“𝐈 𝐚𝐥𝐰𝐚𝐲𝐬 𝐭𝐞𝐥𝐥 𝐭𝐡𝐞 𝐭𝐫𝐮𝐭𝐡. 𝐄𝐯𝐞𝐧 𝐰𝐡𝐞𝐧 𝐈 𝐥𝐢𝐞.”
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Fantasma do Asfalto.
Hardy Kenan Toretto nasceu em 23 de fevereiro de 2000, mas parecia carregar décadas de história nos olhos. Cresceu nas ruas, onde o barulho dos motores era sua trilha sonora e a fumaça dos pneus, seu perfume favorito. Desde jovem, demonstrava um talento natural para a velocidade e uma habilidade quase instintiva com carros. Serviu o exército por anos, onde aprendeu a lidar com pressão, disciplina e o lado mais sombrio da natureza humana. Mas mesmo entre tiros e comandos, ele continuava sendo uma sombra silenciosa, estratégico, e sempre um passo à frente. Ninguém sabia muito sobre seus sentimentos ou seus relacionamentos. Não porque ele era reservado, mas porque desaparecia como um fantasma quando tentavam se aproximar, sem sentir atração em ter relacionamentos sérios de forma romântica. E, quando voltava, era como se nunca tivesse partido.
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Dois Homens, Um Código. Lealdade.
A primeira vez que Hardy viu Eduardo O’Connor foi numa noite abafada, em uma corrida ilegal no centro abandonado da cidade.
Ele parecia deslocado demais para aquele tipo de ambiente. Limpo demais, calmo demais. Mas tinha algo nos olhos dele que Hardy conhecia: alguém que também estava fugindo de alguma coisa. Eles não se falaram naquela noite, mas o destino tinha planos maiores. Dias depois, cruzaram de novo, dessa vez em um assalto que deu errado. Foram pegos. Presos. Acorrentados lado a lado. E ali, nas celas de concreto e ódio, nasceu o vínculo. Hardy não confiava em ninguém, mas Eduardo não pedia confiança — ele entregava. Juntos, arquitetaram uma fuga impossível, com mapas desenhados na mente e códigos sussurrados durante as madrugadas.
Fugiram. Sumiram. E desde então, não se desgrudaram. Não era só amizade. Era pacto. Era dívida de sangue. Irmandade. Eduardo virou o único capaz de entender Hardy sem que ele dissesse uma palavra. E Hardy, por trás da rispidez, sabia: se o mundo fosse desabar, ele queria estar ao lado de Eduardo, pilotando, correndo ou lutando. Porque quando a lealdade é construída na prisão, ela não quebra. Ela mata.
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Como a paternidade entra na vida de Hardy;
Mavie é o nome dela — uma garotinha de olhos grandes, que carrega no rosto uma inocência que Hardy nunca teve, mas tinha fortes feições do mesmo. Ela nasceu numa época em que ele já estava envolvido demais com o perigo pra ser um pai presente, mas quando a segurou nos braços pela primeira vez, algo dentro dele rachou. Foi a única vez que Eduardo viu Hardy desabrochar. Desde então, Hardy vive uma vida dupla, mas sem perder sua identidade. O homem gélido, que cruza a cidade como um vulto, e o pai silencioso, que aparece nas madrugadas pra deixar uma boneca nova ou assistir a filha dormir por alguns minutos. É seu segredo mais precioso, e sua maior fraqueza. Ele move o mundo nas sombras, mas por Mavie queimaria tudo à luz do dia. Não se trata de redenção. Hardy sabe que não é herói. Mas se a vida o obrigou a se tornar um golpeador metafórico, então que ela ao menos tenha a chance de vê-lo verdadeiramente.
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