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De Boca em Boca | Festival Silêncio

No dia 3 de Junho, domingo de manhã, alguns membros do ANEXO juntaram-se no largo de S. Paulo, no Cais do Sodré e dinamizaram a atividade Boca em Boca. Esta atividade teve como objetivo apresentar ao público as histórias dos diferentes objetos daqueles que diariamente habitam o cais do Sodré, promovendo assim a transmissão oral entre gerações e dando voz aos que trabalham e residem neste bairro de tradição piscatória.

Nesta atividade, convidámos o público a partilhar a história dos seus objetos, a ouvir e a refletir sobre as diferentes histórias recolhidas. Mostrámos ainda o livro ��O Sabão” de Francis Ponge, o qual nos foi apresentado pelo artista Thierry Simões para que refletíssemos acerca de objetos simples e pensássemos sobre os componentes e as sensações inerentes ao sabão. Em particular, o sabão é um objeto que utilizamos diariamente e que acaba por desaparecer com o uso.

O ambiente ajudou para que a atividade tenha sido bem desempenhada e conseguida, tendo havido uma troca oral de histórias sobre objetos. Quem se interessou pela atividade foi convidado a refletir acerca dos seus próprios objetos que, muitas vezes, permitiam imaginar um lugar. Tal foi o caso de Jesús Rojas, que procurava um local com história para viver e acabou por escolher a Travessa dos Pescadores no Cais do Sodré, uma rua cujo nome recorda a tradição piscatória desse bairro. Essa memória levou Jesus Rojas a decorar a sua casa com quadros que simbolizam e caraterizam diferentes espécies de peixes, acabando por compará-la a um pequeno “aquário”.
Outra residente do Cais do Sodré contou-nos que anda sempre com o mesmo relógio e que, a dada altura, se esqueceu do mesmo numa gaveta da sua casa, pensando que o teria perdido. Foi uma tarde rica, cheia de partilha e conversa…
Várias foram as pessoas que vieram ter connosco, simplesmente para ouvir as diferentes histórias que recolhemos e, depois, partilhar connosco as suas histórias.

A ideia é continuarmos com este pequeno projeto e que permita ao indivíduo pensar e observar para além do simples objeto.
Patrícia Pinheiro Baptista
Fotografia de © Madalena Calado
#festival#silencio#festival silencio#de boca em boca#anexo#objectos#cais do sodre#transmissão oral#historias
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Conversadeiras | Festival Silêncio
Mediante uma proposta do Festival Silêncio, os membros do anexo, em colaboração com o arquiteto Martinho Pita, desenvolveram um conjunto de “conversadeiras” para o Festival Silêncio. Resultaram do projeto duas intervenções “parasitas” no espaço do Cais do Sodré.
As “conversadeiras” foram desenvolvidas como objetos que pudessem desencadear uma interação entre dois leitores e que incentivassem à partilha de histórias, foi ainda pensado como local que possibilita a troca de livros entre os visitantes do festival.

A partir do desafio lançado pela organização do festival, seguindo uma abordagem “low-cost” e com recurso a uma recolha fotográfica de elementos caracterizantes da área do Cais do Sodré, o Anexo convidou o arquiteto Martinho Pita para partilhar connosco o seu método de trabalho. Depois de uma primeira reunião e de algumas visitas ao local, foi possível inferir que o Largo de São Paulo é caracterizado sobretudo por estruturas e pavimentos de pedra e que o Largo Dom Luís é sobretudo marcado por ser um espaço verde. Deste modo, foram projetados dois objetos “parasitas”, intervenções simples e de construção rápida que jogam com as particularidades dos largos. Objetos pensados e desenhados para que quando adicionados a dois elementos já existentes no espaço, através de intervenções simples e de uma construção rápida, pudessem desencadear uma interação flexível que respondesse às necessidades do festival.

No centro do Largo de S. Paulo, a cobertura de relva natural sobre a fonte, já desativada, procura uma interação descontraída e flexível. O objeto parte da vontade de transportar uma parte do jardim da Largo Dom Luís para um largo em que a construção em pedra é dominante.

A intervenção num dos bancos do jardim Dom Luís segue a mesma intenção, tenta transportar um elemento visual do Largo de S. Paulo, colocando a cópia em gesso do perfil dos degraus da fonte central do Largo, em diálogo com um banco existente no jardim.
José Luís Oliveira
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Desde Abril, O ANEXO tem estado a colaborar com o PLANO LISBOA Art Project. É um projecto que decorre até Outubro tendo como ponto de partida a zona do Poço dos negros, onde existirão várias intervenções artísticas entre elas, a dos Espacialistas.
No decorrer do trabalho, temos explorado o espaço que envolve toda a zona do triângulo do Poço dos Negros, munidos do “Kit Espacialista”, constituído por objectos escolhidos por nós (lupa, binóculos, espelho, tinta-da-china preta,etc), que nos tem acompanhado durante a análise e registo fotográfico do espaço. Para estes registos é necessário um olhar atento, essencial na descoberta de situações de espaço privilegiadas.
Em conjunto, temos procurado tirar partido das próprias especificidades do espaço e do que nele encontramos, e tentar “ver” coisas que nos passam despercebidas normalmente, criando ligações e paralelismos com a própria palavra “poço”, e com as três principais formas geométricas presentes no local - círculo(poço), triângulo(zona do projecto) e cubo(calçada). No fundo, procurar situações e eventos à medida que caminhamos pela cidade, podendo mesmo surgir registos de situações imprevisíveis e aleatórias e até mesmo completadas por interacção e/ou presença do nosso próprio corpo no espaço.
Como é possível ver nestes registos fotográficos, as imagens que estamos a criar são exercícios de manipulação/transformação do espaço e são criadas por acções físicas dentro de um certo contexto.
O projecto com Os espacialistas ainda se encontra em desenvolvimento, havendo ainda várias possibilidades de descoberta do que podemos vir a fazer.
Mais novidades em breve!
Natacha Ribeiro e Sofia Murteira
Fotografias by Os Espacialistas e Plano Lisboa
#plano lisboa#os espacialistas#espacialistas#anexo#artistic residencie#residência artística#espaço#poço dos negros#lisboa#art#fotografia
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PROJECTO | De Boca em Boca para o Festival Silêncio
No âmbito do Festival Silêncio, alguns membros do Anexo irão realizar uma actividade para o público no próximo domingo, dia 3 de Julho, entre as 11h e as 16h, no Largo de São Paulo. Esta iniciativa terá como objectivo mostrar os resultados da recolha de histórias curiosas contadas por moradores e comerciantes de uma das zonas mais antigas de Lisboa, o Cais do Sodré.

O projecto, intitulado “De Boca em Boca”, destina-se a promover a transmissão oral de histórias, a estimular o encontro entre pessoas e gerações e a dar voz e corpo a residentes, comerciantes e amantes do Cais do Sodré, incitando-os a reflectir sobre a sua relação com o local. No processo, o grupo encontrou-se com o artista Thierry Simões, que teve um contributo determinante no desenvolvimento do projecto, partilhando com os membros do Anexo algumas perspectivas sobre as potencialidades narrativas dos objectos (e dos não-objectos).
Numa leitura parcial da obra “O Sabão” (1967) de Francis Ponge, pensámos o sabão enquanto (não-)objecto e tema que é definido e descrito até à exaustão e como as coisas banais que nos rodeiam podem ter um forte potencial para despoletar ideias.
Foi então que o objecto se tornou o ponto de partida para as histórias narradas do Cais do Sodré. Na recolha de histórias, um objecto escolhido devia simbolizar o local de alguma forma ou relembrar momentos vividos no Cais do Sodré e podia ser escolhido pela pessoa que contasse a história ou por um dos membros do Anexo.

Se, por vezes, as histórias não surgiam com facilidade, a atenção sobre os objectos atenuava o acanhamento e desencadeava de imediato uma ou até várias histórias. Esses objectos – deixados a um canto da loja e esquecidos na azáfama do quotidiano – accionaram muitas das memórias que o Anexo registou sobre o Cais do Sodré. Noutras ocasiões, os objectos evocados já não eram visíveis ou comercializados, trazendo de novo à luz um passado desconhecido e surpreendente.

Na actividade do próximo dia 3 de Julho, propomos transmitir as histórias recolhidas e objectos associados e convidar o público a descobrir memórias do Cais do Sodré, mas também a partilhar as suas próprias vivências em torno deste lugar. Desta forma, o público poderá ouvir, mas também legar histórias a quem mais por aqui passar. Pretendemos ainda que este projecto tenha continuidade no futuro, através da organização de uma exposição e/ou publicação dedicada às histórias coleccionadas.
Inês Jorge e Joana Barroso
Fotografias de © Inês Galvão Teles
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WORKSHOP | Narrativa Visual
Na linha de espera? Nos coretos do seu bairro? Dias chuvosos na capital? Qual o ponto de partida para a criação?
O quinto workshop do colectivo Anexo ocorreu no dia 26 de Maio e teve como ponto de partida o diário gráfico de Francisco Manuel. Da aguarela à escultura, passando pela cerâmica, Francisco explora diversas técnicas e materiais para transmitir o seu mundo particular. Abrir o caderno é um convite para conhecer esse universo.

Um sujeito estático em pé, apoiado em uma linha horizontal: o desenho é acompanhado pela frase “Pessoas em linha de espera”. O traço sem compromisso com a perfeição figurativa, típico de sketchbooks, engatilhou a ideia da actividade “Narrativa Visual”.
Para cada pessoa presente, foram distribuídas frases de diferentes contextos. Trechos de “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley, poemas de Manoel de Barros, parágrafos da Wikipédia e frases do Facebook foram os pontos de partida para os desenhos. Depois de concluídos, os participantes, sem conhecerem a origem dos textos que os inspiraram, foram convidados a organizar as criações em grupos separados.

Os desenhos de cada grupo continham algum aspecto que os unia - desde o traço, à representação de humanos ou paisagens. Como era de se esperar, houve aqueles que não se enquadravam em nenhum grupo e outros que poderiam pertencer a mais de um. Não havia certo ou errado: o objetivo era vivenciar o diálogo na produção artística e entender como representamos o que imaginamos e como categorizamos essas criações.
Sorteámos um dos textos ilustrados e após a sua leitura foi feita a pergunta: qual dos desenhos na parede representa o que acabámos de ler? Discutimos brevemente fazendo nossas apostas. Foi divertido observar como mais de um desenho pode representar um único texto. Nesse momento de leitura, alguns desenhos ainda sem um completo entendimento foram ganhando significado para o grupo.

No fim da atividade tínhamos na parede um painel com os desenhos e seus respectivos textos, cada um com suas individualidades. Imagens figurativas, minimalistas, abstractas revelavam a diversidade do grupo que participou do workshop. Linhas, superfícies, pontos e espaços vazios faziam mais do que representar uma história - eram pistas para entender como cada pessoa processa e interpreta o mundo ao redor.
Vinícius Ladeira
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MEET | Francisco

O Francisco é um dos membros mais jovens do Anexo.
Apresentou-nos com muito entusiasmo e seriedade o seu percurso e o seu trabalho enquanto artista plástico – desde a cerâmica, ao desenho, à pintura e à aguarela.
Apesar de ser um apaixonado pela cerâmica, estuda arquitectura; o conhecimento e estudo de formas escultóricas gigantes, permite-lhe não só perceber as dinâmicas dos espaços, como trabalhar as duas componentes quer da cerâmica como da arquitectura - em conjunto. As peças vivem no espaço do museu ou da galeria, e o espaço completa-se com a sua presença.
Numa visita de estudo à Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, conheceu o antigo projecto educativo FAZ 15-25 e rapidamente se juntou ao grupo, com o qual desenvolveu uma série de trabalhos e experiências em conjunto com o Museu.
Em 2015 participou no concurso Heritage - International Medallic Project. A peça exposta, uma medalha de cerâmica em cacos, representa a ideia da memória portuguesa que permanece em relação aos descobrimentos. A peça, pintada em tons de azul, remete à azulejaria do século XVIII que é uma das mais fortes identidades visuais portuguesas.
Neste momento o Francisco dedica-se ao curso de arquitectura e desenvolve um projecto de aguarelas onde pinta espaços da cidade de Lisboa onde vive.
Podem ver mais do seu trabalho aqui.
Rita RA
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MEET | Bruno

Bruno é membro do Anexo, estudou Arquitetura com especialização em Urbanismo. Apresentou-nos o seu projeto final de curso falando-nos de como a arquitetura se relaciona com o espaço e com quem o usa.
O seu projeto apresentou uma solução o largo em frente a entrada principal do Palácio da Ajuda, um local marcante na história de Lisboa, atualmente próximo do polo universitário da Ajuda. O largo foi-se convertendo ao longo do tempo em parque de estacionamento e assumindo outros usos “peculiares”, nomeadamente através do uso das árvores como estendais para a roupa.
Para desenvolver o projeto, o Bruno achou importante aliar as necessidades e as dificuldades pré-existentes no local, quer das comunidades residentes, quer dos estudantes universitários do pólo da Ajuda. Para compreender a dinâmica que existia e como um edifício e a sua função poderiam trazer alterações à vivência do local, a pesquisa implicou conversas com a população, inquéritos e observação dos usos do espaço.
A proposta final consistiu num novo edifício que ocupasse a zona, com um edifício que respeitava o local em que se iria inserir, mas o mais relevante seria a sua função: deveria funcionar como apoio ao pólo da Ajuda, com uma área de biblioteca e outras que incentivem a investigação, acrescentando uma mais valia para estudantes, professores e investigadores. Teria ainda espaço para alunos de outros níveis de escolaridade que habitassem próximo daquela zona, já que não existia nenhum outro local. Deste modo, residentes e estudantes poderiam usar o edifício, fomentando uma comunicação entre a comunidade local e estudantes.
O projecto propunha ainda várias zonas e espaços verdes e alguns serviços, como uma cafetaria, relevantes para a convivência e para a promoção do uso do novo edifício, para que a sua missão inicial pudesse ser cumprida, bem como para outras novas missões que pudessem surgir.
Joana Hortas
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CONVERSAS | Anexo
As Conversas são uma série de encontros semanais, onde estão presentes três oradores a quem chamamos “conversadores”, que vêm falar sobre projetos, interesses ou histórias e partilhá-los de uma forma informal e descontraída. O projeto das Conversas, iniciado pela Constança Saraiva e a Mafalda Fernandes, em 2012, passou a partir do dia 9 de março a ser organizado pelo Anexo.
Deixamos aqui um bocadinho do que se passou desde aí.
No ambiente acolhedor de uma loja de pianos na travessa dos fiéis de Deus em Lisboa, o pianista Filipe Raposo conversou connosco. Falou-nos sobre a ligação entre a poesia e a música, entre o compositor e o processo de composição, criando através do som uma narrativa sobre a sua obra. Deu a conhecer a história por de trás daquilo que compõe e os textos em que se baseia, aproximando-nos da forma como nasce uma das suas peças.
Mais informação sobre as Conversas Lisboa. aqui
José Luís Oliveira
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WORKSHOP | Composição
Realizou-se mais um workshop no ANEXO, desta vez, a partir do trabalho da Mariana e da Rita RA o qual dialoga com a colecção de materiais, reutilização, desordem e ordem.

Em cima da mesa foram colocados diversos materiais, tais como pedaços de tecidos, páginas de revistas, recortes, linhas de várias cores, entre os quais cada participante teve de escolher sete elementos. O objectivo seria criar, com os materiais seleccionados, uma composição visual livre, sem restrições estéticas.

O twist estava em passar os elementos que tínhamos escolhido e passá-los para a pessoa ao nosso lado, à qual coube a função de organizar e criar algo que lhe agradasse a partir do que recebeu.
Algum tempo depois, o cronómetro mandou parar e passar novamente a composição que estávamos a criar para o parceiro à esquerda. Ao mesmo tempo que entregávamos a composição, recebíamos uma nova, da pessoa à nossa direita. E assim sucessivamente, até que os sete elementos iniciais voltassem às mãos de quem os tinha escolhido.

Durante o processo de criação, cada um estava livre de fazer o que quisesse com os elementos dos outros. Ora podíamos continuar a composição que estava a ser feita, ora podíamos modificá-la, destruí-la, acrescentar ou retirar coisas conforme o nosso gosto.
No final do workshop, observámos as mudanças que a nossa composição sofreu até ter Regressado ao ponto inicial e reflectimos sobre o produto final como metáfora de nós mesmos, uma composição visual criada em equipa, na qual cada um dos participantes deixou a sua marca e influência.

“Cada vez mais é importante sabermos trabalhar em equipa. Sermos permeáveis a influências exteriores a nós, mais especificamente influências dos outros. De que forma as recebemos?“
Sofia Murteira
#workshop#art#anexo#composition#composição#grupo#recortes#revistas#linha#equipa#tecido#criatividade#creativity#influence#influência
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VISITA | Atelier-Museu Júlio Pomar


Os membros do Anexo tiveram a oportunidade de assistir à montagem da exposição e de conversar com a diretora do Museu, Sara Antónia Matos, que nos recebeu fazendo uma apresentação sobre o conceito do Atelier- Museu Júlio Pomar, o trabalho desenvolvido nesta instituição e a justificação da escolha do projeto de Maria do Mar Fazenda. Falámos sobre o contexto de montagem de uma exposição, todos os cuidados a ter com as obras a serem expostas, a importância do curador e dos artistas no processo. É de facto um trabalho incansável e de muita flexibilidade, e necessário ter em conta que muitos dos aspectos pensados para um projeto curatorial podem não resultar na prática, muitas vezes por condições do espaço, luz, materiais ou dimensões. Nestes casos é preciso arranjar soluções e trabalhar arduamente para contornar os desafios encontrados e concretizar a exposição.
Tivemos também uma conversa com a curadora, Maria do Mar Fazenda que nos falou sobre o espaço do museu e sobre a exposição, que foi escolhida no âmbito do Prémio, tendo em conta a dicotomia de Atelier-Museu / Museu-Atelier, bem como a solidez do trabalho e percurso da curadora.

Maria do Mar Fazenda é uma curadora independente, que atualmente frequenta o doutoramento e questiona o espaço museológico na perspetiva dos artistas. A curadora assume como ponto de partida o espaço no qual intervém: escolheu assim para este projeto artistas que trabalhassem o museu como local que não se limita à exposição das obras, mas que se apresenta também como um espaço que se configura em função das intervenções artísticas.

Tivemos oportunidade de compreender um pouco sobre a escolha dos artistas e trabalhos, sobre a disposição das obras no espaço e os conceitos relacionados com a pesquisa e trabalho da curadora, que vão desde as várias vanguardas, como o suprematismo ou dadaísmo, que desconsideraram o museu para exposição artística, à crítica institucional dos anos 60, onde o museu voltou a ganhar importância no desenvolvimento de projetos artísticos.

Sara Antónia Matos terminou a conversa, concluindo que todas estas questões colocadas pela curadora vão ao encontro do conceito do Atelier-Museu, que tal como o título da exposição indica, pode não ser tão linear quanto nos parece de facto.

Este é um museu que mais que um local de exposição, é um lugar que cria oportunidades e está disposto para colaborar com uma nova geração de produtores, críticos, ensaístas artísticos e culturais, estudantes, no sentido de renovar ideias e expandir o conhecimento.
Mónica Medeiros
Fotografia de Rodrigo Alarcão
#anexo#arquivo 237#curadoria#atelier-museu júlio pomar#exposição#montagem#artistas#julio pomar#atelier#museu#visita#curator#exhibition#art#contemporary art
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MEET | Rita
Rita RA, faz parte do ANEXO. É licenciada em design de comunicação pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Apresentou-nos o seu projecto de ilustração que parte da ideia de colecção e de desordem. Desde cedo que a Rita guarda e acumula imagens de revistas e jornais, recortes que despertam a imaginação para criar personagens através da reutilização desses materiais.

Os personagens que nascem das suas colagens são pessoas com quem se cruza no seu dia-a-dia, conhecidas ou desconhecidas, fruto de encontros, sensações, histórias e vivências curiosas e caricatas. Transformando-as de uma forma muito criativa, a Rita constrói simultaneamente, um registo de memórias ilustradas.
Neste momento, a Rita já conta com mais de 200 divertidas personagens que podem conhecer aqui
Sofia Murteira
#anexo#projecto#ritara#colagem#ilustração#collage#illustration#memórias#colecção#memories#people#personagens#character#histories#histórias
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MEET | Mariana

A Mariana é membro do ANEXO. Vive em Lisboa mas nasceu em Madrid onde estudou design de moda.Na apresentação sobre o seu trabalho falou-nos de Hilando, o seu projecto que consiste em criar novas peças de roupa a partir de pedaços de tecidos e roupas usados.
A Mariana não acredita em modas e quer mudar a forma como as pessoas a vêem,sensibilizando-as para as questões de reutilização.
O que fazer às roupas velhas que já não usamos e muitas vezes deitamos fora? Podemos dá-las à Mariana para que as aproveite, desenhando novos modelos e costurando peças totalmente originais. Há peças únicas para todos as formas e feitios que são vendidas em feiras pontuais website e nas redes sociais - facebook e instagram
A marca Hilando dá uma nova vida às roupas, é descontraída e criativa como a Mariana.
Natacha Ribeiro
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PROJECTO | Site-specific no Museu Coleção Berardo

Alguns membros do Anexo participaram, de 12 a 18 de Fevereiro, na co-criação de uma intervenção site-specific no Museu Berardo com o performer Gustavo Ciríaco, que foi apresentada nos dias 19 e 20 de Fevereiro de 2016.
Este convite surgiu na sequência da programação especial da exposição dos cartazes de Ernesto de Sousa, pensada para comemorar a reedição do seu ensaio «Artes Gráficas, Veículo de Intimidade».
Planeamento
Diversos agentes culturais (museu, curadores, artistas, ateliers) e formas de arte (cartazes históricos, performances, leituras, instalações, tipografia e artes plásticas) estiveram envolvidos na produção das actividades.
1."Colecção de cartazes Ernesto de Sousa "(1921-1988) c. 1500 cartazes
+ Curadoria de Isabel Alves = Exposição temporária "your body is my body — o teu corpo é o meu corpo" (c. 300 cartazes), Piso –1, Museu Coleção Berardo
2. Programação "Veículo de Intimidade - hoje | 19 e 20 fevereiro 2016 Série de discussões e ações na exposição, por vários artistas e coletivos convidados Curadoria de Inês Castaño e Luisa Metelo Seixas
3. Gustavo Ciríaco, um dos artistas + ANEXO e outros participantes = Projeto site-specific "No meio daquilo que vemos"
Processo criativo da intervenção site-specific:
- Visita individual à exposição e retenção das impressões mais fortes;
- Nova visita à exposição e anotação do máximo de pormenores;
- Ter especial atenção às características e dinâmicas do espaço (arquitetura, pessoas…);
- Apresentação e debate das ideias em grupo;
- Conversão das ideias em intervenções na exposição adaptadas às necessidades técnicas do museu;
- Produção dos materiais necessários para as intervenções.



Acção
Intervenção site-specific:
- 7 acções performativas e instalações;
- As acções e instalações criaram circuitos ativos em diferentes pontos da exposição e espaços contíguos, funcionando como uma composição em tempo real.







A intervenção site-specific testemunhou o desenvolvimento de um processo artístico dentro de um museu e constitui um exemplo do lugar que os projectos independentes podem adquirir junto de instituições de renome.
Paula João Silva
#museu coleção berardo#performance#site specific#instalação#instalation#gustavo ciríaco#cartazes#ernesto de sousa#anexo#arte contemporanea#ccb#veículo de intimidade
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WORKSHOP | Animação
O segundo workshop orientado pelo ANEXO foi sobre animação tradicional. Tendo como ponto de partida o projecto de animação de Vinicius Ladeira "Sobre a Cor-de-Rosa", no workshop pretendemos criar pequenas animações feitas num Zootroscópio, tendo como foco, a "Transformação” e a a promoção da mudança social.

O zootroscópio é um dispositivo óptico de estrutura cilíndrica que apareceu nos EUA em 1867 e é um dos precursores da animação. O princípio de funcionamento consiste em fazer desenhos em sequência em tiras de papel (que podem variar de tamanho,dependendo do diâmetro da estrutura cilíndrica) que completam um ciclo. Com o movimento, e através das ranhuras do cilindro podemos ver os desenhos em movimento, ilusão dada pela rotação do zootroscópio.
O workshop começou com uma apresentação sobre animação tradicional, como se define e em que consiste, fazendo um ponto da situação ao longo da história e enunciando vários tipos de animação (stop motion, recortes, rotoscopia, desenho animado, etc.). De seguida, falámos sobre brinquedos ópticos e de registo de movimento como é o caso do Zootroscópio. Falámos sobre os princípios da animação mais importantes para o exercício - compressão e extensão; antecipação; exagero; straight ahead(directa) e pose to pose(posições-chave). Os slides foram acompanhados de exemplos em GIF e de alguns vídeos de animação que mostravam metamorfoses e transformações.

Para dar início ao exercício, os participantes responderam com uma palavra só, a uma das seguintes perguntas “O que é para ti a transformação?”, “O que achas que podes transformar no teu dia?”, “Algo que gostavas que se transformasse” “Qual a primeira palavra que pensas quando ouves ‘transformação’ ? “.
Depois, a partir da palavra escolhida, começaram a desenhar em pedaços de papel rectangulares para criar a animação. Neste caso, o princípio mais importante a aplicar foi o pose to pose, ou seja, desenhar primeiro as posições-chave da figura/objecto que se queria animar (posição do início, meio e final) e depois ir completando as intercalações.

Quando acabaram, cada um pôs os seus desenhos no Zootroscópio para ver o resultado final com os desenhos em movimento. Algumas animações ficaram incríveis como se pode ver nas fotografias e vídeos registados.
Mariana Palanca e Sofia Murteira
Fotografia de Bruno Silva
#workshop#animação#animation#zootroscópio#zoetrope#loop#gif#desenho#2d#2d animation#tradicional#anexo#arquivo237
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MEET | Vini
Apresento-vos o Vini, membro do ANEXO, vive em Lisboa e é natural do Rio de Janeiro. Durante uma breve apresentação do seu trabalho de animação digital "Sobre a Cor-de-Rosa", transmite-nos a sua personalidade interventiva e o compromisso com a educação na sociedade brasileira. Através de uma linguagem gráfica simples, mas cuidada,procura promover as suas ideias. O seu estilo descontraído traz boa disposição e energia ao projecto do ANEXO, que conta com a sua presença desde o início!
Meet Vini, he's been a member of ANEXO since the beginning of the project. Vini was born in Rio de Janeiro and currently lives in Lisbon. During a brief presentation of his digital animation work, he communicates his ideas through a simple and rich graphic language. Vini has and interactive personality and a strong commitment to education in the Brazilian society. His relaxed style brings a vibrant energy and good mood to the project.
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José Luís Oliveira
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vimeo
O Arquivo 237 já tem um canal no vimeo! Vejam aqui o nosso primeiro vídeo sobre a Exposição - SOURCE | 17 STUDIES no Arquivo 237.
Com a participação do Anexo.
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EXPOSIÇÃO | Source 17 Studies

“17 Studies” é o nome do projeto de dois artistas, Miguel Rodrigues (Lisboa, 1978) e Lucas Dietrich (Áustria, 1978), que foi apresentado no Arquivo 237, nos dias 29 e 30 de Janeiro de 2016.
Neste projeto, os artistas pretendem questionar a relação que cada pessoa tem com os elementos visuais que fazem parte do seu quotidiano, partindo do princípio que muitos deles passam despercebidos ao seu olhar.
O mote do projeto é uma fotografia de uma planta, que pela sua constante repetição na exposição, nos mostra a quantidade de vezes que passamos pelas mesmas coisas e não reparamos nelas, muito em parte por nos chegar muita informação visual que o nosso cérebro sente necessidade de filtrar, não nos deixando espaço para ver coisas tão simples ao nosso redor.

Assim sendo, o projeto consistia em colocar cartazes por vários locais de passagem, divididos a meio por uma imagem e um espaço em branco, pretendendo questionar as pessoas que por ali passavam, o porquê daquele cartaz se encontrar metade em branco e fazê-las intervir graficamente na imagem. Muitos foram os resultados obtidos, desde a destruição total, até à ausência de intervenção.
A exposição estava apresentada em 5 momentos, que não se encontravam por ordem, por questões inerentes ao conceito do projeto e que pretendiam representar: o improviso, o acaso, a transitoriedade. Uma folha de instruções simulava o conceito do projeto, invertendo o processo: a folha encontrava-se na mesma dividida a meio, porém em vez da imagem na parte superior, tínhamos texto na parte inferior, para que o visitante pudesse ter a interpretação e criar uma imagem sobre o que lia.

Um aspeto fundamental para estes artistas foi a intervenção dos visitantes, quer nuns cartazes que o Miguel e o Lucas disponibilizaram em cavaletes, quer num “Kit” (cartaz c/caneta, limitando a 23 edições, com a fotografia da planta), que as pessoas poderiam adquirir, para posteriormente ser enviado para constar da exposição final, que terá lugar no Arquivo 237, já na Primavera de 2016. O percurso da exposição começava pela esquerda, o 1º momento, uma prateleira, juntava os 23 “Kits” e a respetiva caneta numerada, passando para o 5º, que consistia nos dois cavaletes dispostos um ao lado do outro, com vários cartazes, para a intervenção dos visitantes. Seguia-se o 2º/4º momento, em simultâneo, que eram a repetição das fotografias da planta e o espaço em branco à volta delas, respetivamente, finalizando com o 3º momento, uma mesa oblíqua, no centro da sala, com a reprodução das intervenções nos espaços públicos, por cima de uma folha em branco, simulando a ideia do projeto e ao mesmo tempo, criando uma dinâmica ao espaço da exposição.

Em relação ao ambiente, os artistas colocaram sons gravados nos locais públicos, bem como a captação de sons no espaço do Arquivo 237 durante o momento da exposição.
A inauguração contou com bastantes visitantes, incluindo a presença de membros do ANEXO, e com muita partilha sobre esta temática. O desafio foi muito bem aceite, resultando numa exposição muito dinâmica, à qual os artistas proporcionaram um momento de aprendizagem e consciência do meio envolvente, inserindo o público em geral, como agentes fundamentais para a existência da obra.
Miguel e Lucas pretendem também realizar esta exposição em Berlim.

Podem acompanhar este projeto no site: http://www.17studies.com/ , bem como obter informações mais detalhadas sobre este conceito/projeto e quem sabe, participar também.
Mónica Medeiros e Natacha Ribeiro Fotografia de Vinicius Ladeira
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