Alice Hughes, 17 Years old. Kingdom of Gorlan. Must you never turn your back to the sea.
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Alice começou a correr quando se viu sozinha perigosamente próxima do mar, com todos os outros camponeses que também estavam ali correndo para suas casas. Inicialmente, ela ficou atordoada, perguntando-se por que todos deixavam a chuva arruinar seus planos para o dia, afinal, era apenas água caindo do céu. Sem precisão para pânico. Enquanto todos começavam a soltar exclamações e a disparar em direção às suas residências, a morena continuou sentada na areia, olhando para o mar, o balde de água ainda ao seu lado. Fazia umas duas horas que Alice havia saído para pegar água, a fim de preparar a sopa do jantar, mas, como sempre, a garota havia atrasado um pouco o trabalho, a fim de sentar-se na praia e ver as ondas quebrando perto de si. À princípio, ela até riu quando as gotas d'água pingaram em seu nariz, mas, à medida que o vento ficou forte ao ponto de desmanchar completamente sua trança, a preocupação da menina começou a aumentar.
Semicerrando os olhos para enxergar através da névoa que se formou, mais forte do que nunca, Alice pareceu notar algo no horizonte, como uma enorme massa se acumulando. Seus olhos imediatamente se arregalara, um pensamento quase impossível passando pela sua cabeça. Mas não. Óbvio que não era o Kraken. Talvez um tornado? Talvez. Daquela distância, ela não conseguia ter certeza, mas quando as ondas começaram a se quebrar tão perto dela que molharam seus tornozelos, a camponesa soube que era hora de sair dali. O vento, entretanto, estava muito forte, e acabou levando o balde de Alice para longe. A morena, todavia, não voltou para ele, e continuou correndo, tentando lutar contra a ventania, que insistia em jogá-la para os lados. Os olhos fechados para não entrar areia não a permitiam ver em direção a que estava correndo, então, após uns cinco minutos naquela situação, ela esbarrou em algo duro.
Demorando um pouco para se recuperar, Alice abriu os olhos, tentando identificar onde estava. Parecia uma espécie de construção, mas que agora fora reduzida a ruínas. Franzindo as sobrancelhas, por um segundo ignorando tudo ao seu redor, a menina perguntou-se quando aquilo fora construído, e o quanto havia corrido, já que nunca havia visto aquela construção antes. De qualquer forma, o lugar parecia forte o suficiente para aguentar uma tempestade, e, por isso, a menina começou a procurar, dentre as ruínas, algum lugar onde pudesse se esconder do vento, quando um barulho a surpreendeu. Olhando ao redor rapidamente, com medo de algum animal selvagem ou perigo maior, Alice pôde distinguir uma silhueta humana, aparentemente de uma menina. Sem saber se era seguro aproximar-se, a camponesa ficou parada, jogando seus cabelos molhados para trás do corpo, sentindo-os ensopar ainda mais seu vestido. Subitamente, entretanto, antes que ela pudesse recuar para algum lugar onde pudesse se esconder da outra forma humana e da tempestade, Alice tropeçou, caindo em cima de algumas pedras, fazendo outras rolarem, e, com certeza, fazendo barulho suficiente para ter entregado sua posição à estranha.
Blame it on the rain {Anya&Alice}
Os habitantes de Gorlan não poderiam dizer que estavam acostumados com a chuva e nem que realmente almejavam por ela. Por mais que precisassem de água para as plantações e para manter as necessidades reais, em Gorlan a chuva se transformava em tempestade em minutos e isso poderia arriscar muito.
Quando a chuva começou, Anastásia estava em uma das principais praças da cidade, ajudando os camponeses a guardarem seus pertences em um lugar coberto para que não perdessem nada que considerassem de valor, antes de voltar para casa onde Lewis já deveria estar, provavelmente esperando por ela. Seu primeiro pensamento era ir para casa, como de costume em dias chuvosos como aquele, mas ainda que seu irmão insistisse que ela deveria voltar a morar com eles ou ter uma conversa real com os pais, a morena não podia dizer que se sentia confortável na presença deles. Não depois que foi exposta daquela maneira. No entanto, quando a praça pareceu estar realmente vazia a chuva já estava muito mais forte e era impossível enxergar qualquer coisa com perfeição, devido a brisa fria e densa que se formara. A ex-lady ajudou uma senhora a levar uma bolsa até a área coberta mais próxima e negou seu convite para se aquecer em sua casa, alegando que tinha muito trabalho a fazer ainda naquele dia, o que poderia considerar mentira, uma vez que Anastásia apenas ajudasse o ferreiro quando necessário, por insistência e receio dele, claro.
O preconceito ainda era presente nos olhares de todos do reino do Kraken, poucos foram aqueles que conseguiram aceita-la nas ruas como uma camponesa comum, mas ainda se recusava a acreditar que uma garota como aquela poderia não ser mais virgem. Se eles ao menos soubessem… Não. Era melhor que não soubessem de nada. Assim seria mais fácil para que ela conseguisse esquecer pelo menos minimamente do que apenas seu irmão sabia. Era melhor que acreditassem que ela, Anastasia Sydow, era a vergonha de sua família e que por isso não conseguira honrar o reino ao ser recusada para a cerimônia.
A garota cambaleava um pouco sem rumo pela praça, guiando o corpo pela intuição e a memória de quem havia morado uma vida inteira no mesmo reino, segurando uma pequena bolsa de pano, onde guardava as poucas compras que fizera. Suas vestes já estavam completamente molhadas, assim como seus cabelos negros e todo o resto ao seu redor. Alguns passos adiante, a mão que a camponesa usava para afastar qualquer obstáculo esbarrou em algo rígido, parecendo uma coluna e rapidamente Anya se aproximou, encontrando um lugar que poderia ficar até enxergar com perfeição. Estava escuro demais para que ela soubesse exatamente onde estava e a pouca iluminação que tinha estava sendo atrapalhada pela neblina que se formara.
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Então quer dizer que você não é mais virgem?
Nunca aleguei tal coisa
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Se você não parar de querer joias vai acabar sendo jogada pro kraken
Garotas são jogadas ao Kraken por serem virgens, e não ambiciosas.
E, de qualquer maneira, eu não sou tão ambiciosa como dizes…
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ooc: jogo de ask, deem like, mandem pra todos, bjs
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Gorlan, 20 de Dezembro
Querido Richard,
Primeiramente, não há nada pelo que se desculpar.Entendo perfeitamente que sua vida de lorde é cheia de atribulações, especialmente quando se é um cavaleiro de dragões. Fico mais do que feliz por ouvir que arranjastes uma amiga em Araluen que poderá ajudá-lo com sua jornada em busca do dragão.
Quaisquer informações que conseguires descobrir, Richard, acerca de sua criatura, é importante, por menos relevante que pareça. Agora já sabes onde ele está e quem o possui, e isso o deixa bem mais próximo de ser um cavaleiro de dragão completo, não concorda? E não te preocupes, pois tens sido um amigo excepcional, ajudando não só a minha família, mas tenho certeza de que ajudando a todos que conseguires, e isso apenas indica o quão bom serás como cavaleiro de dragão. Essa marca não aparece para qualquer um; apenas os merecedores têm o privilégio de poder clamar para si criatura com tal majestosidade, e, com certeza, estás no topo da lista de tais pessoas. Não tardará para que consigas teu animal, e, certamente, farás a conexão com uma rapidez invejável. Não te preocupes mesmo, tenho certeza de que serás um exímio cavaleiro. Logo logo sua viagem para Saafeld se tornará concreta, e chegarás a esse reino são e salvo. Apenas garanta que o nome de seu dragão seja tão majestoso quanto sua imponência, certo? (rsrs -q)
Quanto ao casamento de sua irmã, perdoe-me por ter rido de seu aparente desespero com tantos acontecimentos, mas tenho certeza de que ela quer que tudo saia perfeito. Bom, seria realmente ótimo se um dia eu pudesse me preocupar com isso, mas minha situação financeira não me permite, se é que me entende. As coisas aqui em Gorlan continuam se encaminhando, mas, bem, é difícil. A saúde do rei não anda muito bem, e a da minha mãe também está piorando. Ela está cada vez menos consciente de si, e pouco consegue fazê-la ter momentos de sanidade... Meu pai tem trabalhado cada vez mais, e, ainda assim, não me deixa ajudá-lo, mesmo que as plantações estejam rendendo cada vez menos... Estou confessando-lhe isto, Richard, porque confio plenamente que guardará meu segredo: tenho desenvolvido o costume de, não muito raramente, escapar de casa para tentar colher alguma coisa nas plantações mais afastadas dos olhares do povo, apenas para tentar complementar a renda da casa, sabe? Não me entenda mal, sua ajuda é extraordinária e nos impulsiona de uma maneira inimaginável, mas ainda assim, é difícil. Mas, bem, é o que dizem: temos sempre que manter o bom humor e a esperança, não é isso? E não se preocupes, pois isso eu estou fazendo.
Com amor,
Alice Hughes
Letter from a friend|| Richard to Alice
Araluen, 10 de Dezembro
Cara Alice Hughes,
Alice, nem sei como começar esta carta, primeiramente aceite as minhas desculpas pela demora para te enviar uma nova correspondência. Porém, como sabes a minha vida tem andado um tanto complicada ultimamente. Estão a acontecer um misto de coisas que me deixa confuso e cada vez com uma maior ansiedade para descobrir o meu verdadeiro eu. Finalmente tive a oportunidade de contar a alguém daqui o facto de ser um cavaleiro de dragões, falei isso para uma pessoa que agora considero uma amiga, ela se chama Charlotte e tem-me ajudado bastante, sinceramente nem sei o quanto eu poderei alguma vez agradecer-lhe pela ajuda constante que ela me dá, mas sei que um dia vou puder compensá-la, tal como farei o mesmo com você. Acabei por descobrir coisas acerca do meu dragão, de onde ele está e de quem o tem, nada muito relevante mas que eu acredito que possa me ajudar mais tarde.
Sei que um dia terei que partir para Saafeld, procurar o meu dragão e finalmente puder me aperceber da tal conexão forte de que tanto falam os livros, também devo admitir que estou curioso para saber qual o elemento que ambos controlamos, mas agora o mais importante é achá-lo e saber que está a salvo e a ser bem tratado. Por vezes tenho receio, sabe? De que não seja um bom cavaleiro, que não tenha nascido para isto e que desilude o meu Reino e pior ainda o meu dragão, que ele sinta que não tem o seu cavaleiro e que está sozinho nesta viagem a que chamam vida. É complicado não saber o que fazer, estar de mãos atadas no que toca a pensar no meu futuro, mas vou ter que me aguentar. Tirando toda esta situação, tenho também a outra loucura que é o noivado da minha mãe, senão bastasse tenho a minha casa repleta de damas todo o santo dia, decoradores passam lá a vida e estou já cansado de ouvir falar em tecidos e igrejas. Espero que um dia, quando pensar se casar não faça o mesmo Alice, pois terei pena do cavalheiro com quem se decidir casar.
Não tenho recebido muitas noticias de Gorlan ultimamente, espero que isso seja um bom sinal e que as coisas estejam a melhorar por aí. Por favor me dê notícias acerca do seu Reino, de você e da sua família, espero que estejas bem e que as dificuldades às quais costuma passar não sejam mais obstáculos e sim vitórias. Vou esperar, como sempre, para receber uma carta sua, me conte como tem corrido tudo, até mesmo as coisas menos interessantes, para mim é bom saber o dia-a-dia dos meus amigos e espero que acima de tudo esteja feliz.
Atenciosamente,
Richard Rayder
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alice vc devia ser rainha
Muito obrigada, anon! Mas não sei se conseguiria administrar um reino assim…
(resposta sincera:)
EU TAMBÉM ACHO A COROA É MINHA NGM SAI
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Rubi ou esmeralda?
Uma pergunta realmente difícil, anon, mas acho que vou ficar com rubis
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De todos os reinos, por que gorlan?
Ué, anon, não foi como se eu tivesse muita escolha, não é mesmo? Nasci e cresci aqui então é simplesmente… Minha casa.
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Gata, eu só não te fisguei ainda porque não tenho anzol pra sereia, SUA LINDA!
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Alice Hughes, peasant from Kingdom of Gorlan, is 17 years old and looks like Georgie Henley.
“Must you never turn your back to the sea.”
Alice Hughes is currently CLOSED for auditions.
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This house is falling apart || POV
As últimas semanas haviam se passado em um quase completo borrão. Desde que voltara para casa, depois do baile de Clonmel, Alice se sentia muito mais deslocada do que já o fizera em todos esses anos convivendo com os Hughes. Claro, o que ela esperava receber assim que pisasse em casa foi exatamente o que lhe esperava, mas ela nunca havia esperado um confronto com tamanha intensidade. Lembrando-se do que ocorrera, a ardência na bochecha esquerda voltou com toda força, e, instintivamente, a menina levou as mãos até a região onde seu pai havia desferido uma tapa com toda sua força. Pensando por um lado, ela até havia merecido, por ter deixado sua mãe sozinha em suas condições, mas privá-la de uma liberdade que nem em mil anos voltaria a lhe ser ofertada também não era justo. Por que ela? Pelos deuses! Bom, mas nenhum deus iria realmente ajudar-lhe naquele momento. Até mesmo o mais poderoso no que seu povo acreditava estava querendo devorá-la. Bem irônico.
Claro, ela entendia o motivo da raiva do seu pai, mas não havia nenhum porquê bom o suficiente para explicar a razão da bofetada que sua mãe levara. Em um momento de pânico, a mulher vira o próprio marido como uma ameaça para Alice, e havia quebrado a lamparina nele, o que fez o vidro se estilhaçar, deixando cicatrizes finas nos rostos dos três membros da família, além de pequenas queimaduras com a vela quente. Nada muito horroroso, mas a raiva do homem da família apenas aumentou, e outro golpe foi desferido contra uma mulher: dessa vez, a progenitora dos Hughes. Obviamente, Alice abraçou a mãe e tentou protegê-la dos gritos do pai, sentindo-se imensamente culpada por ter recebido apoio da mulher a qual abandonara. Terminando seus afazeres e cuidando de seus hematomas e cortes da surra que recebera, a camponesa foi se deitar sabendo que as coisas dali para frente não melhorariam. Mas Alice também não estava preparada para a maré de azar que lhe acometeria.
Não muito tempo depois coisas piores aconteceram. Mal havia se restabelecido em casa, tudo no reino mudou. O rei morrera. Com certeza aquele simples fato era capaz de abalar o reino por completo. Mas não apenas isso. O rei morrera em plena época de caos. Os antigos habitantes da floresta agora voltaram a acordar. Voltaram a desejar vingança. E não estavam medindo esforços para consegui-la. Não era necessário mais do que duas semanas para que os boatos de que todos os cinco reinos de Gwylia seriam invadidos pelos seres macabros se espalhassem pela terra. E talvez por isso o velório e funeral do rei tivessem sido organizados com tamanha pressa. De qualquer maneira, logo Alice se vira obrigada a vestir suas melhores vestes pretas para o triste evento que reuniu todo o reino. Vendo a família real tão abalada, a camponesa não pôde impedir as lágrimas de inundarem seus olhos, fazendo-os arder o suficiente para ser impossível segurá-las por mais tempo. Tentando fungar o mais discretamente possível, a morena permaneceu perto de sua mãe, vez ou outra esfregando seus ombros para protegê-la do frio, mantendo uma cautelosa distância do seu pai, por quem ainda nutria mágoa devido ao rosto marcado pela vermelhidão da sua mão.
Mas, ao invés de melhorar, como as coisas normalmente fariam, tudo parecia estar indo por água abaixo. Alice desejava poder consolar Edward, do mesmo jeito que ele já fizera com ela, mesmo que não soubesse, com o simples gesto de lhe entregar um livro quando ela se sentia mal. Contudo, sabendo que a rainha Johanna já tinha conhecimento dos... eventos que se sucederam em Clonmel, a camponesa achou melhor manter distância, oferecendo apenas seu olhar magoado e de sinceras condolências à realeza.
Para piorar ainda mais a situação de Gorlan, gritos faziam-se ouvir quase todas as noites desde o velório, como um aviso de que o que quer que estivesse rondando pela floresta se aproximava, enquanto já ia matando viajantes desavisados. Mas tudo aquilo parecia um problema distante até a manhã na qual os Hughes foram visitados por alguém da corte real. Ninguém menos do que o sacerdote do reino, acompanhado, obviamente, de dois cavaleiros, havia batido na porta da casa de Alice, com uma notícia que, sem sombra de dúvidas, fora a pior que a menina já recebera desde que conseguia se lembrar: eles iriam adiantar a oferenda das virgens. Milhares de pensamentos cruzaram a cabeça da garota em pouquíssimo tempo, em uma velocidade que quase a deixara vertiginosa. O motivo era bem óbvio: buscavam proteção. Quem sabe o deus dos mares pudesse ajudá-los agora do mesmo jeito que fizera durante a Grande Guerra?
Alice nem ao menos sabia se a rainha fora quem ordenara a cerimônia. Ela poderia ter pedido para se abster daquilo até superar o luto na qual estava inserida, ou podia ela mesma ter ordenado o sacrifício como uma tentativa de acalmar os ânimos do Kraken. De qualquer maneira, tudo o que a camponesa tinha certeza era de que a visita do sacerdote não significava uma coisa boa. Sim, ela ainda era virgem, e inteligente também, o que a tornava capaz de rapidamente ligar os pontos e sentir o pânico tomar conta de seu peito antes mesmo que o homem pudesse dizer que ela havia sido escolhida para servir de comida para o grande monstro que habitava as regiões abissais de Gorlan. Saindo da sala para seu quarto, Alice se trancou, batendo a porta com força, deixando as lágrimas rolarem soltas enquanto ouvia os gritos de seu pai com os homens da nobreza. Sabia que de nada adiantaria tamanho alarde que seu progenitor fazia, mas não se atreveria a voltar lá e deixar que todos a vissem chorando. Muitos diriam que ela deveria se orgulhar por ter sido escolhida para o deus, por ser dada como uma oferta de paz. Mas a morena não acreditava na divindade do Kraken, e muito menos acreditava na suposta paz que a oferenda traria. Não. Ela não estava orgulhosa. Estava prestes a morrer. A ser jogada no mar como alimento de peixe, com outras três garotas que ela nem ao menos conhecia.
Mais uma vez, seu peito ficou pesado, e, pela primeira vez em semanas, deixou as lágrimas rolarem livremente pelo seu rosto, sem ter que se controlar para parar e parecer forte na frente de sua mãe. Sua mãe. Nem mesmo sabia como a mulher reagiria, ou se ela ao menos perceberia o que estava acontecendo. De qualquer modo, Alice não se sentia com disposição de ir ver quem lhe dera a vida. Queria apenas ficar ali, abraçando os joelhos, o rosto enterrado entre eles, os soluços fazendo seu corpo balançar. Ouviu os gritos se acalmarem, mas a porta da frente de sua casa havia sido batido com força, o que sinalizava a frustração de seu pai de não ter conseguido o que queria.
Então ali estava ela, Alice Hughes, a garota eu fugira de casa para visitar outro reino, que se aventurara em um navio estranho, e que agora teria sua vida acabada da maneira mais imbecil possível: como isca humana para acalmar os ânimos de um polvo a quem todos cultuavam como deus em prol da paz mundial. Realmente, bem irônico.
#pov#povs#eu n sei qual a tag lalala#ai mds#e a preguiça de deixar bom? ;-;#como se desse tbm né -q#enfim é o que tem pra hj tiau
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Alternando o olhar entre o que estava à sua volta e o chão, Alice ouviu Caleb concordar com seu comentário, e assentiu distraidamente para ele, enfatizando o fato ao levantar as sobrancelhas. Sentiu-o retirar as mãos de sua cintura, e imediatamente foi como se uma lufada de ar frio tivesse sido direcionada ao local, o que gerou um leve sorriso no rosto da menina, devido à pequena cócega na região. Nunca havia realmente notado a diferença do calor humano para a temperatura local, mas o Salão estava realmente apertado e o vento que circulava não era dos mais quentes. Ajeitando levemente a saia do vestido com as palmas das mãos, como se estivesse desamarrotando-a, Alice ouviu, mais uma vez, a familiar voz de Caleb invadir seus ouvidos.
Rindo um pouco de sua fala, a garota o observou tirar a máscara, e então se lembrou de que estava, ela mesma, ainda com o adereço no rosto. Ergueu uma das mãos para tirar o laço que havia feito na parte de trás da cabeça, deixando que a máscara branca deslizasse pelo rosto, até que parasse no pescoço, onde Alice a retirou por completo, sentindo alguns fios soltarem-se do penteado que havia feito antes da festa, devido à sua pequena batalha com o nó que ela própria havia dado. Durante seus breves segundos de distração, Caleb havia dito alguma coisa, mas a menina não conseguia fazer com que suas palavras fossem resgatadas pelo seu subconsciente, então limitou-se a aceitar o braço que ele oferecia, confiando no rapaz para tirá-la dali.
Era quase impossível andar naquele Salão, pelos deuses! Por que a rainha não havia encomendado um lugar maior? Talvez ela não soubesse que o baile seria tamanho sucesso, mas mesmo assim... Não deveria estar preparada para tudo? Ora, mas quem era ela, Alice Hughes, camponesa do reino de Gorlan, para saber sobre preparações para um baile? Seu único trabalho havia sido arrumar o cabelo em um coque, e até isso já estava caindo, as mechas roçando seu rosto enquanto tentava avançar em meio a corpos que giravam. Finalmente, pareceram parar perto de uma mesa, e tudo o que a morena mais queria era encontrar algum canapé para comer. Não se recordava da última vez que havia comido alguma coisa, e aquele aperitivo cujo nome lhe era desconhecido, a apenas alguns passos dela, estava com uma aparência divina. Soltando-se momentaneamente de Caleb, Alice foi até a bandeja de comida, pegando três canapés, por vezes olhando para o rapaz ao seu lado, que recomeçara a falar. Mastigando o primeiro dos petiscos, com as perna quase tremendo de tão bom que era, a menina pensou sobre a pergunta do garoto. – Hmm... – pensou alto, ao mesmo tempo em que exprimia o quão saboroso o canapé estava – Acho melhor sairmos daqui. É apenas uma questão de tempo até que mais quatro pessoa queiram ocupar esse nosso espaço – deu de ombros, passando a devorar o segundo aperitivo, tendo o cuidado de não parecer uma esfomeada. Erguendo uma sobrancelha para a fala de Caleb, Alice sorriu de lado, oferecendo-lhe um petisco. – Bom, vamos garantir que isso não ocorra, está bem? Coma isso aqui. Está absolutamente maravilhoso. – um sorriso sincero estava esboçado em seus lábios, e não tardou para a própria camponesa estender o braço para uma taça de vinho, dando apenas um gole inseguro.
Já havia provado da bebida antes, mas é claro que aquele vinho, direto do palácio de Clonmel não podia nem ao menos ser comparado com o protótipo que seu pai ousava chamar de vinho. Honestamente, Alice não havia gostado muito do destilado antes, mas esse tinha um sabor doce, que quase a agradava por completo, não fosse pelo amargor que sentia depois de engolir. Franzindo um pouco o nariz para o leve queimar em sua garganta, sentiu alguém esbarrando nela, no lado direito do seu corpo, o que, claro, levou-a a derramar um pouco de vinho em seu vestido. Felizmente, a mancha que se fizeram em seu corselete não havia sido grande, mas o lorde gorducho que a empurrara nem mesmo pedira desculpas. Suas sobrancelhas rapidamente se juntaram em um franzir raivoso, e Alice estendeu a mão para Caleb. – Definitivamente sair daqui. Tens algum lugar em mente? Oh, já ouvistes falar dos jardins do palácio? São maravilhosos, Caleb, incríveis mesmo, e bom, obviamente são mais de um, e... – percebendo que estava falando sem parar e que sim, provavelmente Caleb já conhecia as instalações, a menina baixou um pouco a cabeça, limitando-se a puxar o rapaz para longe da multidão, em direção à saída do Grande Salão do Palácio.
It's so nice see you again · @Hughes.
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