#niamhsccx
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Joahanna, apesar de não ser da capital, e ter contato com as outras mulheres nobres depois de mais velha, presava pelos costumes e a boa etiqueta. Ela sabia que, em sua posição como a filha de uma família pequena, deveria ter a humildade de abaixar a cabeça e entender onde se encontrava e isso significava, também, saber das etiquetas que deveria respeitar. Ela retribuiu o sorriso da princesa guardando para si o quanto estava assustada e nervosa com a conversa, não era como falar com Zara e Sigrid, suas amigas, pessoas que não se importariam com sua movimentação nervosa, ou seu falatório. "Obrigada Vossa Alteza, está sim sendo muito agradável. Os curandeiros fazem maravilhas a saúde de minha mãe." Respondeu ainda em um tom polido e doce. Não se assustava por Niamh saber sobre sua vida, diferente dos irmãos, ela parecia dedicada a esse papel. Era como deveria ser. "Meu pai, está bem, para a idade. A falta de um herdeiro homem acaba o designando a um fardo pesado." A introdução ao assunto, em um momento oportuno, sem insistência, mas sem floreios demais. Quase que de forma natural, como uma conversa no parque, Joahnna sabia seus limites, caso fosse cortada saberia que deveria parar e não mencionar novamente. "Os oficiais foram rápidos em me designar um novo guarda, embora hoje eu tenha preferido a discrição de um mais antigo a serviço da família." Embora a princesa soubesse bastante sobre os Florent, não era papel de Joahnna saber o contrário, ela não era uma espiã e não queria passar a impressão de uma chantagem. Embora soubesse um pouco da vida dos Essax (como a boa fofoqueira que era) não mencionaria os assuntos. "Espero que Vossa Alteza esteja em um momento de paz, para descansar sobre os últimos acontecimentos. De fato... Perturbadores se me permite comentar."
NIAMH APRECIAVA em muito a graça e etiqueta demonstrada por Joahnna. Dentre as nobres da corte, ainda vindo de uma família pouco influente, a jovem Florent versava uma das mais implícitas regras de educação: a gratidão. E não deveria mentir: Niamh gostava de se sentir poderosa e reconhecida. O movimento fino da sobrancelha esquerda se erguia em apreço, mas por apenas dois breves instantes. Esperou com que Joahnna se sentasse e trocassem as formalidades, o sorriso plácido e imutável mais uma vez aparecendo no rosto; Niamh podia ser assustadora mesmo o fazendo. No entanto, o intuito não era aquele--- estava curiosa para saber o motivo da solicitação da hospedeira de Lada. Muitas pessoas se aproximavam para pedir favores (algo que Niamh não percebia como essencialmente ruim), e gostaria de saber qual era o de Joahnna. As duas não podiam ser chamadas de amigas próximas, e de maneira crua, aquele jantar era uma mera formalidade para que a Florent o fizesse. "Espero que o Sr. e Sra. Florent estejam em plena saúde. A estadia na Capital está sendo de seu agrado, Lady Joahnna?" A pergunta veio para abrir o tópico conversacional, antes da Princesa erguer a taça de água na altura dos lábios. A voz de conto de fadas era melodiosa, pronta para soltar detalhes que lhe mostravam engajada na vida alheia. Como se estivesse sempre observando. "Conte-me, já conseguiu um novo guarda pessoal?"
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Da Princesa @niamhsccx para o Imperador Seamus.
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@niamhsccx
casa de banho 📍
Apesar dos olhares infames sobre si, ela se impedia de soltar comentários através destes. Às vezes, o silêncio que pairava era muito melhor do que o gasto da saliva, ainda que aquilo tocasse-a nos nervos. Por essas e tantas, Aerith tinha desenvolvido uma língua tão afiada quanto as ressalvas desnecessárias que tinham sobre ela, e não para menos odiava ser olhada daquela forma. Todavia, buscou por conforto na casa de banho. Lá, sim, teria um pouco de paz. Foi o que pensou, pelo menos. Passados alguns minutos lá sentindo o calor adentrar os poros e automaticamente o refrescor do suor que pingava, Aerith mostrou descontentamento apenas quando precisou abrir os olhos para entender quem é que estava próximo de si. Ela havia escutado uma voz, tinha notado a presença, mas esperava que cada um ficasse na sua e ainda assim seu desejo pessoal e indireto não fora respeitado. "O que é que falou? Não escutei."
#não precisa pegar leve com ela#inclusive se quiser esbofetear eu vou amar tantoooooo#a briga de aranhas nn#@niamh essaex.#interactions.
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Foram necessários anos de aprimoramento para manter seus sentimentos longe de suas expressões, e ainda assim falhava com certa constância. Imaginava o quanto Niamh sabia do seus fracassos, tanto que Meritaten parou de convocá-la depois de um tempo, a não ser quando sua presença era especificamente requisitada por outros. Imaginava se a frase pronunciada sobre suas obrigações era uma alusão ao fato. Imaginava se a irmã sabia o quanto doía. Ou se importava. — Nossa família não conheceu um dia de união em toda a sua existência, Niamh. — Acompanhou o abaixar do tom de voz, sabia que tinham olhos curiosos ao redor das filhas do Imperador, e Igraine sabia muito sobre fofocas para permitir ser alvo de uma delas. — Desde muito antes de nascermos. — Haviam servos antigos no palácio, desde antes de Seamus assumir o trono, e Igraine soube por eles tudo sobre o casamento frio com Meritaten, o dia em que o pai apareceu com a Concubina Tiye entrelaçada em seu braço, e tudo o que se seguiu desde então. Não precisava de uma vidente para saber que aquele poderia ser o futuro de todas elas, casamentos arranjados sem amor e respeito. — Você está usando o argumento errado com a irmã errada, o bem de nosso pai não está em minha lista de prioridades. — Cobria uma verdade com uma mentira, assim tornava fácil que as palavras não vacilassem. Realmente o ausente Imperador não estava em suas maiores prioridades, mas mentira se dissesse que não se importava com ele, com o que ele pensava – arriscava até mesmo admitir para si mesma que ansiava por um reconhecimento dele. Com o falecimento de Meritaten, agora só tinha a Seamus. — Mas tem alguém que me importo o suficiente para interagir com lordes enfadonhos, mesmo quando essa pessoa tenha escolhido um dos piores. — Com um sorriso que foi feito para o público, Igraine se adiantou em enroscar o braço no da irmã mais velha. O seu olhar, entretanto, foi genuíno, e somente ela veria. Ali estava, o desejo de agradá-la. — Se eu sentir uma gota de saliva em mim enquanto ele fala, eu juro que vou embora.
CADA UMA das irmãs Essaex desempenhava um papel no Império de Aldanrae. Niamh, era a que buscava cuidar de tudo (ao próprio e ríspido modo), e a que mais se assemelhava a Meritaten e seu autoritarismo. Por tal, havia ganhado seus favores e também herdado obrigações, assim, prevenindo que durante a juventude construísse e desfrutasse da própria personalidade. Niamh era uma Princesa, a mais velha, e deveria ser perfeita: um exemplo para as irmãs e demais jovens do reino. Jamais cansada, entediada ou triste. Deveria sorrir e conquistar com graça. Deveria ser objeto de afeição do público. E, enquanto ninguém olhasse, era imperativo que tudo ao seu redor também seguisse os seus padrões de perfeição. Mais do que isso, Niamh designava condutas diferentes para cada uma das irmãs, muitas vezes replicando como a mãe se portava. Tratava Celestia quase como uma criança, enquanto Josephine era a que mais se assemelhava a uma relação funcional entre duas jovens da mesma idade. Igraine, no entanto, despertava instintos diferentes... A Essaex sempre tinha um comentário pronto para lhe fazer. Uma pontuação necessária a replicar. A via como um grande desafio, uma vez que era a única a questionar sua autoridade auto incumbida, como faziam os meio-irmãos. Ainda que no fundo quisesse apenas que Igraine não sofresse e que vivesse uma boa vida, não conseguia transpassar a preocupação de modo carinhoso ou afetuoso. "Desejo apenas que cumpra com suas obrigações, Igraine. Não são assim tão árduas." Aqueles pequenos atos de rebeldia na fala alheia faziam o sorriso oscilar, também. Não que o leve curvar de lábios alcançasse os olhos, mas àquela altura, havia cansaço evidente por tentar a coalisão de todos os seis irmãos durante o evento. Num deslize da máscara bem ensaiada, Niamh abaixou mais ainda o tom de voz, a boca movimentando-se tão sutilmente que ninguém mais a ouviria senão a mais jovem. "Nossa família se encontra desunida pois todos vocês são egoístas demais para verem outra coisa que não as próprias vontades. Então, se for preciso, para o bem de nosso pai, que devo salientar, necessita de nossa firme presença hoje, converse com os nobres enfadonhos e ria de suas piadas sem graça. Vamos, até o Lorde Sieoux."
#a igraine é muito irmã mais nova irritante#· interactions » even the iron still fears the rot#with niamhsccx.
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A família Young era pertencente da nobreza, mas era um tipo de nobreza que não era exatamente bem-vinda entre os grandes poderes imperiais, ainda assim, detinham de um domínio de mercado influente o bastante para despertar o interesse dos verdadeiros donos do mundo. Em seu pequeno universo, não havia vestidos espalhafatosos como nos bailes da capital, o excesso de tecido vinha, na verdade, dos tradicionais hanboks femininos, muitas vezes enfeitados com muito ouro que eram usados não só como símbolo de status, mas também como um chamariz para bons casamentos. Os homens, por sua vez, adornavam-se com pedras preciosas extraídas das montanhas geladas, quanto mais minerais cintilantes costurados à roupa, mais desejável o pretendente era naquela parte do mundo.
“Por Hwanin, eu não seria tão burro a ponto de ameaçá-la, ainda mais sabendo que a sua amizade me é muito mais valiosa” Brincou Kael, certo de que ela não queria, de fato, instaurar um clima hostil entre os dois. “É só um aviso amistoso” Acrescentou em um tom mais calmo. “Sou conhecido por ser uma péssima companhia, só isso” Sabia que sua fama não era das melhores, e a última coisa que queria era que uma princesa confirmasse, ou pior, reforçasse a má impressão que muitos já tinham dele. Ainda assim, compreendia o tom defensivo, teria reagido da mesma forma, especialmente se visse em alguém o mesmo tipo de desconfiança que habitava nele próprio.
“Vou te decepcionar se espera novidades entre os professores de Hexwood” Disse, com um meio sorriso, cruzando as pernas para ficar um pouco mais confortável naquele ambiente minúsculo que dividiam. “A maior novidade, até o momento, sou eu” Fez um gesto discreto de respeito ao nome que estava prestes a mencionar. “Depois que Auberon nos deixou, ninguém esperava que o pior aluno da classe um dia virasse professor” Deu uma risada breve enquanto esperava que o brinquedo começar a se mover. Cruzou as pernas elegantemente, em busca de um pouco de conforto naquele ambiente desconfortável. “Mas se quiser saber o que o povo anda pensando… talvez devesse conversar com mais gente. Eu só posso te contar o que o povo das montanhas pensa”
NIAMH ESPERAVA o auxílio de suas damas de companhia para que pudesse comportar o vestido dentro da roda gigante. Seria bom que a vissem conversando não só com os nobres do altíssimo escalão, como também... Outros. Mas aquele não era o único motivo que a fazia se aproximar de Jin. Amizades eram dificilmente construídas pela mais velha Essaex, mais por sua falta de interesse e desconfiança em mantê-las. As pessoas sempre a procuravam buscando por favores. "E por que eu me arrependeria, Sr. Jin?" Uma vez sentada, a sobrancelha finamente tracejada se ergueu em inquérito seco. "Se eu não confiasse em sua presença e amizade, poderia incumbir o significado de ameaça às suas palavras? Ou, talvez, apenas a um aviso amistoso?" Ela não acreditava naquilo, mas também não deixaria pontas soltas em qualquer história--- queria, não, demandava saber o tom por detrás daqueles dizeres. Qualquer relacionamento que fosse próximo o suficiente veria aquele lado da Princesa, assertivo e talvez rígido demais. "Bom, e o que há para me entreter hoje? Alguma novidade entre os professores de Hexwood---ou consenso à respeito da ausência de Seamus? É de meu interesse saber o que pensa a população do Império."
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Havia acontecido tanto nos últimos dias que Joahnna sequer conseguia pensar,o assassinato da imperatriz, um quase fim do mundo... preocupador de fato. Ainda com isso podia ver a saúde se seu pai definando. Era egoísta pensar apenas em si enquanto o mundo estava de cabeça para baixo? Talvez. Joahnna sabia que o que mantinha seu status como filha legítima era a palavra de seu pai, sabia que se o segredo fosse descoberto estaria perdida. Se um dos primos de seu pai decidisse que queria a casa não seriam necessárias provas para que fosse deserdada. Estava com medo. Ela sabia que precisava se casar, garantir que tivesse um filho antes que fosse descartável. Mas o patriarca e comandante da casa Florent não parecia ter a mesma preocupação. Joahnna pensou muito antes de tomar uma atitude. Mesmo sendo uma casa pequena a casa Florent era respeitada e considerada e poderia usar disso ao seu favor. Não foi difícil conseguir um jantar de negócios com a princesa Niahm Essex. Precisou de uma carta de condolências, um ramalhete fúnebre de não-me-esqueças em memória a imperatriz. Logo recebeu a carta de convite para o jantar. A loira se arrumou, um vestido bem arrumado, modesto e sóbrio. Assim que foi anunciada entrou e se curvou em sinal de respeito a princesa aguardando que ela lhe dirigisse a palavra primeiro. Joahnna era uma Lady em todos os sentidos. "Estou imensamente grata por me receber Vossa Alteza." A loira respondeu, com um sorriso doce e recatado. Joahnna cuidou para apenas se aproximar da mesa quando fosse altorizada e de se sentar no lugar onde foi designada. "Espero ao menos poder oferecer uma boa companhia para o jantar hoje."
Starter aberto!
Para Khajols, também no Solar de Ardan (0/3)!
NIAMH NÃO poderia demonstrar o medo; tinha perdido o suficiente da inocência para crer que o perigo poderia lhe farejar, como uma trilha invisível que rasgava o véu no caminho certeiro. Ainda que, como Seamus, estivesse sentindo uma grande necessidade em andar reclusa atrás das grossas paredes do Solar, recebia amigos e convidados normalmente: através das devidas formalidades, é claro. Era realmente um dom da Princesa conseguir fingir tão bem que nada de mais estava acontecendo ao seu redor. Que há pouquíssimo tempo uma enorme cobra irrompera do céu. Que o seu questionável irmão agora montava um dragão. E que uma imunda Changeling hospedava um Deus. O sutil torcer do nariz se evidenciava a cada vez que os pensamentos tomavam esse rumo, mas o sorriso ensaiado voltava como se houvesse alguém lhe chamando a atenção para que corrigisse a postura. Não mais. Naquela noite, receberia Muse para um jantar de negócios de proposição alheia--- ainda que Caelan infelizmente fosse o herdeiro, Niamh participava de algumas partes da governança. Como sendo membro do Khajar Al Kahandor, e após a morte da mãe, se via mais do que nunca em grande vontade de executar o papel treinado durante toda a vida. Muse logo foi anunciado pelo Mestre de Cerimônias, e a Princesa, do alto de sua cadeira, o cumprimentava sorrindo com os olhos. Não com a boca. A boa etiqueta mandava que ele dissesse a primeira palavra, e só assim ela falaria. "Faz tempo que não o recebo aqui. Há certo tom de nostalgia nisso, devo admitir--- embora estejamos, ambos, um pouco mais experientes agora. Espero que o assunto não seja algo capaz de comprometer o apetite."

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Não havia fome em Sigrid, mas não poderia recusar qualquer convite de Niamh, por isso quando a comida fora colocada na mesa e se ajustou em sua cadeira, forçou-se a olhar para a comida e se imaginar comendo. "Eu estou falando aquele grande monstro que abriu o céu?" A afirmação saiu como pergunta, pensando como era possível que ela não tivesse visto ou soubesse. Seus amigos estavam bem, ao menos, um ou outro com algum ferimento leve. Ninguém parecia ter enfrentado um perigo genuíno, embora o fato do monstro ter aparecido bem acima da capital, seguido por outros acontecimentos extraordinários fossem preocupantes. "Mas desse casamento também, se quiser falar sobre." Deixava por parte dela a escolha de revirar as últimas semanas ou não. Conseguia imaginar o que diria: mencionaria o desprezo pela união de khajol e changeling. Talvez falasse da mãe. Não havia como saber exatamente. Sigrid conhecia o superficial de Niamh, o que ela demonstrava ser. Por fim espetou um pedaço de batata e o levou para a boca, sentindo a comida descer um pouco quadrada enquanto empurrava para baixo. Tomou um golpe da bebida ao lado — vinho, aparentemente — e limpou a boca antes de proferir novamente. "Imagino que a irmandade seja um pouco de responsabilidade de todas nós, mas cai mais em cima do sangue real. Espero que não tenha que lidar com isso sozinha. Até mesmo a imperatriz tinha pessoas próximas com quem contar." Niamh era essa pessoa, Sigrid queria dizer pelo que tinha observado, mas não queria forçar ou pressionar a nada. "Estou nervosa?" Devolveu a pergunta, soltando um riso bastante nervoso em seguida. Ela estava certa: Sigrid estava nervosa mesmo. No entanto, a companhia da rígida princesa tinha esse efeito. Pensava em como o caminho havia se divertido de tudo aquilo o que a outra considerava certo ou adequado. "Você está certa, estou mesmo. É que muitas coisas aconteceram. Talvez você possa me ajudar..." Poderia receber ajuda ou rejeição de Niamh, mas era uma alternativa ao seu maior problema. "Já ouviu falar de alguém que tenha sido abandonado pela sua divindade?"
NIAMH ODIARIA vociferar que eventualmente sentia-se só, afinal, demonstrar-se humana não era maior forte. A morte da mãe havia sido um evento de proporções gigantescas na vida da Princesa, e acendido vontades dormentes que se incubavam em seu interior. A de liderar o Khajar Al Kahandor. A de aconselhar o Imperador. "Do que está falando, querida Sigrid?" Sua voz que em tanto era melodiosa, e em teoria aconchegante, por vezes demonstrava o contrário daquilo que se propunha. Os olhos baixaram por dois instantes, antes que com o garfo certo Niamh espetasse um pedaço mínimo de carne suculenta. Ainda não o havia levado à boca, uma vez que o gesto apenas indicava que Sigrid pudesse também comer. Quando ergueu os olhos de novo, demonstrava certo ressentimento estampado nas íris claras. Algo muito bem velado por várias camadas de ensaio e pompa. "Dos eventos do Casamento, ou dos últimos ocorridos? Afinal, faz realmente algum tempo desde que nós duas nos vimos." Ela imaginava que todo aquele nervosismo de Sigrid advinha da falta de contato. A conhecia também o suficiente para saber que algo não estava em seu devido lugar. Faltava agora descobrir o quê. "Minhas irmãs têm suas próprias responsabilidades." Ela respondeu em tom simplista, mas que Sigrid reconheceria como também tingido de remorso. A Briarsthorn sabia da preocupação herdada por Celestia e Seraphina. Quanto à Elewen, a mais jovem se mostrava reclusa em seu próprio mundo e ultimamente reproduzia comportamentos que lhe alçavam desprezo. Os quais Niamh detestaria citar. "Agradeço a preocupação, mas está absolutamente tudo saindo conforme o planejado. Estou mais curiosa com a sua vida, Sigrid." A Essaex tombou o rosto, fios loiros caindo para o lado. "Parece-me um tanto nervosa no dia de hoje."
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Era visceral a maneira como seu corpo reagia a presença de Niamh, familiar demais para fingir não reconhecer os fantasmas de outras interações; a maneira como suas costas ficaram mais retas do que anteriormente, como seu queixo se elevou, sua postura inteira enrijecendo. Sabia que Niamh não era Meritaten, apesar de achar que a irmã se esforçava para que a visão das duas se fundissem uma na outra no imaginário do povo, mas as palavras e o tom eram tão semelhantes que sua mente levava alguns milésimos de segundos para lembrar que a mãe estava morta. — É claro que não, querida irmã. — Devolveu o chamado com ironia. — Jamais estaria em meus pensamentos coisas mundanas como diversão e alegria. — Sabia que a irmã estava certa sobre a Concubina, que certamente estava lutando com unhas e dentes pela posição que agora estava vaga, mas Igraine não conseguia evitar o ímpeto de contrariar. — Precisamos prezar por essa família tão unida. — Não teria implicado tanto com a frase "pelo bem de nossa família" se a sua conversa com Josephine não a tivesse deixado tão abalada. Há muito havia criado uma barreira segura entre ela e os outros irmãos por se sentir uma intrusa naquele oceano dourado que eram os Essaex. Igraine se sentia, ou pelo menos achava, que estava mais feliz nas sombras. Suspirou, mais do que a lembrança de Meritaten, foi a falha na voz de Niamh que fez a sua postura insolente diminuir. — O que quer que eu faça? — A voz assumiu um tom de seriedade, mas não conseguia segurar a língua por muito tempo. — Desfile sorridente para o povo, converse com nobres enfadonhos e ria de piadas sem graça?
NIAMH NÃO se importava muito com leituras proféticas que não fossem realizadas por alguém que considerava experiente. Como uma amante e assídua praticante da Cronomancia, apenas olharia com desprezo a tal Madame Madge. Esperava que Igraine também não caísse naqueles contos. Suspirando de maneira teatral, ofereceu um sorriso para uma de suas damas de companhia, que prontamente lhe atendeu para abaná-la com o leque rendado. A escolha das vestes pesadas não era cabível para um dia no festival, mas sim para uma exibição de poder e influência. "Pessoas precisam ter no que acreditar, não é mesmo, querida irmã?" A relação das duas era complicada---como a de Igraine com Meritaten. Niamh sentia que a mais jovem era um trabalho ainda a ser finalizado, cuja tutela era constantemente necessária... Ainda que a amasse de todo o coração, na maioria do tempo era dura e exigente. "Fico feliz que não tenha gastado seu tempo com algo tão fútil. Há muito o que ser feito hoje. Pelo bem de nossa família..." Niamh aproximou-se da outra Princesa, baixando o tom enquanto mantinha a expressão perfeitamente alinhada. "Não podemos deixar que a Concubina Tiye represente os Essaex pelo Imperador. Se a nossa mãe..." Como se fosse interceptada pelo próprio cérebro, a voz falhou por meio instante. "Temos esta obrigação agora, como você bem compreende. Portanto espero que cumpra bem seu papel."
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Sigrid gostava de Niamh, embora há algum tempo não compartilhasse tempo com ela. No pouco tempo em que sonhou com a coroa na cabeça, tinha sido mais próxima, mas desde a mudança de caminho, sorte e coração, tinha dado um passo para mais distante. Conhecia ela o bastante para saber que a desaprovação estamparia os olhos claros se ela soubesse de alguns dos acontecimentos da vida de Sigrid. O que ela acharia sobre a perda de Rá, por exemplo? Não hospedava mais divindade alguma, um problema terrível e que a impediria de se tornar uma khajol completa. Por isso estar na presença da princesa a deixava um pouco ansiosa, nervosa com a possibilidade de assuntos complicados serem explorados e ela acabar comprometendo a si própria. Queria guardar alguns segredos. "Eu agradeço pelo convite. Há algum tempo que não conversamos, não é?" Não tinha conversado com ela ainda desde a morte da imperatriz e agora sentia uma nova onda de aflição e respeito ao pensar que era Niamh que possivelmente ocuparia o lugar de Meritaten na irmandade. Não se sentia com muita fome, vontade de comer ou conversar, o desânimo torcendo o estômago e causando um nó desconfortável. "Você está bem? Estava presente quando tudo aquilo aconteceu?" Achava que tinha proximidade suficiente para dispensar os títulos, assim esperava. Sempre tinha sido próxima do círculo da família real, sempre andando com Vincent e Caelan. Não se recordava de ter visto Niamh durante todo o incidente, mas estivera confusa demais, cansada demais para ter visto qualquer coisa. "E como estão as coisas com sua nova responsabilidade? Imagino que seja algo grande. Consegue compartilhar com suas irmãs também?" Eram perguntas atropeladas, demonstrando o nervosismo. Evitava levar os olhos demais para ela, temendo que a princesa visse resquícios de desonestidade.
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Para Khajols, também no Solar de Ardan (1/3)!
NIAMH NÃO poderia demonstrar o medo; tinha perdido o suficiente da inocência para crer que o perigo poderia lhe farejar, como uma trilha invisível que rasgava o véu no caminho certeiro. Ainda que, como Seamus, estivesse sentindo uma grande necessidade em andar reclusa atrás das grossas paredes do Solar, recebia amigos e convidados normalmente: através das devidas formalidades, é claro. Era realmente um dom da Princesa conseguir fingir tão bem que nada de mais estava acontecendo ao seu redor. Que há pouquíssimo tempo uma enorme cobra irrompera do céu. Que o seu questionável irmão agora montava um dragão. E que uma imunda Changeling hospedava um Deus. O sutil torcer do nariz se evidenciava a cada vez que os pensamentos tomavam esse rumo, mas o sorriso ensaiado voltava como se houvesse alguém lhe chamando a atenção para que corrigisse a postura. Não mais. Naquela noite, receberia Muse para um jantar de negócios de proposição alheia--- ainda que Caelan infelizmente fosse o herdeiro, Niamh participava de algumas partes da governança. Como sendo membro do Khajar Al Kahandor, e após a morte da mãe, se via mais do que nunca em grande vontade de executar o papel treinado durante toda a vida. Muse logo foi anunciado pelo Mestre de Cerimônias, e a Princesa, do alto de sua cadeira, o cumprimentava sorrindo com os olhos. Não com a boca. A boa etiqueta mandava que ele dissesse a primeira palavra, e só assim ela falaria. "Faz tempo que não o recebo aqui. Há certo tom de nostalgia nisso, devo admitir--- embora estejamos, ambos, um pouco mais experientes agora. Espero que o assunto não seja algo capaz de comprometer o apetite."

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* / Jin não era uma pessoa que gostava muito de socializar, o lance é que ele não gostava muito de pessoas, ao menos não as que não viviam nas montanhas com a família ou os poucos amigos que conquistou na vida. E são poucos que conseguem fazer com que ele se sinta mais a vontade ou tenha interesse de conhecer melhor. A Princesa Niamh foi uma dessas poucas pessoas, talvez porque a mulher não se incomodava com o seu silêncio e nem com os comentários que fazia, que no caso, deveriam ser vistos como conselhos ou coisa parecida. E apesar da roupa que ocupava alguns espaços extras além da mulher, sabia que existia um outra mulher pro trás que fazia ele sentir vontade de ficar pra ouvir mais.
“Ah, até alguém como eu consegue ver prazer nessas amenidades, princesa” Sorriu e apenas a acompanhou até a roda gigante sem se importar muito com isso. “Bem, teremos muito o que dividir durante o tempo que passarmos juntos, não acha?” Brincou, até porque ele tinha muita história para contar e acreditava que ela também. E então ela indicou a atração no qual estavam indo, assentindo de leve. “Eu confesso que estou curioso para saber como funciona aquela tecnologia, deve ser empolgante… só espero que não se arrependa depois”
Com Kael Jin Young, na Roda Gigante ( @ycvngjin )
O VESTIDO da Princesa Niamh não permitia grandes movimentações. Era perfeito para apenas uma coisa: visualmente agradar o público enquanto ela cumprimentava plebeus com acenos e sorrisos ensaiados. Por dentro, a Essaex mais velha não queria estar ali. Cansada de inventar diálogos e vasculhar o cérebro em busca de nomes e rostos, evitando gafes e amenizando conversas, Niamh alegrou-se genuinamente ao ver o Professor de História caminhar em sua direção. Como mandava a etiqueta, estendeu a mão para que ele a tomasse, cumprimentando-lhe conforme normativas Imperiais. Kael era alguém que burlava minimamente os sensores de Niamh. Era um bom ouvinte, e capaz de fazê-la baixar a guarda por alguns instantes. "Sr. Young. É um prazer revê-lo. Espero que esteja aproveitando as amenidades." Não esperou que ele a convidasse para fazer alguma atividade, e tomou a iniciativa ao transpassar seu braço ao dele, iniciando o curto trajeto até a roda gigante. "Estou ávida por saber sobre seus feitos recentes... E por me ausentar por alguns instantes, confesso." Havia algo de refrescante no humor sempre maquinado, algo que Niamh guardava para amizades verdadeiras. "Creio que ficaria feliz em me acompanhar naquela atração."
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