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mulheradareunida · 8 years
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A taxa rosa
A taxa secreta que ferra as mulheres em centenas de dólares ao longo da vida.
[inglês][sexismo][consumo]
Elisabeth Plank
Achou que a diferença nos salários era o maior problema na sua carteira feminina? Há outra consequencia para a sua conta bancária em ser mulher, e não tem nada a ver com o fato de que ganhamos 77 centavos pra cada dólar.
É o chamado imposto rosa, e se você é uma mulher cujas prioridades diárias incluem uma quantidade moderada de higiene e embelezamento pessoal, ao longo de sua vida isso poderá custar mais ou menos US$100.000, de acordo com uma pesquisa realizada em 1996 na California e ajustada pela MIC de acordo com a inflação atual.
[vídeo YouTube https://youtu.be/RfvFVAB6nn0]
O imposto rosa se refere ao custo extra embutido em produtos e serviços direcionados às mulheres. É o que faz a Gillette cobrar quase 1 dolar a mais por um creme de depilação para mulheres, mesmo que essencialmente esse produto seja o mesmo que o creme para homens. A pior parte? O aumento dos preços é quase inescapável, afeta produtos diários como lâminas de barbear, xampus e desodorantes. Na verdade, um relatório de consumo de 2010 informou que produtos de higiene pessoal podem ser até 50% mais caros para mulheres do que para homens. Normalmente os produtos são da mesma marca e contêm os mesmos princípios ativos. A única diferença é o perfume.
O imposto se estende às roupas, também: Roupas para mulheres plus-size em lojas como Old Navy são mais caras do que roupas de tamanho padrão, mas a diferença de preços não existe para roupas masculinas. Serviços de lavagem a seco também têm preços diferenciados, cobrando mais para camisas femininas do que para masculinas, "mesmo que sejam menores e feitas do mesmo tecido", de acordo com o New York Times.
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Embora sejam apenas alguns dólares de diferença na hora da compra, o efeito acumula. A MarketWatch calculou que se uma mulher lava uma camiseta a seco uma vez por mês, por exemplo, ela vai pagar US$681 a mais que um homem fazendo o mesmo ao longo de 30 anos. Mulheres pagam uma média de US$16 a mais que homens por corte de cabelo, também, de acordo com a US News.
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E daí? Pra começar, empresas e negócios tiram vantagem de que a disposição física das lojas não encoraja a comparação de preços. Os corredores são normalmente separados por gênero, o que significa que as lâminas pra mulheres raramente estarão próximas às lâminas para homens - o que torna mais difícil comparar os valores.
As empresas também cobram mais porque sabem que as consumidoras vão comprar esses produtos muito provavelmente por causa de um esperto marketing que ensina aos consumidores que alguns produtos são somente para mulheres ou homens, nunca para os dois. Como resultado, mulheres podem nem considerar comprar um produto direcionado aos homens, mesmo que custe menos. É economia básica, enquanto as pessoas estiverem dispostas a pagar um preço premium, alguns produtos continuarão a custar mais. Claro, isso também significa que as decisões de consumo das pessoas têm poder de verdade.
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De acordo com o advogado em direito em comércio internacional Michael Cone, a base do imposto rosa está no século 19, quando tarifas diferentes eram designadas a produtos entrando no país. Por exemplo, tênis esportivos para mulheres têm sido historicamente taxados com valores maiores do que sapatos masculinos - um custo que é repassado ao consumidor. Embora a diferença nas tarifas entre calçados masculinos e femininos seja apenas de 1,5%, de acordo com Cone, esse premium aumenta quando as empresas têm que pagar as taxas para cada um dos produtos que entra no país. Isso significa que o Tio Sam ganha por volta de US$60 milhões por ano a mais em sapatos femininos do que nos masculinos, Cone disse à MIC, e é por isso que mulheres e meninas acabam pagando mais por seus Nike do que meninos.
Cone diz que estados como Nova York ou California fizeram leis para impedir a diferenciação de preços baseada no gênero do consumidor, mas as multas por quebrar essas leis normalmente são baixas (em alguns casos US$50 por loja por produto), e há pouca fiscalização. Assim, a prática pode continuar livremente tanto em pequenas quanto em grandes lojas.
Então o que podemos fazer sobre o assunto? É importante lembrar de quanto poder temos como consumidoras. Boicote a produtos que têm preços diferenciados por gênero é uma forma de mandar um recado às empresas de que não vamos aceitar discriminação nos preços. Outra forma é fotografar os piores casos, marcar as empresas nas mídias sociais e usar a hashtag #pinktax.
Até que as empresas resolvam essa prática sexista injusta, você não vai me encontrar no corredor feminino do supermercado. Se eu estiver com "cheiro de homem", pode botar a culpa no sistema.
http://mic.com/articles/115922/the-secret-tax-screwing-women-out-of-thousands-of-dollars-over-a-lifetime#.iXwHEkBW1
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mulheradareunida · 9 years
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sobre maternidade
"Everybody with a womb doesn't have to have a child any more than everybody with vocal chords has to be an opera singer." 
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“Todas que têm um útero não têm obrigação de ter um filho tanto quanto todos que têm cordas vocais não têm obrigação de ser cantores de ópera.”
Gloria Steinem
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mulheradareunida · 9 years
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[tradição]
Muito do que supomos tradicional é na verdade um produto no máximo dos últimos dois séculos, e com freqüência é ainda mais recente.  Inclusive o próprio conceito de tradição. Não havia necessidade de usar tal palavra, uma vez que não havia nada diferente disto.
Foi o iluminismo que depreciou a tradição. Os pensadores do iluminismo tentaram justificar seu interesse exclusivo pelo novo identificando a tradição com dogma e ignorância. Se realmente  devemos encarar a tradição, não a podemos tratar como simples tolice. A palavra tradição vem do latim tradere, que significa transmitir, ou confiar algo à guarda de alguém.
Todas as tradições invocam poder e são inventadas, por uma diversidade de razões e evoluem ao longo do tempo. São costumes coletivos, em contrapartida aos hábitos, têm em geral guardiões, que conquistam sua posição e são os únicos capazes de decifrar os verdadeiros significados de textos sagrados ou outros símbolos.
Nos países ocidentais, não só as instituições públicas mas também a vida cotidiana estão se libertando do domínio da tradição. E em outras sociedades pelo mindo, que continuaram mais tradicionais, a força das tradições está declinando, uma vez que não mais se praticam pelas verdades que encerram, mas pela próprio ato de praticá-las.
reflexões acerca de “mundo em descontrole” de Anthony Gibbons
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mulheradareunida · 9 years
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why the tyrannosaurus rex from jurassic movies is important for feminism
she’s a strong female character™
eats men
saves the day multiple times
she’s respected
she’s not sexualized
her gender does not make her less dangerous 
people don’t question her man-eating skills because she’s a girl, not even once
they don’t mock the dead guys because they got eaten by a girl either
she fights the patriarchy (by eating men)
no one calls her a bitch for eating people
she’s a woman in a position of power
people tried to objectify her for capitalistic purposes and got punished
in the end, she would eat anyone regardless of their gender, race and sexuality
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mulheradareunida · 9 years
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11 Palavrinhas que toda garota deveria aprender
Soraya Chemaly 
Homens interrompem mulheres, cortam enquanto estão falando e descreditam suas contribuições com uma frequencia impressionante. É assim que as mulheres poderiam reagir.
“Pare de me interromper.”
“Acabei de dizer isso.”
“Não preciso explicar.”
Na quinta série, ganhei o prêmio de gentileza da escola. Em outras palavras, ganhei por ser educada. Meu irmão, em oposição, era considerado o palhaço da turma. Nós fomos socializados como os típicos "mocinha" e "moleque sendo um moleque". De modo global, as lições de boas maneiras na infância são assimétricas quanto aos gêneros. Socializamos meninas para esperarem sua vez, ouvirem atentamente, não falar palavrões, e aguentar interrupções de maneiras que não esperamos dos meninos. Colocando de outra forma, nós geralmente ensinamos às meninas hábitos subservientes e aos meninos a exercitar a dominância.
Costumeiramente me encontro em ambientes de gêneros mistos (a vida) quando homens me interrompem. Agora que decidi tentar manter registro, só por curiosidade, é impressionante a frequência com que isso ocorre. É particularmente comum quando há outros homens em volta.
Esta realidade desagradável é acompanhada por outra - homens que não fazem contato visual. Por exemplo, um garçom que dirige as informações e perguntas apenas aos homens da mesa, ou o homem que semana passada simplesmente fingiu que eu não estava em um círculo de cinco pessoas (eu era a única mulher). Nunca havíamos nos encontrado, mal trocamos 10 palavras, então não pode ter sido minhas opiniões nem-tão-mocinha-comportada.
Essas duas formas de estabelecer dominância em uma conversa, frequentemente baseadas em gênero, andam juntas com esta última: Uma mulher, falando claramente e em volume adequado, pode falar algo que ninguém parece ouvir, pra daqui a pouco um homem repetir o mesmo, às vezes alguns segundos depois, ao que todos ouvem e discutem em grupo.
Depois que escrevi sobre o abismo de autoconfiança que há entre os gêneros, dos 10 itens na lista, o que teve mais ressonância foi a questão da fala de quem era considerada importante. Concordando com o que escrevi, uma pessoa no Twitter me mandou uns quadrinhos em que uma mulher e cinco homens estavam sentados em volta de uma mesa de conferência. O texto dizia: "É uma sugestão excelente, Srta Triggs. Talvez um dos homens aqui goste de sugerí-la." Não acho que exista uma mulher viva a quem isso não tenha acontecido.
Os quadrinhos podem parecer engraçadinhos, até que você note que isso acontece, a sério, frequentemente. E  - como nos casos de Elizabeth Warren, ou, digamos, Brooksley Born, qual é o tamanho do estrago causado. Quando você soma uma raça e classe à equação, a incidência dessa marginalização é ainda maior.
Esse silenciamento das mulheres, caso você esteja se perguntando o que a Srta Triggs estava vestindo ou bebendo ou poderia ter dito para provocar essa reação, é exatamente a voz do sexismo.
Esses comportamentos, a interrupção e falar ao mesmo tempo, também são resultado da diferença em status, mas o gênero impera. Por exemplo, médicos homens invariavelmente interrompem pacientes quando falam, especialmente pacientes mulheres, mas pacientes raramente interrompem os médicos quando estes falam. A não ser que a médica seja mulher. Quando é o caso, ela interrompe muito menos e é muito mais interrompida. Isto também acontece para cargos gerenciais no local de trabalho. Gestores não são alvo de fala simultânea ou são interrompidos por seus subordinados, especialmente se estas são mulheres; gestoras, no entanto, são normalmente interrompidas por seus subordinados homens. Essa preferência pelo que homens têm a dizer, apoiada tanto por homens e mulheres, deriva do "mansplaining". A palavra surgiu de um artigo de Rebecca Solnit, que explicava que a tendência que alguns homens têm, de dar mais importância ao que falam do que ao que uma mulher perfeitamente competente fala, não é uma característica masculina universal, mas a "interseção entre excesso de autoconfiança e falta de noção, nos quais alguns membros do gênero ficam atolados."
A experiência de gota d´água de Solnit realmente ganhou o prêmio. Ela estava conversando com um homem em uma balada e ele perguntou o que ela fazia. Ela respondeu que escrevia livros, e descreveu o mais recente: "Rio de Sombras: Edward Muybridge e o Faroeste Tecnológico. O homem a interrompeu assim que ela disse a palavra Muybridge e perguntou: "E você já ouviu falar sobre aquele livro muito importante sobre o Muybridge que saiu esse ano?" E ele continuou falando, baseado na sua leitura de uma reportagem sobre o livro, nem era sobre o livro em si, até que finalmente uma amiga disse: "Ela que escreveu o livro." Ele ignorou a amiga e ela teve que dizer mais umas três vezes, antes que o cara ficar pálido e sair de perto. Se você não é uma mulher, pergunte a qualquer mulher como ela se sente com isso, porque não é divertido e acontece com todas nós.
Na controvérsia ocorrida no velório de Larry Summers, sobre "Mulheres não entendem matemática", há uns anos atrás, o cientista Ben Barres narrou publicamente suas experiências, inicialmente como mulher e, posteriormente, como homem. Como uma estudante mulher no MIT, Barbara Barres ouviu de um professor, após resolver um problema matemático particularmente difícil, "Seu namorado deve ter resolvido isso pra você". Quando, anos depois, como Ben Barres, fez uma palestra científica muito bem recebida, ouviu um membro da plateia comentar: "O trabalho dele é muito melhor que o da irmã dele."
Notavelmente, ele concluiu que uma das maiores vantagens de ser homem era que agora ele podia "até terminar uma frase sem ser interrompido por um homem."
Já vi garotos adolescentes, de maneira irritada mas histérica, dar como desculpa a "falta de compreensão" pra [minha] "loucura da juventude".  Semana passada eu estava em um café, um homem de uns 60 anos parou para me perguntar o que eu estava escrevendo. Eu disse: "um livro sobre gêneros e a mídia" e ele disse "Fui a uma conferência em que alguém falou sobre isso há uns anos atrás. Li um artigo sobre isso há uns anos atrás. Você sabia que os fabricantes de carros usam imagens ligeiramente denegritivas de mulheres para vender carros? Eu adoraria poder te ajudar." Depois que eu sugeri a ele, sorrindo alegremente, que as imagens não eram denegritivas, eram com certeza ofensivas à dignidade feminina, ao livre discurso e à paridade na cultura, ele se foi. Não é difícil supor por quê tantos homens tendem a achar que são incríveis e que o que têm a dizer é mais legítimo. Começa na infância e não acaba nunca. Os pais interrompem garotas duas vezes mais e as obrigam a obedecer regras de educação mais duras. Professores envolvem os garotos, que corretamente enxergam as intromissões como um marcador de masculinidade dominante, com mais frequencia e mais dinamicamente do que as garotas.
Quando adultos, o discurso feminino recebe menos autoridade. Não pensam em nós como críticas capazes, ou como engraçadas. Homens falam mais, mais frequentemente, e por mais tempo que mulheres em grupos mistos, turmas de escola, salas de debate, corpos legislativos, comentários de especialistas na mídia e, por razões óbvias, instituições religiosas. De fato, em grupos de soluções de problemas de maioria masculina, incluindo paineis, comitês e legislaturas, os homens falam 75% a mais que as mulheres, com efeitos negativos nas decisões alcançadas. É por isso que, como os pesquisadores concluíram, "Ter uma cadeira à mesa não é o mesmo que ter uma voz."
Mesmo em filmes e na TV, atores masculinos se envolvem em diálogos mais "intrometidos" e angariam duas vezes mais tempo de texto e de tela do que suas colegas mulheres. E isso não é de maneira nenhuma limitado à história antiga ou velhas mídias, mas também acontece online. Os tópicos do Listserve [N.T.: um servidor em que os colaboradores são escolhidos aleatoriamente para a publicação de textos] escritos por homens têm uma taxa muito maior de resposta e no Twitter, as pessoas retuítam textos de homens duas vezes mais do que de mulheres.
A melhor parte, no entanto, é que somos socializados para pensar que as mulheres falam mais. O pré-julgamento do ouvinte resulta na maioria das pessoas pensar que as mulheres estão dando um baile quando na verdade os homens estão dominando. Linguistas concluíram que muito do que é popularmente visto como homens e mulheres sendo de planetas diferentes, verbalmente, mistura a "linguagem feminina" a "linguagem sem poder".
Há, é claro, exceções que ilustram o papel de gênero e não o sexo. Eu, por exemplo, tenho uma criança muito engraçada que vez por outra se envolve em fala simultânea, interrompe e aleatoreamente muda de assunto. Se você lesse um roteiro baseado em uma de nossas conversas, você provavelmente acharia que ela é um menino, baseado no fato de que seus hábitos de conversa são o que consideramos "masculinos". Ela fica mais confortável com demonstrações claras de assertividade e confiança do que a maioria das garotas. É difícil equilibrar entre se certificar de que ela mantenha essa confiança com ensinar a ela a ser educada. No entanto, as regras de educação excessiva para garotas, na expectativa de servir de exemplo para os meninos, tem impacto real em mulheres que deveriam, como sempre vemos, esquecer toda sua socialização durante a infância e aprender a falar como homens para ter sucesso (aprender a negociar, exigir maiores salários, etc)
As pessoas normalmente me perguntam o quê ensinar para as meninas e o quê elas mesmas podem fazer. "O que posso fazer quando me deparar com sexismo? É difícil dizer alguma coisa, ainda mais na escola" Eu digo a elas, pratiquem essas palavrinhas, todo dia: "Pare de me interromper", "Eu acabei de dizer isso" e "Não preciso explicar".
Isso irá trazer um mundo de benefícios para meninos e meninas.
Confira o original em:
http://www.rolereboot.org/culture-and-politics/details/2014-05-10-simple-words-every-girl-learn/
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mulheradareunida · 9 years
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Here´s to strong women. 
May we know them. 
May we be them. 
May we raise them.
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Esta é para mulheres fortes.
Que possamos conhecê-las.
Que possamos sê-las.
Que possamos educá-las.
Anistia Internacional.
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mulheradareunida · 9 years
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Me deixe tirar algo entalado em meu peito sobre física dos peitos em jogos de videogame.
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Fonte: Domínio Público 
De caroços super recheados e rígidos a peitos felizes e saltitantes, a indústria de games trata seios como objetos místicos.
Eu preciso desabafar e tirar algo do meu peito. Bom, eu preciso tirar meu peito do meu peito. Não, espera, vamos começar de novo.
Videogames são uma forma de arte tecnológica. Qualquer coisa que você imaginar, você pode criar.
Mundos vastos, variados e abertos? Feito. Monstros terríveis e imprevisíveis governados pelas inteligências artificiais mais avançadas que já vimos? Fácil. Um porco-espinho azul com fetiche por aneis de ouro? Claro, por que não? Mas aparentemente para a Capcom, que acabou de lançar um “reboot” com gráfico reformulado de seu clássico do horror Resident Evil, a coisa mais criativa que se pode fazer com esses poderes sem limites é dar para a heroína fodona do jogo Jill Valentine um par de peitos com vontade própria.
vine
Fonte: Vine/ Lance E McDonald 
Infelizmente para Jill, que só quer sobreviver nessa coisa toda do apocalipse zumbi, seu par de melões (desculpa, mas essas gírias pra “seios” só vão piorar) são completamente incompatíveis.
Balançando como se tivessem sido possuídos por um espírito demoníaco, a bastante excitável comissão de frente de Jill se tornou uma grande distração para quem tenta jogar.
Exatamente porque os desenvolvedores decidiram que a única coisa que faltava na Resi original era um par de melões desordeiros que desafiam as leis da física é algo que nunca saberemos.
Mas isso é apenas um verbete em uma enciclopédia longa e muito depressiva de “Coisas que desenvolvedores de Games não sabem sobre anatomia”. Vá até a página 834, por favor, para iniciar a sessão intitulada “Peito Peitos”, sub-intitulada: “O quão incrivelmente erradas as pessoas podem estar sobre a humilde glândula mamária”.
Você verá uma série de contratempos relacionados à mamas, desde bolas super recheadas e rígidas que se projetam do torso como um soco através da parede, até duas buzinas comicamente grandes, preferidas por jogos de luta e RPG, várias vezes situados em um universo onde seios têm o poder de balançar violentamente, completamente por conta própria, como duas águas-viva bêbadas em um show de rock.
Pense em Ivy de Soul Calibul, que é mais peito que gente. Ela tem alguma outra característica que não seja a de “mocinha peituda”? Se ela estivesse em uma sala lotada, e você tivesse que mostrá-la para um amigo, você diria “ela é aquela ali com cabelo branco” ou “tá vendo aquele pára-choque? Então, ela é a mulher anexada a eles, uns 20 metros pra trás”.
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Eu sou propretária de um par de melõezinhos já faz um tempo, e tenho uma ideia de como eles funcionam. Pra começar, eles não ficam pulando feito dois homens carecas lutando embaixo de um cobertor. Tampouco ignoram completamente os movimentos do resto do corpo. O problema com Jill é que suas peitcholas agem como uma parte completamente separada e possivelmente até mesmo consciente de seu torso, balançando junto a alguma melodia doente que nenhum de nós pode ouvir.
Esse é precisamente o problema com tetas de videogame: elas nunca são concebidas como parte do ser humano em que elas estão anexadas. Na verdade, é perfeitamente plausível que a única razão pela qual algumas dessas mulheres -Ivy, por exemplo - estão nestes jogos é acima de tudo para carregar esses pedregulhos de carne.
Seria, afinal de contas, um pouco desconcertante ter seios sem corpo flutuando - e, provavelmente, não tão excitante também.
Você já viu aquele novo screenshoot do realista e maravilhoso Nathan Drake do Uncharted 4, certo?
Aquele que é tão detalhado que você pode contar os poros do nariz dele, ou se ele limpa ou não seus ouvidos regurlamente? Como exatamente temos avançado tanto na modelagem facial, mas nós ainda tratamos tetas como um completo mistério?
Eu entendo que seios são sexy e muitas vezes hilários. Beleza. Isso é biologia. Mas a sua representação em jogos nem sempre tem que apelar para o pior denominador comum. E os designers definitivamente não tem que mostrar completo desdém para seu público feminino tratando as mulheres digitais como modelos da Página 3 que o jornal The Sun acabou de jogar fora.
Games chegaram tão longe nos últimos anos, dando-nos mundos plenamente completos, recheados até a borda com árvores que se parecem mesmo com árvores, água com ondinhas e que flui como água, e ainda assim meu personagem em Dragon Age: Inquisition parece alguém que teve grampeado a si um par de bolas de basquete meio murchas cerca de dez centímetros mais baixo de onde peitos realmente ficam.
Se vocês vão fetichizar todo e qualquer personagem que possua um par de seios, vocês poderiam ao menos fazer com que pareçam seios reais, em vez das atuais opções aparentemente obrigatórias: melões verdes imóveis e peitinhos felizes e saltitantes.Talvez devêssemos levar em consideração que nem todo mundo tem uma prateleira que suporte um jogo completo de jantar, ou o tipo de decote que poderia esmagar o crânio de um homem, como aquela cena com Joe Pesci e o vice em Cassino.
Como alternativa, talvez a gente deva se esforçar para a igualdade completa e introduzir alguns pintos com características ridículas em video games. Helicóptero de rola, alguém?
Esse artigo é uma tradução do The Guardian e você pode conferir o original AQUI.
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mulheradareunida · 9 years
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[desabafos]
Da série "Ensinamentos distorcidos da vovó": Hoje eu estava pensando no montão de coisas que minha avó me dizia, quem a conhece sabe que ela é o tipo de pessoa cheia de bordões. Um deles era "Tá estudando pra que? Pra burro?" toda vez que, na visão dela, não sabíamos alguma coisa, ou nos enrolávamos pra alguma coisa, em suma, sempre que a situação pedia que fôssemos chamados de burros. Pois bem... Gosto de achar que sou fotógrafa, fotografo há 13 anos, estudo bastante... que nada! Fiquei apavorada hoje, estudando, com o tanto de coisa que eu não sabia e que ainda tinha que estudar. E cada coisa que estudo abre mais um ramo de outras coisas sobre as quais não sei nada. Aí naquela hora em que eu estou tentando aprender algo e olho pro horizonte enorme com uma coisa atrás da outra que tenho que aprender, se ramificando e tendendo ao infinito, acabo me dando conta de que não sei nada... Cada coisa que aprendo me faz me sentir cada vez mais burra, porque me mostra que o que sei é nada diante do montão de coisas que tem pra aprender... Minha avó é praticamente o Sócrates, gente.
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mulheradareunida · 9 years
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On her childhood:
“I counted everything. I counted the steps to the road, the steps up to church, the number of dishes and silverware I washed … anything that could be counted, I did.”
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On her NASA calculations:
“Early on, when they said they wanted the capsule to come down at a certain place, they were trying to compute when it should start. I said, ‘Let me do it. You tell me when you want it and where you want it to land, and I’ll do it backwards and tell you when to take off.’ That was my forte.”
Katherine really stood out in her field because she was the only woman who asked questions.
“The women did what they were told to do,” she explained. “They didn’t ask questions or take the task any further. I asked questions; I wanted to know why.“
In 2011, when asked if she still counts things:
 “Oh, yes. And things have to be parallel. I see a picture right now that’s not parallel, so I’m going to go straighten it. Things must be in order.”
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mulheradareunida · 9 years
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Pra começar, uma pesquisa com 8 mil mulheres, 90% já trocou de roupa por medo de ser assediada.
Medo de ser assediada.
Medo.
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mulheradareunida · 9 years
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#beleza
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mulheradareunida · 9 years
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El feminismo nunca ha matado a nadie. El machismo mata cada día.
Benoite Groult (via touching-soulss)
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mulheradareunida · 9 years
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Mulheres e tecnologia dão certo sim!
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