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#Post7: Making Off
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Foto: Cris Nandes
Nós, da equipe Contexto Ciberativista, entendemos o quão chato é não entender o processo de produção daquilo que consumimos. Sendo assim, este post se dedica a compartilhar com nossos leitores(as) como nasceu e se desenvolveu o blog. O resultado faz parte da avaliação da disciplina Comunicação e Tecnologia, ministrada pelo professor André Lemos, na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Com um grupo formado por estudantes que não se conheciam e tema  escolhido por questões de afinidade iniciamos o processo de construção.
A criação e design foram feitos por I’sis Almeida e tiveram a aprovação de todo o grupo. Para alimentação do blog, dividimos a escrita das postagens por duplas, no entanto, toda a equipe comprometia-se em auxiliar a dupla com comentários e sugestões. Os textos da matéria para as publicações sempre eram discutidos em grupo, bem como o tema de cada publicação, recebendo sugestões do participantes, aliadas aos temas discutidos na matéria.
Dessa experiência, avaliamos resultados muito positivos. Primeiro, criamos laços com quem antes não conhecíamos. Além disso, aprofundamos o nosso conhecimento sobre  ciberativismo, buscando diversas referências para aprimorar os textos. A assiduidade do grupo em sala de aula também foi um fator importante pois facilitou o desenvolvimento com as relações entre os temas e textos da disciplina. A colaboração dos membros, responsabilidade com o prazo do trabalho e a colaboração mútua resultaram em um blog com um conteúdo relevante, links externos, bibliografia atualizada e diversos exemplos, no entanto sempre existem pontos a se melhorar.
Dos pontos negativos, podemos ressaltar que muitas vezes, a rotina do semestre não permitiu com que fizéssemos pesquisas mais profundas sobre o assunto de cada post, como gostaríamos. Também não chegamos a conseguir um contato direto com algum coletivo ou grupo ciberativista, dos quais citamos em nossos textos. Teria sido interessante se conseguíssemos citar outros autores, que não apenas os trabalhados na disciplina, para enriquecer a nossa escrita.
Hoje, acreditamos que nossa equipe é capaz de transmitir conhecimento sobre o ciberativismo, além de ter um repertório bibliográfico aumentado. Criamos também uma consciência sobre a importância do nosso papel no ciberespaço, bem como pudemos entender a grande diferença entre o que é uma ação para fins políticos, diferente do que são posts sem qualquer intenção parecida. Deixamos aqui este blog como memória para que os próximos discentes e inclusive para nós mesmos, pois o produto no geral é um bom ponto de partida para que lembremos sobre o quão profundo e complexo é o tema. 
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Saiba + Post#6
1. O mundo mediado por algoritmos | Pesquisa FAPESP
2. Falamos com Fabi Grossi, robô criado para combater o “pornô de vigança” | Hypness
3. Robots.txt: saiba como evitar que determinadas páginas do site apareçam no Google | Seo Marketing
4.  “ Um robô que te põe a falar de violência online” | Smack.pt (canal português)
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#Post6: A favor do ciberativismo: o que é e como os algoritmos podem beneficiar causas ciberativistas
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Fonte da imagem: Pixabay
Todo texto, toda fala, toda forma de expressão possui um intuito, um objetivo, uma causa a defender, mesmo que obscuro ou escondido nas entrelinhas. Antes, associávamos isso com a capacidade do ser humano de ser subjetivo, atributo esse que lhe era considerado único. Hoje, essa peculiaridade de racionalização já não é tão exclusiva dos humanos; o fato deve-se ao desenvolvimento crescente dos algoritmos.
Em “A Relevância dos Algoritmos”, Tarleton Gillespie, da Universidade de Ithaca em Nova Iorque nos Estados Unidos diz que “os algoritmos desempenham um papel cada vez mais importante na seleção das informações consideradas de maior relevância para nós, um aspecto fundamental da nossa participação na vida pública”. Elias Bitencourt, professor de Design na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), confirma a afirmação ao mensurar que o algoritmo é hoje algo tão presente na vida de qualquer pessoa, que até ser comparado com Deus: “a gente não vê, mas sabe que existe”, ele brinca. Segundo Bitencourt, diferente do que muitas pessoas imaginam, redes sociais ou jogos eletrônicos por exemplo, não existem apenas para proporcionar “experiências sensacionais” aos usuários, mas sim, com um fim muito maior e por vezes desconhecido por quem os utiliza.
Um algoritmo pode ser definido como uma a sequência de etapas para resolver um problema ou realizar uma tarefa de modo automático, mas embora influencie as atividades mais comuns de qualquer indivíduo, a exemplo da procura de atalhos no numa viagem com a ajuda de aplicativos de celular, os algoritmos ainda continuam sendo vistos como objetos intangíveis, que não apresentam características suficientes para ser percebido ou entendido pela maioria da população.
Gillespie ainda em “A Relevância dos Algoritmos” diz que o artigo tem por objetivo “verificar como os algoritmos são convocados, recrutados e negociados como parte de esforços coletivos para conhecer e se tornar conhecido”. O autor irá dizer que para compreender a complexidade dos algoritmos, se faz necessário uma análise dos mesmos como realizações técnicas não abstratas, desvendando as escolhas humanas e institucionais que estão por trás desses “mecanismos frios”. Em sua concepção, existem algumas linhas de pesquisa a se fazer para que os algoritmos sejam vistos como “ferramentas emergentes para o conhecimento e discurso público”, uma delas é a categorização. Gillespie irá explicar que o processo de categorização da informação para que ela sirva como um dado ao algoritmo, é uma poderosa intervenção semântica e política. Sendo assim, embora as grandes empresas como o Facebook exibam grande apetite na coleta de dados e informações, eles podem ser entendidos muito mais pelo que desejam excluir. O caso do robot.txt, é um exemplo disto.
O robot.txt é um trecho de um código que previne que uma página ou site seja indexado por ferramentas de busca, porém, apesar de ter sido pensado como uma ferramenta para preservar a privacidade dos criadores individuais, ele tem sido amplamente usado por instituições governamentais como forma de ocultar documentos públicos. Outros exemplos estão em casos específicos de redes sociais, que através de seus algoritmos, excluem conteúdos previstos como violações de direitos humanos, pornografia infantil, entre outros. O que o autor nos alerta é que as decisões feitas pela mídia comercial sobre o que deve e o que não deve ser deixado de fora, categorizando determinadas informações, potencialmente molda o caráter do discurso público.
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Página da Fabi Grossi (projeto CARETAS) no Facebook
É ao contrário do que mídia comercial propõe, que recentemente algumas iniciativas ciberativistas têm ocupado o discurso público com iniciativas que fazem uso dos algoritmos em benefício a alguma causa ou objetivo. Este é o caso da “Fabi Grossi”, um bot (perfil robô) criado para combater o “pornô de vingança”. Com o slogan: “as histórias precisam ser ouvidas. Chega de assédio!”, o Projeto Caretas (uma iniciativa da UNICEF), utilizou uma página no Facebook para dar voz a uma personagem fictícia. A menina de 21 anos vive a angústia de ter tido a intimidade exposta nas redes, e se você dispuser a ter uma conversa com ela através do Mensseger (app de chat do Facebook), ela se prestará ao papel de lhe contar todo o caso. O final depende de como você conduzir a conversa. O perfil foi criado em março de 2018 e ainda hoje é possível verificar comentários de pessoas que se conduziram a passar pela experiência, mesmo sabendo que se trata de uma robô, para refletir sobre a questão. O Caretas se autodescreve como “um sistema 100% gratuito e opcional (de "opt-in"). Isso significa que as/os usuárias/os dão o primeiro passo e decidem participar do projeto. CARETAS nunca interage ou envia informações a pessoas que não pediram para entrar na experiência.”
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Foto Divulgação: cartaz da conferência da Pyladyes BR
Outro exemplo de ciberativismo que utiliza os algoritmos em prol de um objetivo não comercial e político é a Py, como é carinhosamente chamada a comunidade PyLadies por suas integrantes. Trata-se de um grupo de mulheres desenvolvedoras e amantes da programação em Python (uma linguagem de programação de alto nível), criada por Guido van Rossum em 1991. O primeiro grupo foi criado por sete mulheres em Los Angeles, Estados Unidos e logo se espalhou, tendo, atualmente, mais de 40 grupos ao redor do mundo, incluindo o Brasil. “Nosso desejo é mostrar às meninas que não há limites para sua capacidade intelectual. Se o desejo delas é escrever linhas de código. Pá! Façam isso”, conta a persona da Py no site da comunidade. Persona é a voz de uma marca e/ou instituição estabelecida para abrir diálogo com um público numa linguagem específica, seja ela formal ou coloquial.
Assim, sob à luz desses exemplos pode-se dizer que, apesar de os algoritmos funcionarem muitas vezes como meras ferramentas de leitura de dados: reagindo às ações de indivíduos e oferecendo a resposta a qual foram programados para oferecer, estas mesmas ferramentas podem ter utilidade pública. Um algoritmo não é dado impalpável e impossível de ser dimensionado em termos políticos. Ao observar que os critérios avaliativos do algoritmo são estabelecidos por princípios organizacionais já estão extremamente incorporados às práticas do mundo, eles mesmos têm em si (em sua gênese), ramificações políticas.
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Saiba + Post#5
1.  Folha de São Paulo publica palavras “bolso” e “bolovo” no Twitter e respostas sugerem ação de robôs pró-Bolsonoro | BlogFolha
2. Notícias falsas foram compartilhadas ao menos 3,84 milhões de vezes durante as eleições | Aos Fatos
3.  É #FAKE imagem que Manuela d’Ávila aparece com camiseta “Jesus é travesti” | O Globo
4.  Análise: Post-scriptium sobre as sociedades de controle, de Deleuze | Pulsarmente
5.  5 milhões de fake news foram compartilhadas nos últimos três meses | TecMundo
6.  A força do Whatsapp e fake news nas eleições | Papo Rápido 
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#Post5: Fake News, “Ciberativismo de Bem” e Sociedade do Controle
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Fonte: Vini Oliveira 
Os avanços tecnológicos e dos meios de comunicação têm modificado a interação entre as pessoas e até a forma de fazer política. A disseminação de conteúdo enganoso através das redes sociais, principalmente do Whatsapp, foi um plus para os candidatos à presidência brasileira de 2018. Dentre os destaques está Jair Bolsonaro, capitão da reserva eleito à presidência com 55,13% do votos.
Bolsonaro utilizou do meio digital para fazer a maior parte da sua campanha, tanto para propagar suas propostas para um “Brasil melhor” como para atacar os adversários. Seus posicionamentos extremos quanto a questões de gênero, raça, religiosidade, LGBT's, anti-corrupção e armamentistas contribuíram na formação de uma legião de cidadãos fazendo campanha diariamente em grupos de redes sociais e nas ruas. Valia tudo para colocar Bolsonaro “bem na fita”.
Nesse cenário, uma série de conteúdos com informações falsas ou tiradas de contexto tomaram conta da web. Entre eles: o kit gay, a foto de Manuela d’Ávila (candidata a vice-presidente pelo PT) usando camisa com a frase 'jesus é travesti' e casos de corrupção envolvendo a candidata do Rede, Marina Silva.
De acordo com uma pesquisa da agência de checagem Aos Fatos, realizada durante os quatro meses de eleição, foram desmentidos 113 boatos, que juntos alcançaram 3,84 milhões de compartilhamentos no Facebook e no Twitter.  A surpresa é que checagens e medidas institucionais para retirada do conteúdo do ar não foram suficientes para conter a proporção de compartilhamentos dessas informações e o movimento de associar Bolsonaro a um mito político.
“Ciberativismo de Bem”
Um ciberativismo para cidadãos de bem ganhou força com a rapidez na circulação de conteúdos nas redes sociais. Como explicam Henrique Antoun e Fábio Malini, no artigo “Mobilização nas Redes Sociais: a narrativa do #15 e a democracia na cibercultura”,  as redes são formas próprias de poder,  “através da qual uma multidão inteligente armada pela comunicação distribuída em redes interativas estaria conquistando sua emancipação social".
Os apoiadores de Bolsonaro, assim como os envolvidos no fenômeno estudado por Antoun e Malini, estabeleceram redes de guerra na busca por votos, que também teve uma oposição forte com o movimento #EleNão. Ambos os grupos conseguiram se organizar através da incorporação de princípios e afinidades comuns.
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Fonte: Humor Político 
Para além dos apoiadores, a eleição ainda contou com a ação de bots (aplicação de software concebido para simular ações humanas repetidas vezes de maneira padrão, como faria um robô) no Twitter, que foi comprovada pelo jornal Folha S.Paulo. O veículo publicou matérias com as palavras 'bolso' e 'bolovo' na rede social e várias respostas pró-Bolsonaro apareceram. Tudo indica que bots estavam programados a responder qualquer citação ao Bolsonaro. A maioria dos perfis responsáveis pelas respostas haviam sido criados em outubro deste ano.
Todos esses fenômenos, das correntes de compartilhamento de fake news a atuação de bots, envolvem o bom uso dos códigos na política. Conforme analisou Antoun e Malini, "Os códigos são lei de um mundo coerente e compartilhado que beneficia certas atitudes, tipos de relações e formas de conexão. Estando embutidos nas interfaces eles condicionam seu uso a uma aceitação por parte do usuário".
Vigiar e Agredir
Outra forma de analisar o fenômeno é pensar o poder dos grupos de apoiadores de Bolsonaro frente aos conteúdos negativos divulgados pela mídia tradicional e compartilhado nas redes sociais. Os pró-Bolsonaro pareciam viver em uma constante vigilância, "falou mal do meu candidato preciso responder agora". O panóptico de Bentham,  modelo de arquitetura em anel com uma torre no centro onde tudo se via, foi adaptada à internet.
Para toda publicação a favor de outros candidatos ao pleito, não faltavam publicações e respostas pró-Bolsonaro. Nessa vigilância, eles encontravam mais aliados para luta pela sociedade patriarcal brasileira. Em “O Panoptismo”, Foucault alude a vigilância como um contrato social, "o panóptico pode ser utilizado como uma máquina de fazer experiências, modificar o comportamento, treinar ou retreinar os indivíduos".
Estabeleceu-se uma espécie de rede de poder durante e, principalmente, ao final das eleições. Formou-se uma grande teia online na luta por uma sociedade tradicional, cristã e com liberdade para impor sua opinião sobre a vida e os direitos dos demais cidadãos. No Facebook, Twitter e Whatsapp, várias eram as correntes a favor do candidato Bolsonaro por um Brasil justo, livre de gays e com o lema do "bandido bom é bandido morto".
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Fonte: Wikipédia 
Fake News e a sociedade de controle
Deleuze escreve em seu texto, “Post-scriptum sobre as sociedades de controle”, que as instituições como “família” e a “escola”, por exemplo, passam por crises generalizadas e que estariam condenadas a longo prazo. “Trata-se apenas de gerir a sua agonia e ocupar as pessoas, até a instalação de novas forças que se anunciam. São as sociedades de controle que estão substituindo as sociedades disciplinares”.
Em uma eleição, onde o discurso de ódio e as vaidades individuais foram enaltecidas valia tudo para levar vantagem do candidato. Percebemos muitos amigos, familiares e conhecidos compartilhando fake news que condizem com suas crenças pessoais e apoiando candidatos por influência desses conteúdos. Deleuze também observou que as sociedades do controle operariam máquinas de terceiro setor, como computadores e de informática, que trazia como perigo a interferência e pirataria.
O professor André Lemos, ao reler as abordagens de Foucault e Deluze, aponta que é preciso analisar as tecnologias menos como substantivo e mais como advérbio, pelos caminhos para que são elaboradas, para nos livramos do discurso purista,  que abarca política, ciberativismo, vigilância e liberdade, em um contexto de sociedade em redes. Veja também a análise desta eleição da Professora Sâmia Franco produzida para o Contexto Ciberartivista.
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Entrevista: Professora Sâmia Brito Franco avalia Fake News, Ciberativismo e Controle Social nas eleições 2018
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Fonte: Psafe 
As eleições presidenciais brasileiras de 2018 foi um marco para a nova forma de fazer campanha política. Nesta eleição vimos a projeção das redes sociais colocando em xeque as mídias tradicionais, além de valores conservadores assumindo cada vez a personificação frente às abordagens mais progressistas das ditas minorias sociais. Movimento opositores como a ação de mulheres com a #EleNão, e o uso de bolts durante a campanha de Jair Bolsonaro, põe em destaque uma das eleições mais emblemática da história brasileira.
Para entender um pouco mais sobre esse fenômeno político social, conversamos com a mestre em relações internacionais,  pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Sâmia de Brito Franco, professora de comunicação e política na Unijorge. Sâmia estudou a relação entre a política externa brasileira e a difusão da língua portuguesa no governo Lula (2003-2010) e orientou trabalhos de conclusão de curso sobre influência da mídia na política externa, relações bilaterais entre Brasil e Argentina como alternativa comercial. Confira entrevista na íntegra:
Contexto Ciberativista: Você acredita que os valores de família tradicional, Brasil sem  corrupção e da criminalidade não ser mais tolerada apresentados na campanha de Bolsonaro foram aspectos positivos para a vitória?
Sâmia Brito Franco: Sim, acredito que as propostas do candidato Bolsonaro conseguiu cativar parte da população que acredita que esses valores podem apresentar "soluções" para lidar com questões novas, como o fortalecimento de pautas progressistas, como a questão de gênero, e antigas, ligadas a inabilidade estrutural das instituições do Estado brasileiro em lidar com questões como corrupção e segurança pública, que integram as discussões atuais na esfera pública brasileira.
Contexto Ciberativista: Como você analisa essa configuração atual de campanhas políticas que utilizam bots no Twitter e bombardeamento de vídeos, fake news e outros conteúdos diariamente durante o período eleitoral?
Sâmia Brito Franco: A utilização de mecanismos tecnológicos, como bots, para bombardear o grande público de informações diversas, entre elas aquelas com conteúdo duvidoso e não verídico, é bastante preocupante, afinal em eleições democráticas o cidadão eleitor deve ter direito e a liberdade de acessar informações fidedignas e confiáveis para que possa escolher, de forma consciente e responsável, aquele candidato que apresenta um plano de governo compatível com seus interesses e visões de mundo.
Contexto Ciberativista: Quais os efeitos dessas estratégias na vida social e no próprio exercício da democracia?
Sâmia Brito Franco: Essas estratégias podem ser danosas para a consolidação de uma esfera pública madura  onde os cidadãos possam debater assuntos de interesse geral de maneira livre e consciente.
Contexto Ciberativista: Existem estudos de que esse tipo de conteúdo (falso ou tirado de contexto) para conquistar votos aparecia mais para usuários que estavam se mostrando indecisos quanto ao voto ou desacreditado com a política nas redes sociais. Como você avalia esta ação?
Sâmia Brito Franco: Acredito que foi criado no meio digital um mecanismo eficiente de cruzamento de dados que criou uma fonte de informações precisas, a partir da qual grupos de interesses diversos conseguem avançar e alcançar seus interesses políticos e econômicos.
Contexto Ciberativista: Para você, com a vitória de Bolsonaro, é possível que ciberativismos como o pró-homofobia, o pró-machismo  e o pró-violência ganhem força?
Sâmia Franco: A concretização desse cenário futuro, na minha opinião, só poderá ser analisada com vistas às decisões que serão implementadas pelas diversas instâncias do Estado brasileiro (legislativas e judiciárias), que baseadas pelos princípios fundamentais consagrados pela Constituição Federal de 1988, por exemplo o de dignidade da pessoa humana, tem obrigação de coibir ou punir excessos de grupos em meios digitais.
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Mestra em Relações Internacionais Sâmia de Brito Franco 
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Saiba + #Post 4
1. Atabaque Blog | Movimento Negro Virtual?
2. ONU Brasil | Violência, pobreza e marginalização ‘ainda tem cor’.
3. Criola | Enquanto viver, luto. 
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“O documentário, dirigido por Iléa Ferraz, conta 10 histórias reais de violação de direitos vividas por mulheres negras.  A produção é uma parceria da ONG Criola, Oxfam Brasil e Pérola Negra Produções Artísticas, e faz parte do projeto Mulheres Negras Fortalecidas na Luta Contra o Racismo e o Sexismo, realizado por Criola com apoio da Oxfam Brasil, Ação Educativa, Fase, Ibase, Inesc e Instituto Pólis.”
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#Post4: Ciberativismo Negro: a potência de contra narrativas ajudando a contrariar as estatísticas
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Nátaly Neri | Canal Afros e Afins
Dos anos 90 para cá, pudemos observar o surgimento de novos expoentes do Movimento Negro através da Internet. Nátaly Neri, YouTuber do canal Afros e Afins, Monique Evelle, criadora do Desabafo Social, Rosa Luz, YouTuber e artista multidisciplinar e Caio César, YouTuber e professor pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, são apenas alguns dos nomes que vem em mente quando falamos sobre ciberativismo. No texto “Redes Sociais na Internet”, Raquel Recuero, jornalista, professora e pesquisadora da Universidade Federal de Pelotas ressalta que uma das principais mudanças promovidas pela Internet foi a possibilidade de expressão e sociabilização através das ferramentas de comunicação mediada pelo computador.
Em nosso primeiro post, pontuamos que apesar do ciberativismo ser um assunto intrinsecamente ligado à Internet, quando ocorre somente nela, qualquer ativismo perde o seu sentido maior, tornando-se um possível ativismo de sofá. Em se tratando de Ciberativismo negro é possível observar este debate inclusive entre antigas e novas gerações de pessoas negras. No texto “Movimento Negro Virtual de autoria do “Atabaque Blog”, há uma crítica à nova geração de militantes negros sem deixar deixar de ressaltar a importância da nova movimentação social na Internet:
“O movimento negro virtual é uma outra maneira de se fazer política e que sem dúvida, não substitui outras formas tradicionais de ação política e social. Os grupos de discussão ou 'listas' são espaços públicos virtuais onde se podem desenvolver ações políticas efetivas, tais como campanhas de denúncias, mobilizações para ações reais e virtuais, circulação de manifestos entre outros tipos de ações focais por meio eletrônico tais como ataques hacker e cracker.”
O espaço público virtual tem um caráter potencialmente democrático por estar aberto a diferentes formas de manifestações. Henry Jenkins, estudioso dos meios de comunicação, em sua obra “Cultura da Convergência”, cita a expressão “inteligência coletiva”, conceito elaborado pelo ciberteórico francês Piérre Levy. Jenkins diz que ninguém sabe de tudo, mas  cada um sabe algo e podemos juntar as peças, “se associarmos nossos recursos e unirmos nossas habilidades”. Além disso, afirma que a inteligência coletiva pode ser vista como “uma fonte alternativa de poder midiático”, assim compreendemos que o ciberativismo negro tem ampliando vozes de grupos negros, organizados através da rede de computadores, pautando temas pouco explorados nas mídias tradicionais.
Como não somente existem marcadores de raça na vida da população negra, questões como gênero, classe e outros aparecem dentro deste tipo de ciberativismo. São subdivisões referentes à lutas específicas, como de mulheres negras, LGBTQ+, entre outros. Traremos aqui esses dois exemplos que nos servem de substância para compreender a potência de algumas dessas especificidades.
Ciberativismo por mulheres negras
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Marcha do Empoderamento Crespo em Salvador | Foto: Marcelo Ferrão 
Ciberfeminismo foi um termo usado na década de 90 pela teórica cultural britânica Sadie Plant. As ciberfeministas eram ativistas que acreditavam que a tecnologia seria uma importante ferramenta para desestruturar as divisões de sexo e gênero. Assim como surgiu o feminismo negro, reivindicando as questões de raça não abordadas dentro do movimento feminista, dentro do ciberfeminismo existe a vertente de mulheres negras. São lutas que surgem de um contexto social diferente, e que se desenrolam de formas distintas, pois não partimos do mesmo lugar ao falar sobre mulheres brancas e mulheres negras. Essas iniciativas, além de fomentar as manifestações no ambiente virtual, desenvolvem estratégias de representatividade no mundo offline.
A “Criola”, por exemplo, é uma organização que tem mais de 25 anos de trajetória. Dentre seus objetivos, estão criar e aplicar novas tecnologias para a luta política de grupos de mulheres negras e mobilizar ações políticas sobre setores da sociedade: governos e demais instâncias públicas. Em 2017, em parceria com a Oxfam Brasil, fundou a Rede Nacional de Ciberativistas em Defesa das Mulheres Negras. A Rede tem por objetivo visibilizar denúncias de violação dos direitos, de modo que elas resultem em revisão ou mudanças em políticas públicas nacionais. A organização ainda atua em áreas como saúde, memória, arte e empreendedorismo.
Ciberativismo LGBTQ+ negro 
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Coletivo AfroBapho | Foto: Gabriel Oliveira
Outro tipo de ciberativismo negro é pautado na luta pela vida da população LGBTQ+. Tratam-se de grupos LGBTs que pensam sobre a questão racial. Nesse cenário, a especificidade dentro do ciberativismo negro, busca promover uma ampla discussão sobre a posição em que essas pessoas ocupam na sociedade.
O coletivo AfroBapho é um grupo formado por jovens negros e LGBTs, que utilizam as artes integradas como forma de mobilização social, trabalhando a intersecção de raça, gêneros e sexualidades. Em fevereiro de 2016, inspirados por Beyoncé e o clipe “Formation”, o grupo realizou um ensaio para protestar contra o genocídio da população negra no Brasil. O nome é uma tradução do conhecido movimento americano “Black Lives Matter”, ou “Vidas Negras Importam”.
Contrariando as estatísticas
Em um relatório publicado em 2016 por Rita Izsák, relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU), após uma série de apurações sobre a situação social do negro no Brasil, Izsák afirmou que mesmo com uma série de políticas públicas e ações voltadas para os afrodescendentes, a desigualdade continua a afetar de modo desproporcional a vida dessa população. Ainda no mesmo relatório, a organização traz à tona a informação de que 70,8% dos 16,2 milhões de brasileiros vivem em extrema pobreza.
Considerando portanto que todos os índices de vulnerabilidade social estão diretamente associados à população negra desde o período da escravidão, podemos afirmar que este tipo de ciberativismo compõe uma série de contra narrativas que vêm sendo formuladas através da Internet, Redes Sociais e da Rede de Computadores. É o que Raquel Recuero afirma quando diz que o aspecto social do ciberespaço nos permite observar a formação de novas estruturas, onde os atores sociais se conectam viabilizando rupturas ao padrão estabelecido historicamente a essa camada da população.  
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Sugestão de leituras do #Post 3
1. #EleNão: Após tomar as redes, movimento liderado por mulheres contra Bolsonaro testa força nas ruas| El País Brasil;
2. Manifestantes vão as ruas contra Jair Bolsonaro ocorrem em 66 cidades pelo mundo | O Globo 
3.  Manifestantes vão as ruas em 26 estados e no DF contra o candidato Jair Bolsonaro | G1
4.  Como o grupo Mulheres contra Bolsonaro foi hackeado no Facebook | Época
5.  Salvador contra Bolsonaro - #EleNÃO| Mídia Ninja 
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#Post3: #Elenão: a bandeira de um momento histórico
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Fonte da Imagem: Purebreak
O dia 29 de setembro de 2018 entrou para história depois de mulheres criarem um grupo no Facebook reunindo pessoas que se mostraram indignadas com as falas e posicionamentos do candidato à presidência da república pelo Partido Social Liberal (PSL), Jair Bolsonaro.
A presença massiva que concordava com a hashtag #elenão, põe em evidência uma discussão anterior das redes sociais que é o impacto do ciberespaço nas ruas. No entanto, o ciberativismo tem trazido grandes contribuições para pensar como os territórios informacionais como blogs, Youtube, Facebook, Twitter, Instagram e o WhatsApp podem trazer soluções e/ou transpor as questões do  espaço geográfico para ser dialogado numa outra ambiência.
Por sua velocidade e a facilidade em agregar redes de relacionamentos, o ciberativismo conta com o processo de virtualização, que colabora com a materialização das ações nas ruas. Pierre Levy refere-se ao “virtual” como uma “elevação potencial”, que acontece pela mutação identitária do objeto conservando sua essência, em seu texto “O que é o virtual”. 
Momento Histórico
Um dos grandes fomentos dado para o ativismo na cibercultura é a dinâmica do desengate do aqui e agora. Com isso, o ciberativismo traz respostas a um grande embate da militância: a inércia gerada nas redes sociais. Acontece que atuar de modo “não-presente”, desterritorializa a ação, ainda que estimule na reconfiguração das interações sociais. A virtualização incide na independência do espaço-tempo pelo caráter ubíquo, simultâneo e massivamente distribuído, o que nem sempre pode ser traduzido em pessoas na rua em prol de uma causa. No entanto, diante da ameaça do fim da democracia e a instauração de um governo totalitário, o ciberativismo demonstrou que o movimento iniciado pelas redes sociais também pode tocar ao espaço geográfico. 
Um estudo realizado pelo Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic), da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), diz que a hashtag #elenão teve seu maior pico no Twitter e ultrapassou as arenas de debates de partidos e movimentos sociais. Os dados registraram cerca de 299 eventos no Facebook contra o candidato. 
Com a data do ato marcada para o dia 29, a cantora baiana Daniela Mercury usou outro recurso de comoção popular, com o desafio da hashtag. Diante da omissão de algumas celebridades, a cantora provocou artistas da contemporaneidade a se posicionarem gerando uma repercussão nacional. Com a confirmação e apoio de algumas personalidades, o desafio foi se estendendo a diversas figuras do contexto brasileiro que repercutiu numa proporção maior do ato. Pierre Levy ressalta que “a invenção de novas velocidades é o primeiro grau da virtualização”.
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Fonte do Vídeo: Youtube | Publicado em 26 de setembro de 2018
Ainda para o teórico, os diversos registros de transmissões (sejam orais, escritas, recursos do audiovisual e das redes sociais) constroem velocidades e qualidades de histórias diferentes, assim aconteceu com a heterogênese dos grupos “LGBTS contra Bolsonaro”, “Homens contra Bolsonaro”, “Povos de Candomblé contra Bolsonaro”, e as bifurcações dada pelas diversas hashtags. A hashtag #elenão foi salteando entre redes e aproximando pensamentos que construíram o ciberespaço num território de acolhimento e com potencial transformador caracterizando também um momento histórico.
Com a visibilidade da questão ressaltada pelo grupo “Mulheres Contra Bolsonaro”, o celular de uma das administradoras do grupo que havia reunido cerca de 2 milhões de pessoas em 2 dias sofreu uma ação criminosa, sendo crackeado e enviando mensagens de ódio pelo WhatsApp. Este contratempo, é evidenciado como integrante da virtualização, quando Pierre Levy diz que a “virtualização passa de uma solução dada (as limitações pelo espaço geográfico) para um outro problema (as dificuldades encontradas no meio virtual)”. No entanto, estratégias foram propostas e o evento aconteceu de forma massiva e deixando seus registros nas diversas redes sociais e plataformas digitais.  
Outros Territórios
As lives no Facebook, os stories no Instagram, as mensagens nos grupos da família pelo WhatsApp e os tweets (publicações no Twitter), versam sobre as três leis que baseiam os processos culturais inerente a cibercultura, trata-se da liberação dos pólos de emissão, o princípio da conexão em rede e a consequente reconfiguração sociocultural.
Diferentemente das mídias tradicionais, que seguem aos enquadramentos e suas organizações políticas, com a liberação dos pólos de emissão comum a cibercultura, as mulheres que participaram do ato produziam seus próprios conteúdos e emitiram por plataformas diversas, cujo os conectores (os dispositivos que mediam as conexões) garantiam a globalização unindo as pontas “local” e “global”. É a partir dos objetos que o ciberespaço é mediado e reconfigurado. 
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Fonte da Imagem: Nacho Doce/Reuters
Em seu texto, “Cibercultura Como Território Recombinante”,  André Lemos destaca: “não é a recombinação a grande novidade, mas a forma, a velocidade e o alcance global”. Podemos entender então que a globalização é uma narrativa contada a partir de conectores, a exemplo do professor da Faculdade de Comunicação Fábio Sadao, que esteve em Puerta del Sol na capital da Espanha onde aconteceu um dos atos contra o candidato.
O professor Fábio registrou algumas imagens do ato realizado por imigrantes e Brasileiros em solo Europeu. O registro ressalta o aspecto desterritorializante do ciberespaço de como os objetos infocomunicacionais auxiliam no consumo multicultural. Imagens como as retratadas do dispositivo de Sadao foram compartilhadas por outros tantos aparelhos dos 66 países em que o ato se estendeu, reforçando o clima de indignação com as falas do presidenciável. Mais que isso, dá contornos e texturas e territorializa o ciberespaço por uma comunidade, uma rede de relacionamentos. Contam outra narrativa sobre a democracia.
A ressonância da hashtag #elenão em várias cidades do mundo é prova do crescimento do ciberativismo como um instrumento conectivo e transformador. Além de corroborar na importância do ciberespaç (para o compartilhamento de ideais e vivências, colocando em evidência o questionamento das definições de território enquanto apenas lugar real) agora se faz um campo de troca de poder e expressão. Desconstrói-se, assim, a noção de uma globalização “global”, onde tudo e todos, em qualquer ponto do mundo, estão interconectados, estabelecendo a visão de território como a esfera de influência de um indivíduo ou de um grupo, indiferente às fronteiras físicas, mantendo essas ligações através dos artefatos usados para conectá-los.
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Sugestões de Leitura #Post2
1. ARIMURA, Mayumi. Hackitivismo: vilões ou mocinhos?;
2. CLIK E APRENDA. Afinal, o que é WikiLeaks?;
3. PAYÃO, Felipe. Entrevista com Anonymous: o que eles querem, fazem e o que são Ops?;
4. PRADO, Bruno. Entenda como uma empresa pode sofrer danos colaterais com protestos.
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#Post2: WikiLeaks e o contexto do Hacktivismo
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Fonte da imagem: Pixabay
Você provavelmente já deve ter ouvido falar em WikiLeaks, uma organização transnacional sem fins lucrativos que divulga através de um site informações e documentos confidenciais sobre assuntos de interesse geral, mas já se perguntou o que é esse movimento? Qual o principal objetivo e interesses por trás desse espaço de propagação de dados sigilosos?
De acordo com Liliana Pacheco, mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologia pelo Instituto Universitário de Lisboa, a Wikileaks surgiu no final de 2006 com o objetivo de divulgar na internet informações de natureza ética, política ou histórica, de forma anônima em prol da liberdade de expressão. “Os motivos que movem as fontes do Wikileaks – que são insiders, com acesso a informação confidencial, ou crackers, que quebram os sistemas de segurança –   podem ser um sentido de justiça ou uma forma de retaliação contra os seus empregadores”, (PACHECO, 2011).
A Wikileaks foi a plataforma que possibilitou que a sociedade mundial, com intermédio dos veículos de comunicação, tivesse acesso a informações ocultas sobre as guerras do Iraque e Afeganistão, abusos ambientais, aos telegramas confidenciais da diplomacia americana e ao suposto programa secreto de espionagem cibernética da Agência de Inteligência dos Estados Unidos (softwares maliciosos capazes de acessar computadores, celulares e TVs inteligentes para coletar mensagens e áudios). Assuntos que alcançaram grande repercussão na época do vazamento dos dados.
Essa prática de invadir sistemas e derrubar sites através de procedimentos hackers (habilidades de elaborar ou modificar softwares e hardwares com uma finalidade) para transmitir uma mensagem ao maior número de pessoas é conhecida como hacktivismo, que em tradução seria a convergência entre ativismo e os métodos hacking no ataque de um sistema por motivos políticos ou ideológicos. A ação dos hacktivistas consiste em desestabilizar instituições com ataques hackers para fazer a causa, normalmente de interesse coletivo, ganhar visibilidade ou combater aquele (s) que são considerados opositores.
Para eliminar segredos sobre assuntos de interesse coletivo e divulgar os dados obtidos com procedimentos hackers, a internet assume um papel fundamental. Como é abordado pelo sociólogo Richard Sennet, no livro ‘O Artífice’, a internet traz lógica a associação entre a ideia e a matéria, ou seja, do objetivo que se quer alcançar e as técnicas necessárias para obtê-lo. No contexto da busca pela transparência de informações, a rede digital é vista como um meio de propagar uma causa, que amplia as relações as relações significativas e as possibilidades de lutar em prol de um ideal.
Outros exemplos de Hacktivismo
Outros grupos, que assim como o Wikileaks, também atuam na militância pela transparência e pela verdade através dos meios digitais são o Anonymous e o Anonymous BR. O Anonymous luta contra a censura na internet e pelo combate a todas as formas de centralização de poder e verticalização através da exposição de dados de empresas ou indivíduos que trazem consequências negativas para a sociedade. Recentemente, o Anonymous derrubou diversas contas de Twitter e sites relacionados aos jihadistas após os ataques terroristas feitos pelo estado Islâmico na França.
Já as ações da Anonymous BR remetem ao desejo de desmascarar os governos e a corrupção, ao divulgar detalhes de processos que passam longe da mídia. O grupo derrubou sites de bancos e vazou grande parte dos documentos da Operação Satiagraha, contra o desvio de verbas públicas, a corrupção e a lavagem de dinheiro.
Ampliação da temática
Ao analisar o hacktivismo, vale refletir sobre os limites dessas ações de ataque aos sistemas para garantir a transparência na militância por uma causa. Será que ao burlar as regras convencionais com atividades hackears não existe um desrespeito ao direito de privacidade do outro?
Conforme explicou André Lemos, engenheiro, mestre em política de ciência e tecnologia, no artigo ‘A Crítica Essencialista da Cibercultura’, a evolução dos computadores e redes comunicações terão sempre o lado positivo e o negativo, assim como o hacktivismo. “Para uns, a internet é emancipadora. Para outros, ela é totalitária. Para uns, as redes sociais são a nova potência da socialidade, para outros, o fim dessa mesma socialidade”, (LEMOS, 2015).
Tudo vai depender muito do contexto, do uso dos dispositivos e das finalidades, pois a técnica ela vai sendo construída mutuamente com base nas relações entre sujeito e objeto.  Já que ao mesmo tempo em que é importante sabermos detalhes sobre as negociações de uma guerra de nível mundial, talvez não seja tão interessante ter documentos e e-mails pessoais de um governante vazados.
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Fonte do vídeo: Anonymous Brasil | Publicado em 18 de jun de 2013
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Bibliografia Geral
#POST 1:
1. Flusser, V. O que é comunicação? In: _____. O mundo codificado: por uma filosofia do design e da comunicação. São Paulo: Cosac Naify, p. 88-100, 2007;
2. LÉVY, P. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2003;
3. LEMOS, A. Ciberativismo. Disponível em: Ciberativismo. Acessado em: 02 de Setembro de 2018;
4. Serres, Michel. Polegarzinha. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013. T
#POST 2:
1. PACHECO, Liliana. Wikileaks e Internet: O que poderá mudar no jornalismo a partir daqui. Lisboa: Estudos em Comunicação, n° 9. P. 31-43, 2011;
2. SENNETT, Richard.  O  Artífice,  RJ/SP.,  Record,  2009;
3. LEMOS, André. A crítica da crítica essencialista da cibercultura. São Paulo: Dossiê, v.9 – n° 1. P. 29-51, 2015.
#POST 3: 
1.  Lévy, P. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 2011. (Capítulo 1)
2.  Lemos, A. Cibercultura como território recombinante. A cibercultura e seu espelho: campo de conhecimento emergente e nova vivência humana na era da imersão interativa. São Paulo: ABCiber, p. 38-46, 2009. 
#POST 4:
1.  JENKINS, Henry, Cultura da Convergência, RJ. Aleph, 2009. (Introdução e capítulo 3)
2. RECUERO, Raquel, Redes Sociais na Internet, Porto Alegre, Sulina, 2009. (Cápitulo 1)
#POST 5: 
1. Antoun, H; Malini, F. Mobilização Nas Redes Sociais: a narratividade do# 15M e a democracia na cibercultura. In: XXII COMPÓS. Salvador, BA, 2013. 
2. Deleuze, G. Post-Scriptum sobre as sociedades de controle. In: _____. Conversações: 1972-1990, Editora 34, pp. 219-226, 1992.
3. Foucault, M. O panoptismo. In: _____. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópoles: Vozes, p. 186-214, 2009. (Terceira parte: Capítulo III)
#POST 6:
1.  Gilesppie, T. A relevância dos algortimos, Revista Paragrafo, v. 6, n. 1 (2018)
2. Pierro B. O mundo mediado por algoritmos: sistemas lógicos que sustentam os programas de computador têm impacto crescente no cotidiano, Pesquisa FAPESP  Edição 266, abr. 2018 
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#Post1: Contexto Ciberativista
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Tema 01: Comunicação, tecnologia
Para compreender ciberativismo é necessário antes de tudo entender o termo ciberespaço e cibercultura. Segundo Pierre Levy, filósofo, sociólogo e pesquisador em ciência da informação e comunicação, ciberespaço é um conjunto de comunidades de redes de comunicação entre computadores e Internet, cibercultura por sua vez é o conjunto de aspectos e padrões culturais relacionados com a Internet e a comunicação a partir das redes de computadores, ou seja, uma consequência do ciberespaço.
Ao pé da letra, ciberativismo significa ativismo na Internet. Uma modalidade de mobilização política e social que depende parcial ou completamente da rede de computadores para os seus efeitos, ou seja, diferente do que muitos costumam associar, o ciberativismo não está somente associado às redes sociais, já que podemos por exemplo considerar as mensagens SMS como parte desta prática.
André Lemos, engenheiro, mestre em política de ciência e tecnologia e professor da disciplina para qual este blog é direcionado, relembra que o movimento Zapatista é um dos casos mais famosos de ciberativismo. No ano de 1994, um grupo do México, contrário ao governo, usaram táticas  conhecidas como hacktivismo, ferramenta comumente usada para práticas ciberativistas  para na disseminação de informação. O grupo tinha como principal objetivo ajudar grupos indígenas do estado dos Chiapas no país. Para Lemos, há três categorias na política de ativismo na Internet: 1. conscientização e informação; 2. organização e mobilização e 3. iniciativas mais conhecidas como já citado por “hacktivismo”.
A comunicação, ao lado da tecnologia, é um dos elementos centrais nas práticas ativistas. No caso da comunicação, ela funciona de maneira contranatural, tanto ao processo de existência do homem, quanto a habitual forma de se fazer mobilização política. Segundo Villém Flusser, o homem só se comunica a fim de escapar da solidão inerente ao processo do existir. Sendo assim, a comunicação humana em sua raiz é um fenômeno da liberdade.
Pela importância que tem, a mídia assumiu a função do ensino, afirma Michel Serres no livro “Polegarzinha”. Desse modo, apesar do objetivo do ciberativismo não ser diretamente o de educar, a atuação e mobilização nos meios digitais gera informações que alcançam espaços além do seu grupo alvo. Assim, a Internet é uma forma de espalhar os ideais, para que seja atingido um maior número de pessoas que possam se atentar à causa.
Os grupos ativistas no ciberespaço ganham uma maior abertura para se posicionarem e maior visibilidade pela união que é gerada pelos simpatizantes da causa. Um exemplo de ciberativismo é o portal blogueirasnegras.org. Através da perspectiva do feminismo negro são escritos diversos artigos relacionados a questões como: identidade, resistência, saúde e beleza, estilo de vida, cultura. Dessa forma, além das mulheres negras serem representadas como tema principal de todo o portal, outras pessoas podem ter acesso e ampliarem o seu conhecimento acerca desse assunto. E esse ativismo vai além do espaço digital, pois as blogueiras fazem eventos pautando esses temas, mobilizando encontros fora da internet, mas usando-a como ferramenta de disseminação das suas ideias.
Entretanto, nesse cenário, o falso ativismo (ou, como é popularmente chamado, ativismo de sofá), torna-se um empecilho. Compartilhar informações nas redes sociais, posicionar-se politicamente nos perfis online, ou até mesmo acompanhar portais ativistas não são o suficiente se essa discussão fica apenas em um perfil numa rede social. Aliado ao posicionamento online, espera-se que haja a mudança e mobilização na realidade offline, onde as causas pautadas estão de fato ocorrendo. Caso contrário, é perdido o sentido do ativismo e não são feitas ações concretas sobre o que é apenas discutido no ciberespaço.
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O que é
O blog Contexto Ciberativista foi fundado no ano de 2018, em Salvador, por um grupo de alunos da Faculdade de Comunicação da UFBA, e a sua principal missão é apresentar análises críticas relacionando o ciberativismo e a tecnologia. A iniciativa surgiu  da disciplina curricular de Comunicação e Tecnologia (COM104) lecionada pelo Profº. Drº. André Lemos. 
O ciberativismo busca difundir informações e reivindicações, organizar e mobilizar indivíduos para ações dentro e fora da rede em prol de uma causa.  Vale ressaltar que se entende como ciberativismo uma forma de ativismo realizado através de meios eletrônicos.
O blog vai abordar os tipos de ciberativismo e movimentos de ativismo que estão sendo realizados no Brasil e no mundo, conforme a repercussão do caso na mídia e a sua relação com o universo da tecnologia.
Conheça um pouco sobre os administradores do blog no menu “Quem Somos”.
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Quem Somos
O blog Contexto Ciberativista foi fundado no ano de 2018, em Salvador, por um grupo de alunos da Faculdade de Comunicação da UFBA, e a sua principal missão é apresentar análises críticas relacionando o ciberativismo e a tecnologia.
Vale ressaltar que se entende como ciberativismo uma forma de ativismo realizado atrás de meios eletrônicos. O ciberativismo  busca difundir informações e reivindicações, organizar e mobilizar indivíduos para ações dentro e fora da rede em prol de uma causa.
O blog vai abordar os tipos de ciberativismo e movimentos de ativismo que estão sendo realizados no Brasil e no mundo, conforme a repercussão do caso na mídia e a sua relação com o universo da tecnologia.
Conheça um pouco sobre os administradores do blog:
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Diogo Beraldo Lima é aluno do 2º semestre do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do IHAC (Instituto de Humanidades Artes e Ciências Professor Milton Santos) da Universidade Federal da Bahia. O grande hobbie de Beraldo além da leitura, perceptível pelos inúmeros livros que carrega na mochila, são os videogames.
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I’sis Almeida, com apóstrofo e dois “s” é estudante de Jornalismo no 4º semestre na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, (UFBA), mas também já passou pelo Bacharelado Interdisciplinar em Artes na mesma instituição.Vê na imagem e no texto as suas maiores paixões e por isso resolveu continuar os estudos fazendo a segunda graduação. Como técnica em Comunicação Visual formada em 2014 pelo SENAI-BA (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), desenvolve trabalhos freelancers como designer e é idealizadora do Portal Black Fem, um veículo de comunicação sendo construído por meninas e mulheres da Bahia e outros estados com foco em adolescentes e jovens adultas negras.
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Lívia Oliveira é estudante de Economia no 2º semestre da Universidade Federal da Bahia e ao mesmo tempo, está na fase final do curso de Jornalismo na Universidade Jorge Amado, a Unijorge. Lívia é atualmente repórter e estagiária no IBahia.com. Quando fala sobre as coisas que mais gosta de fazer em sua vida lista: viajar, ir ao cinema e ao teatro.
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Marcelo Ricardo está no 7º semestre de Jornalismo. É Bacharel Interdisciplinar em Humanidades pelo IHAC/UFBA, poeta e contista. Gosta de experimentar em audiovisual e literatura.
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Maria Marta Lima é estudante de estudante de Jornalismo no 4º semestre da Faculdade de Comunicação da UFBA. É também aluna bolsista do Programa de Educação Tutorial em Comunicação, o Petcom, considerado o Pet mais velho de toda a universidade. Das coisas que mais gosta de fazer cita lazeres como ir à praia, sair com os amigos e como moradora de um bairro litorâneo do município de Lauro Freitas, região metropolitana de Salvador, gosta de apreciar a culinária local. 
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