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trinitybloodbr · 4 months ago
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Trinity Blood - Reborn on the Mars Volume I - A Estrela do Lamento ----------------- ⚠️ ESSA OBRA EM HIPÓTESE ALGUMA É DE MINHA AUTORIA. TRADUÇÃO REALIZADA DE FÃ PARA FÃS. NÃO REPUBLIQUE OU POSTE EM OUTRAS PLATAFORMAS SEM AUTORIZAÇÃO. SE CASO POSSÍVEL, DÊ SUPORTE AOS AUTORES E ARTISTAS COMPRANDO AS OBRAS ORIGINAIS. ⚠️ -----------------
Não sabe por onde começar? Confira o Roteiro de Leitura (。•̀ᴗ-)✧!!!
Capítulo 4: A Estrela do Lamento
— Você o matou?
— ..........
A noviça perguntou, temerosa, mas o padre não respondeu nada. As sinistras extensões que antes se projetavam de suas costas já haviam desaparecido sem deixar vestígios. Até a cor de seus olhos havia voltado ao habitual tom límpido de um lago invernal.
— Padre... quem realmente você...?
— Mais do que a mim, Esther-san...
Como se nada tivesse acontecido, Abel guardou seus óculos redondos no bolso e lançou um olhar para Esther, incentivando-a a continuar.
— Peço que, por favor, cuide daquilo.
Dentro do holograma, a contagem regressiva ainda continuava. No alto do céu, uma terceira aurora começava a tremular. Esther ainda parecia querer dizer algo, mas, após um aceno, correu em direção ao teclado.
Após vê-la partir, Abel voltou a baixar os olhos para seus pés. O braço direito do nobre, que jazia na lama ensanguentada, estava ausente a partir do ombro, e um profundo corte podia ser visto em seu abdômen. No entanto, ele ainda era um Methuselah — a criatura mais poderosa da Terra.
— ...Por que não me mata?
A voz estava rouca, mas surpreendentemente clara, quando Gyula perguntou ao padre, autor daquela cenário violento.
— Matar-me deveria ser o trabalho de Vossa Excelência... ou será que está apenas se divertindo em me torturar?
— Minha missão é destruir a sua 'Estrela do Lamento', não tirar a sua vida, Marquês da Hungria. Além disso, não tenho o hábito de torturar pessoas por diversão.
— Pessoa?
Nos olhos de Gyula, que olhou de volta para Abel, brilhou uma luz curiosa.
A ele... Este homem está chamando a ele — um vampiro — de "pessoa"?
— Sim, pessoa... Esther-san, como está aí?
— Sim... Agora terminei de digitar. Se fosse uma máquina de escrever, eu teria prática por ajudar a Reverenda várias vezes digitando, mas é a primeira vez que mexo com uma inteligência eletrônica.
Com movimentos inexperientes, Esther terminou de digitar no teclado e parecia estar verificando a tela mais uma vez.
‘Nós renovaremos o mundo através do fogo’ — ‘Igne Natura Renovatur Integra’ ── Após confirmar que a sequência de palavras desconhecidas estava digitada, uma a uma, sem um único erro, pressionou o botão de entrada.
— Isso deve estar certo... Eh!?
Olhando para a tela com satisfação, as sobrancelhas de Esther subitamente se franziram.
A contagem regressiva ainda continuava.
— Que estranho...
Ela pressionou o botão de entrada várias vezes, mas a tela não mudou. A esta altura, já deveria estar acontecendo a explosão da "Estrela do Lamento" nos céus. E ainda assim, por que apenas a contagem continuava avançando?
— O que é isso...!?
— O que aconteceu?
O padre, que estava ao lado de Esther, que se afligia sozinha, espiou a tela. Suas sobrancelhas logo se tornaram sombrias.
— Isso é estranho... Você inseriu corretamente o código?
— Sim. Exatamente como Dietrich disse...
〈Olá, Esther...〉
Foi nesse momento que a tela subitamente mudou.
A tela operacional da inteligência eletrônica, antes apenas funcional e sem graça, agora exibia um belo, porém malicioso, sorriso.
〈O fato de estar vendo esta imagem significa que você acabou inserindo o código exatamente como eu disse, não é?〉
— Di... Dietrich!
Esther se levantou instintivamente e gritou.
— O-o que você pensa que está fazendo!?
— Esther-san, acalme-se... Isto não é uma transmissão ao vivo. É um arquivo de vídeo gravado dentro da inteligência elétrica.
Com uma expressão séria, Abel fez uma observação. Como se confirmando suas palavras, o jovem na imagem continuava a falar sem reagir à voz de Esther.
〈Esther, preciso pedir desculpas a você por algo. Sobre o comando que você inseriu há pouco... aquilo não era um código de autodestruição... Na verdade, era um código de alteração de alvo.〉
— !?
O tom era tão descontraído quanto se estivesse se desculpando por faltar a um encontro, mas o conteúdo era mais do que suficiente para fazer o rosto de Esther mudar de cor de forma vívida.
〈Mas não se preocupe. Agora, István, onde você está, está seguro. O alvo foi alterado para Bizâncio... Ah, será que você conhece Bizâncio? A capital do ‘Império’, um verdadeiro covil daqueles vampiros que você tanto odeia.〉
— !
Certamente, os valores de coordenadas especificados na tela haviam mudado completamente em relação aos de antes. Para Esther, uma leiga no assunto, aqueles números eram indecifráveis. No entanto, se aquilo realmente estivesse apontando para o ‘Império’...
〈Se a capital imperial for atacada, eles certamente não ficarão em silêncio. Humanos e vampiros entrarão na guerra final... E então, Esther? Como se sente por ter puxado o gatilho final?〉
— ...V-Você é o pior!
Esther sabia que o que via era apenas uma gravação, mas não conseguiu conter as palavras que cuspiu.
— Até o último momento!
〈Depois de ter sido enganada tantas vezes, você ainda acredita no que eu digo? Você é mesmo ingênua. Bom, esse seu lado doce... eu até gostava bastante dele. Então, até mais, Esther. Espero que nos encontremos de novo algum dia.〉
Mesmo depois que a figura do jovem desapareceu com um riso contido, Esther continuou a encarar a tela. No entanto, foi apenas quando uma mão ensanguentada se estendeu em direção ao teclado ao seu lado que ela voltou a si, assustada.
— Padre!
— Esther-san, por favor, afaste-se.
Silenciosamente, ele afastou a garota para o lado. Quem agora estava diante do teclado era Abel. Com o rosto inclinado para baixo, seus olhos refletiam a luz da tela, brilhando em um tom azul.
— É inútil, Padre Nightroad... A inteligência eletrônica da ‘Estrela do Lamento’ é especial. Se o que Dietrich disse for verdade, então é a mais antiga sobrevivente do ‘Armagedom’. Nem mesmo Vossa Excelência poderá...
— ..........
Abel não respondeu a arfante respiração de Gyula. Apenas, em silêncio, passou os olhos pelos inúmeros números que apareciam na tela. Então, pousou as mãos sobre o teclado e começou a mover os dedos suavemente para cima e para baixo. No início, devagar, mas pouco a pouco, seus movimentos se tornaram mais rápidos.
— Er...bem, padre...?
Ao seu lado, Esther arregalou os olhos. Seus dedos se moviam com a precisão vívida de um pianista diante de um teclado. Mas inserir comandos em uma inteligência elétrica era uma tarefa extremamente difícil, exigindo um programador especializado, vasto conhecimento e um nível meticuloso de atenção. Definitivamente, não era algo que um amador pudesse fazer.
— P-padre, se você simplesmente digitar qualquer coisa ao acaso...
— Silêncio.
Com uma voz gélida, como se ele próprio tivesse se fundido à inteligência elétrica, Abel cortou Esther e continuou a digitar. Enquanto isso, a contagem regressiva persistia. O som das teclas competia com os números que diminuíam implacavelmente na tela.
〈Tempo até o disparo: 40 segundos restantes. 39, 38, 37...〉
Logo após o início da contagem regressiva pela voz mecânica, as mãos do padre, que se moviam sobre o painel de controle, pararam. Como se o espírito que o possuía tivesse se dissipado, ele ergueu o rosto pálido. Sem dar atenção a Esther, que o observava ansiosa, contorcendo-se de nervosismo, Abel murmurou com uma voz fria.
— Entrada de voz no programa de gerenciamento. Solicito a transição para o modo de administrador do sistema.
〈… 〉
Num instante, a voz que anunciava a contagem regressiva cessou. Não, não foi apenas a voz. Até mesmo os números que mudavam freneticamente na tela pararam por um breve momento. Era como se um cão, ao ouvir a voz de seu dono supostamente falecido, tivesse erguido o rosto com um sobressalto.
〈……Entendido.〉
O que se ouviu em seguida não foi mais a voz robótica e neutra de antes, mas sim uma voz feminina suave. Ela começou a falar em um tom respeitoso, semelhante ao de um vassalo leal respondendo ao seu senhor.
〈A partir de agora, a transição para o modo de administrador do sistema será feita via entrada de voz. Adicionalmente, as tarefas em andamento continuarão em paralelo. Restam trinta segundos. Vinte e nove. Vinte e oito. Vinte e sete...〉
— Distribuir a fonte com prioridade máxima para os comandos de emergência dentro do sistema. Congelar todas as tarefas operacionais gerais.
〈O arquivo de comando foi destruído pelo administrador do sistema. Consulte o endereço R200055 para obter a causa do erro──〉
— Não é necessário.
Era como se uma pessoa desconhecida estivesse conversando com Deus ou com o Diabo em uma língua estranha. Dando um pequeno estalo de língua diante dos olhos atônitos de Esther, Abel recitou rapidamente outro encantamento.
— Quantos comandos de congelamento do sistema estão disponíveis? Não temos tempo. Não precisa exibir os endereços.
〈Entendido. Iniciando busca... Concluído. Há apenas um que atende às condições da pergunta.〉
— Qual?
〈Código de autodestruição, baseado no regulamento de proteção 3090.〉
— .....
Os lábios de Abel pararam de se mover. Como se estivesse se desculpando por algo, seu olhar se voltou para Gyula, que ainda jazia no chão. No entanto, isso durou menos de um segundo.
— Código de autodestruição, insira. Com base no Regulamento de Proteção 3090, inicie a autodestruição.
〈A inserção do código requer a apresentação de um passe de qualificação classe especial A ou superior. Por favor, apresente a senha do administrador.〉
— A senha do administrador é...
Respirando fundo, o padre recitou mais uma vez um encantamento.
— Comandante da Força Aérea e Espacial das Nações Unidas, Abel Nightroad. Departamento de Segurança da Divisão de Gerenciamento do Projeto Red Mars. Código de Registro UNASF 94-8-666-02ak.
〈Senha confirmada〉
A inteligência elétrica artificial respondeu respeitosamente, como sempre.
〈A partir de agora, este sistema será autodestruído com base na Regulamentação de Proteção 3090. Além disso, juntamente com a autodestruição do sistema, todos os satélites de transmissão de energia da órbita 7782 serão descartados. Obrigado por utilizar nossos serviços.〉
— .......
A voz, que até então falava de maneira impassível, de repente silenciou. No mesmo instante, os números exibidos na tela começaram a desaparecer um a um.
Olhando fixamente para a tela, que aos poucos ia escurecendo, o que estaria pensando? O padre soltou um profundo suspiro e, então, ergueu o olhar para além da janela, murmurando para ninguém em particular.
— Por todo esse tempo, obrigado pelo seu trabalho...
Ao olhar para cima, via-se uma noite de lua brilhante. A "primeira lua", que acompanhava esta estrela desde o seu nascimento, surgia no céu oriental. Por outro lado, a "segunda lua" — com sua forma tão grotesca que parecia ter sido criada por um demônio brincalhão — brilhava de maneira disforme, sendo chamada de "a lua dos vampiros". Como o olho de um deus vigiando os mortais, sua presença funesta continuava a pairar num ponto fixo do céu do sul.
E então, ali perto, uma grande estrela, que brilhava intensamente sobrepujando todas as outras, pôde ser vista apagando-se silenciosamente enquanto cintilava...
— ...O-O que aconteceu?
Com uma voz que parecia prestes a desmoronar, Esther gemeu. Com seu nível de conhecimento, era difícil demais compreender o que acabara de acontecer diante de seus olhos. Mas uma coisa era certa: algo completamente extraordinário havia ocorrido.
— O que aconteceu? E a 'Estrela'?
— A 'Estrela' já não existe mais.
A resposta à dúvida da garota veio de uma voz vinda do chão.
— A 'Estrela' já não está em lugar algum... Tudo acabou. Não, talvez seja melhor dizer que tudo foi encerrado.
Gyula olhava para Esther com olhos de certa forma gentis, mas então desviou o olhar para o padre, que permanecia em silêncio.
— Como esperado, Vossa Excelência é exatamente a pessoa que eu imaginei, Padre Nightroad...
— .....
O vampiro ferido tentou dizer algo, mas Abel balançou a cabeça gentilmente. Se aquilo significava para ele não dizer mais nada ou se era por preocupação com seus ferimentos, não se sabia. Mas Gyula, como se tivesse compreendido, acenou profundamente e, com uma expressão tranquila, mudou de assunto.
— A propósito, será que poderá ouvir um pedido meu, Padre Nightroad?
Mesmo tendo seu braço decepado e carregando um profundo corte no abdômen, a vitalidade dos Methuselah não privou Gyula de sua voz. Apesar de rouca, suas palavras eram claras, e o vampiro ferido as teceu com precisão.
— Se for enviado a Roma, serei morto. Se é para morrer de qualquer forma, não quero ser morto pelos Juízes da Inquisição de Roma... Não poderia conceder a chance de vingança por meio desta irmã?
— Eh?
A garota, que até então estava caída no chão como se estivesse atordoada, estremeceu e ergueu o rosto. Sem entender o que lhe havia sido dito, olhava alternadamente para Abel e Gyula. Observando seu rosto manchado de sangue, Gyula acrescentou em um tom tranquilo.
— Eu tirei dela as pessoas que lhe eram preciosas... Ela tem o direito de se vingar. Isso é justo. Muito justo. E eu tenho a obrigação de morrer por suas mãos.
— ........
O que ele estava tentando dizer...? Abel abriu e fechou a boca duas ou três vezes, como se quisesse falar algo. Mas, no fim, calou-se sem dizer uma única palavra. Em vez disso, o que pegou do chão foi seu antigo revólver.
— Esther-san, aqui, pegue isto.
Trocando o carregador por um novo, o padre engatilhou o revólver e colocou a arma nas mãos da noviça.
— O que está carregado dentro são balas de prata... Se atirar no coração ou no cérebro, poderá matá-lo instantaneamente.
— .......
Como se estivesse perplexa com o peso metálico que de repente surgiu em suas mãos, Esther olhou para a arma. Com os olhos arregalados, alternou o olhar entre o rosto do vampiro, que jazia na lama ensanguentada, e a arma em suas mãos.
— ...Me desculpe.
Deitado no chão, Gyula pediu desculpas à garota com serenidade.
— A minha vingança foi justa. Não deixarei que ninguém diga que foi um erro. Mas também é verdade que tirei de você aqueles que eram preciosos... Você tem o direito de se vingar.
— E-eu...
O que ela realmente queria fazer?
Sentindo ao mesmo tempo o calor da mão do padre sobre sua própria mão trêmula e a frieza do aço, Esther se questionou.
A Reverenda que lhe criou quando eu era órfã, os muitos companheiros partisans e todas as pessoas da cidade...
Todos foram mortos por esse cara.
Não havia como não querer matá-lo. Ela mesma não era Deus nem um anjo. Assim como sabia amar, também sabia odiar.
Porém... Esther percebeu que o homem à sua frente também era assim.                       
— Eu te odeio. Quero vingar a Reverenda e todos os outros ── isso é verdade. Mas...
Após hesitar, a garota sussurrou com uma voz quase inaudível.
— Mas... acho que atirar em você seria um erro.
Ela balançou a cabeça para Gyula, que a olhava com estranheza, e então ergueu os olhos para o padre, com um olhar, como o de uma criança perdida de seu caminho.
— Deve ser porque eu sou tola, então não entendo muito bem. Não entendo, mas, de qualquer forma, isso está errado... Padre, eu sou estranha?
— ...Não, nem um pouco.
Com um sorriso que parecia contemplar toda a bondade deste mundo, o padre balançou a cabeça. Mantendo aquele sorriso que penetrava a alma, dirigiu-se a Gyula, que permanecia em silêncio, como se quisesse dizer algo.
— O ódio não gera nada... Não, bem, até eu me sinto envergonhado de dizer isso, mas parece que é assim que as coisas são, Gyula-san. Bom, sendo assim, desista de fazê-la puxar o gatilho... Agora, parece que a cidade também está ficando mais calma.
Na cidade visível a partir do terraço, de tempos em tempos, clarões que pareciam explosões ou disparos de armas de fogo cintilavam. No entanto, o desfecho já começava a se desenhar. Ainda estava longe de se poder dizer que a calma havia sido restaurada, mas a ordem, de certa forma, parecia estar retornando pouco a pouco.
Naquele exato momento, voltando-se para a nova silhueta que acabara de entrar no salão, Abel levantou levemente a mão.
— Ah! Olá, Tres-kun. Terminou por aí?
— Positive. 97% das forças da Guarda Militar estacionadas na cidade foram subjugadas.
O Padre Tres Iqus – o Executor Enviado, conhecido como 'Gunslinger' – manteve sua voz tão carente de entonação como sempre, mas sua resposta foi mecanicamente precisa.
— Depois que o Quartel-General foi destruído, a maioria perdeu a vontade de lutar e começou a se render. Com a participação da população civil ao lado dos partisans, os combates em si progrediram sem grandes problemas. Atualmente, 'Iron Maiden' está cooperando com os partisans para erradicar os inimigos remanescentes. A operação deve ser concluída antes da chegada do exército do Vaticano.
— Isso é um alívio.
Embora um número considerável de sacrifícios tenha sido feito, o combate urbano foi evitado de alguma forma. Além disso, devido à posição perante os países vizinhos, o Vaticano precisava demonstrar generosidade em relação a István após a ocupação. A reconstrução provavelmente avançaria em ritmo acelerado, e o fornecimento de alimentos também seria garantido. Diversas medidas seriam tomadas para garantir que os cidadãos exaustos pudessem sobreviver ao inverno com segurança.
Abel voltou a olhar para o terraço mais uma vez. Talvez os partisans já tenham alcançado o palácio, pois vozes trocando gritos podiam ser ouvidas ao longe, levadas pelo vento.
— Então, vamos nos retirar também? O resto deixamos para os partisans...
— ...Vocês, desgraçados, são os únicos que eu nunca vou deixar escapar, seus padres de merda!
Além do terraço, uma enorme sombra erguida no pátio rugiu.
O uniforme militar azul-escuro que cobria seu imenso corpo estava irreconhecível, sujo de sangue e lama. No entanto, a expressão feroz, com presas expostas como as de um peixe carnívoro, não deixava dúvidas para ninguém ali — era Radco’n. Ele deveria estar sob a custódia dos partisans após sua derrota, mas como diabos conseguiu escapar? Seu corpo, coberto de sangue, parecia um milagre ainda estar vivo.
No entanto, como um cadáver ambulante movido pelo ódio e por uma obsessão insana, o gigante ensanguentado permanecia firmemente plantado no meio do pátio. E em suas mãos, ele empunhava uma besta que lhes era familiar.
— Morraaa!
Diante da situação repentina, evitar o ataque era impossível. Apontada para Esther, que estava paralisada, o gatilho de sua própria besta foi puxado pelo gigante junto com um rugido feroz.
Naquele instante, sem sequer olhar para trás, a M13 de Tres foi sacada e rugiu sobre seu ombro. O gigante, atingido com precisão entre os olhos por um projétil de 13mm de alta potência que atravessou seu bulbo raquidiano, foi arremessado para trás, espalhando massa encefálica pela parte de trás de sua cabeça.
Porém, a flecha disparada...
— Ma-Marquês da Hungria!
Esther soltou um grito quase como um lamento. Diante dela, uma sombra sem o braço direito erguia-se como uma parede. Cravada em seu peito estava uma flecha grossa, cujo eixo havia sido impregnado com uma solução de nitrato de prata.
— ......
Com um fedor anormal de carne derretida, Gyula deu um passo lento para trás antes de desabar novamente no chão. Quando Esther, ajoelhando-se por reflexo, o ergueu nos braços, ele já havia começado a sofrer pequenas convulsões.
— Por quê? Por que me protegeu!?
— Q-quem sabe... por quê, hein...?
Uma flecha grossa embebida em nitrato de prata atravessando o coração — nem mesmo a vitalidade dos Methuselah poderia suportar isso. Gyula, forçando a voz em meio a um gorgolejo de sangue espumoso, já tinha um véu branco começando a cobrir seus olhos.
— Eu deveria odiar vocês... Mas por que fui proteger um terran... e ainda por cima, uma noviça...?
— Não fale mais nada!
Esther reprimiu apressadamente o vampiro, que esboçava um sorriso amargo. No entanto, mesmo tentando detê-lo, ela não fazia ideia do que deveria fazer. Olhou para os dois padres em busca de ajuda, mas um permaneceu impassível, enquanto o outro apenas sacudiu a cabeça, desorientado.
— Onde foi que eu errei...? Por que eu...?
Com olhos que já deveriam não mais enxergar, Gyula olhou para Esther e sussurrou. Seu rosto já não mostrava sinais de dor. Pelo contrário, sua expressão pálida parecia até serena.
— Eu só queria ver o seu rosto feliz, Maria... Como foi que chegamos a esse ponto...?
— .......
Esther percebeu que, nos olhos já cegos do homem, o que se refletia era algum outro lugar que não aquele. E que as palavras que ele dizia não eram dirigidas a ela, mas a alguém mais.
— ...Obrigada, querido.
De maneira surpreendente, não sentia aversão.
Quando percebeu, já havia encostado sua própria bochecha na bochecha ensanguentada que abraçava e, com doçura, Esther sussurrou:
— Obrigada... Mas já é o suficiente. De verdade, muito obrigada.
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— ......
Por fim, parecia que Gyula sorriu.
Ela teve a impressão de que seus lábios se moveram levemente, mas talvez fosse apenas sua imaginação. As pálpebras, que se fecharam suavemente, esconderam seus olhos cinzentos — e então, nunca mais se abriram.
— ...Senhor, por favor, conceda paz a esta alma.
Por que estava chorando? — Enquanto se perguntava isso, achando estranho que as lágrimas quentes que caíam de seus olhos molhassem tanto sua própria face quanto a do homem morto, Esther fez o sinal da cruz pelo falecido, apenas pelo falecido.
— Que ele possa se reencontrar com sua pessoa amada e que a misericórdia o guie... Amém.
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Roteiro de Leitura (。•̀ᴗ-)✧!
Créditos da tradução:
Lutie (◕‿◕✿)
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sotet-kiralyno · 9 months ago
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Mi történik ha egy fényes csillag meghal?
Egy fekete lyuk keletkezik.
Az egykori ragyogó fény hirtelen kihuny és hullámokat kelt térben és időben.
22 notes · View notes
annwn · 2 years ago
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148 notes · View notes
veddafenyt · 1 year ago
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Téged látlak minden ragyogó csillagban.❤️
Hiányzol.
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imagella-blog · 25 days ago
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Csillag a LinkedIn legjobbjai között
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emlekeimhullama · 2 years ago
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2023.07.30.
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undergroundrockpress · 1 year ago
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Johnny Thunders in London - Apr 1977. Photo by Andre Csillag.
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kidpix-album-covers · 4 months ago
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Venetian Snares - Rossz Csillag Alatt Született (2005)
(requested by @batterysystem)
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shinsui-f-works · 8 months ago
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METALLICA 1985.
image from japanese music magazine 〝BURRN!〟Mar/1996. calendar poster.
Photo by andre csillag-relay Photos/imperial press. www.andrecsillag.com
◆Image design by Shinsui_f_works.
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szollibisz · 6 months ago
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this is the dumbest zine I've ever made. anyways go listen to csillag vagy fecske by kispál és a borz
for my english audience the song is titled star or swallow (alternative read is swallow you're a star) so I created this zine to help you all decide what is a star and what is a swallow. very informative i know
Also! I had a lot of fun creating all the linework for the drawings traditionally and adding the screentones on top digitally. mixed media yaaaaay <333333
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trinitybloodbr · 5 months ago
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Trinity Blood - Reborn on the Mars Volume I - A Estrela do Lamento ----------------- ⚠️ ESSA OBRA EM HIPÓTESE ALGUMA É DE MINHA AUTORIA. TRADUÇÃO REALIZADA DE FÃ PARA FÃS. NÃO REPUBLIQUE OU POSTE EM OUTRAS PLATAFORMAS SEM AUTORIZAÇÃO. SE CASO POSSÍVEL, DÊ SUPORTE AOS AUTORES E ARTISTAS COMPRANDO AS OBRAS ORIGINAIS. ⚠️ -----------------
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Capítulo 2: O Banquete da Escuridão
Sob as lâmpadas que oscilavam no teto, homens e mulheres trajando roupas tradicionais coloridas dançavam rodopiando incessantemente. Os giros intensos ao ponto de deixar alguém tonto eram passos únicos da dança folclórica daquela região.
Os rostos dos homens, que acompanham o ritmo com assobios e palmas ao som animado e rústico do hurdy-gurdy e do acordeão, estavam tão vermelhos quanto fogo. Entre risadas e provocações, garrafas do melhor licor eram passadas de mão em mão, enquanto barris de vinho eram abertos um após o outro. Sendo uma adega escavada no subsolo da maior taverna da cidade, havia abundância de bebida e comida.
Não, ali não havia apenas bebida e comida. Uma prensa rotativa simples, pilhas de panfletos recém-impressos e ferramentas de fabricação de uso incerto estavam espalhadas por todo o espaço, ocupando cada canto. Ao lado de um torno mecânico estava uma submetralhadora feita à mão.
— Ora bem! Vocês se chamam de 'partisans', então eu pensei que morassem em algum lugar no meio das montanhas. Nunca imaginei que tivessem um esconderijo tão impressionante bem no centro da cidade.
— É justamente por estarmos no meio da cidade que, ao contrário, não somos encontrados. Como se dizia antigamente: 'Se quer esconder uma árvore, esconda em uma floresta'... Aqui, por favor, padre.
Um copo fumegante foi estendido ao padre, que suspirava de forma admirada fora do círculo de dança. Enquanto recebia com cuidado o leite quente repleto de açúcar, Abel agradeceu à garota que se sentou ao seu lado.
— Ah, muito obrigado, Esther-san... Huum! Está delicioso.
— Que bom. Como você disse que não queria mais ver álcool, pedi para fazerem rapidamente na cozinha.
Olhando para o padre feliz, com a boca toda branca, a freira ruiva sorriu contente. Quando sorriu, os cantos de seus olhos se abaixaram, fazendo-a parecer mais jovem do que seus dezessete anos. Daquele sorriso sem preocupações, ninguém seria capaz de perceber a verdadeira identidade dela como 'Csillag' — uma criminosa perigosa, procurada pelas autoridades como líder de um grupo terrorista. Mesmo Abel, que foi salvo por ela poucas horas atrás, ao ver seu sorriso ingênuo, começava a se questionar se aquilo tudo não passava de uma brincadeira.
— O que foi, padre?
— Ah!?
Sem perceber, Abel se deu conta de que estava olhando fixamente para o rosto dela e, apressado, trouxe sua consciência de volta à realidade. Os olhos lápis-lazúli estavam olhando de volta para ele com uma expressão de curiosidade.
— Tem algo no meu rosto?
— Ah, não, nada... não é nada, sim.
Sacudindo a cabeça intensamente que parecia até fazer barulho, Abel apressadamente limpou a garganta com uma tosse discreta. Ajustando sua expressão para parecer o mais sério possível, ele mudou de assunto.
— Eh, a propósito, Irmã Esther. É verdade que você é a líder deste grupo de partisans ── Frente de Libertação Humana de István, foi assim que chamou, certo? ── É você quem os lidera e se envolve em atividades antigovernamentais na cidade?
— Sim, bem, é isso. Mas, dizer que eu ‘lidero’ é um pouco exagerado, não é?
Como se estivesse em busca de palavras adequadas, Esther inclinou levemente a cabeça.
— Na verdade, o que eu faço é apenas organizar os membros. Abastecimento, arrecadação de fundos – na maioria das vezes, doações dos cidadãos – são cuidados pelo dono desta taverna, o senhor Ignatz. Já o planejamento das operações no campo é trabalho do Dietrich... Dietrich, venha aqui um instante.
Um jovem, que estava conversando animadamente com alguns companheiros, respondeu à voz da irmã e veio em sua direção.
— O que foi, Esther...? Ah, padre Nightroad, a propósito, desculpe por antes.
A mão branca, que afastou os cabelos marrom-avermelhados, estendeu-se amigavelmente em um gesto de aperto de mão para o padre.
— Foi uma noite difícil, não? Eu sou Dietrich von Lohengrin. Prazer em conhecê-lo.
— Ah, muito prazer.
Abel apressadamente estendeu a mão para o jovem, que se sentou entre eles, ao lado de Ester.
Ele era assustadoramente bonito. Apenas pelo nome, parecia ser estrangeiro, provavelmente um estudante de intercâmbio vindo de algum lugar como a região germânica. Até mesmo um homem sentiria arrepios ao ser olhado por aquele rosto fino e elegante. Sem pensar, Abel com certeza também fez uma expressão séria para tentar se resistir a isso, mas...
— Está com frio, padre?
Esther, com uma expressão preocupada, inclinou-se para olhar o rosto dele e lhe deu um cobertor.
— Então, Esther, você contou tudo ao padre?
— Agora mesmo... Imagino que o padre Nightroad também já tenha percebido, mas quem controla esta cidade são 'eles' ── os vampiros. Uma antiga família conhecida como a Casa dos Marqueses da Hungria.
Aquela palavra, 'vampiros', Esther vocalizou no menor volume possível. Sob a lâmpada que balançava no teto, o rosto da freira mostrava uma leve expressão de medo.
— Oficialmente, István se apresenta como uma cidade livre. No entanto, há centenas de anos, este lugar está sob o domínio deles. Fábricas, bancos, fazendas, todas as instalações importantes pertencem a eles, e o parlamento da cidade é apenas uma fachada. Algo como Guarda Militar? Não passam de cães adestrados deles.
— E os moradores da cidade são o alimento deles.
Mesmo Dietrich, que interferiu de forma provocativa, não estava sorrindo.
— O senhor também viu como está a situação na cidade, não é, padre? A vida de todos já chegou ao limite. O Marquês da Hungria impõe pesados impostos sobre a cidade e investe tudo isso em armamentos militares. Aqueles que não conseguem pagar os impostos são levados pela Guarda Militar e enviados para a prisão. Ninguém jamais voltou de lá...
— Mas espere um momento. Vocês também não têm responsabilidade pela decadência da cidade? Destruindo instalações públicas, roubando mantimentos, matando pessoas...
— Os únicos lugares que atacamos são as instalações da Guarda da cidade!
Talvez ofendida devido à declaração descuidada, a voz de Esther se elevou um pouco.
— Resgatamos as pessoas enviadas à prisão, retomamos os alimentos confiscados à força pela Guarda Militar... De fato, acabamos lutando contra eles nesses momentos. Pessoas morrem. Mas, se não fizermos isso...
— Esther...
Aquele que colocou suavemente a mão no ombro da garota, cuja voz se embargava, foi Dietrich. O olhar que ele dirigiu a Abel se tornou ainda mais severo, como se o estivesse repreendendo.
— Padre, você nos chama de assassinos, mas o que mais podemos fazer além de lutar? Ficar em silêncio e nos deixar ser feitos de alimentos por eles? Até mesmo a igreja abandonou esta cidade... Se é assim, o único meio que nos resta é sujar nossas próprias mãos com sangue, não é!?
— Abandonados pela igreja? O que a Reverenda está fazendo? Se há uma atividade tão grande assim de vampiros, deveriam levar isso a Roma e até mesmo solicitar o lançamento de uma cruzada...
— O senhor não entende nada, padre.
Como se lamentasse a ignorância dele, Dietrich balançou a cabeça.
— Você sabe por que os vampiros conseguiram dominar esta cidade por centenas de anos? Sabe o que existe além das montanhas dos Cárpatos, a leste desta cidade?
— Entendo, é o 'Império'... certo...?
Como se envergonhasse de sua própria imprudência, Abel abaixou a cabeça.
O ‘Império’ — Oficialmente conhecido como o Império da Verdadeira Humanidade ou Tsala Methsaluth. Este estado é uma grande nação localizada a leste de István. Seu território se estende desde o leste da Cordilheira dos Cárpatos até a costa do Mar Negro, ou seja, ocupa quase toda a metade oriental da zona habitável da humanidade nesta era. Diz-se que sua capacidade tecnológica com um poder nacional rico que utiliza inúmeras tecnologias perdidas, rivaliza até mesmo com o Vaticano, que é o líder da sociedade humana.
No entanto, apesar de ser uma grande nação, tudo sobre esse país estava envolto em um profundo mistério. A existência do imperador, no topo do governo, nem mesmo o que pensavam os inúmeros nobres de lá — isso também era um mistério. E isso não era por acaso, pois o Império da Verdadeira Humanidade era o último e maior estado de uma espécie não-humana na Terra, ou seja, o país fundado por 'eles', e todos os nobres, sem exceção, incluindo o imperador, eram vampiros.
— Esta cidade é a zona de transição entre a Igreja Católica Romana, o Vaticano a oeste e o 'Império' a leste — a fronteira entre o mundo humano e o dos vampiros. Se o Vaticano interviesse, poderia acabar levando a uma guerra final entre humanos e vampiros. Portanto, Roma é extremamente cautelosa em relação a esta cidade, como se fosse um ponto sensível. Na verdade, pode-se dizer que os habitantes da cidade foram abandonados.
— Mas, independentemente de sermos ou não abandonados pelo Vaticano, todos nascemos aqui nesta terra e morreremos aqui... Para proteger a nós mesmos e a quem amamos, não temos outra escolha a não ser lutar.
A voz de Esther, que deu continuidade às palavras de Dietrich, estava carregada de uma determinação inabalável. Nos olhos azul-dourados dela, Abel sentiu que podia vislumbrar o motivo pelo qual ela conquistara a lealdade dos partisans.
— De fato, hoje só causamos uma confusão dentro do território deles. Mas, mesmo algo desse nível é uma grande vitória para nós. Com isso, os moradores da cidade também devem ter percebido que eles não são invencíveis. Um dia, com certeza...
— Mas, foi uma pena não termos conseguido destruir a 'Estrela do Lamento'. Realmente queria fazer algo sobre isso.
— A Estrela do... o que você disse?
— A ‘Estrela do Lamento'... é a carta na manga do marquês da Hungria.
Ao ouvir a pergunta devolutiva de Abel, feita com um tom meio desajeitado, Dietrich voltou-se para ele com a expressão de um professor paciente.
— De acordo com as lendas, é uma Lost Technology de antes do 'Armagedon'──e dizem que é uma das armas poderosas que causaram o próprio 'Armagedon'.
— Causou o 'Armagedon'? Que tipo de arma é essa? Algo como uma grande arma de fogo ou algo assim?
— Infelizmente, isso não é algo que eu saiba com certeza. Dizem que é um poder capaz de chamar grandes chamas do céu ou provocar enormes terremotos, entre outras teorias. Mas, supostamente, apenas o Duque da Hungria pode controlá-lo.
— Ah, entendo. Isso é bem assustador, não é...? Hm? Espere um momento. Se algo tão perigoso assim realmente existe, por que o Marques da Hungria não o usa? Se ele simplesmente queimasse Roma rapidamente, o Vaticano não seria mais problema, certo?
— Dizem que foi destruído em uma batalha há muito tempo... Mas, recentemente, há rumores de que o Marques da Hungria está restaurando-a. Nossa rede de informações também captou relatos de que ele tem comprado máquinas de outros países por preços altíssimos, embora seus usos sejam desconhecidos.
— E, tendo explicado tudo isso, padre, peço que também se decida.
Tossindo discretamente, Esther interrompeu a palestra de Dietrich. Ajustando sua expressão, ela fixou o olhar diretamente no rosto do padre, que parecia estar sofrendo com uma febre de tanto pensar no que havia acabado de ouvir.
— Enquanto estiver nesta cidade, não será possível fugir do Marquês da Hungria. Especialmente depois do que aconteceu esta noite... Para sua própria segurança, pedimos que a partir de agora o senhor permaneça conosco. Está bem assim?
— Ah... Tudo bem para mim, não tem como ser diferente. Depois do que aconteceu, eu já não posso mais voltar para a igreja... Ugh. Isso significa que agora terei que passar o resto da vida seguindo você, não é?
— Eh!? Ah, não. Ser seguida por toda a vida seria um incômodo...
— Ó Senhor, minha vida parece estar em um beco sem saída... Ah, acabou o leite. Com licença, posso ir buscar mais um pouco?
— Ah, sim, fique à vontade. A cozinha fica logo ali, subindo aquela escada.
Enquanto observava as costas do padre, que saía do salão de festas soluçando e choramingando, Dietrich sussurrou suavemente.
— Esse padre, ele está realmente bem? Para ser honesto, ele não vai acabar sendo um grande fardo?
— Mesmo assim, não podemos simplesmente jogá-lo fora em algum lugar, certo? De fato, ele realmente não parece ser muito útil... mas, por enquanto, eu vou cuidar dele. Você não precisa se preocupar.
— Mas, sabe...
Ainda assim, Dietrich tentou insistir em dizer algo, mas, ao ver a expressão de Esther, parece que percebeu a inutilidade de qualquer outro conselho. Ele também deu um leve sorriso irônico e deu de ombros suavemente.
— Bem, é exatamente esse seu lado indulgente que eu gosto bastante.
— Aah! Por que será que eu sou tão azarado?
Enquanto esquentava o leite na cozinha deserta, o alto padre resmungava sem parar. Talvez a alvorada estivesse próxima, pois o céu além da janela começava a tingir-se de um leve azul. Sem dúvida, tinha sido uma noite longa. Com certeza, tinha durado quarenta ou cinquenta horas.
— Pensei que finalmente poderia relaxar um pouco no interior, e logo no primeiro dia já acontece isso. Sinceramente, mesmo que eu tivesse vários corpos, não seria o bastante... Ah, Senhor, minha vida é tão difícil.
〈Acaso, não é sempre difícil, padre Abel?〉
De repente, uma voz feminina gentil riu suavemente perto de seu ouvido. Mas... de onde ela teria vindo? Na ampla cozinha, não havia ninguém além de Abel. No entanto, ele não parecia particularmente surpreso e apenas tocou levemente o ‘ear cuff’ — um comunicador auricular — em sua orelha.
— Boa noite, irmã Kate... ou melhor, já seria bom dia? Quando foi que chegou?
〈Cheguei há pouco tempo. Até agora há pouco, estive recebendo o relatório do 'Gunslinger'. Parece que, em breve, haverá uma operação de grande escala da Guarda Militar... Ah, agora mesmo, veículos blindados estão se movendo pelos arredores. Ora, ora! Aquilo que está passando ali não é um tanque? 〉
No entanto, a cidade vista pela janela da taverna consistia apenas em fileiras de telhados baixos e de construções baratas, sem nenhuma estrada à vista. Onde estaria a dona daquela voz, e o que estaria ela observando?
〈Bem, depois da confusão de antes, não é de se estranhar que a Guarda da cidade esteja tão agitada... Parece que o 'Gunslinger' também estará bastante ocupado. Que pena. 〉
— E então, irmã Kate, o que o 'Gunslinger' relatou? Qual é o alvo da operação?
〈Isso ainda é desconhecido. No entanto, parece que a vigilância sobre as igrejas da cidade será reforçada. 〉
Na cidade de István, havia apenas uma igreja.
— Hum. Então finalmente pretendem começar a pressionar
〈Caterina-sama parece considerar desejável a convocação dos clérigos. No entanto, se Roma agir abertamente agora, isso pode acabar provocando o adversário. 〉
— Se for assim, a única opção é escapar da cidade em segredo... Vai ser difícil.
〈No mínimo, deve ao menos estar preparado para isso. 〉
Enquanto mexia a panela que começava a ferver, Abel parecia estar pensando em algo. No entanto, logo assentiu como quem toma uma decisão.
— Não há o que fazer. Teremos que contar com a ajuda dos membros do grupo dos Partisans para organizar isso de alguma forma. Se o relatório do 'Gunslinger' estiver correto, eles são uma equipe extremamente habilidosa.
〈Padre Abel, sobre esse grupo de Partisans...〉
A voz, que até então era essencialmente clara em si mesma, tornou-se levemente sombria.
〈Na verdade, há um problema. Pouco antes do ataque deles... houve um movimento estranho por parte da Guarda Militar. Parece que quase todas as armas e munições armazenadas no paiol foram removidas. A coincidência é um tanto... oportuna demais, não acha? 〉
— ......Será que as informações do lado dos partisans vazaram?
〈Provavelmente. Por favor, tenha o máximo de cuidado. Entrarei em contato novamente. Continuarei esperando aqui por enquanto. 〉
— Entendido... Tome cuidado aí também, 'Iron Maiden'.
Depois de mais uma vez tocar o comunicador auricular e encerrar a conversa com aquela pessoa que não podia se ver, Abel mexeu a panela com uma expressão pensativa. Talvez fosse necessário conversar um pouco com Esther.
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Roteiro de Leitura (。•̀ᴗ-)✧!
Créditos da tradução:
Lutie (◕‿◕✿) ,
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sotet-kiralyno · 1 year ago
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A csillagokról tudni kell, hogy a káoszból születnek, bonyolult utat bejárva, de amint ragyogni kezdenek a fényük megváltoztatja az egész univerzumot
29 notes · View notes
flowersofnaivete · 2 years ago
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84 notes · View notes
csacskamacskamocska · 4 months ago
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Hatásosan írni az alapvetően könnyű
Fókuszálj valami nagyon picire és vummm, nyiss nagyra térben és időben. Vagy fordítva. Ebből mindig kijön valami. A vummm miatt elvesztjük az egyensúlyunkat.
Ma olvastam Dragomán egy írását. Április ötödike volt, amikor kijött a rendelet, hogy a zsidók varrjanak sárga csillagot magukra. Az utcával, a sétálással indított. Aztán szűkített, egész közel vitt. Volt egy mondat benne, ami gyönyörűen mutatta ezt, amikor a lány azon sírdogál, hogy a sűrűszövésű szép kabátján, amit egyébként maga varrt, akkor is látszani fog majd a tű nyoma, ha majd leszedheti a sárga csillagot. Képzeletben egészen közelről láttam a kabátot, és az anyagot, aminek minden részletét megjelenítette, és a tű elképzelt nyomait. Hogy végleg tönkrement.
Örökre ott marad a nyoma a megaláztatásnak --- ez volt ilyen szépen megjelentve. Megrázott nagyon az egész írás. Felkavart régi dolgokat:
Nálunk otthon nem volt se zsidózás, se cigányozás, se buzizás. Nem tudom miért nem. Nem felvilágosultságból vagy lázadásból, egyszerűen nem volt beszélgetések témája, hogy másokat szidjanak a szüleim. Anyám csak a saját céljaival foglalkozott, és semmi haszna nem lett volna a rasszizmusnak, antiszemitizmusnak. Apám meg... azt hiszem, egyszerűen jó ember volt, nem volt a fejében fröcsögés másokra vagy mások hibáztatása. Az a típus, aki kimenti a fuldokló bogarakat a Balatonból, hazaviszi a beteg sünt, és távolságtartóan, de enni ad a hajléktalannak, segít amiben tud és normálisan beszél mindenkivel. Szóval, ilyen háttérrel könnyű volt a jóindulat, és már az első olvasmányélményeim is felkavartak, annyira átéreztem a kirekesztettséget, a tehetetlenséget, megalázást, szomorúságot és a veszélyt. Utolsó padban, Ivanhoe, Mókuli, és a Távolban egy fehér vitorla is és az Elment a vonat, és csak sorolhatnám a rengeteg gyerekkönyvet amiben megjelenik a bántalmazás, a kirekesztés, megalázottság és a gyerekek magánya.
Nagyon sokáig volt egy visszatérő szorongásom, szinte fóbiám, ha megláttam egy légópince ablakát. Azon agyaltam, meddig bírnám cipelni a gyerekeimet egy menetben. A kicsit, a kicsit nagyobbat, egyedül. Lenne-e lélekjelenlétem akár az életem árán is magára hagyni otthon az ágy alatt, vagy kilökni őket a sorból egy sötét kapualjba, vagy bele a Dunába, még mielőtt eldörren a sortűz. Életben tartanám vagy inkább megölném mielőtt az apró testüket megerőszakolják vagy a szemem láttára halálra verik. Aztán megint a menet, hogy meddig bírnám cipelni őket. Ahogy felnőttek, ez elmúlt. Most meg titokban a fiamat féltem a háborútól a hülye kormányunk miatt. Felesleges szorongás. Remélem.
Nem vagyok zsidó. De akár lehetnék. Bármi lehetnék, zsidó, cigány, meleg vagy rendszerellenes, kétkedő, beteg, öreg, bármi, ami éppen nem tetszik.
Szerencsére csak kicsit bolond vagyok. Mondták már többen is, akiket szerettem, hogy elment az eszem. Anyám, amikor nem bírt velem, ebben látta mindennek az okát, hogy elment az eszem, baj van a fejemmel. Más magyarázat nem lehet a viselkedésemre, a gondolataimra -- mondták, akiket szerettem. Hogy megmarad ennek is a nyoma. Kabáton, bőrön, húson át, belevarrva az emberbe.
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robertocustodioart · 2 years ago
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Boy George by Andre Csillag 1984
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imagella-blog · 27 days ago
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Emoji csillag, mosolygó arc, fiatalos energia
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