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Nervoso. Estava nervoso. Lydia o deixava nervoso. A qualquer simples menção do que deveria ou não fazer, ou qualquer ligação noturna em horário duvidoso, a qualquer empurrão. A cabeça girava com frequência tentando encontrar o motivo, sempre sem muito sucesso. — Eu não sabia que era relevante para você ao ponto de te desconcentrar numa tarefa profissional. Mas… Sobre o que é sua palestra? Veio para o evento dos alunos de jornalismo ou…? — Ergueu uma das sobrancelhas, curioso. — Eu? Estou num intervalo, na verdade. Tenho uma aula em algumas horas. Eu poderia ir te ver, se não tivesse praticamente me expulsado antes mesmo de eu me convidar.
os olhos de lydia apunhalavam mik'ael sem nem mesmo tocá-lo. um suspiro profundo, a mão sobre o peito para que pudesse se recompor. "ótimo, nem perto da minha área de atuação. é melhor assim. você me desconcentraria porque... bom... não quero ficar olhando para a sua cara enquanto tenho que ser profissional." aquilo não era ao longe uma confissão de qualquer coisa romântica, mas sim um empecilho que se tornava cada vez mais irritante. céus, até quando faria escolhas tão... tão... "o que está fazendo, indo embora ou chegando?"
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o resquício das vozes mentais fazia mik`ael agitar em inércia. as vezes, quando ele tinha de começar o dia antes da pílula fazer efeito era difícil. os olhos fitavam o cardápio na tela enquanto esperava o duplo solicitado, tentando se firmar na tentativa de tornar ao silêncio. ao ouvir o numero de seu pedido, estendeu a mao lentamente, quando foi impedido. o susto da bebida quente o fez saltar para o lado, encarando a outra figura com os olhos arregalados por algumas instantes. — Tudo… bem. Tudo bem. Você está bem? Se sujou?
OPEN STARTER.
Não dormia direito há dias. Com a cabeça pesada, o humor ruim era ainda mais potencializado pelo defeito na habilidade, que estava inconstante desde o ocorrido do baile. Utilizando as luvas de forma obrigatória, o tecido também começava a irritar e, por isso, resolveu que não faria mal passar pelo menos alguns minutos sem usá-las, se aproveitando da solidão costumeira daquele horário do dia (quase todos os horários do dia eram solitários para ela, honestamente). Contudo, algo acabou saindo dos planos. Indo até o balcão para pegar o pedido que achava ser o seu, os dedos ficaram perto demais de tocar os de outra pessoa, e, como um reflexo, retirou a mão rápido demais, derrubando o líquido, que começou a pingar para o chão. Imediatamente procurou algo para limpar a bagunça. "Merda." Murmurou, ao fazer contato visual com Muse. "Desculpa, não podia deixar você encostar em mim, não é nada pessoal, só... Não ia terminar bem." Não queria acabar se conectando a alguém acidentalmente, especialmente quando tudo parecia extremamente sensível, mais que o comum. "Acho que escutei errado sobre o meu pedido, se quiser, eu te pago outra coisa."
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O arrepio fino percorreu toda a coluna de mik`ael assim que o som conhecido chegou aos seus ouvidos. ele não esperava, embora fizesse todo sentido. era uma grande figura na cidade, devia ter vindo dar alguma palestra, instrução ou como convidada em uma aula. independente do motivo, havia tirado o homem de sua linha de raciocínio atual, ao ponto de precisar de alguns segundos até se recompor. — tecnologia de suprimento energético. — a resposta foi baixa, quase que em um sussurro. — e por que eu desconcentraria você?
com @arcnotthatmickey na entrada da universidade de arcanum
céus. vê-lo ali sob uma luz que não era indireta, parecia... errado, quase. lydia endireitou a postura, ajeitando o óculos de sol que fazia muito bem o trabalho em esconder o olhar perfurante, e caminhou até mik'ael sem muita enrolação. não que fosse necessário cumprimentá-lo ou algo do tipo, mas ele estava em seu caminho. e ela precisava, como de praxe, quebrar algumas expectativas e estabelecer regras "não abra a boca." ergueu a mão antes que ele dissesse alguma bobagem--- não que fosse, mas a híbrida jamais ousaria dar sorte ao azar e desfazer toda sua reputação. "estou de passagem, vim realizar uma pequena palestra... você dá aula aqui não é? de quê, mesmo?" ela arqueou levemente a sobrancelha, a voz casual e pontuada pelo leve desdém habitual . "bom, espero que se for qualquer coisa relacionada a linguística não me desconcentre."
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— poderia apostar com você que as pessoas sentiram bem mais a sua falta do que a minha. — aquela altura os conhecidos mais próximos de mickey já teriam se acostumado com suas ausências em eventos lotados como um baile. ao ouvir a justificativa feminina o conrrugador da sobrancelha se expressou? Formando junto com outros o Franzir de cenho, formando uma expressão de preocupação. — você se sente melhor agora? bem, se serve de algo, pelo menos você não teve de testemunhar os eventos que suscederam. nós podemos… eu não sei, nós podemos sair para dançar em alguma ocasião, caso você queira, o convite está feito.
* / " oh, isso é uma pena. " o lamento era verdadeiro. era mesmo uma pena que ele tivesse que abrir mão de um momento de lazer por conta do trabalho. mesmo com a festa terminando como terminou, a proposta era quem todos se divertissem. a maneira como ele presumiu sobre sua noite fez a bruxa rir verdadeiramente divertida. as bochechas assumindo tons de rosa com a forma como ele presumia sobre sua aparência. " muito lisonjeiro de sua parte pensar assim de mim, mas não. também não fui ao baile. " informou ao colocar uma mecha dos cabelos longos atrás da orelha. " não estava me sentindo bem naquela noite. " talvez tivesse sido um pressentimento ou presságio. " mas teria sido bem divertido receber uns convites para dançar, não nego. "
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não é nenhuma surpresa ver mik`ael weingardner andando pelas ruas de arcanum, afinal, o humano dotado precisa ganhar dinheiro como professor na universidade de arcanum. mesmo não tendo me convidado para sua festa de. quarenta e dois anos, ainda lhe acho empático e confiável, mas entendo quem lhe vê apenas como ansioso e recluso. vivendo na cidade ha 5 anos, mickey cansa de ouvir que se parece com adam brody.
Biography
Por toda ala hospitalar em Chicago, não há quem desconheça o sobrenome Weingartner, isso porque a família vem de uma longa linhagem de judeus, chegados ao país durante a segunda guerra. Assim, a expectativa não podia ser maior para receber o primeiro neto do famoso neurocirurgião David W, especialmente os familiares que haviam acompanhado a dura trajetória de Rebekah para engravidar.
Aquele menino era abençoado, como diziam mesmo antes de o primeiro suspiro. E, não estavam em erro. Porém, quando as primeiras vozes começaram a ecoar de longe cérebro a dentre, Mickey não entendeu. Aos dez, ainda que a fase de super-heróis esteja eu seu ápice, talvez ele tivesse encontrado alivio se pensasse em ser um X-men. Mas ao contrário disso, Mik`ael hiperventilou. O acumulo de vozes em praça publica o fazia sentir que perdia espaço cerebral, não conseguia processar. As respirações rápidas, descompassadas diminuíam a oxigenação de tal maneira que, por alguns minutos a consciência se esvaiu e o garoto desmaiou. O despertar, minutos depois, seguiu todo o tipo de exame que possa ser imagino e, a explicação posterior da agitação foi seguida de mais investigação.
Tomografia computadorizada. Ressonância magnética. Coleta de liquido cefalorraquidiano. PET-Scam. Marcadores tumorais. Os Weingardner varreram diagnósticos até se contentarem com a possibilidade de Mickey ser esquizofrênico.
Antipsicóticos de segunda geração. Psicoterapia.
Em uma sessão aos 12 Mik`ael finalmente entendeu que não estava ouvindo vozes e sim, pensamentos. Cada uma das analises mentais minuciosas da Dra. Harvest pareciam falas em alto e bom tom, ele não estava imaginando. A tentativa de se explicar, no entanto, não teve bons resultados e para seu pai, um anestesista impaciente apenas pareceu que ele estava preso em uma crise de piora.
Seis meses de internação. Uma sessão de eletroconvulsoterapia. Uma sessão desastrosa.
Não que fosse contra a tentativa de tratamentos, agora Mickey so não acreditava precisar de um. Relutava antes de ser levado a maquina, anestesiado e o que quer que tenha passado. Relutou ao ponto de gerar uma explosão e consequentemente o curto circuito da clinica, o que lhe deu a chance de fulga.
13 anos. A telecinese finalmente apareceu. Mas, ela demorou a ser entendida. A percepção dos poderes fez com que os Weingardner finalmente parassem de tentar tratamentos medicamentosos e, buscassem outro tipo de ajuda. Ou ao menos, foi o que sua mãe fez.
Existe uma longa lista de coisas que somente uma mãe faz pelo filho. Rebekah deu as costas a familia ao perceber que eles não poderiam ou estariam interessados em ajudar seu unigenito. Ela vagou cidades, listas telefônicas e até endereços de charlatões em busca de quem pudesse ajudar a entender pelo que passava o filho. Até o contato de uma medium em Lyon parar em suas mãos. Sem pensar duas vezes as malas foram feitas e assim, Mickey conheceu Sylvie, sua mentora.
Com muito custo e anos, o domínio sobre as habilidades finalmente veio, bem como a curiosidade pela maneira desconhecida pela qual as habilidades se apresentavam, foi dessa maneira que conheceu o mundo mágico, começando a pesquisar sobre outras pessoas com habilidades, dadivas, pactos, feitiços. E, aos poucos foi se tornando especialista no assunto, ajudando sua mentora a guiar outros dotados perdidos.
Se afeiçoou de verdade a cada um dos seus aprendizes conforme crescia, passando a enxerga-los como irmãos mais novos e, por um irmão muita coisa se faz, inclusive vagar terra a dentro, passando por lugares desconhecidos para procurar alguém que sumiu.
Mickey nunca conseguiu achar Caleb. E nunca conseguiu retornar ao lugar de onde viera originalmente. Ficou perdido em uma cidade criada. Em um centro de magia. Mais uma vez ele e suas habilidades eram prisioneiros em um lugar que não imaginava merecer.
Cinco anos se passaram e, embora adaptado a vida em Arcanum, Mik`ael ainda pensa como a vida seria la fora se ele não tivesse sido atraído ao local. Hoje, adaptado como professor na universidade de Arcanum, ele leva uma vida comum na cidade, se é que algo pode ser considerado comum.
Inside out
Sylvie era uma professora hábil, nem sempre a mais gentil e nem sempre com os métodos mais didáticos. Como primeiro aluno, Mickey foi colocado sobre situações intensas de pressão como por exemplo ser jogado em praça lotada sem qualquer controle de seus poderes, dentre outros por menores. Cada um de seus aprendizados o tornou melhor mas fez, em conjunto com suas habilidades, desenvolver certo grau de ansiedade social, fazendo com que odeie locais lotados, com exceção claro de sua sala de aula. Para lidar com isso, tem feito uso de um comprimido/poção formulado por uma criatura de confiança, que lhe tranquiliza ao passo que diminui seus poderes como telepata, fazendo com que consiga se concentrar melhor.
O jeito visualmente calmo, no entanto, não se deve a medicação, com o tempo desenvolveu a crença racional de que, de uma maneira ou de outra, as coisas se resolvem. Embora boa parte do tempo, esteja fervendo de ansiedade por dentro.
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mickey pensava com frequência que poderia ter sido uma das cabeças rolando caso tivesse aparecido no baile. não que se considerasse a figura mais importante de arcanum, porem, sabia que em um ataque direto a humanos como aquilo pareceu, ele poderia estar entre as possibilidades. naquele momento, agradecia mentalmente o arrepio na coluna cada vez que pensava sobre o baile, motivo suficiente para a postura evitativa que havia tomado.
retornava de sua ultima aula no dia, quando a figura conhecida foi flagrada, parando por trás da mesma, apoiando uma das mãos no banco. — Desculpe, eu juro que ia te cumprimentar em um segundo. Só fiquei um tanto… distraído com a paisagem no geral. Entao, como voce está?
starter aberto Local: jardins do crepúsculo eterno.
Caminhando pelo jardim, percebo que o baile foi há algum tempo e que bom a melhor escolha foi não participar. Como sempre, Arcanjo Gabriel não veio receber seus fiéis. Nunca me senti tão feliz por perder uma oportunidade de ficar entre tantas bruxas e outros seres. É sabido que, por meu lugar no conselho, as bruxas mais velhas não são presidentes do meu fã-clube. Não sei se por minha excentricidade ou apenas pela idade, mas isso não faz com que eu defenda menos seus interesses e nem assim, elas gostam de mim.
Encontro um banco para me sentar, próximo a um ramo de flores fechados. Sempre achei estranho como as flores só aparecem à noite, mas não é a única coisa estranha nessa idade. Desde que estou aqui, ou seja, desde o dia do meu nascimento, a cidade sempre teve suas próprias manias. Como se tivesse vida própria.
Atrás de mim, sinto uma figura parar e não dizer nada. Me viro e com um sorriso, cumprimento quem está parado: "Você não sabe que é feio parar atrás das pessoas?" Volto a aproveitar o resquício do sol nesse eterno outono.
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mik`ael fechou os olhos pausadamente ao que um suspiro longo emanou entre seus lábios. claro, cada uma das cabeças que haviam rolado no baile eram de extrema relevância mas, ele sentia como se tivesse de ter falado sobre isso por meses. fosse em uma simples cafeteria, ou na universidade. naquele momento, tudo o que ele queria era conseguir descansar um pouco. — eu não cheguei a ir ao baile, na realidade. estava atolado corrigindo provas e, honestamente… confesso não ser o maior fã de locais cheios daquela forma. mas, e voce? eu aposto que voce estava linda e que certamente recebeu diversos convites para dançar então, foi divertido até não ser mais?
𝒐𝒑𝒆𝒏 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓𝒔 .
responda ao starter de sua preferência.
( 001 ) * / durante os dias que se seguiram ao evento do baile, buppha pensou em não abrir a clínica. a tensão que pairava no ar parecia justificar o desejo de se manter em segurança, cercada pelos conhecidos, longe de qualquer situação arriscada. no entanto, algo dentro dela, um impulso profundo, a fez reconsiderar. sabia que não teria paz enquanto soubesse que pessoas estavam precisando de cuidados, fossem físicos ou emocionais, especialmente depois de tudo o que aconteceu. decidiu abrir a clínica, estendendo até um pouco mais o horário de atendimento, para garantir que aqueles que necessitavam de apoio não fossem ignorados. quando estava prestes a fechar as portas e ser a última a deixar o local, uma figura surgiu na escuridão. seus sentidos sempre aguçados perceberam a aproximação de muse. uma onda de desconfiança a fez se tencionar por inteiro. a magia parecia se concentrar nas palmas das mãos, pronta para se defender. com a voz tensa e a postura alerta, perguntou: " o que faz aqui uma hora dessas? "
( 002 ) * / " podemos conversar sobre as cinco cabeças... " o tom de voz não era exatamente tranquilo. não tinha como ser, afinal. estava inquieta com aquela história, mesmo sem ter participado do baile. não poderia ser diferente, certo? uma situação como aquela mexia com qualquer um. mas não queria transbordar aquela ansiedade, não queria mostrar que estava à beira de um turbilhão emocional. a bruxa se ocupou com a preparação do chá de mulungu e passiflora, uma mistura relaxante que sabia ser eficaz no alívio de tensões mentais e emocionais, especialmente para quem estava precisando clarear a mente ou se recompor. preparava a bebida com gestos serenos, quase ritualísticos. a ajudava a manter o controle sobre si mesma. quando finalmente terminou, serviu uma xícara da bebida quente para muse com uma expressão acolhedora. " ou podemos falar de acontecimentos prévios ao grande final. se divertiu no baile, antes de… você sabe." a escolha de palavras foi intencional, não queria se aprofundar no que havia acontecido sem que fosse necessário.
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