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“A tecnologia e a sua capacidade surpreendente de unir e separar pessoas.”

— Brenda Santos

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Já fui salva vidas de pessoas que me afogaram sem pensar duas vezes...

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Eu queria escrever textos que eu não precisasse explicar. Mas eu acho que não é todo mundo que consegue ler as entrelinhas das minhas dores, não é todo mundo que enxerga as cicatrizes como força, alguns ainda insistem em achar que toda essa merda é fraqueza. Distante eu pareço tão perfeita, mas de perto eu sou só uma forma abstrata que já teve tantas formas diferentes que talvez eu pense que a metamorfose é uma benção. Eu pensava que quanto mais o amor batesse em mim, mais eu aprenderia sobre ele, mas hoje eu me olho no espelho toda machucada imaginando o quanto apanhei e ainda assim não sei nada sobre o que é amar e ser amada. Já quis ser anjo enquanto demônios sussurravam em meus ouvidos, e quando finalmente domestiquei todos meus demônios, percebi que eles não me respeitaram pela minha capacidade de ter asas, eles me respeitaram pela minha capacidade em ser um demônio muito pior tudo isso é só uma metáfora, eu perdi a fé até em mim, porque acreditaria nessas coisas? Eu vandalizei meus sentimentos, cheguei a pichar minha cidade inteira escrevendo que o amor não existe, enquanto ainda me imaginava passando o resto da minha vida com alguém. Mas calma, isso aqui não é um grito de socorro. Como eu disse, eu ainda preciso explicar, mas não agora...

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a ansiedade nunca me pede licença quando resolve vir me sufocar. um estrangulamento atrás do outro, sem avisos, sem piedade, sem hora para parar. e a minha mente ainda me permite “viver” para continuar brincando comigo.

— deixaram

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muitas coisas não se tornaram realidade por minha culpa. a pior situação é saber que pela minha incompetência, não terei aquilo que eu tanto quis.

— deixaram

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perdi por deixar as coisas instáveis por muito tempo. perdi por ter procrastinado mais do que podia. perdi por ter feito pouco caso. perdi por entregar nas mãos alheias aquilo que deveria ser responsabilidade apenas minha. perdi por explanar demais os meus sonhos. perdi por criar expectativas excessivas. perdi por desistir tão fácil. perdi por ter deixado de fazer mais e melhor. perdi por culpa minha, apenas minha.

— deixaram

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nós praticamos facilmente aquilo que vemos por repetidas vezes. aprender acaba sendo uma consequência das constâncias... fui embora mais uma vez e não consigo mais me sentir culpado por isso. me tornei insensível e não sinto mais saudade de quem precisei deixar para trás. me ausentar virou uma prática comum, me isolar virou questão de necessidade, porque vi muitos fazerem comigo e eles não se importavam. até porque, quase ninguém nunca se importa como o outro vai reagir e até se sentir após o desfecho. então uma coisa intensa vira uma mera questão de indiferença; perdendo todo sentimento que fora criado outrora. isso é visto como frieza, contudo nem toda pessoa fica desse jeito por nada. não. nem todas as coisas surgem do acaso. há processos e eles deixam seus resultados quando terminam.

— deixaram

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Mesmo com muita fome, não é qualquer coisa que te alimenta.

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Posso escolher entre me assustar com a possibilidade de me ferir com o espinho da rosa ou sentir seu perfume, então porque sempre escolho inconscientemente a primeira opção?

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