fake texts; angst(y)
mark x leitora. esse aqui foi totalmente pra mim mesma, tenho um amigo que me lembra mt o mark e sempre tivemos uma amizade meio.. estranha. avisos! é uma coleção de conversas REAIS (alguém me aconselha pfv!) leitora tem piercing na boca! bônus de algo que escrevi há um tempo atrás baseado no mesmo amigo, são situações verdadeiras então podem rir de mim.
bônus
Mark sabe que você gosta dele, e talvez tire um bocado de proveito disso. Em outras palavras, ele te enrola. Você já disse com todas as palavras que quer ficar com ele, letra por letra, mas o cafajeste finge que nunca soube disso.
Vira e mexe ele solta umas besteiras, te faz sentir especial, te olha de um jeito diferente, te trata igual princesa e… nada. Absolutamente nada acontece.
— Como você tá linda, nossa! — Ele exclama boquiaberto ao te ver após umas semanas de desencontros. — Tô apaixonado. Uau.
— Sério, amigo? Obrigada! — Você responde, frisando o vocativo. Está cansada do joguinho dele.
O mais alto vem te abraçar e você não resiste. Sua mão aperta tua cintura e você xinga mentalmente. Como ele sempre consegue?
Numa outra vez, o ciclo de amigos se dividiu em carros para facilitar a carona. Algumas pessoas esperavam em casa, precisariam buscá-las. Enquanto você estava no banheiro, os carros lotaram, deixando apenas o de Mark livre.
— Vem comigo, por favor? Tô sozinho. — O garoto diz com a janela do carona abaixada. Bate umas vezes no banco como um convite. Você, otária, vai.
Entra no automóvel meio a contragosto, põe o cinto e fica calada, esperando-o dar partida, o que não faz. Ao virar o rosto para questioná-lo, percebe que te encara.
— Vamos? — Você indaga, confusa com a falta de atitude dele.
— Você é tão bonita… — Sente a mão masculina envolver tua nuca e te puxar para perto, os rostos ficam colados. Ele fita teus lábios e morde os próprios, mas você só revira os olhos. Conhece bem o amigo, sabe que ele não vai fazer nada e só quer te confundir. Mas não pode negar, é muito atraente. O infeliz sabe que tem pegada.
Sem querer se entregar à toa, você ri sem jeito, se afastando. Ao mesmo tempo que queria muito ter sido beijada, a raiva te incomoda com pequenas ardências no estômago.
— Pessoal tá mandando mensagem aqui já. — Você lê o grupo de amigos e, obviamente, Chenle já sacaneia a ausência dos dois. Ele conhece bem a situação em que está, mas coloca bastante pilha pra deixar Mark atento, ele não pode brincar com você assim.
Chenle: porra, mark. vem pegar a gente ou vai ficar se pegando aí no carro?
Mark ri ao ler a mensagem, digita rapidamente uma resposta antes de ligar o carro e partir.
Mark: preferia continuar aqui né… mas já que tu é empata foda
Chenle: nem você acredita nisso, seu cuzão
Chenle: anda logo caralho
Certo dia, conversavam sobre assuntos da vida jovem-adulta, comparavam opiniões profundas sobre decisões, maturidade, processos dolorosos. Vendo que era uma conversa amigável, você relaxa e o diálogo continua fervoroso até que um silêncio confortável recai sobre os dois. Sente-se aliviada por perceber que estavam sendo só amigos, o que prefere mil vezes do que ser enrolada.
— Você é apaixonante, sabia? — Mark diz, atraindo a tua atenção ao quebrar a quietude anterior. — Dá pra conversar sobre tudo com você, e você é madura, além de linda… — Ele suspira, procurando uma reação tua. — Apaixonante.
Puta que pariu. Ele quer que você fique maluca, não é possível. Estavam indo bem, mas ele teve de abrir essa boca.
Você apenas agradece, porque teus amigos voltam da rua fazendo algazarra. Logo vai ajudar Chenle e Haechan com as compras, desejando ferozmente sair de perto de Mark.
— Nossa, tu tá ainda mais gostosa hoje do que ontem, hein? — Lele diz, implicando contigo, como sempre. — Tu não quer ir ali no Palazzo comigo não?
— Eu lá sou mulher de Palazzo? — Você responde, entrando na brincadeira. — Mas se você quiser me levar pra um lugar mais caro, eu não respondo por mim… — Chega perto do chinês, fingindo ser uma sedutora infalível.
— Tchau, galera. Até mais tarde! — Ele pega na tua mão, fazendo como se fosse embora de verdade, para irem resolver o problema.
— Para de dar em cima da minha mulher, seu otário. — Mark exclama, crente que estava sendo engraçado. Chenle apenas o olha com desgosto.
— Vai tomar no cu. Só fala. Tua é o caralho. — Te defende enquanto você foca em encher os copos de refrigerante que faltavam.
Assim, tua frustração foi crescendo. Resolveu confrontá-lo, quando não aguentou mais. Estavam numa festa de aniversário, e acabaram ficando na mesa sozinhos enquanto os outros pegavam mais comida.
— E, aí? Como você tá? Tava com saudade. — Ele inicia uma conversa, se aproximando de você. Aproveita o momento e brinca com teus dedos, os polegares circulavam as costas da tua mão.
— Tudo bem… Trabalhando muito, como sempre.
— É? — Ele sorri malandro, se fazendo de interessado, encarando cada parte do teu rosto. Não dá mais.
— Por que você faz isso? — Você indaga, separando as mãos, fixando teu olhar no dele. Não soa agressiva, mas demonstra o cansaço.
— E-eu…
— Mark, eu quero tanto ser sua amiga. Gosto tanto de você.
— Eu também, é que… — Falha ao tentar se explicar. Os olhos perdem a confiança, focando em tudo menos em ti.
— Me trata como amiga, só como amiga. Sem joguinho, pode ser? — Você inicia um carinho desta vez, mas não tinha nada além de amizade. Queria apenas que ele se sentisse confortável com as cartas abertas. — Eu quero te conhecer de verdade, não precisa de nada… — Ele te observa com olhar doce.
— Tudo bem, me desculpa. Eu sou… complicado. — Ele ri, admitindo. Até a voz parece outra, sem a máscara de galanteador.
— Eu percebi. — Vocês se olham, segurando outra risada. — Mas tô aqui pra ser sua amiga, o que você acha?
— Amigos, então. Mas vai ter que ter paciência comigo.
E você tem de sobra, porque vê que, por um tempo, ele realmente faz esforço para que vocês se conheçam e compartilhem além do superficial.
Nunca imaginou que teria coragem de pressioná-lo a fim de tirar essa pedra do caminho, porém foi o que fez desaparecer a tensão de antes. Você superou Mark, finalmente.
Não continuaram tão próximos quanto nos primeiros meses, mas vê-lo não era mais uma tortura. E só por isso, pôde ser um pouco mais feliz.
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