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Um Abraço aos Príncipes e Princesas

Desejo um abraço em cada um de vocês, príncipes e princesas. Vocês perfeitos, seres-humanos exemplares e que no alto da sua formosura e grandiosidade não erram, não choram e muitos menos pecam. Príncipes e princesas, orgulhosos e desapegados, desejados e amados. Vocês, príncipes e princesas, que desfilam com garbo e imponência. Príncipes e princesas, que sempre agem com brio e resistência. Príncipes e princesas, cada dia estão mais mais belos e graciosos. Príncipes e princesas, sempre fortes e gigantes. Príncipes e princesas, que não se interessam, mas sim são interessantes.

Desejo um abraço em cada um de vocês, príncipes e princesas. Um abraço do seu amigo que quando chora é ridículo, que quando se interessa é promíscuo. Um abraço do seu amigo que gasta o que não tem, faz o que não deve e deseja o que não pode. Um abraço do seu amigo que se entrega e sente, ama e mente. Um abraço do seu amigo que foge quando ameaçado, que se entrega quando apaixonado. Um abraço do seu amigo com cabelo desajeitado, corpo fraco e rosto desfigurado. Um abraço do seu amigo que quando bebe, bebe muito, se esquece, passa vergonha e envilece. Um abraço do seu amigo que já não tem orgulho ou vaidade, ego ou vontade. Um abraço do seu amigo que é vil, literalmente vil, vil no sentido mesquinho e infame da vileza. Um abraço, príncipes e princesas.

Texto baseado no "Poema Em Linha Reta" de Fernando Pessoa.

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Uma Crítica Póstuma A Mim Mesmo

Eu morri. Durante 6 minutos parei de respirar e meu coração deixou de bombear sangue. Meu corpo já dá os primeiros passos para a decomposição. Começo a perder 1,5°C por hora até meu corpo se unir com a temperatura ambiente como um só. Minhas células começam a se dividir, esvaziando as enzimas dos tecidos. Começo a ficar branco, roxo, pálido. Familiares começam a chegar de todos os lados, me olham, alguns com semblante de tristeza, outros sem ainda acreditar no que aconteceu. Eu morri. Não existo mais, as chances que eu tinha já se perderam no tempo, os amores que vivi já não passam de poeira ao vento, tudo que me resta é um corpo vazio, sem consciência e apodrecendo aos poucos. A única coisa que se passou pela minha cabeça nos últimos segundos de consciência e de vida foi arrependimento. Eu morri. Eu me arrependi. Me arrependi de não ter dito mais vezes “eu te amo”. Me arrependi de muitas vezes ter escondido a verdade e não dizer o que eu sentia. Me arrependi da última vez que te vi não ter dito o quão especial você é. Me arrependi de ter sido tão duro comigo mesmo, não ter me poupado durante 1 minuto sequer enquanto estive vivo. Me arrependi de me preocupar demais. Me arrependi da palavra rude que eu disse para quem não gostava. Eu morri. Eu me arrependi. Me arrependi de não ter escrito mais, ouvido mais, lido mais, dançado mais, experimentado mais, respirado mais, lutado mais, amado mais. Nada disso mais faz diferença. Não existe um caminho de volta. Eu morri. Você está vivo.

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Há Um Dia Atrás

Desde que foi embora Eu não consigo respirar Sinto sua falta Sinto saudade Estou desanimado Em mim não há felicidade O orgulho já morreu Levando junto a vaidade Não posso continuar Quero parar Quero voltar Não me sinto capaz Desde que você foi embora Há um dia atrás

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Definitivamente: Nazismo não é de esquerda

Esste texto não tem como objetivo entrar a fundo nessa discussão, existem outros sites mais completos que entram no assunto (deixarei links no final). Meu objetivo é explicar de forma curta a diferença entre NAZISMO e MARXISMO, pois a direita acaba jogando o nazismo no colo da esquerda, algo que não faz o mínimo sentido. Os conceitos esquerda-direita variam de acordo com o tempo e lugar, Tea Party é extrema-direita e não se assemelha com o nazismo, mas sim com o ultraliberalismo, já a extrema-direita na Europa tem uma conotação totalmente diferente, e atualmente tem o sentido de nazi-fascista o que é totalmente diferente do marxismo. O marxismo é uma teoria socio-econômica que defende o fim da propriedade privada, e a longo prazo, o Estado unificando a sociedade à política e à economia, que através da organização e do desenvolvimento técnico-científico libertaria o humano do trabalho e principalmente eliminaria as diferenças de classe, pois na concepção marxista, liberdade é indissociável da igualdade. Nazismo é uma teoria política xenófoba, racialista e hierárquica na sua essência que surgiu em um contexto muito específico, se aproveitando do mito de raça germânica superior, das teorias pseudocientíficas do séc XIX, da Mitologia Nórdica e de todo o sentimento de revanchismo advindo da queda do II Reich. O Nazismo é o oposto do marxismo, marxismo é universalista anticapitalista, defensor da igualdade entre os homens e mulheres de todo o mundo. O Nazismo não é anticapitalista, apenas antilliberal, é apegado a valores tradicionais e tem o Estado como entidade dominadora e meio de expansão do espaço-vital Germânico. Confundir os opostos é ideologismo puro ou falta de conhecimento acerca de história e ciência política. Links mais completos: https://desmentindoreacionarios.wordpress.com/2013/10/17/o-nazismofascismo-era-de-direita/ http://guerrilheirodoanoitecer.blogspot.com.br/2014/01/porque-o-nazismo-nunca-foi-de-esquerda.html

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Eu não estou interessado Em nenhuma teoria Nem nessas coisas do oriente Romances astrais A minha alucinação É suportar o dia-a-dia E meu delírio É a experiência Com coisas reais Um preto, um pobre Uma estudante Uma mulher sozinha Blue jeans e motocicletas Pessoas cinzas normais Garotas dentro da noite Revólver: cheira cachorro Os humilhados do parque Com os seus jornais...

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"Desculpem-me, mas eu não quero ser um Imperador, esse não é o meu objetivo. Eu não pretendo governar ou conquistar ninguém. Gostaria de ajudar a todos, se possível, judeus, gentios, negros, brancos. Todos nós queremos ajudar-nos uns aos outros, os seres humanos são assim. Todos nós queremos viver pela felicidade dos outros, não pela miséria alheia. Não queremos odiar e desprezar o outro. Neste mundo há espaço para todos e a terra é rica e pode prover para todos. O nosso modo de vida pode ser livre e belo. Mas nós estamos perdidos no caminho. A ganância envenenou a alma dos homens, e barricou o mundo com ódio; ela colocou-nos no caminho da miséria e do derramamento de sangue. Nós desenvolvemos a velocidade, mas sentimo-nos enclausurados: As máquinas que produzem abundância têm-nos deixado na penúria. O aumento dos nossos conhecimentos tornou-nos céticos; a nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco: Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. O avião e o rádio aproximaram-nos. A própria natureza destas invenções clama pela bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, à união de todos nós. Mesmo agora a minha voz chega a milhões em todo o mundo, milhões de desesperados, homens, mulheres, crianças, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Para aqueles que me podem ouvir eu digo: "Não se desesperem". A desgraça que está agora sobre nós não é senão a passagem da ganância, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano: o ódio dos homens passará e os ditadores morrerão e o poder que tiraram ao povo, irá retornar ao povo e enquanto os homens morrem e a liberdade nunca perecerá… Soldados: não se entreguem aos brutos, homens que vos desprezam e vos escravizam, que arregimentam as vossas vidas, vos dizem o que fazer, o que pensar e o que sentir, que vos corroem, digerem, tratam como gado, como carne para canhão. Não se entreguem a esses homens artificiais, homens-máquina, com mentes e corações mecanizados. Vocês não são máquinas. Vocês não são gado. Vocês são Homens. Vocês têm o amor da humanidade nos vossos corações. Vocês não odeiam, apenas odeia quem não é amado. Apenas os não amados e não naturais. Soldados: não lutem pela escravidão, lutem pela liberdade. No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito: "O reino de Deus está dentro do homem" Não um homem, nem um grupo de homens, mas em todos os homens; em você, o povo. Vós, o povo tem o poder, o poder de criar máquinas, o poder de criar felicidade. Vós, o povo tem o poder de tornar a vida livre e bela, para fazer desta vida uma aventura maravilhosa. Então, em nome da democracia, vamos usar esse poder, vamos todos unir-nos. Lutemos por um mundo novo, um mundo bom que vai dar aos homens a oportunidade de trabalhar, que lhe dará o futuro, longevidade e segurança. É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder, mas eles mentem. Eles não cumprem as suas promessas, eles nunca o farão. Os ditadores libertam-se, porém escravizam o povo. Agora vamos lutar para cumprir essa promessa. Lutemos agora para libertar o mundo, para acabar com as barreiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à intolerância. Lutemos por um mundo de razão, um mundo onde a ciência e o progresso conduzam à felicidade de todos os homens. Soldados! Em nome da democracia, vamos todos unir-nos! Olha para cima! Olha para cima! As nuvens estão a dissipar-se, o sol está a romper. Estamos a sair das trevas para a luz. Estamos a entrar num novo mundo. Um novo tipo de mundo onde os homens vão subir acima do seu ódio e da sua brutalidade. A alma do homem ganhou asas e, finalmente, ele está a começar a voar. Ele está a voar para o arco-íris, para a luz da esperança, para o futuro, esse futuro glorioso que te pertence, que me pertence, que pertence a todos nós. Olha para cima! Olha para cima!"

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A Clockwork Orange by Zachary Curl

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kubrick on set of a clockwork orange.

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Free Alex