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satirobestial · 11 days
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Minha primeira homenagem a este ser ....
Profundamente... A te Bukowski....
A Dança dos Errantes
Por Cleyton França
Um gole de veneno doce,
E lá vou eu, tropeçando no asfalto rachado,
O mundo é uma merda, e eu sou só mais uma sombra
Flutuando entre garrafas vazias e almas perdidas.
Você acha que estou perdido? Não, eu estou livre.
Livre da porra do que vocês chamam de esperança.
O copo é meu companheiro fiel,
Minha cruz e minha redenção.
A cada trago, afasto o peso das expectativas,
Aquela merda de vida perfeita que tentaram me vender.
Dane-se isso. Eu sou o erro, o sujo,
A cicatriz que não se apaga com o tempo.
E se a morte vier, que venha.
Ela é só mais uma mulher bonita que vou levar para a cama.
Sinto o ácido nas entranhas,
O desespero nas esquinas cheias de gente vazia.
Eles fingem sorrisos, mentem amores,
Enquanto eu mergulho de cabeça na verdade.
A verdade do fracasso, do fedor,
Da solidão que só um bêbado conhece de verdade.
Eu ando por ruas que já foram minhas,
Agora são só restos de um passado que nunca existiu.
Mas e daí?
Ninguém escolhe ser herói de merda.
Escolhi ser a falha, o que ri da própria desgraça.
E entre um gole e outro, encontro mais sentido
Que nas palavras vazias de qualquer filósofo.
Então, brindemos, porra!
À liberdade de cair, de quebrar, de sangrar.
Porque o mundo não é gentil com quem se arrasta.
Mas eu sou o senhor do meu caos.
E no meio da sujeira, do erro,
Eu danço, como um louco, como um deus caído.
Apenas mais um homem liberto
Na correnteza amarga dos dias.
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satirobestial · 12 days
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Enclausurada no Desejo
Conto erótico pôr Cleyton França
No silêncio abafado do banheiro, ela se tranca, deixando que a porta a isole do mundo. O som da respiração acelerada ecoa pelas paredes de azulejos frios. O corpo dela arde, pulsando com uma urgência que já não pode mais ser contida. Seus dedos, trêmulos e ágeis, descem por entre suas coxas, tocando a vulva que pulsa, já molhada, quente e viva.
A primeira pressão contra sua carne sensível a faz gemer baixinho, um som abafado pela boca semi-aberta. Ela não precisa de mais ninguém ali — só suas mãos, seus dedos, sua fome. Eles deslizam facilmente agora, banhados pelo líquido espesso de sua lubrificação. Lentamente, ela começa, desenhando círculos delicados ao redor do clitóris, sentindo o calor subir, a tensão se acumulando em espirais cada vez mais intensas.
O ritmo aumenta. Seus dedos pressionam mais forte, escorregando entre os lábios da vulva, mergulhando dentro de si. Ela geme, mais alto agora, sem se preocupar se alguém pode ouvir. As paredes são seu único testemunho, cúmplices de sua entrega. O prazer vibra, ecoa pelo corpo, e ela acelera o movimento, os dedos molhados entrando e saindo de forma frenética.
Cada toque é uma explosão. Seus quadris se movem contra a mão, buscando mais — mais força, mais profundidade, mais sensação. Ela imagina outra pessoa ali, um amante invisível, preenchendo-a, guiando o ritmo insano que ela mesma comanda. Ela pensa nos gemidos que ele faria, na respiração pesada, no som de pele contra pele, enquanto ela aperta a carne molhada e quente, afundando-se em sua própria luxúria.
— Ah... mais... — escapa de seus lábios, um sussurro rouco.
A velocidade dos dedos aumenta novamente, frenética, alucinada. O corpo dela estremece, tomado por espasmos de prazer. Ela imagina mãos fortes sobre ela, segurando-a com firmeza, trazendo-a à beira do precipício. Imagina gemidos abafados em sua orelha, o corpo de alguém contra o dela, pulsante, quente, tão molhado quanto ela está agora.
— Sim... sim... mais... — Ela grita, a voz rouca ecoando no pequeno espaço.
Os dedos entram mais fundo, e ela se contorce, de olhos fechados, perdida em imagens de corpos entrelaçados, cheios de suor, luxúria e gemidos. A sensação cresce, explode, um orgasmo violento que a deixa sem fôlego, o corpo inteiro tremendo contra as paredes frias do banheiro.
Ela respira fundo, sentindo o líquido ainda escorrendo por suas coxas, o corpo quente e exausto, mas satisfeito. No silêncio do banheiro, apenas seu coração martelando ainda preenche o espaço.
Enquanto ela ainda se recupera, o corpo estremecendo com as últimas ondas do orgasmo, os dedos deslizam suavemente pela vulva encharcada. O toque agora é lento, mas ela ainda sente a intensidade do calor que não a abandona. Cada vez que seus dedos roçam o clitóris inchado, uma faísca de prazer a faz tremer, como se seu corpo estivesse ávido por mais.
A cabeça dela repousa contra a parede fria, e sua respiração ainda é pesada. Ela fecha os olhos, permitindo que sua mente vague mais fundo nas fantasias que a consomem. O som de gemidos masculinos preenche seus pensamentos, como se ele estivesse ali, ao seu lado. Imagina o peso do corpo dele, a pressão firme de mãos grandes a envolvendo, apertando-a contra a parede, enquanto ele a penetra com intensidade.
— Sim... assim... — ela sussurra para si mesma, os dedos deslizando novamente, desta vez com mais confiança. A umidade se espalha ainda mais, escorrendo por entre suas coxas, enquanto sua mão se move com velocidade crescente. Ela imagina o corpo dele se juntando ao seu, cada movimento sincronizado com a batida acelerada de seus dedos. Ele empurraria forte, segurando-a pelos quadris, mergulhando fundo dentro dela, fazendo com que o corpo dela se arquearia de prazer.
— Ah, sim... — o gemido escapa de sua garganta, mais alto, enquanto o ritmo da fantasia se intensifica.
Os dedos entram em sincronia com a fantasia. Ela os empurra mais fundo, sentindo a sensação de preenchimento que a faz ofegar, a lubrificação abundante permitindo que seus dedos entrem e saiam com facilidade. Sua mente agora está completamente entregue à cena: ele, de pé atrás dela, segurando-a pelos cabelos enquanto seus corpos colidem com força, o som de pele molhada ecoando no banheiro.
Ela acelera, dedos pulsando dentro de si, enquanto a outra mão agarra o peito, apertando o mamilo com força, fazendo-a gemer com mais intensidade. O corpo se arqueia, buscando mais, mergulhando cada vez mais fundo na fantasia de ser possuída, de se perder completamente naquele momento.
— Mais forte... — ela geme, sua voz tremendo com o esforço, os dedos se movendo mais rápido, imitando o ritmo brutal que ela imagina.
Os músculos de suas pernas se contraem, e sua mente flutua entre o real e o imaginário, um turbilhão de sensações a devorando por dentro. Ela pode quase ouvir a respiração dele, pesada e ofegante, o som de gemidos baixos em seu ouvido, enquanto ele continua, impiedoso, incansável, até que ambos estejam à beira da explosão.
— Vou gozar... — ela murmura, a voz quase ininteligível, os dedos movendo-se freneticamente em seu interior, enquanto sua outra mão continua apertando o seio. O corpo inteiro treme, vibrando, e, em um último movimento intenso, ela se solta por completo. O orgasmo a atinge como uma onda furiosa, sacudindo-a da cabeça aos pés.
Seus gemidos são altos agora, desesperados, ecoando pelas paredes do banheiro enquanto o prazer a consome, cada espasmo enviando ondas de êxtase puro por seu corpo. Ela sente o líquido escorrer ainda mais, deslizando entre as pernas enquanto os dedos se movem mais lentamente, prolongando cada segundo da sensação avassaladora.
Ela se desmancha ali, de olhos fechados, o corpo relaxando finalmente, exausto, mas completamente saciado. No fundo de sua mente, o eco da fantasia permanece, um amante invisível que a deixara satisfeita e exausta.
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satirobestial · 12 days
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O Banquete da Agonia
Por Cleyton França
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Em meu peito, a podridão floresce,
Não há sol que aqueça a vida que me resta.
A carne, lenta, se desfaz e apodrece,
Sou o banquete, e a morte a minha festa.
A alma, infectada pela sina vil,
Vaga por este corpo em ruínas,
Onde o sopro de existir é febril,
E a doença, astuta, caminha em minhas sinas.
Oh, verme! Que de mim te alimentas,
Não sou mais do que a tua ração!
Cada dor que em minha carne inventas
É a prova viva da minha condição.
No silêncio denso que me invade,
Há um grito sepulcral sem voz,
O eco do que um dia foi vontade
Perdido no abismo entre nós.
Sim, a doença me devora sem clemência,
E eu, mísero, aceito a sua fome.
Ela corrói minha última essência,
Enquanto apaga, lentamente, meu nome.
Sou o espectro de um corpo decadente,
Um fardo que o mundo rejeitou.
A doença que em mim se faz presente
É o reflexo de tudo o que sou.
A carne arde em febre indizível,
Os ossos rangem ao peso da dor,
A mente, outrora invencível,
Rende-se ao império do torpor.
Cada célula é um cântico sombrio,
Um hino à morte que me habita,
O corpo é o altar do sacrifício frio,
Onde a vida, impassível, hesita.
Oh, que inferno íntimo e sagrado,
Onde a alma se curva ao mal irremediável!
O tempo, esse carrasco desalmado,
Faz de minha existência um fardo insustentável.
No âmago, há um vazio que tudo consome,
Um eco oco, pulsante e corrosivo,
A doença não tem mais nome,
Mas é em cada célula que eu ainda vivo.
Eu sou o cadáver antes da cova,
O suor fétido da própria desgraça.
Cada suspiro é uma morte nova,
Cada olhar no espelho é quem me ultrapassa.
Vejo em meu rosto a marca da decomposição,
A vida se esvai sem pressa ou sentido.
Aceito o destino, sem súplica ou oração,
Pois até o sofrimento me deixa esquecido.
Sou o banquete dos vermes que nunca dormem,
A lenta dança de quem já morreu.
Nos olhos, há sombras que se contorcem,
E no peito, o inferno de quem sou eu.
Oh, tu que me olhas com desprezo ou pena,
Não vês que a doença sou eu mesmo,
Que cada fibra de mim, vil, envenena,
Até que reste somente um abismo a esmo.
A carne apodrece, e a alma, corrompida,
Abraça o fim que já se faz destino,
Pois viver é estar à beira da partida,
E morrer é libertar-se do divino.
Aceito, enfim, a doença e o seu beijo,
O abraço mortal que há muito me chama.
O fim não é dor, é puro desejo,
E no silêncio eterno, a alma se inflama.
Sou eu a própria enfermidade,
O corpo que a vida abandonou.
Na morte, encontro minha liberdade,
No abismo, o repouso que me buscou.
Agora, sou nada, sou pó, sou vento,
A existência dissolvida em sua última dor,
E no banquete do sofrimento,
Aceito ser o prato principal do horror.
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satirobestial · 1 month
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O Cântico da Boca e dos Dedos
Por:cleyton França
Sob a lua carnal do desejo ardente,
Um homem se ajoelha, devoto e fiel,
Seu altar, o corpo da mulher reluzente,
Que geme em silêncio, num êxtase cruel.
Sua boca encontra o templo do prazer,
Lábios que buscam, famintos, a flor,
O néctar da vulva, ele vem colher,
Em cada lambida, um suspiro de amor.
O clitóris, pequeno e pulsante,
Em sua língua, um cântico profano,
Os dedos mergulham, firmes, amante,
No santuário quente, onde se perde o humano.
Ele sente o pulsar, o tremor que invade,
Ela se arqueia, em um mar de tesão,
E a cada gemido, uma doce verdade,
De que o prazer é sua maior devoção.
Os dedos dançam em ritmo frenético,
A língua explora, sedenta, o prazer,
Ela grita, perdida no amor elétrico,
Nas mãos e na boca de um homem a enlouquecer.
E quando ela explode, em gemidos e suor,
Ele sorri, na vitória do amante,
Pois é no gozo dela que ele encontra o valor,
De um homem que ama, que é devoto e constante.
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satirobestial · 2 months
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Poema da Carne
No santuário carnal do desejo profano,
Onde os corpos se encontram em frenesi mundano,
Erguem-se gemidos em êxtase profundo,
Reverberando prazeres que abraçam o mundo.
A pele que arde, queima em febril paixão,
No toque, encontra-se a mais pura redenção.
Lábios que se unem, sussurros sedutores,
Desnudam a alma, revelam seus amores.
Neste ato sublime, onde o sacro se esvai,
A carne celebra, sem culpa ou pudor, o que vai.
Prazer ao próximo, prazer em comunhão,
Os corpos se entregam, sem qualquer restrição.
Em cada suspiro, em cada grito lancinante,
A vida se expressa, pulsante, delirante.
No altar do prazer, somos todos devotos,
Rendemo-nos ao gozo, em êxtase, somos soltos.
Que cada encontro seja um rito sagrado,
O prazer dos gemidos, o prazer consagrado,
Na carne, no desejo, em profunda emoção,
Revelamos ao mundo a nossa devoção.
*Autor: Cleyton França*
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satirobestial · 2 months
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Minha Face na Escuridão
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Eu sou o poeta das sombras, Cleyton França,
Que nas trevas encontro minha verdadeira dança.
Em meu próprio ser físico e imaginário,
Habita um espírito diabólico e humano, extraordinário.
Palavras fluem do abismo do meu coração,
Emanam da escuridão, carregadas de emoção.
Sou a voz do oculto, o arauto do mistério,
Navegando entre o inferno e o hemisfério.
Minha face emerge na noite sem fim,
Num jogo de luzes que esconde e revela o que há em mim.
Eu sou a síntese do sacro e do profano,
Um poeta que abraça o divino e o mundano.
Cada verso é um suspiro do meu ser imortal,
Entrelaçando o físico ao plano espiritual.
Nas linhas que escrevo, revela-se meu poder,
A essência do demônio e do homem a transcender.
No véu da escuridão, eu danço com os segredos,
Sou o guardião dos mistérios, dos medos.
Com palavras, desenho o mapa da minha existência,
Unindo o diabólico e o humano com coerência.
Cleyton França, sou poeta da minha própria essência,
Um ser que vive entre a carne e a transcendência.
Minha face na escuridão, é um reflexo da dualidade,
Do físico imaginário e espiritual, minha complexidade.
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satirobestial · 2 months
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Sexo é um Ritual
No altar dos corpos, a chama arde,
um fogo sagrado que consome e renasce,
na dança dos desejos, almas se encontram,
num ritual primitivo, onde a vida se faz.
Os olhos se fecham, sentidos despertam,
pele na pele, suor e suspiros,
no ritmo pulsante de corações em sincronia,
o mundo desaparece, só resta a energia.
Como magos, invocamos a essência,
em cada toque, uma promessa ardente,
os corpos se entrelaçam, como serpentes,
em um êxtase profundo, eterno e presente.
Gemidos são mantras, palavras sem som,
que ecoam na mente, ressoam no ar,
na união carnal, transcendemos o tempo,
em um instante divino, nos deixamos levar.
O desejo é a oferenda, o prazer, a devoção,
no templo do amor, somos deuses e mortais,
num ritual sagrado, a carne se torna espírito,
e nos entregamos ao delírio dos ancestrais.
Corpos se movem com fome e paixão,
línguas exploram, mãos descobrem,
cada toque, uma prece ao prazer,
no altar da luxúria, rendemo-nos ao querer.
Explosão de sentidos, suor e prazer,
na comunhão dos corpos, o êxtase se faz,
gemidos, sussurros, um rito de entrega,
no sagrado encontro, o climax nos leva.
Ao final do êxtase, resta a comunhão,
os corpos exaustos, mas almas vibrantes,
pois o sexo é um ritual, um portal de renascimento,
onde cada encontro é um renovo constante.
Autor :
Cleyton Marinho de França
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satirobestial · 2 months
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Mulher Vampira
Por Cleyton França
Filha de Lilith, renascida na noite,
Faminta por prazer, seus olhos brilham.
Em suas veias, o sangue ferve quente,
Coração sombrio, desejos que exilam.
Seus lábios rubros, como vinho e sangue,
Sussurram promessas de êxtase intenso.
Na penumbra, onde sombras se zangam,
Ela dança, seduz, seus gestos imensos.
Toque suave, garras afiadas,
Nos lençóis, seu reino de pecado.
Cada gemido, sinfonia desvairada,
Ritmo frenético, prazer desvelado.
Olhos profundos, abismo de luxúria,
Boca faminta, clama pelo néctar.
Filha de Lilith, devoradora de alma pura,
Nos seus braços, o desejo é um espectro.
Entre suspiros, corpos entrelaçados,
O prazer explode, onda de prazer.
Mulher vampira, desejo incontido,
Em orgasmos múltiplos, faz-se renascer.
Sua pele, quente e arrepiada,
Numa dança selvagem, gritos abafados.
No calor da noite, paixão desenfreada,
Mulher vampira, prazeres devassados.
Ninguém escapa ao seu beijo mortal,
Que sela a paixão com doce veneno.
Nos encontros, um êxtase carnal,
Mulher vampira, prazer tão terreno.
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satirobestial · 4 months
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Saltatio Maleficae
Por Cleyton França
Na escuridão da noite, sob o manto estrelado, A bruxa dança, seu corpo em transe, invocado, Sem medo do julgamento, da condenação, Ela abraça a magia negra, sem piedade, sem perdão.
Longe dos altares cristãos, dos dogmas de amor, Ela se entrega ao poder, ao conhecimento que a dor Da exclusão lhe ensinou, das fogueiras que queimaram As mulheres sábias, as curandeiras que amaram
A terra, as plantas, os segredos do universo, Que foram rotulados como heresia, maldito verso De uma canção antiga, de uma sabedoria ancestral, Que ainda vive na alma da bruxa, imortal.
Ela não teme os nomes que lhe dão, Feiticeira, bruxa má, filha da perdição, Pois sabe que sua essência é mais profunda, mais verdadeira, Do que os conceitos limitados de uma religião inteira.
Ela lança seus encantos, suas maldições, Com a destreza de quem conhece os corações Dos homens, das mulheres, dos seres que habitam Este mundo de ilusões, onde as almas se debatam
Em busca de sentido, de amor, de redenção, Enquanto a bruxa ri, dança, em comunhão Com os espíritos antigos, os deuses esquecidos, Que ainda guardam os segredos, os gemidos
Dos que sofreram nas mãos da intolerância, Dos que foram queimados pela ignorância, Pois a bruxa sabe que a magia não tem dono, Ela é livre, selvagem, como o sono
Dos justos e dos injustiçados, dos que buscam A verdade nos sonhos, nos livros, nos escombros Das velhas catedrais, das novas construções, Que tentam aprisionar os mistérios, as visões
Da bruxa que dança, que canta, que encanta, Que sabe que a verdadeira magia é santa Como o riso das crianças, como o vento que sopra Nos campos, nas cidades, que transporta
Os segredos das árvores, das pedras, dos rios, Para os ouvidos atentos dos que buscam os desafios De uma vida sem limites, sem fronteiras, sem amarras, Onde a bruxaria é livre, onde as almas são raras.
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satirobestial · 4 months
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Em Loucura e Amor
Por cleyton Franca
Eu, que em versos sangrei minha essência, E na poesia encontrei morada, Agora grito em rimas de ardência, Por ti, musa, minha amada.
Teu corpo, templo de devoção, Onde me perco em prazer absoluto, Na carícia ardente, pura paixão, Explode em êxtase, sem luto.
Tua boca, fonte de desejo, Teus lábios, mel que me consome, Cada beijo, cada ensejo, Torna eterno teu nome.
Em teus segredos, me deleito, Desvendo mistérios de prazer, E em cada suspiro satisfeito, Encontro meu ser.
Neste poema, confesso meu querer, A ti, que faz meu coração bater, És minha razão e meu mundo.
— Inspirado em Gabriela Gobira
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satirobestial · 4 months
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O Nordestino e o Nada
Por cleyton França
No solo árido da caatinga, vejo O nordestino, pária da existência, A terra seca reflete o ensejo De uma vida em perene resistência.
Sob o sol inclemente, o homem labuta, Carne exausta, suor que se desfaz, Em sua sina, a tragédia reluta, A morte, consorte, sempre lhe apraz.
Oh, sertão desolado e cruel, Que do viver faz chaga lancinante, Onde a esperança se faz menestrel, Cantando a dor em cada instante.
Vida ingrata, que na enxada trova A melodia da miséria e do açoite, Onde a fome, de tão velha, renova A face austera de cada noite.
Homem trágico, filho do Nordeste, És partícula do cosmos indiferente, Na tua carne, a dor que se reveste, Em teu espírito, o grito inclemente.
Nas veredas tortuosas do destino, O sol é lâmina que corta a pele, Cada passo é lamento cristalino, Cada sonho, uma amarga estirpe.
Vejo teus olhos, espelhos de agonia, A refletir o vazio do existir, No fulgor efêmero do dia, O espectro do não-ser a te iludir.
Ventre seco, a vida a te desafia, Na tua alma, o desespero ecoa, Em teu canto, a morte se anuncia, A esperança, um sopro que perdoa.
Ó nordestino, mártir da terra bruta, O que és senão poeira efêmera? Em tua dor, o universo se escuta, E no teu pranto, a lágrima é eterna.
Carcaça viva, ambulante, andante, Carregas no peito a sina do nada, Cada passo teu, dor incessante, Cada sonho, promessa desolada.
Sob o crânio, o vazio é infindo, No peito, o fel da existência, És fragmento do caos, indo e vindo, Na maré do tempo, mera aparência.
Ao pó retornarás, homem esquecido, E em teu fim, nada encontrarás, Senão a aridez do chão ressequido, E o vento, que aos poucos, te desfaz.
Assim, na caatinga, teu fado é posto, Onde a vida é um contínuo padecer, A morte é promessa e desgosto, A existência, um eterno morrer.
Ó cosmos vasto, que o nordestino consome, Em tua indiferença cruel e fria, Na luta incessante, ele é só nome, Na dor infinita, sua melodia.
Que reste a nós, sombras passageiras, A consciência de um breve existir, No pó da caatinga, somos fronteiras, E o nada absoluto, nosso porvir.
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satirobestial · 4 months
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O Encanto da Mulher
Por Cleyton França
Em curvas sensuais, a natureza a esculpiu, A beleza da mulher, um brilho sutil. Com bundas que dançam, um convite ao olhar, Nos movimentos hipnóticos, faz o mundo parar.
Seios firmes e fartos, divinos presentes, Despertam desejos em toques ardentes. Montanhas de prazer sob pele macia, Que fazem o homem sonhar em pura fantasia.
Cabelos caem suaves, cascatas sedosas, Emolduram um rosto de feições formosas. Negros, loiros ou ruivos, cada fio é um encanto, Nas mãos de um amante, são versos, são canto.
A boca vermelha, luxúria e desejo, Convida ao pecado em cada beijo. Lábios carnudos, portal para o prazer, Onde cada toque faz o coração ferver.
A mulher, ser divino, mistura de fogo e graça, Comanda os sentidos, numa dança sem praça. E o homem, pervertido, se rende sem lutar, Pois na beleza e na sexualidade, só quer se afogar.
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satirobestial · 4 months
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Mors Lucis
por Cleyton França
A partida do suicida, sombria e fria, Na noite escura da alma, o vazio grita, A mente torturada, a dor que não se alivia, A escolha desesperada, a vida que se esvai.
Nas veias corre o veneno, amargo e maldito, O cálice da aflição, o último grito, O coração dilacerado, em angústia infinita, A alma enforcada, na corda da desdita.
Oh, como as sombras dançam, ao redor do corpo caído, A solidão insana, o destino pervertido, Os olhos sem luz, o rosto pálido e perdido, A morte, a única amiga, num abraço sem sentido.
Mas quem compreende a agonia de um ser condenado, A luta interna, o tormento silenciado? Quem enxerga além da máscara do desespero, E reconhece a humanidade num ato derradeiro?
Talvez a morte seja, afinal, a libertação, Do fardo pesado, da dor sem razão, Mas resta a nós, os vivos, compaixão e compreensão, Para acolher aqueles que partiram em solidão.
Que em suas lágrimas finais, encontrem um último refúgio, E que o céu, que julga sem julgamento, os receba em seu júbilo. Que a paz que não encontraram na vida os envolva na eternidade, E que suas almas encontrem, enfim, a verdadeira claridade.
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satirobestial · 4 months
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"Sanguis Emittere ex Pulmonibus Meis Maculat Pannum Meum Sanguine"
Por Cleyton França
Título
O sangue de Jorra de Meus Pulmões Mancham Meu lenço de Sangue
("Sanguis Emittere ex Pulmonibus Meis Maculat Pannum Meum Sanguine")
Nas entranhas da noite, onde o silêncio consome, Um homem agoniza, na solidão do seu nome. A tuberculose, cruel e voraz, consome-lhe o peito, Em cada suspiro, um eco do seu próprio defeito.
O ar rarefeito, sibila como um lamento, Enquanto o corpo sucumbe, num último tormento. No leito da desventura, testemunho a queda da criatura, Seus olhos, espelhos de uma vida fugaz.
Refletem a angústia, o sofrimento audaz, Em cada estertor, uma poesia derradeira, A rima da morte, em sua forma derradeira. Seus lábios trêmulos, em busca de ar.
Sussurram palavras que ninguém quer escutar, Um último verso, em meio ao caos insano, A despedida da carne, o adeus ao humano. Oh, efêmera existência, quão breve e incerta.
Em meio à doença, a alma se liberta, O desespero ecoa em mim, Ao ver a morte chegar, como uma sombra que devora. E no derradeiro instante, a vida se desfaz.
Como um poema inacabado, que jamais satisfaz, O homem sucumbe, na agonia mais profunda, E observo, numa melancolia fecunda, Assim se encerra a jornada deste ser.
Num poema longo, que ele jamais pôde escrever, Sua voz ressoa em mim, Nos versos da morte, a sua obra se entoa.
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satirobestial · 5 months
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Por Cleyton França
Poema ( Meu Grandioso Fim)
Nas entranhas do cosmos, onde o tempo se dilui, Caminham moribundos rumo ao buraco final, Num universo indiferente, onde a vida se esvai, E a morte é apenas o silêncio que nos aprisiona.
Na tessitura do espaço-tempo, somos meros grãos de poeira, Efêmeros, insignificantes, perdidos na vastidão sem fim, Em meio a estrelas que se apagam e galáxias que colidem, Somos apenas passageiros de uma viagem sem destino.
Onde está a esperança em meio ao caos universal? Nas entranhas do átomo, onde a incerteza reina, Na teia intricada da matéria, onde a vida se enreda, Somos feitos de partículas que dançam na escuridão.
Caminhamos para o abismo, guiados pela mão inexorável da entropia, Onde a ordem se desfaz e o caos reina supremo, Em cada respiração, em cada batida do coração, Somos lembrados de nossa fragilidade e mortalidade.
A ciência nos revela a cruel verdade da existência, Que somos apenas marionetes em um jogo sem sentido, Onde as leis da natureza ditam nosso destino, E a morte é o destino final de toda jornada.
No laboratório da vida, buscamos respostas que não encontraremos, Pois a verdade é tão obscura quanto o próprio universo, E no final de tudo, restará apenas o vazio, O silêncio eterno do buraco negro que nos engolirá.
Assim, caminhamos rumo ao abismo sem fim, Moribundos em busca de um significado que jamais encontraremos, Embebidos em pessimismo e resignação, Diante da inevitabilidade do nosso destino final.
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satirobestial · 5 months
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Em um beco sujo e fétido, Um bêbado amou uma puta maldita, Sob a luz de um luar esquecido, O amor floresceu nessa vida aflita.
Entre tragos e gemidos, Se entregaram à paixão desmedida, Em um mundo de pecados proibidos, Onde a luxúria era a única saída.
Ela, a flor perdida na escuridão, Ele, o navegante sem rumo, Juntos buscavam redenção, Em um amor que parecia só de fumo.
Mas no fim, no vazio do beco, Restou apenas o eco do desejo, E na solidão, cada um se perdeu, No eterno ciclo do amor que é tão breve quanto o beijo.
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