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the rumors are terrible and cruel — but honey, most of them are true !
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“오!주인님” 5회 _ 2
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com surpresa, wora recuou, permitindo que valentin entrasse no elevador. o som metálico das portas se fechando fez com que um frio percorresse sua espinha, um presságio do que estava por vir. ela encostou-se na parede, buscando algum apoio na superfície sólida, o toque do metal gelado trazendo uma estranha sensação de realidade. pelo menos, ele parecia disposto a ouvir. contudo, ela sabia que a conversa que se seguiria não seria nada fácil. na verdade, ela não sabia nem por onde começar. tentava respirar fundo e se acalmar quando a voz de valentin a atingiu com força, rompendo qualquer ilusão de controle que ela tinha. a pergunta parecia tocar diretamente em algo mais profundo, mais complexo. por um momento, apenas o som dos cabos e polias preenchia o silêncio. a resposta era óbvia e estava impressa nos momentos que parou de evitar os lugares onde sabia que poderia encontrá-lo. das centenas de vezes que quase ligou, as inúmeras noites em que pegou o telefone e discou os primeiros dígitos, apenas para desistir, o coração pesado e as mãos tremendo. em quando quase perguntou a yoon pelo endereço dele, mas afastou a ideia, incapaz de enfrentar a possibilidade real de um confronto. cada tentativa de voltar atrás, cada impulso de procurar, era seguido por um recuo. sua mente girava em torno desses momentos perdidos, a dor e o arrependimento se entrelaçando.
ela fez um leve movimento com a cabeça, indicando que sim, mas as palavras ainda estavam presas na garganta. demorou exatos três andares para ela começar a falar. “eu já tinha pensado na possibilidade de um dia encontrar com você de novo. muitas vezes, para falar a verdade.” ela começou, a voz tão baixa que parecia um sussurro perdido entre o zumbido do elevador. “com o tempo, fui deixando isso de lado. tentei seguir em frente, achei que seria melhor assim.” enquanto falava, seus olhos se encontraram com o próprio reflexo no espelho do elevador. a imagem que viu era a de uma mulher quase que medíocre, marcada por suas escolhas e seus arrependimentos. que era mais frágil do que pensou que fosse já estava mais que evidente, porém, já tinha se culpado o bastante ao longo dos anos, se martirizar ainda mais não ia resolver nada. ela passou as mãos pelo rosto, tentando recuperar a postura. “mas se dependesse apenas de mim... eu não teria coragem de procurar você.” a confissão parecia pesar como um fardo, cada palavra carregada com o gosto amargo de uma verdade não dita. ele merecia mais do que evasivas e meias verdades. merecia honestidade e era o que iria receber. “não porque eu não quisesse.” continuou, levantando o olhar para valentin com um esforço visível. afinal, tinha pedido por aquele momento, então nada mais justo do que encará-lo de frente. “... mas porque eu tinha medo. medo de enfrentar tudo o que deixei para trás, medo de olhar nos seus olhos e ver o que causei." sentiu uma lágrima solitária rolar por sua bochecha e a limpou rapidamente, tentando não deixar que a fraqueza a dominasse novamente. sua respiração estava pesada, entrecortada. e com um único passo hesitante, wora avançou em direção a valentin. ela sentiu uma necessidade quase visceral de ver o rosto dele de perto, em sua totalidade, sem a cortina de lágrimas em seus olhos. era como se a proximidade pudesse proporcionar uma compreensão maior do que queria dizer.
depois de um momento de silêncio, o elevador emitiu um leve "ding" e parou, as portas se abrindo para revelar o andar de destino. mas wora permaneceu ali, imóvel. ela não desviou o olhar de valentin nem por um segundo, como se temesse que qualquer movimento, qualquer desvio, pudesse desfazer o frágil momento de coragem que acabara de construir. “isso não significa que eu não me importo ou que eu não me arrependo.” tinha errado? muito. até demais. no entanto, suas falhas não apagavam o tamanho da importância dos seus sentimentos. apesar de tudo, valentin tinha sido seu primeiro amor, não podia mudar aquilo. o espaço entre eles era praticamente nulo e ela tentou levantar a mão, como se quisesse tocá-lo, mas hesitou, a sanidade que ainda lhe restava a conteve. “sim. se eu tivesse uma oportunidade, se houvesse uma única chance…” ela disse finalmente, a voz soando cansada e quebrada. “eu falaria com você. eu tentaria, pelo menos, esclarecer tudo o que ficou sem resposta.” finalmente se afastou, sentindo o ar do lado de fora mais fresco em comparação com o abafado da cabine. o corredor iluminado à sua frente parecia quase um palco, e ela se sentia como se estivesse prestes a enfrentar o maior julgamento de sua vida. “bem que eu queria, mas infelizmente posso voltar no tempo."
começou a caminhar, cada passo ecoando no corredor silencioso. o nervosismo tentava retomar o controle e ela sentia as lágrimas se acumularem novamente, ameaçando transbordar quando ela parou subitamente. “ia fazer alguma diferença?” murmurou, quase para si mesma, tentando encontrar alguma clareza em meio à confusão. respirou fundo, reunindo a coragem que parecia ter ficado no elevador. "depois do que aconteceu… se eu tivesse procurado você…” as palavras ecoaram pelo ambiente e ela virou lentamente para olhar para valentin. por incrível que pareça, ela também tinha perguntas a fazer, dúvidas que podiam atormentá-la para sempre se não fossem esclarecidas. “você teria ouvido o que eu tinha a dizer?” a pergunta soava como uma súplica, carregada com a esperança de que talvez, se ela tivesse dado um passo diferente, a história poderia ter sido outra. “ou seria tarde demais?”
mesmo tendo feito a pergunta, estaria mentindo se soubesse o que queria com aquilo. não sabia exatamente o que estava esperando ouvir ou se havia algo que ela podia dizer que o convenceria a acompanhá-la. também não sabia se queria ficar a sós com ela. tudo naquele momento girava em torno de incertezas e receios. a surpresa persistindo a cada momento que passava, tornando ainda mais difícil de pensar com clareza em qual era a postura certa para aquela situação.
claro, havia uma ideia do que queria ouvir. afinal, acreditava que merecia uma explicação para o término abrupto, aquela que não tinha conseguido da primeira vez. mas não podia deixar de se perguntar se queria ouvi-la. passou muito tempo pensando e repensando tudo; o coração partido buscando por uma resposta que fizesse sentido. se ela tinha decido ir embora daquela maneira é porque tinha motivos. mas depois de tanto tempo, será que queria mesmo saber?
de novo, ele não tinha uma resposta certa para isso. ouvi-la dando a entender que queria colocar um ponto final apropriado em tudo, oferecendo-lhe aquela oportunidade, o tinha pensando que antes tarde do que nunca. no entanto, é possível que a decisão tenha sido parcialmente influenciada pelo som insistente vindo do elevador, apressando-os.
no fim, o homem suspirou rendido diante do olhar dela em si. no pior dos casos, ela não podia partir seu coração de novo, certo? com isso, entrou no elevador de uma vez por todas e pressionou o número que já era familiar e esperou até o fechar das portas para falar alguma coisa: ❛ você se preocuparia em dizer alguma coisa algum dia, se não tivesse me encontrado hoje? ❜
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“golpe baixo. você sabe que eu amo menta. só por causa disso te perdoo.” celeste sorriu, um pouco mais relaxada com a resposta descontraída de eva, mesmo que seus olhos ainda estivessem fixos na janela. enquanto a via se afastava, aproveitou para verificar a porta, mesmo sabendo que a mesma tinha sido fechada a menos de um minuto. inclinou-se para examinar as fechaduras com um olhar atento e puxou a maçaneta com um pouco mais de força do que o necessário, escutando o som suave dos mecanismos se engatilhando, o que foi suficiente para sentir-se mais tranquila. decidindo não alimentar mais sua paranoia naquele momento, virou-se para o sofá onde salazar estava esparramado, calmo e preguiçoso. ela se abaixou para acariciá-lo, e ele ronronou em resposta. procurou por marixa, mas não a encontrou imediatamente. perambulou pelo ambiente familiar, que estava sempre cheio de pequenos detalhes que traziam uma sensação de normalidade, algo que ela estava ansiosa para encontrar. logo notou o rastro de água pelo piso, e com um suspiro preocupado, dirigiu-se à área de serviço para pegar um pano. a possibilidade da amiga escorregar e se machucar a fez agir com certa urgência, a ideia de algo acontecer a deixava inquieta. “ah, esqueci de te contar. marquei de ver um apartamento aqui perto, naquele prédio azul perto da avenida.” a voz elevou-se um pouco, garantindo que pudesse ser ouvida, mas não demorou muito para eva aparecer novamente, vestida em um tempo recorde, o que a impressionou. riu com o beijo recebido, um som leve e sincero que escapou de seus lábios. “mas se a vizinhança for sempre desse jeito, vou reconsiderar a ideia.” acrescentou com um tom brincalhão, embora houvesse um fundo de verdade em suas palavras. não conseguiu evitar de dar uma rápida olhada pela janela novamente. esfregou o chão até garantir que não havia mais nenhuma gota restante; era quase uma obsessão, uma necessidade de assegurar que tudo estivesse em ordem e seguro.
“deixa eu ajudar, vai.” disse, pegando o restante das sacolas e as levando para a cozinha. enquanto começava a organizar os suprimentos, fez um cálculo mental do quanto tinha comprado e quanto tempo eva não precisaria se preocupar em ir ao mercado novamente. “se precisar de mais alguma coisa, é só me avisar, mas acho que você vai ficar tranquila por um bom tempo.” enlatados, grãos, alguns vegetais frescos e guloseimas estavam tomando seus devidos lugares. a reverência recebida a fez balançar a cabeça e se movimentar para encurtar a distância das duas. “às vezes, acho que você não é real, sabia?” comentou, com um tom leve e carinhoso, os olhos brilhando enquanto a observava. eva ainda tinha aquela maneira única de tornar qualquer situação mais leve e até um pouco surreal, algo que sempre atraiu a atenção de wora. “olha, eu adoraria fazer um barraco com aquele velho. quem ele acha que é para ficar vigiando a minha mulher?” fez uma cena como se estivesse brava, levantando uma sobrancelha e gesticulando. “se ele ficar lá até depois de escurecer, vamos saber qual é a dele. eu sei dar mata-leão, você sabia?” a encenação era ótima, digna de uma peça de teatro, mas ela sabia que o máximo que faria seria ficar do outro lado da rua, observando a outra agir. mesmo assim, a dramatização servia para aliviar o momento. “se divertindo?” os olhos se abriram mais que o normal, a conhecia bem, não sabia o porquê da surpresa ao ouvir aquelas palavras. “você me dá medo.” de qualquer forma, não podia deixar de achar estranho a calma das pessoas ao redor, especialmente quando comparada à sua própria ansiedade. ela tinha seus motivos pessoais para estar ainda mais temerosa, mas a atitude relaxada dos outros parecia quase irreal. bem, talvez o fato de ter esquecido o remédio para a ansiedade agravasse sua situação naquele dia. “a cidade é parada, é verdade, mas pelo menos era segura. e fora o fato de ter um assassino solto por aí e a polícia na cola de todo mundo, até que estou bem. só um pouco apreensiva. na verdade, até mais do que o necessário. acho que vou entrar em surto a qualquer momento, mas… enfim, tudo normal. eu acho.” com a pequena confissão a tensão nos ombros começava a se dissipar, mesmo que a preocupação ainda estivesse ali, minimamente presente.
a oferta lhe chamou atenção e ela se aproximou mais, afastando os cabelos dos ombros de eva com um gesto suave. seus dedos percorreram o caminho desde os ombros, descendo pelo braço até alcançar a mão. “nunca recuso um bom vinho.” disse, a puxando suavemente para um abraço. “estava com saudades de você. às vezes parece que você não quer mais saber de mim. me abandonou…” usou um tom dramático, fingindo um choro enquanto abria um sorriso travesso. “como você está? de verdade, não só com relação a... isso.”
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ao contrário da maioria dos ex-membros da kappa phi com quem tinha contato, eva não estava nervosa. óbvio que estava tensa, que não esperava ter que passar por uma coisa daquelas, mas havia passado todos os anos de sua profissão buscando aquela sensação de que tudo ia dar errado. era viciada na adrenalina. por isso, todos que encontravam com ela estranhavam a mesma coisa: estava radiante. chegou mais cedo em casa e preparou a cozinha antes de partir para um banho quente, estava quase no final quando a campainha tocou. fez seu melhor para terminar de enxaguar os longos cachos em tempo recorde e se enrolou em um roupão, deixando um rastro de água do banheiro até a porta.⠀⠀⠀"você preferia ser recebida sem esse cheirinho de menta? é meu shampoo novo."⠀⠀⠀respondeu no mesmo tom leve. wora estava mais do que acostumada com a casa, o suficiente para conseguir se virar enquanto eva corria de volta para o quarto, escutando a amiga de lá enquanto vestia a primeira coisa que encontrava na frente.⠀⠀⠀"você 'tá de sacanagem."⠀⠀⠀o tom mudou assim que foi informada sobre a presença indesejada. sabia identificar quando alguém estava a vigiando de longe, mas ainda não tinha certeza se era um jornalista desocupado ou um policial, odiava as duas opções. caminhou de volta para a sala, curvando-se na janela aberta para conseguir observar a rua, sem se preocupar em disfarçar sua intenção. abriu um sorriso e voltou para perto de wora com a mudança de assunto, mas ainda com os pensamentos enevoados.⠀⠀⠀"obrigada, vida mía."⠀⠀⠀deixou que o sotaque latino pesado reforçasse o apelido carinhoso, antes de dar um beijo estalado na bochecha alheia. logo pegou algumas sacolas do chão, levando-as até a bancada e passando a organizar os itens no mármore.⠀⠀⠀"você quer uma noite tranquila ou quer encher o saco daquele filho da puta? você escolhe, sou sua serva hoje."⠀⠀⠀curvou-se levemente, em reverência, antes de abrir uma lata de comida para os gatos, que passaram preguiçosamente por suas pernas para chegar ao pote cheio.⠀⠀⠀"sabe que eu até que estou me divertindo com essa coisa toda? tinha esquecido de como des moines é parada. você não está preocupada, né? quer um vinho?"
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desde o interrogatório, wora havia se tornado mais reclusa. não que ela fosse uma pessoa naturalmente muito expansiva, no entanto, a mudança em seu comportamento era visível. o silêncio que a envolvia parecia mais profundo agora, e sua presença nos locais era quase fantasmagórica. mal saía para fora, e quando o fazia, era apenas para realizar alguns trabalhos pontuais que apareciam e visitar apartamentos e casa para alugar, sempre se esquivando de qualquer coisa que exigisse passar muito tempo na rua. tentava ocupar o tempo de alguma forma; o apartamento estava meticulosamente arrumado, ela já havia organizado tudo pelo menos cinco vezes nos últimos dois dias. a geladeira estava repleta de marmitas, suficientes para alimentar não apenas a ela e a yoon, mas também uma terceira pessoa, por pelo menos duas semanas. quando não havia mais nada para arrumar ou nenhuma receita interessante o suficiente para cozinhar, se rendia aos livros. naquela tarde, estava estrategicamente acomodada no sofá, aproveitando a parte ensolarada da sala. ali, ela mergulhou na leitura, encontrando um pouco de conforto na solidão das páginas. quando ouviu a voz de yoon chamando seu nome, levantou o olhar para ele, um sorriso leve surgindo em seus lábios. ela virou o livro para ele ver, mostrando a capa com um gesto suave. “mrs. dalloway. acredita que achei o coitado esquecido no fundo de uma caixa aleatória no meu quatro? nem lembro se comprei ou ganhei de presente.” já estava quase na metade do livro em pouco tempo de leitura, uma prova do quanto se perdera naquelas páginas. arrumou a postura, marcou a página e fechou o livro com cuidado, dedicando toda a sua atenção a yoon. a princípio, sua curiosidade se transformou em um crescente entusiasmo e logo, em euforia completa. “você está falando sério? hoje mesmo?” sem conseguir conter a empolgação, ela pulou do sofá, o abraçando com força. "isso é incrível, incrível, incrível!" exclamou, enquanto seu corpo balançava de um lado para o outro. wora estava literalmente pulando de felicidade, uma explosão de alegria que contrastava fortemente com sua recente reclusão. a ideia de finalmente concretizar algo que ela havia desejado tanto parecia dar um novo sentido e energia ao seu dia. para falar a verdade, achava que ele havia esquecido ou até mesmo desconsiderado a conversa sobre o assunto. “que horas podemos ir? você está muito ocupado agora? qualquer hora está boa para mim!” ela deu um passo para trás, ainda segurando as mãos de yoon, balançando-as levemente, como se a alegria que sentia não pudesse ser contida.
quem . . . @onlyfooll
onde . . . em casa
linha do tempo . . . 2024 , atual
ser investigado por um possível homicídio não estava nos planos de yoon. ele lançou um último olhar para as passagens, antes de guardá-las na gaveta da mesa em seu escritório com um suspiro pesado. eram duas horas da tarde de um domingo, e a casa estava estranhamente silenciosa, então foi procurar wora pela casa. ele a encontrou na sala de estar, absorta em um livro. a luz da tarde filtrava-se através das janelas, criando um halo dourado ao redor dela. yoon parou por um instante, apenas observando-a, antes de se aproximar silenciosamente, a curiosidade brilhando em seus olhos. ❝ wora ❞ chamou a atenção da amiga. ele se inclinou, tentando ver a capa do livro que ela segurava. ❝ que livro está lendo? ❞
❝ eu recebi a ligação daquela minha amiga do abrigo de cães ❞ disse ele, a voz carregada de entusiasmo ❝ ela disse que podemos ir hoje ❞ seu sorriso se alargou enquanto observava a reação de wora, esperando que a notícia trouxesse a mesma alegria que ele sentia. eles tinham combinado de adotar um cachorrinho, mas não tinham falado do assunto até então. ❝ vai ser ótimo, ela disse que nós com certeza vamos encontrar nosso match perfeito ❞
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celeste sempre teve uma sensibilidade aguçada para perceber mudanças no comportamento das pessoas ao seu redor. ela sabia que algo estava errado com nadine. nas últimas semanas, tinha notado o distanciamento gradual da amiga, embora não conseguisse identificar exatamente o motivo. talvez fosse o cansaço acumulado, a pressão dos estudos ou alguma questão pessoal, mas a sensação de que havia algo mais pairava no ar. a tentativa de disfarçar sua inquietação teria passado despercebida em outra situação, mas no momento, foi notável. celeste ofereceu um sorriso gentil, tentando não deixar transparecer sua própria confusão e preocupação. “deve estar mesmo uma loucura.” respondeu, tentando manter sua voz leve e compreensiva. “nem consigo imaginar quando começar minha residência... acho que vou ter que começar a me preparar de agora.” houve um momento de silêncio entre elas, um daqueles que parecem se prolongar mais do que o necessário. não pôde evitar a sensação crescente de que precisava abordar o elefante na sala enquanto tentava buscar na mente algo que tivesse causado toda aquela estranheza. finalmente decidiu perguntar o que estava em sua mente. “foi alguma coisa que eu disse? ou que fiz?” ela se inclinou ligeiramente para frente, seu olhar focado em nadine, tentando captar qualquer sinal de reação. de repente, um pensamento atravessou sua mente, e seus olhos se arregalaram como se a resposta que procurava tivesse finalmente surgido. “você está chateada porque eu desmarquei aquele nosso plano de sair juntas?”

@onlyfooll 𝒔𝒂𝒊𝒅 "something bothering you?"
𝟐𝟎𝟏𝟓 𖤐˚。⋆ ♥︎ ₊˚. Celeste era uma amiga que tinha em seu coração, mas desde que a viu junto a Valentin, começou a evitá-la a todo custo. Não era que Nadine realmente acreditasse que teria uma chance com ele. Ela tinha esperanças, apenas. E não queria ficar esquisita e enfrentar sentimentos negativos. Já tinha superado! Certo? "Ahn?" O olhar perdido encontrou o da outra, um meio sorriso na tentativa de disfarçar o que realmente estava sentindo. "Ah, es-estou sim." Mas a fala entregava certo nervosismo. "Muita coisa pra estudar e tem meu estágio, sabe como é, a loucura, haha."
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wora estava afundada nos estudos para as provas que se aproximavam, mas a sensação de que seu esforço não estava surtindo efeito a desanimava. as noites mal dormidas e as horas intermináveis de estudo haviam deixado marcas profundas de cansaço em seu corpo, por isso não demorou muito para que caísse no sono em meio à leitura. ela começou a despertar lentamente ao sentir um toque suave em seu rosto, uma sensação tão agradável que ela quase não queria abrir os olhos. porém, a voz familiar que sussurrava seu nome fez com que seus lábios esboçassem um pequeno sorriso. abriu os olhos devagar, a luz suave da biblioteca iluminando o rosto de aron ao lado dela. por algum tempo, ela apenas ficou ali, o observando. o ritmo leve da respiração dele, os traços do seu rosto, a maneira como a luz destacava a curva de suas bochechas. “aniyo… não estava dormindo, apenas… descansando os olhos.” murmurou ainda meio adormecida. com um gesto delicado, levantou a mão e a colocou sobre a dele, seus dedos acariciando a pele como se quisesse se certificar de que ele era real. “há quanto tempo você está aqui?” tentou levantar a cabeça para se espreguiçar, mas a dor aguda na nuca pela posição desconfortável fez com que ela recuasse, choramingando suavemente. o desconforto trouxe de volta a realidade de quanto tempo ela havia perdido dormindo, seus olhos se fecharam por um momento enquanto refletia sobre a situação. “não aguento mais, yoon. acho que parte do meu cérebro já derreteu. nunca consigo passar do terceiro capítulo, nada faz sentido. nada.” sentia um incômodo por não conseguir acompanhar o ritmo dos outros estudantes e isso era evidente. wora então voltou a se concentrar em aron, sua expressão suavizando ao perceber o gesto gentil que ele tivera ao acordá-la. “obrigada por me chamar. se dependesse de mim mesma iria ficar aqui até amanhã.” com mais cuidado desta vez, começou a se levantar, ajustando a posição de seu corpo para evitar a dor. “acho que já deu por hoje.”
quem . . . @onlyfooll
onde . . . cafeteria no centro da cidade
linha do tempo . . . 2015
# ────── aron saiu da cabine de estudos. seu estômago roncou em protesto pela falta de atenção. enquanto caminhava pela biblioteca em direção à saída, seus olhos encontraram wora, deitada sobre livros abertos. ele se aproximou silenciosamente e leu o assunto dos livros. neurofisiologia, um tema fascinante, e ela ainda estava no início. com cuidado, ele se sentou no lugar ao lado dela, tentando não acordá-la. aron puxou seu caderno e, com uma eficiência tranquila, anotou os principais conceitos que ela deveria saber para fazer uma boa prova.
ao final, olhou novamente para ela, o rosto suavemente iluminado pela luz da biblioteca. aron apoiou o rosto no braço, ficando na mesma altura dela. por um momento, apenas a observou, admirando a serenidade que emanava de seu sono. ele afastou delicadamente uma mecha de cabelo do rosto dela, os dedos roçando levemente a pele macia. seu coração acelerou com a proximidade, uma batida surda e insistente em seu peito. aron permitiu-se um pequeno sorriso, os olhos traçando o contorno do rosto dela. com um gesto suave, acariciou a face de wora, sentindo a textura quente e reconfortante de sua pele sob seus dedos. ❝ wora-ya ❞ chamou baixinho, a voz cheia de ternura. ❝ joh-eun achim neuj-jamkkuleogi * ❞
* tradução livre " bom dia, dorminhoca "
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não importava quanto tempo passasse, sempre que yoon a chamava por um apelido, um riso bobo e quase juvenil surgia em seus lábios. era uma reação espontânea, que ela não conseguia controlar, como se as palavras dele despertassem algo que ela pensava ter perdido. “não me dê falsas esperanças, kim.” apertou os olhos, fingindo um tom sério. “vou começar a achar que estou me igualando a você.” não conseguiu manter a postura por muito tempo, sabia que nem se quisesse, chegaria perto da excelência de yoon. o abraço que se seguiu foi de certa forma inesperado, mas ela naturalmente cedeu, permitindo que seus braços se entrelaçassem ao redor do corpo dele. sentindo a respiração contra sua pele, fechou os olhos por um momento, aquela sensação trazia uma calmaria que ela não encontrava em nenhum outro lugar. ao ouvir a justificativa para o cansaço, não pode deixar de lembrar em como suas próprias reuniões familiares eram longas, estressantes e cansativas, rendendo dias de estresse mental — não sentia a mínima falta daquilo. no entanto, comparado com o caos que era a relação dos nam um com os outros, imaginava que os kim eram mais harmoniosos. a justificativa de privação de sono a convenceu e ela apertou mais o abraço. "sei bem como é." disse com um tom suave e compreensivo. “esquece o que eu tinha planejado para hoje à noite, podemos deixar para outro dia.” os passeios de carro em plena madrugada eram comuns para wora, ela gostava de passar a noite dirigindo sem rumo pelas cidades vizinhas até encontrar algo interessante para fazer. a tempos planejava levar yoon em uma de suas aventuras duvidosas, mas naquele momento, a vontade de sair de casa já tinha ido embora. “vamos fazer algo tranquilo, só nós dois.” sugeriu, e a verdade era que, ela realmente preferia daquela forma.
ao observar yoon começar a se afastar, não conseguiu evitar prolongar mais o momento. seus olhos se encontraram por um instante e ela segurou o rosto dele delicadamente com as mãos. o coração errou uma batida, que apesar de fraca, a fez vacilar. não sabia exatamente quando tinha começado, desconfiava que talvez estivesse ali desde sempre, desde a primeira vez que os olhares se cruzaram no campus da universidade, mas só despertado depois. era um sentimento estranho, confuso, sem sentido. como se de alguma forma, algo estivesse enjaulado em algum lugar do seu ser, ansiando por liberdade, mas ao mesmo tempo com medo do mundo exterior. sentia o desejo de trazer mais conforto a yoon, de garantir que ele estivesse sempre bem e feliz. queria oferecer mais do que um simples sorriso. bem, poderia pelo menos tentar. mas não, definitivamente não deveria. a coragem para assumir aquilo até para si mesma era soterrada sempre que ameaçava aparecer. seu retrospecto era simplesmente terrível. por onde passou, wora deixou marcas quase que irreversíveis, um rastro de destruição causado por sua instabilidade. não iria amaldiçoar yoon daquela forma. se contentava com momentos simples como aquele, apenas silêncio e contemplação. sabia que aquilo era o que lhe restava; o observar em silêncio. inclinou o corpo levemente, o trazendo para mais perto, encostou a testa na dele e riu de si mesma, percebendo o quão exagerada estava sendo. “pensei que poderia ser outra coisa. me preocupei atoa, não foi?” o pensamento escapou dos lábios em um tom baixo, quase inaudível. o fato é que wora não queria ser invasiva, no entanto, aquela preocupação era inevitável. “já que você insiste em me ajudar, não vou te impedir.” o deixou ir, concentrando sua atenção nos utensílios espalhados pela cozinha, começando a organizar o ambiente enquanto voltava o olhar frequentemente para yoon, prestando atenção no que ele falava.
a menção do casamento de jiwoo a fez perceber o quão rápido o tempo tinha passado. “ela já vai casar?” o tom não foi de julgamento e sim de surpresa. wora tinha em sua mente que os mais novos nunca iriam crescer, como se o tempo congelasse em uma época de risos e brincadeiras despreocupadas. e de certa forma, apesar de não ser próxima, apenas com as descrições que yoon fornecera ao longo dos anos imaginava o mesmo de mina e jiwoo. admirava como ele fazia de tudo por elas. aquele pensamento a atingiu de uma forma cruel. um dos seus grandes arrependimentos era não ter lutado quando pôde para manter contato com as irmãs. “fico imaginando se nara e eunra já passaram ou estão passando por essa fase.” comentou com um olhar distante, como se tentasse visualizar algo além daquela realidade. “às vezes até filhos uma delas já deve ter.” já havia passado mais de três anos sem receber uma notícia sequer das mais novas e se perguntava se, de alguma forma, elas lembravam ou pensavam nela. imaginava como teria sido se tivesse o mesmo cuidado que yoon tinha com as irmãs dele. balançou a cabeça, tentando espantar os pensamentos e possibilidades. voltou a focar no que estava fazendo, um sorriso sereno se formando nos lábios. “a jiwoo deve está radiante. a famosa lua de mel antecipada é maravilhosa.” permitiu-se soltar um riso abafado, dizer que não lembrou do seu noivado com valentin seria mentira. a memória atravessou sua mente de forma sutil, surpreendentemente menos amarga do que imaginou que seria. a excitação, a esperança, os planos. entendia bem o que a moça estava sentindo e estava genuinamente feliz por ela. terminou de limpar a bancada e se aproximava da mesa quando ouviu a confissão de yoon. “tenho certeza que ela será muito feliz.” respondeu suavemente. era óbvio que ele desejava a felicidade da irmã, mas o que despertou sua atenção foi a última parte. ouvir aquilo vindo dele, a incomodava. não entendia como uma pessoa como yoon não tinha encontrado um amor. desejava que ele fosse feliz, que pudesse se entregar e vivenciar todas aquelas experiências inesquecíveis com alguém. “você também merece ter um relacionamento assim, yoon.” dentre todas as pessoas na frança e fora dela, wora era a última que poderia pensar em dá dicas amorosas para alguém, mas era o que sentia e queria que ele soubesse. “teve uma época em que você parecia está sempre tão focado em outras coisas que acabava esquecendo de si mesmo. não só em questões de relacionamento, no geral. agora está mais leve, diferente.” a mudança não tinha sido brusca, mas gradual e perceptível. aquela nova versão, depois da renúncia do cargo no hospital, parecia na visão de wora, mais feliz, mais seguro. “isso faz diferença, sabia?” os passos foram desviados, indo em direção ao corredor, mas ela parou por um momento, virando-se para ele uma última vez. “e você deveria dar a si mesmo a chance de encontrar alguém que te faça feliz.” sabia que ele precisava era de tempo e espaço para encontrar o que realmente desejava, assim como ela própria estava tentando fazer.
seguiu para o quarto, pegando uma câmera analógica de uma prateleira alta. era uma tradição sua, sempre que fazia uma receita nova, fotografava a reação de yoon. ajustando o filme enquanto caminhava de volta para a sala, pensou nas inúmeras fotos que já tinha acumulado — cada uma capturando um momento especial, um sorriso genuíno ou uma expressão de surpresa. “a mágica do momento já passou, mas vale o registro para álbum.” colocou a câmera na mesa, puxou uma cadeira e virou-se para yoon com um sorriso. “monsieur.” fez um leve movimento de cabeça, indicando para ele sentar. “por favor, tome seu lugar e me permita capturar este momento.”
# ────── ❝ está ótimo, princesa ❞ disse aron, observando wora provar a comida. quando viu a reação dela ao tempero forte, ele soltou uma risada. aron adorava ter wora em casa; sua presença trazia uma energia vibrante e calorosa que transformava o ambiente. wora tinha um jeito único de iluminar o espaço ao seu redor. seu riso era contagiante, e suas habilidades culinárias, embora imprevisíveis, sempre resultavam em momentos que ele jamais queria esquecer. aron assentiu quando ela falou, mas sua atenção agora repousava nas mãos da amiga. teve épocas em que tudo que ele queria era a atenção que ela lhe dava agora ❝ claro que lembro ❞ respondeu, a voz cheia de ternura. como poderia esquecer qualquer coisa relacionada a wora? esse pensamento doeu. doeu o suficiente para que ele quisesse chorar, mas ele não podia chorar. não podia sequer deixar que ela percebesse aquela tristeza que ele guardava.. então, num impulso, deixou que suas mãos fizessem o que queriam. tocou a cintura de wora com delicadeza, mas o puxão foi firme. ele a abraçou sem dizer nada, apenas aproveitando o momento, o cheiro dos cabelos dela, a temperatura de seu corpo ❝ eu estou um pouco cansado ❞ admitiu baixinho, seu polegar acariciando a pele dela ❝ cheguei tarde ontem por causa do jantar em família, não consegui dormir muito ❞ não era mentira, mas também não era toda a verdade.
ele sorriu com a sugestão de ajuda e meneou a cabeça em discordância ❝ não precisa, mon coeur ❞ disse, beijando o topo da cabeça dela antes de se afastar. imediatamente sentiu sua falta, mas focou em pegar o conjunto de louça que ela havia separado ❝ sabe, é estranho ver minha irmãzinha pronta para casar... mas o noivo da jiwoo parece ser um cara legal ❞ comentou, levando tudo que precisava para a mesa e começando a organizar. os kim não pareciam muito sortudos no amor. aron nunca teve tempo ou achou que merecia viver uma grande história de amor. as pessoas por quem seu coração bateu mais forte jamais retribuíram na mesma intensidade, e quem teve o azar de se apaixonar por ele encontrou apenas um homem que não deixaria as obrigações de lado para satisfazer seu lado emocional. mina, a segunda mais velha, sempre teve muitos relacionamentos, mas a maioria era conturbado ou simplesmente não dava certo. jiwoo era a única que parecia ter encontrado algo duradouro; começou a namorar no final da faculdade e agora, três anos depois, ainda estavam tão apaixonados e comprometidos como no começo ❝ espero que eles sejam felizes juntos. pelo menos um de nós merece ter um bom relacionamento ❞ aron realmente torcia para que jiwoo conseguisse ter um amor verdadeiro e que ele durasse, que não se desgastasse por coisas pequenas. ele queria acreditar que todos que amava seriam felizes depois que ele não estivesse mais aqui.
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os lábios se curvaram em um sorriso triste a cada sugestão que aparecia, não sabia que sophie se importava com ela, gostaria de retribuir toda aquela gentileza e empatia. a observava sem realmente focar nela, os pensamentos giravam em torno da situação. era verdade, a ideia de que a ação poderia estar relacionada aos trotes era válida, mas algo ainda não fazia sentido para ela. apesar de sua natureza reservada e de evitar a participação nos eventos da fraternidade, celeste sabia que essas brincadeiras, quando iniciadas, tendiam a crescer e se transformar em algo mais sério. ela preferia se manter afastada desses eventos, entendendo bem a escalada que poderiam tomar. "olha, sophie," começou, sua voz um pouco hesitante, mas firme. "eu não acho que isso tenha sido uma tentativa de enfraquecer a fraternidade toda. a sensação que eu tenho é que isso foi mais direcionado, talvez pessoal." fez uma pausa, buscando nas memórias algum detalhe que pudesse conectar a situação com alguém. "alguns dias atrás…" continuou, "eu esbarrei em uma moça no gramado perto da biblioteca. foi um acidente, de verdade. ela estava sentada no chão e quando eu a atingi, a coca-cola que eu estava tomando caiu e acabou sujando alguns papéis dela." celeste sentiu um leve peso no estômago ao lembrar do olhar que recebeu. "eu tentei ajudar a limpar, mas ela parecia bem irritada. quase me comeu viva. não sei se isso tem alguma relação, mas… é coincidência demais." tinha a sensação de que a situação estava longe de ser resolvida, no entanto, não custava nada tentar encontrar respostas. a ideia de reescrever tudo foi recebida com apreço e preocupação, o caderno continha anotações detalhadas e complexas de diversas matérias e a ideia de refazer todo aquele trabalho a angustiava. "sophie, eu... eu sei que você quer ajudar e eu realmente aprecio isso. mas será que você tem ideia de quanto trabalho vai dar para refazer tudo isso? não quero tomar seu tempo, sei que você tem outras coisas para fazer. não sei se é justo te pedir isso." olhou para a amiga, admirando a determinação e a empatia dela. naquele momento, já estava convencida seguir o plano de sophie. “você vai ser uma ótima advogada, sabia? tem um talento natural para lutar pelo que é certo e buscar justiça, mesmo quando parece impossível.” ela esboçou um sorriso leve. "se algum dia eu cometer um crime, já sei quem chamar." a tentativa de humor, embora nervosa, foi uma tentativa sincera de suavizar a tensão do momento.
sophie parou de limpar por um momento, ouvindo atentamente as palavras de celeste. a tristeza na voz da amiga era palpável, e sophie sentiu um aperto no coração ao imaginar todo o trabalho perdido no caderno arruinado. ela se levantou e colocou uma mão reconfortante no ombro de celeste. “ eu sei o quanto isso é importante para você, celeste. e é por isso que não podemos deixar isso passar. ” suspirou, compreendendo as dificuldades mencionadas sobre a administração e as câmeras. “ mesmo que a administração não colabore, ainda temos outras formas de descobrir quem fez isso. podemos falar com o pessoal da casa, ver se alguém viu algo. e se precisar, a gente pode usar um pouco de persuasão. ” quando celeste mencionou os trotes, sophie levantou uma sobrancelha, seus olhos ganhando um brilho de entendimento. “ os trotes... claro! eles começam em poucos dias, não é? isso faz todo sentido. alguém de fora tentando causar confusão para nos enfraquecer antes dos trotes. é um movimento clássico de uma fraternidade rival. ” começou a andar pela sala, seus pensamentos girando rapidamente. “ se for isso, precisamos estar um passo à frente deles. vamos intensificar a segurança, manter um olho em qualquer um que não pareça familiar. e vamos começar a perguntar para o pessoal da casa se alguém viu algo ou ouviu falar de algum plano de uma fraternidade rival. ” sophie parou e olhou diretamente para celeste, com determinação em seu olhar. “ e quanto ao seu caderno, vou te ajudar a reescrever tudo. sei que não é o mesmo, mas vamos recuperar o máximo possível. você não está sozinha nessa, celeste. vamos fazer justiça e garantir que isso não aconteça de novo. ” deu um sorriso encorajador para a amiga, esperando transmitir um pouco de sua própria força e determinação. " vamos resolver isso juntas, e ninguém vai conseguir nos derrubar. "
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𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟏 - 𝐈 𝐓𝐇𝐈𝐍𝐊 𝐓𝐇𝐄𝐘 𝐃𝐈𝐃 𝐈𝐓
delegacia de des moines, quatorze de julho, 16:52.
wora ajustava sua pulseira repetidamente, um tique nervoso que adquirira nos últimos anos. naquele dia específico, a ansiedade parecia corroer a alma, o ansiolítico não estava fazendo efeito, a deixando à mercê de seu próprio autocontrole. o trajeto até a delegacia fora uma sequência de pensamentos intrusivos e tentativas falhas de se acalmar. com alguns minutos de atraso, ela finalmente entrou na sala de interrogatórios. o local estava iluminado por luzes frias, o cheiro de café e desinfetante misturavam-se, causando um embrulho no estômago. duas pessoas já estavam à espera: o delegado desprat, com uma expressão de tédio e uma oficial auxiliar, de semblante um pouco mais amigável. ao vê-la entrar, o investigador olhou para o relógio em seu pulso e depois para ela. “boa tarde, senhorita. por favor, sente-se.” seus olhos avaliaram cada movimento de wora enquanto ela se dirigia à cadeira vazia. “sou o delegado baptiste desprat e essa é minha colega, a oficial louise leclerc.” ele puxou uma folha de dentro de uma pasta, suspirando logo em seguida. “bem, já estamos atrasados. vamos começar.”
“wora nam, 28 de janeiro de 1990.” o delegado começou, falando alto o suficiente para que qualquer pessoa do lado de fora pudesse ouvir. “também conhecida como… celeste.” ele fez uma pausa, levantando os olhos por alguns segundos. “estrangeira, cidadania francesa concedida há quatro anos.” wora permaneceu em silêncio, apenas fazendo um breve aceno com a cabeça conforme ele falava. “sabe, senhorita nam, tivemos dificuldade para encontrá-la. pelo que vi nos registros, visitamos três endereços até finalmente conseguirmos entregar a intimação.”
wora forçou um sorriso, um reflexo quase mecânico diante da situação. suas mãos estavam geladas e ela as colocou no colo, tentando disfarçar o tremor. "é porque eu… eu me mudo muito. não gosto de ficar no mesmo lugar por muito tempo." a voz soou um pouco mais firme do que se sentia por dentro.
baptiste soltou o ar pelo nariz, um som que refletia sua insatisfação evidente com a resposta. ele observou wora por mais alguns segundos antes de voltar a falar, dessa vez com um tom ligeiramente mais irritado. "vamos direto ao ponto. você conhecia victor kothari-dagoty?"
“claro. ele foi presidente da fraternidade kappa phi, a fraternidade eu fazia parte na universidade. e também… éramos vizinhos.” acrescentou, a voz um pouco mais hesitante. “na l'orangerie victor era uma pessoa muito atenciosa, fazia de tudo por todos ali dentro. costumávamos conversar bastante. ele era um dos que me incentivavam em relação à minha carreira médica.” fez uma pequena pausa. “depois que ele deixou a universidade, nos vimos pouco. não mantivemos contato direto até eu me mudar para a casa ao lado da dele.”
ele ergueu as sobrancelhas, trocando um olhar com louise. "você foi interrogada na época em que victor foi morto, não foi?"
"sim, eu falei com alguns policiais na época. eles colheram meu depoimento e nunca mais me contataram a respeito do caso."
o investigador inclinou a cabeça, fazendo uma anotação rápida. "e como era a relação entre vocês dois?"
"nossa relação era… era boa. sempre que me via, ele me cumprimentava, conversava sobre o mercado, emprego… coisas normais. eu tinha mais contato com a mãe dele, adelaide."
“entendo. então, vocês tinham uma relação amigável, mas distante.”
wora assentiu lentamente, as mãos ainda tremendo. “sim, exatamente.”
baptiste soltou um suspiro profundo, tomando um gole do seu café em seguida. "muito bem. onde você estava na data da morte dele?"
ela fechou os olhos, tentando recordar todos os detalhes daquele dia. “de vez em quando, eu cuidava das filhas de anne e naquele…”
“informe o nome completo dos envolvidos, por favor.” interrompeu louise, enquanto fazia anotações.
a resposta veio de forma hesitante e entrecortada. "anne dupont… uma amiga da época da residência, ela mudou para estrasburgo, recentemente. naquele dia, eu… levei a mais velha para encontrar alguns amigos no parque. menos de uma hora depois… eu… tive que levá-la ao hospital porque ela teve uma reação alérgica. passei o resto da manhã e parte da tarde com ela.” sentia o rosto quente, a frustração evidente por não conseguir se manter firme. "depois, eu…" sentiu a garganta apertar, a familiar sensação de lágrimas borbulhando nos cantos dos olhos. com um suspiro pesado, ela continuou, lutando para manter a compostura. "eu voltei para casa e não sai o resto do dia."
a resposta pareceu satisfazer momentaneamente o delegado, que fez um aceno de cabeça a leclerc. "você sabia que victor estava investigando a vida das pessoas que integravam a kappa phi na data do acidente de fiona? alguma vez foi procurada por ele?”
“não. ele nunca me procurou diretamente para falar sobre isso, como disse, nossas conversas eram mais triviais.” já era evidente o rumo que aquela conversa iria tomar e o efeito colateral de seu nervosismo já dava sinais. era inevitável, qualquer sinal de desconforto, wora chorava. naquele momento usava toda a sua energia para não cair em prantos. não eram as perguntas em si que deixavam naqueles estado e sim, a situação. não imaginava que algum dia fosse voltar para uma sala de interrogatórios, muito menos ser praticamente obrigada a reviver tudo aquilo que tinha a tanto custo tentado esquecer.
louise folheou os papeis na mesa, o silêncio na sala interrompido apenas pelo som abafado das páginas sendo viradas. ela finalmente encontrou a página que buscava e mantendo uma expressão serena, olhou para wora que se ajeitava na cadeira, visivelmente tensa. “em dez de outubro de 2015 você colaborou com a polícia, compartilhando detalhes sobre o acidente de fiona agnew. você ainda lembra o que aconteceu naquele dia?”
wora desviou o olhar por um momento. a lembrança da festa voltou com clareza, como se ela pudesse quase sentir a vibração e o barulho daquela noite. ela começou a falar, a voz baixa e hesitante. "estava acontecendo uma festa na fraternidade. era para comemorar alguma coisa em relação aos trotes com os calouros. sempre aconteciam festas na kappa phi, mas aquela era diferente. parecia que todos estavam mais animados, mais alcoolizados que o normal."
o delegado inclinou-se um pouco para frente, os olhos fixos nos dela. "a senhorita era uma dessas pessoas?"
ela balançou a cabeça. "não. nunca fui muito de festas, também nunca gostei de ficar bêbada. sempre me policiei para não passar do ponto. em um certo momento, eu já tinha me separado dos meus amigos e estava tentando voltar para o meu quarto, quando ouvi uma briga no andar de cima. saí da casa e esperei a confusão acabar. foi quando aconteceu a explosão. muita gente saiu correndo." ela fez uma pausa, o corpo tremendo ligeiramente ao lembrar dos eventos seguintes. “alguém gritou por ajuda. minha ajuda. eu… eu estava cursando medicina, ele esperava que eu fizesse alguma coisa.” wora sentiu as lágrimas ameaçarem cair e lutando para mantê-las sob, controle, abaixou a cabeça. “mas eu… eu fiquei paralisada. não consegui fazer nada.”
"você acha que foi apenas um acidente?" louise quebrou o silêncio com a pergunta direta.
wora fez um sinal negativo com a cabeça. “não sei, acho que… podia ter acontecido com qualquer um. aquela noite foi uma confusão, ninguém parecia ter controle sobre nada.” na verdade, nunca tinha pensado em qualquer outra possibilidade que não fosse um acidente. respirou fundo, tentando se recompor, o rosto úmido. "acho que foi uma tragédia."
“você acha que victor tinha motivos para desconfiar que alguém causou o acidente?” baptist prosseguiu.
louise, observando atentamente, inclinou-se levemente para frente, como se quisesse reduzir a distância entre elas. "e quanto a você, wora? victor tinha motivos para achar que você poderia estar envolvida?"
ela mordeu levemente o lábio inferior, uma tentativa de controlar seu nervosismo. “alguma coisa aconteceu para fiona ficar daquele jeito. se foi de propósito? não sei. se ele estava investigando, então devia ter um motivo concreto.” baptiste tamborilou os dedos na mesa, criando um som ritmado que ecoava na sala silenciosa. ele olhou para suas anotações antes de voltar a fixar os olhos em wora. "talvez... sim." wora hesitou, passando a mão pelos cabelos num gesto que demonstrava seu crescente desconforto e a dificuldade em articular os pensamentos.
seus olhos se arregalaram, o coração disparando enquanto ela balançava a cabeça vigorosamente, o pânico crescendo em seu peito. "não, eu… eu nunca fiz nada. não.. não tenho e nunca tive nada haver com aquilo. se ele achava que alguém estava envolvido, eu não sou a pessoa certa para dizer quem." a respiração ficou mais rápida e superficial.
baptiste a observou por mais alguns segundos, antes de se recostar na cadeira, a expressão pensativa. louise terminou suas anotações e olhou para ele, esperando pela próxima pergunta. "você foi procurada por victor nos últimos anos?"
a pergunta mal foi formulada pelo investigador quando wora soltou um “não.” a resposta saiu automática, séria, mas ao mesmo tempo um pouco trêmula. ele arqueou uma sobrancelha, consultando um dos papeis à sua frente, mas não fez nenhum comentário.
o silêncio que se seguiu foi pesado, preenchido apenas pelo som da caneta de louise rabiscando no bloco de notas. desprat olhou para wora com uma expressão difícil de decifrar, ponderando suas respostas. ele finalmente se endireitou na cadeira, limpando a garganta. “muito bem, por ora, já é o suficiente. vamos chegar as informações e caso precisemos de mais detalhes vamos entrar em contato.” ele começou a empilhar os papéis em um montinho ordenado enquanto se levantava. “pedimos gentilmente que não saia da cidade e atualize seus dados de contato na recepção.” a formalidade em sua voz se esvaindo enquanto ele e louise deixavam a sala, fechando a porta atrás de si.
sozinha na sala de interrogatórios, wora sentiu uma onda esmagadora de alívio misturada com exaustão. a tensão acumulada durante a conversa a abandonava aos poucos, deixando um vazio pesado em seu lugar. sem conseguir mais segurar, ela encostou a cabeça na mesa fria e começou a chorar silenciosamente, os ombros tremendo a cada soluço abafado. o pensamento de ter que lidar com mais interrogatórios, de ver a história se repetindo, fazia seu estômago revirar. não conseguia ficar indiferente à situação. pensava em adelaide, como a mulher doce e alegre tinha virado uma sombra de tristeza depois de perder o filho. pensava em victor também. as circunstâncias brutais de sua morte se juntavam à imagem inerte de fiona, causando uma agonia ainda maior em wora.
após um tempo, ouviu o som de passos se aproximando. um policial abriu a porta, observando-a com uma expressão de preocupação. "senhorita, está tudo bem?" a voz dele era suave, quase paternal.
ela levantou a cabeça, os olhos inchados e vermelhos. "sim, estou bem." respondeu, tentando parecer convincente. limpou rapidamente as lágrimas com a manga da blusa, respirou fundo e se forçou a se levantar. a sala parecia girar levemente, mas ela se manteve firme.
"preciso ir agora." disse, a voz ainda trêmula. o policial assentiu e a acompanhou até a saída, onde ela se dirigiu à recepção para atualizar seus dados. sentia-se exausta, mas determinada a sair dali o mais rápido possível.
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MY DEMON 마이데몬2023—2024, dir. Kim Jang-Han, Kwon Da-Som
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celeste se abaixou para ajudar sophie a limpar o chão, suas mãos ainda tremendo um pouco ao lidar com a situação. a frustração e o desânimo que sentia começavam a dar lugar a uma sensação de agradecimento pela presença e apoio da amiga. “sabe o quão difícil é entender neurofisiologia?” comentou, a pontinha de tristeza presente na voz. “passei semanas tentando entender a atividade elétrica e as correntes iônicas nas células nervosas." o tom de voz imitando o professor da matéria. "tudo o que eu consegui aprender estava escrito ali." olhou mais uma vez para o que um dia foi um caderno; agora, não passava de um amontoado de folhas encharcadas. "também não lembro de quem estava aqui. estava tão focada em pegar o carregador do celular no quarto que não prestei atenção." enquanto sophie mencionava a ideia de verificar as câmeras de segurança, celeste arregalou os olhos. "as câmeras?” a risada que escapou era nervosa, os pensamentos voando para o tamanho que aquela situação estava tomando. “ah, eu não sei se a administração vai querer ceder as imagens. a última coisa que eu ouvi é que eles têm uma política bem rígida sobre isso. se perguntarmos, eles provavelmente vão alegar que as câmeras são só para segurança e não vão ajudar muito." a determinação e a indignação da amiga eram quase contagiosas, e, por um momento, ela se perguntou se deveria ser mais como sophie — lutar pelas coisas, mesmo quando parecia que nada daria certo. era um sentimento estranho, perceber que talvez fosse preciso ter mais coragem para enfrentar o que parecia impossível. "é estranho alguém sair pela porta dos fundos, ela só é usada para manutenção ou emergência, mas pelo que eu sei não teve nenhuma manutenção na casa hoje.” ela olhou para a outra e comentou, com um tom pensativo. “quem sabe se foi alguém de outra fraternidade, ou mesmo alguém que não faz parte daqui? se for alguém de fora, talvez esteja tentando criar um caos aqui dentro." algo pareceu se iluminar em sua mente, uma possibilidade pequena, mas que não podia ser desconsiderada. “ah não... quando começam os trotes?”
apertou a mão de celeste com força, sentindo a combinação de resignação e determinação da amiga. " sei que parece que estamos lutando contra a maré, mas não vamos deixar isso passar despercebido. " suspirou, reconhecendo a verdade nas palavras da garota sobre victor e os outros. " eles podem até tentar minimizar, mas sabemos que é mais do que apenas um caderno. é respeito. " soltou a mão de celeste e começou a ajudar a limpar a bagunça, pegando um pano para enxugar a coca-cola derramada. " eu estava tão focada em chegar aqui que não prestei muita atenção ao redor, mas agora que você mencionou, acho que vi alguém sair apressadamente pela porta dos fundos. não consegui ver quem era, estava escuro. " olhou em volta, tentando identificar qualquer coisa que pudesse ter passado despercebida antes. “ podemos tentar perguntar para o pessoal que estava aqui mais cedo. alguém deve ter visto algo. e se não conseguirmos respostas, podemos procurar câmeras de segurança ao redor da casa. alguém deve ter visto alguma coisa. ” deu um meio sorriso para celeste, tentando levantar o ânimo da amiga. " vamos cuidar dessa bagunça primeiro, e depois partimos para a investigação. não estamos sozinhas nessa. e quanto ao victor, se ele achar que é uma tempestade em copo d'água, que seja. pelo menos estaremos tentando fazer a coisa certa. " continuou limpando, determinada a não deixar que a injustiça passasse impune. " vamos resolver isso, celeste. juntas. "
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ao perceber que valentin estava indo em direção à saída, wora sentiu um aperto no peito. ela merecia aquilo. que ele a ignorasse, que fosse embora e deixasse o passado enterrado onde estava. afinal, foi ela quem causou toda aquela dor, fugindo sem explicação e deixando apenas um rastro de mágoa e perguntas sem resposta. mas ao vê-lo se virar novamente e caminhar em sua direção, uma mistura de alívio e pavor tomou conta de si. sua mente continuava a lançar descontroladamente um sinal vermelho, clamando para que recuasse. a aproximação a fez prender a respiração e ela tentou se mover, dar um passo para trás, tentando inconscientemente se distanciar da situação, mas não conseguiu sair do lugar. algo mais profundo, mais antigo, a fez ficar. a voz trêmula e vulnerável dele perfurou sua barreira de autodefesa, era como se todo o controle que ela havia se esforçado para manter tivesse se desfeito instantaneamente. evitou olhar diretamente para ele, fixando o olhar no chão de mármore frio, onde podia ver o reflexo pálido de ambos. "por que você quer que eu fique?" a verdade era que nem ela mesma tinha certeza da motivação do seu pedido. sentia-se egoísta, mesquinha por pedir algo assim depois de tudo o que tinha acontecido. era algo inevitável. precisava encarar as consequências de seus atos, nem que fosse apenas uma vez. "eu..." sua voz saiu mais baixa do que pretendia, tentando organizar os pensamentos em meio ao nó apertado em sua garganta. "eu não..." ela parou, tentando formular as palavras certas, as palavras que ele merecia ouvir. "não sei por que estou pedindo isso. talvez seja porque eu não aguentaria te ver indo embora sem ao menos... sem ao menos tentar..." confessou, as palavras saindo mais difíceis do que esperava. o elevador começou a emitir um alerta sonoro, um bip insistente que indicava que as portas estavam abertas por muito tempo. "eu não tenho o direito de pedir nada a você, principalmente depois de tudo o que aconteceu." ela finalmente encontrou coragem para encará-lo diretamente, seus olhos buscando nos dele qualquer sinal de compreensão ou rejeição. wora nunca tinha sido boa para falar o que sentia. sempre deixava tudo subentendido, nas entrelinhas, esperando que a outra pessoa percebesse. mas naquela situação, sabia que tinha que falar, que tinha que explicar. a sensação de alívio misturava-se com a dor ao falar. cada palavra era como enfiar uma faca afiada mais e mais fundo em um ferida exposta. "preciso colocar um ponto final nisso. da forma certa." as lágrimas que ela tanto tentou conter agora escapavam, rolando silenciosamente por suas bochechas. valentin merecia uma explicação, mesmo que tardia. ela precisava ser honesta consigo mesma e com ele.
valentin nunca se deixado pensar em como seria encontrar wora de novo. verdade fosse dita, era algo que nunca quis por conta do fim doloroso do noivado. tinha sido uma ferida difícil de cicatrizar. e ele nem sabia se tinha cicatrizado. tinha colocado um curativo por cima e tentado não pensar nela. cobrindo as feridas do coração partido com um novo relacionamento não muito depois de chegar a paris. um relacionamento que chegou ao que tinha esperado daquele com a coreana e que nunca quis analisar a fundo se não tinha sido apenas suas projeções e por isso tudo tinha dado errado naquele relacionamento também, sendo completamente desgastado. mas agora estava ali, encarando um rosto que era dolorosamente familiar e desconhecido ao mesmo tempo. sem saber como deveria reagir, como deveria se sentir, o que deveria dizer.
parte sua queria correr. sair dali o mais rápido possível e se ocupar com qualquer coisa até esquecer que aquele encontro tinha acontecido. mas a outra parte estava estática, congelada pela surpresa e curiosa. então permaneceu ali, parado, olhando-a entrar no elevador. pelo menos daquela vez podia vê-la indo embora. talvez fosse por isso que continuava ali, que tinha deixado aquela segunda parte falar mais alto. não iria curar sua ferida, mas devia ajudar de alguma coisa.
quando as portas começaram a fechar, disse a si mesmo que era o bastante. já tinha se torturado o bastante. girou nos calcanhares, pronto para ir embora. mas os passos estancaram ao ouvir a voz feminina. assentiu uma vez em resposta, entendia sobre yoon só voltar mais tarde e não fez nem questão de virar-se para ela para dar aquela resposta. pelo menos até ouvir a parte seguinte. o pedido fazendo com que o corpo todo fosse tomado pela sensação próxima de um choque elétrico. de tudo o que podia esperar daquele momento, aquele pedido não estava nem na lista. por isso seu cérebro pareceu deixar de funcionar pelo tempo que precisou se questionar se tinha ouvido corretamente.
mas tinha. e ele deveria dizer não. era bom nisso, era firme e decidido, sem tempo para enrolação. sabia dizer não. mas ali, sentindo a vulnerabilidade na voz da mulher, valentin hesitou. ela era uma estranha agora, mas não foi sempre dessa maneira. virou-se para ela de novo, dando alguns passos para frente, se colocando à frente dela e esticando a mão para segurar a porta do elevador. perto o bastante para que só ela ouvisse: ❛ você sabe que está pedindo demais. ❜ a intenção era que ela ouvisse a voz trêmula ou que percebesse tão facilmente que ele estava sim abalado pelo encontro, mas era inevitável. ❛ por que você quer que eu fique? ❜
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riu novamente quando valentin a corrigiu, um som leve e sincero que parecia preencher o espaço ao redor deles. “vou ter que me policiar para não te fazer esperar tanto.” a simplicidade do momento, um abraço seguido de uma brincadeira afetuosa, a lembrava de que, por menores que fossem os momentos, cada um deles era precioso e único. quando ele a virou para si, ela aproveitou o movimento para entrelaçar as mãos ao redor do pescoço dele, os dedos se enroscando suavemente em seus cabelos. “se você continuar assim, posso acabar me acostumando.” a proximidade trazia uma sensação de segurança e leveza. “o que eu quero fazer hoje?” repetiu a pergunta, fingindo considerar as opções com uma expressão pensativa. “você sabe…” ela começou, sua voz carregada de doçura. “a ideia de sair é tentadora, mas acho que seu colega de quarto não vai se importar que eu fique lá um tempinho, não é?” ela o observou atentamente, admirando cada detalhe do rosto, era aquela versão mais leve e descontraída de valentin que ela preferia, a que a fazia se sentir ainda mais conectada a ele. “aceito o convite, mas com uma condição.” disse, inclinando-se um pouco mais perto, o rosto a poucos centímetros do dele. “você tem que me prometer que não vai ficar se preocupando com as coisas daqui. sem pensar em prazos, pesquisas ou qualquer outra coisa nesse sentido.” ela não deu muito tempo para que ele pudesse responder, o puxando levemente para si, subindo na ponta dos pés para encurtar a distância entre seus rostos. deu um beijo suave e terno nos lábios de valentin, sentindo um arrepio de felicidade percorrer seu corpo, a eletricidade do toque e a familiaridade que começava a crescer entre eles. “pode ser?” perguntou, com um sorriso nos lábios, enquanto seus olhos brilhavam de expectativa e carinho.
❛ tudo bem, não tem problema. ❜ se apressou a dizer. tinha ficado preocupado mesmo, mas não deixava de ser importante no momento que ela estava ali. a tensão deixando o corpo aos poucos depois do toque dela em suas mãos, os ombros relaxando e a expressão suavizando. a pergunta arrancou uma risada do rapaz. ❛ os milésimos! ❜ corrigiu-a em tom divertido. obviamente, era exagero. mas que tinha olhado para o relógio mais vezes do que o normal, ele tinha mesmo. ❛ não, não não! ❜ protestou logo. ❛ a recepção é melhor quando não estou preocupado, você tem que ver. ❜ disse em tom leve, rindo por entre a tentativa de persuasão. então soltou-a, mas só para virá-la para si. ❛ o que quer fazer hoje? quer sair para comer alguma coisa? apesar que... meu colega de quarto vai dormir fora hoje e tem pizza na geladeira. se quiser, podemos ir para o meu quarto assistir filme. ❜
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celeste respirou fundo antes de entrar no bistrô, tentando acalmar os nervos. fazia tanto tempo que não via sol e o convite para um encontro a pegou de surpresa, não imaginava que ela tinha voltado para des moines. ainda assim, ela sabia que não devia recusar. era bom ver a amiga de infância novamente, mas também havia um certo nervosismo misturado com a alegria. apesar de todas as memórias boas que compartilhavam, celeste também sentia uma pontada de desconforto por não ter conseguido retribuir como gostaria todo o apoio que recebeu durante anos. quando entrou no local, se aproximou com um sorriso nervoso, tentando esconder a ansiedade que sentia. ao ser recebida com o sorriso caloroso de soleil, sentiu um alívio imediato. era como se o tempo não tivesse passado entre elas. retribuiu o gesto com um abraço apertado, deixando escapar um riso suave ao ouvir a brincadeira. "acho que posso dizer o mesmo!" respondeu, os olhos brilhando enquanto se sentava. o ambiente do bistrô era acolhedor, com risos e conversas animadas enchendo o espaço, criando uma atmosfera descontraída. o cheiro de comida caseira e café fresco pairava no ar, se misturando com a música suave que tocava ao fundo. celeste olhava ao redor, tentando se distrair da enxurrada de pensamentos que a atormentavam, se esforçava para encontrar a energia necessária para a conversa. suspirou involuntariamente, sentindo o peso das últimas semanas. "as coisas... estão piores que antes." começou, a voz um pouco cansada, mas o sorriso ainda moldando o rosto. "os últimos dias foram terríveis, para ser sincera. sinto que tudo está desmoronando de novo." fez uma pausa, os olhos desviando para o menu, embora não conseguisse realmente focar nas palavras. depois de um momento, olhou para sol com uma expressão que misturava frustração e desespero. inclinou-se ligeiramente para frente, a voz um pouco mais baixa, como se estivesse compartilhando um segredo. "você também recebeu, não foi?" a pergunta saiu quase em um sussurro, como se o simples fato de mencionar a intimação fosse algo terrível e inapropriado.
onde: des moines, happy hour em um bistrô
quando: 2024, após a intimação
quem: sol & @onlyfooll
☼ depois de receber a intimação e perceber que sua estadia em des moines precisaria ser maior do que ela gostaria, sol tinha decidido que ia se concentrar na parte positiva daquilo tudo. claro que acabou mudando de ideia algumas vezes, mas de toda forma, no fim das contas o que permanece foi: precisava descobrir o que os antigos colegas pensavam. e precisava de pessoas confiáveis ao seu lado. celeste estava, obviamente, no topo da lista. a amizade de infância entre as duas sobreviveu ao tempo por diversas vezes e, por mais que tivessem se afastado depois de todo o rolo com a família dela, ela continuava sendo uma das pessoas com quem soleil não teria medo de conversar... ou se abrir, se fosse necessário. por isso, convidou a amiga para a encontrar em um bistrô após o horário comercial. escolheu propositalmente um lugar cheio de pessoas conversando e rindo, para caso precisassem... sol não sabia direito. de álibi? afastar suspeitas? ela ainda não tinha ideia das suas motivações (além de sair bem daquilo tudo). aguardava a chegada de celeste se distraindo ao olhar o menu, mas a verdade é que mal conseguia ler as palavras; sua mente estava distante. foi só quando viu a amiga se aproximando que deixou o papel de lado e lançou um de seus melhores e mais famosos sorrisos, cumprimentando: ❝ora, ora! quem é viva sempre aparece!❞ brincou; a verdade era que aquilo também podia se encaixar para ela, que saiu fugida de des moines desde que se formou. levantou-se para cumprimentar celeste com um beijo e um abraço. fazia anos que não a via! ❝mon ami, quanto tempo!❞ disse, soltando a mulher e voltando para o seu lugar. ❝como estão as coisas?❞
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— 2024* 𝐜𝐥𝐨𝐬𝐞𝐝 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 with : @wheelofeva
celeste chegou à porta de eva carregada com sacolas do mercado, com a mão livre apertou a campainha, esperando impacientemente. naquele dia tinha trabalhado a manhã toda fotografando ali perto e decidiu mandar uma mensagem para a amiga informando que ia dar uma passada lá. ficou esperando por um tempo e quando a porta finalmente se abriu, entrou sem cerimônia, deixando as sacolas no chão da entrada. “pensei que tivesse se perdido no caminho da sala até a porta.” brincou, dando um abraço rápido na amiga. voz dela tinha um tom leve, mas havia um traço de nervosismo que não conseguia esconder. sem perder tempo, foi direto para a janela que dava para a rua, puxando as cortinas rapidamente. espiando por uma pequena brecha, seus olhos varreram a calçada do outro lado da rua, onde um homem idoso estava sentado em um banco, quase imperceptível se não fosse pelo olhar atento de celeste. “aquele velho estranho ainda 'tá sentado na calçada aqui em frente. vou chamar a polícia se ele continuar ali por muito tempo.” comentou, franzindo a testa. desde as últimas notícias sobre victor e a investigação da polícia, celeste estava um pouco paranoica, desconfiando até da própria sombra. a possibilidade de alguém estar observando ou seguindo ela, ou seus amigos, a deixava em constante alerta. "eu trouxe aquele bolo que você gosta e comida para os gatos." tentando mudar de assunto, indicou as sacolas no chão com um aceno de cabeça, um sorriso suave e hesitante aparecendo em seus lábios. "achei que vocês poderiam gostar de um mimo."
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