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O presente. Ainda embrulhado no ventre, já tão amado e esperado por todos. Vem pra nós, meu menino. Tua mãe que ainda te aninha dentro de si não para de pensar em como será te carregar nos braços. Você não está vindo em vão. Estou disposta a esquecer o que fui e renascer com a tua chegada. Você é a minha força. Obrigada por ser meu.
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Ele. Quando ele entrou na minha vida foi por acaso e de repente. Rápido. Não pediu licença e se acomodou logo dentro do coração. Fez bagunça, bagunçou tudo, tirou tudo do lugar. Me deixou louca só em pensar que eu tinha tanta coisa pra arrumar depois que ele fosse embora. Mas aí, ele não foi. Não sei se foi porque eu não deixei ou porque ele realmente não quis. Talvez tivesse gostado de como a instalação de onde ele estava era por dentro... Foi com ele que eu realmente consegui sentir esse tal de amor que todo mundo fala. É estranho. Às vezes eu tenho vontade de matá-lo, mas lembro que se fizer isso, logo depois eu morro também. Já destruiu meu coração por dentro, achei que nunca mais pudesse concertar o bichinho de novo. Esmagou. Rasgou. Furou. Deixou ele tão machucadinho que eu nem sabia como reerguer ele e me reerguer. Pedi a Deus e a todos os possíveis deuses e a todas as divindades existentes que tirassem aquele ser da minha vida porque eu não merecia sofrer tanto assim... Pedi por dias, todas as noites. Mas eles não tiraram. Me deram outro. Do nosso louco amor, nasceu outro. Um amor que eu achei que fosse impossível existir dentro de mim. Ele conseguiu sozinho ajeitar o coração que estava quebrado, colocou uns curativos que já sararam e ainda me deu um presente. Vê se tem como eu ficar longe de alguém que cuida tão bem de mim, tem não. Ele é explosivo, indelicado, antipático às vezes, chatinho, manhoso, preguiçoso e maluco. Mas é tão carinhoso e sincero que eu até me sinto mal quando discuto com ele. Ele é o amor da minha vida. E eu espero ser o amor da vida dele também...
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Peço licença para apresentar-me. Essa sou eu há um ano. Maria Clara. Mas pode chamar de Clarinha. 16 anos, sorridente, gostava de sair, tinha muitos amigos e sempre fui adorada por todos. E sempre fui muito ingênua também... Desde pequenina sobrevivo por aqui. A vida tem uma simpatia por mim e sempre me prega peças. Fruto de um amor verdadeiro, que porém, não deu certo. Sofri a triste fase da separação das pessoas que eu mais amo no mundo. Sofri por anos com a saudade da mulher mais linda do mundo, ela. A minha genitora. A qual eu devo não só a vida, mas quem eu sou. Sofri ainda a perda carnal do homem mais verdadeiro do mundo, ele. Meu genitor. A qual eu devo todo conhecimento moral, ético e de mundo. Sinto que para os dois, falhei na miss��o "filha". Poderia ter passado pra uma escola federal e orgulhar o meu pai e poderia ter seguido alguns conselhos e orgulhar a minha mãe... Mas aí é que entra a ingenuidade citada no começo do texto. Talvez pelo buraco que ficou dentro de mim ocasionados por tantos machucados eu me tornei facilmente alvo para quaisquer predadores que estivessem por perto. Sempre me encantei com palavras e algumas pessoas sabem fazer bom uso delas. E aí era quando eu me devaneava e me deixava levar por pessoas de mentes tão perturbadas e carentes... Eu não precisava de palavras. Nunca precisei. Mas não percebia isso a tempo... Perdi tanta coisa por me deixar levar por pessoas que juravam amor e amizade eterna, sendo que eu já tinha esse amor e essa amizade tão pertos de mim, das pessoas que eu mais amo. Eu tinha esse amor e essa amizade DELE e DELA. Perdão, pai. Perdão, mãe. Eu sei, são só palavras e vocês não irão ler. Mas escrever sempre me fez bem e eu acho que até tenho um jeito pra isso. Entro em breve num novo ciclo e numa vida. Sei que não foi o que planejaram pra mim. Perdão mais uma vez por não ter me tornado aquilo que vocês sempre sonharam. Não se sintam culpados e não pensem que falharam comigo. A única responsável por tudo, sou eu. Prometo sempre honrar os dois, e algum dia, orgulhá-los de sua primogênita. Sabem do meu coração e da minha áurea. Sabem da pureza com que olho os sentimentos, foram vocês que me ensinaram isso. Obrigada por tudo. Com amor, Clara.
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