Isso foi um pedido da 🦋anon, mas algo na história não tinha me agradado e tive que reescrever algumas coisas que estavam me incomodando.
Um pequeno aviso é que contém existência de palavrão e poucos spoilers da parte 2.
Joseph Joestar x Leitora.
Após a luta contra o Santana, Joseph só tinha vontade de duas coisas: a primeira era levar Speedwagon de volta para Nova Iorque para ver o sorriso de sua avó Erina e (S/n), e a segunda era ter uma noite de quadrinhos com a última, no qual ele já não teve contato por mais tempo do que ele queria.
Ela era uma das pessoas mais importantes para Jojo, os dois crescendo grudados já que (S/n) era neta de Speedwagon.
Ambos eram como carne e unha, sempre se entendendo apesar das personalidades totalmente diferentes.
O jovem Joestar enquanto estava no México sempre se pegava pensando na mulher, não querendo aceitar a aceleração de seu coração sempre que isso acontecia.
Ele insistia em enganar a si mesmo dando a desculpa de estar pensando nela mais do que o normal por pura preocupação, já que ela estava de luto por sua única família ter "morrido" e ele não estar lá para lhe dar conforto.
Mas o destino o faria aceitar de uma vez que aquilo não era o real motivo, poderia fazer parte, mas não era o principal.
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Assim que Joseph e Speedwagon voltaram para N.Y, Erina os recebeu de braços abertos enquanto pequenas lágrimas de felicidade escorria de seus olhos.
- Graças a Deus vocês estão bem!- Erina sorria enquanto olhava aliviada para os dois, os convidando para se sentar nos sofás de sua sala.
- Sim, só conseguimos escapar graças a astúcia de Jojo.
- Heh!- O próprio ajeitou seus cabelos para trás enquanto dava um sorriso maroto.
- VOVÔ!!- Todos se viraram para a dona da voz que já corria na direção de seu avô e o esmagava em um abraço apertado.- M-Mas como?! Haviam me dito que o senhor tinha...- A jovem mal conseguiu completar a frase que pequenas lágrimas pinicavam seus olhos, que foram limpadas pelo polegar de seu avô.
- Está tudo bem, devo confessar que só não morri graças à aqueles soldados nazistas.- Sua neta arregalou os olhos assim como Erina.- E também Jojo fez a sua parte, claro.
(S/n) ficou em pé e se virou na direção de Joseph no qual ela não havia notado ali, seus olhos apenas focando em seu familiar.
Ela foi em sua direção e o abraçou com toda sua força, o surpreendendo pelo fato de ser sempre ele quem iniciava o contato físico entre os dois.
- Obrigada, muito obrigada Jojo.
- Ora, i-isso não foi nada!
A pequena sentiu os braços musculosos do Joestar em volta de sua cintura e sorriu, sentindo falta daquela sensação.
Por outro lado, o homem estava surtando internamente, seu coração voltando a acelerar.
"Droga! Por que diabos eu estou assim?!"
Isso era tudo que se passava em sua mente antes de colocar o seu nariz nos cabelos dela, inalando o cheiro que ele tanto sentiu falta e o fazendo apertar o pequeno corpo mais contra si e ignorar tudo ao redor, inclusive os mais velhos dali que entenderam a situação rapidamente.
- Vamos, eu comprei algo que eu tenho certeza que você vai gostar.- (S/n) disse após se separar do abraço.
- OQUEE?? Não me diga que é aquele último gibi do Superman?!
- Huuum, é surpresa!
- Oque estamos esperando?! Vovó, tio Speedwagon.- Ele olhou para os dois.- Se vocês nos derem licença!
Joseph segurou o pulso de sua amiga e a arrastou para o seu quarto onde estrategicamente ela havia posicionado o querido quadrinho.
- Oh my God!- Joseph colocou ambas as mãos em cada bochecha enquanto se jogava em sua cama, pegando o gibi e o tateando para verificar se aquilo era real.- Como que diabos você conseguiu? Eu penei tanto pra encontrar e não consegui de nenhuma forma!
- Eu dei um jeitinho, o sobrenome Speedwagon é bem forte.
- Se eu soubesse que essa seria minha recompensa toda vez que eu fosse um herói... Eu viraria um justiceiro!- Ele olhou mais do que animado para a garota que havia se sentado na beira de sua cama.
- Fico feliz que tenha gostado. E saiba que esse não é o único.
Ela apontou com a cabeça para a mesinha ao lado da cama, e Joseph viu seu paraíso: Uma pilha inteira dos seus antigos gibis que ele teve que deixar em sua antiga casa.
- É por isso que eu te amo!
Joseph havia falado aquilo sem pensar, deixando um silêncio entre eles antes dele soltar uma risada animada.
- Anda, vem cá!
(S/n) deu um grito surpreso ao ser puxada para o peitoral de Joseph, que se deitou contra a cabeceira da cama e ajeitou a luminária da mesa, abrindo o gibi e soltando um suspiro.
- Como eu estava sentindo falta disso.
A garota se recompôs do susto e se ajeitou no peito dele que apoiou sua cabeça na dela enquanto ambos liam aquele quadrinho, imitando todos os personagens e achando graça do quão ruim era os seus níveis de atuação e dublagem.
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- Tch, como assim ele quase perdeu pra esse marica?!- Joseph murmurou enquanto olhava para seu personagem quase morto.- Você não concor...
As palavras dele morreram quando ele teve a cena mais fofa possível de sua companheira totalmente apagada em seu peito enquanto o abraçava.
Ele poderia morrer ali mesmo.
Joseph sorriu levemente enquanto cuidadosamente se mexia para ficar o mais confortável possível sem acordá-la, o gibi sendo jogado totalmente de lado.
Sua atenção total estava nela e, antes de sequer ver, seus dedos já acariciavam seu rosto para retirar as mechas que atrapalhavam sua visão.
O Joestar se aproximou e beijou a testa dela que sorriu inconscientemente e se aproximou mais ainda dele.
É, ele teria problemas para dormir naquela noite.
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Na manhã seguinte, Joseph se remexia na cama procurando alguma posição em que o sol não incomodasse seus olhos. Desistindo ele sorriu levemente enquanto acordava, apenas para seu sorriso morrer ao ver que o lado de sua cama estava vazio.
Ele se espreguiçou e saiu de seu quarto e foi ao banheiro, lavando seu rosto e tomando um rápido banho antes de colocar algo confortável e sair correndo para o café da manhã.
- Bom dia Jojo.- Sua avó o cumprimentou enquanto tomava um gole de sua bebida.
- Bom dia vovó. Onde está o tio Speedwagon?
- Ele já foi trabalhar, e (S/n) foi com ele caso seja essa a resposta que você queira.
O jovem Joestar se engasgou com o pão enquanto um sorrisinho brotava nos lábios da mais velha. Após o café, Joseph foi até a sua moto e partiu em direção a Fundação Speedwagon.
Quando ele chegou lá, sua entrada foi rápida por ele já ser conhecido ali e começou a procurar uma certa pessoa, a encontrando rapidamente.
- Ei, (S/n)!
Seu rosto de repente virou uma carranca ao ver que ela estava próxima demais de um outro cara, que falava alguma coisa para ela que a fazia gargalhar. Seu interior borbulhava de raiva enquanto via aquele sorriso, o fato que não foi só ele que a fez rir assim realmente o incomodou.
Então finalmente ele se tocou de algo que já estava óbvio para todos.
- Mais que caralho...
- Jojo!- (S/n) foi na direção dele, acompanhada do outro homem.- Quero lhe apresentar o Charles!
- Olá, muito prazer!- O jovem simpático estendeu sua destra na direção de Joseph, que apenas olhou para a mão em sua frente.
- Nunca te vi por aqui.
- Oh, bem, eu sou um estagiário daqui e...
- Hum, legal.
Joseph desviou o olhar para a parede como se ela fosse mais interessante.
- Jojo, oque você tem?- Ele não respondeu, seu olhar continuando na parede.
- Ele deve estar cansado (S/n). Vamos, nós temos que continuar o trabalho.
Charles colocou sua mão em seu ombro, e esse ato chamou a atenção de Joseph que discretamente colocou hamon na ponta de seus dedos e lançou na direção dele um dos botões de sua blusa, que acertou sua mão.
- AI! Que diabos?!- O homem imediatamente puxou sua mão enquanto um olhar assustado estava estampado em seu rosto.- (S/n), eu já volto.
O pobre saiu dali em passos rápidos, preocupado demais com sua mão machucada.
- Tch, patético.- Joseph murmurou para si mesmo, mas (S/n) conseguiu ouvir e se virou para ele.
- Joseph, oque tem de errado com você?! Você o atingiu com hamon?!
- Huh? Eu?!- Ele apontou para si.- Não sei do que você está falando.
- Você fala isso como se eu não te conhecesse!- Ela cruzou os braços enquanto ainda o olhava com raiva.- Olha, eu sei que você não o conhece, mas isso não lhe dá o direito de tratá-lo assim!
- Mas...
- Olha, eu tenho que ir. Vamos resolver isso depois, tudo bem?
(S/n) saiu dali, um sentimento ruim em seu peito após sua pequena discussão com seu melhor amigo. Ela estranhou a atitude de Joseph contra Charles, que simplesmente era um dos homens mais doces que ela havia conhecido, sempre ajudando ela e todos da fundação alegremente. Daí que um pensamento fez o seu rosto esquentar: Joseph estaria com ciúmes?
Um fio de esperança cresceu em seu peito, será que finalmente os seus esforços estavam dando frutos? Ela se perguntava isso quando acabou encontrando Charles enfaixando sua própria mão com dificuldade.
- Deixa eu lhe ajudar.- (S/n) sentou-se ao seu lado enquanto continuava o trabalho de seu colega de trabalho.
- (S/n), não entendi oque tem de errado com seu amigo.
- Me desculpe, ele pode ser bem difícil de se relacionar.
- Está tudo bem, você não deve se desculpar por ele.- Charles deu um sorriso confortante.- Acho que já entendi a situação.
- Verdade?- Antes que ele pudesse lhe responder, seu olhar foi até a porta antes de olhar de volta pra ela.
- Acho que alguém quer falar com você.
(S/n) se virou e levantou as sobrancelhas ao ver Joseph ali, encostado na porta enquanto olhava para seus pés com um beicinho em seus lábios.
- Joseph, você não pode entrar aqui.
- Eu não ligo, eu só quero conversar com você.
- Estou ocupada.
- (S/n), eu não vou sair daqui.- Ele cruzou os braços enquanto se sentava, bloqueando a passagem de todos que podiam querer entrar e sair dali.
- Jesus...- A mulher decidiu que iria resolver isso logo, sabendo o quão persistente ele poderia ser.- Eu já volto.
- Não tem problema, eu posso fazer os procedimentos iniciais daquele experimento.
- Certo.- Ela caminhou em passos duros até Joseph que já se levantava com um sorriso vitorioso.- Vamos logo.
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Os dois caminharam até a parte de fora com um silêncio durante o caminho.
Assim que eles saíram, Joseph apenas ficou parado olhando para (S/n) que aos poucos ficava impaciente.
- Se você não tem nada para me dizer eu terei que ir embor...- Joseph a puxou em um piscar de olhos e a apertou como se ela fosse fugir.
- D...Desculpe.- Ele murmurou baixinho.
- Oque? Pode repetir? Não consegui entender.- (S/n) sorriu provocante enquanto ouvia um bufo do mais alto dali.
- Eu disse que me desculpo, eu confesso que fui um pouco babaca.
- Um pouco?
Um silêncio se instalou ali e ela se deu por vencida, reconhecendo que foi um grande passo ele já ter se desculpado. Ela correspondeu o seu abraço e os dois ficaram ali por um momento em silêncio novamente até ele ser quebrado por Joseph.
- Nós... Podemos continuar a ler os gibis?
- Eu não sei, tenho muitas tarefas para terminar.
- Por favorzinho...- Ele a levantou do chão e começou e esfregar seu rosto contra o dela.
- Ai, ai! Tá bom! Mas me ponha no chão.
Ele fez o que ela pediu e os dois voltaram para dentro do prédio, Joseph seguindo (S/n) até o local onde ela estava antes.
- Oi Charles, voltei!
- (S/n), que bom te ver.- Ele sorriu aliviado.- Preciso de ajuda com isso aqui.
Antes dela dar um único passo, Joseph a virou para si e sem pensar duas vezes segurou o seu rosto antes de lhe dar um beijo apaixonado.
(S/n) tinha os seus olhos quase pulando para fora de tão arregalados que estavam, mas não demorou para corresponder ao beijo.
- Heh, era disso que eu estava precisando.- Ele deu mais um beijo rápido nos doces lábios dela, já ficando viciado neles.- Nos encontramos mais tarde querida.
Ele saiu correndo dali antes que a mulher pudesse raciocinar, não tendo ideia de como reagir sobre aquilo, mas estava feliz por que finalmente havia realizado seu sonho.
- C-Charles! Me desculpe por isso! Esse Joseph, ele...
- Não se preocupe, eu já desconfiava disso desde quando você falava tão amorosamente sobre ele.- Ela sorriu envergonhada.- Me convide para o casamento.
- Com certeza eu vou.
▪︎Cena Bônus:
Após alguns dias, Joseph e Speedwagon viajaram para Roma como havia sido o último pedido de Stroheim. Naquela cidade eles encontraram o "alguém" que o alemão havia comentado sobre, este era o neto de William Zeppeli, Caesar A. Zeppeli.
Depois de esperarem por horas, os três estavam indo em direção aos homens de pilar, e durante o caminho Caesar conversava com seu amigo Mark.
- Ei Mark, como vai a sua namorada?
- Bem... Sobre isso.- Ele sorriu envergonhado enquanto escondia o rosto.- Vamos nos casar na próxima semana!
- Sério?!
- Sim, parece que a guerra vai começar logo, então vamos nos casar o quanto antes!
- Mamma mia! Que notícia ótima!
- Ei! Foque na estrada, para de esfregar o rosto no volante!- Joseph gritava enquanto ele e Speedwagon se seguravam atrás.
- Ei, Jojo.- Caesar se virou na direção dele.- Você tem uma namorada? Ah, é claro que não. Será que alguma garota iria gostar da sua personalidade?
- Na verdade... Eu tenho uma namorada sim.
- OQUE?!- Caesar parecia surpreso.- Tenho pena dela, com certeza deve ser cega.
- Cala a boca seu playboy!- Joseph quis dar um soco no loiro, mas foi impedido por Speedwagon.
- Se acalme, Jojo!
- E por acaso ela existe? Ou isso é uma invenção dessa tua cabeça?
- Claro que ela existe!
- É? E qual é o nome dela?
- Eu não lhe devo satisfações, mas é (S/n).
Um silêncio brotou no carro após a sua fala. Joseph sentiu a espinha gelar quando olhou para o mais velho ao seu lado que o olhava sério.
- Jojo, depois de tudo isso nós teremos uma conversa séria. Eu, você e Erina.
Joseph engoliu em seco enquanto profundamente desejava esganar Caesar Zeppeli que ria baixinho pela encrenca do Joestar.
THE END.
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