libelulaseborboletas

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Ser a mesma de antes, seria um insulto a tudo que passei.

– Tumblr.

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“A vida é como um piano. Teclas brancas representam a felicidade e as pretas as angústias. Com o passar do tempo você percebe que as teclas pretas também fazem música.”

— A Última Música.  

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Love and Other Drugs (2010)

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oi.

/esse seria o início do meu texto para você.

pensei em te escrever um e-mail e dizer tudo o que não tive a oportunidade de falar naquela sua liga��ão de poucos minutos que duraram dois anos para acontecer.

eu esperei por seu “oi”

por sua ligação.

por notícias suas de um momento qualquer.

o ridículo é que toda vez que olho para trás eu me lembro do nosso início.

/mer**

agora, estando em nosso fim, talvez tudo tenha outro significado.

nunca quis que você fosse para mim além do que minha mente permitia que você fosse… e, eu sei que você também dizia isso para si mesmo.

/não gosto de usar reticências em meio de texto

você foi meu chão em momentos que o mundo parecia desabar.

/não gosto de clichês (mentira)

melhor amigo.

você tinha mais fé em mim do que eu mesma podia ter naquela época.

ainda lembro de você me falar que em toda frase trágica, sobre os momentos desafiadores da minha vida, eu sorria no final da última palavra.

você me enxergava.

estava certo, tinha algo em mim que precisava acreditar na leveza da vida novamente.

eu ainda sonhava.

hoje, tenho três buracos no peito que não sei se um dia irão cicatrizar.

o vazio que ficou em mim é o pior monstro

ele queima o meu coração nas miudezas do dia.

hoje não tenho sonhos grandes.

quero uma casa legal, escutar músicas legais, deitar no chão da varanda e olhar para a minha primeira árvore de Natal no canto da minha sala.

no agora, me contento em todas as quinta ser uma artista circense e voar.

dessa vez, literalmente.

“please, please, please, let me get what i whant”

sempre gostei dos Smiths (:

/as metáforas estão tomando conta desse texto

na verdade,

agora

quero te perguntar:

por que você me disse aquilo? por que você me falou naquele dia de domingo em 2017 que eu era o seu eixo?

“você é o meu eixo fora de mim”

foi a coisa mais estupida e bonita que alguém já me disse.

mas por que? por que eu? por que?

por que você não ficou ao meu lado? por que você sumiu? por que?

eu aceitei o fim.

no silêncio que não cabia mais continuação.

não tem mais história para contar.

não tem.

eu só quero que você sabia o quanto eu te tinha forte em minha vida.

tinha.

tenho.

e só.

/em minhas lembranças.

— Angel (libelulaseborboletas)

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Fotolibro: Seguen Oríah | “Distancia, silencio, paz.” 21 de Agosto de 2024...

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• Sérgio Vaz - Flores de Alvenaria, 2015.

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“Sentei no banquinho do meu quarto que fica de frente ao espelho da parede e comecei a olhar cada canto de mim. Vi que meus olhos eram fundos, e eu sabia o porque de cada dedo fino. Eu me entendia melhor do que qualquer outra espécie do planeta. Melhor do que minha mãe, meu pai, o professor de filosofia e a psicóloga do postinho. Eu sabia porque cada lágrima escorria. O motivo poderia ser o mais ridículo da face da terra, mas aquilo me doía, e ninguém tiraria aquilo de mim, quanto menos entenderia. Mas uma coisa eu nunca perdi no meio de tanta lágrima: o brilho dos meus olhos. É como se fosse uma lanterninha acesa pra que possam ver que ainda tem alguém aqui dentro, alguém que pode muito bem gritar quando não suportar, que pode sorrir feito louca porque o passarinho resolveu brincar na poça de água, ou simplesmente, que pode atravessar a rua sem olhar. Alguém que ama e que suporta todo amor dentro de si. E eu tinha todo o amor do mundo em mim. E se eu podia amar alguém, eu podia muito bem me amar também. Aceitar cada defeito como se fosse a mais fascinante qualidade. Porque se eu não fizer isso, quem fará por mim?”

— Chicago, 1992.

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“Eu gosto de ficar acordado até tarde, porque nessas horas da madrugada, o mundo está tão quieto e ninguém espera nada de mim. Eu poderia olhar para as paredes por horas e não haveria consequências. É tão silencioso e calmo.”

— Garoto Sincero. 

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Eu gosto tanto de observar o entardecer. É como se o céu me dissesse: eu vou, mas amanhã eu volto, pois sempre haverá um sol pra você.

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estou cansada de pisar em ovos com pessoas que dizem me amar.

não quero me podar para caber.

eu só quero ser.

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eu já quis muita coisa na vida

já sonhei

desfiz meus sonhos

o amor romântico não me encanta mais

e digo a vocês:

jovens, tudo passa e essa dor será comparada a uma pequena xícara de café amarga

e só.

aos quase vinte e sete

estou de pé

ainda estou

com a cicatriz mais profunda da dor

perdi minha mãe

minha tia

minha irmã

o universo levou

quis ser assim a minha sina

olho para mim e vejo a menina

a órfã, novamente

sem colo

sem aconchego

sobrevivendo com a maior dor do mundo cravada em meu peito

faz o término do “amor da minha vida”

parecer só uma topada em meu dedo.