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artemusicavideo · 2 years
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CONCLUSÃO
Se apropriando de estéticas de movimentos artísticos, técnicas, obras clássicas ou até mesmo sendo produzidos por artistas do ramo, o videoclipe atinge um status refinado. Sua evolução, como abordamos, levou algum tempo, começando como meras gravações de artistas em estúdio e passando para produções mais elaboradas com narrativas e referências e isso graças sua popularização com a chegada da MTV nos anos 80.
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Podemos concluir, com as análises feitas neste blog e pensando em outros clipes musicais, assim como em produções cinematográficas, que as artes visuais, que abrangem não apenas obras tangíveis, mas também performances, simbologias cromática e imagética, tem papel importante no que diz respeito à sua influência, direta e indireta, na indústria músico-cinematrográfica, para a construção de sentido da mesma, além de construção lúdico, referencial – visto que a arte representa o contexto de sociedade da dada época – e imagética na linguagem visual dos citados Music Videos. Além disso, podemos enfatizar que para além de simples peças publicitárias com objetivo de divulgar as canções dos artistas, o videoclipe pode trazer uma gama de referências e se provar como obra de arte audiovisual, entrando, assim, na ideia de “obra de arte completa” de Richard Wagner.
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OBRIGADA POR NOS ACOMPANHAR ATÉ AQUI!
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artemusicavideo · 2 years
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ARTE NO CINEMA
A seguir, algumas cenas de filmes que referenciaram direta ou indiretamente obras de arte:
As Aventuras do Barão de Munchausen (1988) X O Nascimento de Vênus (1485-86) de Sandro Botticelli
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The Cell (2000) X Dawn (1989) de Odd Nerdrum
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Melancolia (2011) X Ophelia (1851-52) de John Everett Millais
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Marie Antoinette (2006) X Napoleão Cruzando os Alpes (1801) de Jacques-Louis David
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Animatrix - Episódio Beyond (2003) X Woman with Dove (1955)
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Shutter Island (2010) X O Beijo (1907-08) de Gustav Klimt
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Laranja Mecânica (1971) X Prisioneiros que Exercitam (1890) Vincent Van Gogh
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A Casa de Jack (2018) X A Barca de Dante de Eugène Delacroix (1822)
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Frozen (2013) X O Balanço (1767) de Jean-Honoré Fragonard
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A Pequena Sereia (1989) X Madalena Penitente (1625-40) de Georges de La Tour
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Irmão Urso (2003) X  Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte (1884-86) de Georges Seurat
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALLEAUME, Bastien. WHEN CINEMA PAYS TRIBUTE TO MASTERPIECES OF ART HISTORY. Artmajeur Magazine, 20 de março de 2021. Disponível em: <https://www.artmajeur.com/en/magazine/29-pop-culture/when-cinema-pays-tribute-to-masterpieces-of-art-history/330308>. Acesso em: 26 de maio de 2022.
WHEN Art and Film Become One: 9 Movies Inspired by Art. Artsper Magazine, 07 de maio de 2021. Disponível em: <https://blog.artsper.com/en/lifestyle/when-art-and-film-become-one-9-movies-inspired-by-art/>. Acesso em: 26 de maio de 2022.
AZEVEDO, Filipe. Referências de arte no cinema. Tiktok, 05 de maio de 2022. Disponível em: <https://vm.tiktok.com/ZMLcPpwsw/?k=1>. Acesso em: 26 de maio de 2022.
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artemusicavideo · 2 years
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Ideologia - Cazuza
Ideologia é o tema que dá título ao terceiro disco solo de Cazuza, lançado em 1988. A letra foi escrita pelo cantor e musicada por Roberto Frejat, amigo e antigo companheiro da banda Barão Vermelho.
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Cazuza. É um disco conceitual e é também considerado o seu melhor álbum de estúdio e ganhou o Prêmio Sharp de melhor álbum, no ano de seu lançamento. É considerado um de seus melhores álbuns e nele Cazuza fala sobre sua relação com a AIDS e com a morte.
Ideologia foi uma das primeiras canções que escreveu após conhecer o seu diagnóstico, que é referido na própria letra.
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Abordando vários temas ligados à sociedade e à cultura da época, a música foi uma das mais tocadas na rádio no ano do seu lançamento, conquistando o público e a crítica. O seu refrão, trágico e quase profético, continua na mente de muitos brasileiros, tantos anos depois.
Refrão
Meus heróis morreram de overdose Eh, meus inimigos estão no poder Ideologia Eu quero uma pra viver Ideologia Eu quero uma pra viver
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Em 1987, quando Cazuza escreveu a música, o país estava em um período lento de redemocratização, mas não existiam ainda eleições diretas (só chegaram em 1990).
Sendo que a nova Constituição só foi aprovada em 1988, a época era de avanços e recuos, e o conservadorismo imperava. Assim, a letra exprime a falta de escolha e de controle do sujeito poético sobre a situação, a sensação de derrota.
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O termo "ideologia" pode ter dois sentidos. O neutro (conjunto de ideias, princípios e doutrinas) e o crítico (instrumento de dominação, persuasão e manipulação). Na letra, a abordagem é a primeira, como Cazuza explicou em entrevista:
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Quando fiz "Ideologia", nem sabia o que isso queria dizer, fui ver no dicionário. Lá estava escrito que indica correntes de pensamentos iguais e tal…
A capa do álbum causou certa polêmica pois misturava suásticas.
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A suástica, cruz suástica ou cruz gamada é um símbolo místico encontrado em muitas culturas e religiões
E estrelas de Davi.
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Estrela de Davi ou Estrela de David  conhecida também como escudo supremo de Davi (David) é um símbolo em forma de estrela formada por dois triângulos sobrepostos, iguais, tendo um a ponta para cima e outro para baixo (✡︎), utilizado pelo judaísmo
O disco também se destacou pela canção "Faz parte do meu show", com arranjos de bossa nova tendo acompanhamento orquestral.
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Bossa nova é o termo pelo qual ficou conhecido um movimento de renovação do samba irradiado a partir da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro no final da década de 1950 e que, por conseguinte, passou a dar nome ao estilo de interpretação e acompanhamento rítmico dele surgido, que ficou conhecido como “batida diferente”
A canção de abertura e que dá título ao disco, "Ideologia", foi eleita pela revista Rolling Stone como a 83ª melhor canção brasileira.
Capa. A capa do disco é uma foto tirada por Flavio Colker de uma instalação artística de Barrão, que reuniu objetos que ele encontrou após uma chuvarada na Praia de São Conrado e ilustrações representando ideologias.
Todos os objetos foi recolhidos na praia e levado, para poder colar e pintar. Era um painel de madeira de 50cm x 50cm.
Onde seria as letra foram pintados, algumas são os objetos pintados. Com uma parte de sapados e cumbucas, diversos objetos aleatórios e eficaz.   
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Referencia bibliográficas 
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artemusicavideo · 2 years
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THE BALLAD OF MONA LISA - Panic! At the Disco
Depois de dois álbuns já lançados, em 22 de março de 2011, a banda de rock norte-americana Panic! At the disco lança seu terceiro álbum, nomeado de Vices & Virtues. Este foi desenvolvido após a separação da banda, sobrando apenas dois integrantes que se comprometeram com o lançamento. Estreando o álbum, primeiro single lançado foi "The Ballad of Mona Lisa” que conta com inúmeras referências visuais a partir da teatralidade, o steampunk e detalhes da Era Vitoriana. A partir disso, o intuito desse post é analisar o single através de seus elementos artísticos.
Essa estética perdura em seus três primeiros álbuns trazendo características muito marcantes, consequentemente tornando-se uma banda única. Essas influências visuais além de caracterizarem o Panic! At the disco, também conquistou uma legião de fãs apaixonados por essas referências.
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O single inicial do terceiro álbum do P!atd narra a história de um fantasma que precisa desmascarar uma malfeitora. A partir desse retorno, há uma tentativa de interferir na realidade, fazendo com que o figurino e o cenário relembrem o passado.
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Introduzindo o clipe, a primeira cena é uma alusão ao clipe de “I Write Sins Not Tragedies” - música de seu primeiro álbum “A Fever You Can’t Sweat Out” - em que há bancos de madeira com laços, provavelmente para insinuar uma situação especial.
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Entretanto, em I Write Sins Not Tragedies o banco simboliza o casamento do casal da história, já em The Ballad of Mona Lisa o mesmo banco está coberto por poeira e teias de aranha, indicando um longo tempo. Além disso, no segundo clipe a ambientação é um velório - algo triste, ao contrário do casamento do primeiro clipe.
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Após isso, a cena continua em um evento em que todos abraçaram uma mulher, como se estivessem a acalentando de algo terrível enquanto Brendon Urie - o vocalista da banda - canta em meio a tudo.
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Entretanto, o fantasma de Brendon pairava olhando tudo ao seu redor demonstrando desgosto e ira, principalmente para essa mulher. No making off do clipe descobre-se que seu nome é Mary, a namorada do falecido.
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Logo depois, a cena muda para Mary limpando o cadáver e o preparando para o velório, porém em nenhum momento a moça aparece triste ou relutante. A mesma somente demonstra algo quando o corpo do cantor já está coberto e todos os convidados presentes no velório se agacham expressando tristeza em meio a situação.
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Durante o velório, o fantasma do cantor demonstra horror e indignação com tudo que está ocorrendo. Porém, somente uma pessoa conseguiu o ver, uma garotinha chamada Mona Lisa. Interagindo com ela mostra que havia algo em seu bolso muito importante para a trama.
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Mona Lisa acha um papel no bolso da roupa do fantasma, neste estava escrito “Mary fez isso”. Ela pega o papel e mostra a todos que Mary o matou, consequentemente as pessoas então capturam Mary.
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Uma das referências que a banda utiliza muito em seu terceiro álbum é o estilo clássico e rico em detalhes da Era Vitoriana. Esta, ocorrida entre 1837 a 1901, marca o reinado da Rainha Vitória no Reino Unido. Esse período foi de tamanha importância porque trouxe prosperidade, paz e grandes avanços para o Império Britânico.
A partir disso, o estilo vitoriano se estendia aos objetos, móveis, roupas, tecidos, artes e arquitetura. Além de que ambientes lotados de ornamentos também foi outra característica desse período. 
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Outra referência visual muito utilizada é o Steampunk. Este é um subgênero da ficção científica com obras ambientadas no passado, mas com .  Ganhou fama no final dos anos 1980, e suas histórias se passam durante a Era Vitoriana em uma realidade alternativa onde a sociedade era moldada pelo uso de uma tecnologia mais rudimentar, como máquinas a vapor (steam em inglês), engrenagens, materiais confeccionados em madeira, cobre e bronze.
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As principais características do Steampunk são os maquinários e engrenagens, os tons escuros e objetos que lembram a Era Vitoriana e também o vestuário. As personagens normalmente são caracterizadas com relógios de bolso, óculos, cartolas e etc. Pode-se ver isso em The Ballad of Mona Lisa, visto que Brendon utiliza uma roupa típica da época com vários relógios e óculos inusitados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS P!ATD Design – As referências visuais da banda Panic! At The Disco. ISSUU, 2017. Disponível em: https://issuu.com/siiflores/docs/livro_p_atddesign A teatralidade da banda Panic! at the Disco. Mistura Alternativa, 2014. Disponível em: http://misturalternativa.blogspot.com/2014/01/a-teatralidade-da-banda-panic-at-disco_30.html. ERA VITORIANA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2022. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Era_vitoriana&oldid=63199951>. STEAMPUNK. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2021. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Steampunk&oldid=62677364>
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artemusicavideo · 2 years
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Madonna, David Lincher e influência do expressionismo alemão
Considerada a ‘Rainha do Pop’, Madonna Louise Veronica Ciccone, ou apenas Madonna, impactou o mercado fonográfico através de sua música e linguagem visual. Multifacetada, Madonna, sempre estivera ligada ao mundo da arte, contemporânea de artistas dos mais variados segmentos, desde artistas visuais como Basquiat e Keith Hering (respectivamente: ex-namorado e amigo pessoal), até ícones da moda como Jean Paul Gaultier e Alexander McQueen, a super estrela do pop sempre buscou inspiração na arte para além da música.
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Segundo single de seu quarto álbum de estúdio ‘Like a Prayer’ (1989), ‘Express Yourself’, contou com a direção de David Fincher, renomado diretor de ‘Se7en’ (1995), ‘Clube da Luta’ (1999) e ‘A Rede Social’ (2010), que muito antes de assumir a direção de grandes sucessos de crítica e bilheteria, se dedicara exclusivamente à direção de videoclipes. Controverso, como quase todo trabalho da cantora, o objetivo fora de transmitir uma mensagem de empoderamento feminino (embora questionável a partir de determinados pontos de vista), tendo como fio condutor a letra da própria canção.
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A fonte central e notória de inspiração para o videoclipe é o distópico: ‘Metropolis’ (1927) de Fritz Lang, clássico do expressionismo alemão, conta a história da cidade que dá título ao filme, cujo a qual é dividida em duas: de um lado, estão os operários, vivendo na miséria e explorados por máquinas e do outro a burguesia que disfruta de luxo e privilégios. Em meio a este cenário, uma história shakespeariana de amor surge, entre o filho de um burguês e uma profeta da classe trabalhadora, que prevê ainda a chegada de um salvador para mediar a diferença entre as classes.
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Na releitura apresentada no videoclipe, uma cidade futurista na qual operários trabalham ininterruptamente, Madonna encarna a elegante, sensual e submissa esposa de um burguês dono de uma fábrica na qual a cantora se apaixona por um dos operários na esperança de se libertar de uma vida infeliz.
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Fincher reproduz a estética expressionista no videoclipe representando o real de forma abstrata no uso de uma fotografia escura, sombras, formas distorcidas e alto contraste. Nos objetos de cena é perceptível elementos art déco nos móveis e cenários, remetendo ao luxo, enquanto em contrapartida: maquinários, engrenagens e correntes remetem a industrialização e a exploração laboral; na indumentária roupas paupérrimas e sem cor, corpos desnudos e úmidos dos operários contrastam com as roupas finas, coloridas e limpas de Madonna e demarcam anda mais o abismo social entre os personagens.
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Apesar de esteticamente inspirado em ‘Metropolis’ (1926) a montagem do videoclipe segue a fórmula habitual do formato, cortes e planos rápidos em sincronia com a canção, característica essencial na popularização do videoclipe na Era MTV.
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O videoclipe recebera um orçamento milionário, figurando como um dos videoclipes mais caros da história, entretanto, recebera também muitas críticas, dentre as quais de que tentando passar uma mensagem de empoderamento feminino, Madonna está na verdade reforçando antigos estereótipos entrando assim em contradição com o próprio discurso. Opiniões controversas a parte, Madonna é uma artista que desafiou todo contexto social e político de sua época e entregou em colaboração com David Fincher um dos melhores videoclipes da história, atestado por veículos especializados como a revista Rolling Stones e a própria MTV, Fincher, inclusive posteriormente assumiria a direção de mais dois videoclipes de Madonna, dentre eles outro grande sucesso: ‘Vogue’ 1990.
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REFERÊNCIAS
MARQUES, Mariana R. Movimentos do Cinema: Expressionismo Alemão. Instituto de Cinema. Disponível em: https://institutodecinema.com.br/mais/conteudo/movimentos-do-cinemaexpressionismo-alemao/ . Acesso em: 24 mai. 2022
PANTHER, B.L. David Fincher’s Madonna videos hone her style, but dull her radical edge. The Spool, 2020. Disponível em: https://thespool.net/features/fotm/madonna-david-fincher-music-videos/ . Acesso em: 24 mai. 2022
SANTOS, Bárbara; SOARES, Thiago. As Contradições do Feminino no Videoclipe de ‘Express Yourself’ de Madonna. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2014.
David Fincher. IMDb, Disponível em: https://www.imdb.com/name/nm0000399/ . Acesso em: 24 mai. 2022
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artemusicavideo · 2 years
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SOMEBODY THAT I USED TO KNOW - GOTYE
Neste post, será analisado as simbologias, imagéticas e artísticas, em concordância com a letra do vídeo-clipe “Somebody That I Used To Know” do cantor-compositor e multi-instrumentalista belga-australiano Gotye, de 2011.
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O clipe começa com Gotye nu e vulnerável em um fundo bege e vazio. Com a progressão da melodia e da amargura e nostalgia da personagem de Gotye, percebida através da canção, linhas começam a se desenhar pelo fundo. As linhas vão encontrando seus vértices e cores pintam o cenário, pouco a pouco em cada forma fechada pelas arestas, em um processo de stop-motion, técnica de fotografias quadro a quadro para simular movimento. Essa animação representa o devaneio da personagem, um desenho em sua memória sobre seu relacionamento passado, fraturado pelo tempo.
Now and then I think of when we were together Like when you said you felt so happy you could die Told myself that you were right for me But felt so lonely in your company But that was love and it's an ache I still remember
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Pouco a pouco, o movimento de linhas e cores começa a pintar não só o fundo, mas também o próprio corpo de Gotye, caracterizando a body-art (expressão artística e performática que usa o corpo como meio e suporte para realização de intervenções, sejam elas, como no caso do clipe em questão, a pintura e o stop-motion, e/ou entre outras) e mostrando a tentativa do cantor se fundir ao espaço e a sua versão da história. Não obstante, aos poucos percebemos, de um modo abstrato e sutil, o aparecimento de um grande cenário neo-cubista.
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Gotye agora faz parte do cenário, está contido em sua própria história.
O neo-cubismo é o renascimento do cubismo advindo de Picasso e Braque. O novo movimento é caracterizado pela perspectiva multidimensional jazida do passado adicionada ao abstrato-expressionista e a arte pós-moderna vinda das vanguardas modernistas.
Com a progressão da canção, e após seu primeiro refrão, a câmera se afasta do foco de Gotye para mostrar o cenário completo e, não apenas revelar a presença de Kimbra (cantora convidada na canção), mas trazer à tona o grande quadro que estava sendo criado aos poucos, como já falado. Pode-se perceber que é uma releitura neo-cubista do quadro “The Garden of Eden with the Fall of Man” dos pintores Jan Brueghel, o Velho e Peter Paul Rubens. Adão e Eva, representados por Gotye e Kimbra, estão intrínsecos à pintura, como uma intervenção nela. Eles pertencem a esse paraíso quebrado e abstrato que a personagem de Gotye criou em seu imaginário, porém estão distantes um do outro, pelo fim de seu relacionamento, apresentado na letra da música.
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Até este ponto, temos a versão dele da história. Mas suas palavras são desafiadas e tiradas dele por Kimbra em sua vez de contar os eventos. Ela desafia a autoria da verdade de Gotye, mostrando talvez um relacionamento de dependência tóxica, já que ouvimos ele dizer que acreditava naquele amor, mesmo que doesse e fosse solitário, mas Kimbra mostra que ela também sofreu, mas que não quer mais permanecer estática nessa relação, enquanto se move pelo cenário em direção a Gotye.
Now and then I think of all the times you screwed me over But had me believing it was always something that I'd done But I don't wanna live that way, reading into every word you say You said that you could let it go And I wouldn't catch you hung up on somebody that you used to know
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Kimbra grita e se mostra mais expressiva quando o foco da câmera mostra os dois juntos, ele de frente e ela em perfil, talvez em uma tentativa de tirar Gotye de sua estaticidade ou para consertar as coisas. Mas em vão e cansada, Kimbra volta para sua posição inicial e, sendo tarde demais, Gotye vira para ela, como se a chamando de volta.
Retomando o cenário edênico, quanto mais ela reconhece a sedimentação do relacionamento, mais a tinta vai sumindo de seu corpo: ela passa a não ser mais inerente ao paraíso imaginário e abstrato de Gotye, se afastando se afastando por completo dele. Então, há um contraste: Gotye ainda em sua perspectiva edênica, intrínseco ao fundo e Kimbra afastado dele, não mais presente na memória e no cenário do cantor belga-australiano. O clipe acaba com os dois se encarando, um em cada dimensão de sua vida, anunciando que, agora, eles são pessoas que um dia reconheciam, como o título da canção.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MCCALL, Tris. Song of the Week: 'Somebody That I Used to Know,' Gotye. NJ.com, Nova Jersey, 10 de fevereiro de 2012. Disponível em: <https://www.nj.com/entertainment/music/2012/02/song_of_the_week_somebody_that.html>. Acesso em: 22 de maio de 2022.
JAMESON, A. D. Let’s over-analyze to death…Gotye’s “Somebody That I Used To Know”. HTMLGIANT, 05 de março de 2012. Disponível em: <https://htmlgiant.com/craft-notes/lets-over-analyze-to-death-gotyes-somebody-that-i-used-to-know/>. Acesso em: 22 de maio de 2022.
FELISBERTO, Maggie. Somebody That I Used to Know (Video Analysis). Maggie Felisberto’s Blog, 27 de fevereiro de 2012. Disponível em: <https://maggiefelisberto.wordpress.com/2012/02/27/somebody-that-i-used-to-know-video-analysis/>. Acesso em: 22 de maio de 2022.
NEO Cubism. Emillions Art, sem data. Disponível em: <https://emillionsart.com/artwork_genre/neo-cubism/#:~:text=Neo%2DCubism%20describes%20a%20revived,Pablo%20Picasso%20and%20Georges%20Braque.>. Acesso em: 22 de maio de 2022.
CARNIEL, Guadalupe. O que é stop motion. CanalTech, 29 de junho de 2021. Disponível em: <https://canaltech.com.br/entretenimento/stop-motion-o-que-e/>. Acesso em: 22 de maio de 2022.
JAN Brueghel the Elder & Peter Paul Rubens: The Garden of Eden with the Fall of Man. Mauritshuis, sem data. Disponível em: <https://www.mauritshuis.nl/en/our-collection/artworks/253-the-garden-of-eden-with-the-fall-of-man/>. Acesso em: 22 de maio de 2022.
CULTURAL, Editores da Enciclopédia Itaú. Body Art. Enciclopédia ItaúCultural, 08 de maio de 2017. Disponível em: <https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3177/body-art>. Acesso em 23 de maio de 2022.
GOTYE. Gotye - Somebody That I Used To Know (feat. Kimbra) [Official Music Video]. Youtube. 05 de julho de 2011. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8UVNT4wvIGY>. Acesso em: 23 de maio de 2022.
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artemusicavideo · 2 years
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VIVA LA VIDA - COLDPLAY
O nome da música em si é uma referência à pintura de Frida Kahlo, também intitulada Viva La Vida. É considerado o último trabalho da artista antes de sua morte.
Em sua visita ao México, o cantor Chris Martin ficou marcado pela história da obra e pela força de Frida.
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Viva La Vida, pintura de Frida Kahlo
O conceito do álbum, por outro lado, tem uma história diferente. Pois, é uma releitura da revolução francesa e da morte do rei Luís XVI. Apresentando uma versão da pintura histórica de 1830, conhecida como “A Liberdade Guiando o Povo”. A obra de arte foi feita pelo artista francês Eugène Delacroix. A pintura serve para retratar os revolucionários em uma luz heróica, complementando os temas de vida, morte, guerra e mudança do álbum.
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Agora, para analisar a letra, é preciso entender um pouco sobre a Revolução Francesa. No final da Revolução Francesa, a monarquia do rei Luís XVI foi finalmente derrubada e o rei foi preso por seu próprio povo. O que se seguiu foi um julgamento rápido que prontamente decidiu o destino do ex-monarca. O rei Luís seria executado na guilhotina em público. Na forca, enquanto o ex-rei se arrastava para encontrar a morte, ele parou para fazer um discurso final ao seu povo. No entanto, quando ele começou a falar, as massas francesas começaram a gritar e assobiarem, batendo mais alto nos tambores para abafar os sons de suas palavras. Os franceses não se importaram com o que seu ex-governante tinha a dizer. Assim, antes que o rei Luís pudesse terminar seu discurso, seus torturadores o forçaram à guilhotina e o ex-rei foi executado. Seu discurso, agora perdido para sempre.
A música do Coldplay "Viva La Vida" é uma interpretação do último discurso do Rei Luís perdido antes de sua morte. A música foi escrita do ponto de vista do monarca, que pede desculpas ao seu povo, aceitando seu destino.
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Luis XVI, por Charles Benazech
“I used to rule the world, seas would rise when I gave the word (Eu costumava dominar o mundo, oceanos se abriam quando eu ordenava)” — Duas referências são possíveis neste versículo: a primeira é sobre Moisés, conhecido pela separação do Mar Vermelho. A segunda vem da história de Canuto, o Grande, rei da Dinamarca. O monarca colocou seu trono à beira-mar e ordenou que o mar não o molhasse.
Quando seus pés se molharam, ele teria proclamado: “Que todos os homens saibam quão vazio e inútil é o poder dos reis, pois não há nome digno, mas Aquele a quem o céu, a terra e o mar obedecem pelas leis eternas”.
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Rei Canuto e as Ondas
“Now in the morning I sleep alone, sweep the streets I used to own (Agora pela manhã durmo sozinho, varro as ruas que já foram minhas)” — Fala sobre o último imperador da China, Pu Yi, que no final acabou varrendo as ruas como um camponês.
“I used to roll the dice (Eu costumava rolar os dados)” — Essa expressão veio de Júlio César, após encarar a batalha de Pompeia.
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Estátua de Júlio César no Louvre
“Revolutionaries wait, for my head on a silver plate. Just a puppet on a lonely string. Oh who would ever want to be king? (Revolucionários esperam, pela minha cabeça numa bandeja de prata. Apenas uma marionete numa corda solitária. Oh, quem jamais desejaria ser rei?)” — O monarca percebe que as pessoas não o querem lá. Como mencionado anteriormente, a história de Luís XIV termina com ele morto, o que se encaixa bem no verso.
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E além da capa do álbum, o videoclipe também faz referencia a pintura de Eugene, mostrando a banda tocando contra uma imagem borrada do quadro.
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Existe um videoclipe alternativo, adaptação audiovisual mostrada acima não é a única que o Coldplay disponibilizou para "Viva La Vida". Um tempo depois, um vídeo alternativo foi lançado, filmado na Holanda. A nova versão, dirigida por Anton Corbjin, é uma homenagem ao clipe de "Enjoy the Silence" do Depeche Mode (o clipe, aliás, também dirigido por Corbjin).
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Chris Martin está realmente interpretando o rei ao qual a música se refere. O quadro de Delacroix também está presente nesta versão alternativa o tempo todo, guiada pelo ex-monarca por todos os cenários. O videoclipe também complementa a narrativa do álbum de uma forma que o vídeo original não consegue fazer. Eventualmente, o personagem de Martin é encontrado por seus companheiros de banda, amarrando as pontas soltas deixadas para trás pelo videoclipe do single anterior, "Violet Hill".
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Referências Bibliográficas
Yoo, Jaebin. Coldplay’s “Viva la Vida” is a retelling of the French Revolution. Medium, 24 de agosto de 2018. Disponível em: <https://medium.com/@Jaebs/coldplays-viva-la-vida-is-a-retelling-of-the-french-revolution-ad686bde8b6> Acesso em: 30 de março de 2022.
Guerra, Dora. Viva La Vida: entenda o significado do clássico do Coldplay. Letras, Belo Horizonte, 17 de outubro de 2019. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/blog/viva-la-vida-significado/> Acesso em: 06 de maio de 2022.
Babilônia, Vitor. Há nove anos, o clipe de "viva la vida" estreava na internet. Viva Coldplay, 01 de agosto de 2017. Disponível em: <https://vivacoldplay.com/2017/08/ha-nove-anos-o-clipe-de-viva-la-vida-estreava-na-internet/> Acesso em: 06 de maio de 2022.
Coldplay - Viva La Vida (Official Video). 04 de agosto de 2008. Um vídeo (04min 02seg). Publicado pelo canal Coldplay. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dvgZkm1xWPE> Acesso em: 11 de maio de 2022.
Pinheiro, Pedro Henrique. #TBTMDQA: Coldplay e “Viva La Vida”, o conto sobre o rei que perdeu seu reino, seu povo e as chances de ir para o Céu. Tenho mais discos que amigos, 27 de agosto de 2020. Disponível em: <https://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2020/08/27/coldplay-viva-la-vida-historia/> Acesso em: 12 de maio de 2022.
Coldplay - Viva La Vida (Anton Corbijn Version). 30 de novembro de 2011. Um vídeo (04min 02seg). Publicado pelo canal Coldplay. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1kVxpsi1XQ4> Acesso em: 12 de maio de 2022.
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artemusicavideo · 2 years
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APESHIT - THE CARTERS
Beyoncé quebrou a internet ao lançar um clipe artisticamente impecável e fortemente político. A nova música de Beyoncé e Jay-Z, que estão se apresentando agora como The Carters, causa tremores já pelo título: Apeshit, uma gíria americana que possui conotação racista e cuja denotação é no sentido de “furioso, louco e/ou selvagem”. Seja com a intenção de ressignificar a palavra ou ironizar seu sentido, eles literalmente FECHARAM O LOUVRE. 
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Apeshit possui 6:05 minutos, mas arriscamos dizer que a cada 5 segundos você vai se deparar com várias referências. Não importa quantas vezes você assista ao clipe, sempre vai ter algo que por algum acaso passou despercebido. O casal The Carters conseguiu fazer de Apes**t uma obra de arte em si, que conversa com o presente, afronta o passado e nos mostra o futuro por um novo ângulo. 
Tudo no clipe é simbólico. No início da música temos a Beyoncé cantando “I can’t believe we made it” / Eu não acredito que conseguimos” e já nestes 1:25 minutos de clipe temos três referências fortíssimas: 
O casal em uma posição imponente em frente à estátua Vitória de Samotrácia. Trata-se de uma escultura da deusa Victória (romanos) ou Nice/Niké (gregos) que representa a vitória, força e velocidade e que é representada na forma de uma mulher alada. Precisa dizer que é uma alusão ao poder e representatividade de um casal negro frente à indústria da música? 
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                                                                                   Vitória de Samotrácia 
                                                                                        Vitória de Samotrácia 
A alusão ao quadro Retrato de Uma Negra (Portrait of a Negress), talvez seja uma das mais fortes simbologias do clipe. Isto porque além de ser um dos poucos quadros do Louvre em que uma pessoa negra é retratada, a obra em si (datada de 1.800) é tida como uma das primeiras pinturas que se tem conhecimento, na qual uma pessoa negra não é retratada como uma escrava. 
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                                                                                    Retrato de Uma Negra 
                                                                               Marie-Guillemine Benoist           
É interessante notar que apesar da ascensão financeira ser fortemente elucidada pelos dois, seja na letra ou nas marcas de roupas e joias que usam (e neste caso vemos a Beyoncé de Versace da cabeça aos pés), há uma preocupação política com o resgate histórico da população negra – seja em Apeshit ou, como já vimos, no próprio clipe Formation. 
Uma coisa muito importante também é entender que o lugar de fala da Beyoncé e do Jay-Z é o de pessoas negras norte-americanas. Ou seja, apesar das questões raciais nos serem comuns, o contexto socioeconômico-cultural da população negra norte-americana é diferente. 
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                                                                                 Grande Esfinge de Tanis 
A primeira aparição deles em frente à Grande Esfinge de Tanis, que representa a mistura do poder invencível do leão à majestade  do rei e aparece propositalmente quando o Jay-Z fala: “this a different angle” / “este é um diferente ponto de vista” 
“Gimme my check / Put some respect on my check / Or pay me in equity, pay me in equity” / Me dê o meu dinheiro / Respeite o meu dinheiro/ Ou me pague com igualdade, me pague com igualdade” 
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A decolonização do Louvre 
Muita gente não deve estar habituada com o termo “decolonial”, mas não há palavra melhor para definir o que representou o a gravação do clipe Apeshit no Louvre, um dos museus mais prestigiados e carregados de privilégios: predominantemente frequentado por pessoas brancas e ricas e com um acervo produzido e representado predominantemente por pessoas brancas e ricas. 
O pensamento decolonial (e não descolonial) parte de uma análise crítica do legado colonial. Partindo de uma perspectiva sociológica e filosófica, a intenção não é “desfazer o colonial ou revertê-lo, ou seja, superar o momento colonial pelo momento pós-colonial. A intenção é provocar um posicionamento contínuo de transgredir e insurgir. O decolonial implica, portanto, uma luta contínua“. 
Por isso, ao ver pessoas negras de diversos tons de pele ocupando aquele espaço e afrontando o status quo é a mais pura decolonização. Isso ficou ainda mais evidente quando vemos a Beyoncé dançando em frente ao quadro A Coroação de Napoleão com suas bailarinas. 
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                                                                    A Coroação de Napoleão                                                                                              Jacques- Lois David 
Ao som de “You ain’t on to this (no), don’t think they on to this / Você não é páreo para nós, não acho que eles sejam páreos para nós”  Beyoncé se sobrepõe ao “grande” colonizador Napoleão, que no quadro encomendado por ele mesmo antes de sua coroação de fato, posta-se como se estivesse coroando a si mesmo. No entanto, não percebe que está na verdade coroando a nossa rainha Beyoncé. 
Ênfase às questões raciais 
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                                                                       Retrato de madame Récamier                                                                                      Jacques- Louis David               
Como bem disse a filósofa e feminista, Djamila Ribeiro, “[…] quando pessoas negras estão reivindicando o direito a ter voz, elas estão reivindicando o direito à própria vida“. No caso de Apes**t, é o contraste pungente que fala, ou melhor, que nos grita. O que melhor simbolizaria a (r)existência do que uma mulher negra e um homem negro arrumando o seu black power, em frente ao quadro da famosa Mona(LISA)? 
Trocadilhos à parte, o quadro da Mona Lisa – ou A Gioconda – é conhecido por representar o ideal de beleza feminino que se tinha à época na qual ele foi pintado, e no clipe ele é visto em segundo plano perdendo espaço para pessoas que foram pouco ou mal representadas na história e na arte, as quais resistiram e resistem às opressões dos padrões de beleza eurocêntricos, impostos até os dias de hoje. 
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                                                                                                         Mona Lisa 
                                                                                           Leonardo da Vinci 
Quando a Beyoncé se posiciona frente à estátua da Vênus de Milo (a Afrodite dos gregos) – o símbolo da beleza feminina – com uma roupa que, de certa forma, lhe dá um corpo quase que de mármore, personifica em si mesma um outro tipo de beleza possível: a beleza da mulher negra. 
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                                                                                               Vênus de Milo 
                                                                                   Alexandre de Antioquia 
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A balsa da Medusa
 Théodore Géricault
Apeshit causou um efeito imediato em todas nós. Parece que a Beyoncé atingiu um ponto da carreira no qual ela pode ter finalmente a liberdade de criar músicas que criticam a sociedade, sem ter medo de sofrer retaliações ou enterrar a sua carreira por isso. Beyoncé e Jay-Z utilizam seus privilégios para dar voz às mais diversas demandas do movimento negro americano, sentindo-se o movimento representado por eles ou não. 
Talvez, como de certa forma vemos na letra, Apeshit é um presente, um agradecimento a todos e todas que resistiram para que hoje tivéssemos pessoas negras ocupando espaços de poder e decolonizando esses espaços. Afinal, “Have you ever seen the crowd goin’ apeshit?”/"Você já viu a multidão enlouquecendo?” 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
Apeshit e o valor da arte negra - Análise: The Cartes (Beyoncé Jay-Z) | Spartakus mostra a desigualdade racial. Disponível em: https://m.youtube.com/watch?v=G7XxbaMKmLs
Análise | The Carters – EVERYTHING IS LOVE | O debut de Beyoncé e Jay-Z | Saga das Músicas, São Paulo, SP, Brasil, 19 de junho de 2018. Disponível em https://sagadasmusicas.wordpress.com/2018/06/19/everything-is-love-debut-de-beyonce-e-jay-z/
Byoncé e Jay-Z. O que está por trás de ”Apeshit” o clipe de Beyoncé e Jay-Z no Louvre. Jornal o Globo. Rio de Janeiro RJ. 19 de junho 2018. Disponível em: https://youtu.be/7Q8ZNhowdMs
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artemusicavideo · 2 years
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"HELLO AGAIN" THE CARS by ANDY WARHOL
Andy Warhol era um artista multifacetado, se aventurou em diversas linguagens: pintura, fotografia, escultura, televisão e em um de seus últimos trabalhos em vida assumira a direção de um videoclipe. Warhol não era estranho à videort, anteriormente fora responsável por dirigir o conceitual e revolucionário ‘Kiss’ (1963), mas desta vez assumira a direção de um videoclipe, em plena era de sua ascensão na cultura de massa com a chegada da MTV.
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O videoclipe em questão fora “Hello Again” (1984) da banda norte-americana The Cars, de seu quinto álbum de estúdio, dirigido por Warhol em parceria com Don Muroe , traz o estilo inconfundível do artista, a Pop Art se faz presente através da paleta de cores além do típico excesso oitentista tão característico da época. O videoclipe de “Hello Again” ainda tivera duas versões, uma veiculada na MTV que ajudou a banda a levar o single as paradas de sucesso e uma versão alternativa e censurada por conta de seu teor erotizado.
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A presente análise focará na versão ‘clean’ do videoclipe, mas fazendo referência a versão alternativa quando necessário. O vídeo começa com um programa fictício chamado “RockTalk” onde o apresentador discute com um grupo de adolescentes o tema “sexo e violência gratuita nos videoclipes” enquanto uma garota diz que os prédios de Nova York são símbolos fálicos e uma outra afirma categoricamente ao apresentador que  “sexo e violência está em todo lugar, nas ruas, na televisão, nos desenhos animados”, quando um carro (possível referência ao próprio nome da banda) invade o cenário, essa introdução é uma referência a versão alternativa do videoclipe que trazia mulheres nuas e carrinhos de brinquedo passeando em stop-motion por seus corpos e por questões óbvias fora censurada e banida da MTV.
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O tema “sexo e violência” permeou os anos 80, uma década de excessos, pós liberação sexual, a cultura popular de fato assimilou esses temas em suas produções: televisão, cinema, música, moda, etc... exploravam o sexo e a violência como entretenimento, nesse contexto, Warhol que sempre se apropriou da cultura de massa para criar suas obras, e sendo essa uma das propostas da Pop Art, desenvolve a narrativa imagética de ”Hello Again” através de cenas que lembram um delírio.
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Em seguida, em uma peculiar participação, o próprio Warhol aparece como um bartender, encarando na televisão cenas de seu filme experimental mudo ’Kiss’ (1963). No qual ele reunira casais heterossexuais e homossexuais para se beijarem em frente às câmeras em ininterruptos 50 minutos de duração, e como citado anteriormente uma das primeiras incursões de Warhol na direção.
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Ric Ocasek, líder do The Cars finalmente aparece no vídeo numa sequência de imagens não lineares, acompanhado de um primitivo efeito de chroma-key, até que ele e seus companheiros de banda chegam ao bar em que Warhol é o bartender, que os recebe com aparente nervosismo e onde está acontecendo uma festa regada a álcool e drogas (ou pelo menos é isso que se sugere) e parte reminiscente do erotismo que está na versão alternativa. Junto a banda figuras excêntricas da cena pós punk nova iorquina em uma postura ‘blasé’, encaram a câmera como se o espectador do vídeo fosse um curioso penetra.
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No final do videoclipe, Warhol segue sendo autorreferente, enquanto Ric Ocasek encarna um profissional de telemarketing, trechos de “Kiss’ (1963) e cenas tremulantes da exótica atriz com letras formando a palavra “HELLO“ sob seus seios fartos e decotados é exibido no fundo de chroma-key, na versão alternativa, cenas de Nova York assumem o lugar dessas.
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O videoclipe inegavelmente tem o estilo iconoclasta de Warhol, diferente dos demais videoclipes analisados, que fazem referências a obras e movimentos artísticos, este em especial se justifica por ter sido dirigido por um dos maiores nomes da Pop Art, trazendo sua estética e influência através da videoarte. Nesse que é um de seus últimos trabalhos em vida, Warhol soma mais esta obra á sua vasta produção artística, cravando assim seu nome como um dos maiores da História da Arte.
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REFERÊNCIAS
Single Stories: The Cars, HELLO AGAIN. RHINO, 2021. Disponível em: https://www.rhino.com/article/single-stories-the-cars-hello-again/ . Acesso em: 17 mai. 2022
Andy Warhol e o clipe de HELLO AGAIN. Cineclipado. Cinema em Cena. Disponível em: https://cinemaemcena.com.br/coluna/ler/1855/andy-warhol-e-o-clipe-de-hello-again/ . Acesso em: 17 mai. 2022
Kemp, Sam. The bizarre erotic music video Andy Warhol made for The Cars. Far Out Magazine, 2022. Disponível em: https://faroutmagazine.co.uk/erotic-music-video-andy-warhol-made-for-the-cars/ . Acesso em: 17 mai. 2022
THE CARS: Hello Again. Rhino. 1984. 1 vídeo (04min 32seg). Publicado pelo canal RHINO. disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KXpJ0bM5zbM/ Acesso em: 17 mai. 2022
THER CARS: Hello Again. 1984. 1 vídeo (04min 58seg). Publicado pelo canal geoffmcbanshee. Disponível em: https://www.dailymotion.com/video/xjs2bj/ Acesso em: 17 mai. 2022
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artemusicavideo · 2 years
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APPLAUSE! BY LADY GAGA
Como já revelado para a mídia, desde seu surgimento na indústria, Lady Gaga mostra-se atrelada à história da arte, utilizando referências artísticas para moldar seus clipes. Dessa maneira, com uma grande influência de Salvador Dalí e seu enorme respeito pelo trabalho de Andy Warhol, a artista é reconhecida por suas contribuições extravagantes à indústria musical, causando grande impacto com seus videoclipes conceituais. Applause, um dos clipes da cantora, apresenta inúmeros conceitos e simbologias, portanto, o intuito desse post é analisá-lo através dos seus elementos artísticos.
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Antes mesmo do clipe, a capa de ARTPOP - criação do artista Jeff Koons - se pode perceber algo muito artístico, visto que atrás da escultura da cantora permeia-se várias obras de arte que inspiraram o videoclipe de Applause.
Dirigido por Inez van Lamsweerde e Vinoodh Matadin, o videoclipe de Applause, primeiro single do disco ARTPOP, marca uma era para a história da música pop. Aproveitando sua formação em Artes pela Tisch School of the Arts da Universidade de Nova Iorque, ela faz alusões a diversos elementos artísticos: o cinema expressionista alemão da década de 1920, a encarnação de O Nascimento de Vênus, as cores fortes do cubismo e até mesmo o teatro popular italiano. Entretanto, neste clipe a artista não só relembra renomadas obras de arte, mas também relembra a si mesmo - enquanto ainda era jovem no ramo da indústria musical.
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Como a mesma diz na canção, na espera do gongo da crítica soar,  Applause surge como uma grande disputa entre cores monocromáticas contrapondo-se a imagens coloridas - técnicas de pintura e efeitos especiais - em busca de atrair a atenção do telespectador para o mais esperado aplauso. 
A criação do título de uma música é essencial para definir a ideia principal. Em Applause, o título conduz o significado principal, já a letra guia o desenvolvimento do título. Logo na abertura do clipe o nome da cantora surge em um palco iluminado, como no início de uma apresentação, o que corresponde totalmente com título da canção - visto que o mais almejado após o término de um espetáculo é o aplauso.
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Revelada a temática que Lady Gaga deseja discutir, a canção em si discorre que um artista não existe sem um público. Como parte da música diz “eu vivo pelos aplausos, vivo pela maneira que você torce e grita por mim”. O aplauso é parte do show, sendo a retribuição de um espetáculo brilhante. Para transmitir esse significado ao clipe, a cantora traz inúmeras referências artísticas realmente simulando um show. Gaga assume diversas personas de movimentos artísticos adaptados à realidade do universo que pretende expor com essa canção: a necessidade do aplauso.
Em vista disso, logo no começo do clipe inicia-se seu repertório artístico referenciando o expressionismo alemão com o filme Metrópolis (Fritz Lang, 1927). Neste, ela explora a personagem Maria - professora carismática que é uma grande influência ideológica aos operários. Por isso, é indicada para dar alma e feição a um android escolhido para encantar o proletariado, agindo como um agente hipnotizador. Com esse filme, possivelmente a cantora tentou trazer o conceito de hipnotizar a grande massa, ou seja, envolver os telespectadores em busca de aplauso.
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Ainda dentro do cinema expressionista alemão, a cantora faz referência ao filme O Gabinete do Doutor Caligari (Robert Wiene, 1920). Como se Cesare fosse um produto de entretenimento, Doutor Caligari o controla mentalmente para que faça o que pedir. Lady Gaga utiliza isso para mostrar que seria capaz de tudo para satisfazer seus fãs, inclusive ignorar as críticas.
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Inspirada no quadro “O Nascimento de Vênus” de Sandro Botticelli, Lady Gaga representa o nascimento de uma nova era - com seu álbum ARTPOP - como o nascimento da deusa Vênus na mitologia. Assim, a cantora aparece como no quadro, ou seja, com cabelos longos e conchas pelo corpo.
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Ainda sobre quadros, a cantora de peruca amarela e a icônica pinta acima da boca faz referência a imagem de Marilyn Monroe feita por Andy Warhol - um dos precursores da Pop Art. Sobre isso, a mesma até discorre na canção “A cultura pop estava na Arte, agora a Arte está na cultura pop, em mim”
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Entrando na parte teatral, Lady Gaga assume a persona Pierrot - um personagem da Commedia dell’Arte que é apaixonado pela Colombina, como a cantora é apaixonada pelos fãs. Dá a entender que Gaga é como o personagem, vive para alegrar e ganhar aplausos de seus fãs, assim dedica-se sua carreira ao entretenimento.
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Outro símbolo relacionado ao nascimento é o surgimento de Gaga dentro de um ovo em um corpo de cisne. Essa parte do videoclipe é aberta a várias interpretações, por exemplo: a cantora durante sua infância ser considerada um “patinho feio” por não se encaixar nos padrões, porém hoje em dia é vista como um cisne negro - algo majestoso. Outra interpretação é que pode ser uma alusão ao filme “Cisne Negro”, cujo conta a história de uma bailarina que enloquece em busca da perfeição, pois almejava reconhecimento e aplausos.
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Além dessa interdiscursividade com a arte, Gaga faz alusão ao ser mitológico budista Kinnari, metade pássaro e metade mulher, conhecido por sua habilidade com a música e com a dança. Podemos ver quando a cantora sai de uma grande cartola apresentando um rabo de cavalo. Também pode-se fazer uma referência a Salvador Dalí com suas obras surrealistas.
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Além disso, a cantora também traz críticas em sua canção no que diz respeito à produção artística e aos fatores relacionados ao sucesso desses produtos, trazendo uma juízo de “certo e errado” presente na crítica. Assim, faz referência à expressão ‘quebrar a perna’- utilizada entre os atores para desejar boa sorte antes de uma estreia no teatro - como se ela desejasse boa sorte à entrada de novos artistas na indústria musical com todas as críticas que permeiam esse meio.
Em síntese, Lady Gaga realmente produziu um show em seu clipe Applause trazendo referências artísticas e criticando a indústria musical. Tudo isso para escutar o que tanto almeja dos seus fãs: os aplausos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, N.; Applause - Lady Gaga (Inez Van Lamsweerde e Vinoodh Matadin, 2013). Revista RUA, 2016
LADY GAGA – Applause. LadyGagaVEVO, 19 ago. 2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pco91kroVgQ Acesso em: 04 maio. 2022.
Lady Gaga faz referências ao Cisne Negro, Marilyn Monroe e outros ícones em 'Applause'. Caras, 2013. Disponível em: https://caras.uol.com.br/musica/lady-gaga-applause-referencias-cisne-negro-marilyn-monroe.phtml. 
SILVA, L. F. G.; MENDES, M. D. N. . Interdiscursividade e metadiscursividade no videoclipe Applause, de Lady Gaga. Revista Entrepalavras, v. 5, p. 31-46, 2015.
VOLTARELLI, João Pedro. A Influência da arte na música Pop. Medium, 2018. In: https://medium.com/@joao.volt/a-influ%C3%AAncia-da-arte-na-m%C3%BAsica-pop-fcbb145593e1
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artemusicavideo · 2 years
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BLOOD, SWEAT AND TEARS BY BTS
Neste post será analisado os elementos artísticos, imagéticos e simbológicos do clipe “Blood, Sweat and Tears” do grupo sul coreano de K-pop (Korean Pop) BTS, que vem se destacando imensa e internacionalmente por suas músicas, coreografias e produções bem elaboradas. O clipe está cheio de referências à Arte Renascentista e à sociologia, o que oferece uma história para o vídeo em questão. Para quem é fã e conhece, o grupo proporciona um universo cheio de realidades alternativas e teorias em seus MVs.
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A abertura do clipe é caracterizada pelos sete membros do grupo entrando em um espaço característico de um museu. Após mostrar seu entorno, a câmera foca em Jin (vocalista e membro mais velho do grupo) em frente a um quadro, que no caso é “A Queda dos Anjos Rebeldes”, de Pieter Bruegel, o Velho, de 1562. A obra mostra um cenário apocalíptico e de pandemônio, onde os anjos obedientes ao Deus cristão travam uma luta intensa com os considerados anjos caídos, que são abordados como seres demoníacos na pintura. Em suma, é a representação da luta do Bem e do Mal, do Belo e do Horrendo. Para frisar ainda mais o conceito, o quadro no vídeo clipe está entre dois arcos de entrada: um branco e um preto, que na simbologia das cores, representa o bem e o mal, respectivamente. Esse início vai guiar toda a narrativa da história, a dualidade do ser, o ato de se render ao pecado ou não, através da arte.
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Assim que a câmera gira em torno de Jin, podemos ver atrás dele a estátua “Perseu com a Cabeça da Medusa”, de Benvenuto Cellini, de 1545-54, que é caracterizada pela imagem de Perseu triunfante segurando a cabeça da górgona Medusa sobre seu corpo inexpressivo.
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Assim que as primeiras notas da música começam, de forma sutil pode-se notar o quadro de Herbert James, “O Lamento por Ícaro”, de 1898, que é retomado segundos depois como fundo para a apresentação da personagem de Jungkook (vocalista principal e membro mais novo do grupo). A arte de James retrata três ninfas segurando e observando o corpo sem vida e com as asas de cera estendidas de Ícaro, que, por sua vaidade e despreocupação, voou perto demais do Sol, o que fez suas asas derreterem. Correspondente ao vídeo clipe, Jungkook está em um balanço em posição semelhante à de Ícaro, dando a entender ao mesmo sentimento do filho de Dédalo: o desejo rebelde e jovem de voar mais alto do que se pode.
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Em muitos momentos podemos notar que os membros cobrem os olhos de si mesmos ou de Jimin (vocalista do grupo), o que significa o impedimento de ver o Verdadeiro, referente à obra que guia toda a história do clipe, o livro “Demian” de Hermann Hesse, quando Sinclair, a personagem principal, faz suas descobertas após ter sua inocência e realidade questionada pela figura de Demian.
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Rapidamente, no começo do verso de RM (rapper e líder do grupo), vemos uma pintura de um pássaro alçando voou sendo queimada, conectando-se novamente a queda de Ícaro e, pensando na simbologia do pássaro e do fogo, a extinção da liberdade do ser.
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Há também a conexão com uma passagem de “Demian”:
“A ave de meu sonho seguiria em busca do amigo, quando, como por magia, chegou-me uma resposta. [...] "A ave sai do ovo. O ovo é o mundo. Quem quiser nascer tem que destruir um mundo. A ave voa para Deus. E o deus se chama Abraxas." Após ler essas linhas várias vezes, caí em profunda meditação. Não havia dúvida: era a resposta de Demian.” (HESSE, 1925)
Demian mandou essa nota para Sinclair, ressaltando indiretamente Ícaro e o deus Abraxas, que acreditavam poder incorporar o bem e o mal.
Em seguida, RM bebe uma bebida de cor verde, que representa o absinto, bebida alucinógena que afeta a visão e o limite do que é realidade e sonho. Não obstante, tanto o quarto (e a fumaça) que anteriormente Suga (rapper principal do grupo) estava quanto parte das cenas de RM tem um filtro de coloração também verde, que na simbologia das cores representa a liberdade e juventude. Isso mostra um estado onírico que retoma o desejo de voar mais alto que o possível pela mocidade.
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Continuando, vemos j-hope (rapper e principal dançarino do grupo) a frente de “Pietá”, por Michelangelo, de 1498-99, que mostra a Virgem Maria segurando o corpo desfalecido de Jesus Cristo após ser crucificado, porém a versão deste clipe está diferente: o corpo de Jesus está geométrico e angulado, como se ainda não tivesse sido terminado de esculpir, simbolizando algo em construção, como o caráter e o caminho das personagens.
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J-hope logo atira uma flecha, sugerindo que ele é o destruidor do mal – que no caso é representada pela figura de V (vocalista do grupo) –, assim como a estátua de “Perseu com a Cabeça da Medusa”.
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V como uma entidade do mal retoma a ação de encobrir a Verdade – ou o prazer – em sua cena que está sob lenços esvoaçantes que tem leve transparência – por mais que tente encobrir, a verdade e/ou o prazer são translúcidos diante dos olhos do observador.
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Passamos, então, para a cena de todos os membros sentados em uma mesa que sutilmente representa “A Última Ceia”, quadro de Leonardo Da Vinci, de 1495-1498. Jin, que estava em frente a ao quadro da “Queda dos Anjos Rebeldes” de Bruegel, está sentado na ponta da mesa, representando Jesus, que na escultura de “Pietá” do clipe está ainda em formação, em descobrimento, assim como também Sinclair de “Demian”, buscando algo vital.
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Em seus pratos, há apenas maçãs para comer. A maçã, em sua simbologia representa o conhecimento e a inspiração. Na iconografia do Cristianismo, comer o fruto da árvore do Paraíso lhe dá conhecimento tanto bom como mau. Mas nenhuma das personagens come a maçã, e posteriormente, Jimin está em um quarto segurando uma maçã em oposição a Suga que segura uma venda: a verdade em contraponto à ilusão.
Se notarmos, a coreografia mostra demonstra os atos de “não veja o mal, não fale o mal, não ouça o mal”, do provérbio japonês “見ざる聞かざる言わざる (Mizaru, Kikazaru, Iwazaru)”, sendo 見る(miru), 聞く(kiku), 言う (iu), respectivamente ver, ouvir e falar, e ざる (zaru) que é sufixo de negação.
Seguindo, o clipe mostra V em uma sacada com o fundo a obra de Pieter Bruegel, “Paisagem com a Queda de Ícaro”, de 1558, que representa sutilmente Ícaro morrendo afogado no mar. E assim como o mito, V se joga da sacada. Nesse contexto, além da representação do mal, a personagem também se assemelha à Ícaro.
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Na continuação, vemos o grupo performando em um ambiente que tem uma iluminação rosa, que representa não apenas a pureza, mas também a ingenuidade das personagens diante da narrativa. Mostra-se então Jimin vendado e preso na sala enquanto mãos sequencialmente são retiradas da frente do rosto de Jin. Novamente, a verdade sendo impedida e libertada, respectivamente.
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Agora, há um corte na música e um interlúdio cinematográfico começa. A silhueta da personagem de Jin solta um balão em um cenário de alto contraste de vermelho e preto (“Quanto mais um preto pecaminoso e quanto mais um tom decadente de violeta se combinarem com o vermelho, maior a impressão de imoralidade que se transmite. O diabo veste vermelho e preto. O inferno é vermelho [...]. E uma tênue luz vermelha cria um ambiente de pecado”, HELLER, 2014), e RM declama uma citação de “Demian”, representando a luta entre o mundo do mau, da ilusão e do pecado contra o mundo do bom, da verdade e obediência:
“Ele também era um tentador; ele, também, era um elo com o segundo, o mundo maligno com o qual eu já não quero me relacionar” (HESSE, 1925)
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Após a citação, Suga toca um órgão, representando o mentor de Sinclair, Pistorius, e a música que é tocada nada mais é que Passacaglia in D minor por Buxtehude, que é referenciada na obra de Hesse. Em meio a melodia, os membros correm do museu, porém Jin fica para trás. V percebendo tal ato, cobre os olhos de Jin para então revelar, no centro do museu, uma enorme estátua com grandes asas negras, lembrando a imagem de Lúcifer. Em meio a isso, o véu que antes cobria a personagem de V é retirado lentamente e, assim que Jin beija a estátua, o véu é tirado por completo, mostrando cicatrizes nas costas de V, provando a representação do mal, do anjo caído, da semelhança com Ícaro.
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A música então volta com explosões de cores por todos os cenários. A arte foi liberta, sendo assim, o conhecimento também – principalmente no cenário de Pietá, que as cores principais são, novamente, verde e rosa, liberdade e ingenuidade. A estátua de Lúcifer também emana tinta, como lágrimas verdes e sangue vermelho (novamente, liberdade, pecado, imoralidade são derramados), assim como Jimin, ao tirar a venda, tem lágrimas verdes em seu rosto.
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No final de tudo, e assim, concluindo a análise, mostra Jin em frente ao espelho com uma citação em alemão de Friedrich Nietzsche: “É preciso ter caos dentro de si para dar à luz a uma estrela cintilante”; A imagem da Virgem Maria em Pietá é quebrada, assim como o rosto de Jin, como um boneco de porcelana, para mostrar que ambos foram corrompidos. Pode-se perceber, também, que o reflexo da flor que está na bancada do espelho é diferente da realidade – lírios e do outro lado, Liatrises –, referindo-se ao caos que Nietzsche aborda e como ele nos permite ver as coisas por diferentes perspectivas. Liatrises são conhecidas também como estrela ardentes, conectando-se a citação de Nietzsche.
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Em suma, o clipe condensa diversas sugestões semióticas e referências ao Período Renascentista, e aponta críticas que o próprio período aborda, como o ceticismo religioso em contraste com o hedonismo, e leva a uma reflexão da imoralidade do ser humano assim como as diferentes visões e julgamentos que temos do mundo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BTS - Blood sweat & tears: Liberdade X Ceticismo. O Filho do Homem (The Son of Men), 31 de dezembro de 2017. Disponível em: <http://ofilhodohomemson.blogspot.com/2017/12/bts-blood-sweat-tears-liberdade-x.html>. Acesso em: 27 de abril de 2022.
VIOLA, Jojo. Uma análise aprofundada do MV de ‘Blood Sweat & Tears’. Bangtan Brasil, 26 de novembro de 2019. Disponível em <https://bangtan.com.br/uma-analise-aprofundada-do-mv-de-blood-sweat-tears/#:~:text=Dadas%20as%20diversas%20refer%C3%AAncias%20religiosas,as%20cenas%20do%20BTS%20sentado>. Acesso em 27 de abril de 2022.
BLOOD Sweat & Tears SYMBOLISM + THEORY. Amino, 10 de outubro de 2016, seção ARMY’S. Disponível em <https://aminoapps.com/c/btsarmy/page/blog/blood-sweat-tears-symbolism-theory/2vaw_Mv1UNumov1Gqz0LZbBxXmE8pQ1WGaa>. Acesso em 28 de abril de 2022.
ANÁLISE: Blood, Sweat and Tears (BTS). K4us, 19 de setembro de 2020. Disponível em <https://k4us.com.br/analise-blood-sweat-and-tears-bts/>. Acesso em 28 de abril de 2022.
BTS, ‘Blood Sweat & Tears’ e a Dicotomia Entre o Bem e o Mal. Delírios da Madrugada, 10 de outubro de 2016. Disponível em: <https://meusdeliriosdamadrugada.wordpress.com/2016/10/10/bts-blood-sweat-tears-e-a-dicotomia-entre-o-bem-e-o-mal/>. Acesso em 28 de abril de 2022.
HELLER, Eva. A Psicologia das Cores: Como as Cores Afetam a Emoção e a Razão. 1ª edição. São Paulo, Gustavo Gili, 2013.
A QUEDA dos Anjos Rebeldes. Casthalia, 30 de janeiro de 2006. Disponível em: <http://www.casthalia.com.br/a_mansao/obras/bruegel_anjo.htm>. Acesso em 27 de abril de 2022.
PERSEU com a Cabeça da Medusa. StringFixer, sem data. Disponível em: <https://stringfixer.com/pt/Perseus_with_the_head_of_Medusa>. Acesso em: 27 de abril de 2022.
LECHUGA, Daniela. El lamento de Ícaro: COMENTARIO HISTÓRICO ARTÍSTICO DE EL LAMENTO DE ÍCARO. La Cámara Del Arte, 5 de janeiro de 2022. Disponível em: <https://www.lacamaradelarte.com/2020/09/el-lamento-de-icaro.html>. Acesso em 27 de abril de 2022.
MARCELLO, Carolina. Escultura Pietá, de Michelangelo. Cultura Genial, sem data. Disponível em: <https://www.culturagenial.com/pieta-de-michelangelo/#:~:text=Piet%C3%A0%20%C3%A9%20uma%20c%C3%A9lebre%20escultura,e%20impressionantes%20do%20g%C3%AAnio%20renascentista.>. Acesso em: 27 de abril de 2022.
ZIERER, Adriana. Significados medievais da maçã: Fruto proibido, fonte de conhecimento, Ilha paradisíaca, MIRABILIA, ISSN: 1676-5818. Mirabilia (Vitória. Online), v. 1, p. 1-20, 2001.
LIMA, Bela. A fábula dos três macacos sábios e o ensinamento que ela nos traz. Metrópoles, 29 de janeiro de 2019. Disponível em: <https://www.metropoles.com/bela-jornada/a-fabula-dos-tres-macacos-sabios-e-o-ensinamento-que-ela-nos-traz>. Acesso em 28 de abril de 2022.
HESSE, Hermann. Demian. 22ª edição. Suhrkamp Verlag, Frankfurt am Main, 1925.
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artemusicavideo · 2 years
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Um BANG no pop art
Assim como a capa do álbum, o clipe contém referências à pop art. O vídeo possui uma essência do preto e branco com inserções de animações coloridas que são marcas registradas desse movimento artístico.
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Com uma batida pop e dançante, a faixa fala sobre a mulher poderosa e também sobre dar a volta por cima. "É uma música pop, inovadora, que acerta no alvo, daí o nome 'Bang', com muita referência aos anos 70", disse Anitta para entrevista.
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Outros clipes fantásticos que contém também pop art são “Rude Boy” de Rihanna, “Give it 2 Me (feat. Pharrell Williams)” de Madonna, e “Shot Me Down” de David Guetta.
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Referências Bibliográficas
Anitta lança clipe de "Bang" com referências de pop art. Uol, São Paulo, 09 de outubro de 2015. Disponível em: <https://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2015/10/09/anitta-lanca-o-clipe-de-bang.htm> Acesso em: 30 de março de 2022.
Cajé, Max. Grafismos e pop chiclete são o tiro certo de Anitta em "Bang!". Finíssimo, Brasília, 10 de outubro de 2015. Disponível em: <http://finissimo.com.br/2015/10/10/anitta-bang/> Acesso em: 04 de abril de 2022.
Anitta: Bang. 09 de Outubro de 2015. Um vídeo (03min 14seg). Publicado pelo canal Anitta. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=UGov-KH7hkM> Acesso em: 30 de Abril de 2022.
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artemusicavideo · 2 years
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VIDEOCLIPES, MTV E A LINGUAGEM ARTÍSTICA AUDIO-VISUAL
O videoclipe ou apenas “clipe” como é conhecido popularmente tem sua origem muito anterior à sua chegada na rede mundial de computadores, muito antes de mega grupos de K-Pop ou Divas do Pop acumular milhões de visualizações no Youtube, os videoclipes estiveram presentes nos primórdios da televisão moderna onde se popularizou e atingiu seu auge. Essa combinação de vídeo e música nasceu como uma estratégia de publicidade com o objetivo de divulgar artistas e suas músicas, já nos anos 1960 era possível assistir através dos antigos televisores de tubo, performances de artistas como a cantora norte-americana Nancy Sinatra cantarolando: “These Boots Are Made For Walkin’” e da banda inglesa The Animals apresentando: “The House of The Rising Sun”. O lendário “Quarteto de Liverpool" (Paul, John, Ringo e George), The Beatles, produziam vídeos de suas apresentações para veiculação em massa no auge da chamada ‘Beatlemania’, uma forma de aproximar a banda inglesa de seus fãs enlouquecidos. Artistas de passagem pelo ‘Top of The Pops’, tradicional programa musical da BBC, tinha trechos de suas apresentações ‘clipados’ e exibidos posteriormente como um registro da passagem daquele artista pelo programa.
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O precursor “vídeo musical” atravessou a década sem muita inovação, gravações em estúdio ou trechos de apresentações ao vivo, chegaram aos anos 1970 sem mudar essa fórmula, entretanto, uma mudança nesse padrão já começava a partir dessa década, videoclipes com artistas apresentando suas canções em uma linguagem cinematográfica, isto é, através de cortes de câmera e conceitos da sétima arte e em uma dinâmica completamente diferente da década anterior já começavam a ser produzidos e exibidos nas redes de televisão. Com a chegada da era Disco, esses videoclipes começavam a se popularizar através dos hits da época, “Dancing Queen” do grupo sueco ABBA, “Stayn’ Alive” do trio anglo-australiano Bee Gees e "Y.M.C.A” do grupo norte-americano Village People são exemplos de clipes da época que apresentavam essa nova linguagem, esses não se baseavam apenas em registros do artista ao vivo ou em estúdio, mas apresentavam uma quase narrativa no vídeo.
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O videoclipe se tornou cada vez mais importante na indústria musical, entretanto, como explica Jack Banks, as gravadoras não se comprometeram totalmente com os clipes até a estreia da MTV (BANKS, 1998). Esta, marca um capitulo a parte e essencial na história do videoclipe, inaugurada em 01 de agosto de 1981, com a proposta de exibir videoclipes 24 horas por dia para uma audiência jovem, seria a responsável pela revitalização da indústria fonográfica e levar os videoclipes ao seu auge. Em sua primeira transmissão, faria sua auto introdução com a célebre frase: “Ladies and Gentlemen... Rock’N’Roll” e exibiria o seu primeiro videoclipe, ”Video Killed The Radio Star” [o vídeo matou a estrela do rádio] do duo britânico The Buggles, uma notável ironia em relação a proposta da emissora em trazer os videoclipes como protagonistas. A importância da emissora a cabo fora essencial na popularização do videoclipe, dedicando inclusive uma premiação exclusiva para o formato (MTV Video Music Awards); a partir da chegada da ‘Music Television’, artistas e suas gravadoras perceberam que o videoclipe era a oportunidade de ouro de apresentar seu trabalho na vitrine televisiva que a emissora proporcionava em nível global com suas filiais ao redor do mundo (incluindo o Brasil que recebeu sua versão local em 1990), além disso, notava-se que singles com videoclipes atingiam melhores colocações nas paradas de sucesso com a Billboard Hot 100.
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Nessa década de 1980 o videoclipe mudara radicalmente, além da linguagem de cinema, um radicalismo estético era incorporado graças ao experimentalismo de artistas de distintas áreas, como explica Ivana Bentes (2006, p.180) “No videoclipe há espaço para o diálogo com artistas visuais experimentais, que circulam apenas em centros culturais, galerias, Bienais e museus que podem sair do gueto da arte”, ou seja, não apenas cineastas com expertise em cinema produziam videoclipes, mas artistas plásticos e visuais se aventuravam na criação de videoclipes. Desta vez os videoclipes não tinham única e exclusivamente o intuito de ser uma peça publicitária, mas assumia uma proposta de obra de arte áudio visual, com narrativas ficcionais ou não ficcionais, roteirizadas ou simplesmente conceituais.
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Mesmo ocasionalmente alegando que gravadoras e selos desencorajassem a criatividade e inovação em detrimento a videoclipes convencionais, segundo Banks, (BANKS, 1998), a produção de videoclipes como trabalho artístico sobreviveu a essa demanda entregando verdadeiras obras. Seria então uma verdadeira revolução na videoarte, na expressão artística através de imagens e música que chega até os tempos atuais como parte essencial de um trabalho artístico.
 
Referências Bibliográficas
BANKS, Jack. Video in the Machine: The Incorporation of Music Video into the Recording Industry. In: Popular Music Vol. 16 – 3. Cambridge: Cambridge University Press, 1997. p. 293 - 309
BENTES, Ivana. Videoclipe, Cinema e Política. In: PEDROSO, Maria Goretti (Org.) Admirável Mundo MTV Brasil. São Paulo: Editora Saraiva, 2006. p. 180
THE CARS: Hello Again. Rhino. 1984. 1 vídeo (04min 32seg). Publicado pelo canal RHINO. disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KXpJ0bM5zbM Acesso em: 01 abril 2022
PETER GABRIEL: Sleadghammer. Peter Gabriel. 1987. 1 vídeo (05min 45seg). Publicado pelo canal: Peter Gabriel. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OJWJE0x7T4Q Acesso em: 01 abril 2022
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artemusicavideo · 2 years
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Arte Como Referência e Influência na Música e Vídeo
INTRODUÇÃO
Entre as décadas de 1920 e 1940, o rápido progresso da tecnologia sonora (com a explosão das redes de rádio e propagação das famosas Jukeboxes) junto ao sucesso dos filmes musicais levou a criação dos curtas promocionais de música, visualizáveis nos jukeboxes de vídeo. Esses curtas musicais foram os antecessores do que hoje conhecemos como clipes musicais. Para o escritor Matt Hanson, o curta Motion Painting No.1 pintado por Oskar Fishchinger ao som de Bach, em 1947, é o primeiro protótipo desse gênero.
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[Da esquerda para a direta, Jukebox e Video-Jukebox de Rowe]
Quando analisamos as atuais expressões de audiovisual, em especial os MVs (sigla para Music Videos), podemos claramente notar a ideia de Gesamtkunstwerk do compositor Richard Wagner. Esse termo alemão significa, literalmente, “obra de arte completa”, e para Wagner, seria qualquer trabalho que fosse capaz de combinar a música, a literatura e as artes visuais, em uma síntese sinestésica de forma harmoniosa.
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Acerca deste projeto, será trabalhado, então, os videoclipes e sua linguagem visual, assim como a análise e contextualização de diferentes MVs que entram na ideia de Wagner de síntese artística.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
NAPOLI, Maria Donata. Short Review of the Relationship Between Video, Music and Art. Journal of Science and Technology of the Arts, Palermo, Itália. Publicação 4, 2012. CEÍA, Carlos. GESAMTKUNSTWERK. E-Dicionário de Termos Literários (EDTL), coord. de Carlos Ceia, ISBN: 989-20-0088-9, <http://www.edtl.com.pt>, Acesso em 01-04-2022. CALDAS, Carlos Henrique Sabino. O videoclipe na era digital: história, linguagem e experiências interativas. XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste, Universidade Estadual Paulista, Bauru, SP. 2013.
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