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Revirou os olhos e continuou a andar, olhando atentamente para os lados, para ver se ninguém a veria próxima daquele idiota. Tateou a chave do quarto no bolso de sua calça, suspirou com certo alívio ao perceber que não havia perdido o objeto durante a agitação da luta. A voz de Samwell chamou sua atenção novamente e uma sensação de nojo ao ouvir a voz do rapaz a consumiu. Sinceramente, como ele conseguia falar tanta merda? A garota ainda não tinha certeza em como conseguia conversar ou ao menos discutir com aquele idiota tantas vezes. Ele, de longe, tinha a voz mais irritante que ela já ouvira. Não olhou para trás, nada respondeu, a primeira ameaça do rapaz passou-lhe quase despercebida. Na verdade, ela não queria mesmo responder tamanha bobagem. Parecia que Samwell queria de alguma forma chamar atenção para si, mostrar que ele deveria ser o centro do mundo, o que ele não era de forma alguma. — Olha quem fala, o babaca que sofreu algum trauma e implica com as pessoas para suprir sua carência de atenção. — murmurou, colocando as mãos do bolso e vendo a porta do seu quarto há alguns passos dali.

No momento em que ele tombou com o ombro no seu, cambaleou e bateu com o braço esquerdo na parede, resmungando um palavrão e o encarando com fúria, escutando cada palavra ruidosa que saía daquela maldita boca. — Primeiro: nem o pior dos idiotas teria medo de você, Samwell, encare os fatos. — murmurei, andando apressada para alcança-lo e acabei parando na frente do meu quarto, buscando a chave no meu bolso. — Segundo: você tem tantas possibilidades de me matar quanto eu tenho de transformar até o âmago da sua alma podre em pedra, então é bom você abaixar a sua bola. — as palavras saíram com um asqueroso tom de escárnio e sarcasmo dos lábios da morena. Ela gostava de soar sacana com quem não gostava, já era de seu costume, mas com Kingsley ela queria ser o mais odiável possível. Encaixou a chave na porta e a abriu. — Nunca mais na sua vidinha miserável ouse me chamar de Medusa. Isso se você quiser continuar vivendo, Kingsley. Passar bem. — disse, entrando no quarto e trancando a porta atrás de si.

Take a bite of my heart tonight || Kingborn (Flashback)

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Porque não?

Mas não tanto quanto antes. 

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Olá, Seven. Anda viajando muito por aí?

Okay.

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Ok, vamos fingir que a nova estátua na biblioteca não é a senhora Waters.

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Há um lado sombrio em estar só. Tente fazer um amigo introspectivo, talvez ele não te encha o saco.

Nem tanto. Pelo menos, ninguém fica no seu pé e você não tem que aturar gente idiota.

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Pelo menos você já pode ser preso.

Pelo menos eu posso beber na frente da polícia. 

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Trágico.

Essa é a consequência de ser forever alone.

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Você também está bebendo. Nada contra, só estava observando.

Especifique sua pergunta.

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Quando você começar a se comportar como um adulto, vou procurar pena preta e começar a minha macumba, porque alguma coisa tá errada aí.

Eu estou bêbado, mas sou um adulto bêbado, não um adolescente bêbado. 

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Você também?

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Desculpe, mas eu não quero se aturável pra ninguém. É a minha meta.

Ai garota… Você pode ficar cuidando de falar mal da bebedeira dos outros, quando as coisas se invertem não pode? Vai encher a cara pra ver se fica mais aturável, vai.

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A garota sentiu falta de ar quando suas costas atingiram o chão, depois que Samwell havia lhe arremessado para longe dele. Rangeu os dentes e tossiu, tentando respirar com dificuldade, conseguindo dar boas lufadas de ar alguns segundos depois. O olhou furiosa, tentando se levantar, mas seus músculos doíam um pouco. Muitas vezes poderia dizer que estava realmente surpresa, mas nenhuma dessas ocasiões envolviam ser esmagada por um saco de areia, então, de fato, agora ela já estava extremamente assustada. -- Não ouse jogar isso em cima de mim! -- ela vociferou e procurou o olhar de Samwell para petrifica-lo.

A aglomeração repentina de outros alunos chamou a atenção do instrutor, que rapidamente entrou no meio dos dois, afastando Samwell de Daphne, e retirando o saco de areia das mãos do rapaz. A garota piscou os olhos e desviou o olhar antes que acabasse petrificando alguém. Ouvia os gritos do instrutor, reclamando com os dois na frente dos outros, não que Stormborn se importasse, mas não era uma das sensações mais confortáveis. O homem puxou ambos pelos braços e os dispensou do treinamento, colocando-os para fora da sala de uma só vez. A jovem se virou, já no corredor, caminhando pesadamente até o seu quarto, sabendo muito bem que Samwell estava atrás de si, até que saísse do corredor, provavelmente. -- Viu o que você fez? Isso foi culpa sua!

Take a bite of my heart tonight || Kingborn (Flashback)

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Se eu estou bêbada ou não, não é da sua conta, querida.

Você está reclamando, provavelmente e justamente porque não está bêbada, também. Mas isso é um chute.

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Me admira que você ainda não esteja bêbado, bro.

Ninguém merece adolescente bêbado nessa porra. 

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Você tem alergia a álcool, carinha?

Concordo.