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Em 1983 a maior revista eletrônica do Brasil anunciava o que até então era desconhecido pela maioria da população mundial. De lá pra cá, grandes avanços trouxeram a esperança para muitas pessoas através do aumento da qualidade de vida, mas o Preconceito e a Discriminação ainda são juntas, mais letais que o próprio vírus do HIV. Uma reportagem que foi ao ar cinco meses antes do meu nascimento disseminou o alerta e o medo à uma geração, disseminou o pouco conhecimento sobre o assunto e o preconceito ao direcionar aos homossexuais a maior responsabilidade na transmissão da então chamada SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA ou A-I-D-S. Vale a pena conferir a repostagem.
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Por Mário Scheffer e Caio Rosenthal
Até o fim desta segunda-feira (1º) cem brasileiros serão infectados pelo vírus HIV e mais de 30 pessoas irão morrer de Aids. Com os recursos hoje disponíveis, não faz sentido tanto sofrimento e morte causados por uma epidemia controlável.
Progressos...
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O HIV não tem preconceito. É bom que a gente também não tenha! Heterossexuais adultos representam a maior parcela nas novas notificações de infecção pelo vírus HIV. Em 2012, 67,5% dos casos informados pela rede de saúde pertenciam ao grupo de heterossexuais, sendo a maioria formada por mulheres, com 58,2%. O levantamento também mostra que a maior incidência de contaminação está na faixa de 30 a 49 anos, incluindo héteros e homossexuais. Os grupos vulneráveis, somados, responderam por um terço nas notificações. O Rio é o quarto estado com maior incidência do vírus: 28,7 por cem mil habitantes, acima da média nacional, que é de 20,2. A maior taxa do país está no Rio Grande do Sul, de 41,4, seguido por Santa Catarina (33,5) e Amazonas (29,2), segundo levantamento do sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, com base nos dados do Ministério da Saúde. - Fazer sexo sem preservativo é roleta-russa. Não se fala mais em grupo ou comportamento, mas em exposição de risco. A cada mil pessoas no Brasil, quatro a seis estão infectadas pelo HIV. Parece pouco, mas, quando se calcula pelo total da população, chegamos a cerca de um milhão de pessoas portadoras do vírus. E pelo menos um terço delas ainda não sabe - afirma o infectologista Alexandre Barbosa, da Faculdade de Medicina da Unesp-Botucatu e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia. As pessoas que não fizeram o teste e não sabem se são portadoras do vírus podem variar de 150 mil, número usado pelo governo, a 300 mil. Os heterossexuais que se descobriram recentemente portadores do HIV compõem uma espécie de retrato da evolução da epidemia no país. Eles foram contaminados cinco, dez anos atrás. Como nunca se perceberam vulneráveis, a descoberta ocorre por acaso. Silvia Almeida, de 50 anos, descobriu que o marido era portador do vírus em 1994. Os dois estavam casados há 10 anos e tinham dois filhos. O sinal vermelho surgiu quando ele teve tuberculose: - Foi um choque, a gente tinha uma relação muito boa. Éramos um casal feliz e com filhos. Na época, falava-se muito de grupo de risco, e nós não éramos grupo de risco. Quatro meses depois, Silvia fez o teste e descobriu que era portadora do HIV. Para ela, ter contraído o vírus parecia certeza, já que o casal não usava preservativo. O teste feito no filho do casal, na época com apenas 1 ano, deu negativo. Silvia acha provável que o marido tenha sido infectado em uma relação extraconjugal ou antes do casamento, uma vez que o vírus pode permanecer incubado por mais de dez anos. Em 1996, ele morreu. Silvia tinha 32 anos e uma certeza: precisava se manter viva para cuidar dos filhos. - Minha reação foi aprender a viver com o HIV - diz Silvia, que passou a frequentar o Grupo de Incentivo à Vida e coordena projetos de prevenção e programas de apoio e palestras. M. E. S., de 59 anos, moradora de Osasco, na Grande São Paulo, descobriu ser portadora do HIV em 1990, quando teve endocardite, infecção que acomete o coração: - Descobri a presença do vírus nos exames pré-operatórios. Como estava com imunidade muito baixa, não pude ser operada. O pico de mortes por Aids no mundo, com 2,5 milhões de óbitos, ocorreu em 2005. Em 2012, os óbitos somaram 1,7 milhão. Segundo Barbosa, a redução das mortes ocorreu depois que os medicamentos se tornaram disponíveis nos países da África. Atualmente, a cada ano cerca de três milhões se descobrem portadoras do vírus. O saldo é de cerca de 35 milhões de pessoas convivendo com HIV. A epidemia é considerada estabilizada. Com bancos de sangue sob controle, transmissão vertical (gestante/bebê) reduzida e casos residuais de contaminação por uso de droga injetável, a transmissão do HIV nas relações sexuais concentra as atenções. Para identificar os portadores, o Ministério da Saúde aumentou o número de testes distribuídos de 8,8 milhões em 2013 para 10 milhões este ano. - Quem tem vida sexual ativa e nunca fez teste, é melhor fazer - diz Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Apesar do grande número de heterossexuais contaminados, a principal preocupação do ministério hoje é com a leva de jovens que tem contraído o HIV. Recém- iniciados na vida sexual, eles não viveram o período em que contrair o vírus significava uma sentença de morte. - Os jovens estão se contaminando agora, em tempo real. Ele se sente imune. É impulsivo e tende a tomar menos cuidado - explica Barbosa. Segundo o secretário, outro indicador importante é a velocidade de transmissão, que tem sido maior em alguns grupos populacionais vulneráveis, como jovens gays, homens e mulheres profissionais do sexo e travestis. Rio e Rio Grande do Sul estão entre os estados que passaram a receber unidades móveis de saúde, para que os testes sejam realizados em locais de balada ou em pontos de encontro desses grupos. No Rio, o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, reconheceu que o atual patamar de incidência do vírus HIV no estado é alto e lembrou que, no período de maior difusão do vírus no país, o Rio foi um dos estados mais afetados. Segundo ele, a trajetória de queda iniciada há 15 anos foi interrompida, e a taxa de incidência estabilizou há 5 anos. - Vamos aos lugares onde eles estão. Muitos não procuram os serviços de saúde, seja porque trabalham à noite e dormem de dia, como prostitutas e travestis, ou pelo estigma - diz Barbosa. Em São Paulo, o número de jovens entre 20 e 24 anos que contraiu HIV cresceu 29% entre 2007 e 2012: de 489 para 631 casos. Artur Kalichman, coordenador adjunto do Programa DST/Aids, afirmou que o foco se voltou novamente para a comunidade gay. O estado vai começar um teste-piloto em grupos de altíssimo risco, que usarão o medicamento como profilaxia. Numa exposição eventual ao risco, é possível ser medicado durante 28 dias após o ato sexual. Em casos de exposição contínua e de alto risco, é possível também receber medicação contínua ainda que não tenha sido identificada a presença do HIV. - HIV não tem preconceito. É bom que a gente não tenha - diz Kalichman. Crédito: Jornal O Globo, 01/12/2014.
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Lei 12.984/14 sancionada pela Presidente Dilma Rousseff em junho 2014. Fique sabendo!
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Que façamos de todos os dias do ano o Dia de Luta contra a AIDS!
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Há 14 anos, a professora Maria Aparecida Lemos chamou os irmãos ao hospital e pediu que contassem ao resto da família a verdade: ela tinha HIV, não câncer. Há uma semana, o designer Guilherme Dore, de 24 anos, compartilhou no Facebook o diagnóstico de HIV que recebeu em 2012. Fora contaminado por um namorado. Guilherme e Aparecida são algumas das faces da epidemia de HIV/Aids no Brasil: mulheres, num fenômeno de alguns anos, e jovens de ambos os sexos. Histórias como essas dão o tom do 17º Encontro de Pessoas Vivendo com HIV/Aids, que começou na quinta-feira no Centro de Convenções da Bolsa de Valores do Rio. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, mulheres representavam 25% dos casos de HIV/Aids de 1982 a 1999 no Rio, mas chegaram a 37% em 2012. Nos primeiros anos, o Rio tinha 2,9 notificações entre homens para uma entre mulheres; em 2005, para cada 1,5 caso masculino, um era feminino. Há alguns anos essa proporção se estabilizou em 1,7. Mas, na faixa etária de 13 a 19 anos, 50,9% dos casos são entre garotas, e 49,1% entre rapazes. É justamente nesse segmento que a incidência cresce entre mulheres. Entre homens, sobe na faixa de 20 a 24 anos. A parcela de casos entre homossexuais masculinos subiu de 24% em 2000 para 28,5% em 2012 no estado. Dore, bissexual, contaminou-se com um namorado. Para ele, integrante da Rede Estadual de Adolescentes e Jovens Vivendo e Convivendo com HIV/AIDS, criada por jovens soropositivos, assumir o HIV é uma decisão política para lutar por aquilo em que acredita. — Acharam bacana eu ter assumido. Mas alerto: muitos acham que ter HIV significa só tomar um remédio e pronto. Não é. É sofrido. Por isso, todo mundo tem de se proteger e usar preservativo. Existem no Brasil 718 mil pessoas com HIV/Aids, segundo o Ministério da Saúde. Desde 1996 o SUS distribui gratuitamente os medicamentos. De 1980 a junho de 2013 foram notificados 686.478 casos. Em 2012, 39.185 casos, o que mantém o HIV num patamar estável nos últimos cinco anos. Em todo o país, o aumento mais significativo foi entre homossexuais masculinos jovens. Para cada caso feminino, há 1,7 caso masculino (eram 5,5 em 1990). — Embora alguns grupos estejam mais sujeitos, qualquer um pode contrair o HIV. O Rio tem a segunda maior taxa de mortalidade. Temos problemas, como o atraso no exame de genotipagem (que detecta a que medicamentos o vírus está resistente). Nesse encontro discutimos dificuldades e vitórias de quem vive com o HIV — afirma o psicanalista George Gouvêa, presidente do Grupo Pela Vidda-RJ, que organiza o “Vivendo”. A mulher soropositiva tem dúvidas e dificuldades particulares, avalia Mara Moreira, coordenadora do grupo feminino do Pela Vidda-RJ e representante fluminense do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas. Ter ou não ter filhos, sabendo que a doença se transmite para o feto? Como convencer parceiros sobre prevenção? No mês passado, soropositivas produziram um documento cobrando melhoras no atendimento, como a cirurgia reparadora da lipodistrofia (a distribuição desigual de gordura pelo corpo, como efeito colateral dos remédios anti-HIV). ALERTA A UMA NOVA GERAÇÃO Para Aparecida Lemos, o HIV trouxe uma infecção oportunista, causada pelo citomegalovírus. Cada olho foi operado cinco vezes, sem sucesso. Aparecida, professora de português, ex-diretora de escola, divorciada, independente, ficou cega dos dois olhos. Nem sombras vê: — No caso do HIV, me sentia culpada, pois deixei de me proteger, passei a confiar num namorado e não usei preservativo. No caso da cegueira, fiquei revoltada. Hoje, ela mora só, lava a louça, cozinha. Tem diarista duas vezes por semana e, para sair de casa, conta com a ajuda da família e de amigos. Seu recado para as mulheres é que se protejam, pois o amor não imuniza. Para os deficientes, o alerta é: não deixem que ninguém os torne mais invisíveis ainda. O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, diz que uma das prioridades hoje é a prevenção, não só com preservativo, mas com diagnóstico precoce. No Rio, há três anos existe um serviço de testagem rápida. O interessado recebe o resultado na hora e já sai com consulta marcada na rede pública. Sobre a dificuldade no acesso à cirurgia para casos de lipodistrofia, Chieppe admite as limitações e diz que só o Hospital Pedro Ernesto, da Uerj, a oferece. Chieppe diz que o aumento de casos entre mulheres não é novo, mas a vulnerabilidade delas se mantém. Parte dos casos ocorre no ambiente doméstico, e tanto é difícil lidar com a traição como convencer parceiros da necessidade de proteção. No caso dos jovens, é uma questão de idade. Para os nascidos a partir de 2000, que não viram ídolos sofrendo nem famílias sob impacto de mortes, o HIV pode parecer algo comum, tratado facilmente — engano que pode custar muito à nova geração.
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Vale a pena conferir!!!
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Antes de entrar numa batalha, é preciso acreditar naquilo pelo qual se está lutando." Caros amigos e leitores, Hoje encerrou o 1º dos 6 ciclos de quimioterapia com 3 sessões cada. Até o momento não apresentei efeitos colaterais. Vamos para as próximas batalhas!!!
Chuang Tzu
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Entrega.
As pessoas costumam dizer que ‘Deus escreve certo por linhas tortas!’, verdade ou não, sinto a tinta da caneta passando em minha vida e que uma redação está sendo minuciosamente escrita com momentos especiais e inesquecíveis. Talvez em um outro momento não estivéssemos vivendo essa realidade, mas hoje eu percebo que as surpresas existem para nos deixar felizes e assim tem sido. O que mais quero da vida se não a oportunidade de desfrutar de momentos intensos e verdadeiros como os que temos apreciado? Sou grato por ter você, por perceber o esforço em me fazer sentir bem, por me fazer esquecer que tem uma agulha entranhada em minha veia, por vê-lo abrir mão daquilo que mais te dar prazer para ficar ao meu lado, por sentir que estou me encaixando em sua vida pela porta da frente e não pela janela das circunstâncias, por saber que hoje, sou teu namorado e que decidimos viver um dia após o outro, pelo seu olhar que invade o meu tentando decifrar o que passa em meus pensamentos. Só existem duas palavras que podem expressar o que temos vivido nos últimos dias: Entrega e Gratidão!
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Triste é saber que muitas pessoas se permitem ficar à mercê da confiança no outro. Muitos não concordam com meu ponto de vista, mas insisto em dizer, que somos responsáveis ao não termos dito "NÃO" quando deveríamos. Vida que segue...
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2/18 dias de batalha. Caros amigos e leitores, tudo bem com vocês? Espero que sim! Trago nesse post o mix de emoções vividos durante esta última semana. Quão tenso e desesperador é viver algo novo onde a dúvida, a incerteza, a esperança e a fé se degladiam em um mesmo pacote para ver quem sai vitorioso nessa batalha. No último sábado, 01 de novembro, com todo aquele ritual existente nas redes sociais de 'novo mês, seja bem vindo!', 'mês, me surpreenda!' e por aí vai, me pego antes das 08h da manhã já tendo que acalmar a minha mãe por não acreditar que estou bem. ( De fato, para ela preciso estar! ) O dia, o mês já não estava iniciando da maneira planejada, enfim, não foi o meu melhor dia desde 18 de agosto, mas sobrevivi com a ajuda de grandes amigos que se disponibilizaram a me acalmar e me escutar nos poucos momentos que resolvi questionar a vida e o momento que estou vivendo. Mas nada como um dia após o outro! No domingo e na segunda-feira, a lembrança daquele sábado tenebroso já não existia. Chega o tão esperado 2º dia da quimioterapia, meu amigo e anjo que me acompanhou na importantíssima entrada de cabeça dessa batalha torcia e emanava vibrações, já que não poderia me acompanhar. A vida se encarrega de nos presentear com pessoas que nos querem bem e assim foi naquela terça-feira, um dia que tinha tudo pra ser de uma maneira tomou um rumo completamente diferente e fantástico. Surgiu em pleno Sol escaldante da primavera baiana um rei para me oferecer um dia de príncipe. O cuidado, a atenção, o desejo em me fazer estar bem conduziu majestosamente toda a situação. Foram apenas duas horas e meia de aplicação da medicação, diferente do primeiro dia das quatro horas de gotas caindo e adentrando a minha veia. A sensação de intimidade já tomou conta do ambiente da clinica, os funcionários me chamando pelo nome sem ter que olhar o prontuário me fez o quão importante e como nos faz bem ter pessoas se esforçando para mudar o rumo da sua história. Hoje já é sexta, até o momento não tive efeitos colaterais referentes às duas sessões, não sei se isso é bom ou ruim, só sei que me sinto grato por saber que tudo está dando certo. Breve trago notícias, desejando que seja tão boas quanto as que hoje relato. Um forte abraço, até o próximo post.
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AIDS na Bahia. Segundo o site "Bahia Noticias" no período de janeiro e setembro 2014 houve aumento no número de casos entre adolescentes de 15 a 19 anos e pessoas na faixa etária de 50 a 64. Em relação às outras faixas, houve a diminuição dos registros de 1183 notificações para 619, sendo que destes, 401 são homens ( inclusive eu ) e 218 mulheres quando comparado ao mesmo período de 2013. Vale lembrar que o número dos que possuem o vírus e não sabem é muito maior do que a estatística apresenta.
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1/18 dias de batalha.
Olá pessoal, tudo bem com vocês? Espero que sim!
Depois de alguns dias conturbados consegui parar para escrever sobre os últimos acontecimentos. Então, após alguns dias angustiantes em que o plano de saúde não liberava o procedimento, finalmente demos início ao tratamento do Sarcoma de Kaposi, um câncer que acomete os tecidos dos vasos sanguíneos, muito comuns em homens soropositivos.
Um dia antes de começar a quimioterapia a atendente da clinica me liga para informar o horário e que, obrigatoriamente eu teria que levar um acompanhante. Como assim um acompanhante se eu não havia conversado com ninguém da família e nem amigos sobre o assunto? Talvez tinha chegado aí o momento que a vida me obrigaria e me obrigou a me abrir com alguém mais próximo. Não pensei duas vezes, liguei para a pessoa que considero hoje um dos meus melhores amigos, contei parcialmente sobre o sarcoma e ele se disponibilizou em me acompanhar no dia seguinte.
Terça-feira, 28 de outubro, acordo às 5h após uma noite tensa de perguntas e incertezas sobre o que estaria por vir, banhei-me, fiz a profilaxia de BK e fiz o desjejum mais reforçado, na sequência fui ao encontro de quem resolveu ser o meu anjo naquela manhã. No caminho para a clinica, o papo ia sendo colocado em dias, a saudade sendo matada quando finalmente chegamos. Minutos após apresentar-me na recepção fui chamado juntamente com o meu amigo e anjo veio comigo, para as entrevistas pré-medicações ele sempre tinha que se ausentar da sala pois ainda não sabia sobre a minha sorologia, entre a entrada e saída da sala foram umas cinco vezes.
Começou então a medicação, foi super tranqüila, uma leve sonolência, confesso que lutei para não dormir e venci, queria estar acordado todo o tempo. Após 4h entre soros e outros medicamentos fomos embora com a sensação de que tinha dado tudo certo e deu!
Mas as emoções não param por aqui, decidi contar sobre o HIV para o meu amigo anjo e assim o fiz, pedi para parar o carro, sem buscar belas palavras contei: Sou soropositivo! ( 1 minuto de silêncio ) e um “Own amigo!” Seguido de um abraço me confortou extraindo lágrimas dos olhos que não choravam desde o dia do diagnóstico.
Fiquei muito mais aliviado ao mesmo tempo que constrangido, mas feliz por me abrir com quem eu sabia que poderia assim o fazer sem me arrepender. Agora vamos pra frente, virão novos momentos, novos desafios e mais 17 dias de batalha até o final do tratamento.
Uma coisa é certa, Deus está no controle de tudo e assim eu sigo confiando. Abraços à todos e até a próxima publicação!
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VONTADE DE VIVER Sabe aquele dia em que você acorda se perguntando: 'O que quero hoje?' e a primeira resposta que surge à sua mente é: QUERO VIVER!!! Sim, sempre quis viver, agora quero mais, muito mais e o que for necessário fazer pra isso acontecer farei. Me despojarei do que não serve mais pra mim, de objeto a pessoas que não me faz bem, até porque, a vida tem me presenteado com novos e intensos laços de amor e amizade. O que era complicado até ontem, agora é simples ou pelo menos tenho transformado em simplicidade. A vida tem tido sabor de 'acordei e posso mais!' e é isso que quero, poder mais... Muito mais!!!
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ENCARANDO A MINHA VERDADE. Dias sem escrever, dias sem respirar, vida corrida. Mas assim que é bom! Enfim... Caros amigos e leitores, depois do diagnóstico do HIV, descubro mais um motivo pra redobrar as minha forças e encarar a vida de frente: O SARCOMA DE KAPOSI. Pra quem não conhece ou nunca ouviu falar, um câncer que acomete as paredes dos canais sanguíneos com uma incidência maior em portadores do vírus HIV. Na verdade eu já desconfiava, mas o 'bendito' medo de saber o diagnóstico me fez adiar a certeza sobre a origem dos nódulos que surgiram em minha pele e que, para o meu alívio, restringe-se apenas a ela e não propagou pelos órgãos internos. Em função disso fui direcionado pela minha infectologista a procurar um oncologista para dar início ao tratamento do câncer. Uma outra profissional de extrema qualidade apareceu em meu caminho, me esclarecendo a verdade sobre o SARCOMA DE KAPOSI, me permitindo dormir por ter a certeza que hoje é completamente tratável por meio dos Antiretrovirais que já faço uso desde setembro e algumas sessões de quimioterapia que irei iniciar. Estou super confiante de que tudo dará certo como tem dado até agora. Breve trago novidades para vocês e peço que fiquem na torcida do sucesso dessa mais nova etapa que irei encarar. Abraços à todos!
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Nova Vida, Novos Amigos. Domingo, acordando antes das 10h e refletindo sobre tantas coisas, inclusive nos amigos que ainda não tive e não sei se tenho coragem de contar sobre a minha sorologia e os novos amigos, que surgiram durante a fase de descoberta do HIV. Daí você me pergunta: "Se eles são seus amigos, porque não conta? Não desabafa? Se eles são os seus amigos de verdade vão lhe entender, vão lhe dar apoio..." Sinceramente, penso nisso tudo e sei até que alguns de fato me apoiariam, mas não quero correr o risco, pelo melodrama de explicar o que aconteceu e como aconteceu. Talvez seja imaturidade da minha parte, mas essa é o meu momento e me sinto bem assim. Por outro lado, grandes pessoas estão surgindo na minha vida e na mesma condição sorológica, alguns estão muito próximos, em um cuidado fora do comum e isso tem me confortado e me feito enxergar um outro mundo que não existia. Agora assim, o conselho que todos me deram até agora foi: "se tiver que contar sobre a sua condição sorológica, que seja para alguém da família que você confie muito!" Eis o 'X' da questão... Não existe, infelizmente! Nunca fui de contar segredos para irmãos, meus pais nunca foram do tipo que perceberam as minhas mudanças de humor, meus tios e tias, só em festas de família e olhe lá, primos??? Malmente um 'oi' com um sentimento de 'falar porque tinha que falar'. Na verdade sempre vivi só em meio a uma multidão. Logo, não faria sentido buscar apoio nessas pessoas, seria um fator complicador... Mas enfim, sei que um dia, talvez, se faça necessário, mas enquanto não for será dessa forma: eu e meus novos amigos, amigos de vários pontos desse Brasil, que fazem questão de me acordar com um 'você está bem?', de perceber que se reduzo a quantidade de palavras digitadas algo está acontecendo e ligam imediatamente. Já trouxe alguns desses amigos virtuais para o meu mundo real e espero trazer muito mais. Por isso que sempre acreditei que 'pra tá junto, não precisa tá perto!
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CADA ORGANISMO É ÚNICO! Olá caros amigos, depois de alguns dias ausente por causa da correria do dia a dia, hoje resolvi tirar 3 minutinhos e escrever para vocês. Vim falar sobre o meu inicio com o tratamento dos Anti-Retrovirais, mais especificamente o Efavirenz, a Lamuvidina e o Tanofovir, que juntos são a combinação dos remédios que uso. Então, muito se fala por usuários dessa combinação e de alguns profissionais de saúde sobre a possibilidade de alguns efeitos imediatos tal como: alucinações, sonhos vívidos, tonturas dentre outros sintomas. Confesso que no primeiro dia, fiquei com muito medo, mas iniciei ainda assim e até a presente data não percebi efeitos colaterais. Segundo a farmacêutica, se por ventura tais sintomas não fossem apresentados na primeira semana de uso, dificilmente eu teria problemas com essa terapia. Vamos continuar acompanhando e vendo o que acontece ao longo dos dias. O importante é deixar claro, que cada organismo é único e reage de uma forma a qualquer espécie de medicação. Espero que, se você iniciou o tratamento com essa combinação, apresente o mesmo sucesso em adaptar-se.
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