estar-ia - Tumblr blog

[estar-ia]

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Ao clamar da tua voz, que eu seja sua última palavra. Mas ao recitar da tua poesia, que eu seja seu último verso. Enquanto eu declamo a minha desgraça, aquela que tu comemora, que pese sobre sua consciência aquele pingo de saudade. Saudade. Sentimento que escorre e você não lambe, concorrente da minha razão. Mas elas repetem com a voz estridente que eu sou apenas o fim: não há mais o que eu possa fazer.

Eu repito cento e vinte palavras, minha entorpe decola, eu me descubro desfeita dentro das tuas mãos rachadas: eu sou o fim da tua noção e o começo da sua reação. Eu sou o acabar da sua vida porém desejaria ser o começo da sua nova história.

Desabo. Culmino em cinzas acabadas na madrugada de quinta-feira, dentro de uma taça de vinho: você não gosta de álcool. Uso meus restos, enrolo teu baseado, o teu tragar representa minhas lágrimas.

Eu sou o teu amor não-recíproco.

Então eu vou pedir aos deuses por sabedoria, me ajoelhar aos orixás por previsões do meu futuro que não vai acontecer. O que eu posso fazer, se eu tenho ciência que amanhã não estarei aqui para escrever?

Que esse seja meu último relato. Que a minha paixão se torne falta de outro alguém. Que ele não tenha teu nome, nem tua insegurança. Que ele siga aqui ao meu lado, que ele não ressinta dentro de mim todas as suas loucuras: eu sou o acabar das suas memórias.

Eu te amar não me faz menos humana. O fim da minha existência não a diminui.

Saudade de você. Tomara que você nunca o leia, mas que eu o descreva: que a sua beleza se torne a parte mais bonita de mim.

- poe{tess}

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não era sobre apenas te ver

era sobre conhecer o teu cheiro, teu toque, teu abraço e teu gosto

era sobre me sentir confortada por ouvir a sua voz nua e crua, no pé do meu ouvido, não gravada ou pelo alto-falante do meu celular

era sobre não precisar dizer que te amo porque meus olhos diriam isso com tanta certeza como nenhuma palavra seria capaz de fazer

nunca foi sobre apenas te ver

sempre foi sobre nos (re)conhecer

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toma um passe

recebe um orixá

reza o pai nosso

e comemora o Ramadã.

menina de fases

minha religião são tuas frases

soltas ao vento em mais um dia calorento.

me esquenta toda noite

em mais uma pernoite paga

no motel mais barato

só sinto teu cheiro escasso

tuas mãos impuras

acende mais um

traga, puxa

traz mais uma dose desse amor

enquanto a gente fode adoidado.

tu é a mais pura poesia

escrita nos nossos momentos mais nossos

esculpida nas paredes do quarto que chamamos de lar

grita, abafa, flutua

fala mais uma vez

“eu sou toda sua!”

tua alma nua

teu corpo coberto

meu amor te desfez

ah, o que essa louca me fez?

- poe{tess}

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Vivo no meio de ilusões perdidas e minutos escassos desperdiçados na busca por esse teu amor inexistente. Passo minhas noites refletindo sobre as mensagens subliminares escritas no seu olhar, sinto que não devo falhar sustentando minhas expectativas. Quem diria, um dia as achei tão lindas.

Olho para você algumas vezes na semana, meu coração grita o quanto você é estonteante. Estressantemente lindo. Faz um sinal, teu oi nem ao menos é um abraço, apenas uma esperança de que um dia todo o mundo se desfaça e eu possa sentar e conversar de verdade contigo.

Um dia eu espero poder te perguntar se você sabe o que é amar, ou se sente o desejo que emana de mim em te pegar pela mão e enfrentar esse planeta cinzento. No meio das convicções, acredito piamente que iremos mudar tudo que conhecemos.

Juntos, somos fogo. Separados, carvão em brasa. Tão destrutivos tal a chama e a água. Tão jovens quanto essa humanidade. Diferentes, excessivamente.

Faz tanto tempo que não escrevo isso em lugar algum, talvez no aguardo de que apenas evapore o que sinto: te amo.

- poetess

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“quem diria que logo tu se tornaria a parte mais podre de mim...”

- Autor desconhecido

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embora eu queira muito, não posso querer por dois e se um dia doer demais, lembre-se: fui embora com uma vontade enorme de ficar

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sentir tua falta foi de longe a coisa que mais me destruiu. tua poetiza se desfez em cinco, quem disse que você viu? riu?

tua estrela abriga no teu sorriso. você brilha mais que Júpiter. pena que me tornou mais opaca que o fosco, mas.. tu me consome inteira em mais um maço de cigarro, que leva aos lábios, sem nem mesmo dar um trago, apenas te estrago.

ao teu lado, nem posso estar.

-poetess

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Eu quero a pressa das tuas mãos passeando pelo meu corpo.

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“Quando um escritor se apaixona por você, você nunca morrerá. Tu serás eternizado nas páginas de um velho livro mofado — de poesia.”

— Poe{tess}

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Você não me reconhece, não é?

Claro, como o faria, se me conheceu inteira e me deixou em pedaços. Saturou todos os órgãos possíveis do meu corpo, dilacerou a minha alma e partiu sorridente como se tivesse acabado de ganhar em uma mega-sena. Cômico isso, né?! Seus clichês baratos estão sendo digeridos até hoje, porque todo meu corpo tentar regurgitar, seria em vão. Irônico da minha parte querer que você me reconheça baby, logo eu que virei um esboço, que de tanto ser dilacerada mal sei informações sobre mim para tentar me reconstruir, só existe rastros seus, dos seus clichês medíocres. Só existem restos, de todo carinho que tentei te dar, só existem restos da culpa que você tentou depositar em mim. Agora é tarde, você triturou os meus pedaços e não teve nem a decência de limpar a bagunça que fez.

Uma frase e outra, Controlaria e Florejuras.

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“fui teu começo,

tua base,

teu fim.

fui desde teu A até teu Z,

teu um e teu um milhão

me deixou como se eu fosse

um mísero número

quando pretendia ser

teu primeiro bilhão.”

— Poe{tess}

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como é, deitar a cabeça no travesseiro, e não pensar em pessoa nenhuma?

— Poe{tess}