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dream-dare-action · 10 months ago
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"Who needs guns to kill when you have words?"
O meu mundo era uma fantasia sabem? Eu era tão mas tão feliz!!!
Agora sinto-me só, perdida, exausta, motivada num segundo e a querer desaparecer no milésimo de segundo seguinte. Estou confusa, baralhada, perdida, muito perdida.
De alguma forma ele tornou a minha fantasia num filme de terror. Quando me culpa por tudo sabem o que sinto? Que tem razão. Sabem o que toda a gente à minha volta pensa? Que tem razão. A burra sou eu! Eu é que permiti continuar, eu é que deixei avançar, eu é que aceitei uma e outra e outra vez mais, eu é que, eu é que, eu é que... mas aos poucos vejo que não era assim. A culpa não é minha. Apenas doí menos pensar que sou eu e não um amor que pensava ser para vida.
De há 7 anos para cá que esta é a história da minha vida. Quem perdeu tudo? EU. Quem acha que tem razão? ELE.
Sempre trabalhei nesta área, sempre foi a área de Direito que mais me fascinou, o contacto com as pessoas, o apoio emocional efetivo, a ajuda não só do ponto de vista jurídico mas emocional. Acho que o sistema falha crassamente neste ponto. O sistema não permite às pessoas serem PESSOAS. Achamos natural que alguém que foi física ou mentalmente agredido consiga ter a mesma postura a falar e relatar os factos que uma pessoa que está perante um juiz a reclamar uma mera indemnização?
Mas sempre houve uma parte de mim que não entendia como as pessoas permitiam que as situações evoluíssem até aquele ponto. Como toleravam tudo aquilo? Como é que vacilavam e voltavam sempre ao mesmo ponto? Como é que os aceitavam de volta? Como como como?
Doía-me de cada vez que via o retrocesso reportado no dossier, mas nada podia fazer, afinal não actuava como psicóloga mas apenas como advogada. Não conseguia entender.
Mas sabem uma coisa? Eu agora entendo tão claramente que me apetece abraçar todas e cada uma de vós e dizer-vos, não estais sós!
E não estais! É um caminho no mínimo longo, exaustivo, difícil, cheio de subidas e descidas ainda mais abruptas, mas por favor acreditem. Eu estarei cá para vós. A minha história é apenas a minha história. Mais ou menos parecida com a vossa, serei o mais transparente sobre o meu dia-a-dia convosco que puder. Estou ainda à procura de inspiração, de novas metas, de ser eu novamente.
Se dói? Mata, na verdade. Mas o que eu proponho é que nos renovemos. Não basta esquecer, é impossível. Passaram meses da minha separação e ainda me esbarro em todas as esquinas com ele.
Passaram meses e ainda acordo sobressaltada para ver se me esqueci de responder a alguma SMS. Passaram meses e às vezes ainda sinto que lhe devo justificações. Passaram meses e a voz dele ainda ecoa na minha cabeça.
O que é que perdi? Tudo. Literalmente tudo. Mas aos poucos, recuperando-me, também sinto que devagar estou a recuperar-me a mim, estou a ganhar-me de volta.
Ele matou-me. Matou o meu ego, a minha auto-confiança, os meus sonhos, as minhas metas, os meus projetos, tudo o que era importante para mim, os meus amigos, algumas partes da minha família e ainda ficou com muito de mim. Aos berros matou-me mais do que qualquer arma branca me poderia ferir.
Mas eu vou me reconstruir e tu também.
Estamos nesta caminhada juntas, o que custou foi chegar a este ponto. E se ainda não estás comigo, por favor, fica a saber que dói mas doerá mais e mais e mais e acabará sempre da mesma forma. Recupera a tua luz. Recupera-te a TI. E depois? Sonha. Traça planos. Desafia-te. Arrisca, toma novas oportunidades, tenta, o mundo está cheio de oportunidades. Ação. Põe-te a caminho, não olhes para trás, o teu passado não te pode definir, é apenas uma bagagem que deveria estar na tua mão mas que graças a alguém foi extraviada para parte incerta.
Reconstrói-te e desafia-te.
Começa por fazer o que sentes que consegues nestes momento, depois o que realmente é possível e de repente... estarás a fazer o IMPOSSÍVEL.
E eu vou aplaudir-te na primeira fila.
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