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anacls · 4 years ago
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Olhos Conectados - Capitulo 9: Fine line
O que tá acontecendo aqui? Por qual motivo o Harry está tentando ficar próximo a mim? Ele está desconfiado, não é possível, eu não posso passar minha vida inteira em Askaban. O que uma pessoa normal faria? Eu sou uma pessoa normal, não aqui, talvez. Uma pessoa normal aqui, ficaria despreocupada com um auror de olho em você, aceitaria um encontro com o homem que já foi meu papel de parede, mesmo que não temos quase nada em comum e comparando ele tem idade para ser meu pai, afinal, faz dois anos que eu nasci. Respirar, acabar de mastigar e aceitar o encontro.
E se o encontro fosse bom? Eu teria que avisar a ele que eu não vou ficar aqui muito tempo, talvez eu vá embora de repente. Mas e se o encontro for ruim? É bem mais provável que seja, ele só vai querer falar de dragões e dragões não são tão legais assim, não que eu não goste, até gosto, um teste para a minha paciência. Porem sempre foi gostar de dragões porquê o Charlie gostava. Respirar, mastigar e aceitar o encontro, agir como uma garota normal.
-Eu adoraria, Charlie. Vou procurar um papel para lhe dar o meu endereço, assim você me manda uma coruja- terminei de dizer com um sorriso, olhando para os dois homens gostosos na minha frente.
Não não, eu não posso chamar o Harry Potter de gostoso, vai começar a despertar lembranças de noites sonhando com ele e me imaginando sendo a Ginny, como isso soa muito errado, muito errado. Desse modo, eu vou começar a pensar nela, em como ela é incrível e em como o Harry nunca pensaria em mim dessa forma, eles são perfeitos um para o outro. Ele tá olhando pra mim como se eu fosse alguma bruxa das trevas me infiltrando para colher informações sobre ele ou seus amigos.
Segui caminhando até a Angelina que estava andando rápido para falar com alguém, eu escreveria o endereço, daria ao Charlie e me despediria. Foi uma má ideia estar aqui, Hermione desconfiada, Harry cismado.
-Ange, você consegue algum papel e uma ca…pena para mim, por favor?- como um mundo tão evoluído ainda escreve com penas, canetas são tão práticas, como telefones. Cada hora que passa eu sinto mais saudade, acho que esse é o maior detox de internet que eu já fiz
-Claro, mas primeiro deixa eu te apresentar umas pessoa- ela se aproxima de mim e sussurra -Essas eu juro que são muito divertidas-
-Angelina, estava falando agora para o Lee que o time do Oliver esse ano tem chance, o que você acha?- uma mulher de cabelos acobreados
-Talvez, o Harpies são os favoritos do ano. Camélia, estes são Lee Jordan, Susan Bones e Dean Thomas. Fique aqui até eu lhe trazer o papel-
-É um prazer conhecer vocês, Camélia Albuquerque- eu disse sorrindo e fazendo um pequeno tchau para os três
-É ótimo conhecer você também. Me diz você gosta de quadribol?-
-Sim, eu gosto. Eu torço pros Puddlemere, to torcendo para que o Oliver possa ganhar a taça esse ano- eu disse finalmente lembrando o nome do time do Oliver gatão Wood, a mente é divertida
-Exatamente, Lee acha que eu tô colocando muita expectativa no Wood- disse a Susan
-Vocês ainda estão discutindo meu futuro no campeonato? Vocês me conhecem sabem que eu vou dar o máximo de mim. Ah, ola outra vez Camélia- Wood chegou de surpresa surpreendendo a todos nós
-Oi Oliver- nossa o que voz foi essa que eu usei, até suspirei. Eu não sou uma Maria quadribol
Angelina voltou com o papel e uma criança enquanto eu ouço eles conversando sobre quadribol mais uma vez, Hermione está certíssima, falar sobre quadribol sempre é chato, mas o que mais essas pessoas tem pra conversar? Assistir esporte é o ópio do povo, não vai mudar aqui. Anotei o endereço de Susie, não, agora era o meu endereço. Sara que vou ter romance por cartas? Seria tão legal, estaria vivendo um romance divertido como em um liv… não como um livro, pois eu estou literalmente em um livro
-Camélia, está é minha filhinha Rox- Angelina disse se aproximando com uma menininha linda com um vestido roxo brilhando cheio de babadinhos
-Rox, como você é linda. Sua mãe me falou muito sobre você- eu disse sorrindo
A menininha ficou chocada quando olhou dentro dos meus olhos e pulou dos braços da mãe e saiu correndo, provavelmente atrás do irmão para contar que eu sou real, levando Angelina a correr atrás dela. Me fazendo ficar ali sozinha e um pouco afastada dos outros que antes eu estava conversando, olhei em volta e foquei minha visão em um casal.
Lá estavam Hermione e Ron sorrindo um para o outro, era muito bom e fofo de ver, eles se amam. Só conseguia pensar nas pessoas que não gostavam desse casal, como não gostar? Ron, eu posso te odiar as vezes, mas que vocês merecem um ao outro é indiscutível. Todos do time Romione ficariam extasiados vendo a interação com sorrisos em uma conversa que parece estar muito animada
-Eu fico muito feliz por eles- Harry comentou aparecendo de repente ao meu lado -Vamos pegar as bebidas?- perguntou indicando para a Molly que havia acabado de retirar as canecas de uma bandeja, e colocá-las sobre a mesa de madeira com os aperitivos. As canecas pareciam ter cerveja amanteigada, eu beberia uma cerveja amanteigada com Harry Potter na toca, seria divertido se não estivesse nervosa.
O que esse homem quer? Meu Deus, por quê ele fica me cercando? Não tenho tanta cara de criminosa assim, acho que não demonstrei que eu ou estou sonhando ou estou louca. Não quero brigar com você Harry, até pelo motivo de eu não querer ter que ficar perto de você né. Você me causa muitas sensações que eu não quero sentir
-Claro, estou com sede- disse dobrando o papel e o seguindo até a mesa que antes eu estava mantendo a minha melhor cara de poker mesmo eu não sabendo jogar
Harry pegou duas canecas que estavam na ponta, as que estavam cheias até quase a boca, andou um pouco para parar ao meu lado e me ofereceu uma delas, a aceitei com um sorriso parecendo forçado e grato ao mesmo tempo. Ele parecia me analisar, certeza que tá esperando eu dar alguma brecha e pa, me pegar nessa maluquice. Ele só ficou intercalando o olhar entre eu e o restante da festa por alguns minutos, o que estava começando a me deixar nervosa era o maior teste da minha paciência e controle
-Olhe bem ali- Potter disse apontando para uma menininha com vestidos de babados cor de rosa correndo e sendo seguida por um menino de cabelo azul
Victoire e Ted, estavam extremamente fofos. Me fazem lembrar o que eu não vou ter, por mais que eu queira e seja algo que eu sempre desejei, filhos não estavam nos meus principais planos. Minha única meta é conseguir ir para a casa
-Eles são tão lindos- eu o respondi com um sorriso agora verdadeiro e ele me retribuiu com um grande sorriso também
O sorriso dele foi de tirar o fôlego, me transmitindo mais felicidade do que eu já estava sentindo. Levantei meus olhos para encara-lo, o que eu não devo fazer e eu vi calma e curiosidade, parecia apenas uma curiosidade para me conhecer e com a calma agora sentida por mim também, eu queria conhecer mais daquele homem, eu leria mais cem livros sobre ele. Seremos uma linha tênue então, o nervosismo e a calmaria
-Camélia, conseguiu anotar? Se não conseguiu o papel, eu posso procurar lá dentro algum- Charlie apareceu interrompendo um momento de sorrisos e olhares compartilhados
-Sim, Angelina conseguiu rápido pra mim- lhe entreguei o pequeno pedaço de pergaminho dobrado e sorri bebendo em seguida a cerveja amanteigada que estava uma delícia
-Como os pombinhos estão? Mamãe já veio lhe perguntar quantos filhos vocês terão?- George perguntou assim que chegou acompanhando de Angelina a mesa na qual estávamos
-Deixe eles em paz, George. Harry, estava falando agora mesmo com Andrômeda, e ela disse que você parecia feliz, e parece mesmo. Foi uma boa viagem de trabalho?- Angelina perguntou o deixando um pouco sem graça o que ela reparou.
Ele certamente está feliz por estar vendo o afilhado e os amigos se divertindo, não acho que deva ter haver com trabalho. O trabalho dele deve ser muito puxado, cheio de responsabilidade e expectativas. Afinal, ele é o herói dessa história
-E você, Camélia, qual foi o sabor do seu primeiro feijãozinho? O primeiro a gente nunca esquece- George perguntou mudando de assunto, pois deve ter reparado também em Harry
-Eu não corri perigo com o gostoso caramelo que tirei- eu respondi sorrindo
Senti que o Harry tinha virado para mim, talvez por ter pego a referência ou apenas ter tido um Déjà vu, torço apenas pela segunda opção. Porque de qualquer forma eu não teria como saber o que Dumbledore disse a ele
-Muita sorte sua- O Weasley me respondeu sorrindo
-E sua amiga, ela ficou chateada com seu pequeno atraso?- Angelina questionou com um interesse genuíno
-Um pouquinho, mas eu não acho que Pansy ficou chateada com o atraso em si-
-Pansy? Pansy Parkinson?- Harry me questionou com uma voz um pouco confusa. Eu tinha dado um mole, primeira bola fora da noite, tenho que tentar desconversar
-Parkinson? Não, o nome dela é Nott- eu respondi gentilmente, eu tinha disfarçado bem
-Se bem me lembro, ela se casou com o Theodore do nosso ano faz algum tempo- Hermione disse aparecendo do nada com Ron ao seu lado
De onde essa mulher surgiu? Ela é realmente uma grande sabe tudo, todos tinham razão. Conhecer seus personagens favoritos não é tão legal assim, ainda mais se ela estiver sendo sempre intrometida e chata, eu sabia que ela não seria fácil, mas me fazer mudar de humor é outra coisa, isso me deixa um pouco triste. No entanto, só me resta fingir confusão e concordar que o marido é o Theo e dizer a verdade sobre não o conhecer
-Acho que esse é o nome do marido dela, ainda não o conheci- eu respondi simplesmente, sem brechas
-Como vocês se conheceram?- Ron abriu a boca pela primeira vez
-Minha madrinha nos apresentou, achou que poderíamos nos tornar grandes amigas e estava certa- eu respondi rápido demais
-E eu estava achando você legal- Ron disse com uma expressão de nojo a qual eu respondi com uma expressão de de indiferença e depois revirei meus olhos
-Ronald, não fale assim com nossa convidada- George o repreendeu
-Talvez você não devesse ter convidado ela, vai saber que outros amigos ela tem- Ron disse com um tom bem ácido
-Talvez você devesse aprender modos. Os amigos que eu tenho ou não, não são nenhum pouco da sua conta- respondi com o tom mais sombrio que eu já tinha usado
Respirei fundo, contei de um até três. Caminhei um pouquinho para ficar mais próxima de Angelina sem olhar para os rostos chocados dos restantes e disse
-A festa estava ótima, foi um grande prazer conhecer sua filha. Mas eu já vou, aproveite o presente- dei um rápido abraço nela e um sorriso ao George que estava com uma expressão como se quisesse se desculpar
-Eu levo você até a lareira- Charlie disse prontamente
Não olhei para o trio de ouro enquanto ia embora, possivelmente agora o Harry está consolidando seus pensamentos suspeitos sobre mim. Eu devia ter esperado por isso, é claro que mencionado alguém da sonserina o Ronald ficaria todo estressadinho.
Todavia a Pansy comigo estava sendo uma ótima amiga, eles não a conheciam e não queriam conhecer, as pessoas mudam e não são apenas luzes e trevas. Eles deveriam saber disso mais que todos. Entramos na casa e ficamos próximos a lareira, esperei Charlie se despedir primeiro, queria saber se ainda queria jantar comigo depois disso
-Peço desculpas por meu irmão, ele não deveria ter te tratado daquele jeito. Eu te mando uma coruja com os detalhes do nosso encontro. Se você ainda quiser jantar comigo, porquê é a única maneira te conhecer, eu devo voltar para a Romênia logo-
-Pansy pra mim é uma amiga gentil, divertida e generosa. E sim, eu ainda quero jantar com você. Peça desculpas a sua mãe por eu não me despedir dela e mande um abraço também- eu disse sorrindo e entrando na lareira -Vejo você logo, Goldington N° 4-
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anacls · 4 years ago
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Olhos Conectados - Capitulo 8: Tunnel vision
Era nítido para aqueles que conheciam o Harry que algo poderia estar acontecendo, Camélia e ele estavam se olhando e de mãos dadas ainda presas no comprimento por vários minutos, ambos tinham a visão focada, as estrelas estavam dançando sobre a cabeça deles e seus pensamentos estavam em um turbilhão de emoções, ambos estavam sentindo uma coisa que é comumente chamada de amor a primeira vista, algo raro e especial, embora nem Potter e muito menos Camélia soubessem disso naquele momento. Eles eram duas peças de um quebra cabeça que enfim se uniram.
Camélia pensava ser uma grande admiração a qual vinha nutrindo por anos, anos sonhando com aquele homem e ele estava na sua frente, os olhos verdes esmeraldas de Harry a deixaram hipnotizada, a fazendo transbordar de felicidade, ela não consiga desviar o olhar dele e nem tentaria, aquele contato estava sendo uma misturas de sensações nela, sensações que nunca havia sentido. Uma mistura de calma, euforia e desejo.
Para Harry não estava diferente, ele podia sentir a eletricidade sendo passada a ele. Os olhos de Camélia para ele eram fascinantes, pareciam que o conheciam e sabiam seus segredos. E para o desespero e desconhecimento de Harry, ela sabia. O desejo que ele estava sentindo também era intenso, ele podia beija-la na frente de todos, não se importava nem se fosse parar na capa do Profeta diário por isso.
Potter queria sentir os lábios da mulher que ele ficou admirando quando voltou de semanas viajando para prender um bruxo das trevas qualquer, ele esqueceu de tudo quando a viu concentrada lendo o papel no elevador, ficou tão assustado quando viu a expressão dela mudar, ela parecia desabar e não ter ninguém para segura-la, ele queria ser aquele que a protegeria, era um instinto que ele não tinha a anos, isso o deixou tão confuso e consecutivamente passou duas noites em claro pensando em como a encontraria e apenas lhe dizer que tudo ficaria bem, pois, se dependesse dele, ele queria fazer algo para que tudo ficasse bem.
Tudo mudou para ele quando a viu, ali era o último lugar o qual ele pensaria em que ela poderia estar, era estranho uma mulher que ele nunca havia ouvido falar estar conversando tão animadamente com seus dois melhores amigos, e tudo havia mudado mais quando sentiu a pele dela sobre a dele, seus olhos pareciam imãs que não foi capaz de desviar. Ele sentia que poderia achá-la em uma multidão, porque tudo que ele via nos meio das pessoas, era ela. Ele não conseguiu ficar na conversa com a Molly, certamente deveria se desculpar com ela.
Alguém havia coçado a garganta para quebrar aquela conexão que estava acontecendo no quintal dos Weasley, havia sido Hermione quem a fez, Camélia soltou sua mão rapidamente da dele se arrependendo em seguida pela falta de contato com ele. Assim que desviou o olhar se sentiu vazia outra vez. Finalmente conseguir o falar que era uma grande honra conhecer o último Potter vivo.
-Harry, essa é Camélia, amiga da Angelina- Disse Hermione enquanto os dois a olhavam, ambos sabiam que se olhem para os olhos um do outro mais uma vez iriam ficar se encarando por mais tempo,
-É uma honra poder conhecê-lo, senhor Potter- Camélia disse timidamente, algo que não era comum para ela, no momento que olha diretamente para ele evitando a todo custo os olhos verdes esmeraldas dele
-Nos poderíamos ter nos conhecido sexta, se você tivesse olhado para frente- Harry disse sarcasticamente , com o intuito de fazer uma pequena piada, algo que ele não seria ter feito, ele se arrependeu, poderia ter deixado aquele momento apenas para ele, mas, ele acabou deixando uma cara de confusão nos quatro presentes
-Não entendi- A única flor da conversa disse ainda exibindo a sua cara de confusão
-No elevador do ministério, você até me desejou uma boa noite- Potter disse com uma expressão de divertimento no seu rosto, o que passou despercebido pela Albuquerque, mas não pela Granger.
Mas antes que Camélia pudesse respondê-lo, uma criança de cabelos azuis veio correndo e pulando nos braços fortes de Harry, está criança estava sendo seguida por uma mulher de meia idade com cabelos castanhos claros, só podia significar uma coisa, aqueles eram Ted e Andrômeda. Assim que Camélia percebeu isso ela não conseguiu se conter enquanto olhava o Harry abraçado e fazendo carinho na cabeça de Ted, ela começou a chorar, mas não um choro leve, foi um choro de tristeza, um choro de soluçar
-Está tudo bem, querida? O que houve?- Sra Tonks perguntou Camélia de forma desesperada com uma grande confusão no seu rosto
—Esta sim, obriga…da, desculpe, eu não consigo- Camélia saiu desesperada em direção a porta por onde entrou no jardim depois de falar e soluçar um pouco. Mas Harry a seguiu
Harry e Ted chegaram a tempo antes que Camélia pegasse o pó de flu para voltar para o apartamento, Ted enfim falou
-Dindinho, ela está dodói? Eu só choro quando estou dodoi- aquela voz doce e infantil fez Cam chorar ainda mais
-Não sei Ted, por quê não pergunta para ela?-
-Você está dodói? Quer um beijinho? Minha vovó disse que beijinhos curam dodois- Ted disse inclinando fazendo o Harry andar para mais perto da mulher a fazendo sorrir em meio às lágrimas que desciam de seu rosto lindo, lágrimas que Camélia as limpava com a ponta dos seus dedos. A flor acenou com a cabeça e inclinou o rosto virando a bochecha para que Ted pudesse beijar, e assim ele fez. No entanto, Ted praticamente se jogou e envolveu os braços no pescoço de Camélia, ele estaria no colo dela de Harry ainda não o tivesse segurado. Depois de alguns longos segundos Ted a soltou sorrindo e vendo o sorriso de Cam
-O dodói passou?-
-Passou sim, muito obrigada- Camélia disse olhando diretamente nos olhos do pequeno
-Seus olhos são tão roxos. Não são muito roxos, dindinho?- O mini Lupin perguntou se virando para o padrinho, fazendo Harry sorrir e confirmar com a cabeça, alternando seu olhar entre a mulher a sua frente e a criança em seu colo.
No mesmo instante que o sorriso do Harry apareceu, o cabelo de Ted mudou do azul para o roxo. Decorrente disso, Camélia deu alguns passou e abraçou Ted outra vez. Harry estava olhando para o abraço e sentiu a necessidade de participar, ele queria participar daquele momento e sem contar que passava uma interrogação pela cabeça dele de como seria aquele abraço. Assim ele fez, envolveu o braço livre por Camélia, a fazendo olhar diretamente nos olhos dele, aqueles olhos verdes brilhavam de felicidade com um pouco de curiosidade, ele pensava que ela conhecia a história de Ted, mas não sabia como.
Alguns segundos naquele abraço apertado, passos e vozes foram ouvidas. Quando chegaram viram a cena inesperada, o trio estava abraçado e feliz, eles apreciam uma família, o que pos um sorrisinho no rosto de Andrômeda, uma feição confusa no rosto de Rony e o rosto da Hermione só seus olhos desmontavam alguma emoção e muita curiosidade. Quando Camelia abriu seus olhos exóticos e notou os três pares de olhos nela, ela se afastou tão bruscamente que fez o rosto do Harry se transformar em uma mistura de raiva com decepção, raiva por terem interrompido o abraço que os três queriam e precisavam.
-O que houve Camélia? Você está bem?-
-Sim, estou bem. Graças ao Ted- Camélia disse sorrindo para o Ted em seguida olhou pro Harry e disse um “obrigada” sem som, que sorriu e acenou com a cabeça. Lupin estava sorrindo também, de orelha a orelha e ainda com os cabelos roxos
-O que está acontecendo aqui, crianças? ah, olá Dromeda, não tinha visto você entrar-
-Está tudo bem Molly, eu e o Ted viemos impedir a Camélia de ir embora- Harry disse olhando para o Ted e depois para a Sra Weasley colocando uma feição mais neutra
-Querida, por quê estava indo embora? Charlie não te trouxe uma bebida ou te ofereceu os bolos de caldeirão?- Molly perguntou esperançosa, já tinha notado o quanto Camélia era bonita, gentil e generosa. Ela seria uma excelente nora, talvez pudesse até tomar o lugar de nora favorita de Hermione.
A sra Weasley já estava fantasiando com crianças de cabelos ruivos e olhos violetas, o que ficou claro para os presentes, todos a conheciam muito bem. O que fez com a expressão agora neutra do Potter dar uma vacilada por poucos segundos, passando despercebida por todos, menos Andrômeda. A Sra Tonks já estava convivendo bastante com Harry para entender as mudanças sutis que ele tentava a todo custo esconder de seus amigos. Ele tinha mudado, todos perceberam o quão distante ele se tornou. Mas, a armadura parecia se quebrar quando estava com Teddy, e com os olhos perspicazes da Sonserina ela notou que o mesmo aconteceu a nova amiga do grupo.
-Sim, Sra Weasley, ele me trouxe uma bebida. No entanto, não me ofereceu o bolo, adoraria experimentar- Camélia a respondeu conseguindo uma desculpa para sair daquela sala onde ela sabia que haveriam mais perguntas. Ela estava arrependida, completamente arrependa por deixar suas emoções sairem desse jeito, mas doeu ver a história se repetindo, olhar pra o Ted trouxe muitas lembranças, tanto de sua própria vida quanto do tempo que ficou lendo e assistindo os filmes.
Deixando o trio de ouro com os Tonks para trás, seguindo a Molly até uma mesa cheia de guloseimas, Camélia ficou olhando e querendo experimentar tudo. Assim que a Sra Weasley viu a cara de criança que a Cam estava fazendo, era a cara de uma criança entrando pela primeira vez em uma loja de doces, e Molly já estava acostumada já tinha visto a feição de felicidade várias vezes durante anos em seus próprios filhos.
Charlie veio ao encontro das duas mulheres, era a primeira vez que estava interessado em uma mulher que sua mãe tinha insistido para que conhecesse, ela tinha mais do que ele esperava, estava disposto a chamá-la para jantar no tempo que ficaria na Inglaterra.
Todavia, ele chegou junto com trio, não era a hora de fazer um convite para um encontro na frente de todos. Mas ele a perguntaria no momento certo
-Cadê o Teddy?- A Cam perguntou ao Harry evitando olhar nos olhos dele
-Andrômeda foi levá-lo ao banheiro- ele a respondeu de imediato a olhando fixamente, ele queria a sensação que estavam sentindo antes
-Harry, o dragão preferido de Camélia é o Rabo-Córneo Húngaro, curioso não?- Hermione disse com um tom de intrigada, ela estava determinada a entender Camélia, para Hermione Camélia estava sendo perfeita demais, e parecia conhecê-los como a palma da mão. O que ela fazia, é claro.
-Comentamos com ela sobre o torneio, ela pareceu bastante surpresa com você conseguindo capturar o ovo com facilidade- Rony disse completando o raciocino de sua namorada, o que deixou Camélia um pouco constrangida e não sabendo o que fazer, pelo que ela estava interpretando, parecia que ela não acreditava que o herói do mundo bruxo tinha realizado uma prova teoricamente “fácil” comparada a todas as outras coisas que ele teve que passar.
-Posso te contar tudo explicado, se você quiser- Potter disse tentando mais uma vez fazer contato visual com ela, o intuito do Harry não era contar agora, ele queria conhecê-la, vê-la outra vez. Esta era a segunda vez e ele queria que pudessem se ver muitas outras. Ademais ele se perguntava muitas coisas sobre a mulher de cabelos curtos e loiros
-Não precisa, odiaria que você perdesse seu tempo atoa. Alem disso, eles já me contaram tudinho- a resposta de Camélia deixou Harry frustado, mas Camélia não percebeu, com o tempo ele se aperfeiçoou na arte de conter suas emoções, apenas aqueles que passaram um longo tempo com o novo Harry o entenderiam.
Cam apenas achava que ele estava sendo gentil e nunca pensaria pela cabeça dela que o grande Harry Potter queria vê-la outra vez, talvez até mesmo em um encontro. Ela nunca pensaria isso, ela acha com muita veemência que Harry é muita areia pro caminhão dela e que foi mandada para aquele mundo para unir Hinny outra vez.
Portanto, aquela interação a mais estava fora da realidade. O que deu uma abertura para o Charlie, pois Molly saiu levando o casal feliz com ela para falar algo com o Arthur, pensando que Harry iria também, mas ele não foi.
Charlie, estava nervoso, fazia tempo que não convidada uma mulher para sair e ele não estava sozinho com ela para início de conversa. Camélia estava entretida no bolo que estava comendo não apenas pra evitar o Harry, mas porquê o bolo pra ela estava muito gostoso, ela era apaixonada por bolo.
O segundo filho dos Weasleys olhou para o Potter como se tivesse implorando para que ele os deixasse sozinhos, mas Harry não se moveu, desviou o olhar do Weasley para Camelia comendo o bolo, ele achou fascinante o quanto ela parecia se deliciar com um bolo comum e não percebeu quando Charlie se aproximou mais de Cam.
Mas quando Camélia parou de comer e levantou o olhar para encarar Charlie, Harry logo se ligou o que estava acontecendo, Charlie estava interessado em Camélia, como ele não havia percebido antes. Porém o pior foi que ele se sentiu incomodado com aquilo, não queria vê-los juntos, obviamente ele torcia pela felicidade de Charlie, no entanto, ele estava interessado em Cam também. Ele não achou que Charlie faria qualquer coisa com ele aí, apesar disso, ele fez
-Camélia, você gostaria de jantar comigo? Eu ouvi dizer que há um restaurante ótimo que abriu a pouco. Eu vou voltar para a Romênia em algumas semanas, mas eu gostaria muito de jantar com você antes- Charlie fez quase um discurso fazendo Camélia engasgar um pouco e Harry fechar a cara.
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anacls · 4 years ago
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Olhos Conectados - Capitulo 7: See you through my eyes
O dia que tudo poderia acontecer estava começando, o meu nervosismo só aumenta a cada minuto que passa. Este dia vai marcar a minha possível amizade com a Hermione ou eu vou achar ela um saco, dizem que não é bom conhecer conhecer seus heróis, vou interpretar isso da mesma forma, talvez não fosse bom conhecer seu personagem favorito. Ainda tinha o Harry, como eu vou olhar para ele depois de tecnicamente ter frequentado a mente dele durante anos, de ter sido um pouco obcecada por ele em partes diferentes da minha vida. Tive a fase criança e a fase jovem, literalmente a um ano atrás, agora eu tinha superado um pouquinho o mundo dele, mas acho que o mundo dele agora não me superou, já que estou nele, isso é perturbador, hoje é o dia que eu posso ser considerada louca e ir parar no St. Mungus, ou talvez seja acusada de algo e uma passagem só de ida pra Askaban vai ter meu nome.
A vida tem uma maneira engraçada de nos mostrar como viver, eu estou me adaptando razoavelmente bem, faltam feitiços básicos pro meu vocabulário, uma ida amanhã a uma livraria na hora do almoço será bom. Cada vez mais os minutos vão passando, daqui a uns minutos será a hora que eu combinei com a Pansy, o dia está agradável hoje, o vento soprando bastante, transformando e deixando cada vez mais tranquilo. A varandinha improvisada que eu estou, com as almofadas do sofá da sala deixa tudo pacifico, o azul claro que não é tão comum no céu de Londres está lá, posso continuar olhando para os carros que passam na rua até o horário de começar a me arrumar, o que não será muito fácil, não há como relaxar com essa ansiedade de ver todo o elenco verdadeiro de Harry Potter, abri os feijõeszinhos de todos os sabores e o primeiro que tirei era de caramelo, hoje talvez fosse o meu dia de sorte, era melhor não se arriscar com mais nenhum outro, eu já podia dizer ao George qual eu havia tirado.
Um barulho estranho e alto soou pela casa e vozes chamando meu nome foram ouvidas por mim, já peguei minha varinha e me levantei do meu cantinho de tranquilidade de volta para o corredor, e logo uma porta foi aberta, apontei minha varinha com tudo para aquela abertura, e saíram a Pansy e a Daphne, soltei a respiração que nem sabia que estava prendendo
-Ufa, pensei que alguém tava aqui para me matar. Vocês não chegaram cedo?- perguntei abraçando as duas jovens mulheres a minha frente
-Poderíamos matar você- respondeu a Pansy rindo e a Daph deu uma batidinha no ombro dela como se dissesse pare, mas nós três estávamos rindo
-A festa não é a noite? Está quase escurecendo- Daphne disse por fim
Pedi para que elas me seguissem para o meu quarto provisório, conversamos enquanto a Sra Nott passava o que parecia ser maquiagem em um vidro de poções, Daphne não ficou atrás, ela abriu meu armário olhando os vestidos que eu havia comprado no dia anterior e tirou de lá um vestido que combinava com o clima ameno de hoje.
Era um vestido de alcinhas azul escuro, transpassado até um pouco abaixo dos joelhos, ele tinha uma abertura na frente que poderia ser considerado uma fenda bem grande. Depois do que pareceu uma hora eu estava pronta com as minhas duas novas amigas sorrindo orgulhosas do que elas haviam feito
-Vou deixar esses produtos para você, ficaram um pouco escuro no meu tom de pele mesmo, considere um presente- Pansy falou, isso era muito generoso da parte dela, não pareciam ser baratos
-Obrigada Pan, vou considerar um presente de aniversário-
-Hoje é seu aniversário?- Greengrass perguntou às pressas
-Não, daqui a umas semanas. Faço aniversário no primeiro dia de agosto-
-Você já algum tem plano?-
-Não, deve cair em algum dia de semana, e eu não posso faltar ao trabalho-
-Nosso amigo Blasio vai abrir um pub secreto acho que no começo de agosto também, podemos comemorar lá, isso é perfeito- Daphne deu uns pulinhos de animação quando Pansy disse
-Mas não vamos falar disso agora, se não você vai se atrasar- assim que Daph disse isso eu olhei pela janela, já estava escuro e rapidamente olhei para o meu relógio, marcavam sete horas, sorri agradecida para elas e as abracei
Essas garotas não aparecem as que eu li e não gostava, talvez eu deva interpretar isso como uma mudança nas pessoas, afinal, as pessoas mudam. E não posso esquecer que tudo era pela visão do Harry, ai, eu vou ver o HARRY POTTER, o herói do mundo bruxo, o menino que sobreviveu. Conheço muitas pessoas que dariam a vida e tudo que tem para estar aqui, eu talvez fizesse isso a um tempo atrás, mas eu não era mais uma criança querendo viver uma fantasia.
Caminhei para o quarto de Susie com as meninas, ambas me deram um abraço de despedida e entraram na lareira com o pó de flu juntas, dizendo ao mesmo tempo mansão Nott como destino, eu estava feliz por te-las. Mas agora era a minha vez de ir para o meu destino, apertei a minha bolsinha na mão e peguei um pouco de po também, entrei na lareira, eu não precisava do papel que me entregaram com o endereço, eu sabia onde era aquele lugar durante anos, eu o visualizava em minha mente. Respirei fundo, entrei na lareira e disse
-A Toca-
Respirei fundo mais uma vez, saindo enfim da lareira, bati no meu vestido para tirar a poeira. Olhei em volta não havia ninguém na sala, tirei o envelope com o presente da minha bolsa e comecei a andar admirada. Era incrível estar ali, aquele lugar tinha cheiro e aparência de lar. Alguém deve ter ouvido o barulho da lareira e veio ver quem estava chegando. Era ninguém menos que Molly, a matriarca dos Weasley acompanhada de Angelina que sorriu assim que me viu.
-Você veio mesmo, está linda- disse Ange enquanto me abraçava, quando nos separamos dei a ela o envelope e disse
-Feliz bodas- eu não conseguia tirar o meu sorriso do rosto
-Camélia, está é minha sogra. Molly essa é minha nova amiga Camélia, aquela que eu te disse- antes de abrir o envelope
-Boa noite Sra Weasley, é um imenso prazer conhecê-la- eu disse estendendo a minha mão
-Oh querida, me chame de Molly- e a senhora Weasley me puxou para um abraço apertado, fazendo eu me sentir muito acolhida
-EU NÃO ACREDITO. GEORGE VEM AQUI, AGORA- Angelina parecia chocada quando abriu o envelope, George veio correndo afinal poderia ter acontecido algo, ele relaxou ao me ver abaixando a varinha, atrás dele vinha um outro ruivo, aquele deveria ser Charlie, forte e alto, incrivelmente lindo
-O que houve Angelina? Olá Camélia, Angelina estava achando que você não vinha. É bom vê-la- George desse vindo até mim me abraçar também, hoje era meu dia de sorte. Ganhando diversos abraços
-Olhe o que Camélia nos deu de presente- e entregou a o panfleto que havia dentro do envelope
-Vocês podem trocar se quiserem, eles me pareceram muito tranquilos com o arranjo surpresa- eu disse ficando um pouco nervosa, era uma possibilidade eles acharem isso um presente ruim, não é um presente comum e daria trabalho usar
-Você está brincando?- Angelina disse sorrindo como se eu tivesse tido alguma piada
-UAU, não achei que você tivesse tanto dinheiro assim- George disse vindo me abraçar -Obrigada, é um presente incrível se você está preocupada-
-Qual é o presente digam, estão me matando de curiosidade- disse a senhora Weasley exasperada
-Camélia nos deu três dias na Itália, daquela agência nova de viagens que abriu-
-Nossa, querida, eles são bem caros. Você não precisava dar isso a eles- disse Molly virando para mim
-Senhora Weasley, quero dizer Molly, não foi nada. Eu pensei que seria um bom presente, eles merecem um final de semana romântico para comemorar- eu disse a ela colocando de volta em meu rosto o sorriso, enquanto alguém tossia. Charlie tossiu para chamar a nossa atenção e talvez apresentá-lo
-Charlie, está é Camelia Albuquerque, minha amiga. Ela adora dragões- Angelina disse me incentivando a andar em direção a ele com a cabeça e me deixando vermelha como um pimentão
-Olá, eu sou Charlie- ele disse com um sorriso de tirar o fôlego
-Camélia-
-Vamos pombinhos, a festa é lá fora- George disse acabando com qualquer clima que poderia começar a ter
Eu estava atrás de Charlie, eles andaram e atravessaram a porta como uma fila de Weasleys. Chegando no jardim cheio de pessoas, todo decorado com o que pareciam ser piscas piscas redondos bem grandes para o tamanho que se usa para o natal. Mas não eram piscas piscas, eram esferas com uma vela dentro, fascinante. Angelina colocou o braço em volta do meu indo em direção a um grupo de pessoas. Chegando cada vez mais perto eu já poderia notar quem eram, Gina e um cara que eu não conhecia e dois do trio de ouro, Hermione e Ron.
-Gente, está é Camélia. Este são Ginny e seu noivo André, Hermione e Ronald- ela disse apontando para cada um, minha cara estava em choque
Como era possível a Gina não estar com o Harry, eles eram ótimos juntos, é aquele parecia ser o André Egwu, ele era lindo mas ele não era o Harry, que diabos poderia ter acontecido para eles não estarem juntos. Este mundo é louco mesmo, talvez esse seja o motivo de eu estar aqui, juntar Gina e Harry outra vez.
-Ola, que bom te ver outra vez, Camélia- Hermione disse sorrindo para mim, obviamente ela se lembrava do nosso desastroso último encontro
-Vocês já se conhecem?- perguntou Angelina surpresa
-Nos vimos uma vez, quando eu cheguei desastrosamente no ministério- eu disse rindo um pouco para amenizar o nervosismo e o Rony sorriu também.
-Vou deixar vocês conversando, tenho que achar o George para conversarmos sobre o seu presente- Ange disse tocando o meu braço e saindo me deixando de vela com os dois casais
-O que você deu a eles? Deve ter sido esse o motivo da gritaria de alguns minutos atrás- Gina disse um pouco curiosa
-Eu dei uma viagem de final de semana, achei que seria um bom presente- eu disse vendo a cara de choque do Ron e a surpresa do André
-Uau para onde? Já se considere convidada para o nosso casamento- ela disse rindo e depois olhou para o noivo que confirmou com a cabeça rindo também
-Florença, parecia o destino mais romântico de lá para um final de semana-
-Foi gentil de sua parte e atencioso. Acho que eles não tiveram uma lua de mel- Hermione disse com um sorriso contido
Gina começou uma conversa interessante sobre quadribol e todos estavam interagindo, até eu estava falando bastante. No entanto, Hermione estava olhando com uma cara de tédio para a gente. Decidi inclui-lá na conversa e disse
-Não tive muito tempo desde que cheguei para me internar tanto nas notícias esportivas. Acabei te terminar o meu livro de aritmancia, talvez eu tenha tempo até de assistir a um jogo quando a temporada começar se eu terminar todos os livros que eu comprei-
-O que? Você gosta de aritmancia?- Hermione perguntou rápido demais, quase atropelando palavras, ela estava chocada com meu comentário
-Pronto, mais uma nerd- Ronald disse rindo e eu ri junto
-Sim, eu sempre adorei e tive facilidade com números- Eu não podia dizer a ela que eu estudava e economia no meu país e vim pra Londres trabalhar e estudar
-Essa era minha matéria favorita em Hogwarts. Qual a sua matéria preferida na Castelobruxo?- Eu não havia dito que eu era do Brasil, como ela saberia, o meu rosto mostrava dívida -Eu olhei a sua ficha no ministério, mas lá não conta sobre onde estudou, deduzi que como você era brasileira estudava lá-
-Uau, como você teve acesso a minha ficha? Na verdade eu estudei em casa, meu pai era muito protetor com os perigos que eu poderia sofrer- tecnicamente não era uma era uma mentira, coisas sobre o mundo deles eu estudei em casa e o meu era protetor
-Eu trabalho diretamente com o ministro, e ele me contou de suas notas, estavam idênticas às minhas, ele achou curioso- essas notas era proposital, queria ter as mesmas, errei questões mesmo sabendo para poder ficarem iguais a dela
-Interessante, vou procurar a Angelina. Vejo vocês depois- eu disse virando de costas e saindo a procura da mulher, mas antes eu pude ouvir o Rony dizendo “você estampou a garota”
Achei a Angelina de forma rápida, estava conversando com um homem alto e bem definido junto com o George
-Oi pessoal- eu disse e Angelina virou na hora
-O que houve? Vocês pareciam se divertir-
-Não houve nada, só estava um pouco estranho-
-O que o Ronald fez? Vem, esse é Olivier Wood - George disse me olhando na dúvida e depois apontando para o Oliver delicioso Wood
-Ele não fez nada. Olá Oliver, sou Camélia, sou sua fã, quero dizer do seu time- eu disse me atrapalhando nas palavras e ele sorriu para mim, sorriso tão lindo quando do Charlie, que estava vindo para cá.
-É um prazer conhecê-la, talvez eu te mande uma camisa autografada pelo time-
-Eu adoraria. Olá Charlie, é bom vê-lo outra vez- eu disse ao homem que vinha com copos na mão
-Digo o mesmo, minha mãe me disse para lhe trazer uma bebida-
-Muito gentil da sua parte trazer-
Começamos a conversar sobre dragões, dizendo qual era os nossos preferidos, como era o trabalho dele na Romênia. Que nem notamos que nenhum dos outros três estava mais lá, todavia, eu notei que de longe vinham Hermione e Rony na nossa direção. Hermione é inteligente, e está curiosa sobre mim, qualquer errinho, pa, estou em Askaban.
-Olá Camélia, gostaria de me desculpar por ser invasiva. Sei que se sentiu constrangida, então peço desculpas-
-Não precisa se preocupar, está tudo bem-
Dessa forma, Hermione e Ronald, que eu descobri que ainda estavam namorando entraram na nossa conversa sobre dragões, mencionaram o torneio tri bruxo quando o Charlie disse que meu dragão preferido era o Rabo-Córneo Húngaro, falaram de como o Harry o enfrentou. Como se eu não soubesse, eu tive que manter o personagem e ficar surpresa em como ele conseguiu capturar o ovo com um dragão tão perigoso quanto ele. Depois disso eles emendaram as outras provas e eu ouvindo atentamente tudinho. Entretanto, meu olhar se desviou deles e foi em direção até a porta, saindo dela estava ele, Harry James Potter. Alto, com o cabelo bagunçados e uma cicatriz gigantesca e formato de raio que chegava a cima dos olhos verdes esmeraldas, esse Harry dava de mil a zero no Daniel, ele estava vindo para cá, obviamente tinha procurado seus dois melhores amigos, mas no meio do caminho Molly o chamou, o abraçando e conversando um pouco com ele.
Neste ponto da conversa eu já não estava mais prestando atenção, minha atenção tava nele, ele parecia diferente do que eu li, ele parecia ainda alerta, melancólico e cansado. Não imaginava que o veria assim, parecia tão infeliz. Estou tão danificada quando você, meu querido Harry. A guerra deixou marcas bem profundas nele, era perceptível, porém, sem a escuridão, não há luz. Ele estava caminhando de volta, eu me virei rapidamente tentando entender aonde a conversa estava, eu estava nervosa, com frio na barriga, mil coisas estão passando pela minha mente, todas as cenas que eu o imaginei
-Harry, senti tanto sua falta. Não sabia que conseguiria chegar a tempo para festa- Hermione disse o abraçando
-Na verdade eu cheguei sexta, tive que passar o dia ontem terminando meus relatórios- Harry se explicou
Ele então se virou pra o Rony o abraçando também, depois esticando a mão para o Charlie que a pegou prontamente apertando
-Oi Harry, como você está?- Charlie perguntou parecendo realmente preocupado
-Estou ótimo, obrigado Charlie- Harry respondeu
Dessa maneira, ele se virou para mim, estiquei minha mão também, deduzindo que ele iria apertar. Olhando para elas, percebi minhas mãos estavam trêmulas, aquilo nunca tinha acontecido, eu estava verdadeiramente nervosa. E quando ele a pegou com firmeza, eu pude sentir os calos na mão dele e o quanto ela era maior que a minha. Eu levantei meus olhos olhando para o homem a minha frente, e ele estava olhando para mim. Nossos olhos pareciam conectados, eu não conseguia desviar, nem ele parecia conseguir. Os olhos dele mostravam tudo, toda a angústia e solidão que ele estava sentindo. Se você pudesse ver você através dos meus olhos, eu tenho certeza que veria o quão incrível você é e que nunca estaria sozinho.
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anacls · 4 years ago
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Olhos Conectados - Capitulo 6: In my blood
O Quarto de Susie estava vazio, assim como eu estava me sentindo. Eu estava sozinha de novo, odeio isso, talvez aquilo poderia significar o mesmo quando eu vim para Londres, um novo começo, um começo aonde tudo pudesse ser sem dor, sem coisas ruins. Mas aqui, nessa Londres coisas ruins acontecem sempre, eu preciso de alguém, alguém para me ajudar a me adaptar, alguém que pudesse me ajudar se nessa Londres algo desse errado. Pansy? Eu poderia confiar nela? Ela parece querer uma nova amiga tanto quando eu, talvez ela precise de alguém como eu preciso. Joguei a carta daquela vidente louca na cama dela e segui até a cozinha eu precisa de algo.
Precisava beber, “basta tomar uma bebida e você irá se sentir melhor”, era isso que o marido da Kelly falava, talvez ele tivesse razão. Não tinha uma geladeira, eu havia me esquecido disso. Um apartamento provavelmente na parte trouxa da cidade e não tinha uma geladeira, era uma piada. Comecei a abrir os armários de madeira com força, talvez se eu puxasse com um pouco mais de raiva todas as portas seriam arrancadas. Nenhuma bebida nas últimas cinco portas abertas.
A sexta eu tenho fé que é a da sorte e era. Uma garrafa de Whisky de fogo atrás de umas poções que eu não faço a menor ideia de que sejam. Não vou precisar pegar um copo, irei beber na boca da garrafa. O primeiro gole foi pior do que eu esperava. Ele desceu queimando tanto, parecia que eu tava bebendo fogo, mas não importa neste momento, tomei o segundo gole e comecei a caminhar pela cozinha com a garrafa na mão.
Joguei o meu sapato em algum canto qualquer e mais um gole. Cheguei a sala horrível lotada de plantas, mais um gole. Olhei de volta para o corredor, não havia reparado que no final tinha uma janela, mais um gole pela minha falta de atenção. Andei pelo corredor que dava aos quartos e ao banheiro, lá estava, um espaço, aquilo parecia uma mini varanda, deveria ter uma porta ao invés de uma janela.
Tirei aquela calça social e a larguei no pé da janela. Aquela varanda poderia dar um belo lugar de beber. Corri para a sala peguei algumas almofadas e aquela mandala horrível que estava no sofá, bebi mais um gole e voltei para a pequena varanda, coloquei aquele lençol, joguei as almoçadas por cima e passei pela janela, com bastante dificuldade, tomei mais um gole pra comemorar que aquele lugar seria aonde eu passaria a maior parte do tempo nesse apartamento.
Ali dava pra vê que havia outras casas e apartamentos na rua, e carros, aquele era definitivamente um bairro trouxa, todavia, não dava pra vê tudo de frente, eu estava bem no alto e parecia a lateral do prédio. Então o que me restava era olhar as estrelas, tomei mais um gole, ajeitei as almofadas pra que eu conseguisse deitar e ficar com a cabeça alta pra poder beber direitinho.
Céu estava limpo, aquilo era uma novidade pra mim com o céu londrino, cheio de estrelas, a lua infelizmente não tava cheia. No entanto o céu tava incrivelmente lindo, bebi um gole, dessa vez um gole maior que o último e olhei pra garrafa, já estava a baixo da metade e eu precisava ir ao banheiro. Levantei rápido, rápido demais e fiquei até um pouco tonta. Pelo meu estado andando eu já estava um pouco bebada, já que eu estou gargalhando atoa. Fiz o xixi mais rápido da minha vida, lavei as mãos e tomei mais um pouco do Whisky e sentei no chão. Acho que o melhor que eu posso fazer é deitar um pouquinho, era o que eu merecia estar deitada no chão do banheiro, sem sentir nada. O álcool finalmente tinha feito efeito.
Acordei com o sol da janelinha do banheiro batendo no meu rosto, sentindo dor de cabeça mais forte que eu já senti. Nunca tinha ficado de ressaca, todas as vezes que bebi eu parava e bebia água pra que isso não acontecesse, todavia, dessa vez não fiz isso, é totalmente estranho acordar de calcinha e ao lado de uma garrafa de whisky de fogo no chão do banheiro de uma casa que nem é minha. Já tirei o restante da minha roupa e entrei de baixo do chuveiro, água fria não está me ajudando muito, esses frascos de poções aqui será que são shampoo e condicionador? Abri um e coloquei um pouquinho na mão e o primeiro que abri parecia o condicionador e o que abri logo em seguida o shampoo. Lavei meu cabelo que agora estava batendo no ombro, o que significava que já estava na hora de eu cortar outra vez.
Caminhei pro meu quarto com uma toalha enrolada em mim e escolhi um conjunto amarelo, uma saia curta que batia uns três palmos do joelho e uma blusinha com um zíper bem no busto até o final da blusinha, a saia também tinha um zíper que ia do meu umbigo até a barra da saia. Esse conjuntinho era algo eu não lembrava que havia comprado, talvez Susie tivesse colocado junto das coisas e eu não reparei. Ia fazer calor, estava sol, e tecnicamente estamos no verão aqui já que é julho, o que significava que meu aniversário estava próximo outra vez, eu iria fazer vinte um ou vinte de novo?
Quando eu cheguei aqui, na Londres normal, meu aniversário só tinha acontecido a umas quatro semanas, não posso ter envelhecido um ano assim. Será que pode ser melhor eu decidir quantos anos eu fazer agora? Mas se a Susie mandou os dados pro ministério eu já tinha vinte, então eu vou fazer vinte um. Eu li literalmente perdi um ano da minha vida então. Isso é um saco, me deixando cada vez mais sobrecarregada e insegura, no entanto, eu não posso desistir agora, não está no meu sangue, tenho que começar a procurar um jeito de conseguir voltar.
Comer logo alguma coisa e beber bastante água e olhar a hora, Pansy não deve gostar nadinha se eu me atrasar mais uma vez. Eram duas horas da tarde, só daria tempo de fazer isso mesmo. Comer, beber água e ir escovar meus dentes. Peguei os biscoitos que estavam na mesa mesmo, não tenho muito tempo pra procurar algo pra fazer e come, murmurei um “Accio varinha”, e ela chegou na minha mão, isso é totalmente incrível e irreal. Peguei um copo que estava a vista em um dos armários que eu devo ter deixado aberto ontem, “Aguamenti” na borda do copo e lá estava, água, mas está água estava um pouco quente será que um glacius gela a água ao invés de congelar? Não custa tentar. Apontei minha varinha é mais um murmuro “Glacius” e lá estava, pequenas pedrinhas de gelo. Agora sim a água estava ótima para beber.
Terminei de comer e vi que já haviam se passado vinte minutos, a hora aqui ou passa rápido ou eu estou muito mais distraída que eu acho. Escovei os meus dentinhos e peguei a chave do cofre que aquela velha havia me dado, agora eu não me importo mais se vou ou não usar o dinheiro dela para bobagens, portanto, vou comprar um presente incrível pra Angelina e com certeza muitas coisas que devem ser caras, porque a Pansy não parece o tipo de pessoa que compra coisas na promoção.
Olhei a hora no relógio na cozinha de pressa e vi que faltavam trinta para as três da tarde, dava tempo de pegar colocar bastante galeões na minha bolsinha antes de vê-la. Entrei no quarto de Susie, e vi a carta encima da cama dela. Eu tenho que dar um jeito de tirar essa lareira daqui e colocar em qualquer outro lugar. Peguei o pó de flu e disse baixo “Beco diagonal” lá estava eu, no beco mais uma vez.
Olhei pra loja e eu estava, parecia uma loja de artigos de quadribol, mas não tenho tempo pra olhar e talvez comprar alguma camisa de um time, não consigo lembrar qual o time que o Oliver está, posso perguntar pra Pansy talvez ela saiba. Sai da loja e antes o mais rápido pro norte, pro Gringotes, era lindo, fui direto pra dentro e mostrei minha chave pro duende que já me levou direto pro cofre da Susie. Peguei creio que bastante Galeões, joguei quase a pilha inteira, seria mais que o suficiente para comprar algumas roupas, um relógio de pulso e o presente. Saindo do Gringotes olhei o relógio que tinha lá e estou a um minuto adiantada. Caminha quase correndo pra porta e a Pansy estava caminhando pra porta com uma mulher loira e alta, aquela com certeza é a Daphne.
-Chegou antes de mim? Fico feliz com a pontualidade- disse a Sra Nott me abraçando
-Eu não me atraso a menos que tenha um motivo- pisquei pra ela e ela sorriu indicando pra Daphne
-Essa é a Daphne Greengrass. Daph essa é a Camélia Albuquerque-
-Olá Camélia, Pansy falou muito sobre você. E pela primeira vez em que a conheço ela falou só coisas boas de uma pessoa-
Daphne parecia ser ótima, passou a nossa breve apresentação sorrindo e o sorriso da Pansy vacilou com um segundo e caímos na gargalhada nos três juntas. Compras e conversas. Amizades que eu diria ser bem provável caso eu tivesse frequentado Hogwarts, antigamente eu até não tinha orgulho de pertencer a casa das cobras, talvez como o Harry se eu pudesse escolher, teria escolhido a Grifinoria, mas ainda bem que o tempo passa e o estereótipo do sonserino mal foi embora, não completamente, é claro, a Camélia de hoje em dia é bem diferente da Camélia de onze anos, então eu tenho orgulho de dizer a quem perguntasse a casa que eu pertenço, ainda bem.
Minutos foram passando, percorremos diversas lojas no beco, mas nada de Daphne ou Pansy gostar das roupas ou sapatos. Decorrente disso, eu ainda não tinha a minha roupa de amanhã e muito menos o presente. Decidi me separar delas por um momento e entrar nesta loja que parecia ser de viagens, isso poderia ser um ótimo presente, talvez tenha uma pousada bruxa em algum lugar bom para casais e eu poderia dar um final de semana.
-Olá, eu gostaria de comprar uma estadia de presente para um casal, há possibilidade de eles mesmos escolherem o dia?-
-Isso é possível sim, sabe o lugar?-
-Itália?-
-Ótima escolha, vou te mostrar algumas fotos. Lá temos contrato com duas hospedagens lá, uma em Roma e uma em Florença-
Ele estendeu umas dez fotos, pareciam ser cinco fotos de cada hospedaria, a primeira, em Roma, era algo bem moderno e nada romântico, tons preto e branco bem minimalista, um lugar que eu adoraria me hospedar. Mas não estou vendo para mim, o que é triste, as outras cinco fotos, em Florença, eram de uma pousada que parecia ser mais intimista, madeira e plantas floridas, parecia ser um lugar mais apropriado para um final de semana de comemoração de aniversário de casamento, vai ser essa.
-Gostaria da hospedaria de Florença. Um casal sem a data ainda como eu ja te disse. Como funcionará a forma de pagamento, acho que pode ser relativamente mais do que eu carrego na minha bolsa-
-Sim, está setenta galões por noite, serão três noites ou duas?-
-Acho que seria melhor três, eles podem ir na sexta e pegar uma chave na segunda-
-Então da duzentos e dez, três refeições são inclusas, lá eles terminam o horário para obtê-las. Quanto ao pagamento, no contrato que iremos lhe entregar, você pode assinar que o Gringotes irá realizar a transferência do valor combinado-
-Ótimo, eu gostaria de lê-lo- assim o cara me entregou e o que ele estava falando estava escrito, tudo bonitinho sem preocupação. Assinei e devolvi. Uns vinte minutos depois o gerente de viagens voltou com dois envelopes um grande, com o contrato dentro e um pequeno, era o que eu daria aos Weasleys. No envelope pequeno havia um panfleto explicando que eles tinham um ano para usar a viagem, como realizar a reserva, o que estava incluso no pacote e a quantidade de noites.
-É só eles mandarem uma carta com no mínimo duas semanas de antecedência e utilizando o código de viagem no panfleto, a hospedaria já estará avisada desse acordo, é claro-
-Ok, muito obrigada, até-
-Obrigada você, espero que seus amigos curtam a viagem- assim me despedi do homem e segui para procurar as meninas.
Finalmente as encontrei, depois de entrar em uma rua qualquer, elas estavam paradas na calçada e me viram de imediato. Ficaram me esperando para entrarmos em na loja juntas, era uma que eu não havia visto ainda, dava para ver o quão cara a loja parecia, a decoração era diferente, ela parecia realmente com loja de rico. Nessa loja as preferes eram todas de um dourado claro um pouco mais claro que a cor dos meus cabelos, as prateleiras e os cabideiro eram brancos todos com as roupas organizadas por cores, um lustre de velas chamativo no teto, tinha também tapetes beges e uma lareira de tijolos brancos.
A vendedora caminhou em nossa direção e apenas olhou torto. É claro que ela olharia, Daphne e Pansy tem cara de que são ricas, mas eu não tenho, não importa se eu sou bonita ou não, a olhada é diferente. Mas o pior disso foi que a Daph se encolheu e a Pan desviou o olhar, talvez não fosse pela minha cara de suburbana brasileira, talvez fosse pelas minhas novas amigas estarem do outro lado da guerra, terem parentes que apoiaram, não importava o quanto elas se envergonhavam ou se arrependiam. Todos olhariam daquele jeito pelo resto da vida delas, eu não podia julgar, eu também olhei para a Pansy assim quando nos conhecemos.
-Você vai nos atender ou apenas ficar nos encarando, querida?- eu já havia perdido a paciência, a mulher apenas colocou um sorriso falso e a quilômetros poderíamos vê o quanto ele era forçado
-Posso ajudá-las em alguma coisa?-
-Obviamente pode e vai. Estamos procurando alguns vestidos, eu diria tons neutros para mim do tamanho médio e pra vocês, minhas princesas?- virei para as minhas amigas com o maior sorriso e elas sorriram de volta relaxando um pouco
-Eu quero de cores escuras, médio também- Pansy foi a primeira das duas a falar, o tom dela de superioridade voltou e logo o rosto de um pouco constrangida se evaporou.
-Para mim, tamanho pequeno e cores alegres- Daphne respondeu com um sorriso, tadinha essa mulher é educada demais. Logo a vendedora saiu para buscar alguns vestidos que com toda certeza não seriam do agrado delas. Porque essas mulheres são exigentes de uma forma muito extensa.
-Temos que achar logo pelo menos um vestido para mim e procurar o presente para a festa que eu vou, já está no final da tarde-
-Aniversário de alguém que conhecemos e eu não foi convidada?- perguntou a Daph se virando para a Pansy, e a resposta da Pansy me fez rir, ela apenas revirou os olhos e resmungou um não, e isso deixou a srta Greengrass confusa
-É a festa de comemoração de bodas de uma amiga minha-
-Achei que você tinha dito tinha se mudado a pouco para cá-
-Sim, eu me mudei tem pouquinho tempo. Conheci essa amiga no mesmo dia que conheci a Pan-
-Uma Weasley, ela vai para a casa dos Weasleys, festejar com eles- Pansy se intrometeu e falou com desdém, apenas lancei a ela um olhar de repreensão
-Que bom que fez alguns amigos aqui, deve ser ruim se mudar e não conhecer ninguém. E é claro que pode me incluir neles, passar um dia andando comigo atrás de roupas não é para qualquer uma-
Daphne era realmente muito fofa, então eu sorri e a abracei, ela certamente ficou confusa, porém, logo me abraçou de volta. Assim que nos separamos a vendedora estava voltando com diversos vestidos flutuando atrás dela. Colocou-os em três pilhas diferente e pegou a primeira com roupas em tons claros, em maioria amarelo e rosa, entregou elas para Daphne e indicou o final da loja o lugar aonde haveria provadores. Depois pegou a segunda pilha, aquela pilha era a mais colorida, nela tinha um bege com o que parecia ser pedrinhas dourado de strass, uns dois azul, talvez mais dois verdes, uns dois rosas, e alguns pretos. Ela deu aquela pilha de roupas para mim e apontou para o mesmo lugar que a Daphne seguiu.
Caminhei calmante para os fundos da loja, acabei parando em uma pequena parte na lateral da loja com o que previam ser cabines, entrei em uma que estava com a porta aberta. A cabine era um pouco espaçosa, branca com um grande espelho e uma mesa pequena ao lado do espelho.
Experimentei todas as roupas e todas ficaram boas, a rosa um pouquinho chamativa mas talvez quando eu estiver super feliz eu possa vesti-la, mas vamos torcer que eu encontre como voltar para a minha realidade e infelizmente não terei que usar nenhuma dessas roupas. Sai da cabine com os oito vestidos e a vendedora veio andando em minha direção sorrindo
-Vou levar todos, ficaram ótimos. Gostaria de pagar logo e aguardar as minha amigas sentada-
-Tudo bem, fico feliz que tenha gostado. Me siga, por favor-
Claro que ela ficou feliz, com certeza vai ganhar uma ótima comissão pela venda. Pelo visto eu havia sido a primeira a sair da cabine, ela disse um preço até que alto se eu fosse converter, cento e sessenta galeões em oito vestidos, em média vinte por vestido. Se eu fosse converter seria vezes cinco, eu tinha gastado oitocentas libras em roupas, roupas mais caras que eu já comprei em toda a minha vida, ainda bem que o dinheiro não é meu, gargalhei com esse pensamento e a vendedora olhou pra mim confusa, Daphne tinha acabado de aparecer atrás de mim e perguntou
-Está rindo de que?-
-Que eu nunca tinha gastado tando dinheiro em roupa e o dinheiro em é meu-
-Como assim não é seu?-
-Herdei da minha madrinha-
-Então, tecnicamente é seu, sua boba- disse isso rindo junto comigo
-Vou levar só esses dois- Daphne disse colocando um vestido vermelho e outro amarelo no balcão de vidro que eu estava apoiada.
-Vai levar quantos?- A Daph virou para mim ainda sorrindo
-Todos que ela me deu para experimentar, oito vestidos- o sorriso dela se transformou em uma cara de choque que logo se desfez quando a Pansy chegou
-Vou levar esses cinco, os outros ficaram largos. Oi meninas, gostaram dos seus vestidos?- Pansy perguntou não demostrando nenhuma emoção, mas assim que viu meu sorriso, sorriu também
-Eu gostei apenas de dois, mas nossa amiga aqui gostou e vai levar todos- A Greengrass falou apontando para mim
-Finalmente encontrei alguém que gosta de gastar- Pansy disse e começamos a rir todas juntas.
O dia havia sido ótimo, risadas, novas amigas e assim que olhei para baixo na bancada de vidro, lá estavam, diversos relógios. Menos uma coisa com o que me preocupar, tinha achado um que poderia combinar com tudo que eu vestisse, ele era retangular branco com a pulseira preta com o que parecia ser de couro
-Posso ver esse relógio retangular aqui?- eu disse apontando para ele e olhando para a vendedora que dessa vez tinha um sorriso verdadeiro
-Aqui, ele é de couro de dragão, custa vinte galeões-
Olhei para o relógio e peguei o dinheiro na bolsa e agradeci. Pronto agora eu tenho roupas, um relógio e um incrível presente, tudo comprado e ainda poderei utilizar a lareira daqui para voltar para casa e dormir, pois ainda não sei feitiços de cabelo, muito menos tenho maquiagem aqui para usar.
-Pansy, será que você pode ir amanhã no meu apartamento ou eu poderia ir a sua casa antes da festa. Eu realmente não sei feitiços de cabelo ou tenho maquiagem, estou desesperada, prometo te recompensar- eu disse a ela com um olhar de cachorrinho
Pansy riu e confirmou que estaria lá duas horas antes da festa e Daphne se meteu dizendo que queria ir também, obviamente eu a convidei também. Entreguei o endereço para as duas utilizarem a lareira de lá. Depois de nos despedirmos e eu andei em direção a lareira branca, peguei o pó de flu e entrei naquela lareira linda
-Goldington N° 4-
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anacls · 4 years ago
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Olhos Conectados - Capitulo 5: Lovely
A Gemialidades Weasley tava igual da última vez que eu vim, o que foi ontem, a única diferença é que agora eu estava suja de folguem e com dinheiro. Eu deveria apenas comprar uma caixinha de feijões de todos os sabores, já que eu utilizei a lareira deles. Aonde que deve ficar? Olhei em volta e apenas o George parecia estar na loja, no balcão perto da caixa registradora. Ele ainda não me viu, irei aproveitar para procurar os feijões. Ando reto pelo corredor que parece ser de doces, a umas bengalas de alcaçuz aqui, algo que nunca experimentei, talvez no dia que eu comprar cada pegadinha deles eu compre alguns doces para provar. Achei, os feijões ao lado de sapos de chocolate, há muito tempo que eu não como chocolate, alguns dias sem comê-los parecem anos, devo estar em abstinência de chocolate, isso será que existe?
Peguei apenas uma caixa de feijões e me dirigi ao caixa, não havia fila aquele dia, o cliente que estava no caixa acabara de sair assim que cheguei. Eu certamente não demoraria e a Pansy não reclamaria de atrasos. Já peguei os galões necessários na minha bolsinha de mão e sorri para o único gêmeo que eu tive o prazer de conhecer.
-Você outra vez-
-Olá, dessa vez eu gostaria de experimentar- sacudi a caixinha dos feijões e ele sorriu
-Ótima escolha, espero que o seu primeiro seja o de caramelo, não um de cera de ouvido-
-Eu também espero George, porquê se não por, tenho certeza que não comerei mais deles e será um dinheiro desperdiçado- entreguei o dinheiro certinho e guardei a caixa dentro dentro da minha mini bolsa. E ganhei um sorrisinho sacana do Weasley
-Você deve saber que aqui é proibido né?- fiz a minha melhor cara de surpresa e depois de alguns segundos que ele parecia ter acredito comecei a rir
-Sim, eu sei. Mande um beijo para a Angelina e diga que eu adoraria vê-la novamente- George sorriu e gritou
-ANGELINA, A MULHER DOS SEGUNDOS OLHOS MAIS BONITOS QUER TE VER-
-ESTOU INDO- a senhora Weasley gritou do final da loja e os passos apreçados dela começaram a ser ouvidos e o meu sorriso se transformou em um sorrisinho sem graça para o George, ele havia me dado o troço isso era claro.
-Olá Camélia, é um prazer reve-la, falei de você para minha filha ontem, assim que eu cheguei. Até meu outro filho Fred ficou curioso sobre você, ele achou que foi mentira minha, que era algo só para agradar Roxanne. Você fez um grande sucesso com ela a propósito-
-Fred acha que você não existe- George acrescentou a fala da sua esposa
-Diz para ele que eu mesma não sei se sou real aqui, e eu adoraria conhecer os dois. Tô disponível todos os finais de semanas até agora-
-Oh é claro, conversamos hoje sobre isso, domingo agora haverá uma pequena festinha com alguns amigos e nossos familiares na casa dos pais de George. Vamos comemorar nossas bodas de casamento. Eu adoraria que você fosse, você conheceria não apenas as crianças, mas adultos também é claro, tenho certeza que fará mais amigos-
-Eu adoraria, mas acho que ainda não tenho roupa para uma festa chique- George começou a gargalhar bem alto atrás do balcão, porém recebeu uma olhada que até eu pararia de rir na hora.
-Não é nada chique, nos jantaremos e bateremos papos. Fique despreocupada. George, seja útil e me de um papel com o endereço da toca- esse dia está ficando cada vez melhor, foi convidada para a toca, lá eu vou conhecer a matriarca mais famosa do mundo literário. O Weasley anotou o endereço e me deu. Eu estava verdadeiramente feliz, acho que encontrei uma maneira de ficar, uma saída para o que eu sempre quis, me sentir viva.
Olhei pra a vitrine e vi a Pansy já na porta me esperando, procurei algum relógio em uma parede, já haviam se passado 15 minutos, eu já estava ali a esse tempo todo, talvez o tempo passe aqui de forma diferente.
-Pessoal, muito obrigada pelo convite, eu irei. Mas eu tenho que ir almoçar agora, vejo vocês no domingo-
-Até lá, e não se esqueça de me contar qual foi o seu primeiro sabor- George disse sorrindo e eu o acompanhei. Logo depois Angelina também sorriu e disse:
-Vamos. Eu te acompanho até a porta-
-Ótimo, até George- Começamos a andar, quando nós afastamos um pouco do George, a Sra Weasley ao meu lado, começou a falar
-Você pode levar alguém, você não deve ter conhecido só a gente-
-Eu conheci apenas uma mulher, acho que mais para frente vou poder considerá-la uma amiga-
-Então está solteira?-
-Sim, estou. Mas isso é a menor das minhas preocupações nesse momento-
-É claro. Mas ouça Camélia, não conte que está solteira para a minha sogra domingo, se não ela irá querer te empurrar o meu único cunhado solteiro que vira- sorri abertamente com aquele comentário, ela estava falando o Charlie, meu papel de parede do celular por um bom tempo. Agora que me lembrei, como eu pude esquecer o meu celular? Como eu estou existindo a quase 2 dias sem ele aqui?
-Fica despreocupada os homem correm quando me conhecem-
-Oh, fica tranquila, o cara certo vai aparecer para você, você me parece ser ótima. Talvez eu deva contar a minha sogra sobre você e me tornar a nora preferida dela por um dia. O meu cunhado, o Charlie, é ótimo, mas eu tenho certeza que ele prefere dragões a pessoas-
-Eu adoro dragões, até Ange- dei um meio abraço nela e sai, a deixando com uma cara confusa que se transformou em um sorriso de satisfação. Um sorriso que afirmava que ela ia falar para a Molly sobre mim. Assim que passei pela porta a Pansy virou para mim e me olhou com uma cara de poucos amigos.
-Você está atrasada, 25 minutos para ser exata-
-Tive um problema no trabalho, me atrasou um pouco-
-Mentira, você estava conversando com os Weasleys ali, quer começar nossa amizade com uma mentira?-
-Eu tive um problema no trabalho, sai do meu departamento as 13 em ponto, até chegar aqui, e como você mesma viu, tive que falar com os meus outros amigos. Mas não foram exclusivamente o motivo do meu atraso-
-Uma resposta adequada de sua parte, vamos- assim terminou nossa conversa e aparatamos em frente ao restaurante. Pansy me puxou para dentro e o lugar era lindo, e tinha uma lareira coberta por flores, era ela que eu ia usar pra chegar de volta ao ministério, assim eu não me atrasaria. Aliás, o teto e as paredes eram cobertos por lavandas, tinha paredes azuis claras e espelhadas, as cadeiras eram brancas com o acento de diferentes cores. Esse lugar transmite uma tranquilidade e paz. Da vontade de ficar a tarde inteira conversando. Todavia, esse lugar não é adorável sozinha, ele me deixaria bem pra baixo se eu tivesse vindo sozinha com eles casais e amigos conversando.
A recepcionista sorriu para a Sra Nott, como se ela fosse uma grande frequentadora desse restaurante e pediu pra que a acompanhássemos até nossa mesa. Pansy havia escolhido uma mesa ótima, ao lado de uma janela grande de vidro com bordas brancas. Seria um almoço com vista para rua, uma boa nesse horário, pois, ele é cheio de pessoas apressadas no horário almoço, uma rua bem movimentada. Mas não sei se estávamos em Londres ainda, complicado saber, eu nunca estive em quase nenhum lugar lá. Assim que sentamos uma garçonete veio e já levou nosso pedido para ser preparado, pedi o mesmo que a minha nova amiga, uma salada de folhas para a entrada e frango ao molho de whisky de fogo para o prato principal. Confesso que estou um pouco ansiosa para provar. Pedimos também uma taça de vinho branco, que foi recomenda pela garçonete.
Os mementos dessa refeição estão sendo supreendentemente agradáveis. Conversas sobre as nossas adolescências, Pansy excluiu a parte de perigos e a guerra eminente do papo, o que deixou divertido e descontraído. Falamos de garotos, ex namorados, gostos por moda e terminamos o frango com ela falando sobre o casamento dela e como o marido era um pouco ausente por causa de suas diversas viagem a negócios para os Estados Unidos, pelo que pude entender as pessoas aqui não queriam fazer negócios com um filho de um comensal, mas não tínhamos intimidade o bastante para que ela confessasse isso. Pedimos um soverte de sobremesa, dessa vez eu pedi diferente de minha nova amiga. Ela comeu de chocolate com menta, um sabor que eu particularmente acho horrível, até rimos quando eu falei que ela tinha mal gosto para sorvetes, no entanto, ela riu do meu gosto comum quando o meu de coco queimado. Terminamos o almoço de forma ótima, eu não imaginei que tínhamos gostos e desilusões amorosas semelhantes. Sra Nott, disse que o mínimo que o marido dela podia fazer por ela era pagar a conta do almoço, o que nós rendeu mais risos. Caminhamos até a lareira para que ambas voltassem aos seus devidos compromissos. O que era ótimo, já eram 15:30, não vimos a hora passar, o que certamente significava que a conversa havia sido boa.
-Aqui, tome- ela me deu seu endereço para que eu pudesse mandar uma coruja para mandarmos o papo em dia
-O que você fará amanhã?-
-Marquei de ajudar uma amiga a comprar sapatos, mas a noite nada-
-Isso é ótimo. Posso me juntar a vocês? Eu tenho que comprar umas roupas de festa e um presente pra as bodas de um casal-
-É claro que pode, minha amiga Daphne não ira se importar, e isso pode tornar vocês amigas também, o que será ótimo-
-Te vejo amanhã em frente ao Gringotes as 15?-
-Tudo bem, até- Com essa despedida, entrei na lareira e disse
-Ministério da magia- Passei pela lareira e andei um pouco rápido até as grades douradas até o elevador, estava vazio, não havia ninguém o esperando aquilo era ótimo. Cheguei em meu andar o mais rápido que o elevador permitiu, não havia outro lugar para que eu esperasse a não ser q entrada do departamento de mistérios. A recepcionista nem mesmo levantou a cabeça e respondeu ao meu “boa tarde”, talvez não fosse costume cumprimentar tantas vezes durante o dia aqui na Inglaterra, mas eu achava que preservam a educação aqui. Não demorou mais de 10 minutos o meu futuro chefe passou pelo elevador e sorriu ao me ver ali, alguns minutos adiantada, talvez 10 apenas, no máximo.
-Siga-me Srta. Albuquerque- e assim eu o segui, passamos pelo corredor sombrio e chegamos a entrada para a sala que haviam diversas portas. Será que eu não vou confundir as salas algum dia? Espero que não, seria vergonhoso entrar em uma sala que não fosse a que eu estou trabalhando. Chegamos a sala e o meu nervosismo foi crescendo, era a parte final, vai determinar se eu vou ter um emprego. Vão ser feitiços difíceis, feitiços que eu nunca fiz, talvez nunca faça.
-Gostaria de começar logo?-
-Sim senhor, nem irei sentar-
-Comecemos com um tranquilo, para testar a sua capacidade de fazer feitiços não verbais, utilize o feitiço confringo, pode ser nesta cadeira- concentração, respira e pose de super herói para dar confiança. Fechei meus olhos, coloquei meu braços com os punhos fechados na cintura e respirei o mais fundo que eu consegui, abri meus olhos exóticos, olhei bem para a cadeira e pensei “confringo”, nada não aconteceu nada, pronto eu não vou passar.
-Tente mais uma vez, mas se resolver tentar não haverá mais nenhuma tentativa, o próximo feitiço terá que ser executado perfeitamente, pois, você não era outra chance-
-Vou tentar outra vez, senhor- olhei para a cadeira e respirei fundo, “confringo” e chamas apareceram na cadeira, não eram tão fortes como talvez o incêndio fosse. Mas para mim aquilo estava ótimo, na verdade estava incrível. Com aquele feitiço dando certo eu estava agora confiante, se eu consegui fazer um feitiço não verbal o próximo deve ser moleza, a menos que seja não verbal, é claro.
-O próximo é o feitiço do patrono- fudeu, só conseguia pensar isso, a confiança caiu, era esperado que este fosse um dos feitiços. Mas a esperança era a única que morria. Eu não devo ter memórias felizes suficientemente fortes para executar. Talvez a lembrança de estar aqui faça um efeito nisso. Pensamentos felizes. Meus pai sorrindo, foto da minha mãe grávida, Kelly com os gêmeos no colo quando nasceram, ganhando o box e lendo Harry Potter, o Beco Diagonal, “expecto patronum” e lá estava, um patrono corpóreo tinha saído da minha varinha, não qualquer patrono, uma corsa prateada dava voltas pela sala. Eu havia conseguido de primeira, aquilo era impressionante. Mas o mais impressionante era ser o mesmo da Lily e o do Snape, aquilo era incrível, eu não conseguia parar de sorrir, a corsa desapareceu segundos depois, meu futuro chefe bateu palmas e sorriu para mim. Aquilo poderia e foi interpretado por mim como a minha contratação, acho que quase nada poderia estragar aquele dia. Esse dia está sendo tão bom.
-Está contratada Srta. Albuquerque, vamos conhecer a sua primeira sala, a qual você era comparecer na segunda feira as 8 horas da amanhã e saíra às 17, haverá seu horário de almoço que não será tão longo quando o de hoje, ele será apenas 1 hora, de 13 as 14. Siga-me, quero ir para a minha casa, já passamos do horário de expediente- caminhamos para fora da sala e entramos na primeira porta ao lado da dele, não faço a menor ideia de como eu irei me locomover na segunda para achar está porta, porquê certamente a sala vai ter girado.
Meu agora chefe, se posicionou em frente à porta e ela abriu revelando para mim o Hall das profecias. Não havia mais o outro funcionário, meu chefe explicou que esta sala é a única que há trocas de turno, o que pode ser um desafio, minha rotina de sono estava bem regular, o funcionário do dia deve ter ido e o da noite deve estar chegando, eu terei que intercalar os meus dias caso eu permaneça nesta subdivisão, o que com certeza não irei ficar.
Ele explicou como funcionava a organização e disse que o responsável da dia irá me passar na segunda outra vez que eu não precisaria me preocupar, explicou também que como era possível a retirada de uma profecia. Então disse que era o fim por hoje é que eu havia me saído bem, é que eu poderia ir embora, ele demoraria um pouco mais para ir, pois ia escrever o relatório do dia e da minha contratação ao ministro. Então segui para saída, indo para a fora da sala circular que agora não me deixava mais tonta, passei mais uma vez pelo corredor com o fogo azul e percebi que a recepcionista não estava mais lá. Dessa forma, não teria que me despedi, entrei no elevador que subiu, não iria parar no hall de entrada, ia subir até qualquer outro andar para buscar uma outra pessoa que faz horas extras. Resolvi pegar a carta da minha suposta madrinha para ler e entender o porquê de ela não ter me esperado para vir para o ministério.
“Querida Camélia,
Olá, bem vinda ao lar. Para que você não se esqueça, Rua Goldington N° 43, lá é um lugar para quem quer se esconder perto de tudo. Espero que aquele lugar se torne importante pra você como foi pra mim.
Sei que está se perguntando para aonde eu foi, e eu irei lhe dizer, mas eu gostaria de me desculpar por não está com você nestes momentos confusos e novos. Eu fui encontrar um antigo conhecido que tem conhecimentos sobre o tempo e dimensões. Ele irá me ajudar a conseguir ir para a Londres do seu tempo, e assim você não me verá nunca mais.
Todavia, eu a verei, a você de alguns dias atrás, é claro. Não fique em choque com isso, você irá se virar bem aí, tenho certeza que encontrara tudo que sempre quis e viverá sua aventura. Talvez seja um pouco egoista de minha parte te deixar aí e curtir a vida que eu lhe disse.No seu mundo eu serei feliz e amada como não sou a muito tempo. No entanto, você poderá decidir quando chegar a hora, cuidado, depois não haverá mais volta.
Arrisque-se e viva o que sempre sonhou.
Com amor, sua madrinha”
O elevador abriu e eu não se quer olhei para a pessoa que entrou, eu não consigo parar de reler a carta, ela havia me abandonado, eu estava congelada no lugar, totalmente em choque. Eu estava sozinha em um lugar desconhecido e dessa vez não tinha sido a minha escolha, estava em um universo novo, com perigos gigantescos, sem acesso à internet e nem como voltar para a minha casa, espero que algum dia eu consiga sair daqui mesmo que leve cem anos. Eu pensei que tinha encontrado uma saída, uma maneira de voltar a ser feliz, mas eu estava enganada outra vez. Este lugar não é adorável quando esta sozinho. Lágrimas começaram a brotar nos meus olhos. Ela havia quebrado mais um parte de mim, mas você nunca vai embora não é, solidão? Eu não vou chorar, ela não merece que as minhas lágrimas caiam, ela era uma egoista e sabia disso, e mesmo assim escolheu a opção de me deixar desamorada, sem ninguém e quase sem conhecimentos e habilidades.
-Você não vai sair?- uma voz grossa masculina e firme me alertou que já havíamos chego no hall de entrada, balancei a minha cabeça sem tirar os olhos da minha carta, eu não podia deixar que qualquer pessoa me visse naquele estado, respondi para ele
-Sim, obrigada.Tenha um bom final de semana-
-Você tam- não deixei ele terminar e sai correndo para as lareiras, eu preciso de um lugar para me esconder, eu não posso lutar aqui. É uma batalha perdida, não há solução ainda para o meu problema, mas não importa, espero que um dia eu consiga sair daqui.
- Goldington N° 4-
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anacls · 4 years ago
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Olhos Conectados - Capitulo  4: Potential
Agora eu podia olhar com clareza e sem desespero para este lugar tão mágico, ele havia voltado aos seus dias de glória, como o Harry havia descrito antes da guerra, com uma grande fonte dourada no centro do saguão que projetava focos tremeluzentes no soalho e com paredes de madeira lustrosa. Fico feliz que o Ministro Quim Shacklebolt tinha feito uma reforma não só para combater a corrupção e o preconceito, mas trazendo o que ele tinha de beleza também. Todos estavam se dirigindo para as grades douradas no final do saguão, era o lugar pra aonde eu iria, Nível 9, devo admitir que estou um pouco nervosa, está é a talvez q minha única chance de conseguir um bom emprego aqui, fazer algo totalmente ligado a magia, continuei caminhando com fluxo de pessoas até os portões e na entrada do hall já se formavam filas diante as 20 grandes douradas que era o número igual ao de elevadores. As pessoas foram entrando e os elevadores indo e voltando, até que chegou minha vez, rápido demais para ser verdade, rápido demais para que uma pessoa nervosa pode aguentar. O cara atrás de mim coçou a garganta como se dissesse “entra logo que você me atrasará para uma importante reunião”, enfim entrei junto com mais outras 4 pessoas, cada uma apertando seu nível, até que acertei o meu, o homem que não sabe esperar me olhou curioso, eu parei para analisá-lo também, vestia terno bruxo inteiramente sob medida azul cheio de botões com riscas de giz com uma blusa por baixo preta, com certeza foi bem caro, não posso acreditar, o sapato dele era de couro de dragão? Não podia ser, olhei bem pro rosto desse homem e lá estava ele, rosto afinado com uma mandíbula marcada, olhos cinzas, cabelos loiros quase brancos e um sorrisinho de lado para a minha cara chocada dando a entender que eu sabia quem ele era. Draco Malfoy, Draco gostoso Malfoy, ele estava um pouco mais corpulento do que eu me lembrava que o Harry o havia descrito em Enigma do príncipe, no entanto ainda bem magro. Você tem potencial, Draquinho. Se a Kelly estivesse aqui, ela agarraria esse homem e nunca mais soltaria, ela é do time que diz que ele não teve escolha, um time que sempre fiz questão de não ser, sempre tivemos brigas sobre ele e como eu poderia defender o Severo e passar diversos panos, logo depois virar a cara e criticar o agora Sr Malfoy, eu na verdade diria que não me encaixava em nenhum dos dois times, eu não era do time que teve escolha e nem do time que não teve escolha, por mais que eu tombasse sempre pra que teve sim escolha, eu não podia deixar passar as coisas que ele disse, era uma decisão complicada e Draco certamente era complicado e nós tínhamos apenas as visões do Harry, inimizades e a pequena rixa, pra mim era difícil decidir. Alguns segundos ou quase um minuto depois, algumas pessoas sairam e a minha cara de choque se transformou em uma cara “af é você”, e o sorrisinho meio cafajeste dele morreu e agora parando no quinto nível, aquele era o nível Cooperação Internacional em Magia, que tipos de negócios será que ele tem pelo mundo? Tão intrigante. Assim ele saiu mas antes dele desaparecer e o elevador voltar a andar, eu fiz uma coisa que a diabinha Kelly mandaria eu fazer, assim que ele passou pela porta do elevador eu sorri pra ele e piquei o meu olho esquerdo e o rosto dele é que ficou em choque daquela vez. Eu tenho certeza que aquilo o deixou bem confuso, todavia, as portas se fecharam antes de ele a abrir a boca para falar algo. Dessa forma, o elevador começou a descer outra vez, e foi quando eu percebi que só havia eu naquele elevador agora, e assim ele parou e eu sai. Ele era bem diferente do nível 5 que o Draco desceu, a entrada dele havia apenas uma mesa que já tinha uma mulher sentada, ela tinha os cabelos presos em um coque bem feito, vestia uma roupa verde escura, enquanto escrevia algo em um pergaminho. Com isso, eu olhei pra aquele lugar, nele não havia janelas nem portas apenas paredes pretas com azulejos grandes e um grande corredor escuro com apenas uma porta preta e com luzes fornecidas por tochas que brilhavam um azul embranquecido não o comum laranja avermelhado do fogo. Andei um pouco e me aproximei da mesa onde a mulher ficava e ela levantou seu rosto arredondado finalmente olhando para mim e disse
-Nome-
-Camélia Albuquerque, estou aqui pra a minha entrevista-
-Me siga- e então ela levantou se mostrando mais alta que eu mesmo com meus saltinhos, ela andava rápido e eu apertava os meus passos pela aquele corredor sombrio para poder acompanhar a mulher corpulenta, até o fim do corredor. Quando atravessamos a porta eu vi uma sala circular com 12 portas sem nenhum puxador, ela também tinha um piso de mármore negro que dava impressão que era uma água parada. Eu me sentir um pouco desorientada então apenas seguir a mulher de roupa diferente para a primeira porta à direita. Assim que entramos eu dei de cara com um escritório bem arrumado e cheio de estantes de livros com um homem com vestes negras sentado em sua cadeira apoiado em uma grande mesa com muitos pergaminhos encima, lendo algo o que me parecia ser o Profeta diário. A mulher ao meu lado se pronunciou com convicção.
-Com licença, senhor Gamp, Camelia Albuquerque está aqui pra a entrevista de estágio- então ela se virou e andou até a porta e disse -Gostaria de voltar para o Hall de entrada- Por conseguinte, a porta se abriu possibilitando a saída dela, então eu me virei pra frente e encarei o homem.
-Bom dia, sente-se, Srta. Albuquerque- e assim sentei tão rápido que ele me olhou com descrença, com certeza se perguntando como eu sentei naquela velocidade. Eu comecei a bater minha unha no braço da cadeira de madeira, uma mania horrível de nervosismo que eu tinha.
-Bom dia, senhor-
-Irei direto ao ponto Srta. Neste departamento temos algumas áreas bem diferentes entre si, eu gostaria de saber os seus conhecimentos básicos sobre algumas e após a meu aval, passaremos para a segunda etapa, a demonstração de dois feitiços difíceis. Se forem executados corretamente, você terá a entrada em meu departamento, entendeu-
-Sim senhor, compreendo-
-Depois da conclusão destes destes e aprovação dos mesmos, você será dividira seu tempo em duas semanas para cada área. No final de suas participações, haverá um teste sobre a área escolhida para o trabalho. No final deste longo processo, a Srta manterá um emprego permanente aqui e subirá na hierarquia aqui. Devo acrescentar, tudo aqui é estritamente sigiloso, caso quebre o sigilo, dependendo da gravidade, ganhará uma chave de portal só de ida para Azkaban. Aceita prosseguir no processo?-
Minha respiração estava presa, eu não tinha percebido até agora, aquele discurso tinha me deixado nervosa, eu sabia que era tudo segredo, mas nunca imaginei que algo vazado poderia mandar alguém pra Askaban. Será que eu escolhi o departamento certo? Não dá mais tempo de desistir.
-Aceito senhor, pode começar com as perguntas-
-Muito bem. Comecemos com uma fácil, Quem pode retirar profecias do Hall?
-Aqueles que a profecia se refere ou o bruxo responsável-
Não está parecendo algo completamente complicado, talvez eu me de bem neste deste, ele pode ser fácil como os testes do Buzzfed.
-Próxima, quanto tempo era permitido voltar no tempo? E o que acontece se não o respeitasse?
-Cinco horas. A pessoa envelhece o tempo que voltou quando retorna ao presente-
-Muito bem, por que a poção do amor é perigosa?-
-Ela leva a pessoa que ingere a uma paixão obsessiva-
-O que aconteceria se a terra parasse de girar?
-Não teríamos distinção dos dias das noites?- acho que já está começando a ficar um pouco mais difícil essas perguntinhas.
-Isso foi uma resposta ou uma pergunta Srta. Albuquerque?
-Uma resposta, senhor-
-Compreendo, vamos para a próxima. O que é consciência?-
-O que utilizamos para distinguir o que é real ou não-
-Está resposta é um tanto quanto vaga, no entanto, vamos para a próxima pergunta. É possível quebrar uma maldição sanguínea?-
-Não, no entanto, a maldição pode pular alguns decendentes-
-Qual a primeira coisa a ser feita para solucionar um crime?-
-Inspecionar o local para encontrar alguma pista e os rastros de magias usadas-
-O que pode me dizer sobre Necromancia?-
-É uma arte das trevas para ressuscitar alguém, todavia, ela é reconhecida por ser um ramo da magia que nunca funcionou-
-Ótimo, está foi a última pergunta. Devo lhe dar os parabéns, algumas respostas foram bem precisas e sucintas. Porém, algumas foram um pouco vagas, mas compreendo que pode ter sido o nervosismo e a presa para responder. Dessa forma, você passou nesta primeira rodada.-
-Muito obrigada, senhor. Me esforçarei mais para que não volte a se repetir- era óbvio que algumas foram vagas, não sabia como responder direito, eu não sou Hermione Granger. Mas me sinto aliviada por passar nessa primeira fase. Meu futuro chefe olhou o relógio e respondeu.
-Espero que sim. São13 horas, está na hora do almoço e eu tenho uma reunião logo após. Então pode demorar no seu horário de almoço, volte as 16 horas para a demonstração de feitiços, e terminaremos o dia-
-Sim, senhor. Bom almoço-
Ele apenas acenou com a cabeça e eu andei até a porta e disse o mesmo que a secretaria. Voltei para sala circular e projetei pensamentos que eu precisava chegar ao elevador. E assim a porta abriu e voltei para o corredor com as chamas azuis frias. Eu poderia me acostumar com aquilo, um pouco sombrio e misterioso demais para o meu gosto. Mas estamos no departamento de mistérios, é claro que tem que ser dessa forma. Eu colocaria apenas alguns quadros na parede pra trazer alguma vida. Eu não tenho um relógio, eu deveria comprar um, não tinha percebido como as horas passaram rápido respondendo as perguntas. Pansy já deve estar me esperando. Será que eu poderia usar uma lareira e ir para o beco? Eu não poderia falar errado igual ao Harry, não saberia como me locomover lá ainda. Ainda não sei andar por aqui. Mas como a boa brasileira que sou, bater perna tá no sangue, rapidinho eu vou conhecer esse lugar como a palma da minha mão. Apertei minha nova bolsinha de mão, com um ótimo feitiço espancionista que minha madrinha colocou assim que compramos, lá dentro tinha apenas algumas coisas. Alguns galeões e a carta que eu não tive coragem nem tempo para ler. Cheguei ao hall de entrada e dei um aceno de cabeça para a recepcionista e segui até o elevador. Foi até que rápido chegar ao hall do ministério. Um pouco mais vazio que no começo do dia, mas ainda com um fluxo relativamente grande. Segui para a primeira lareira que vi e entrei.
-Gemialidades Weasley-
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anacls · 4 years ago
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Olhos Conectados - Capitulo 3: Still
Andar no beco é algo que eu nunca vou esquecer, irei lembrar de cada visita, cada mínimo detalhe que eu vi. Pelo que parecia já passava da hora do almoço, o beco diagonal estava mais vazio do que da primeira vez que eu vim, não deveria ter passado nem uma hora que eu tive aqui. Susie está caminhando tranquilamente. Como? Como ela não consegue perceber a loucura que é tudo isso? Como ela teve visões de toda a minha vida? E o que ela quis dizer sobre eu ser amiga da ex-Parkinson, tá ok, é claro que se eu tivesse estudado em Hogwarts, talvez nós fôssemos conhecidas, mas só seríamos se eu tivesse entrado no ano que ela entrou, porque eu tenho certeza que mesmo que eu fosse escolhida ou escolhesse a sonserina como minha casa, ela já tinha o grupinho dela fechado, talvez eu andasse com a Daphne. Por mais que eu ame a minha casa, eu não interferiria na decisão do chapéu, acho que eu iria pra qualquer uma que ele quisesse me colocar.
-Acho que você deveria parar de ficar no mundo da lua e pensar no que vamos comprar após comprarmos sua varinha- disse a mulher ao lado com muita ironia na voz. Essa mulher quase não lembrava a senhorinha que eu conheci.
-Estou apenas tentando guardar este lugar na minha mente- eu então respirei fundo assim que ela parou, estávamos paradas em frente a Olivaras. O que nos diríamos a ele? Eu certamente não poderia dizer que está era minha primeira varinha, como vamos fazer isso?
-Bom tarde, em que posso ajudar essas duas mulheres hoje?- era de imaginar que eu veria um Olivaras bem mais velho e bem mais acabado, a guerra mudou muitas pessoas, mesmo ele parecendo simpático e com uma voz suave, os olhos dele mostravam que ele já estava ficando cansado de atender.
-Bom tarde, é um prazer finalmente conhecê-lo, minha madrinha me contou como foi a experiência dela comprando sua primeira varinha- olhei sorrindo falsamente para a mulher ao meu lado que me deu o mesmo sorriso.
-Fico feliz que eu tenha marcado a vida dela- o senhorzinho deu um sorriso tão gentil que eu poderia me sentir culpada por mentir, eu disse poderia.
-Eu gostaria de comprar uma nova varinha, a minha quebrou na minha chegada a Londres-
-Como era a sua varinha? Ainda a tem? Qual o seu braço de varinha?-
-Sou destra senhor. Não a tenho mais, eu a joguei fora na primeira oportunidade que tive. Ela era a varinha de uma tia minha, que foi me dada quando entrei para a escola, nunca me compreendeu, é isso sempre me deixava triste, e minha vó não queria me comprar uma nova. Então nunca passei pela experiência de comprar como muitos dos meus amigos- eu vi em um filme que mentiras detalhadas convencem mais que uma meia mentira, pela carinha de pena de Olivaras e pela cara de surpresa da minha querida madrinha, eu com certeza os convenci.
-Oh minha jovem, irei fazer o possível para que esta experiência fique para sempre na sua mente, volto em poucos minutos com algumas opções- e o senhorzinho desapereceu atrás de um corredor.
-Uau, não sabia que ué você conseguia atuar tão bem- dei a ela o meu maior sorriso irônico
-Eu tive que improvisar, estou me afundando cada vez mais nas suas teias-
-Aqui minha jovem, trouxe essas três, tenho muita esperança que alguma delas a sirva- lá estavam três lindas varinhas, todas únicas e bem diferentes entre si.
-Gostaria que eu lhe explicasse cada uma delas ou gostaria de experimentar primeiro e depois saber suas origens?-
-eu adoraria experimentar primeiro, para não criar expectativas- a primeira que eu peguei era uma um pouco incomum, eu nunca tinha lido sobre uma varinha marrom esverdeada e essa tinha apenas entalhes circulares no cabo, muito bem esculpida.
-Lumos- e nada aconteceu, olhei triste para o Senhor Olivaras que apenas me olhou com um sorriso encorajador entrando dizia
-Está que você acabou de experimentar, é feita de Loureiro com núcleo de pena de fênix, flexível. Vamos experimente outra- Agora peguei creio eu a mais delicada e bonita das três, ela era branca bem mais fina que a anterior e tem uma linha em dourado da ponta ao cabo
-Lumos- dessa vez houve apenas o começo de algo, pude apenas vê algumas faíscas bem fraquinhas saindo de sua ponta, dessa vez o rosto de Olivaras estava um pouco decepcionado, creio que está era sua principal escolha para mim, mas então deu um sorriso.
-Álamo com núcleo de escama de serpente marinha, pouco flexível, experimente a última, caso não sirva, demorarei mais um pouco para procurar a ideal- A última, sempre dizem que a última é a da sorte, espero que está varinha marrom arroxeada, na qual eu diria apenas roxa se me perguntarem, tinha uns entalhes prateados no cabo que lhe davam um glamour e não deixa parecer que está madeira era mais rústica.
-Lumos- FINALMENTE, meu sorriso abriu em conjunto com o de minha suposta madrinha e do dono da loja. Ela parecia uma varinha única.
-Que alegria, está varinha está aqui a muito tempo, está aqui a mais tempo que eu, ela é feita de Pinho com núcleo de veneno de acromântula, nenhum pouco flexível. Esta madeira é conhecida por escolher donos independente e individualistas, que também podem ser vistos como intrigante ou até misteriosos. Varinha de Pinho, é usada para criatividade e não protestam quando é utilizado novos feitiços. Já o seu núcleo é raro, utilizado prlos excêntricos e para feitiços extravagantes. No entanto, há suposições que são utilizados para bruxos amargurados. Uma interessante combinação, suponho que pelo seu sorriso, está varinha lhe fará bem e lhe compreenderá-
-Muito obrigada por esta explicação, não tenho como agradecer esta experiência-
-Quanto lhe devemos, querido Olivaras?- minha querida madrinha estava parecendo agora compressa, o que poderia estar passando na cabeça dela?-
-Sete Galeoes- Susie tirou o dinheiro de sua bolsinha e me puxou para fora, e continuou me arrastando até chegarmos na Talhejusto & Janota, roupas e mais roupas é o que eu vejo, não parece muito diferente de uma lojinha um pouco mais chique, e quem sai de uma cabine? Que eu julgo ser um tipo de provador, Pansy, segunda vez no dia, essa mulher não tem emprego não?
-Mais um encontro hoje é eu posso pedir música- digo com uma cara um pouco mais sarcástica do que o normal, ela e a minha suposta madrinha me olham com seus rostinhos confusos e eu começo a rir disso, algo que não é realmente engraçado, mas com certeza divertido.
-Você está rindo de que?- Sra. Nott parece um pouco irritada e minha madrinha apenas sai de cena e vai conversar com uma atendente, provavelmente sobre as possíveis roupas que iremos comprar.
-Nada querida, só estou pensando que eu adoraria ve-la outra vez- ela abre um sorriso, acho que não entendeu minha ironia, tadinha.
-Podemos nos encontrar amanhã na hora do almoço? Conheço um restaurante ótimo, que pelo visto você não deve conhecer, fique tranquila, eu pagarei a conta- com um sorrisinho debochado e me faz querer entrar no jogo, não faria mal comer de graça né, talvez até uma nova amiga eu posso fazer, como deve ser a vida dela pós guerra? Não deve ter muitos aliados muito menos amigos.
-Adoraria, me encontre na porta da Gemialidades Weasley- ela fez uma fez uma careta de nojo? Não é possível, devo estar imaginando coisas.
-Ate amanhã as 13 horas, não se atrase- apenas sorrio e aceno com a cabeça, se eu abrir a boca talvez eu fale algumas gracinhas, então depois do meu aceno ela se vira e vai até a funcionária que Susie conversa, Pansy é bem mais alta que a mulher, que deve ser apenas um pouco mais baixa que eu em meus 1,60.
Depois de Susie escolher diversas peças de roupa, eu certamente poderia ir a qualquer lugar, eu havia ganhado de roupas super formais a novos pijamas, tenho certeza que ela gastou bastante aqui, mas me diz toda hora que eu não devo me preocupar com dinheiro, e me leva para comprarmos livros, preciso entender com o que e como eu vou começar aqui, qual departamento eu entrei? Não quero um departamento que tenha diversos conhecidos, como a seção dos aurores, muito menos um que possa ser chato como o departamento de acidentes e catástrofes. Talvez eu me de bem no departamento de transporte, não deve ter muitas coisas novas, apenas criar chaves de portal, flu e talvez supervisionar as crianças no aprendizado da aparatação, né? Mas eu não sei aparatar, que piada eu seria pra esse departamento. Acho que o mais divertido e a minha cara aqui, seria o de mistérios, original não? Eu só posso rir com essa ironia.
Depois de comprarmos livros sobre o ministério, livros sobre o meu futuro departamento, alguns sobre maldições, tempo, quiromancia e todas as outras mancias que nunca tinha ouvido falar. Chegamos, depois de uma aparaçao, da minha primeira, estou orgulhosa por não vomitar, seria pior ainda depois de um dia um pouco cansativo de caminhada e compras e a minha entrada em um mundo parcialmente desconhecido. A casa dessa maluca não poderia ser diferente, cheio de plantas, mandalas, puffs, bolas de cristal e multicolorida. Eu vou odiar morar aqui, eu tenho certeza. Mais certeza ainda que eu precisarei entrar um lugar com mais a minha cara em breve, não aguentarei olhar pra tantos tapetes felpudos o tempo que eu continuar nesse universo. Depois de xingar mentalidade esse apartamento em algum bairro que eu não perguntei o nome, ela me olha esperando que eu tenha alguma reação ao analisar o seu lar, eu apenas sorrio de leve sem mostrar os dentes e aceno com a cabeça. Ela se deu por satisfeita com a minha reação, eu acho.
-Querida, irei escrever a cara para o ministro, avisando o departamento que você ira ingressar, ele deve querer uma entrevista logo após o almoço, você não precisa se preocupar muito, apenas tente ler um dos livros que compramos por garantia-
Pronto, não se preocupar? Como? Eu tenho que me preocupar, se eu não for bem amanhã, eu obviamente não terei um emprego e não terei como viver como alguém comum aqui. E eu não poderia gastar o dinheiro do cofre dessa com coisas supérfluas que com certeza vou comprar. É claro que eu vou gastar muito dinheiro na loja dos gêmeos. E não seria justo usar o dinheiro dela para isso.
-Pela sua cara você já está preocupada, coisa que só irá te deixar nervosa, nós temos dinheiro o suficiente para até a sua próxima geração não trabalhar, não há necessidade de se colocar tamanha pressão-
-Mas o dinheiro é seu, não meu, eu preciso arranjar esse emprego. Pra no mínimo me integrar nesse mundo-
-Camélia, vai tomar um banho enquanto eu preparo algo para comermos e você ir dormir depois, vá. Primeira porta à direita- não precisa falar duas vezes. Tô precisando de um banho depois de andarmos o dia inteiro, o banheiro da casa não é tão diferente da sala, tapetes chamativos e plantas. Tiro o mais rápido possível as minhas roupas e entro logo no chuveiro deixando a água cair e achando difícil reorganizar minha mente.
Depois de alguns minutos já esfregada e cheirando a esse sabão que parece incenso. Assim que saio do box, vejo uma muda de roupa, parece um pijama com pequenas Camelias, isso foi extremamente fofo que me fez abrir um sorriso gigante, eu não me lembro de termos comprado, talvez ela quisesse fazer uma surpresa. Depois de vestida e com os cabelos penteados, ando direto para a sala a procura de uma passagem para a cozinha, e lá está Susie olhando pra mim sorrindo, mas esse sorriso é diferente, ele parece um pouco culpado, ela está escondendo mais alguma coisa de mim?
-Coma, querida, antes que esfrie- ela nem me espera para sentar e já começa a comer. Sento em uma cadeira vermelha na pequena mesa com uma toalha de mesa com mais plantinhas desenhadas, acho que alguém aqui era fascinada por herbologia, macarrão com almôndegas, me parece uma comida bem trouxa para o meu primeiro dia no mundo bruxo. Um jantar assombrosamente silencioso, ela não parecia querer conversar e eu só queria perguntar o que ela pode estar escondendo.
-Querida, vou me deitar, já deixei um despertador para você em seu quarto, ele é o da segunda porta à direita, lá já estão todas as suas roupas e seus livros. Tenha uma boa noite, querida-
Término de comer e começo a pensar no feitiço que lava louças, ele não deve ser difícil, mas não consigo lembrar, meus pensamentos só estão em como vou participar da entrevista, na roupa que irei usar e em como eu posso ler pelo menos um livro hoje a noite. Lavo a louça de modo trouxa e vou para o meu novo quarto. Ele é diferente do restante do apartamento, não há nenhuma cor, todo cinza, móveis, paredes, até o único quadro que tem é cinza e branco. Talvez ela deixou assim pra que eu possa decorar do meu jeito, deixar com a minha cara. Mas acho que por enquanto vai ficar assim. Talvez fique assim até eu me mudar ou voltar para minha realidade.
Peguei o livro sobre maldições e comecei a ler, parecia que aquilo nasceu pra mim, enigmas e soluções para quebrar-las. Quando cheguei a última página do livro, a luz do sol começou a passar pela janela de moldura cinza indicando que já está de manhã, eu passei a noite lendo. Eu não iria dormir também, mas pelo menos eu poderia ter ficado deitadinha descansando, não sentada no chão lendo. Todavia, valeu a pena pelo menos eu posso falar que tenho um conhecimento maior sobre como quebrar maldições. Olho pro relógio que Susie colocou para despertar, já é hora de levantar, escovar os dentes e escolher alguma roupa pra entrevista.
Ali estava eu, pronta, com um saltinho, uma calça social preta e uma blusa azul, sentada no sofá com uma manta de mandala, esperando a Susie para irmos juntas para o ministério, e nada dela aparecer. Não posso esperar mais, decido procurá-la, andando pelo corredor vejo a outra única porta que não entrei, o quarto dela. Dei três batidas e esperei, nada dela responder, talvez esteja dormindo. Obro a maçaneta e o quarto está arrumado, ninguém na cama colorida, ninguém na mesinha perto da janela com cortinas com flores. Pra onde ela poderia ter ido essa hora da manhã? Ando até a comida ao lado da cama e lá está. Uma carta, UMA CARTA, ela me deixou uma carta. Um envelope pardo, escrito no verso, “Honestidade significa dizer a verdade“, aquele não poderia ser um bom sinal, se fosse um bilhete, sem aquela frase maluca, apenas avisando que só saiu mais cedo e que eu tivesse um bom dia, talvez teria deixado na sala, na cozinha, em qualquer lugar menos no quarto dela. Não tô preparada para ler isso, coloco a carta no bolso da minha calça e vou para a entrevista, se não irei chegar atrasada. Vou direto para a lareira, acho que a lareira deveria ficar na sala, não no quarto dela. Pego o pó de flu e entro dentro dela.
-Ministério da magia-
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anacls · 4 years ago
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Olhos Conectados - Capitulo 2: Broken Home
Tentei abrir meus olhos, mas eu não conseguia, luzes fortes pareciam estar encima de mim, estou ouvindo pessoas falando coisas que eu não sabia distinguir. Como tantas vozes estão na minha sala? Será que eu estou aqui a muito tempo que precisaram arrombar a porta para me tirar? Achei uma solução, colocar minha pequenas mãos próxima ao meus olhos para eu finalmente abri-los. E uma voz preocupada eu pude ouvir com clareza
-oi, você está bem? Podemos pedir para te levarem ao St.Mungus, porém eu não acho necessário, acho que apenas teve dificuldade na sua chave de portal-
Chave de portal? Isso é uma loucura eu não posso estar presa entre sonhos e pesadelos, eu não posso estar aqui de verdade, eu tenho um emprego, amigos. Minha cabeça está a mil não consigo entender como estou aqui, talvez não passe de um sonho, vou fechar os olhos outra vez e tentar acordar. Agora dessa vez quando abro meus olhos não há tantas vozes ou a luz forte, apenas umas poucas pessoas, mas a que está do meu lado me parece familiar. Obviamente, eu reconheceria aquele nariz e a aquele cabelo mesmo que eu nunca a tivesse visto. Hermione Jean Granger estava ajoelhada no chão ao meu lado, isso não é possível. A melhor coisa que eu posso fazer é levantar do chão, então tento me sentar e levantar com ajuda da Hermione, finalmente de pé, agradeci a preocupação de todos mas sem tirar os olhos da senhorita Granger, como eu poderia? Eu estava diante da minha personagem favorita e ela estava PREOCUPADA comigo.
-venha para minha sala, para que você beba uma água e sente em um lugar calmo-
Eu não conseguia falar, apenas abri minha boca mas não saia nenhuma palavra de concordância, com isso, só concordei com q cabeça depois de um tempo com aqueles olhos castanhos me olhando, então seguimos para um dos elevadores, uma ao lado da outra, subimos até um andar que não reparei, ainda assim eu sabia para onde estávamos indo, estávamos indo pra o departamento para regulamentação e controle das criaturas mágicas ou execução das leis da magia. Isso determinaria uma linha do tempo melhor, ela parecia jovem demais para ser a ministra da magia, ela devia ter no máximo 25 anos. Mas eu precisa saber em que ano estávamos.
-que dia é hoje?-
-quinta feira, dia 17 de junlho, sua chave deve ter demorado apenas algumas horas, não se preocupe-
-de que ano senhorita?-
-estamos em 2003. Por que a pergunta? Não sabe em que ano estamos? Você está com dor de cabeça? E aliás, sou Granger, Hermione Granger, e como você se chama?-
-Camélia Albuquerque, é uma honra conhecê-la-
-então você sabe quem eu sou, vejo que já recobrando sua memória- respondeu com uma voz firme e um pouco mandona
-sim, eu sei quem você é, como eu não saberia? Mas eu sei como eu vim parar aqui, eu estava em Londres no meu apartamento e de repente eu apareci aqui-
-certamente pegou uma chave de portal, que não sabia que tinha-
Então mais o que eu poderia falar pra ela sem ela me achar completamente louca? Eu odiaria ser internada no St.Mungus ao invés de poder conhecer esse mundo incrível, já sei.
-você conhece uma senhora chamada Susie B alguma coisa, ela sempre anda de vestido longos e salto, tem olhos bem pretos?-
“Sempre usa”, sou uma piadista, eu mal conheço aquela mulher
-Susie Booth?-
-Isso, essa mesma-
-Não a conheço, acho o trabalho dela um tanto confuso-
Aquilo não era possível, com Hermione acha o trabalho dela confuso? Qual a confusão de ser dona de uma livraria? Acho que ela percebeu a confusão no meu rosto e logo falou
-ela trabalha lendo a palma das mãos no beco diagonal, você não aconteceu trabalhando lá?-
-não, quando eu a conheci, ela era dona de uma livraria-
-isso é estranho, talvez você devesse falar com ela-
-sim, acho melhor, não será necessário nem irmos a sua sala, agradeço sua ajuda, espero muito vê-la novamente, até- é assim eu saí do elevador em um andar que não sabia qual, para esperar outro elevador para que eu possa sair o mais rápido à procura dessa mulher. Dessa forma, eu entrei no outro elevador que apareceu um minuto depois, e fui em direção ao Beco diagonal, a única esperança é achar essa mulher e ela me reconhecer, mas o que eu vou falar? Eu realmente quero voltar pra vida que eu tinha? Eu tenho inteligência arranjar um emprego aqui? Fico andando e andando procurando pela discrição de uma mulher sentada em uma mesa com uma bola de cristal. Ou será loucura? Acho bem provável ela estar dessa maneira. Um pouco mais pra frente bem perto da possível entrada pra Taverna do tranco, estava ela lá, bem mais jovem que a senhorinha, mas ainda parecia a mesma, ela estava atendendo um jovem, deveria ter a mesma idade que eu, talvez um pouco mais velha, cabelos curtos e bem negros, roupas que pareciam ser bem caras. Não me importo quem seja, eu preciso falar com ela agora.
-Olá, a senhora lembra de mim?-
-Oh, minha querida, finalmente você chegou, não achei que eu conseguiria-
-Agora pode me dizer o motivo de eu estar aqui? E como faço pra voltar?-
-Com licença, você está atrapalhando a minha consulta- respondeu a mulher de cabelos curtos com uma voz que poderia ser descrita como enjoada e cheia de desdém, só pelo fato do rosto dela ter feito uma careta quase imperceptível enquanto me olhava de cima a baixo.
-eu sei que estou, no entanto, o meu assunto é mais urgente que qualquer um que você poderia ter lendo sua mão-
-Como você ousa falar comigo dessa forma? Sabe quem eu sou? Deveria se colocar no seu lugar-
-Senhorita, pouco me importa quem é, eu preciso de Susie AGORA- eu não tinha paciência para aquilo, eu precisa saber exatamente o motivo, como e o que eu faria fazendo ali. Porque certamente tinha um motivo.
-Senhora, Senhora Nott, agora abaixe o seu tom comigo, se não irá se arrepender-
-Nossa, como se esse sobrenome agora fizesse alguma diferença no momento atual, além do que ser visto com repulsa- Olhei pra ela com a minha maior cara desdém e o rosto dela se transformou em raiva
-Eu já paguei pelo servido dessa vidente, eu quero o que eu tenho direito-
-minhas queridas, não precisam brigar, Camélia, por que não dá uma olhada no beco e volta daqui a pouco? Prometo responder todas suas questões.-
E eu fui, mas não antes de olhar com raiva para a Pansy com um sorriso, talvez eu devesse dar um soco naquele sorriso irônico dela, pela vez que ela queria entregar o meu amado Harry. Mas antes de ir pra bem longe dela, a senhora Sooth, disse “vocês vão se tornar ótimas amigas” quando voltou a pegar a mão da Ex-Parkinson, não pude deixar de vê de longe o sorriso irônico dela se desfazendo por completo.
Então eu fui caminhando, com o rosto totalmente hipnotizado, parecendo uma boba, ou melhor uma criança em alguma loja de doces, até que eu vi, eu não acreditei, a loja dos gêmeos, não podia ser, eu precisa chegar mais perto, eu precisava entrar, ver as pegadinhas lá, mesmo eu não tendo nenhum Galeão pra poder comprar qualquer coisa. Só olhar e talvez conseguir olhar pra cara do George, será que o Ron já está trabalhando lá? como eu estava curiosa, então andei mais de pressa e quase corri para atravessar aquela porta, aquilo era bem mais bonito mas tão parecido com o parque de Orlando, mesmo eu nunca tendo estado lá eu o conhecia tão bem, obrigada vlogs no YouTube. Então eu o vi, de roupa esporte fino, George, abri o meu maior sorriso e ele veio caminhando em minha direção com um sorriso de lado.
-em que posso ajudar está bela dama com os olhos mais bonitos que já vi?-
-estou apenas olhando, é a minha primeira vez aqui-
-eu percebo, eu nunca esqueceria estes olhos-
-ei, eu estou ouvindo George- gritou voz de mulher um pouco raivosa
-desculpe, na verdade você tem os segundos olhos mais bonitos, os primeiros são da minha esposa Angelina- Então estava tudo parecendo conforme a realidade lá, Roxanne com certeza já havia nascido. Será que mais quem já casou?
-olá, realmente, seus olhos são lindos, são roxos? Sou Angelina, é um prazer conhecê-la. Minha filha irá adorar o nome dela é Roxanne, ela adora tudo que é roxo, irá amar você- e sorriu também, e é claro que eu sorri de volta, aquele dia está tão bom, eu sorri praticamente o dia inteiro, será que valeria a pena eu voltar pra minha realidade? Foco, eu tenho que voltar e conversar com aquela vidente maluca. Ainda sorrindo eu disse:
-muito obrigada, por esse ótimo atendimento, eu preciso resolver umas coisas, mas podem ter certeza que voltarei e gastarei muito dinheiro aqui. E o prazer é todo meu, meu nome é Camélia- então eles se abraçaram de lado e disseram que adorariam que eu voltasse a loja e eu estava lá caminhando até chegar a porta, quando vi prestes a passar pela porta outro ruivo estava entrando, certamente Ronald, então eu olhei pra ele e sorri ele sorriu de volta e então eu saí q busca pela Susie outra vez.
Dessa vez, ela estava sozinha sentada em sua cadeira, esperando por mim, obviamente.
-Olá querida, como foi o passeio? Gostou de algo que viu?-
-a senhora sabe claramente que gostei de tudo, então vamos cortar esse papo furado e me explique os motivos de eu estar aqui e como eu poderia voltar para a minha realidade-
-oh querida, sinto lhe informar que não sei como levá-la de volta, ainda não sei nem como fazer para que eu vá para lá pra começar. Eu preciso achar uma forma de ir, e para que eu consiga lhe vender aquele livro no futuro-
-você não tem a menor ideia de nada?-
-eu tive uma visão no dia do seu nascimento, foi um momento difícil para todos não foi? Mas sua mãe desejou com tanta força que você vivesse tão feliz e apaixonada quando ela era com seu pai, que eu consegui ouvir e vê-los da dimensão que estavam-
-então eu estou aqui para ficar feliz e me apaixonar?-
-não exatamente, querida. Você está aqui para viver, viver uma vida que não chegaria aos pés da vida que você iria viver nem sua dimensão-
-e como eu viveria bem aqui? Eu não tenho nada aqui, lá eu tinha amigos, dinheiro, emprego e um apartamento na cidade dos meus sonhos-
-não engane a si mesma querida, a cidade dos seus sonhos é esta, a Londres bruxa, eu tive visões da sua vida inteira, vi você pedindo diversas vezes para que conseguisse vir para cá, tantas vezes fugindo do seu mundo lendo os livros, tendo horas do seu tempo desperdiçados imaginando como era estar aqui. E agora você pode, e não tem com o que se preocupar.
-como não? Acho que já está virando a louca dos livros que eu conheci-
-aqui você irá se passar por minha afilhada, tudo que é meu, agora será seu, este é o meu objetivo aqui, te encaminhar para a felicidade-
-quer dizer que além de bruxa você agora é uma fada madrinha? Estou em um crossover agora?-
-eu não chego nem perto disso, minha querida, estou fazendo isso por um pouco de egoísmo também, se eu desse a você tudo que eu tenho, eu conseguirei ir para o seu mundo e viver o que eu sempre quis, viver um amor e uma vida tranquila-
-então tecnicamente você está me dando todos os seu poderes e eu te darei meu lugar na minha dimensão? E se eu não quiser? Se eu quiser minha vida ótima outra vez?
-mais uma vez você está se enganando, você não era feliz lá, eu vi e acompanhei tudo, vi você fugindo pra Londres achando que sua vida ia ser como sempre quis, mas mesmo assim não foi não é?- eu não conseguia dizer nada, ela estava certa, de mim não saia nem mesmo a minha espiração, eu estava estática
-querida, fique tranquila, chegará a hora que você poderá escolher, se aqui permanecerá, ou voltará a sua vida sem nada alterado. Mas não se preocupe com isso agora, vamos ao Gringotes, não sou uma bruxa falida que apenas sobrevive de leitura de mãos que você deve pensar- certamente eu pensei que era, agora ela é uma legilemente também? Caminhamos tranquilamente em um silêncio no mínimo desconfortável, dava pra vê o quanto eu não estava à vontade com aquela mulher.
-Olá senhorita, vejo que trouxe a sua afilhada para a troca e o ganho das chaves do cofre- disse um duende carrancudo. Então ela ainda não era senhora ainda, talvez ela tenha se apresentado com o sobrenome de solteira para que eu possa procurá-la aqui.
-Sim, aqui está ela, Camélia Albuquerque, você irá precisar assinar uns papéis querida, para oficializar a transferência- então isso que eu fiz, li por alto alguns dos papéis que assinei e agora eu tinha um cofre no Gringotes, eu poderia dar pulinhos de alegria. Descendo no carrinho para chegar ao cofre que não ficava tão longe da entrada, eu vi quando o duende abriu, ela era bem afortunada, não era rica como os Malfoys, mas não era, como eu posso dizer, como os Weasley’s. Ela possivelmente tinha uma quantia um pouco mais baixa que o Harry, mas mesmo assim era muito dinheiro, eu poderia viver sem trabalhar por um ou duas gerações. Então ela olhou pro meu rosto e disse:
-razoável não é? Mas não se preocupe, já falei com meus contatos e você terá uma vaga no ministério, mandei os seus N.o.m.s e N.i.e.m.s, para a Minerva e ela encaminhou para o ministro, já que o seu caso é especial- Meus exames de magia? Eu ainda não havia feito nenhum, como eu teria?
Então ela chegou mais perto de mim e sussurrou
-são do jogo que você jogava, tenho certeza que teria tirado aquelas notas se estivesse estudado em Hogwarts- Então eu sorri, minhas notas no Hogwarts Mystery, tão boas quanto as da Hermione, então eu poderia escolher qualquer emprego no ministério. Mal reparei que ela havia colocado alguns Galeões em um saquinho que parecia ser de pele de algum animal, era azul e combinava com os saltos dela. Ela sorriu entendendo que eu havia feito aquela conexão. Então saímos do Gringotes em busca de coisas básicas para mim, roupas e obviamente uma varinha.
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anacls · 4 years ago
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Olhos Conectados - Capitulo 1: Text Book
Mais uma vez Kelly estava me ligando hoje, não consigo entender o motivo de tanta insistência em ter que ouvir minha voz, o que ela espera ouvir? Uma voz de chorosa? Isso ela nunca irá ouvir. Pronto, já são 5 toques, é a hora de eu finalmente atender.
- alô, o que quer dessa ve-
Kelly mal me deixa terminar a minha pergunta e já começa a falar igual a uma matraca
- quero saber o que houve no banco, já conseguiu sacar algum dinheiro? Isso é imprescindível, você já está aí a uns 4 dias e não conseguiu. Fez o barraco que eu sei que você é capaz de fazer? Isso me traz tantas lembranças de você brigando por mim naquela loja de roupa-
Ela sempre tinha que ser sentimental e me fazer querer lembrar de momentos que estravamos morando no mesmo continente.
-Isso não tem nada haver com o olhar de desdém da vendedora naquela loja, aqui até que a gerente do banco foi muito gentil até me deram um chocolate chique-
Kelly respondeu depressa mal deixando eu terminar de falar outra vez
-você se deixou vender por um CHOCOLATE? É claro que ela ia tentar te deixar o mais feliz possível, parece que você não viu o juros que a sua conta bancária deve ter rendido-
Respondo logo em seguida
-se você tivesse deixado eu falar, saberia que eu poderei sacar em um ou dois dias úteis, tenho que ter paciência, o banco ai do Brasil que teve a culpa não este aqui, mas o meu cartão já desta funcionando normalmente, até comprei um espelho novo para o apartamento-
Consigo escutar a Kelly bufando do outro lado da linha e começa a falar
-eu ainda acho que você deveria ir até lá e reclamar e pedir para mudar de banco, você precisa do seu dinheiro o mais rápido possível, sei que você odeia ir a bares com cartão-
aah eu sabia, eu deveria ter desconfiado que era esse o intuito dela estar tão interessada pelos meus problemas de banco, ela não irá me deixar em paz até eu falar que transei com o inglês qualquer, isso me deixa com uma raiva tão grande, ela quer que eu seja igual a ela, saia por aí e beije desconhecidos em baladas e bares, porque foi assim que ela conheceu seu charmoso marido, o qual é sua única qualidade, ser bonito. A melhor coisa que ele fez a ela foi dar bebês com uma linda cor de chocolate, espero que os gêmeos puxem a personalidade de Kelly, os olhos um pouco puxados já puxaram, falta todo o resto. Percebi apenas agora que parei de caminhar, e que destino maravilhoso é esse foi que me fez parar em frente a uma livraria que parece ser bem antiga, irei entrar apenas para dar uma olhadinha, afinal, que mal irá fazer.
-Kelly, vou ter que desligar vou tentar em uma loja agora, quando eu voltar para o apartamento eu te mando mensagem, beijos- desliguei o celular sem nem ela responder sei que não pararia de falar por nada, eu não quero ter mais conversar sobre como eu tenho que parar de esperar que o homem dos meu sonho esbarre em mim.
A primeira coisa que eu fiz ao entrar na pequena livraria de esquina, foi espirrar, este lugar está cheio de poeira, e olhando em volta apenas a livros antigos, talvez tenha alguma edição antiga e rara por aqui, será que tem algum que eu queira?
-saúde, minha jovem- respondeu uma voz gentil e feminina, não sei aonde ela está, então devido reponder e chamar-la.
-olá, obrigada. A senhora poderia me dizer aonde está?-
-estou aqui nos fundos, entre! entre!-
Assim Que caminho mais passo por uma prateleira bem mas em poeirada do que todas as outras parece que apenas livros bem surrados nessa prateleira no entanto, parece a única prateleira que está organizada por cores mas não dou atenção suficiente eu vou andando para os fundos.
-olá, sou a senhora Sooth, mas pode chame de Susie, querida, fico me sentindo jovem quando me chamam assim-
falou uma senhora que aparentava ser bem mais velha que minha vó, que devia ter uns 70 anos, mas ela me parece bem mais gentil e amorosa que minha vó, que só vivia de cara fechada , ao contrário dela, esta senhora, Susie, é bem sorridente mas seus olhos pretos me mostram que ela está escondendo algo, um pouco suspeito talvez. E eu sorri, não para a piadinha dela ou seu sorriso de vovó, mas por lembrar do meu pai, que dizia “seu instinto é mais forte que um touro, sempre o siga, Cleópatra” Um apelido um tanto peculiar, mas era apenas pela semelhança dos meu olhos com a atriz que era a personagem, a única outra pessoa que eu já vi a terem olhos violetas, ou como o meu oftalmologista dizia “olhos azul mediterrâneo”, mas violeta é mais fácil de falar.
-olá Susie, sou a Camélia Albuquerque, poderia me recomendar um livro diferente?-
-oh querida, não não-
Meu rosto logo ficou bem confuso, como ela não conseguiria me recomendar nada, iria perder uma venda assim. Creio que ela percebeu a minha cara mudando de maneira brusca de confusão para raiva e logo tratou de falar.
-querida, eu recomendarei um livro que talvez você já conheça, mas eu tenho certeza que não tem, mas o procura a muito tempo, afinal, nesta loja eu faço tudo para agradar meus clientes-
-como a senhora poderia saber o que eu procuro?-
-deixe me pegar para você o livro e verá-
E então eu fiquei la, esperando no máximo dois minutos quando ela voltou com um livro na mão e eu pude reparar o quanto ela era elegante, seu vestido ia até os tornozelos e mesmo com a sua idade e com certeza dificuldade de ficar de pé sem cansar ela usava salto, nem eu que tinha acabado de completar 20 anos usava. Não que eu não usasse salto em ocasiões especiais, ou no trabalho, mas eu sempre irei preferir meus chinelos, acho que é uma mania do povo do meu estado natal, a meu Rio de Janeiro, você é incrível, mas não estou sentindo a menor falta de você ou de suar de manhã. Voltando a me concentrar para rebater e perguntar sobre o livro que ela trouxe, olho para suas mãos que agora estão próximas a mim segurando uma cópia bem surrada e parecida com o livro de poções do príncipe mestiço, aquilo não era possível, eu procurei esse livro para completar a minha coleção de Harry Potter a anos e nunca o encontrava para vender, é aquele era idêntico ao que o Harry usa no filme, pego das mãos dela o mais rápido possível, mesmo que eu prefira livros novos, achar aquele exemplar era uma vitória gigante, não me importava se ele estava bem velhinho ou se tivesse com páginas faltando eu iria levá-lo para o meu apartamento o mais rápido que eu conseguisse.
-eu lhe disse que sabia o que procurava, mas querida vou lhe pedir que não abra agora, pode até dar uma olhada, todavia não o leia agora, espere para ler quando estiver sentada em seu sofá-
-como a senhora sabia?- essa foi a primeira coisa que eu falei em no mínimo cinco minutos calada olhando hipnotizada para o livro.
-vejo sua tatuagem das relíquias da morte com um pomo de outro e também vi um vidrinho de poções no seu calcanhar, e seu que este livro não está mais sendo vendido, achei que seria uma boa leitura, e talvez um belo aprendizado. Afinal, é um livro didático-
Aquilo era no mínimo estranho, ela havia me observado muito em tão pouco tempo na minha presença, mas tudo bem, eu não iria vê-la outra vez mesmo.
-vou levar Susie, obrigada, aceita débito?-
-não aceito cartões querida, eu não sei mexer naquela maquininha-
Meu rosto mudou drasticamente, não era possível que eu não conseguiria aquele livro. Tudo culpa do meu banco por não conseguir sacar a merda do dinheiro.
-a senhora pode guardar-lo? Volto para buscar em dois dias. Sem falta!-
-querida, não se preocupe, pode ficar com ele, considere um presente, é o mino que eu posso fazer por olhar seu olhos lindos, eles passaram até os olhos verdes de um garoto que eu conheci, agora os seus estão em primeiro lugar-
-não posso aceita, senhora. Volto para lhe pagar daqui a poucos dias, este é o seu sustento-
-eu sei que vai tentar, querida. No entanto, não é necessário, ninguém compraria esse livro, está bem antigo e usado, até um pouco rasgado-
-tudo bem, muito obrigada, não sei como agradecer, até logo-
Ela apenas sorriu e fez um gesto de tchau com a mão direita, mas assim que cheguei próximo da porta da loja a escutei dizer “tente o fazer feliz” estava baixo, mas como a loja estava silenciosa eu consegui ouvir, o que aquilo queria dizer? Ela queria que eu fizesse um livro ser feliz? Acho que os olhos dela não estavam escondendo nada, acho que agora eram olhos de louca. Ela devia estar escondendo que tem algum tipo de relação com seus livros um pouco mais que as pessoas normais. Deixarei isso tudo para traz e andarei o mais depressa até o meu apartamento, estava perto, um ou dois quarteirões, espero que nunca pintem as esquinas, pois se não eu nunca mais vou conseguir me localizar aqui, ou talvez com o tempo eu conheça Londres com a palma da minha mão, espero que a segunda opção que se realize.
Alguns minutos se passaram com a melodia de Ol' Man River tocando em minha cabeça sem parar, e finalmente cheguei ao meu apartamento, subindo 3 lances de escada, pois esse prédio não tem elevador, o que na minha opinião é um grande absurdo, mas com esse aluguel um pouco baixo eu não vou reclamar nunca, pelo menos estou fazendo um exercício . Assim que entro em meu pequeno e aconchegante apartamento a primeira coisa que sempre vejo é meu pai parado ao lado do seu carro Thunderbird, um carro que ele sempre quis ter, e finalmente tinha conseguido comprar de um colecionador, demorou tanto tempo para chegar que a doença dele estava se espalhando rápido, e a última foto que eu tirei dele foi essa e a nossa última juntos foi dentro daquele carro, não dirigindo, ele não conseguia fazer, estava fraco demais até pra pisar nos pedais, então apenas ficamos sentados no banco da frente e ouvindo rádio, o sorriso triste dele nunca irá sair da minha cabeça por não poder dirigi-lo, mas ele tinha visto, tinha sentado no bando do carro que sonhou desde criança e aquele foi o melhor presente que eu pude comprar para ele, e ao mercado financeiro eu sou grata. NÃO, NÃO irei chorar agora, não deveria estar pensando nisso, respirei fundo e fui sentar no meu sofá novinho, e abri o livro que estava em minhas mãos e li a primeira frase, estava escrita antes de “este livro pertence ao príncipe mestiço”, e era “seus lindos olhos encontrarão os lindos olhos dele”. E então eu senti um puxão em meu estômago e apaguei.
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