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À Deriva
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Manual de sobrevivência para quem não quer ser salvo.
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luizfafau · 3 months ago
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E se... não fosse uma procissão, mas um acerto de contas?
https://open.substack.com/pub/luizfafau/p/a-procissao-das-almas?r=598ydg&utm_campaign=post&utm_medium=web&showWelcomeOnShare=false
#goiasvelho
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luizfafau · 3 months ago
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Texto novo de um projeto em andamento. Tem coragem? Leia e deixe sua opinião.
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luizfafau · 6 months ago
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#2 - Página Aberta Alternativo Cultural n° 1 - Setembro/1992 - São José (SC)
Página Aberta Alternativo Cultural, publicação do grupo Barbárie de Anarquia, poesia e arte postal, de São José, Santa Catarina. Neste número, datilografado, foram publicados trabalhos de Ane Walsh (coluna Metamorfose), Cambuquira (MG) - Paulo Cesar Will, São José (SC) - Petter Baiestorf, Palmitos (SC) - Sérgio Rezende Costa, Divinópolis (MG) - Hiiris Lassorian (São José (SC) - Teresa Cristina, Brusque (SC).
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luizfafau · 6 months ago
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luizfafau · 6 months ago
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Recuperei minha velha máquina de escrever Olivetti. Agora vai.
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luizfafau · 8 months ago
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Um dia quente e luminoso
Meu querido Lício e minhas queridas Wânia, Nic e Leide. Encontrei vocês dentro de uma antiga edição do romance Emma, de Jane Austen, na prateleira de um sebo. Vocês estavam reunidos em uma foto minúscula, 3x3cm, com aquele colorido bem próprio das fotografias tiradas com câmeras baratas e seus filmes de rolo dos anos oitenta. Um colorido tímido, retraído em sua distância do real, como se entre o olho da lente e vocês quatro, sorridentes no meio da rua, houvesse uma espécie de solenidade cromática, onde o revelar e o revelar-se ainda estivessem em diálogo e as cores buscassem a liberdade de se expressar sem o compromisso com a fidedignidade. Cores com desejos próprios, ávidas por libertar-se da totalidade de um registro em alta definição, como acontece hoje em dia. Asas de borboletas camuflando-se da predação dos olhos.
No verso da foto havia o nome de vocês e uma data, que suponho seja o dia do encontro dos cinco amigos: vinte e três de dezembro de mil novecentos e oitenta e quatro. Eu disse cinco amigos? Pois é. Não podemos nos esquecer que uma quinta pessoa fez a mágica acontecer e aprisionou o tempo naquele lapso de segundo entre o escuro e a luz. Não sei se vocês, na hora da foto, refletiram sobre o processo tecnológico em que estavam envolvidos, o de capturar uma imagem, um flagrante, um fragmento de existência.
Permitam-me imaginar que a quinta pessoa teria sido Lúcio, possível irmão de Lício. Lúcio, o luminoso, aquele que traz a luz para dentro da caixinha mágica e a transforma em sonho, em memória, em reminiscência. Pois quando o dedo de Lúcio pressionou o botão da câmera, aconteceu o disparo. A intensão se fez e despertou o gênio adormecido nas engrenagens da máquina. Um leve clic metálico, na curta fração de tempo que dispunha, fez com que abrisse o obturador da câmera para permitir a entrada da luz. Faça-se a luz! Disse o dedo do criador Lúcio. Na distância dessas quatro décadas consigo ouvir o som do disparo. Seco, indiferente, preciso. Foi lindo.
Aberto o obturador, um pequeno diafragma ajustou a quantidade de luz que entraria e que chegaria até o filme, adormecido dentro da caverna escura. Pensem o filme ainda virgem como a história a ser escrita, um espaço isento de narrativas, um livro em branco, um tesouro cobiçado por escribas ávidos em registrar suas impressões, seus olhares, seus interesses. Não consigo me furtar em imaginar a entrada da luz, ocupando o espaço, produzindo sombras nas paredes de aço, ou alumínio, ou magnésio, não sei ao certo. Os metais costumam ser fortes e suportam forças pesadas. E no jogo de claro e escuro, na medida em que a luz adentra, é possível ouvir o ranger provocado pelo peso das forças antagônicas em disputa pela primazia de deixar sua marca na tessitura sensível da primeira camada da pele do filme fotográfico, composta de cristais de haleto de prata suspensos em gelatina.
Assim a história do encontro de vocês foi contada faltando oito dias para o término do ano de 1984. Foi um dia quente e luminoso aquele vinte e três de dezembro e não faço a menor ideia de que horas davam os relógios. Mas também agora já não importa. As horas, os dias, os anos vão se compactando com o passar do tempo, formando camadas sobrepostas, soterrando as evidências de nossa passagem. O passado tem sempre uma camada de poeira sobre si, e outra, e outra na medida do distanciar do tempo. Que sorte a nossa que nos encontramos pelas mãos de Emma Woodhouse. Não, não foi coincidência, ela era boa em juntar as pessoas. Não podemos nos esquecer também daquela misteriosa pessoa que colocou a pequena foto dentro do livro e fez com que ela transpusesse o portal do tempo e chegasse até 2024 em segurança, num pouso suave e seguro em minhas mãos. O livro é uma máquina do tempo, uma espaçonave de celulose movida a palavras e imaginação.
As coisas mudaram muito nesses últimos quarenta anos pessoal. Dificilmente vocês poderiam repetir essa viagem da mesma forma e com sucesso. Se o alegre encontro de vocês tivesse acontecido hoje, e não em 1984, passados quarenta anos a foto tirada pelo Lúcio de hoje estaria guardada em um velho celular no fundo de uma caixa, a espera de descarte, se ele ainda não tiver sido providenciado. Por sorte, na nuvem, que é como chamam hoje um repositório imaginário da nossa existência.
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luizfafau · 1 year ago
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luizfafau · 1 year ago
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Difícil esquecer enquanto caminho pelos corredores da casa solitária. Ainda o violino de minha irmã e sua sonoridade torta e estridente ecoa nos labirintos de tijolos aparentes. Voltar no tempo é um exercício de coragem. Uma sinfonia de sentimentos difusos à mercê de um maestro bêbado. Nada na velha casa parecia me reconhecer, eu era um invasor. Senti uma pontada de tristeza ao perceber que ela própria continuou sua vida sem mim.
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luizfafau · 1 year ago
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luizfafau · 2 years ago
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luizfafau · 2 years ago
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O grito
Caminhou em direção à portaria. Não viu o porteiro. Na calçada pareceu que um silvo metálico lhe perfurava os tímpanos. Era o peso do silêncio. Uma lufada de ar quente lhe dizia ser ele o último habitante do planeta quando explodiu um coro de vozes e a cidade gritou: "Gooolll".
Foto Judson Castro @judson_castro
#horror #ficçãocientifica #fantasia #microcontos
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luizfafau · 2 years ago
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Contatos imediatos
Diário de Bordo 221122, relatório da brigada de assalto: detectamos mais ao sul círculo formado por dezenas de sapiens tendo sobre suas cabeças pequeno dispositivo eletrônico piscante com padrão de comunicação aleatório. Aguardamos orientações para possível extermínio. Câmbio.
#horror #ficçãocientifica #fantasia #microcontos
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luizfafau · 2 years ago
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Cadê Carlão
Ficou tensa quando viu no Face foto sua na garupa da moto do ex com a pergunta "cadê Carlão?". Ouviu muito essa pergunta. O tempo passou, Carlão não apareceu, processo arquivado. Vizinhos, parentes, colegas têm sempre essa pergunta no olhar. Ela nunca vai dizer onde o enterrou.
#horror #ficçãocientifica #fantasia #microcontos
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luizfafau · 2 years ago
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O canto do Koo
Uma selva densamente povoada. Um mundo de possibilidades onde a caça virava predador num bater de asas. Pena Azul era o rei, estava no topo da cadeia alimentar. Ele decidia quem, quando e o quê os outros piavam. Até que na floresta ouviu-se um canto diferente: "Koo Kooooo!!!!".
(Foto Blog da Emeb Aldino Pinotti) - #horror #ficçãocientifica #fantasia #microcontos
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luizfafau · 2 years ago
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Consulta
Acordou amarrado na cadeira com a boca dormente. Estava em um consultório de dentista. Antes que sentisse o gosto, o cheiro de sangue lhe chamou a atenção. Sangue na roupa, nos equipamentos e na bandeja com um pedaço de carne que... meu Deus, uma língua. Não conseguiu gritar.
#horror #ficçãocientifica #fantasia #microcontos
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luizfafau · 2 years ago
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Maquiagem
[2016]
Quando ninguém esperava
Ocupei
Já estava vago
Cá pra nós
As palavras são tão voluptuosas
Que brotam como verdade
Nos ouvidos carentes
Não sou de manhã
O que aparento à noite
Dizem que me maquiei, dei o bote
Que nádegas, tenho boas costas
Mamulengo despista cupim
De tão articulado
Não tenho lado
O caos me favorece
Minha fome não escolhe prato
Sirvo-me do inconsciente coletivo
Palavra sem voz
Vontade sem forma
Desejo sem vontade
Estou por aí
Recrutando forças
Vou bater em sua porta
Pedir apoio
Te fazer pensar que o mundo precisa de limpeza
Depois passo o rodo
E cobro pedágio
Foto de divulgação do filme Labirinto de Fauno (Guillermo del Toro – 2006). O ator Doug Jones foi maquiado por David Marti e Montse Ribé.
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luizfafau · 2 years ago
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O olho de Deus
Tenho uma notícia para você. Ele esteve entre nós. Mesmo escondido atrás dos óculos de futevôlei o reconheci. Veio julgar. Em estado de tédio eterno veio ungir quem melhor trancendesse ao mundo fático com seus poemas. A divindade não gostou do que disse que leu. No seu tempo era melhor. Plêiade de versos mágicos em chuva perene sobre o panteão. A fragilidade poética da atualidade causou-lhe espécie. Fez sua escolha ainda que a contragosto. "Essa obra aqui está um pouquinho mais...", disse. A obra escolhida encolheu-se e clamou aos (outros) deuses que de folha solta árvore se tornasse, e broto, e semente no calorzinho escuro da terra. Lá estaria protegida de ser notada pelo olho Dele. Mando mais notícias depois. Mantenha sua gaveta trancada.
(Foto Luiz Fafau - Halo Solar sobre a Igreja Sagrado Coração de Maria - Goiânia - Goiás) #horror #ficçãocientifica #fantasia #microcontos
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