iamborderanddealingwithit

[iamborderanddealingwithit]

Shout-out to the autistics who crave hugs. Shout-out to the autistics whose love language is touch.

And shout-out to the autistics who were denied a timely diagnosis because a misinformed professional thought you were "too affectionate" to be autistic.

You aren't any less autistic because of how you show affection. And you aren't nearly as rare as pop culture and outdated research would imply.

[iamborderanddealingwithit]

The way most autism literature describes "literal interpretation" is often not at all similar to how I experience it. Teenage me even thought I couldn't be autistic because I've always been able to learn metaphors easily.

In fact, I love wordplay of all kinds. Teenage me was fascinated to learn all the types of figurative language there are in poetry and literature.

But paperwork and questionnaires are hard, because there's so much they don't state clearly. Or they don't leave room for enough nuance.

"List all the jobs you've had, with start and end dates." What if I don't remember the exact day or month? Is the year enough?

"Have you been suffering from blurred vision?" Well, if I take off my glasses the whole world is blurred, but I'm fairly sure that's not what the intake form at the optometrist is asking.

Or the infamous (and infuriatingly stereotypical) "Would you rather go to a library or a party?" What sort of party? Where? Who's there? I work at a library. Am I currently at the library for work or pleasure? Does it have a good collection?

It's not common figures of speech that confound me. It's ambiguity, in situations that aren't supposed to be ambiguous.

[iamborderanddealingwithit]

Então, simplesmente, continuo escrevendo. Continuo escrevendo para amores perdidos, para pessoas queridas, para mim mesma, para eu criança e para eu idosa. Continuo escrevendo cartas, mensagens longas que você é obrigado a clicar em “ler mais" para acabar (será que eles leram elas por inteiro?, me pergunto), e-mails para eu mesma no futuro. Não sei ser de outra maneira além de escrevendo.

[iamborderanddealingwithit]

Eu aprendi, quando criança, que todo texto conta uma história, e que histórias tem início, meio e fim. Meus textos nunca foram assim.

Meus textos são mais como uma enxurrada de pensamentos, um vômito de palavras que fazem o mínimo de sentido para poderem ser lidas sem grandes pausas. Mas nem sempre a frase em si tem tanto significado.

Meus textos são uma maneira de deixar rolar tudo o que sinto, colocar pra fora coisas que nem sempre eu sei descrever. Muitas vezes meus textos são choro, um drama intenso que, depois de finalizados, penso serem eu fazendo um papel de vítima – algo que outras pessoas também já me disseram. Se você tivesse a chance de pegar uma das inúmeras folhas rabiscadas, possivelmente teria a mancha de uma lágrima.

Quando eu acabo um texto, me sinto mais aliviada. Ao mesmo tempo, me sinto angustiada. Não consegui descrever e expulsar tudo o que queria, o que precisava! Preciso de mais palavras para isso, preciso de mais idiomas para isso (será esse o motivo do meu fascínio por línguas? Na verdade só a busca incessante por expor meus sentimentos de maneira mais coerente?).

Quando paro e penso nisso, me pergunto se realmente me faz bem escrever. Se realmente é algo necessário para mim. Mas qual a outra opção? Me machucar física ou mentalmente, buscando calar o que sinto? Não acho que minha psicóloga acharia isso um bom método.

Então, simplesmente, continuo escrevendo. Continuo escrevendo para amores perdidos, para pessoas queridas, para mim mesma, para eu criança e para eu idosa. Continuo escrevendo cartas, mensagens longas que você é obrigado a clicar em “ler mais" para acabar (será que eles leram elas por inteiro?, me pergunto), e-mails para eu mesma no futuro. Não sei ser de outra maneira além de escrevendo.

-Gabriela Souza sobre sua escrita (com a intenção de ser a sinopse ou o primeiro texto do livro)

08 de Março de 2025

[iamborderanddealingwithit]

It is the fear of being forgotten and replaced. It's the fear of being left behind. It's wanting and at the same time not wanting to introduce two people you like. It is wanting that one person only to yourself, at least in that way. It is knowing you are wrong but not knowing how to change it. It is love in a more primitive way. It is jealously.

-Gabriela Souza doesn't like being jealous. 4th of September of 2017

[iamborderanddealingwithit]

É sentir medo de ser esquecido e substituído. É ter receio de ser deixado para trás. É querer e ao mesmo tempo não querer apresentar duas pessoas queridas para você. É querer a pessoa daquele jeito só para você. É saber que está errada e não saber como mudar isso. É o carinho de uma maneira mais primitiva. É ciúmes.

-Gabriela Souza não gosta de sentir ciúmes 04 de Setembro de 2017

[iamborderanddealingwithit]

[iamborderanddealingwithit]

color study: lavender blue by Ezra Leary

[iamborderanddealingwithit]

[iamborderanddealingwithit]

[iamborderanddealingwithit]

Lista de Escritos - Masterlist of Writings - Lista de Cosas que Escribi

Sobre auto-mutilação - About self-harm - Sobre automutilación

Sobre depressão/bordelrine - About depression/borderline personality disorder - Sobre depresión/borderline

Sobre a Depressão - 08-03-25 - About Depression -

[iamborderanddealingwithit]

I feel these feelings. I feel this frustration, this selfdestruction, this punishment inside me, like little spiders that approach my limbs slowly unnoticed until they make themselves known when they make my hand slap myself accros the face, my nails dig themselves so deep within my wrist that they leave traces for hours. My hands open and close in the air, anxious, seeking some way to hurt me. If I don't give in, this agony consumes me, my hands move fast and I scream gasping, a sob tears out my chest and my hands close around my head that throbs. When I give in, leaving scars across my body, while I cry and can't breathe, I relax and get anxious at the same time. This feeling of control never lasts. I can't even control my hands; how will I control my life?

-Gabriela Souza writes a poem about her impulses 10th and 11st of November of 2017

[iamborderanddealingwithit]

Eu sinto esses sentimentos. Eu sinto essa frustração, essa autodestruição, essa punição dentro de mim, como pequenas aranhinhas que vão se aproximando dos meus membros discretamente, despercebidas até que se fazem percebidas ao fazerem minha mão desferir um tapa no meu rosto, minhas unhas se fincarem tão profundamente no meu pulso que deixam marcas que duram horas. Minhas mãos se abrem e se fecham no ar agitadas, procurando uma maneira de me machucar. Se não dou o que desejam, essa agonia me consome, minhas mão se agitam e dou um grito engasgado, um soluço irrompe de meu peito e minhas mãos se fecham sobre minha cabeça que lateja. Ao dar o que desejam, deixando marcas em meu corpo, enquanto choro e não consigo respirar, relaxo e me agito ao mesmo tempo. Essa sensação de controle nunca dura muito. Não consigo sequer controlar minhas mãos; como controlar minha vida? -Gabriela Souza escreve um poema sobre seus impulsos

10 e 11 de Novembro de 2017

[iamborderanddealingwithit]

Eu sinto isso aumentando no meu estômago e eu não consigo parar isso nem se quisesse Eu sinto essa vontade, essa vontade imensa de simplesmente arrancar toda a minha pele com as minhas próprias mãos Simplesmente para que eu parasse de me sentir assim

-Gabriela Souza

28 de Novembro de 2017

[iamborderanddealingwithit]

I feel it crawling in my stomach and I can't fucking stop it. I feel this urge, this want to just tear all my skin off with my own hands Just so I can stop feeling this way

-Gabriela Souza, 28th of November of 2017

[iamborderanddealingwithit]

I want to believe in the future. I want to believe that someday I will stop feeling like this. I will stop feeling alone, put aside, or depressed. That someday I will wake up really wanting to love, and glad to have one more day to do it.

I am scared of the future as well. I am afraid of never being able to dettach myself from this feeling, this illness. I am afraid of being stuck in the past, always waiting for people that were (and are) important to me realise that I were import to them as well.

I am afraid of the future. Everything feels so uncertain, and so certain at the same time. I have hope in the future. I hope things will not be always this way, that someone will help me how I need to be helped. I hope someday I will read my texts and think "it is over, I don't feel that way anymore". But I don't know if it will happen or not.

I am afraid it won't happen. That someday I can't do it anymore and really give up, do something that I can't undo. I am afraid of meeting my limit. I am also afraid of never getting to my limit. I am afraid of making through this pain and this feeling over and over, all my life, never giving up but also never getting better.

I am afraid of being responsible for myself, for my getting better. I don't know what can happen if I can't get better. How can I have discipline and willingness, if my own brain makes me think it won't matter, that I will never be good enough to help myself - that is something I don't know if I will ever be able to answer.

-Gabriela Souza about depression

8th of March of 2024

[iamborderanddealingwithit]

Tenho medo de que isso não aconteça. Que algum dia eu não aguente mais e realmente desista, faço algo que não tem mais volta. Tenho medo de chegar até meu limite. Também tenho medo de nunca chegar ao meu limite. Tenho medo de aguentar essa dor e esse sentimento durante toda a minha vida, nunca desistindo mas também nunca melhorando.