mrudiger
mrudiger
Morgana Rüdiger
6 posts
Tumblr feito para o DLL 2020. Aqui serão postadas resenhas mensais, atribuídas aos temas estipulados pelo blog Livreando.
Don't wanna be here? Send us removal request.
mrudiger · 6 years ago
Photo
Tumblr media
DLL20: Um livro de poesias
Luci Collin reúne, em seu pequeno livro, 51 poemas sobre temas diversos, que juntos compõe uma obra sensível e misteriosa da maneira que apenas a poesia é capaz de fazer.
Alinho, Ardor, Incombinados, Traço, Lida, Rogativa, To beat or not, Carneirinhos, De se fazer, Reencontro, Teatro de animação, Dispêndio, Cinzel, Peça, Encarnado, Primeira pessoa, Rosa-após, Manto, Profusão, Exercício, Shikantaza, Lembrete, Desvestimenta, Legião, Aos pés da letra, Descoberto, Segunda ordem, Remissivo, Raso, Hábitos de ação, Terso, Terso análogo, Auto, Parecer, Sandálias de um esquecimento, Morada, Declaração, Fibrilha, Nestes termos, Saque, Variante, Macaréu, Queima, Mais chá?, Mística de invernia, Saudades-roxas, Acordo, Minudência, Oferenda e Revoada nos oferecem pensamentos sobre voltar a sentimentos anteriores, anotar e se importar, sentir e ser, as visões de mundo de uma pessoa disposta a escrever sobre tudo que quiser. Poemas zen, rosas e espinhos, descobrimentos, amor, tristeza, tudo e muito mais que se pode dizer e imprimir sobre o papel.
Sem métricas e rimas, editado com espaços pontuais, formatação das letras e dos espaçamentos,  Rosa que Está reúne em si as impressões do mundo de sua autora e, justamente por isso, será lido e interpretado de milhares de maneiras possíveis pelos leitores, considerando que a única que realmente sabe o significado de cada palavra é Luci Collin.
0 notes
mrudiger · 6 years ago
Photo
Tumblr media
DLL20: Um livro de chick-lit
Andrea Sachs é uma garota americana comum: formou-se na faculdade, e agora procura o emprego dos sonhos (como boa escritora, quer ser redatora no The New Yorker), apoiada por seus pais, Lily, sua melhor amiga, e Alex, seu namorado. O que Andrea não esperava era conseguir um trabalho em que “qualquer garota morreria para conseguir”: ser a nova assistente júnior de Miranda Priestly, dona da revista de moda Runway. E por que ela aceita o trabalho? Simples, dinheiro e a informação de que Miranda é capaz de colocá-la em qualquer trabalho que ela queira. E Andrea quer o The New Yorker.
Engraçado e irreverente, é capaz de colocar o leitor na pele de An-dre-ah e sentir raiva, exasperação, uma incontrolável vontade de mandar Miranda para aquele lugar, ao mesmo tempo em que se identifica e ri das diversas situações tolas vividas pela protagonista. Narrado em primeira pessoa pela própria Andrea (Andy), conseguimos detalhes da rotina completamente caótica da garota, dos seus esforços para atender todos os pedidos de Miranda e ser sempre “uma garota Runway”.
O filme certamente não faz jus ao que Lauren Weisberger quis passar ao escrever sobre Andrea e Miranda; sempre meio atrapalhada, desbocada e um tanto desleixada, Andy não torna-se uma assistente eficiente e exemplar, mas apenas uma “aceitável”, enquanto Miranda é impiedosa, magra, hostil e extremamente exigente. As reviravoltas da vida da garota, pessoais e profissionais, como as brigas e o rompimento com Alex, o acidente de Lily e o encontro romântico com Christian (um escritor prodígio), tornam a narrativa uma confusão agradável que é digerida na velocidade da luz. Acompanhamos os pensamentos presentes de Andy, tornando fácil interpretar seus sentimentos em relação a tudo que acontece, desde o momento em que ela aceita o trabalho, até o momento em que ela deve decidir se irá largar tudo, ou aguentar o ano para conseguir o que quer. Dessa forma, O Diabo Veste Prada é, sem dúvidas, um dos livros mais divertidos e prazeirosos para se ler na categoria em que se insere.
0 notes
mrudiger · 6 years ago
Photo
Tumblr media
DLL20: Um livro de escritor brasileiro
Raphael Montes tem um bom histórico de sucessos, como Suicidas (um bom livro, caso precise de recomendações), nos quais é sempre capaz de prender o leitor, revoltá-lo, angustiá-lo e, por fim, detonar com qualquer expectativa ou previsão do final. Dias Perfeitos é assim, não deixa a desejar. Pedimos por um bom crime, e aqui o temos.
Dias perfeitos conta, como um bom livro de psicopata moderno, o dia a dia de Theo, um rapaz de 22 anos, estudante de medicina,apático para os sentimentos do mundo, melhor amigo de uma cadáver, e que por acaso conhece Clarice em um churrasco. Desde então, fica obcecado pela ideia de tê-la para si como namorada, companheira e par ideal, passando a persegui-la e procurando arranjar maneiras de iniciar um contato. Confrontado pela garota, Theo desespera-se: ele faria de tudo para ter Clarice consigo. Uma sucessão de erros acontece e se repete: ele a machuca. Ele a coloca em uma mala. Se livra das evidências da agressão. Tudo muito fácil, ela estava de partida para Teresópolis (Clarice é escritora e estava escrevendo Dias Perfeitos, um roteiro televisivo sobre três amigas que viajavam) e Theo, disfarçado como seu namorado, a leva para o destino preferido da menina, Hotel Fazenda Lago dos Anões. Lá, Clarice é mantida refém, e depois passa pelo excruciante trabalho de ter seu captor como companhia “romântica”. De ponto em ponto, Theo a conduz quase imitando o roteiro escrito pela moça, prendendo-os em uma praia deserta em Ilha Grande, angustiando cada vez mais o pobre leitor, que torce por Clarice, sem sombras de dúvida (será?).
Repleto de reviravoltas, narrado em terceira pessoa, Montes faz com que seu leitor entenda o lado de Theo, racional, metódico, mas louco e obcecado, arranjando as maiores desculpas para seus comportamentos psicóticos, afirmando achar sentido em tudo que faz; mentiroso crônico que nos faz duvidar se realmente não é ele quem está com a razão, contrastando com Clarice, enérgica, louca, livre, que usa de um disfarce excelentíssimo para tentar escapar de seu algoz, pacientando-se toda vez, com uma destreza de atriz. Opostos que não se atraem, mas que neste romance, juntos, criam uma aura de expectativa, nojo, ansiedade, e o leitor torce e se decepciona a cada página virada, não sabendo o que está por vir ou o que o autor estará aprontando a seguir.
0 notes
mrudiger · 6 years ago
Photo
Tumblr media
DLL20: Um livro que se passe em um lugar que você quer conhecer (Alemanha)
Intrigante e recheado de um suspense sutil, Tannöd cria uma aura de mistério mesmo quando já sabemos o que irá acontecer: os Danner e sua criada, Maria Meiler, serão assassinados brutalmente na fazenda da família, em Einhausen, Alemanha, quase dez anos após a primeira guerra.
Intercalando-se entre diversos discursos, a cada “capítulo” recebemos uma parte do todo, uma peça do quebra-cabeça, que ao unirem-se nos darão a resposta para tudo aquilo que culminou no assassinato: foram os pequenos eventos e relações que levaram a um único ponto, a insegurança, o medo e a incredulidade dos residentes de Einhausen. Os diversos narradores fornecem ao leitor diversas peças de informação, muitas delas mantém lacunas abertas, sanadas apenas pelas entrelinhas dos dizeres das personagens página após página. 
As narrativas alternam-se em diversas partes. Intercaladas, o leitor depara-se com orações cristãs de piedade e livramento contra o mal; entrevistas com moradores da cidade após o crime, o oficial da polícia ocultado como interlocutor, sobrando apenas o relato da personagem; um narrador oculto e onisciente domina a maior parte do relato: fala sobre a chegada de Maria à fazenda e seus sentimentos; fala de Hermann Danner abusando de sua filha Bárbara, violentando sua esposa Theresia, mas sendo complacente com os netos Josef e Marianne; fala de dois homens, em separado: Mich, que vai à fazenda para roubar Danner (será ele o assassino?), e um homem que está cuidando da fazenda, mas tem a necessidade de sair dali (ou será este?); o relatório da polícia local e, por fim, após intrigar o leitor e fazê-lo indagar a cada instante quem é o assassino, temos sua revelação indireta, e apenas os desatentos irão confundir-se quanto à sua identidade.
Curto, rápido, e ao mesmo tempo em um ritmo lento, Andrea Maria Schenkel nos conta muito em poucas linhas, nos faz indagar e procurar em minúcias pelos assassinos, e simultâneamente nos deixa despreendidos de seus personagens, sem vínculo, vemos a história como uma fofoca televisionada, uma reportagem no jornal, que impele a curiosidade, mas não nos afeta de todo; esta é sua magia.
0 notes
mrudiger · 6 years ago
Photo
Tumblr media
DLL20: Um livro de capa branca
Na contemporaneidade, nada é mais potente do que o desejo latente de emancipação feminina das amarras sociais impostas pela sociedade quando falamos sobre sexo. Uma das maneiras mais eficazes de obtê-lo é através do prazer, do orgasmo e, mais poderoso ainda, da masturbação, já que o mercado do sexo é voltado quase que exclusivamente para o público masculino. Uma mulher satisfeita consigo mesma é imbatível. A mulher torna-se, cada dia mais, independência, conhecedora do próprio corpo, decidida a pôr fim ao monopólio sexual do orgasmo. Por que, então, Penny Harrigan está tão confusa e infeliz?
Presa em um escritório de advocacia que a escraviza e sem amigos próximos, Penny leva uma existência pequena e submissa em comparação às mulheres que admira. Nunca teve orgasmos; sua maior diversão é comer sorvete e seu maior desejo é ser bem-sucedida. Ela quer (ou pensa que quer) tudo aquilo que “toda” mulher almeja: magreza, riquezas e bens, independência e poder. Mas como uma garota tão comum, sem atrativos, sem futuro, pode conseguir tudo isso?
É simples: conhecendo C. Linus Maxwell, o maior bilionário do mundo.
Maxwell, potência masculina capitalista, cria, após extensos estudos da anatomia e prazeres femininos (dos quais Penny e diversas outras mulheres foram sujeitadas como cobaias) a Beautiful You. Definida como marca de produtos eróticos, ela pretende compelir ao relaxamento e alívio das pressões cotidianas através da masturbação intensa utilizando seus produtos; no entanto, ao comprá-los, as mulheres enlouquecem com o orgasmo ininterrupto, desaparecendo em prol de sua satisfação individual, abandonando carreiras, famílias, cuidados pessoais e alimentação. Não somente isso: os homens não são mais necessários; são incapazes de promover o prazer real e, pior ainda, de penetrar suas mulheres, a menos que desejem machucados muito dolorosos. Isso leva, não somente ao arrebate do poder das mãos das mulheres, impotentes e desviadas de sua humanidade controlada, mas ao surto de moralidade dos homens, desesperados, aflitos e machucados, carentes de cuidados, de amor e de parceiras.
Disfarçado sob uma potencial história de romance água com açúcar moderna, Clímax destrói o ideal do prazer orgasmático como uma conquista feminista ao colocar o gozo intenso da masturbação como forma de controle e lavagem cerebral contra a própria mulher; não mais uma forma de alívio, felicidade e relaxamento, mas um poder poderoso de escravidão e controle. Ousado, sarcástico e ligeiramente cômico, acertando plot-twists muito bem construídos na cara do leitor, Palahniuk descreve um futuro não tão distópico, unindo os arraigados hábitos de consumo da sociedade selvagem capitalista, que movimenta o mercado do gozo, ao domínio que o sexo tem sobre homens e mulheres, autodestruindo-se em uma nuvem de prazer cego; e com ele, o mundo cai aos pedaços, à mercê da louca abstinência sexual masculina, e do orgasmo desmedido das mulheres.
0 notes
mrudiger · 6 years ago
Text
Desafio Literário Livreando - DLL 2020
Tumblr media
1. Clímax - PALAHNIUK, Chuck.
2. 
3. O diário de Briget Jones - FIELDING, Helen.
4. O que o sol faz com as flores -  KAUR, Rupi
5. Dias Perfeitos - MONTES, Raphael
1 note · View note