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MEDO
Ultimamente tenho sentido medo quando penso em você. Mas não é medo de você, é medo de imaginar o que você pode estar fazendo consigo mesmo nesse exato momento. Medo do que tu venha pensar sobre si. Medo do que tuas ações acarretarão. Medo de você estar no seu limite. Medo, medo, medo. Toda hora eu tenho medo.
Aí fui te perguntar como tu tava e como num instinto de defesa você me disse pra não se preocupar e viver a minha vida “pode continuar o que você tá fazendo”.
Nesse momento entendi que minha participação em qualquer coisa na sua vida se encerrou por completo, hoje o que posso fazer de melhor é continuar orando, pedindo e torcendo pra que você seja feliz, pra que você possa estar feliz.
Pois apesar do nosso relacionamento ter feito eu entrar numa caixinha na minha mente e me trancar lá, eu tenho desejado mais a sua felicidade do que a minha.
E sobre o medo?
Bem, eu espero que você não tenha medo de ser feliz de novo.
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Um dia alguém me chamou de sol. Disse que eu tinha uma luz que iluminava todos ao meu redor, que meu brilho era daqueles que dava prazer em ver. Mas o sol perde seu brilho? Pq eu perdi o meu, já não consigo iluminar nem a mim mesmo. Se o sol queima a pele, posso dizer que a única pele a quem eu queimo é a minha.
O sol se põe todos os dias e mais um dia, estou indo. Eu amo o pôr do sol, odeio a minha ida. Odeio como em todas as vezes meus raios se apagam e morrem, odeio como eu me deixo apagar.
Mas o sol renasce, não é? Todo dia o sol vem. Mas meu nascer do sol tem sido nublado, as nuvens me cobrem, eu tento brilhar mas essas nuvens não deixam. Talvez seja o meu inverno.
Porém tenho que seguir, entre o ir e o vir, tenho que seguir na esperança de que as nuvens sairão, os raios surgirão e o sol há de brilhar novamente no seu amanhecer. Será que vai amanhecer?
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Minha cabeça não está funcionando. Queria usar isso aqui pra expor o que tenho pensado e sentido. Mas o que eu tenho pensado e sentido? Minha mente anda como um grande emaranhado de fios soltos que não se encaixam em lugar nenhum. E no final de tudo isso, uma voz dentro da minha cabeça não para de falar: você não tem valor.
Obrigada por isso.
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Então em um certo ponto você tem que aceitar o fato de que não era pra ser.
poemasdocaos.
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Todo mundo fala que quando não se cabe em algum lugar, devemos ir embora, mas ninguém fala da dor de não caber, do desconforto de querer pertencer, mas não conseguir se encaixar.
poemasdocaos.
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LEMBRANÇAS
Eu não tenho conseguido lembrar das coisas boas e eu sei que tiveram coisas boas.
Vim aqui pra escrever mais, mas não consigo sair dessas afirmação: não consigo lembrar das coisas boas. Não é que eu realmente tenha esquecido, eu sei que tiveram coisas boas, sei que você me deu coisas boas, mas quando paro pra pensar em nós eu só consigo pensar nas tuas palavras, nas tuas ações. E eu me sinto cada dia mais mal comigo em ter aceitado e concordado.
Sabe o que eu mais lembro? Quando falei que não estava me sentindo confortável em ter que tr*ns*r cntg pq tu não estava com desejo em mim, estava com desejo em sexo. E você disse que eu tinha que fazer sim. “Não era isso que tu queria?”, foi o mais leve que você falou. E claro, você não me obrigou a nada, a gente não teve relação nesse momento e após isso eu fiz pq eu quis. Mas suas falas não pararam e não param de ecoar na minha cabeça. Eu sonho com isso, na verdade não sonho, eu literalmente tenho pesadelos com isso.
Eu me sinto tão diminuída a cada dia que passa que eu sequer me reconheço. E não, eu não vou contar isso pra ninguém, mas não é só pra te proteger. É por vergonha! Eu tenho vergonha de mim o tempo inteiro e sabe? As vezes eu acho que era isso que tu queria: fazer eu me sentir tão mal a ponto de não me reconhecer mais.
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Sera que um dia eu vou me acostumar com a tua ausência? Será que um dia vou parar de sentir tua falta? São 5 anos indo e vindo e a 5 anos eu sinto tua falta em todas as idas. Há 5 anos eu tento te esquecer em cada ida, há 5 anos eu falho.
Falho comigo, falho contigo, falho com a gente. Nossa, eu falho muito com a gente! Por isso eu aceitei ir.
Minha presença é um erro, minha ausência é desistência. E eu desisto. Não desisto de nós pq eu te amo em cada respiração minha, eu desisto de mim, eu realmente não aguento mais. E ainda falando isso, vem o contraditório: não quero desistir de mim, quero ser melhor pra mim e pra você. Uma parte de mim é dor e a outra é vontade de ser digna do seu amor.
“O que te fiz de bom nesse tempo?”. Nem você soube me responder. E te ver sofrer é minha maior dor. Você sofre quando está comigo e sofre quando não está. Cheguei a conclusão que minha existência te faz sofrer.
Hoje fazem dois dias que você me mandou embora e mais uma vez me pergunto: será que um dia vou deixar de sentir tua falta?
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EU AMO MINHA MOTO
Eu queria uma moto, por meses e meses eu falava “preciso comprar uma moto”. Hoje eu tenho uma moto e sou muito feliz toda vez que lembro desse pequeno detalhe da vida e de tudo que passei pra ter o que eu tenho hoje.
Mas as vezes a cabeça vem tão cheia que eu subo na moto e acelero, acelero, acelero e acelero. E se eu acelerar sem fim até parar drasticamente em algo e encerrar todo esse sofrimento? Imediatamente desacelero.
Mas é gostoso, sabe? Quando a raiva e a tristeza veem, você só gira um punho e quase que instantaneamente sente que vai voar, ser leve e acabar com os pensamentos maus.
Foi assim naquela segunda depois de ouvir um “saia da minha casa”, foi assim naquela quinta em que fui chamada de puta. Foi assim ontem, foi assim hoje e vai ser assim amanhã.
E aí volto a pensar: e se eu só acelerar até drasticamente parar em algo? E mais uma vez desacelero. Lembro de dele, da minha família, dos meus amigos.
Mas apesar de tudo isso que falei: eu amo minha moto.
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NADA
Queria dizer que “nada” é o que eu sinto, mas não, eu sinto muito e sinto tanto. Nada é o que eu sou. “Uma mulher sem valor”, foi o que eu ouvi. Então ser nada talvez seja o que me resta. E tudo o que sinto e o que sou são consequências das minhas escolhas.
Me desculpa por minhas escolhas.
Logo: quer gozar? Venha, eu não sou nada além da v*gina que tu vai penetrar com seu lindo p*nis. Quer jogar toda sua raiva e nojo em algo? Venha, eu não sou nada, pode me xingar de tudo que você quiser. Quer alguém pra assistir algo? Estou aqui, apenas o manequim que vai estar ao lado te fazendo companhia.
Desculpa por ser nada.
Aliás, não estou reclamando, tudo isso é pouco para o que eu mereço, é pouco para o que eu sou, é pouco para o que eu fiz com você. Então me desculpa também por aceitar tudo isso.
Me desculpa por aceitar.
“Tu realmente faz sexo por fazer né?!” Aqui eu desliguei, foi automático, nesse momento eu realmente escolhi ser apenas o objeto que ia satisfazer sua vontade de homem, precisava liberar a testosterona né?!
Me desculpa por ser um objeto.
E depois? Continuei fora de mim, fiz o café, minhas mãos tremiam, comi, meu estômago estava embrulhando a cada mordida no pão. Eu realmente sou nada. Sou nada para mim, sou nada para as outras pessoas. Sou nada pra quem eu mais sentia orgulho em ser algo.
Me desculpa por ser nada.
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Estrada
Me encontro aqui numa estrada escura e fria. Assombrada por um fantasma que mais parece uma pessoa real. Espera aí, é uma pessoa real. E agora olhando de perto… esse fantasma… sou eu!
Mas como eu vim parar nessa estrada? Como eu mesma posso me assombrar? A resposta é simples: tudo isso foi minha escolha.
Escolhas que tomei achando estar fazendo a coisa certa, escolhas que aparentavam me colocar pra cima, escolhas que fizeram chegar até aqui. E agora tenho mais uma escolha: no final da estrada tem dois caminhos. Mas esses caminhos não são o caminho de luz e o escuro. Os dois são escuros. Os dois parecem errados. Os dois são frios. E agora?
E se eu tomar a decisão errada de novo? Um “de novo” que se repete a anos. Eu não tenho mais forças pra escolher, não tenho mais forças pra tentar sair daqui. Olhando bem, tô até me acostumando com esse lugar. A escuridão está começando a ficar confortável, o frio já não dói mais nos ossos, a alma já não brilha mais.
Acho que meu destino é esse: sozinha numa estrada fria e escura, abandonada por minhas escolhas.
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