sempre foi esquisita, mas… sei lá, não parece alguém que faria isso❞ rosie olhava para edouard, sua mente girando com a informação recém-revelada. havia um misto de ceticismo e preocupação em seu rosto.
.- A de cabelo branco mesmo... como você aguenta tomar essa grama? Eu acho o desenho verdinho lindo, mas o gosto de quintal que isso tem... - referia-se à bebida de Rose - e sim, eu estou falando sério... bom, não sobre o roubo de notebooks, talvez também... mas enfim, sobre os notebooks eu não tenho certeza ainda, mas repara bem nela depois; quando tem alguma sirene tocando ela entra em transe e fica paradona por um tempo. Um bom tempo. Acho que é crise de ausência, não sei... pra mim isso parece um trauma até porque... - passou um papel dobrado para Rose.

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⠀⠀⠀⠀ㅤㅤ⊱ㅤㅤseis meses se passaram desde que yoon comunicara que não trabalharia mais no hospital, e seu pai ainda nutria a esperança de que aquilo fosse uma fase rebelde tardia, uma que ele não tivera durante a adolescência. como uma punição silenciosa, seu pai o obrigava a comparecer a todos os jantares de negócios e reuniões com velhos amigos. na verdade, yoon não precisaria estar ali. ele tinha seu próprio dinheiro e era completamente capaz de bancar uma briga com o pai, dizendo que aquilo era ridículo, que ele não tinha mais 17 anos para ser obrigado a fazer o que não queria. mas ele não queria brigar. sempre que pensava em recusar, sua mente calculava quanto tempo ainda teria para viver normalmente. primeiro, quanto tempo teria sua cognição intacta; segundo, quanto tempo teria até que fosse incapaz de esconder seu tratamento e a progressão da doença. ele não queria ser tratado de forma diferente. então, ele estava aproveitando cada segundo que tinha, cada oportunidade para ficar perto da família e dos amigos. a presença forçada nesses eventos se tornara uma maneira de manter uma aparência de normalidade, de prolongar a ilusão de uma vida sem a sombra da doença.
⠀⠀⠀⠀ㅤㅤㅤㅤ❝ quem é esse mesmo? ❞, perguntou aron discretamente ao pai. apesar da expressão dura, o sr. kim informou e o repreendeu por não lembrar, mencionando que estiveram no baile beneficente do futuro primeiro-ministro no ano anterior. aron apenas assentiu e, quando chegou a hora, cumprimentou o homem com um sorriso agradável. quando ouviu uma voz doce chamando seu nome, seus olhos encontraram os dela. ela não precisava de introdução; aron sabia quem era. angelique era alguns anos mais nova que ele, mas ele sempre havia admirado sua beleza e inteligência. houve apenas uma sutil surpresa quando ela mencionou que eles eram próximos, mas nada que fizesse alguém suspeitar da pequena mentira. o pai, surpreso, começou a falar sobre como aron costumava ser tímido. ele sorriu e concordou em acompanhá-la, gentilmente oferecendo o braço para que ela segurasse enquanto se dirigiam a outra sala.
⠀⠀⠀⠀ㅤㅤㅤㅤ❝ digo o mesmo, angelique. fico feliz de ter desistido de fugir do jantar ❞ disse ele, evitando chamá-la pelo apelido, embora sempre tenha achado que lhe caía muito bem. quando ela comentou que ele não havia mudado, ele soltou uma risada sincera ❝ já que é um elogio, muito obrigado, mas eu espero ter mudado. sempre diziam que eu era o chato da turma e a última coisa que desejo é ser uma má companhia para a senhorita ❞ embora ainda fosse um nerd introvertido, aron não era mais tímido e conseguia ser simpático — e até charmoso — quando queria se esforçava ❝ você continua tão deslumbrante quanto antes ❞ ele lembrava de tê-la elogiado uma vez e ficado vermelho como um pimentão, numa festa para a qual damien o havia arrastado e convencido a beber. dessa vez, não havia vergonha nem insegurança; seu semblante estava relaxado ❝ quanto tempo vocês pretendem ficar em des moines? ❞ perguntou, sua voz suave e interessada.
Starter fechado com @yoonwonk Flashback: Paris - 2023
Jantares políticos eram um verdadeiro teste de paciência - e muitas vezes Angélique se perguntava se eles não seriam seu karma, porque aturar um bando homens ricos não era para qualquer pessoa - e naquela dia parecia verdadeiramente insuportável estar na presença de tantas pessoas influentes. No entanto, lá estava Angélique Park, fazendo seu papel de assessora exemplar do futuro primeiro ministro de Paris, enquanto ele conversava com um amigo aparentemente de longa data.
Angélique não prestara muita atenção na conversa, pelo menos não até escutar o sobrenome alheio e uma voz mais jovem levemente familiar. Os olhos escuros ergueram-se da tela do aparelho celular, onde digitava algumas mensagens aos repórteres querendo marcar entrevistas para o dia seguinte. A expressão de surpresa passou como um raio pelo rosto feminino, antes de voltar a ficar leve e um pequeno sorriso formou-se nos lábios. - Aron? - indagou, fazendo o chefe e o amigo dele virarem o rosto para si. - Estudamos juntos em Des Moines. - explicou brevemente, pedindo licença com delicadeza e levantando-se da mesa depois de chamar o antigo colega para ir consigo. - Com licença, senhores, vamos colocar os assuntos em dia. Faz tempo que não nos falamos e éramos próximos. - a última parte era uma mentira, Aron nunca foi muito sociável, mas isso não significava que ele e Angel não tivessem uma relação tranquila. - Não esperava te encontrar por aqui. É uma surpresa agradável. - virou o corpo suave e elegantemente na direção do maior, o sorriso ainda presente iluminando o rosto delicado. - Não mudou muito desde a faculdade. E isso é um elogio.
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⠀⠀⠀⠀ㅤㅤ⊱ㅤㅤdiscordar de tudo que saísse da boca de raphael era um hábito que aron não conseguia evitar. havia uma tensão estranha no ar, a troca de provocações que, de certa forma, ambos apreciavam, mesmo que Aron nunca admitisse ❝ existe, é chamado leave-me-alone. não sabia que eu sou a alma da festa? é que não vale a pena ser legal com você ❞ ironizou, mantendo um sorrisinho travesso. mas a pergunta de raphael fez com que ele revirasse os olhos ❝ é exatamente o que eu tô tentando fazer isso desde que tive o desprazer de te conhecer, mas você parece que se apaixonou por mim, não me esquece um segundo ❞ quando ouviu que raphael precisava de ajuda, fez um gesto para que ele continuasse, curioso para saber o que ele queria. contudo, o pedido por dinheiro quebrou a pouca expectativa que tinha. aron apenas suspirou e voltou a andar ❝ eu não sou banco nem agiota e muito menos faço caridade para marmanjo ❞ disse, sentindo raphael se aproximar outra vez. sabia que ele não ia desistir fácil, então continuou ❝ me diz para que é e eu posso pensar no seu caso ❞
mesmo já esperando aquela recepção, raphael precisou se segurar para não soltar uma risada ao ouvir a resposta do outro. era o tipo de interação que eles tinham o tempo inteiro, e aron nunca decepcionava quando precisava colocar o outro em seu lugar. não era como se as coisas entre eles fossem verdadeiramente agressivas, era apenas uma irritação mútua que nunca ultrapassaria aquilo. ❝ não existe nenhum problema com o meu cérebro, mas obrigado pela preocupação. espero que consigam inventar alguma coisa para melhorar a sua personalidade. ❞ disse com um sorriso, imaginando que qualquer pessoa que passasse por eles imaginaria que estavam tendo uma conversa amigável. ❝ nossa, pra quê a pressa? já quer se ver livre de mim? ❞ perguntou como se estivesse magoado. ❝ eu meio que preciso da sua ajuda. mais precisamente, do seu dinheiro. ❞ finalizou com um tom misterioso, sabendo que provavelmente receberia um belo não.
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Horizon, 2023 JAEHYUN
#esse homem#alguem me segura#a quantidade de gifset perfeito que não encaixa.... ai#se alguém viu a ask anterior que foi escrita igual cocô de elefante... perdão#tag**#deus hj tá difícil#vou entrar com ajuda de deus
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⠀⠀⠀⠀ㅤㅤ⊱ㅤㅤo orgulho do homem jamais permitiu que se importasse com os adjetivos que lhe eram atribuídos. por muito tempo, a única opinião que ouvia era do pai, e mesmo ele não era dado a elogios. então, ser chamado de azedo não deveria incomodá-lo; mas, por algum motivo, não gostou de ouvir aquilo. ele sentiu uma leve pontada de desconforto, uma sensação estranha que não costumava experimentar. preciso tomar remédio, pensou ❝ posso garantir que não foi minha intenção. se soubesse que você estava aqui, não teria vindo ❞ retrucou finalmente, sua voz mais controlada do que ele de fato se sentia. ele apertou os punhos por um momento, respirando fundo. você está bem, yoon, está tudo bem. a fala dela acabou por quebrar sua frieza por um momento, aron se permitiu rir diante daquela baboseira ❝ eu? fantasias sobre você? ❞ perguntou incrédulo ❝ só se for nos seus sonhos ❞ respondeu meneando a cabeça. talvez quem estivesse louca era era. ❝ a única coisa que eu já fiz fazer com você foi... ❞ ele se interrompeu, tirando os olhos de hana. aproximando-se do limite onde estavam com o jardim, se encostou na pilastra ❝ de qualquer forma, por que você se submete a usar algo que vai machucá-la? é tão fútil que chega a ser ridículo e não te deixa mais bonita ❞ após dar sua opinião não requisitada, relaxou os ombros. ainda que fosse hana, ele não conseguia apenas ignorar uma pessoa machucada. ❝ eu tenho um band-aid na carteira se você quiser não piorar esse calo ❞
" — Obrigada. " agradeceu cinicamente, oferecendo ao outro um sorriso igualmente forçado. Hana estava ciente de que aquilo não se tratava de um elogio, mas não estava disposta a responder a provocação alheia. Não queria entrar em uma discussão, temia que de alguma forma um dos dois se exaltassem e isso atraísse atenção indesejada para a situação. Hana já colocava muita coisa em risco por simplesmente estar ali. No entanto, manter os ânimos controlados era uma tarefa muito difícil quando a sua companhia continuava a proferir comentários ácidos. Respirando fundo para logo em seguida soltar ar em um riso soprado, Hana o encarou e ergueu o queixo. " — Oh, não se desculpe, o pensamento nem me ocorreu. Na verdade, este é um dos últimos cenários que conseguiria te imaginar - digo, em uma festa e nós dois, a sós. Mas confesso que me decepciona um pouco em saber que o tempo não surtiu efeito no seu humor azedo. " disse ela, arqueando as sobrancelhas enquanto cruzava os braços. Em seguida, os olhos castanhos desceram do rosto de Aron para observar a mão trêmula dele que apontava para o seu pé. Hana se indagou se aquilo era um sinal de que ele não estava bem ou se a tremedeira era causada pelo tamanho ódio alheio pela presença, mas optou por manter a curiosidade para si, limitando-se a encará-lo nos olhos mais uma vez, com uma expressão apática. Não era da sua conta, afinal. " — Estava me machucando e eu não esperava uma companhia quando a festa está acontecendo dentro da casa. Acho que é a minha vez de dizer que sinto muito em decepcionar qualquer que seja a sua fantasia sobre mim. "
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⠀⠀⠀⠀ㅤㅤ⊱ㅤㅤaron não entendia porquê as pessoas tinham tanta dificuldade em farmacologia se era uma matéria que exigia apenas boa memória. para ele, bastava ler duas ou três vezes, no máximo, para que conseguisse lembrar as características de determinado fármaco. estava voltando da aula de bom humor após ter gabaritado o teste surpresa mas, infelizmente, sua alegria não durou muito tempo. o leve sorriso foi substituído pela habitual carranca ao sentir o ombro sendo empurrado por raphael ❝ nenhum remédio vai consertar esse seu cérebro ❞ resmungou, ajeitando a mochila nas costas ❝ mas eu recomendo uma dose de semancol ❞ replicou o sorriso cínico, mas seus lábios formaram uma linha reta quando percebeu que o loiro não ia embora ❝ o que você quer? desembucha ❞
closed starter: raphael + kim yoon-won @yoonwonk
timeline: 2015
com os cabelos ainda molhados, raphael deixou o vestiário depois de se despedir dos seus colegas de time. sabia que deveria se apressar para passar as próximas horas na frente do computador, se preparando para um seminário que ele nem mesmo se lembrava sobre o que era, mas que deveria ser apresentado no dia seguinte para cobrir 60% da sua nota naquele semestre. ainda assim, tudo o que queria fazer era enrolar, procurar um motivo para se manter longe do seu dormitório e ele logo se materializou quando notou uma forma conhecida alguns passos na sua frente, possivelmente voltando de alguma aula. dando uma corridinha para lhe alcançar, deu um fraco empurrão no ombro do seu colega de fraternidade, lhe oferecendo um falso sorriso inocente. ❝ estou com um caso terrível de tédio, doutor. o senhor não teria algum medicamento para me preescrever? ❞
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⠀⠀⠀⠀ㅤㅤ⊱ㅤㅤpor mais que damien estivesse ao seu lado todos os dias, aguentando suas chatices e sendo um ótimo amigo, valentin era o único que realmente conhecia yoon. era impossível eles não serem próximos uma vez que suas famílias eram tão unidas. até seus destinos eram parecidos; aron seria um grande médico e diretor do hospital e valentin seria um dos maiores advogados da toda frança. talvez por isso o rapaz se sentia menos culpado de passar o tempo com ele do que com outras pessoas. só valentin sabia o que estavam deixando de lado por algum fragmento de diversão e isso o fazia se sentir menos sozinho com todo aquele peso que carregava ❝ e se a gente realmente dormir? ❞ tanto sua voz quanto a pergunta denunciavam que aron havia bebido mais que o suficiente ❝ damien não volta hoje… ❞ tomou um gole da cerveja, evitando o olhar do amigo ❝ é engraçado como eu sempre reclamo do barulho que ele faz enquanto estou estudando, mas o silêncio é bem pior… é quando minha cabeça faz barulho ❞ a confissão veio seguida de um encolher de ombros. quando finalmente virou para valentin, seus olhos brilhavam um pedido silencioso ❝ você já sentiu isso? como se estivesse num quarto completamente branco e estéril, sem portas nem janelas — e o pior não é a falta das coisas que deveriam existir, não — ❞ ele hesitou, engolindo em seco. pensou em tomar um gole da cerveja, mas só estava uma lata vazia em suas mãos, então continuou ❝ o pior são as paredes se fechando lentamente, tão lentamente que você quase não percebe quando ela se move, mas você sabe que o espaço tá cada vez menor e uma hora, você não sabe quando, você será esmagado; um dia você vai acordar e não vai sobrar nada além de uma lembrança do que você foi, das coisas que você queria experimentar, das pessoas que você… ❞ ele se interrompeu, piscou duas ou três vezes, então riu. era uma risada meio constrangida, meio embriagada, de quem sabia que tinha falado demais ❝ désolé, ça n’a aucun sens ❞ ele escondeu o rosto no travesseiro, sentindo o rosto queimar.
⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀( 𝒄𝒍𝒐𝒔𝒆𝒅 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓 ››
( 2015 ) ⸻ @yoonwonk said : ❛ you don't have to leave just yet ... you could stay the night if you wanted to. ❜
estava confortável demais em uma cama que não era sua. de onde já deveria ter saído pelo menos horas atrás. deveria estar em seu próprio quarto, estudando. mas não. valentin era culpado. estava aproveitando até demais aquelas horas pecaminosas de uma liberdade proibida. tinha sido criado para acreditar que tempo ocioso era tempo perdido e a culpa vinha de maneira inevitável em algum momento. mas ali ele decidiu contorná-la com mais um gole na cerveja que já estava chegando ao fim. ❛ sabe que se eu ficar aqui, nenhum de nós vai dormir. e temos aula logo cedo. ❜ lembrou-o com uma risada anasalada acompanhando as palavras. ❛ além do mais, preciso repassar umas anotações antes de dormir. ❜ não precisava, na verdade. faria isso para tentar compensar as horas de diversão.
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⠀⠀flashback⠀⠀⊱ㅤㅤaron se desvencilhou do pai, o rosto retorcido numa dor que ele já não sabia se era física ou emocional. seus olhos procuravam a saída mais próxima, mas a visão perseguida por auras o impediam de enxergar muita coisa. o garçom não conseguiu desviar do homem, que acabou com champanhe molhando suas vestes. ele murmurou uma desculpa e entrou na primeira porta que encontrou, tentando ignorar a atenção momentânea que recebera. como já era tarde da noite, provavelmente achariam que ele estava bêbado, a esperança acalmando seu coração. aron se encostou na porta, com os olhos fechados, tentando regular a respiração quando ouviu uma voz — infelizmente — conhecida ❝ você continua muito perceptiva, hana ❞ seus lábios se curvaram num sorriso forçado. ele suspirou, enfim abrindo os olhos para encarar a mulher ❝ sinto muito em decepcionar sua fantasia de que eu sairia da festa para te ver ❞ retrucou como nos velhos tempos. naquela época, ele realmente teria feito isso ou pior, como na vez em que jogara um balde de água da janela depois que hana (para variar) havia o ignorado ❝ não sabia que você descia do salto ❞ apontou para o pé alheio antes de esconder as mãos no bolso, na esperança que ela não tivesse percebido que estava tremendo. maldita hora para passar mal.
closed starter - @yoonwonk
Em uma busca por refúgio calmo onde pudesse dar um descanso para sua mente e seus pés doloridos, Hana passou pelos convidados atravessando os cômodos até chegar na varanda atrás da casa, onde as vozes e a música estavam distantes e abafadas. Ela se acomodou em um banco suspenso e se livrou dos saltos rapidamente, descartando-os no chão. Logo em seguida, com um suspiro, deixou os ombros caírem e o corpo encontrar o encosto do banco. Então, permaneceu dessa forma: imóvel, apenas observando o quintal pouco iluminado e amaldiçoando-se mentalmente por não ter trazido consigo seu maço de cigarros - ela poderia fazer bom uso de um. Contudo, o momento de introspecção não durou muito. O ranger da porta anunciava a presença de um convidado inesperado. Hana revirou os olhos e suspirou novamente, dessa vez, aborrecida. Voltando sua atenção para a direção alheia, os olhos castanhos, agora semicerrados, tentaram reconhecer a figura que na má iluminação e falharam. " — Parece que não sou a única que precisava tomar um ar... " brincou, tentando uma abordagem simpática, embora o seu humor não correpondesse com a altura. A vontade de socializar, que já estava baixa, se tornou praticamente nula ao perceber de quem se tratava a companhia inesperada - não havia passagem do tempo que fizesse esquecer aquela expressão ranzinza. Mas, por convenção, Hana se esforçaria para manter o tom amistoso na medida do possível. As pessoas mudam, e se ela estava diferente, talvez Yoonwon tivesse se tornado alguém... tolerável. " — Ou, eu voltei no tempo e você veio reclamar que estou fumando embaixo da janela do seu quarto? Porque seria a primeira e única vez que eu não estaria mentindo se dissesse que você está imaginando coisas. "
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