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aidankeef · 8 hours
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STARTER CALL: para um starter APÓS o drop, escolha uma frase daqui + um lugar + arroba
A ressaca moral atingiu a cabeça de Aidan com maestria.
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aidankeef · 19 hours
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Aidan com o resto do acampamento.
Fonte: vocês
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aidankeef · 3 days
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A tortura de ocupar a mente de Aidan era a incerteza do amanhã. Por mais que ela prometesse que ficaria ali por tempo indeterminado, ele sabia, quase como uma premonição, que ela poderia se afastar subitamente perante sua real versão. Ele sentia-se domesticado, um animal conduzido à mansidão através do condicionamento em uma jaula. Rogava aos deuses para que, de alguma forma, seu ímpeto fosse amansado e assim pudesse experimentar, ao menos por um dia, o conforto de ser uma pessoa normal, a qual não conectava todas as reações do mundo aos seus traumas. "Eu espero que fique, mesmo quando não enxergar nada de bom em mim." Murmurou em um pedido sigiloso, sem a certeza que ela ouviria sua súplica. Sentia-se uma farsa. Sua vida fluía relativamente bem, estava apaixonado, ganhando congratulações após a morte do Drakon, desempenho incorrigível em combate, sem nenhuma manifestação indesejada de seu poder. A paz nunca foi parte de sua rotina e, essa percepção estranha de estar tudo bem ao lado de Kitty lhe causou um pequeno arrepio, como se um vento gélido subisse pelo seu estômago. Uma indigestão de seu passado.
E ele disfarçava todas aquelas chagas muito bem. Um dia de cada vez, como costumava reforçar para sua meia irmã. Um dia de cada vez vencendo o próprio demônio, o monstro que o esperava após o treino, sentado na cama junto de sua caixa de memórias, se esforçando para demonstrar tudo aquilo que ele verdadeiramente era. Dizer cada uma das verdades que permeavam seu passado trouxe à tona as imagens dos momentos vivenciados. Seu olhar, antes afável, tornou-se distante. Ouvia Kitty como uma melodia baixa em sua mente, transitando pelas salas de suas dores. Recordou-se de como era sentir prazer ao desferir soco após soco, em defesa da honra de sua ex namorada que gritava desesperadamente dando ordens de parada, recordou-se de recolher-se no chalé de Dionísio no fim de várias noites após o término enquanto chorava preso à garrafa de vinho que nunca se esvaziava, recordou-se do estrago que fez em seu quarto quando recebeu uma estranha com a manchete de seu último grande roubo, recordou-se da forma que sempre retornava ferido para o chalé após o término, transferindo a dor emocional para o físico, arrumando brigas fúteis. Repentinamente, sua mente formou o rosto de Kitty em cada um desses momentos, o alertando de todas as coisas as quais ela obteria conhecimento e, pior, poderia presenciar. Seus olhos se invadiram com lágrimas, retidas num olhar vazio, assustado. Ele não temia perdê-la para algum semideus ou semideusa que cruzasse seus caminhos. Temia perdê-la para si. Robert, seu padrasto, sempre dizia: "você é um inútil e sua mãe ainda vai enxergar isso.". Logo, Kitty também veria essa sentença.
Tentou esboçar um sorriso ao voltar o olhar para a feição da filha de Hades, uma lágrima ousada despencou do canto de seus olhos e rapidamente foi seca com a ponta dos dedos. "Eu espero que o homem de agora se comporte." A voz saía como em um fio de energia. "Espero que ele não se renda ao que já foi, pois eu ainda sinto Mr. Hyde." Referenciou o único livro que recordava-se de ter lido na adolescência e ter se identificado tão intensamente. Aquilo que Kitty presenciava era o Dr. Jekyl, passivo e carismático, dominando suas emoções e sendo um romântico incorrigível. Entretanto, ao cair da escuridão, Mr. Jekyl abraçava a carne de Aidan como fazia com o personagem fictício e mostrava o outro lado. "Mas eu prometo, meu amor. Eu vou me esforçar, mesmo que acabe errando algumas vezes." Sua mão acariciou a face de Kitty, contornando seus traços, acompanhando as curvas que se faziam presentes no semblante amável. "E não vou desistir. Isso é uma promessa imutável." Ela arrancou um sorriso um pouco mais amplo, mais caloroso novamente. Sentiu os beijos em seus lábios como uma concordância à sua promessa. Os olhos avermelhados se fecharam, tentando esconder dela aquele sentimento que amargou seu paladar. "Vá aproveitar sua festa, meu bem. Vou resolver algumas coisas, experimentar alguns drinks. E te encontro aqui. Sem falta." Falou enquanto acenava com a cabeça em concordância, mesmo desejando que ela permanecesse ali, a mão agora segurava a mão de Kitty, num singelo modo de requisitar sua permanência ao seu lado, mas deixou-a ir conforme ela se afastava.
E lá estava ele.
Ouvia a música tocando ao redor de si, pessoas cruzando o rastro de Kitty. Seus olhos tornaram a se encher de lágrimas o obrigando a olhar para cima, evitando que aquilo despencasse. Sua memória trazia à superfície sua tentativa de suicídio que foi impedida por um irmão do chalé, os gritos agudos de sua ex namorada que se tornavam ensurdecedores em seu passado, as noites que dormiu ao relento quando criança tentando fugir da presença do padrasto, o som do corpo de sua mãe atingindo a cristaleira após tentar interpelar o companheiro que atingia o corpo infantil de Aidan com truculência. Sabotava seus pensamentos de uma forma que sequer conseguia recuperar o ar para si. Todos os segredos em si vibrando, buscando uma explosão que jorraria suas dores para fora. Foi então que ouviu a aproximação de algo, como engrenagens raspando umas nas outras.
"Aceita uma bebida, senhor?" Perguntou o autômato com uma voz robotizada.
E ali, ao ouvir um simples questionamento, Aidan lançou fora os últimos sete meses de sobriedade.
INTERAÇÃO ENCERRADA.
"Estou aqui com você, sua vontade está sendo realizada. Vou estar amanhã também. Aidan, você vou estar com você por mais algum tempo ainda." Naquele momento, era a certeza de seu coração. Ela queria ficar com ele ainda e embora algumas inseguranças tivessem feito seu coração de refém algumas horas antes, todas desapareciam quando estava nos braços de Aidan. Tão simples como respirar era a certeza de que desejava ficar com ele, dia após dia, até sabe-se lá quando. Era a certeza de que o desejava, queria seus braços e beijos, risadas e olhares. Apenas para si, todos os dias. "É uma loucura boa." Pensou Kitty, em voz alta, desejando beijar Aidan apenas mais uma vez. E então outra e outra. Achava que jamais se cansaria dos lábios dele, da maneira como parecia escorrer mel de suas palavras, como a boca era doce ao seu toque. Estava cheia de paixão, tanto que sentia que seu peito poderia explodir em coisas boas. O dia magnífico estava se encaminhando para terminar de uma forma incrível também. A menção ao inferno, no entanto, a fez sorrir. "Não vou deixar você transformar minha vida em um inferno. Estará enterrado antes disso acontecer." Ela brincou, com um sorriso enchendo o seu sorto. Até mesmo suas ameaças eram permeadas de carinho. Kitty não acreditava que Aidan pudesse fazer de sua vida um inferno; seus dias, mesmo com tudo o que acontecia no acampamento, era cheio de pequenas alegrias. Estava sempre com os irmãos, os amigos, gostava de suas flores e até mesmo apreciava as pedras. Ela riu da piadinha sobre compensar o pavio curto, porque conseguia muito bem imaginar como. Não era uma idiota, pelo contrário, seus olhos notavam tudo. Contudo, sabia bem que tudo o que ele dizia não era motivo algum para risadas. Ele apenas confirmava o que tinha ouvido por aí.
"Vou olhar para o homem que você é agora então. Não vou investigar o passado. É muito difícil, mas eu prometo..." Kitty suspirou, deixando que uma expressão de sofrimento tomasse o rosto. "Prometo ficar longe das fofocas. Não que eu seja uma fofoqueira, mas os boatos chegam até mim e..." Parou de falar, tentando um dar de ombros suave, sem finalizar sua sentença, incapaz de negar que era, de fato, uma fofoqueira. "Quer passar o restante da noite comigo?" Perguntou, embora novamente tivesse ouvido muito bem. Estava apenas lisonjeada pela ideia, feliz pelo fato de Aidan querer se manter perto tanto quanto ela queria. Na verdade, se pudesse, o arrastaria para seu próprio chalé, onde poderia eliminar na cama todos os desejos que percorriam sua mente desde o primeiro toque. Cada beijo aumentava suas fantasias. Sua vontade. No entanto, Kitty sabia muito bem ser controla e firme, decidida e contida. Acreditava que haveriam muitas noites e dias para aproveitar com Aidan, que depois do baile e das declarações, as coisas entre eles poderiam ser diferentes. Claro, haviam algumas incertezas e seguranças, mas eram fáceis esquecê-las quando estava com o filho de Ares. "Podemos passar muito tempo juntos." Declarou, deixando um beijo cheio de carinho no rosto dele. "Mas hoje..." Ela olhou para o bar próximo, onde uma amiga sentava sozinha. Não achava que era capaz de focar em qualquer outra coisa que não fosse Aidan, mas não era do tipo que esquecia suas amizades quando apaixonada. "Hoje podemos fazer muitas coisas ainda. Eu adoraria uma dança com algum dos meus irmãos e algum drink com amigas." Não sabia se Aidan tinha aproveitado a noite com seus próprios amigos, mas era uma deixa para que ele soubesse que estava livre para ir também. A mudança mudava para algo mais animado também, cessando a necessidade de um ritmo tão lento e colado.
Kitty colou sua boca a de Aidan uma última vez, rápida e se afastou de novo, apenas para fazer uma carícia nos cabelos com sua mão livre. O carinho a envolvia, assim como a doçura. "Podemos nos encontrar aqui no fim da noite, o que acha?" Sugeriu, porque apesar de desejar encontrar os seus amigos, também queria terminar a noite com Aidan, despedir-se dele com um beijo e um boa noite, sinalizando o fim de um dia tão importante e simbólico para si. "Dançamos com nossos amigos e bebemos de forma moderada." Era quase um aviso, apesar da suavidade de suas palavras. "Retornamos aqui ao final, hm?" Pediu, virando o rosto minimamente ao aguardar a resposta.
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aidankeef · 3 days
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Estava sem rumo depois das últimas decisões. Atordoado consigo, sequer notou que a adorável Fahriye estava na sua rota de colisão. O corpo permaneceu rígido com o choque, mas depois cambaleou para o lado para segurar levemente o ombro da pequena criatura. "Dessa vez deixo passar." Murmurou um tanto desinteressado em olhar para a semideusa nos olhos. Conferiu brevemente se não tinha a machucado e logo tornou a se direcionar para o único atendente do bar. "E parece que alguém está demasiadamente interessada nos meus interesses. Na próxima encaminho um almanaque com as minhas informações lá para o seu chalé, dondoca." Seus dedos puxaram a alça da caneca de um Moscow Mule, gelada ao ponto de transpirar. Levou o recipiente até a boca e deu um único gole, ficando com um pequeno bigode de espuma de gengibre acima dos lábios. "Céus. Nem Daphne perdeu tanto tempo cuidando da minha vida e dando orientações de convivência. Vá aproveitar a festa, dondoca. Garanto que não faltam entretenimentos por aqui. Aliás..." Pausou passando a ponta da língua sobre os resquícios do drink e olhando para a morena por cima do ombro. "Tantas dedicações de músicas e nenhum par romântico? Isso é normal?"
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quem: @aidankeef
onde: pista de dança
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Pequenas gotículas de suor adornavam a pele corada de seu rosto após uma hora intensa de dança. Durante esse tempo, Fahriye deixou que os movimentos de seu corpo fossem embalados pelo ritmo das músicas tocadas pelo dj, enquanto flores desabrochavam a cada passo e sua mente vagava por cenários fantásticos inspirados por cada melodia. Dançar assim era um verdadeiro bálsamo para o coração angustiado de uma eterna romântica aflita por ver seu conto de fadas se distanciar cada vez mais. Seu transe foi interrompido quando um corpo duas vezes maior esbarrou no seu, quase a levando ao chão. Recuperando o equilíbrio sobre os saltos, ela soltou uma risada baixa. ── Opa, me desculpe. ── A natureza pacífica a levou a se desculpar, mesmo não sendo a principal responsável pela colisão. No entanto, sua expressão se fechou ao perceber quem era o rapaz corpulento, e tornou-se ainda mais taciturna ao notar os sinais de embriaguez nele. Seu relacionamento com Aidan não era dos melhores, e encontros desastrosos como aquele apenas reforçavam suas reservas a respeito de outrem. ── Parece que alguém virou frequentador assíduo do bar de Dionísio. ── Comentou, não resistindo ao ímpeto de dizer algo. Embora o álcool estivesse disponível para os campistas com idade suficiente, todos sabiam que exageros não eram benéficos, nem mesmo para o próprio filho de Ares. ── Tome mais cuidado quando for atravessar a pista nesse estado. ── O alertou com um misto de severidade e gentileza, pois nem toda a animosidade do mundo seria capaz de fazê-la agir com indelicadeza.
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aidankeef · 3 days
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A reação de Candy o surpreendeu. Os olhos se arregalaram ao sentir o golpe que, por pouco, não acertou em locais mais sensíveis. "Isso aqui não é brinquedo!" Queixou-se indicando as partes baixas, encolhendo as pernas. Assistiu embasbacado a movimentação da semideusa que subitamente tomou o controle da situação, deixando que uma gargalhada insana estourasse em si quando notou que ela estava mais do que preparada para ser a sua dupla no combate. "Isso aí cabeça de nuvem! Vamos acabar com eles. Se um dia reclamei de você, já não me lembro mais!" Bradou empolgado com sua atuação da filha de Eros. Agarrou-se ao volante da biga direcionando para a área determinada pela semideusa, livre do óleo, guinchando como um animal eufórico. Ao notar a aproximação de mais uma biga, deixou desviar o aparelho que conduzia, receoso por uma nova agressão da loira. "Eu não vi. Sabe me dizer se isso tem alguma pontuação?"
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Candace não era uma menininha pequena e miniatura; Sim, ela era magra como um graveto, mas era tão comprida quanto as modelos mais cobiçadas das passarelas. Logo, era realmente impressionante se ver enrolada, e muito bem fixada, naquela posição. Um olho aberto para ver ao redor e encarando, horrorizada, que por pouco não ganhou de presente uma costela quebrada. ╰ ♡ ✧ ˖ Me chutar da biga? Bateu com a cabeça? Se eu saio daqui, eu vou ser atropelada! Quer ter minha morte na sua conta, filho de Ares? ♡ ˙ ˖ ✧ A revolta presente em sua vez externalizou com um soco bem dado na coxa masculina. A dureza do músculo provocando mais dor em si do que nele, mas ela muito satisfeita por ter escolhido um lugar bem próximo de algo vulnerável. O desafio em seu rosto prometia o segundo golpe localizado. ╰ ♡ ✧ ˖ Isso é só um brinquedo! ♡ ˙ ˖ ✧ Contudo, temendo uma mudança de ideia, a filha de Eros desvencilhou da perna e se colocou de joelhos. Para ficar de pé, usou a arma secreta como apoio e se fixou ali, imprensada contra Aidan e a lateral da biga. ╰ ♡ ✧ ˖ E evite o lado esquerdo. ♡ ˙ ˖ ✧ Avisou antes de apertar o botão e liberar a poça de óleo estrategicamente na pista. Candace não gostava de ser mandada, não mesmo. Mas lá estava ela, inclinando-se para fora e chamando a atenção do filho de Dionísio. A expressão de quem pedia socorro fez o truque para se aproximar e ela falar, a voz tão doce e hipnótica. ╰ ♡ ✧ ˖ Dê meia-volta por lá. De nada. ♡ ˙ ˖ ✧ A última frase dita para o filho de Ares quando a biga adversária passou pela poça e girou, pegando outra num acidente.
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aidankeef · 3 days
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A gargalhada era compartilhada ao ponto de causar dores no corpo. "A dança do gorila não! Do coala no cio. É eficaz e poderoso, meu amigo!" Respondeu entusiasmado com os movimentos do próprio quadril. Archie estava puxando o melhor de si que o álcool poderia proporcionar. Ouvindo os assobios Aidan parou e se curvou em um cumprimento cortês. "Obrigado, obrigado. Estarei fazendo minha apresentação particular todas as terças nesse mesmo estabelecimento. Entrada grátis para homens, preciso ensinar minhas habilidades." Tornou a dançar, um tanto mais contido, enquanto assistia o amigo com um olhar curioso. Era incrível aquele controle motor, como se o semideus fosse um acrobata experiente. Aidan tentou espelhar um dos movimentos mas viu que o grau de sua embriaguez não permitiria a devida execução. Aplaudiu sorrindo. "Você é o cara." Disse apontando para o filho de Deméter. "VOCÊ É O CARA!" repetiu ainda mais empolgado. Virou-se para o autômato que cruzava e capturou dois drinks. Um, ofertou para Archie, e o outro manteve consigo, erguendo em um brinde. "Para o maior dançarino desse acampamento. Vida longa ao lorde das flores!"
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A música lhe causava a impressão de que o mundo ao redor girava em alta velocidade. O riso dos dois soava como uma equação divertida. Aidan sinalizou para um autômato em um pedido para uma nova dose da bebida que tomava. Uísque puro, sem nenhum disfarce para o sabor. "Não daríamos certo, mas seria uma combinação bem inesperada." Assim que sentiu a mão de Archie em seu rosto o sorriso, antes escancarado, se desfez. Atento as palavras de Archie, a ideia lhe caiu como uma luva. Seu corpo começou a balançar no ritmo das batidas, com os braços erguidos em uma tentativa cômica de balançar apenas o quadril. Aquela imagem era facilmente compreendida, não passava de um mero filho de Ares submerso nos efeitos de uma grande quantidade de álcool e algum docinho peculiar obtido de forma clandestina. Seus olhos fechados escondiam as pupilas dilatadas, cada vez mais elétrico com a pista de dança. "Dance comigo, milorde. Vamos derrubar algumas calcinhas e arrancar alguns suspiros."
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aidankeef · 3 days
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"Não adianta Pips. Olhar pra você me faz lembrar dos percursos daquele namorinho. Nada do que se orgulhar." Sentia-se culpado ainda hoje pelo que tinha feito naquele passado distante, e cabia apenas a si a responsabilidade daquelas ações. Passou o braço pelo ombro de Pietra, em um abraço lateral, e continuou a folhear as opções de tatuagens. "No meu corpo só entra amor, muita comida natural pra manter o corpinho e alguns drinks perigosos. Você já entrou nesse corpinho, então vou te listar como itens perigosos." Brincou novamente passando o indicador sobre as imagens. "Sete ervas? Acho interessante. Mas que tal fazer uma só? Um ramo de lavanda. Me lembra o seu perfume e é tão delicado quanto você. Não cresce em qualquer canto, não tem um cheiro esquecível e é percebida por quilômetros de distância. Combina com você. Difícil, inesquecível e contagiante. O que você acha?" Sugeriu abaixando o rosto para olhar a face da filha de Hécate com um olhar amistoso. "Se aceitar, faço uma temporária com o mesmo desenho."
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"Qual é! Uma foto minha ficar lindo! Toda vez que olhar no espelho vai lembrar dessa gostosa" zoou empurrando de leve o braço dele, mesmo sabendo que não teria efeito é nenhum, mas por fim se juntou em dar uma boa risada junto a eles. O empurrão de volta a fez estreitar os olhos, mas era leve. Aqueles dois realmente não tinham servido para romance, mas poderiam sim ser bons amigos "Acho que abro mão de estar no seu corpo, nunca se sabe o que tu tá botando ai, senhor trembolona" resmungou fingindo de chateada, ela chegou mais perto dele passando para a área das plantas para ele ver "Bem, eu não queria algo muito ligado a natureza. Mas o que acha das sete ervas? São plantas que lutam contra energia negativa e são lindas"
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aidankeef · 3 days
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@kittybt
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I'm staring at Venus? You are. I've been studying it. See, a rare occurrence is coming. Venus will travel in a specific arc and give us a single momentto take precise measurements,and we shall know the distance from the Earth to the Sun."The Transit of Venus," it is called.It will be quite the spectacle.
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aidankeef · 3 days
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Divertia-se com a dança e com as luzes do espaço. Era a oportunidade de despir-se das armaduras que carregava. "Se me permite usar uma frase motivadora: o fim da noite só depende de você." Riu com a feição dramática da semideusa. levando sua mão para segurar seu maxilar e balançar levemente. "Tão linda e tão perigosa! Parece uma adaga recém afiada." Sequer sabia o que estava afligindo os pensamentos da morena, mas notou que havia espaço para suas importunações. "Meu problema em questão seria um melhor amigo com problemas de raiva nos assistindo conversar." Respondeu com desinteresse após soltar o rosto da semideusa, dando de ombros em seguida. "Mas como sabe, eu gosto de uma aventura." A proximidade o fez dar um passo para trás, hesitante. Mas logo deu meio passo a frente recuperando parte daquela distância. "O quê raios fez você sentir tudo isso em um único dia, bonequinha? O parque é cansativo, eu sei, mas realmente causou tudo isso?" Sua voz parecia um pouco mais baixa, sentindo a aproximação de outras pessoas na pista de dança. "Eu consegui aproveitar o parque apesar do meu pacotinho de estresse ter finalmente me dado um ultimato."
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A dança parecia seguir de forma natural, como se não fosse preciso usar do raciocínio para predizer aonde aqueles passos os levariam, a pista já não parecia tão cheia como antes, e as palavras alheias apenas confirmavam o que ela já sabia. "até agora está sendo uma boa, não posso dizer do que será o resto da noite." averiguou. era o que precisava. o tal herói com uma imensa má fama e bons pés para dança, dada a sorte ele tinha boas mãos também, e dado o azar alina parecia tão filha do flerte quanto ele. ou era apenas o clima da noite os propiciando? "pois então pode ficar feliz, nenhum outro semideus ousou convidar essa bela dama, consegue acreditar?" seguiu com um biquinho magoado. dramatizado, sim. mas ela de fato havia ficado ressentida com tal ato. mais do que isso, rancorosa, e nunca era uma boa ideia vê-la com sangue nos olhos. o coração romântico avido por discórdia. "e qual seria o nosso problema em questão?" as sobrancelhas arqueadas diziam que ela tinha uma pista de sua resposta, mas queria ouvir dele. "sinto muito pelos seus amigos quebrados depois da briga, na próxima me chame para assistir, quer dizer, conheço ótimas compressas de ervas para quem precisar... meu trajeto foi bem cansativo para lhe dizer a verdade, sinto que passei pelo submundo ao menos três vezes, mas agora ao que parece terei boas mãos para me agraciar." se aproximou com um sorriso travesso, perto demais. e havia para ela algo melhor do que isso? ser agraciada? era a sina que parecia não temer.
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aidankeef · 3 days
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Ela parecia intocável ao seu lado, portando uma expressão de desinteresse. Sem saber lidar com a própria frustração, esticou o braço que segurava o livro para fora do barco e balançou a mão algumas vezes. "É o seguinte, sabichona." Iniciou após pigarrear como se limpasse a garganta de todas as pequenas queixas que pudesse fazer. "Apesar dessa sua... Indiferença com o mundo e essa apatia por parecer viva, queria fazer uma proposta para você." Estava disposto a deixar de lado parte de seus amargores por aquela tratativa informal. Após ouvir as palavras de Kitty minutos antes, sabia que iria necessitar de urgência em seu projeto de recuperação. Não desejava que a filha de Hades o visse como ele era: quebrado, raivoso e irritante. Somente alguém com uma personalidade pacífica o suficiente para irrita-lo poderia ensinar algo para o filho de Ares sem tentar oferta-lo aos cães infernais. "Eu quero que me ajude com o controle de raiva." As palavras saíram de sua boca com dificuldade, o obrigando a tossir para se livrar do resto de ofensas que comprimiu em si. Estava relutante em solicitar ajuda, ainda mais de alguém que tanto lhe causava incômodos, mas precisava daquilo pelo bem de sua paixão e pela nova oportunidade de experienciar o amor. "Pode ser com aula de meditação, remédio, tratamento. Qualquer coisa. Eu só quero ser calmo que nem você, nessa mesma energia de morto vivo, sangue de barata e blablablá. E antes que pergunte: sim, tenho uma motivação forte o suficiente para não desistir e sim, se você recusar vou jogar esse livro na água." Alternava seu olhar entre a semideusa e o livro que estava pendurado para fora da estrutura em movimento. "E quero urgência, ok? Começamos amanhã e sem falta."
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Soltou um suspiro pesado com a atitude de Aidan ao retirar o livro bruscamente de suas mãos. Do jeito que ele era, era bem capaz que atirasse seu amado livro no rio e Charlie teria que baixar a versão digital para saber como a história terminava. "Eu estou aproveitando", respondeu com a voz neutra. "Já fui na maioria dos brinquedos, joguei com os meus amigos e tudo o mais. Inclusive já fui nesse barco antes. Eu só estava tentando descansar um pouco de uma forma diferente do que simplesmente me sentar em um banco e ler." Por que ela estava se explicando para ele? Nem ela própria sabia. Talvez só quisesse seu livro de volta intacto, talvez esperasse que isso o fizesse sair de seu barco. O que quer que trouxesse sua tão querida paz de espírito de volta. "Agora você pode me devolver o meu livro, por favor?" Perguntou ela educadamente. Nem mesmo Aidan seria capaz de fazê-la ser qualquer coisa menos gentil.
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aidankeef · 3 days
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Em uma perspectiva da noite, podemos dizer que Aidan conseguiu usufruir o melhor da vida e o pior de si. Mais uma vez.
Seus problemas com bebidas não eram desconhecidos aos mais íntimos. Havia criado uma certa resistência, é fato, mas após a última tentativa de tratar do próprio vício através da abstinência, notou que poucas taças passaram a alcançar o resultado de inúmeros copos de álcool que antes consumia. O arrependimento viria pelo amanhecer.
A euforia e a paixão. As palavras doces do início da noite foram proferidas para Kitty. E não é como se ele tivesse mentido sobre tudo aquilo, pelo contrário. Ele estava completamente apaixonado pela amiga, disposto a superar seu ego para entregar a si —ao menos a melhor parte— como objeto de barganha por aquele amor puro e íntegro. E não poupava esforços. Estava cada vez mais amigável, cada vez mais transparente e mergulhado naquela experiência tão afável, que nunca presenciou antes. Ela se afastou para aproveitar a noite, mas aí vieram os gatilhos com a bebida. Logo em seguida, como um lobo, buscou outra presa que lhe satisfaria os desejos mais impuros que saltavam em sua mente.
Tensão. Foi conduzido para a pista e flertou com Alina como rotineiramente fazia, ciente da estrada de fogo que traçava após aquela decisão. Ele não faria nada além de flertar, em respeito ao melhor amigo, mas algo fazia com que aquele jogo de provocações soasse cada vez mais divertido, o afastando da realidade por trás dos efeitos da bebida.
Desejo lascivo e a saciedade. Em seguida, localizou a sua presa perfeita: Mary Louise. Ela, em uma posição de divindade perante Aidan, dispunha de um atalho certeiro para obtê-lo manso e permissivo. Ele a procurou, acima de qualquer outra semideusa, como a cura de seus desvios, como a solução para suas torturas. Internamente, via o acolhimento divino em sua voz calma e seus olhos hipnotizantes. Quando despertou do transe dos desejos já estavam saindo do quarto de Mary Louise, ajeitando a roupa no corpo, o cabelo sendo penteado com os dedos, distribuindo beijos e risadas entre a rota do chalé um e a área do baile. Girava o corpo de Mary em uma dança sem música, aproveitando os últimos minutos antes de se separarem no evento. Se ela o queria, tal como ele a queria, o que poderia fazer? Resistir? Isso não era uma habilidade que o filho de Ares possuía.
Em uma única noite teria conquistado a paixão da mulher que desejava, alcançado a mulher que enchia seus olhos de luxúria, perturbado um ou dois amigos e, agora, após tantas flutuações emocionais intensas, preparava-se para as três mais poderosas.
Ciúmes. Assim que pisou na pista de dança e viu Mary sumir entre a multidão, ouviu a banda que se apresentava apresentar um texto peculiar. Uma música para Kitty, dedicada por Jae. Sabe-se Deus quem era a pobre alma que se nomeava daquela forma, que Eirene o cubra com o manto da paz, pois se dependesse do filho de Ares, não haveria mais paz. A feição de descontração de Aidan se transformou em uma dúvida e, assim que ouviu Long Live começar, o rosto formou a face da raiva. O ciúme aqueceu seu rosto e estômago até que a realidade o alcançou. Culpa. Quem era ele para sentir aquilo? Ela era solteira como ele, disponível como ele, tinha liberdade como ele e, principalmente, ele não detinha o direito de sentir aquilo depois do que fez. Será que ela viu tudo aquilo? Será que ela soube dos detalhes? Seus olhos caçavam a semideusa entre os demais dançarinos da pista, o punho cerrado e a respiração ofegante. Estava tão tomado pelas sensações que sequer notou a aproximação de Achlys.
Fúria. "Mas que porra..." Murmurou ao ser empurrado por Achlys. Aidan sustentou o desequilíbrio com o próprio peso, pendendo para a frente e parando com os pés afastados. O rosto do amigo finalmente foi identificado com a meia iluminação e o filho de Ares dividiu-se entre a possível brincadeira e a seriedade das ações alheias. "Você só pode estar de sacanagem Achlys." O tom ainda era contido, mas assim que ouviu o trecho da música cantado pela banda, rendeu-se ao turbilhão de emoções que temperava em si. Os olhos ficaram levemente avermelhados, o dedo indicador se ergueu na direção do filho da morte seguindo uma aproximação rápida e firme dele. "Quem comeu merda foi você, fantasminha. Ficou louco ao ponto de me enfrentar assim? Do nada? Não me dê motivos pra quebrar seus dentes no meio da festa."
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Achlys não tinha um histórico positivo quando misturava álcool com suas já inflamadas emoções. A combinação era um coquetel perigoso, que frequentemente resultava em explosões de temperamento e decisões impulsivas. Nos últimos tempos, sua paciência parecia ter chegado ao limite, especialmente quando se tratava de Aidan, um de seus melhores amigos.
Por algum motivo, Aidan vinha irritando Achlys mais do que o normal, seja por suas atitudes descuidadas, decisões estúpidas ou por aquela constante sensação de desrespeito que pairava no ar. Achlys nunca foi uma pessoa que se importava com muitos, podia contar nos dedos das mãos com quantas pessoas tinha uma afinidade verdadeira, e reduzir a uma mão os que realmente importavam para ele. Aidan estava cruzando perigosamente a linha com uma dessas poucas pessoas. O barulho no salão de baile era abafado pelos seus próprios pensamentos quando viu Kitty, uma expressão de desconforto estampada em seu rosto que não deveria estar ali, não em uma noite como aquela. Achlys sabia que algo estava errado, e após uma conversa breve com a mesma fez o julgamento mais rápido da história; culpado.
Sem perder tempo, caminhou em direção a Aidan, a determinação em seus olhos mais afiada que uma lâmina. Ignorando quem quer que estivesse ao redor, Achlys se aproximou do amigo com passos firmes, cada movimento carregado de uma fúria contida. A presença de Aidan, com sua atitude desleixada e falta de caráter, era um reflexo do que Achlys mais detestava em si mesmo. "A gente vai precisar bater um papo, irmão." A seriedade em sua voz era incomum, um tom que Aidan não estava acostumado a ouvir. Sem cerimônias, Achlys agarrou a camisa do semideus e o puxou com força, a raiva evidente em seus olhos. Sentia que estava prestes a explodir, cada fibra de seu corpo vibrando com uma raiva que ele mal conseguia conter. "Eu queria entender qual é a porra do seu problema. Cê tá me tirando? Comeu merda? " Ele empurrou Aidan com força, os olhos fixos nos dele. "Você quer resolver isso aqui dentro ou lá fora? What the actual fuck is wrong with you?!
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aidankeef · 4 days
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No fighting!
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aidankeef · 4 days
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Tell Me Lies + We Don’t Touch, We Collide (1.03)
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aidankeef · 5 days
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Aidan permitiu-se agir como um boneco nas mãos do melhor amigo, aproveitando a aventura e tentando, com muitos esforços mentais, controlar as próximas palavras. Foram anos de amizade para Raynar demonstrar seu potencial ofensivo sobre Aidan, mas o respeito em si não possuía qualquer sinal sobre aquele vinculo. Ele poderia manter as provocações acerca de ser um dos cunhados do chalé de Zeus, poderia muito bem expor o nome da irmã de Raynar como uma medalha, um trunfo invencível, mas estranhamente optou por deixar aquela informação guardada para si. A verdade é que Mary Louise não era um objeto a ser manipulado por ele mas sim um coração a ser conquistado e ele sabia que, se usasse aquela informação para se gabar do parentesco que estava adquirindo, seria visto como um idiota e faria jus à fama que o perseguia. Quando estava prestes a responder a provocação, sentiu o tapa acertando sua cabeça em cheio, colocando os últimos parafusos do juízo no devido lugar. "Você lembrou que me ama muito e que não vive sem a minha presença, que coisa linda!" Sorriu um tanto desmanchado, levando a mão para o rosto do filho de Zeus em um carinho apaixonado, sem amor algum pela própria vida. Ao olhar para a tatuagem, fez questão de mostrar o raiozinho que tatuou no antebraço em homenagem ao amigo, com uma cara de criança peralta. "Agora eu tenho você pertinho de mim, perto o suficiente para caber num abracinho, meu neném." Talvez estivesse ligeiramente afetado pelos efeitos da sobrecarga elétrica, talvez fosse o pudor que havia se desfeito junto com o penteado que custou a preparar, mas ele estava um tanto mais alegrinho, muito mais relaxado do que antes. Levou o braço tatuado na direção do peito, num abraço ao próprio corpo. "Posso te abraçar sem levar choquinho. E digo logo, eu só vou beber se você me acompanhar em uma dose, docinho de mel."
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Esperar seriedade de alguém que tivera todos os circuitos neurológicos bagunçados era pedir demais. A loucura normal dos olhos do melhor amigo confundiam-se com o brilho novo, deixando impossível para o filho de Zeus analisar a profundidade do estrago. Não era sério. Cada palavra despejada da boca incalável esfregava o humor do jeito errado, do incômodo pairar no reino das brincadeiras e da seriedade. E estava acostumado. Tão acostumado que o cenho franzido e a aura irada desapareceram como quem desliga uma lâmpada. Literalmente. Pois a corrente prateada agitava no ar entre eles tão escuras quanto a noite varrida de raios. “ 🗲 ━━ ◤ Isso tem mais cara do seu pai do que Afrodite. ◢ As mãos abriram e ele sorriu satisfeito com o som que Aidan fez ao atingir o chão. De novo. Será que conseguiria mais uma vez naquela noite? Raynar empurrou-o para o lado, depois para que ficasse de bruços. Manipulá-lo assim só era fácil pelo estado amolecido, ou teriam caído ali em um dos embates mais memoráveis do acampamento. P.S.: Isso não era ele que falava, tampouco Aidan. Era a realidade quando o acampamento ficava sabendo dos treinos mais livres dos dois brutamontes. Enfiou as mãos embaixo do braço e o carregou, a mandíbula bem fechada para que o esforço fosse traduzido apenas na respiração mais pesada. “ 🗲 ━━ ◤ Prometo ser gentil e deixar uma cadeira de rodas próximo à cama. ◢ Só para efeito, a mão desceu num tapa na lateral da cabeça (e tomando cuidado de fazer uma força no sentido contrário, para mantê-lo de pé). “ 🗲 ━━ ◤ Só deixe essa sua merda passar porque eu vi a porra da espadinha de plástico no antebraço. Nunca vou entender como eu faço essas coisas por você, idiota. ◢ Lambeu o polegar e esfregou a tatuagem com força, e como era de se esperar... Permaneceu tão inteira quanto o momento em que tinham feito. “ 🗲 ━━ ◤ Por que não vai ficar realmente bêbado? O bar é para lá. Beeeeeem pra lá. ◢
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aidankeef · 5 days
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"Eu não sei." Murmurou um tanto esbaforido. Mesmo com o balançar das mãos para apaziguar a febre que o atingia, nada melhorava. Sempre que Aidan enfrentava uma flutuação em suas emoções era atingido pela onda de calor que antecedia uma grande crise. Mas aquela parecia diferente. O calor vinha de áreas não convencionais, enrijecendo partes que não eram convocadas nitidamente para a conversa. Desejou-a por tanto tempo que, quando finalmente sentiu o sabor de seus beijos, seu corpo reagiu com muita rapidez. Kitty atuava na mente dele como uma injeção de emoções. Do completo furor para a paixão, ao vê-la caminhando em sua direção para então ser atingido com o completo receio, quando finalmente enxergou os ferimentos causados pelo Drakon. Aquela flutuação, para alguém instável, era perigosa. "Sinceramente... eu só estou com muita vontade de te ter comigo." Umedeceu os lábios que pareciam secar quase que imediatamente, evaporando cada gota de água em seu corpo. Ele nunca tinha sentido um amor tão pungente e tão pacífico ao mesmo tempo. Sua mente dividia-se em lamuriar as dores de ser quem era e, ao mesmo tempo, sentir-se preparado o suficiente para recebe-la com sua nova versão sem mais temores. Ofertar sua proteção, seu carinho e seu dinamismo não mais parecia o suficiente. Temia não ser o bastante para alguém que era muito. Riu levemente ao ouvi-la confidenciar aquelas informações. "Acho que a loucura ficou bem clara quando você decidiu entrar naquela cabine da roda gigante e me tirar do sério, como se nada fosse acontecer. Você foi testando cada um dos meus limites, assim como está fazendo agora."
Ao calar-se, ouviu as palavras que o desestabilizaram do alto degrau da paixão. "E não estão tão errados. Sou um pouquinho estourado, perturbo todos sem distinção de classe ou cor e... quanto às garotas... ainda bem que escolhi uma filha de Hades para fazer da vida um inferno, não acha?" A resposta rápida era uma esquiva da realidade. Aidan possuía uma má fama a qual se esforçava para manter, mesmo que remando na direção da própria evolução. "Meu pavio é curto mesmo. Compenso ele com outras coisas." Brincou balançando a cabeça em concordância. "Eu sou o sangue mais puro do meu pai, dificilmente seria o contrário. Sou reativo, impetuoso, sem muito controle das minhas palavras e muito ciumento. Muito ciumento." Enfatizou para alertá-la de seus próprios defeitos. "Essa equação tornou dos meus antigos namoros uma prova de fogo para elas e para mim. Já ganhei inimigos pelo ciúmes, não poupava esforços para defender cada uma delas. Alguns ossos quebrados, algumas gotas de sangue desnecessariamente derrubadas. Mas foram outras épocas, uma outra mentalidade. Espero que entenda. Não gosto que me olhem como a minha versão que já se foi, hoje sou menor pior do que já fui um dia." A sinceridade que o abraçou era incentivada pelo medo de perder a paixão como havia feito no passado. Não via em Kitty o temperamento de quem aceitaria suas revoltas com facilidade, tão pouco gostaria de replicar os inúmeros caos que havia servido para Amara ou Pietra. Kitty possuía um aspecto intocável para ele, e assim gostaria de mantê-la: íntegra e verdadeiramente amada. "Então deixemos o passado para ser investigado depois. Hoje eu quero existir do seu lado da forma que desejo há meses."
Ao vê-la se aproximando para um novo beijo, levou ambas as mãos para sua cintura, contornando-a com paciência. A concepção de ter um amor lento, que queimava sua alma pouco a pouco, que ocupava seus pensamentos como um fogo que arde silenciosamente, era inovadora. De todas as paixões explosivas que já havia experimentado nos últimos tempos, nada se assemelhava ao amar tão tranquilo. Sentia os lábios que tocavam os seus como uma dádiva, não deixando de adorá-la em silêncio. O corpo delicado era acolhido em suas mãos como um cristal que adornaria seu altar. Era peculiar como ela havia atingido uma nova área em seu peito, uma ansiedade que parecia não se satisfazer com um beijo. Aguardava uma vida sentindo aquela euforia que o sacudia por completo. Mordiscou o lábio inferior da semideusa ao se afastar para puxar o fôlego novamente, um tanto relutante, desejando continuar naquele nó pelo restante da noite. A pele exposta que entrava em contato com a pele da outra parecia fogo em contato com a água. "Eu quero passar o restante da noite com você assim, perto o suficiente para caminhar dentro da minha cabeça."
“Você está bem?” Questionou Kitty com preocupação, notando o quão quente Aidan parecia estar. Aparentemente estava normal. O rosto de cor saudável, agora mais visível sem a barba e os olhos brilhando de maneira inteligente, como sempre. No entanto ele parecia quente. Sentiu uma preocupação desproporcional correr pelo corpo; sempre tinha se importado com Aidan, com o bem estar do amigo, mas agora que pareciam ter rompido uma barreira, a preocupação com o bem estar dele triplicou. Sem que percebesse, Kitty o moveu para uma área de sua vida que há tempos estava desocupada, um lugar cuja importância era quase sagrada. A percepção a assustou. Era até fácil admiro para si mesma que estava apaixonada, desafiador admitir para ele seus sentimentos. Mas jamais havia esperado cair na armadilha da própria mente. Não havia mais retorno. Era definitivo. Em seu interior, sabia que a partir daquele momento, era impossível retornar ao que eram antes. Apesar da força do momento, Kitty estava em paz com aquilo. Kiraz está em paz. Tudo bem se apaixonar por Aidan. Conhecia o medo, conhecia a dor, mas também conhecia a paixão e o amor. Ele poderia fazer tudo valer a pena. “Você já está realizando sonhos. E claro, me deixando maluca. Você vem me enlouquecendo aos poucos desde o natal, dia após dia. Tentei segurar tanto quanto pude, mas acho que hoje alcancei o ápice da minha insanidade.” Poderia ficar em paz com aquilo também, pelo menos por uma noite. E daí se estivesse maluca? Que tudo aquilo fosse uma loucura? A curiosidade dele levou para longe as conjecturas de Kitty sobre a própria cabeça, fazendo com que ela sorrisse ao mencionar um tópico do qual gostava: fofoca. Claro que isso também tinha a ver com os visíveis efeitos que causava em Aidan. Adorava saber que tinha determinado poder para deixa-lo fora de si também.
“As fofocas dizem que você é um idiota estourado, que perturba os outros campistas e faz um inferno na vida das garotas.” Kitty disse, mantendo a voz livre de qualquer sentimento: fosse julgamento ou curiosidade. “Que você é explosivo e pavio curto.” Ao se aproximar demais, ainda meses antes, tinha sido alertada por um ou dois campistas que Aidan não era uma boa pessoa. Kitty decidiu ir e descobrir por conta própria. Para sua surpresa, nunca tivera problema algum com o filho de Ares, pelo contrário, era comum que o defendesse de comentários maldosos. Nunca o tinha questionado, mas naquele momento queria saber dele mesmo. “Como assim ‘nao foi uma boa pessoa’?” A curiosidade falou mais alto. Toda história poderia ter duas versões, considerava Kitty. Nunca tinha ouvido as garotas, mas queria saber de Aidan. Ela queria saber tudo, mesmo que isso causasse um pequeno peso no coração, que Kitty conseguia identificar como ciúmes. Era um sentimento que há muito não sentia também, mas que criou uma sensação de urgência na mulher e fez com que suas mãos se apertasse um pouco mais em volta dele, em um gesto de possessividade. “Não se preocupe, não desejo escapar de suas mãos. Também não há muitos o que revirar na minha vida.” Certo, haviam alguns segredos, mas que contaria para Aidan no momento certo. Não queria esconder nada dele. Kitty pigarreou, momentaneamente desconfortável com a ideia dele conhecer um lado do qual ela se envergonhava profundamente, algo que tinha ocultado até mesmo dos irmãos.
A noite ainda não havia acabado, mas Kitty já temia perde-lo. Perde-lo para alguma ex namorada, para algum caso recorrente, para si mesma. Os momentos eram mágicos e ela temia que tudo desaparecesse quando a manhã por fim surgisse no horizonte, como um feitiço sendo quebrado. Sobreviveria ao encanto daquela noite? Ao Aidan apaixonado e carismático que possuia agora? Tomada por um desejo proveniente do fundo da alma, Kitty levou os lábios aos dele novamente. Dessa vez, não havia urgência. Era calma, carinhosa, ansiosa por sentir Aidan O’Keef, guardar consigo o sabor de sua boca e o contorno de sua face, a maneira como o corpo parecia se encaixar perfeitamente ao seu. Se fosse um pouco mais romântica, poderia acreditar que os deuses o tinham molado especialmente para ela. O beijo lento, devagar, controlado e carinhoso, que pouco parecia combinar com aquele homem bruto, arrancou suspiros delicado do interior de Kitty, totalmente entregue a Aidan, ao momento de mágico de romance.
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aidankeef · 5 days
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A fala de Natalia formou uma expressão de choque em sua face. Não era nenhuma informação inédita, mas era a verdade sendo dita por alguém que muito confiava. Seus melhores amigos reduziam seu interesse por Kitty em uma experiência passageira, diziam que ele estava entretido com o desafio e que assim que obtivesse aquilo que desejava iria lançar mão dos desejos. Mas não era a realidade. Ele a desejava por sentir o calor de uma paixão aquecendo seu estômago cada vez que se aproximava, mas suas ações transmitiam o contrário. "Mas eu quero! Qual a graça de ficar temperando essa panela e não poder desfrutar do banquete, Natalia?" A resposta era sincera. Para ele, a demora era sinal de desinteresse, tendo em vista que em sua lista de flertes existiam algumas semideusas que aguardavam até o final de seu treino para convidá-lo para passeios noturnos e visitas surpresas no chalé de Ares. A facilidade era parte da experiência, o sexo era uma amostra da equação dos dois corpos e aquilo era essencial: o desejo. A fala sobre a reputação de Aidan agravou ainda mais a expressão de indignação que se desenhava em seu rosto. Os pés pararam, não existia mais compasso. Formulava dentro de si um discurso para a amiga, mas nada saiu de sua boca, apenas um curto grunhido. A raiva estranhamente surgiu em seu paladar, amargando seu corpo como uma gota contaminando o oceano. Por mais que se esforçasse, o passado conturbado parecia imutável. Sua mão estremeceu, quase soltando o corpo de Natalia para se afastar de vez da amiga, mas buscou em si a compreensão daqueles conselhos. "Natalia, eu não sou quem eu era. E todas as vezes que me lançam a sombra do que eu fui é como se me colocassem novamente no papel de alguém que já morreu." A voz era estranhamente baixa, repleta de um rancor que não era gerado por Natalia, mas era perpetuado pela melhor amiga. Seus olhos estavam repletos de uma decepção peculiar. "A reputação a qual você se refere é uma coisa que você nunca presenciou de perto. Se está falando sobre meus antigos relacionamentos, eles foram o motivo pelo qual estou há anos sem me relacionar sério com alguém e isso me ensinou muito sobre quem eu era e quem eu preciso ser."
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A feição nada amigável era incontrolável. Sentia-se agredido ao ver alguém tão próximo de si preso aos rótulos que terceiros haviam concedido à ele. Aidan levou o rosto para o chão, buscando uma versão sua a qual pudesse resolver isso sem trazer seu descontentamento à superfície. Os lábios se lacraram, tentando evitar que qualquer outra coisa saísse de si de modo impensado. Reunindo a cautela que antes possuía, tornou a erguer o rosto para a amiga. "Vocês duas são semelhantes. Ambas se agarram aos boatos mesmo caminhando ao meu lado há um tempo relativamente bom. Mas eu vou me esforçar para conduzir ela para fora dessa bolha, assim como faço com você, dia após dia." As palavras caíam como adagas. "Eu farei isso. Tentarei entender ela e a perspectiva que vocês parecem compartilhar ao meu respeito. Não me imagino sendo o par ideal para a filha de ninguém e sei que, em um futuro distante, receberia um genro como eu com uma boa surra corretiva." Pontuou palavra por palavra, esbanjando firmeza "Eu só quero que saiba que eu estou afundado até o pescoço com aquela garota. Eu estou fazendo coisas que normalmente não faço, estou aceitando situações as quais eu normalmente não aceito. Ela povoa todos os meus pensamentos durante o dia, ela me manda fotos durante as nossas conversas e eu fico revendo aquela linda cara o dia inteiro, como se fosse uma obra de arte. E acredite, é tão difícil para mim quanto parece ser para ela. Eu destruí o relacionamento com a mulher que mais amei devido ao meu temperamento hostil e só eu sei o que eu enfrentei para superar a culpa e a minha ira. Eu não sou uma pessoa gostável quando visto de perto, Natalia. Eu sei que ela vai perceber isso uma hora ou outra." A insegurança partia dele de forma aberta, nunca antes vista. Ele podia ser um bom galanteador, transar casualmente com facilidade e se destacar socialmente dos demais semideuses com a lábia travessa, mas ele ainda era o rapaz sem conhecimentos emocionais, que nunca aprendeu a ofertar um carinho ou um acolhimento afetivo como os demais. Tudo que havia recebido era ira. Ele sabia conduzir a raiva como uma manifestação de suas emoções, mas o amor não parecia residir ao lado daquele furor. O abraço foi retribuído de forma desajeitada, com a estranha sensação de familiaridade. Ela era sua irmã, mesmo que não houvesse qualquer ligação sanguínea, e ela demonstrava isso através da coragem ao enfrenta-lo, armada apenas com as palavras gentis que saiam de seus lábios. "Vou me esforçar." Repetiu mais para si do que para ela. "Para cuidar de vocês duas, eu vou me esforçar."
As demais colocações resultaram em um dar de ombros. Ameaças e mais ameaças, nenhuma delas causava assombro ao semideus, que balançava a cabeça em concordância demonstrando a completa irrelevância das queixas. "Eu sou uma criatura tensa por natureza e a Kitty está me proibindo de acessar o chá que melhor regula o meu emocional. Então, se quiser que eu tenha uma boa harmonia com o mundo, precisa convencer ela de ofertar o chá mágico." Brincou não muito convicto de suas palavras "Agora, para o Ray, acho que o mais adequado seriam as suas ervas, bruxinha." Sugeriu com a malícia notória, dando cutucadas leves na costela da semideusa para incomodá-la. "E me conte dos teus segredos se quer tanto ouvir sobre os meus, que são tão desinteressantes. Me conte sobre o seu urso que darei a solução que você precisa, mesmo que não mereça."
      ໋      Natalia soltou uma risada estrondosa, os músculos da face começando a doer de tanto rir. "Corrigindo, você a assustou com os seus avanços. Nem todo mundo quer ser beijado ou levado para a cama logo nos primeiros flertes, Aidan." As mãos passavam gentilmente nas partes do blazer que ela havia segurado com força, torcendo para que só com aquele gesto conseguisse acabar com o amassado no tecido. "É um elogio você ter nos comparado. Não é sobre não enxergar o que está à nossa frente," ela levou as duas mãos ao rosto do amigo, fixando os olhos nos dele, "mas é sobre proteger a nós mesmas. Você infelizmente já sabe sobre a minha pessoa, mas Kitty deve ter feito isso para se proteger. Não quero parecer um carrasco com você, mas o senhorzinho tem uma reputação, a qual zelou por um tempo, não é mesmo?" As palavras saíam em tom calmo, uma maneira de manter o curso da conversa leve, sem muitos rodeios. Natalia apreciava a exposição do amigo e estava feliz com aquilo, no entanto, temia que a impulsividade emocional dele também entrasse em jogo. Por amá-lo, tentaria fornecer alguma luz. "Eu sei que as coisas para você parecem andar de uma maneira completamente diferente, nunca o critiquei por isso, mas se o seu coração rebelde e lupino anseia por ela, por que não tenta entendê-la? Se coloca um pouco no lugar dela. Você pode continuar se aproximando, mas ao mesmo tempo, respeitando o espaço dela. Tenho certeza que ela vai entender, vai agradecer e vai cair ainda mais de amores. Você pode parecer um pé no saco às vezes… Mas, Aidan, é impossível não gostar de você." As mãos que seguravam o rosto do semideus apertaram mais ainda. "Poxa, se precisava tanto de uma ajuda com artesanato, poderia ter vindo falar comigo… mas preferiu se abrir só agora… Que feio, homem. Que feio." Ainda que balançasse a cabeça em negação, o sorriso vibrante de Natalia demonstrava o humor que a tomava por completo no momento. "Conversa com ela, chama ela para sair, tipo um piquenique ou até mesmo uma caminhada. Tenta acalmar os seus ânimos ou qualquer necessidade que você acha que precisa expressar perto dela," usou um pouco de autoridade na voz para tornar ainda mais sério o que estava dizendo. "Tenho certeza de que, se você for calminho, um doce, um amor, tudo se resolverá no tempo certo. E se vier de se tornarem namorados… vão poder fazer o que quiser, sei lá." Os olhos reviraram brevemente, lançando-se para um breve abraço, mas apertado. Natalia torcia para unicamente o melhor na vida dos dois, e tentaria fornecer de seus próprios artifícios, caso fosse necessário, sem que eles soubessem. Uma grande fã de romances, ela não perderia tempo de ajudar as pessoas que importavam em sua vida.       ໋      "Eu juro por todos os deuses olimpianos que, se não fosse pela minha felicidade, eu já teria socado a sua boca. Por que você é tão cheio dos mistérios? 'Não quero arrumar um problema que vai escalonar para uma morte.'" Natalia nasalou a própria voz para replicar a fala do filho de Ares, zombando explicitamente. "Por isso que você recebeu o que procurava do Senhor Pavio-Curto. Tenho controle demais para aguentar as suas palhaçadas, e não deveria. Eu não deveria amá-lo tanto, pois você está merecendo uns bons tapas. Vários tapas." O primeiro de muitos havia acabado de ser desferido contra o peito de Aidan, e ela havia feito questão de usar força dessa vez. "Vocês dois deveriam ir para algum tipo de terapia ou atrás de algum semideus que possa abrandar os sentimentos tempestuosos de vocês. Já pensou em tomar chá? Posso indicar alguma erva que acalme tudo que vocês acumulam no corpo. É energia demais, muita energia. Não consegue abater isso treinando? Seria mais útil para os dois do que parecerem dois moleques longe da orientação de um adulto." Assumindo uma pose de irritação, que provavelmente não duraria muito tempo, Natalia deixou os ombros caírem, tentando liberar aquela emoção através de uma expiração longa e pesada. "O senhor está intimado a vir até mim quando precisar de ajuda. Não quero saber de mais segredos, me ouviu?"
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aidankeef · 5 days
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O brinquedo, monótono quando usufruído pela primeira vez, tornou-se imensamente divertido quando Aidan já estava levemente afetado pela euforia. O autômato sequer teve velocidade de encaminhá-lo para o seguinte barco. Sentou-se no banco do bote, balançando a estrutura que recebeu o seu peso avantajado até que notou a presença pacífica da semideusa. Buscou Charlie com o canto dos olhos e a cena lhe causou um incômodo aparente. A euforia deu espaço para a intolerância rapidamente e, nem mesmo o suspiro ruidoso que liberou foi capaz de conduzi-lo para a estabilidade. "Você só pode estar de brincadeira..." Murmurou entre os dentes para a filha de Atena. Para ele, era inconcebível que alguém, com todo o parque disponível para si, aceitasse restringir sua atenção aos livros. Um único dia de lazer para os semideuses e ela trocava aquela oportunidade por algo que poderia acessar em um dia qualquer da rotina campista? A mão esquerda de Aidan foi rapidamente até o livro de Charlie e o arrancou. Com destreza, trouxe o livro para si e leu brevemente o título exposto na capa com o desprezo estampado na face. "Você só tem um dia para ser normal e se esforça para ser ainda mais estranha? Acorda pra vida, sabichona. Aproveite a merda do dia como uma pessoa normal faria, vai arrumar uma companhia, uma amizade que te dê um banho de realidade."
✦ ・ closed starter at the park with @aidankeef
Charlie havia adorado aquele barco. Já tinha perdido a inibição de se aventurar sozinha na atração, e àquele ponto já o considerava seu lugar de descanso quando se cansava de ir nos outros brinquedos. Naquele momento mesmo estava aproveitando que ninguém estava na fila para entrar e foi mais uma vez, já pegando um livro que havia trazido dentro de sua bolsa, preparada para uma leitura leve com o balançar suave do barquinho. Quando percebeu que outra pessoa entrava, tirou os olhos do livro e quase o deixou cair quando viu que era Aidan. Não tinha como fugir, visto que estava do lado do rio, então só soltou um suspiro pesado e voltou os olhos para seu livro, como se ele não estivesse ali.
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