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     [- Harry Potter e as Rolindas da Sorte -]

 No derradeiro episódio da saga produzi uma arte que é menos um retrato de uma cena mas a descrição de uma sensação que emerge de um turbilhão de temas vem do passado e presente que se cruzam entrelaçam e tecem a história da ultima parte da série.

  Essa obra trabalha com várias temporalidades em seus nuances. Pegando emprestado conceitos braudelianos da longue durée e com uma visão gestáltica na composição essa arte se propõe a ser uma conclusão em aberto, um espelho para seus próprios caminhos ainda não traçados e uma reflexão sobre os interminados.

  Num conjunto que soma a morte que espreita no horizonte se apresentando com a floresta entre ela e Harry, mas também se correlaciona a ponte que rememora o encontro da mesma com os três irmãos e e a sua insólita e constante presença.

    Por fim temos Harry, a frente de um caminho do qual o destino foge às vistas, vestindo a capa que transparece seu episódio mais íntimo, porém também mostrando o vazio que uma trajetória cheia de intempéries pode deixar em nossos peitos.

    Com a arte e o texto final eu venho amarrar e prender a linha que guiou a sequencia toda: conflito. Na primeira obra o conflito se apresenta, firme e claro, como um gigante arrombando sua porta; nessa o conflito se dispersa e multiplica, temos aqui todos e nenhum, Ensō.

É isto, foi uma grandissíssima experiência edificante produzir essa série espero que eu tenha plantado uma sementinha no coração de todos.

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Hayao Miyazaki’s apreciation post

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           [- Harry Potter, o Enema e o Pinto -]

   Essa penúltima arte tem um papel fundamental no conjunto de sublevar os temas do conjunto, também mais do que apenas o tema principal: o conflito. Essa arte vem para falar sobre consequências. Essa arte vem para falar sobre confiança. Essa arte vem para fazer um statement sobre perspectiva.

    O fundo propositalmente semi indefinido nos guia os olhos a sua definição, os temas do poder do contexto são reforçados e a queda de Dickledore apenas reforçam a narrativa supracitada. A arte de hoje representa a morte, mas seu subtexto ilustra uma reflexão sobre nossa existência em sociedade, e, consequentemente sobre a vida.

   Essa também é a ilustração com mais movimento de todas e nos leva para uma sensação de separação, é a penúltima arte e assim sendo é o começo do final, o aquecer da garganta dos corvos que pairam sobre nossas cabeças. 

   Enfim, espero vocês amanhã para última arte e último texto da série

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     [- Harry Potter e Olhem Para o Pênix -]

   Dando continuidade a série hoje chegamos no quinto capítulo, e, possivelmente o mais sóbrio da série de ilustrações. Nessa arte que tem como protagonista Penetradores Umbridicke, exploramos mais os signos de Hogwarts como escola, apresento uma arte levemente mais “sketchy” que o comum, com proporções não tão bem balanceadas contrastando com a mais fina arte antropofálica na personagem central.

   Você deve agora questionar a si mesmo em seu âmago se essas disparidades carregam um intencionalidade, e estaria certo em responder que sim. Essa talvez seja também a arte mais carregada de comentários sociais e discussões sobre nossa contemporaneidade. Ela questiona figuras de autoridade, posições de ensino e de aprendizagem, profissionalidade e improfissionalidade, a proficiência em linguagens e seus impactos na hermenêutica de nossa sociedade através de uma semiótica confusa e impessoal.

   Hoje venho aqui para impactar o mundo com pensamentos mais devastadores que armas e que movem o mundo vagarosa, mas certamente assim como o vento move as pás de um moinho. O cenário da sala de defesa das artes das trevas é, em justaposição com a ameaça de Umbridicke, um exercício de introspecção em nossos conflitos para vermos como eles se refletem em nossos próprios ambientes.

   Enfim, nos vemos amanhã com uma arte mais dolorosa e que nos fará pensar em assuntos ainda mais densos e obscuros

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Lindooo? (é uma afirmação, coloquei interrogação só pq faz ser pregunta) bjs Thay

Obg, menor que três, bjs

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    [- Harry Potter e Cálice de Gozo -] 

   Nesse quarto episódio de nosso mergulho na reinterpretação desse rico universo, chegamos em um capítulo que traz em suas particularidades muitas mudanças, o que por sua vez possibilitou uma alegre oportunidade de destrinchar inúmeros temas em uma única cena.

   Eu gostaria que a arte de hoje reforçasse a sequencialidade da obra como um todo, que você, ser observante, pegasse o ímpeto praticamente imparável de alçar voo da arte de ontem, para conectar com o espírito aéreo da de hoje. Assim como  o espírito de Cedrico ascendeu aos céus caia você também ao chão e eleve seu espírito para compreender os nuances dessa arte.

   Analisemos a semiótica do conjunto artístico, o Pinto-Córneo-Húngaro, a justaposição dele com Harry, o singelo cenário a volta. Usemos das nossas próprias idiossincrasias de nossa mente para inferir uma personalidade e arte e nos ver não no protagonista, mas sim questionar quem é o protagonista, seria Harry? Seria o Pinto-Córneo-Húngaro? Seriamos nós mesmos? Seria o nosso contexto?

   A verdadeira reflexão de hoje é sobre nossa agência em nossa própria vida, o que paira ainda mais acima de nós quando alçamos voo? 

   Enfim, preparem suas varinhas e suas vassouras pois as próximas artes vem carregadas com um novo tom e novas contemplações, até amanhã.

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       [- Harry Potter e Pinto Arteiro de Azkuban -]

   Neste terceiro desenho da coleção eu retomo o tema do zoomorfismo fálico nesse mergulho que vem reafirmar o arco geral desse estudo em desenho, que é a contraposição. Através do conflito direto entre esta e a última obra, vemos como o Pintogrifo se difere do Basilisco, o primeiro sendo, não obstante de sua rigidez e determinação, mais leve e com um intento de movimento representado muito mais fluido e inconflitante de suas próprias agústias.

   Pintogrifo se levanta sobre suas garras dianteiras dando destaque agora para o ambiente, como um lugar tangível uma cena na qual se debruçar. Mas também se enrijece apontando aos céus denotando uma transitoriedade que prenuncia suas artes. 

   Essa arte tem um tom intencionalmente mais leve, sendo o trabalho mais otimista da coleção. Sua composição se traduz num convite ao olhar para frente e sua experiência deixa na boca um gosto aventura. Enfim, segurem-se firme as penas do Pintogrifo pois a próxima arte será  um ponto de inflexão na série para a transição a novos temas e experiências artísticas.

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  [- Harry Potter e a Caralha Ereta -]

   Na obra de hoje a cena da batalha final com o Basilisco é reimaginada trazendo uma animalidade para a composição. O monstro é retratado não necessariamente inteiramente coberto e protegido por suas escamas, ao mesmo tempo e a esparsa representação delas levanta a possibilidade, detalhe que busco pra mais uma vez trazer a tona o tema da dicotomia nessa coleção.

   Todo o ambiente é imaginado para emoldurar a ação e ao mesmo tempo separar os agentes da cena através de representações não continuas e traços diferentes. Mas os mesmos elementos que contribuem para o afastamento físico também contribuem para uma aproximação imagética através de um elemento importante da Caralha Ereta: o chão.

   Ambos os entes tem um peso na cena, que carrega com sigo uma plurissêmia enorme, nos remetendo a várias sensações e imaginários. A Posição do Basilisco em si é evidentemente o fator mais relevante da composição, representando um suposto bote, mas ao mesmo tempo que se inclina, repousando seus tensos músculos sobre si mesmo, como se recuasse ante a ameaça do garoto.

   Eu gostaria que tomássemos um tempo para pensar sobre nossos conflitos e transpormos eles na arte para que essa catarse possa se manifestar e nossos sentimentos possam novamente se assentar.

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                      [----  Harry Potter e a Pica Fenomenal  ----]

  Essa é a primeira arte de uma série de 7 ilustrações que procuram reimaginar o universo HP através de lentes que descentralizam Harry e colocam em foco o entorno. Essa ideia é trazida para realidade por meio de antropomorfizações fálicas, em cenas importantes do livro que tentam ilustrar. 

  Em Harry Potter e a Pica Fenomenal eu busco trazer à tona o rústico no primeiro capítulo da saga Potter. Composta por Hagrid, o Duro, buscando o pequeno bruxo para frequentar Hogwarts essa cena evoca a surpresa e é composta para questionar a pequeneza de Harry diante ao pulsante universo que se ergue diante dele com essa inesperada chegada.

  Como iremos observar em minhas outras artes a ausência de cores tem papel na descrição desse mundo, o preto e o branco vem conflitar no papel, para exaltar a dicotomia no espaço da realidade fantasiosa de do universo HP. Em cenas que o preto raramente parece se fundir ou vazar ao branco (salvo a exceção de borrões e imperfeições causadas pela umidade), nas minhas obras os traços se impõe às páginas para criar, tal qual uma cicatriz que mudou a vida de um menino numa realidade fantástica, um propósito inseparável de sua existência.

  Essas artes não foram imaginadas e executadas num vácuo e vem para refletir um coletivo de ânsias e ideias de um mundo moderno, abram suas mente, sejam bem vindo e     Todos a bordo do Hogwarts Express!

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